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Resumo de História (Capítulo 9)

Reorganização política
"Após a renúncia de Getúlio Vargas em outubro de 1945, o Brasil
embarcou em uma tumultuada jornada de volta à democracia. As eleições
foram meticulosamente programadas, orquestrando a escolha de um novo
presidente e de um grupo de parlamentares encarregados de tecer a
estrutura de uma nova Constituição. Dentro desta grande reconfiguração,
surgiram pelo menos três entidades politicamente formidáveis, cada uma
caracterizada por aspirações distintas e uma adesão heterogênea."
“A medida que esse novo mosaico partidário se desenrolava, a sombra de
Getúlio Vargas ampliou seu alcance, exercendo profunda influência tanto
sobre o PSD quanto sobre o PTB. Nas eleições de dezembro de 1945,
tornou-se evidente que o legado político de Vargas permaneceu resoluto”.
“O general Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra de Vargas,
conquistou a vitória com impressionantes 3,2 milhões de votos,
constituindo 55% do total, reforçado pelo apoio de Getúlio e do PTB.
derrota."
“No entanto, a eleição teve uma reviravolta imprevista – o Partido
Comunista teve um desempenho surpreendente. Ele garantiu não apenas
um senador, Luís Carlos Prestes, mas também conseguiu conquistar 15
cadeiras na Câmara dos Deputados.”
"Em setembro de 1946, o projeto final da nova Constituição viu a luz do
dia. Embora esse marco consagrasse o direito à greve e concedesse o
sufrágio universal às mulheres, ele teimosamente se agarrou à privação de
direitos dos analfabetos, que constituíam quase metade da população do
Brasil em ao mesmo tempo. Simultaneamente, as propostas apresentadas
pelo crescente movimento pelos direitos civis para combater a
discriminação racial e étnica encontraram-se atoladas numa teia de
complexidades parlamentares, tornando ilusório o progresso substantivo."

Liberalismo e anticomunismo
Em meio à história política brasileira, um capítulo transformador se
desenrolou sob a gestão do presidente Dutra. O seu mandato foi marcado
por uma doutrina económica firmemente enraizada em princípios liberais,
defendendo a aceitação aberta do capital estrangeiro e o entusiasmo
irrestrito pelas importações. No entanto, as ramificações destas políticas
suportaram o peso das consequências. A indústria nacional, outrora um
símbolo de resiliência, viu-se enredada nas espirais de uma recessão
implacável. A inflação e o desemprego, subiram ameaçadoramente.
Entretanto, a base da classe trabalhadora – o salário mínimo – permaneceu
petrificada, intocada pela reforma. As consequências repercutiram à medida
que o poder de compra das massas trabalhadoras despencou.
Simultaneamente, surgiu uma onda de descontentamento coletivo. Os
protestos de rua aumentaram e a cadência rítmica das greves ecoou pelas
fábricas e vias públicas, enquanto a população procurava reparação para as
suas queixas. Contudo, para além do domínio da economia, o cenário
político assumiu uma tonalidade totalmente divergente. Dutra, consciente
das fissuras ideológicas globais provocadas pela Guerra Fria, embarcou
numa campanha incansável contra o comunismo. No tumultuado ano de
1947, rompeu os laços diplomáticos com a União Soviética e lançou o
Partido Comunista do Brasil (PCB) no abismo da ilegitimidade. Um ano
mais tarde, ocorreu um ato abrangente de purga política, a medida que
todos os parlamentares solitários afiliados ao bloco comunista enfrentavam
a expulsão dos sagrados corredores do Congresso. As consequências destas
medidas tumultuosas geraram ressentimento e descontentamento entre uma
infinidade de estratos sociais. Este turbilhão de insatisfação encontraria a
sua expressão final no cadinho das eleições presidenciais de 1950. Foi
nessa atmosfera carregada que Getúlio Vargas, vestindo as cores do Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB), reentrou na arena política. Com retumbantes
48,73% dos votos válidos, ele conquistou a vitória, recuperando assim o
manto da presidência no ano seguinte. A população, sempre propensa a
acessos de exuberância rítmica, anunciou o seu regresso com um refrão
cativante: "Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, o
sorriso do velhinho faz a gente trabalhar" Com 73% dos votos válidos, ele
conquistou a vitória, recuperando assim o manto da presidência no ano
seguinte. A população, sempre propensa a acessos de exuberância rítmica,
anunciou o seu regresso com um refrão cativante: "Bota o retrato do velho
outra vez, bota no mesmo lugar, o sorriso do velhinho faz a gente trabalhar"
Com 73% dos votos válidos, ele conquistou a vitória, recuperando assim o
manto da presidência no ano seguinte. A população, sempre propensa a
acessos de exuberância rítmica, anunciou o seu regresso com um refrão
cativante: "Bota o retrato do velho outra vez, bota no mesmo lugar, o
sorriso do velhinho faz a gente trabalhar".

Getúlio Vargas, de novo


Com Getúlio Vargas de volta à Presidência, o cenário político viu o
ressurgimento do nacionalismo, do populismo e do trabalhismo como
protagonistas centrais da vida pública. O governo, novamente, se imiscuiu
na economia, canalizando investimentos maciços em setores cruciais, como
a indústria de base, transporte e energia, em 1951.
Contudo, à medida que o custo de vida se inflacionava, a insatisfação
popular não tardou. Meados de 1952 presenciaram protestos nas ruas, e, no
ano seguinte, uma greve de magnitude paralisou 300 mil trabalhadores nas
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
O ano de 1954 trouxe consigo um clima de fervor político. O deputado
Carlos Lacerda, através das páginas de seu jornal, a "Tribuna da Imprensa",
lançou uma campanha agressiva, acusando o presidente e seus aliados de
corrupção. Nesse contexto, uma crise política aflorou, e vozes ligadas à
União Democrática Nacional (UDN) e às Forças Armadas clamaram pelo
afastamento iminente de Vargas.
No fatídico 5 de agosto de 1954, Carlos Lacerda foi alvo de uma tentativa
de assassinato a tiros. As investigações apontaram seu próprio guarda-
costas, Gregório Fortunato, como mandante do atentado. A crise política
agravou-se, e os parlamentares da UDN intensificaram a pressão pela
renúncia do presidente. Sob intensa pressão, em 24 de agosto, Getúlio
Vargas optou por encerrar sua própria vida com um tiro.
A morte de Vargas lançou o país em um turbilhão político ainda mais
caótico. Nos meses subsequentes, o Brasil conheceu três presidentes
interinos. Nas eleições presidenciais de 1955, Juscelino Kubitschek, ex-
governador de Minas Gerais, emergiu como o vencedor, tendo João
Goulart, ex-ministro de Getúlio, como vice-presidente. Ambos assumiram o
governo em janeiro de 1956.

Período desenvolvimentista
Quando Juscelino Kubitschek ascendeu à presidência, ele apresentou uma
grande promessa – alcançar em apenas cinco anos o que, nas suas próprias
palavras, outros presidentes precisariam de meio século para realizar. Para
traduzir esta visão audaciosa em realidade, ele revelou o ambicioso Plano
de Metas, uma sinfonia de medidas destinadas a impulsionar o
desenvolvimento económico abrangente em todo o Brasil. Este plano
abraçou investimentos audaciosos em sectores críticos, abrangendo energia,
transportes, indústrias básicas, educação e nutrição. Num piscar de olhos
surgiram hidrelétricas de destaque como Furnas e Três Marias, ao lado da
colossal Usiminas, renomada siderúrgica. As indústrias automobilística e de
construção naval também experimentaram um renascimento. Promover a
ocupação e o desenvolvimento de regiões remotas, com mais de 20000
quilômetros de rodovias foram gravados na paisagem. O ápice dessa
empreitada, sem dúvida, foi a concepção e construção da futurística cidade
de Brasília, elevada como a nova capital do Brasil. Sob a batuta de JK, o
Brasil testemunhou um notável aumento econômico. Entre 1955 e 1961, a
produção industrial disparou, saltando surpreendentes 80%. Durante este
período, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu a uma taxa anual
impressionante de 7%. Esse aumento no poder de compra impulsionou a
classe média, passando a ter acesso a eletrodomésticos, automóveis e
produtos feitos de plásticos e fibras sintéticas, considerados verdadeiros
luxos na época. Esta era de prosperidade e otimismo foi imortalizada como
os “anos dourados”. Contudo, as políticas orientadas para o
desenvolvimento de Kubitschek não estavam isentas de desafios. A dívida
externa continuou a aumentar e os custos relacionados com a construção de
Brasília geraram um défice estratosférico nas finanças públicas. Para cobrir
estas despesas, o governo começou a inundar o mercado com quantidades
consideráveis de papel-moeda, um processo que alimentou a inflação. Em
1959, os aumentos de preços foram avassaladores, chegando quase a 40%.
O Plano de Metas acelerou o desenvolvimento das regiões Sudeste,
desencadeando uma migração massiva para esta área, predominantemente
do Nordeste, uma região marcada por desafios persistentes como pobreza,
seca e falta de oportunidades de emprego. Além disso, a expansão aleatória
das áreas urbanas, exacerbada pelo crescente êxodo rural, resultou na
proliferação de favelas e no surgimento de bairros periféricos
caracterizados pela escassez de recursos básicos como água encanada e
saneamento. Essas condições sociais desfavoráveis, agravadas durante o
governo JK, manifestaram-se nas urnas. Em 1961, Jânio Quadros, da UDN,
candidato da oposição, foi eleito presidente, sendo João Goulart reeleito
vice-presidente, numa época em que os votos para esses cargos eram
independentes entre si.

Parlamentarismo no brasil
O governo de Jânio Quadros durou sete meses, até agosto de 1961, quando
ele renunciou ao mandato. Segundo alguns historiadores, Jânio renunciou à
Presidência esperando que os parlamentares mais conservadores e o alto
comando das Forças Armadas não aceitassem o seu vice – João Goulart,
politicamente ligado à esquerda e aos sindicatos – no poder. Dessa maneira,
ele pretendia se fortalecer politicamente e retomar o governo mais
independente, implantando medidas que considerasse necessárias. O
Congresso, entretanto, aceitou a renúncia. A Presidência foi ocupada
interinamente pelo presidente da Câmara, o deputado Ranieri Mazzili, já
que João Goulart encontrava-se na China. Nas Forças Armadas, grupos
conservadores ligados à UDN tentavam impedir a posse de Goulart. Ao
mesmo tempo, no Exército, grupos ligados ao governador do Rio Grande
do Sul, Leonel Brizola (PTB), ameaçavam resistir caso João Goulart fosse
impedido de assumir a Presidência. Alegando evitar que o país entrasse em
uma guerra civil, o Congresso Nacional aprovou uma emenda
constitucional criando o parlamentarismo. O governo seria exercido pelo
primeiro-ministro, a ser escolhido pelo Congresso, e o presidente teria a
função de chefe de Estado. João Goulart retornou ao Brasil e, no dia 7 de
setembro de 1961, assumiu a Presidência com poderes limitados.

Reformas de base e golpe civil-militar


No período entre setembro de 1961 e janeiro de 1963, o Brasil se viu
navegando nas águas turvas de um frágil sistema parlamentar. Durante esta
fase, a nação viveu um descontentamento político e social. Viu três
indivíduos ascenderem ao papel de primeiro-ministro, tudo culminando
num plebiscito crucial em janeiro de 1963, que conduziu o Brasil de volta
às margens familiares do presidencialismo.

Ao assumir a presidência, João Goulart revelou uma audaciosa agenda de


governo. A sua visão abrangia uma abordagem multifacetada: combater a
inflação desenfreada, que disparou para impressionantes 54,8% em 1962;
defender reformas sociais abrangentes, incluindo a controversa reforma
agrária e alargar o direito de voto aos cidadãos analfabetos; e estabelecer as
bases para um ressurgimento robusto da economia e da indústria
brasileiras.

Contudo, estas reformas ambiciosas, muitas vezes referidas como


“reformas de base”, dividiram a sociedade brasileira em duas. De um lado
estavam grupos de esquerda, sindicatos, membros das Ligas Camponesas e
estudantes, particularmente aqueles que se reuniram sob a bandeira da
União Nacional dos Estudantes (UNE), que apoiaram fervorosamente estas
mudanças. Do outro lado, um conjunto de forças conservadoras mobilizou-
se contra a agenda de Goulart. Esta coligação incluía associações patronais,
magnatas empresariais, oficiais militares de alta patente, segmentos da
hierarquia da Igreja Católica, políticos de direita e muito mais. Para eles, as
reformas pareciam uma caixa de Pandora do comunismo, uma percepção
que aumentava as tensões.

Diante dessa polarização crescente, os legisladores do Partido Social


Democrata Brasileiro (PSD), que, em conjunto com o Partido Trabalhista
Brasileiro (PTB), constituíam a espinha dorsal do apoio de Goulart no
Congresso, aproximaram-se cada vez mais de seus homólogos da União
Democrática Nacional. (UDN), fervorosos opositores do governo Goulart.

Em 13 de março de 1964, uma manifestação massiva ocorreu em frente à


Estação Central do Rio de Janeiro, reunindo cerca de 150 mil pessoas em
apoio às reformas de base. Durante este importante evento, o Presidente
assinou decretos que nacionalizaram as refinarias de petróleo e anunciou
planos para desapropriar terras ao longo das rodovias federais, marcando
um passo significativo na busca da reforma agrária.

Em resposta, em 19 de março do mesmo ano, a oposição orquestrou uma


marcha colossal em São Paulo, conhecida como “Marcha da Família com
Deus pela Liberdade”. Meio milhão de pessoas participaram, lideradas por
magnatas dos negócios, cidadãos de classe média e segmentos do clero.
Esses manifestantes condenaram a suposta “ameaça comunista”
representada pelo governo Goulart.
Esta importante manifestação da Marcha da Família provou ser o
catalisador, fornecendo o apoio político e social necessário para o golpe
subsequente que derrubou o presidente João Goulart. Em 31 de março de
1964, o General Castelo Branco, Chefe do Estado-Maior do Exército,
liderou um golpe civil-militar, apoiado pelo apoio do governo dos Estados
Unidos, de governadores de estado selecionados, de líderes da UDN, de
meios de comunicação, das elites empresariais e de segmentos substanciais
da classe média. Em consequência, João Goulart foi afastado à força do
poder. Durante quinze dias, o deputado Ranieri Mazzilli, presidente da
Câmara dos Deputados, assumiu interinamente a presidência. No dia 15 de
abril, o general Castelo Branco assumiu oficialmente o comando, dando
início a um dos capítulos mais sombrios da história do Brasil: a ditadura
civil-militar, que persistiria até 1985.

Implantação do governo civil-militar


A ascensão dos militares ao poder em 1964 marcou o início de uma era
angustiante caracterizada por repressão e brutalidade implacáveis no Brasil.
Nos 21 anos que se seguiram ao golpe que derrubou João Goulart, milhares
de pessoas enfrentaram perseguição, prisão e morte. Muitos suportaram a
dura punição de terem os seus direitos políticos revogados, forçando-os ao
exílio no estrangeiro. Outros sofreram a agonia da tortura e da morte. A
vida política tornou-se rigidamente controlada, sujeita a medidas
autoritárias que sufocaram a liberdade, censuraram os meios de
comunicação e concentraram o poder firmemente nas mãos do governo
militar. A inicial dessas medidas, o Ato Institucional Número 1, ou AI-1,
promulgado em 9 de abril de 1964, instituiu um sistema de eleição
presidencial indireta. Concedeu ao Presidente autoridade para declarar
estado de sítio sem aprovação prévia do Congresso, suspendeu
temporariamente a segurança no emprego para todos os funcionários
públicos e autorizou o governo a demitir parlamentares e a despojá-los dos
seus direitos políticos durante uma década, sem possibilidade de recurso
judicial. Apenas dois dias após a introdução do AI-1, o General Humberto
de Alencar Castelo Branco foi elevado ao posto de Marechal.
Posteriormente, foi eleito indiretamente pelos membros do Congresso
Nacional para assumir a presidência. O General Humberto de Alencar
Castelo Branco foi elevado ao posto de Marechal. Posteriormente, foi eleito
indiretamente pelos membros do Congresso Nacional para assumir a
presidência. O General Humberto de Alencar Castelo Branco foi elevado ao
posto de Marechal. Posteriormente, foi eleito indiretamente pelos membros
do Congresso Nacional para assumir a presidência da república.
Governo castelo branco (1964-1967)
Quando os militares assumiram o controle do comando em 1964, uma
época turbulenta de intensa repressão e violência abriu suas asas sombrias
sobre o Brasil. O período de 21 anos que se seguiu ao golpe que derrubou
João Goulart testemunhou inúmeros indivíduos perseguidos, presos e, em
muitos casos angustiantes, que encontraram a morte. Muitos deles sofreram
a ignomínia de verem os seus direitos políticos sumariamente despojados,
forçados ao exílio autoimposto em terras estrangeiras. Outros ainda foram
submetidos aos horrores indescritíveis da tortura e da morte. O cenário
político transformou-se num terreno ameaçador onde as leis autoritárias
restringiram severamente a liberdade, acorrentando a imprensa e
consolidando o poder perfeitamente ao alcance do regime militar. A salva
inaugural dessa cruzada foi o Ato Institucional Número 1, AI-1, proferido
em 9 de abril de 1964. Ele introduziu o espectro das eleições presidenciais
indiretas e conferiu ao presidente a ampla prerrogativa de decretar estado
de sítio sem consentimento prévio do Congresso. Suspendendo
temporariamente a segurança no emprego de todos os funcionários
públicos, também conferiu ao governo poderes para anular unilateralmente
mandatos parlamentares e retirar direitos políticos por um período de uma
década, sem recurso ao poder judicial. Apenas 48 horas após a
promulgação do AI-1, O General Humberto de Alencar Castelo Branco foi
promovido ao posto de Marechal e eleito indiretamente pelos parlamentares
do Congresso para presidir a nação. Castelo Branco embarcou numa
cruzada para conter o espectro crescente da hiperinflação, que tinha
atingido uma espiral perigosamente próxima de uma alarmante taxa anual
de 100%. A receita que ele defendia incluía a redução agressiva das
despesas públicas e o aumento dos impostos e das tarifas dos serviços
públicos. Simultaneamente, o regime desencadeou uma brutal compressão
salarial, cujos impactos mais profundos repercutiram nos estratos mais
vulneráveis da sociedade, ao mesmo tempo que canalizou visivelmente a
riqueza para os cofres das elites privilegiadas. Paralelamente a estes
esforços, foi cortejado um influxo de capital estrangeiro para revigorar a
indústria e a agricultura, uma estratégia que infelizmente inflou a dívida
externa do Brasil a proporções precárias. Na realidade, estas medidas
deram frutos sob a forma de conter a inflação e anunciaram o regresso da
prosperidade económica. No entanto, o preço dessa estabilização
económica foi uma população cada vez mais desiludida, o que é palpável
nos resultados eleitorais de outubro de 1965, quando a oposição conseguiu
garantir a vitória em cinco dos onze estados onde foram realizadas eleições
para governador. Confrontada com este dilema, uma facção zelosa dentro
das Forças Armadas, conhecida como a “linha dura”, clamou por medidas
ainda mais draconianas. Para apaziguar esse clamor, o governo Castelo
Branco promulgou no mesmo ano o Ato Institucional Número 2 (AI-2),
deixando de lado as associações políticas e introduzindo um sistema
binário-partidário. Neste esquema binário, os partidos permitidos
compreendiam a Aliança Renovadora Nacional (Arena), sede de
parlamentares alinhados ao militarismo e servindo como base do apoio
político do regime, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), uma
variedade eclética de críticos do governo abrangendo um espectro de
convicções políticas. O ano de 1966 testemunhou a próxima salva, o AI-3,
em que o governo ordenou eleições indiretas para governadores e prefeitos
das capitais. Nas subsequentes eleições presidenciais indiretas de março de
1967, a maioria dos parlamentares batizou o General Artur da Costa e
Silva, um luminar da ala "linha dura" e antigo Ministro da Guerra no
governo de Castelo Branco, como o líder da nação. No início de 1967, o
governo Castelo Branco inaugurou uma Lei de Imprensa que estrangulou o
fluxo de informação. Uma maior restrição das liberdades civis veio na
forma da Lei de Segurança Nacional. Os parlamentares foram destituídos
sem cerimônia de seus cargos e o Congresso fechou as portas à força.
Estava assim montado o cenário para a ratificação de uma nova
Constituição em 15 de março de 1967, através do AI-4, dotando o
executivo de poderes ainda mais amplos.

Generais “linha-dura” no governo


Em 15 de março de 1967, o General Costa e Silva assumiu o comando,
anunciando uma era de turbulência. Neste cenário, estudantes,
trabalhadores, artistas e até alguns sectores da Igreja Católica, que
apoiaram o golpe, reuniram-se agora em protestos contra a ditadura. A
resposta do governo foi uma repressão para tentar reprimir estes protestos.
As tensões atingiram o seu ápice em junho, quando aproximadamente
100.000 pessoas inundaram as ruas do Rio de Janeiro, marchando com uma
exigência unificada: o fim da ditadura do país. Esta multidão
impressionante compreendia uma mistura diversificada de políticos da
oposição, líderes religiosos, estudantes, trabalhadores, donas de casa,
intelectuais e artistas famosos como Chico Buarque, Milton Nascimento,
Caetano Veloso e Gilberto Gil. E num desafio ainda mais ousado à
ditadura, os estudantes, em outubro de 1968, organizaram clandestinamente
o 30º Congresso da UNE, que foi estritamente proibido. Realizada em
Ibiúna, na Grande São Paulo, essa reunião secreta foi descoberta pelas
autoridades, resultando na prisão em massa de centenas de estudantes.
Naquele mesmo ano turbulento de 1968, os trabalhadores também aderiram
à luta com duas grandes greves, envolvendo aproximadamente 15 mil
trabalhadores em Contagem, Minas Gerais, e 10 mil metalúrgicos em
Osasco, São Paulo. O governo respondeu com uma mão de ferro,
prendendo centenas de pessoas e intervindo nos sindicatos. Confrontado
com essa crescente onda de mobilização popular, o governo decidiu, em 13
de dezembro de 1968, promulgar o Ato Institucional número 5, conhecido
como AI-5, que se destacou como o mais opressivo de todos. Através desse
ato, o presidente ganhou poderes exclusivos para fechar o Congresso,
legislar sobre qualquer assunto, intervir nos estados, expor funcionários
públicos e suspender o habeas corpus em casos considerados políticos.
Além disso, a censura à imprensa e à produção artística e editorial foi
reforçada com ainda mais rigor. Este foi um ponto de virada sombria na
história do Brasil. o presidente ganhou poderes de elite para fechar o
Congresso, legislar sobre qualquer assunto, intervir nos estados, propor
funcionários públicos e suspender o habeas corpus em casos considerados
políticos. Além disso, a censura à imprensa e à produção artística e editorial
foi reforçada com ainda mais rigor. Este foi um ponto de virada sombria na
história do Brasil. o presidente ganhou poderes de elite para fechar o
Congresso, legislar sobre qualquer assunto, intervir nos estados, propor
funcionários públicos e suspender o habeas corpus em casos considerados
políticos. Além disso, a censura à imprensa e à produção artística e editorial
foi reforçada com ainda mais rigor. Este foi um ponto de virada sombria na
história do Brasil.

A luta armada no brasil


O AI-5, para muitos, foi semelhante a um golpe dentro de outro golpe – um
momento crucial na tumultuada história do Brasil. No meio desta atmosfera
sufocante, um contingente significativo de jovens idealistas, muitos dos
quais foram estimulados por dissidentes do Partido Comunista Brasileiro
(PCB), tomaram uma decisão importante. Decidiram renunciar ao caminho
do protesto pacífico, mergulhando de cabeça na resistência armada. Deste
cadinho surgiram facções guerrilheiras, totalizando cerca de quinhentos
combatentes dedicados, um quadro diversificado de homens e mulheres,
todos unidos pelo seu objetivo comum: a derrubada do governo através de
ações, sejam assaltos audaciosos a bancos, bombardeamentos ousados, ou
sequestros, todos executados com determinação inabalável. Seu modus
operandi inicial foi audacioso. No entanto, à medida que os riscos
aumentavam, também aumentava a audácia das suas ações. Eles
corajosamente aventuraram-se no domínio da diplomacia internacional,
raptando diplomatas estrangeiros, tudo na busca de garantir a libertação dos
seus compatriotas políticos. Seus esforços audaciosos deram frutos,
levando à troca de 15 presos políticos em 1969, seguidos de mais 40 em
1970. O ano de 1970 testemunhou uma reviravolta quando o Capitão do
Exército Carlos Lamarca, uma figura alinhada com a Vanguarda Popular
Revolucionária ( VPR), abandonou desafiadoramente seu quartel em
Quitaúna, São Paulo. A sua saída foi acompanhada pelo confisco de 63
espingardas e três submetralhadoras, emblemático do seu compromisso a
todo vapor com a causa da luta armada. Sua audácia não teve limites,
levando à sua perseguição e eventual execução na Bahia, em 1971,
orquestrada pelo Major Nilton Cerqueira de Albuquerque. Enquanto isso,
abrangendo os anos de 1968 a 1974, desenvolveu na remota extensão da
região do Araguaia, situado na fronteira entre os atuais estados do Pará e
Tocantins. Aqui se materializou um audacioso reduto guerrilheiro,
meticulosamente organizado e fortemente apoiado pelo Partido Comunista
do Brasil (PCdoB). Prosperando clandestinamente durante quase quatro
anos, o movimento persistiu face à adversidade implacável, acabando por
sucumbir ao poder inexorável do Exército em 1974. Os guerrilheiros
sofreram tormento, prisão e a perda trágica de alguns dos seus camaradas.
Esta notável saga é um dos raros exemplos de guerrilha rural nos anais da
história brasileira. À medida que a era Médici chegava ao fim, o
movimento de guerrilha, outrora fervorosamente desafiador, encontrava-se
agora em grande parte vencido.

Anos de chumbo (1969-1974)


Oito meses após a proclamação do draconiano AI-5, Costa e Silva,
enfrentando problemas de saúde, saiu da presidência. Seu vice, Pedro
Aleixo, de Minas Gerais, viram-se impedido de assumir o trono devido a
um incômodo caso de trombose. Em seu lugar, uma tríade de chefões
militares, os Ministros da Guerra, da Marinha e da Aeronáutica,
orquestraram os assuntos da nação até os últimos dias de outubro de 1969,
quando ascendeu uma nova figura presidencial - o General Emílio
Garrastazu Médici. A era Médici testemunhou uma intrincada rede de
entidades repressivas que trabalharam diligentemente para manter sob
controlo não só as facções esquerdistas, mas também a sociedade em geral,
exercendo um arsenal implacável de censura e repressão policial. Para além
do Serviço Nacional de Informações (SNI), o olhar atento criado em 1964,
uma rede de escritórios estaduais do Departamento de Ordem Política e
Social (Dops) desempenhou um papel crucial. Com o desenrolar de 1969,
testemunhou o nascimento da Operação Bandeirante (Oban) em São Paulo,
que, nos capítulos subsequentes, evoluiu para o formidável Departamento
de Operações Internas e o formidável Centro de Operações de Defesa
Interna (DOI-CODI).

Os agentes destas organizações, durante aquela era, recorreram


sistematicamente a um terrível arsenal de tormento físico, moral e
psicológico para extrair confissões daqueles que estavam enredados no
atoleiro político. As narrativas que emergem desses tempos angustiantes
parecem histórias arrepiantes - detidos colocados na companhia de criaturas
ameaçadoras como crocodilos e cobras, mulheres suportando atos
indescritíveis de violência sexual repetida e ameaças assustadoras que se
estendiam para além dos muros da prisão até aos membros da família. É
um capítulo sombrio da história. De acordo com dados meticulosamente
compilados pela Comissão Especial sobre Mortes e Desaparecimentos
Políticos, revela-se um número sombrio: pelo menos 200 militantes, tanto
homens como mulheres, tiveram um fim trágico nas mãos do regime
durante aqueles tempos tumultuosos. Somando-se à narrativa comovente,
outras 146 almas permanecem envoltas em mistério, classificadas como
desaparecidas.

“Milagre” econômico
Enquanto o Estado ceifava vidas entre os opositores do regime, a
economia, paradoxalmente, ressurgia com vigor, catapultando o Brasil para
um período de crescimento intenso. Esses anos sombrios, tingidos de
chumbo, também guardam o que ficou conhecido como o "milagre
econômico".

A partir de 1967, o Produto Interno Bruto (PIB) viu-se inflar a uma média
arrebatadora de aproximadamente 11% ao ano, uma façanha notável, que se
destacava no cenário mundial. Os pilares desse avanço eram sustentados
pelos vultosos investimentos governamentais em infraestrutura e a
ampliação agressiva do mercado interno e das exportações.

Guiado pelas empresas estatais - um proliferar surpreendente de 70 delas


ocorreu somente durante o governo Médici - o Estado focava sua mira nos
setores cruciais da economia, despejando investimentos nas áreas de
telecomunicações e geração de energia. Grandiosas obras de custos
estratosféricos surgiam: a monumental hidrelétrica de Itaipu, na fronteira
com o Paraguai, a majestosa ponte Rio-Niterói e a imponente rodovia
Transamazônica.

Empréstimos obtidos a juros módicos em instituições financeiras


estrangeiras injetaram sangue financeiro nas veias da industrialização, mas,
ao mesmo passo, inflaram a dívida externa brasileira, que triplicou entre
1967 e 1972.

A atração de multinacionais, ávidas por mão de obra barata, virou o jogo


em favor do Brasil. Uma política que facilitava o crédito ao consumidor
catapultou a classe média para aquisições de automóveis e
eletrodomésticos, enquanto as classes mais humildes sofriam com salários
estagnados.

O governo civil-militar, sagaz, não deixava escapar a oportunidade de


capitalizar sobre os êxitos econômicos. Campanhas eram lançadas para
sedimentar a imagem do Brasil como uma "potência econômica", ecoando
slogans como "Ninguém segura este país" e "Pra frente, Brasil", reforçando
o ar de patriotismo e nacionalismo com o lema "Brasil: ame-o ou deixe-o".
Nesse contexto, a vitória da seleção brasileira de futebol na Copa do
Mundo de 1970, no México, foi habilmente explorada pelo regime, visando
criar uma atmosfera ufanista na população.

Mais um general no poder (1974-1979)


Nos primeiros meses de 1974, com o término do mandato do presidente
Médici, um Colégio Eleitoral, composto por membros do Congresso e das
Assembleias Legislativas estaduais, escolheu o general Ernesto Geisel
como presidente. Quando Geisel assumiu a Presidência, em março de 1974,
o "milagre econômico" começou a mostrar suas costuras desgastadas. Uma
das razões para tal desgaste foi a crise global do petróleo, que facilmente
repercutiu na economia brasileira. A dívida externa e a inflação começaram
a escalar, deixando cicatrizes profundas que seriam sentidas de forma
contundente na década seguinte.

Abertura “lenta, gradual e segura”


Ernesto Geisel representava uma vertente moderada das Forças Armadas e
defendia uma abertura política que eventualmente levaria à transferência do
poder para civis. No entanto, os militares da "linha dura" ainda mantinham
considerável influência no aparato estatal, controlando os principais órgãos
de segurança. Dada a impossibilidade de um confronto direto com eles,
Geisel comprometeu-se a implementar uma abertura política "lenta, gradual
e segura".

Os militares da "linha dura", por sua vez, continuaram agindo e desafiando


a política de abertura. Em outubro de 1975, o jornalista Vladimir Herzog
foi brutalmente assassinado sob tortura nas instalações do Segundo
Exército em São Paulo. Três meses depois, ocorreu a morte do metalúrgico
Manuel Fiel Filho durante um interrogatório na mesma instituição.

Em dezembro de 1977, Geisel conseguiu bloquear a candidatura à


Presidência do general Sylvio Frota, membro da "linha dura," e indicou o
general João Baptista Figueiredo como seu sucessor, que foi eleito de
forma indireta em outubro de 1978.

Nos meses que antecederam a posse do novo presidente, marcada para


março de 1979, o Congresso aprovou a revogação do AI-5, restabelecendo
o direito de habeas corpus e aliviando parcialmente a censura à imprensa.
Isso sinalizou que as pressões populares a favor da abertura política
estavam surtindo efeito.

O fim da ditadura
As manifestações pelo fim da ditadura estavam ganhando um impulso
notável. Em 1978, nasceu o Movimento do Custo de Vida nos bairros
periféricos das grandes cidades. Eles organizaram um abaixo-assinado
impressionante, com mais de 1,3 milhão de assinaturas, exigindo aumento
salarial e congelamento dos preços dos itens essenciais. No mesmo ano,
representantes do Movimento Unificado contra a Discriminação Racial
(MUCDR) protestaram veementemente após a morte brutal de Robson
Silveira da Luz, um jovem negro de 21 anos, que foi preso e morto sob
tortura em uma delegacia na periferia de São Paulo.
No final dos anos 70, o movimento operário começou a mostrar sua
capacidade de mobilização. Em 1978 e 1979, milhares de trabalhadores
entraram em greve em São Paulo.
Em 1979, a campanha pela anistia dos presos políticos, cassados e
perseguidos pela ditadura, ganhou grande força. Em resposta à pressão
popular, em agosto de 1979, o Congresso aprovou a Lei da Anistia. Isso
permitiu o retorno dos exilados, mas também implicou no perdão aos
crimes cometidos pelos agentes da ditadura envolvidos em torturas e
assassinatos de presos políticos.
Em novembro de 1979, o Congresso aprovou um projeto de lei que
encerrou o sistema bipartidário e regulamentou o pluripartidarismo. Arena
e MDB foram extintos, e surgiram outros partidos, incluindo o Partido
Democrático Social (PDS), o Partido do Movimento Democrático
Brasileiro (PMDB), o Partido Popular (PP), o Partido Democrático
Trabalhista (PDT), e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Além disso,
em 1980, foi fundado o Partido dos Trabalhadores (PT), que reuniu
sindicalistas, intelectuais, militantes de esquerda, setores da Igreja e
políticos da ala mais à esquerda do antigo MDB.
Os militares da "linha dura," juntamente com grupos paramilitares de
direita, como o Comando de Caça aos Comunistas (CCC), a Aliança
Anticomunista Brasileira (AACB), e a Falange Pátria Nova (FPN),
começaram a organizar atentados terroristas com o objetivo de sabotar o
processo de redemocratização.
Um dos ataques terroristas mais notórios foi um atentado fracassado no
centro de convenções do Riocentro, no Rio de Janeiro, em 1981, durante
um show em comemoração ao 1º de Maio, Dia do Trabalhador. Duas
bombas explodiram prematuramente, enquanto ainda estavam sendo
montadas dentro do carro onde dois militares terroristas se encontravam.
Um deles perdeu a vida, enquanto o outro, o capitão Wilson Chaves
Machado, ficou ferido. Um Inquérito Policial Militar (IPM) foi aberto, mas
o caso foi abafado pelo governo, e os culpados nunca foram punidos.
Diretas já!
Não apenas o clima de terror, mas também uma crise econômica crescente
atormentava a sociedade. A inflação saiu do controle - atingindo 38,9% em
1978 e um incrível 110% em 1980. Em 1981, o PIB entrou em território
negativo. O Brasil estava preso em um estagflação: uma mistura de
estagnação econômica com uma inflação galopante.

Todos esses elementos contribuíram para uma crescente insatisfação da


população em relação ao governo militar. Em março de 1983, o deputado
federal Dante de Oliveira, do PMDB, apresentou uma emenda à
Constituição que propunha eleições diretas para a Presidência da
República. Oito meses depois, o PT organizou o primeiro comício pelas
eleições diretas em São Paulo, atraindo 10 mil pessoas. Rapidamente, a
campanha "Diretas Já!" se espalhou por todo o Brasil, envolvendo
comícios, shows, passeatas e manifestações que mobilizaram amplos
setores da sociedade.

O número de participantes nessas manifestações aumentou rapidamente,


com comícios gigantescos a favor da emenda Dante de Oliveira ocorrendo
em quase todas as grandes cidades do país. No entanto, apesar da
mobilização nacional, em abril de 1984 o Congresso Nacional rejeitou a
proposta de eleições diretas para presidente da República por apenas 22
votos de diferença.

Inconformados com esse resultado, alguns parlamentares se uniram para


tentar impedir que o candidato do governo vencesse a eleição, ainda que
indireta. Formou-se no Congresso um bloco chamado Aliança
Democrática, composto por membros do PMDB e dissidentes do PDS (o
partido que apoiava o governo, originado da antiga Arena). Juntos,
lançaram a candidatura de Tancredo Neves, do PMDB, à presidência, com
José Sarney, um dissidente do PDS, como vice.
O governo, por sua vez, indicou Paulo Maluf (PDS) para suceder ao
General Figueiredo. Maluf já havia sido prefeito de São Paulo durante os
"anos de chumbo."

Nas eleições de janeiro de 1985, Tancredo Neves venceu com 480 votos do
Colégio Eleitoral contra 180 de seu adversário. No entanto, um dia antes da
posse, em 15 de março, Tancredo Neves adoeceu gravemente e faleceu em
21 de abril.

A Presidência foi assumida por José Sarney, um político historicamente


associado à Arena, o partido da ditadura, marcando o fim do regime civil-
militar e o início de uma nova fase na história do Brasil.

Aluno: Gabriel de Góis França 3ºD

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