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OPINIÃO

O nazismo ucraniano, ontem e hoje – uma trilogia


(III)
José Goulão

POR JOSÉ GOULÃO SEXTA, 24 DE FEVEREIRO DE 2023

O chefe de Estado oferece a própria insígnia da Liberdade a uma figura à medida


dos negros tempos portugueses em que, a exemplo da Ucrânia de hoje, os
partidos políticos de oposição eram proibidos, os antifascistas penavam na
cadeia ou eram assassinados.

/ UNIAN

3. Zelensky, a marioneta perigosa de um Ocidente em


desespero
«Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que não vêem, cegos
que, vendo, não vêem»

(José Saramago, Ensaio sobre a Cegueira)

Os governantes dos Estados Unidos e os seus subordinados, os dirigentes da União


Europeia, veneram uma marioneta chamada Volodymyr Zelensky, manipulada
pelos senhores da guerra, pelos oligarcas planetários, pela indústria da morte, pelos
esbirros do nazifascismo como ideologia de sonho do neoliberalismo globalista.

Foi inventado como presidente da Ucrânia por um oligarca chamado Ihor


Kolomoysky, que financiou a sua transição de um papel de ficção televisiva para
uma realidade gerida por uma estrutura nazi que nunca renegou de maneira
convincente a herança de Hitler e dos seus colaboracionistas genocidas ucranianos.
O mesmo oligarca que pagou a criação e sustenta os grupos de assalto e de choque
nazis como frente terrorista e de guerra do regime. Zelensky é um irresponsável
inchado como o sapo da fábula que leva perigosamente a sério o papel em que é
sustentado e manobrado por gente com poder mundial ainda mais irresponsável
que ele – e que joga com a existência do planeta e a sobrevivência da humanidade.

Volodymyr Zelensky, a criatura, dá sinais de querer escapar pontualmente aos seus


criadores brincando com as toneladas de instrumentos de morte e os milhões de
milhões de dólares/euros que estes lhe enfiaram nos bolsos, boa parte em trânsito
para negócios imobiliários e contas offshore; agora parece ter tomado o freio nos
dentes e arriscar tudo numa fuga suicida para a frente. Ao seu serviço,
generosamente pagos com dinheiro nosso, estão mais de centena e meia de
fabricantes transnacionais de mentiras, fake news e estratégias de engano
designados como «agências de comunicação».

A tournée do desespero
A mais recente visita do ditador de Kiev aos principais areópagos da «democracia
europeia» foi uma ópera bufa onde ressoou a cacofonia dos desencontros mútuos
na perseguição cada vez mais desesperada de um objectivo que balança
perigosamente entre o fracasso e o elevadíssimo risco de um extermínio humano
nunca visto no planeta. Entre os uivos de perseguição contra quem ainda resiste à
zombificação da opinião única lançados pela autocrata Von der Leyen, o
Parlamento Europeu serviu de palco ao puxão de orelhas a toda a União Europeia
que Zelensky não se coibiu de dar no papel de «defensor da democracia» e de «toda
a Europa». A marioneta dos nazis que governam a Ucrânia fala e esbraceja sem
limites, satura as comunicações por Zoom e outras plataformas do género para
arengar as falas de um guião escrito por mentirosos profissionais em parlamentos e
onde quer que se juntem mais de dois chefes de Estado e de governo de qualquer
continente; e, em boa verdade, os sociopatas de Bruxelas e das capitais dos 27
começam a não saber muito bem o que fazer com ele, soterrados, além disso, sob o
diktat de Washington.

O nazismo A revelação feita pelo veterano jornalista Simon


ucraniano, Hersh da maneira metódica e minuciosa como os
ontem e hoje Estados Unidos fizeram explodir os gasodutos
– uma
trilogia (I) Nord Stream I e II – num ostensivo acto de
guerra contra a Alemanha perante a cobardia (a
cumplicidade) de Berlim – revela bem até que
ponto chegou a postura rastejante dos dirigentes da União Europeia como simples
apêndices da oligocracia imperial.

A operação terrorista, preparada, segundo Hersh, pelo conselheiro presidencial de


segurança Jake Sullivan, o secretário de Estado Blinken e a golpista-chefe de
Maidan, Victoria Nuland, teve como mandante o próprio presidente Biden. E o
chanceler alemão, Olaf Scholz, não apenas continua calado e imóvel como aceita
enviar dinheiro, tanques e outras armas para uma guerra através da qual o poder
imperial norte-americano procura subjugar ainda mais a Europa. São políticos
assim, sem qualquer dignidade e sentido humanista, que minam os países europeus
como uma peste.

O Ocidente em desespero, na verdade aglutinando apenas 15% da população da


Terra, admite assim uma estratégia do caos e de autêntica guerrilha interna para
tentar conservar o domínio mundial, o estatuto de poder colonial globalista gerido
por uma única potência, depositando nas mãos de um inconsciente e transtornado
aprendiz de feiticeiro a vida dos cidadãos do planeta. Fez dele um «herói» do circo
de manipulação social corporativa, ignorando ostensivamente que não passa de um
refém de um bando de chefes nazis movidos por uma crença mística na criação de
um Estado ucraniano de «raça pura e homogénea».

Levando em consideração estes chefes omnipresentes nas movimentações políticas,


paramilitares e militares na sociedade ucraniana desde a independência, em 1991,
não surpreende que os grupos nazis, fiscalizando e pressionando o funcionamento
do Estado de Kiev, actuem de acordo com o seu fundamentalismo nacionalista
herdado da OUN (Organização dos Nacionalistas Ucranianos) e da UPA (Exército
Insurgente Ucraniano) e que tem os seus fundamentos nos anos 20 do século
passado, solidificados depois em aliança com a Alemanha do III Reich.
Negação criminosa
A responsabilidade ocidental nesta trágica convulsão não é de agora. Desenvolveu-
se em paralelo com o nascimento, maturação e sobrevivência da ideologia
nacionalista integral de influência directa nazi alemã que é a componente
dominante do actual Estado ucraniano dirigido a partir de Kiev. Negá-lo é uma
falsificação da História e das circunstâncias em que vivemos, assim transpostos
para uma realidade paralela onde a mentira se tornou uma virtude.

Documentos secretos da CIA, divulgados muito recentemente, revelam que os


serviços secretos ocidentais canalizaram para os sectores independentistas
ucranianos que mantiveram as referências ideológicas nacionalistas integrais da
OUN e da UPA o seu apoio à actuação clandestina e propagandística contra a União
Soviética. O banderismo foi, deste modo, a opção anti-soviética quase única
assumida pelos agentes desestabilizadores ocidentais durante a guerra fria, no que
dizia respeito ao território da Ucrânia. O Ocidente assegurou assim a sobrevivência
do banderismo depois de derrotado juntamente com o nazismo alemão1.

Stepan Bandera, Yaroslav Stetsko, Dmytro Dontsov e outros «heróis nacionais» de


hoje transitaram directamente, não o esqueçamos, do colaboracionismo hitleriano
para os quadros dos serviços secretos ocidentais, especialmente norte-americanos,
alemães e canadianos. Tal como durante o III Reich, Munique foi uma das
«capitais» do nacionalismo integral ucraniano desde o fim da Guerra Mundial à
dissolução da União Soviética.

Daí que, com toda a naturalidade, as correntes de


«O banderismo inspiração nazi-banderista se tenham imposto desde
foi, deste modo, a logo como vectores determinantes da independência
opção anti- da Ucrânia quando se deu a implosão da União
soviética quase Soviética. Leonid Kuchma, o primeiro presidente
única assumida ucraniano, deslocou-se à capital bávara durante o seu
pelos agentes mandato para homenagear postumamente Yaroslav

desestabilizadores Stetsko, o primeiro primeiro-ministro do efémero


Estado ucraniano criado em 1941, em Lviv, sob
ocidentais durante
cobertura hitleriana.
a guerra fria, no
que dizia respeito O Partido Nacional-Social, do qual emergiram todos
ao território da os principais dirigentes banderistas/nazis
Ucrânia.» responsáveis pela formatação do regime de Kiev em
vigor, foi uma das entidades mais influentes na
estruturação do Estado logo desde o início da
independência, em 1991. Não em termos eleitorais, porque a grande maioria dos
cidadãos nunca se identificaram com um fundamentalismo passadista que então
lhes dizia pouco, mas no sentido da capacidade para determinar o funcionamento
dos centros de decisão do regime. No fundo, o Partido Nacional-Social, os seus
antecessores da OUN e UPA e os seus subprodutos nazis que marcaram espaço
determinante em Kiev eram e são os fundamentos do caminho ditatorial que a
Ucrânia tomou e agora se materializou em pleno. Com a conivência indisfarçada do
Ocidente colectivo e a sua papagueada e esvaziada «democracia liberal».

O batalhão Azov, apoiado pela NATO e pelas lideranças da UE e dos EUA, e tratado pelos
"mainstream media" ocidentais como «nacionalistas ucranianos» ou «admiradores de Stepan
Bandera», usa o símbolo nazi "Wolfsangel" na sua bandeira e uma das tropas de choque preferidas
do governo de Kiev, no Leste como no resto do país.

Terror em acção

O Movimento-Batalhão Azov será talvez o mais conhecido grupo paramilitar – e


agora militar – de inspiração nazi, essencialmente pela deificação dos seus
membros feita pela comunicação e propaganda ocidentais, sobretudo na altura em
que combatiam para manter a cidade de Mariupol em seu poder usando os civis e
as suas residências como escudos. O jornal norte-americano The Nation considera-
o «um centro da supremacia branca» estendendo os tentáculos no estrangeiro
através, designadamente, da movimentação permanente da secretária internacional
do «Corpo Nacional» do Azov, Olena Semeniaka2, que não tem qualquer pudor em
deixar-se fotografar fazendo a saudação nazi junto a bandeiras com as cruzes
suásticas.3

A embaixadora do Azov foi convidada a integrar Portugal nos seus périplos em


Maio de 2019, para participar no «Fórum Prisma Actual» – de âmbito ibérico,
segundo os promotores – organizado pelo «Escudo Identitário», parte da nebulosa
fascista que já abocanhou fatia importante do hemiciclo da Assembleia da
República.
O Aidar, transformado em batalhão de assalto, os grupos Dniepr 1 (muito elogiado
pelo falecido senador fascista norte-americano John McCain) e Dniepr 2, Trident,
Donbass, têm todos as suas origens remotas no Partido Nacional-Social como
herdeiro do espólio ideológico nazi-banderista. As suas milícias urbanas e grupos
paramilitares, réplicas de esquadrões da morte, actuam como polícias municipais
nas principais cidades do país – aterrorizando as populações definidas como «não-
ucranianas» –, chantageiam e ameaçam os centros de decisão e, como parte das
Forças Armadas, controlam efectivamente e sem qualquer contemplação o
comportamento das forças regulares e respectivos corpos de oficiais.

O nazismo Um dos grupos menos conhecidos, mas não


ucraniano, menos interventivo ao nível das esferas de
ontem e hoje decisão, é o C-14, agora renomeado Fundação
– uma
trilogia (II) Futuro. Trata-se da organização juvenil do
partido Svoboda e tem uma acção intensiva na
doutrinação racista dos jovens ucranianos
«puros», sobretudo na educação do ódio aos russos, definidos como «sub-
humanos». O «14» presente na denominação da organização relaciona-se com as 14
palavras da expressão programática originalmente divulgada pelo neonazi norte-
americano David Lane: «Temos de assegurar a existência do nosso povo e o futuro
para as crianças brancas».

O C-14 ou Fundação Futuro – o Svoboda também usa, significativamente, a


designação Sociedade do Futuro – é chefiado por Yevhen Karas e tem uma
actividade diversificada, em grande parte subsidiada pelo governo. É o caso dos
projectos de «educação nacional-patriótica» elaborados pelo seu Conselho de
Educação e que são financiados pelo Ministério da Juventude e Desportos. Entre as
iniciativas incluem-se campos de juventude para doutrinação ideológica e treino
militar, competições desportivas apenas para crianças «brancas», a promoção de
concertos com bandas nazis e negacionistas do Holocausto, como o grupo Sakyra
Peruna. Num dos espectáculos promovidos em 2019 com a actuação desta e outras
bandas afins estiveram presentes o então primeiro-ministro Oleksiy Honcharuke,
envergando uma camisa negra, e a ministra dos Assuntos dos Veteranos, Oksana
Koliada.

Destruição e saque de acampamentos de ciganos (seis em dois meses durante


2018), operações nas quais contam frequentemente com apoio policial; operações
de polícia municipal e violentas patrulhas de rua no oblast (província) de Kiev;
decoração de edifícios públicos com símbolos e bandeiras nazis, ataques contra
manifestações LGBT e de organizações de oposição ao regime são acções em que o
C-14 particularmente se distingue. Um dos assaltos a um acampamento de ciganos
foi programado para 20 de Abril de 2018, de maneira a coincidir com a data de
nascimento de Hitler.

Nesse mesmo ano, Serhiy Bondar, um dos chefes do


«O Aidar, grupo, proferiu uma conferência sobre Segurança da
transformado em Comunidade na America House de Kiev, uma
batalhão de instituição oficial norte-americana. Segundo fontes de
assalto, os grupos oposição, os serviços secretos SBU recorrem ao C-14
Dniepr 1 (muito para a execução de «tarefas» à margem das leis em
elogiado pelo vigor, da mesma maneira que os Estados Unidos
«deslocalizam» as práticas de tortura para prisões
falecido senador
secretas em países aliados. Um dos resultados
fascista norte-
prováveis dessa «delegação de poderes» foi o
americano John
assassínio do jornalista Oles Buzina, liquidado a tiro
McCain) e Dniepr
perto de casa em Abril de 2015.
2, Trident,
Donbass, têm O C-14 e o Movimento-Batalhão Azov foram
integrados no Conselho Público do Ministério dos
todos as suas
Assuntos dos Veteranos.
origens remotas
no Partido Dmytro Riznychenko, um dissidente do grupo,
Nacional-Social revelou à «Rádio Svoboda» que «no C14 são todos
como herdeiro do nazis». O Ocidente «dá-nos armas para nos
divertirmos a matar», costuma proclamar o chefe da
espólio ideológico
organização, Yevhen Karas.
nazi-banderista.»
«O nacionalismo é exactamente o que a Ucrânia
precisa», assegurou Anne Applebaum, destacada
jornalista norte-americana de origem judaica galardoada com um prémio Pulitzer e
casada com Radoslaw Sikorski, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do regime
nacional-fundamentalista da Polónia. Sikorski voltou momentaneamente à ribalta
há dias quando defendeu que a Ucrânia devia possuir armas nucleares e usá-las
contra a Rússia.

O Congresso Mundial Judaico, o Memorial do Holocausto nos Estados Unidos e 57


congressistas norte-americanos não partilham da opinião de Applebaum e
condenam «a glorificação nazi» sob o regime de Kiev.

Zelensky e a moral da história


Zelensky é judeu, portanto não pode ser nazi, ouve-se na União Europeia e nos
Estados Unidos da boca de quem parece querer aliviar a consciência (se a tivesse)
pelo fornecimento de toneladas de armas e milhares de milhões de euros e dólares a
um regime dominado por um aparelho aparentado com o terror hitleriano.

O silogismo é absurdo. A sua invocação pode até criar um problema existencial ao


próprio Aristóteles, tentado assim a rever o seu Organon.

O presidente em exercício da Ucrânia costumava brincar com a ascendência


judaica, que dizia não ter qualquer influência na sua vida: «O facto de ser judeu não
chega a ser a vigésima na minha longa lista de falhas». Isto foi antes de entender
que seria útil e oportuno invocar essa circunstância para tentar repelir as acusações
de que estava à cabeça de um regime nazi.

Será Volodymyr Zelensky originalmente um nazi convicto como Biletsky ou Yarosh,


proeminentes figuras do aparelho que controla o regime? Assumamos a improvável
hipótese de não ser, de não passar de uma figura do showbiz bacoco, apesar disso
com talento para a comunicação – o que não é difícil quando se é levado ao colo por
160 agências transnacionais da especialidade, com enorme experiência em
mentiras, manipulação, estratégias de engano, sound bites para vender desde
detergentes a discursos de primeiros-ministros.

Andriy Biletsky (centro), fundador do Batalhão Azov

O presidente ucraniano caminha entre a ficção e a realidade, tentando equilibrar-se


como um funâmbulo em apuros porque a sua especialidade circense são as piadas
obscenas e porno-boçais. Deram-lhe o mundo para brincar, como fazia o outro,
incarnado, porém, por um genial actor em O Grande Ditador, e agora está o
planeta e estamos todos à beira do mais negro dos abismos. O maior irresponsável,
na verdade, não é o próprio, mas os que lhe movem os cordelinhos, lhe oferecem
armas «para nos divertirmos a matar», como diz Karas, o chefe do C-14, e vão até
ele prestar vassalagem levando milhões de milhões roubados cinicamente aos
cidadãos, sabe-se lá com que destino final.
Em abono da verdade deve dizer-se que Zelensky não necessitou de um talento
especial para transformar a sua carreira de actor de ficção no papel de chefe da
junta golpista de Kiev. Mudou de palco, mas continuou na área do fingimento e do
faz de conta, temperados agora com a mentira inerente à actividade dos mentores
políticos. A sua campanha eleitoral baseou-se no estabelecimento da «paz» no país,
designadamente através da aplicação dos Acordos de Minsk, estratégia que lhe
valeu obter no martirizado Donbass a enorme maioria para derrotar amplamente o
seu rival, conhecido nesta região como «Porochenko o fascista».

A população da Ucrânia não se revia no clima de guerra criado com o golpe de


Maidan, que derrubou um governo democraticamente eleito, seguido do assalto das
forças regulares e dos grupos nazis contra a população maioritariamente russa do
Leste e Sudeste do país. Foi esse facto, conjugado com as promessas de
«reconciliação», que catapultou a eleição de Zelensky.

Ora Zelensky, da mesma maneira que os tutores


«O presidente ocidentais, certamente sabia que os acordos de Minsk
ucraniano não eram para aplicar, como já garantia o próprio
caminha entre a Porochenko e Merkel e Hollande agora confirmaram;
ficção e a pelo que a campanha do candidato vencedor assentou
realidade, sempre numa ilusão, uma rábula como quaisquer das
tentando suas performances como actor – esta tendo, porém,
como consequência bem real e dramática a chacina de
equilibrar-se
centenas de milhares de seres humanos.
como um
funâmbulo em Como ficámos a saber muito recentemente, o ditador
apuros porque a de Kiev nunca pensou, de facto, em respeitar os
sua especialidade acordos de Minsk. Montou a campanha eleitoral com

circense são as base numa fraude, driblando Porochenko porque


conseguiu mentir mais e melhor, ou não se tratasse
piadas obscenas e
de um especialista em fazer de conta. Numa
porno-boçais.»
entrevista à revista alemã Der Spiegel, publicada em
9 de Fevereiro último, o chefe do regime de Kiev
confessou que «fingiu apoiar os Acordos de Minsk
para uma troca de prisioneiros com a Rússia e dar tempo ao país para se preparar
para a guerra». Acrescentou que revelou isso mesmo à chanceler Merkel e ao
presidente Macron porque «as concessões» contidas nos acordos, mesmo que
transformadas em resolução das Nações Unidas, eram «inaceitáveis». «Não
podemos implementá-los», assegurou. A França e a Alemanha anuíram, da mesma
maneira como posteriormente o Reino Unido e toda a NATO invalidaram as
possibilidades de entendimento entre a Ucrânia e a Rússia que chegaram a ser
desenhadas em Istambul, em Março de 2022. Como explicou agora o próprio
Zelensky perante o Parlamento Europeu.

De facto, torna-se quase impossível negociar e fazer valer acordos com esta gente,
sempre de mentira e má-fé em riste.

A realidade da Ucrânia pós-Maidan, e mesmo pós-independência em versão mais


benigna, acabou por arrasar todas hipóteses apresentadas como bem-
intencionadas, mesmo as mais estrambólicas.

Se Zelensky não era originalmente nazi, as circunstâncias do mito de uma Ucrânia


nórdica, branca, pura e homogénea transportado até hoje pelas almas sangrentas
de Dontsov, Bandera, Setsko, Shukhevych e outros «heróis nacionais», colocaram-
no ao serviço de um sistema nazi. O que, em termos práticos, não faz qualquer
diferença.

Comemoração do 114º aniversário de Stepan Bandera, junto ao monumento do líder da Organização


dos Nacionalistas Ucranianos (OUN), em Lviv, Ucrânia, 1 de Janeiro de 2023 Mykola Tys / EPA

Sendo Zelensky judeu nada o impede, como está à vista de todos, de encabeçar um
regime de inspiração nazi-banderista. Não faltam na História os casos de
colaboração de judeus com o Reich e com ideologias nazi-fascistas. O depois
primeiro-ministro israelita Menahem Begin não teve pejo em recorrer a formadores
hitlerianos para tornar operacional o seu grupo terrorista Irgun, um dos pilares em
que assentou posteriormente o actual exército de Israel. Zelensky tem obrigação,
apesar do diletantismo mais ou menos alienado de grande parte da sua vida, de
conhecer o caso de Zeev Jabotinsky, destacadíssima figura sionista de origem
ucraniana, também ele um dos fundadores do Irgun, que se colocou ao lado dos
nazis alemães por ocasião da invasão da União Soviética; chegou, apesar disso, a
administrador Congresso Mundial Judaico e os seus restos mortais foram acolhidos
com todas as honras em Israel, terra de apartheid, tal como a Ucrânia de hoje. O
secretário pessoal de Jabotinsky foi o pai de Benjamin Netanyahu, o conhecido e
eterno primeiro-ministro de Israel, por sinal o maior amigo de Volodymir Zelensky
na clique governante do sionismo.

E como será que os seguidores do mito segundo o qual o presidente ucraniano


sendo judeu não pode ser nazi resolverão esta intrigante equação: o facto de
Kolomoysky, o patrão mediático e financiador da campanha presidencial de
Zelensky, que ajudou a fundar e sustenta com verbas principescas os grupos nazis
ucranianos, entre eles o Azov, ser também o presidente da Comunidade Judaica
Unida da Ucrânia? A memória da chacina de dezenas de milhares de judeus pelo
nacionalismo integral que governa o seu país certamente não o incomoda.

A farsa durou pouco


Entretanto, as virtuais boas intenções «pacifistas» de Zelensky usadas na
campanha de mentira dissiparam-se logo que tomou posse. A partir daí a
superestrutura nazi-banderista que manda em Kiev decidiu que era tempo de
acabar com a rábula e os fingimentos

Bastou a primeira deslocação presidencial para Leste depois das eleições, com
destino a Zolote, na chamada zona cinzenta de separação entre os dois lados em
conflito, para as dúvidas se dissiparem.

Recebido pelos comandantes do Azov e outros agrupamentos nazis envolvidos na


campanha «Não à capitulação» – contra os Acordos de Minsk e outras iniciativas
para atenuar as tensões militares -, Zelensky chegou ainda a defender uma redução
dos armamentos presentes na linha da frente, de modo a gerar um ambiente de
confiança, ainda que ténue, susceptível de prolongar por mais algum tempo o
período sem guerra aberta. A resposta dos comandantes nazis foi de extrema
dureza contra o presidente e os vídeos da altercação rapidamente correram os
meios de comunicação nacionalistas e as redes sociais, gerando uma poderosa vaga
de intimidação e chantagem contra o novo titular nominal do poder em Kiev.

Andriy Biletsky prometeu mobilizar novos contingentes de milhares de


paramilitares para contrariar as sugestões de Zelensky e depois comandou a
marcha sobre Kiev contra hipotéticos esforços de paz; um deputado do partido de
Porochenko fez uma intervenção parlamentar ameaçando que uma granada
lançada por um membro de um grupo «patriótico» poderia explodir em qualquer
lado, até junto do presidente; Dmytro Yarosh afirmou, recorda-se, que as supostas
intenções de paz do chefe de Estado «são perigosas para nós» – e também para o
próprio, que poderia ser «pendurado numa árvore».
Tudo voltou então aos tempos de Porochenko, segundo o qual o governo da região
ocidental da Ucrânia nunca pensou em cumprir os Acordos de Minsk, assinados
apenas para «ganhar tempo» e reforçar a guerra contra o Donbass. Entre
Porochenko e Zelensky diluíram-se as diferenças, mesmo que improváveis; e em
Kiev continuaram a mandar os mesmos de sempre.

Foi isso que aconteceu a partir do momento em que Zelensky ficou refém da teia
nazi envolvendo o Estado ou então se converteu definitivamente à «ordem
nacional» herdada de Dontsov, Bandera e outros nacionalistas integrais homens de
mão do expansionismo do III Reich.

Zelensky emergiu então segundo o modelo que hoje conhecemos. Um verbo de


encher atrevido, sem limites, megalómano, irresponsável e insensível perante o
valor da vida humana, um nacionalista feroz e ao mesmo tempo um bobo de corte
dos poderes internacionais que não têm qualquer pudor em usar o nazismo como
tropa de choque ao serviço dos seus interesses maníacos e totalitários, da mesma
maneira que o fazem com a al-Qaida e o Isis – a conhecida «ordem internacional
baseada em regras». Nacionalismo integral ucraniano e nazismo, uma velha
parceria, como sempre útil às tentações hegemónicas, sejam da Alemanha de Hitler
ou do império ocidental comandado pelo regime dos Estados Unidos da América.
Afinal, o verdadeiro Estado pária e terrorista, como mais uma vez ficou
demonstrado ao bombardear os gasodutos Nord Stream.

Zelensky tornou-se inimigo da paz até ao sacrifício do


«Zelensky último ucraniano; transforma sistematicamente os
emergiu então colaboracionistas nazis em «heróis nacionais», acha
segundo o modelo que os ucranianos têm todo o direito a ser banderistas
que hoje porque isso «é fixe», deixou a sua assinatura na lei
conhecemos. Um racista dos «povos indígenas» ou autóctones,
verbo de encher eliminou os partidos de oposição, esvaziou as
bibliotecas ao destruir milhões de livros, permitiu que
atrevido, sem
se criasse aquilo que a Rádio Europa Livre –
limites,
imagine-se! – qualifica como «uma atmosfera
megalómano,
arrepiante para os jornalistas».
irresponsável e
insensível perante Para não deixar dúvidas quanto à sua posição,
o valor da vida negando totalmente o que prometera na campanha
eleitoral, Zelensky convocou em Outubro de 2019
humana, um
uma reunião de trabalho com o pleno dos grupos
nacionalista feroz
terroristas nazis. «Encontrei-me hoje com os
e ao mesmo
veteranos», explicou o presidente. «Estiveram todos
tempo um bobo de presentes, o Corpo Nacional, o Azov, toda a gente».
corte dos poderes Anote-se a veneração e o respeito que Zelensky
internacionais que expressou em relação aos interlocutores, tratando-os
como «veteranos».
não têm qualquer
pudor em usar o Em 1 de Dezembro de 2021, o chefe nominal do
nazismo como regime da Ucrânia condecorou como «herói
tropa de choque nacional», em pleno Parlamento, o comandante do
ao serviço dos seus Sector de Direita, Dmytro Kotsubaylo. O seu grupo

interesses fuzila os soldados ucranianos quando tentam


desertar; Kotsubaylo costuma «brincar» com os
maníacos e
jornalistas dizendo que «os meus homens alimentam-
totalitários, da
me com ossos de crianças que falam russo». É-lhe
mesma maneira
atribuído o lançamento da campanha «Não à
que o fazem com a capitulação».
al-Qaida e o Isis –
a conhecida Pouco antes desse acto, Zelensky fez-se representar,
tal como o seu ministro da Defesa, no funeral de
"ordem
Orest Vaskoul, antigo membro do ramo ucraniano
internacional
das SS alemãs. A alma do falecido criminoso de
baseada em guerra foi encomendada ao Senhor pela Igreja
regras".» Autocéfala da Ucrânia, entidade responsável pelas
doutrina e liturgia de uma religião de Estado assente
nos mitos nacionalistas integrais, enquanto os
esbirros do regime destroem templos e perseguem politicamente os dignitários da
Igreja Cristã Ortodoxa, a mais seguida pelos ucranianos religiosos, com o senão de
ter sede em Moscovo. A urna do SS Vaskoul foi coberta com a bandeira da Ucrânia.

E chega o Colar da Liberdade para o ditador


É a um sociopata capaz de gestos doentios como estes, cujo conhecimento está bem
à disposição de quem tem espírito livre para avaliar todos os ângulos de causas,
efeitos e comportamentos, que o venerando chefe de Estado de Portugal, recuando
para a obscenidade de atitudes próprias do seu antecessor Thomaz, decidiu
entregar a Ordem da Liberdade. Uma consagração da qual não são dignos, segundo
os critérios de Belém, tantos dos corajosos militares que fizeram o 25 de Abril.

Não bastava o inqualificável Zelensky ter perorado em S. Bento em pleno período


das comemorações do 25 de Abril, aliás para insultar este mesmo movimento
libertador comparando-o ao golpe fascista de Maidan. Agora, o chefe de Estado
oferece a própria insígnia da Liberdade a uma figura à medida dos negros tempos
portugueses em que, a exemplo da Ucrânia de hoje, os partidos políticos de
oposição eram proibidos, os antifascistas penavam na cadeia ou eram assassinados,
livros eram impublicáveis, retirados de circulação ou destruídos, os meios de
comunicação censurados, sujeitos a uma programação única, jornalistas presos; e a
PIDE, inspirada e treinadas pela Gestapo nos alvores da sua existência, revive hoje
na SBU ucraniana, que tem iguais mestres e metodologias.

Com esta decisão anunciada, o Chefe de Estado


O 25 de Abril
eo insulta o 25 de Abril, agride os portugueses,
convidado humilha os antifascistas. Sabemos que o homem
neonazi «dos afectos», com a veia populista entranhada
de uma maneira indisfarçável por qualquer
manobra de imagem e marketing, não nutre
carinho especial pelo movimento libertador de há quase 50 anos. Confirma-se por
estes dias aquilo de que fortemente se suspeitava: Marcelo não era um corpo
estranho no reino de Marcello; afinal a «democracia orgânica» do padrinho
confunde-se, através do afilhado e da classe política novembrista, com a
«democracia liberal» em que vegetamos. Será que o processo de hipnotização da
sociedade está tão arreigado e capaz de permitir que passe em claro e sem resposta
este gesto presidencial autocrático, aberrante e anacrónico?

Já depois de iniciada a acção militar russa na Ucrânia tendo como um dos


objectivos proclamados pelo presidente russo, Vladimir Putin, a «desnazificação»
deste país, em 22 de Abril de 2022 o caçador de nazis e director do Centro hebraico
Simon Wiesenthal para investigação do nazismo, Ephraim Zuraff, declarou: a
intenção declarada por Moscovo «não é propaganda russa, longe disso; existem
neonazis na Ucrânia (…) é um absurdo ignorá-lo».

Os dirigentes ocidentais, incapazes de viver sem a arrogância elitista, o espírito


autoritário de seita globalista e a cleptomania colonial/imperial não poupam
armas, dinheiro, mentiras e a sanidade mental dos cidadãos para apoiar e sustentar
um indivíduo como Volodymir Zelensky e a teia terrorista neonazi que lhe mexe os
cordelinhos. É sina das chamadas democracias liberais abrirem as portas ao
nazismo, ontem como hoje, sem medirem as consequências, convictas de que
outros podem alcançar o que tanto desejam: aniquilar a União Soviética através dos
nazis alemães; destruir a Rússia por via dos nazis ucranianos. É sina dos povos
sofrerem as trágicas consequências de tamanho obscurantismo, de tanta
inconsciência e irresponsabilidade ao serviço da ganância de minorias que nunca
estarão satisfeitas. Ganância confundida, como sintoma da degeneração dos
comportamentos ocidentais dominantes, com «uma forma superior de civilização».

Desta feita, porém, essas minorias põem em risco a existência da humanidade e do


próprio planeta. E desmantelam qualquer legitimidade «democrática». O que aliás
está implícito no comportamento da não eleita e autocrática Comissão Europeia,
seguido pelos governos dos Estados membros, de Leste a Oeste.

A clique ocidental apura os veículos censórios ao seu dispor – são muitos e


sofisticados – para impedir que as pessoas se apercebam do perigo do nazismo
ucraniano. Impôs o dogma de que ele não existe e que, por isso, não vemos aquilo
que estamos a ver. É a cegueira induzida como um dos sustentáculos da opinião
única e um meio de asfixiar a liberdade de observar, pensar e formar juízo próprio.
É o autoritarismo avançando ao ritmo da aposta transnacional no
fascismo/nazismo, o mundo ideal e totalitário da plenitude neoliberal. As
chamadas crises da inflação e energética são apenas danos colaterais no caminho
para uma tragédia que está apenas no início e que os cidadãos ainda podem barrar
– se acordarem a tempo ou conseguirem sacudir a cegueira em que, passivamente,
aceitaram mergulhar. «Livres são aqueles que pensam, não aqueles que
obedecem», ensinou-nos o eterno Eduardo Galeano.

Afinal, Zelensky é apenas um palhaço rico canastrão


«A clique que tem como pièce de résistance da sua arte o
ocidental apura os número de tocar piano com os genitais. Os
veículos censórios verdadeiros criminosos são os que fazem dele um
ao seu dispor – herói e atacam os seus próprios povos para o
são muitos e instrumentalizar e manterem uma ordem que lhes
sofisticados – permite continuarem a assaltar o mundo. Há sinais
de que a garotice birrenta, sempre reivindicativa,
para impedir que
insatisfeita e exigente do presidente ucraniano, letal
as pessoas se
para o seu povo, começa a impacientar e constranger
apercebam do
os seus donos, até mesmo em Washington, ao ritmo
perigo do nazismo dos maus resultados militares para a NATO e da crise
ucraniano. Impôs que revolta cada vez mais as populações. O ambiente
o dogma de que de velório em que decorreu a recente cimeira do
ele não existe e Fórum Económico Mundial de Davos foi um indício
que, por isso, não revelador. Mas não existem quaisquer sinais de
vemos aquilo que correcção da rota suicida.

estamos a ver.» Com as contradições de governantes venais perante


Zelensky podem os cidadãos bem; os autocratas que
tentam sequestrar a democracia talvez estejam a
pressentir, sem o assumirem, o fracasso da estratégia de guerra – a guerra nunca é
solução, asseguram, com razão, os defensores da paz, tão vilipendiados mas que
teimam, continuarão a teimar e nunca desistem. Importantes, sim, são as reacções
dos povos da Europa, que começam a sair do imobilismo autodestrutivo. É um
passo importante, cada vez mais determinante, e que pode ser decisivo para
derrotar o nazifascismo uma vez mais.

O presente artigo é o terceiro e último da série «O Nazismo ucraniano,


ontem e hoje – uma trilogia», iniciada com O decálogo assassino e a «grande
democracia» e prosseguida com A «democracia liberal» guiada pela «raça pura».

1. A utilização em operações secretas contra a União Soviética, pelos serviços secretos ocidentais, dos antigos associados
ucranianos do nazismo teve consequências inesperadas a nível doméstico, nos EUA. Os lobbies fascistas de emigrados de
Leste tiveram um papel importante na derrota dos Democratas e na ascensão dos Republicanos nos anos 80, nomeadamente
na eleição de Reagan e de George H. W. Bush.O caso foi denunciado por um investigador do Holocausto, Christopher
Simpson, em Blowback: America's Recruitment of Nazis and Its Effects on the Cold War
[https://archive.org/details/ChristopherSimpsonBlowbackAmericasRecruitmen... e pelo jornalista Russ Bellant
[https://en.wikipedia.org/wiki/Russ_Bellant] em Old Nazis, the New Right, and the Republican Party: Domestic fascist
networks and their effect on U.S. cold war politics [https://pt.scribd.com/document/271696850/Old-Nazis-New-Right-
Republican-.... Em 2014, após o golpe de Maidan, o Foreign Policy in Focus entrevistou o autor.
2. Uma investigação sobre Olena Semeniaka, conduzida entre 2019 e 2021 pelo FOIA Research, expôs a ideologia e a prática
fascista da responsável pelas relações internacionais do Batalhão Azov, incluindo o relacionamento com fascistas
portugueses, comprovado pela sua participação , em 2019, numa conferência realizada em Portugal pelo grupo neonazi
Escudo Identitário. Entre a audiência pode ver-se o neonazi João Martins, que participou no assassinato de Alcindo Monteiro
em 1995 e foi por isso condenado a nove anos e quatro meses de prisão.
3. A cumplicidade aberta dos EUA e do Canadá com o Batalhão Azov foi denunciada pelo Steigan.no (Noruega), em artigo que se
seguiu à escandalosa atribuição, a Olena Semeniaka, de uma bolsa, patrocinada por um fundo privado, para o Instituto para as
Ciências Humanas, em Viena. O instituto austríaco, ao tomar conhecimento das «acções e declarações de Semeniaka»,
cancelou a bolsa, condenando-as e distanciando-se das mesmas. O que recusou a Áustria aceitou a Polónia, como denunciou
o site Kresy.pl, expondo outras ligações entre o Batalhão Azov e os nacionalistas polacos.
https://kresy.pl/wydarzenia/polska/polska-przygarnela-
ukrainska-szowinistke-bilecki/

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