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ATIVIDADES AQUÁTICAS
sUMÁRIO
UNIDADE 1 - METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS ...................1
VII
UNIDADE 2 - METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS ...................71
VIII
TÓPICO 3 - NADO COSTAS ..............................................................................................................119
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................119
2 POSICIONAMENTO DO CORPO .................................................................................................119
3 PERNADA ............................................................................................................................................120
4 BRAÇADA ...........................................................................................................................................120
4.1 ENTRADA ......................................................................................................................................120
4.2 APOIO OU PRIMEIRA VARREDURA PARA BAIXO .............................................................121
4.3 TRAÇÃO OU PRIMEIRA VARREDURA PARA CIMA...........................................................122
4.4 FINALIZAÇÃO OU SEGUNDA VARREDURA PARA BAIXO .............................................124
4.5 SEGUNDA VARREDURA PARA CIMA ....................................................................................125
4.6 RECUPERAÇÃO ............................................................................................................................127
5 RESPIRAÇÃO......................................................................................................................................127
6 COORDENAÇÃO ...............................................................................................................................127
6.1 A COORDENAÇÃO NOS MOVIMENTOS DE BRAÇOS
PERNAS NO NADO COSTAS .....................................................................................................128
6.2 A COORDENAÇÃO NOS MOVIMENTOS DOS BRAÇOS NO NADO COSTAS ..............128
6.3 A COORDENAÇÃO NOS MOVIMENTOS DAS PERNAS NO NADO COSTAS ...............129
7 SAÍDAS E VIRADAS .........................................................................................................................129
7.1 A SAÍDA DO NADO COSTAS ....................................................................................................129
7.2 VIRADA DO NADO COSTAS .....................................................................................................134
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................137
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................138
IX
4.1 ENTRADA ......................................................................................................................................166
4.2 FASE APOIO OU VARREDURA PARA FORA .........................................................................166
4.3 FASE DE TRAÇÃO OU VARREDURA PARA DENTRO ........................................................167
4.4 FASE DE FINALIZAÇÃO OU VARREDURA PARA CIMA ...................................................168
4.5 FASE DE RECUPERAÇÃO ..........................................................................................................169
5 RESPIRAÇÃO NO NADO BORBOLETA ......................................................................................170
6 COORDENAÇÃO NO NADO BORBOLETA ...............................................................................170
6.1 COORDENAÇÃO BRAÇOS/PERNAS NO NADO BORBOLETA .........................................170
7 SAÍDA NO NADO BORBOLETA ...................................................................................................171
7.1 APROXIMAÇÃO ...........................................................................................................................172
7.2 TOQUE/ROTAÇÃO/IMPULSO E DESLIZAMENTO ..............................................................172
7.3 MOVIMENTOS INICIAIS DO NADO ......................................................................................172
8 VIRADA NO NADO BORBOLETA................................................................................................172
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................175
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
X
UNIDADE 1
METODOLOGIA DO ENSINO DE
ATIVIDADES AQUÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo dessa unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está dividida em três tópicos. No fnal de cada um deles, você
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A prática de atividades físicas regulares tem sido enfatizada como
um componente indispensável para a manutenção de um estilo de vida ativo
e saudável, pois resultam em benefícios biopsicossociais aos que as praticam
(NAHAS, 2006).
Reis (1983 apud DAMASCENO, 1992, p. 22) defne a natação como "a
técnica de deslocar-se na água, por intermédio da coordenação metódica de
certos movimentos", e nadar "como se deslocar na água a seu nível ou através
da força e adaptações naturais do próprio nadador". Para Andries Junior (2008,
p. 30), “entendemos que o nadar se refere a formas variadas e diversifcadas de
manifestação do sujeito na água; essas manifestações têm aspectos culturais e
mudam de um lugar para outro, não têm intenção de resultados esportivos. Já
a natação carrega um caráter esportivo, busca através de movimentos técnicos e
preestabelecidos, resultados e vitória”. Para Araújo Júnior (1993), nadar e natação
também signifcam ação, exercício, arte, autopropulsão e autossustentação, mas
deve-se acrescentar a isso o respeito pela individualidade, espontaneidade,
criatividade e liberdade, fazendo com que a natação solicite exercícios tanto no
aspecto físico quanto no intelectual, o que torna o processo de aprendizagem uma
única unidade.
3
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
específco, supondo-se para o mesmo fm, pelo menos, o domínio apropriado das
técnicas, conhecimento de ritmo, além de urna boa preparação física”. Bonacelli
(2004, p. 82) diz que "a natação competitiva busca, preferivelmente, o rendimento
na luta contra o cronômetro, no excesso de treinamento, visando uma adaptação
superior na padronização dos movimentos".
Para o nadar essa facilidade não acontece, pois isso é uma habilidade
adquirida, sendo preciso que se passe por um processo de adaptação e
aprendizagem. Conforme Damasceno (1992), as adaptações na terra são bem
diferentes das adaptações na água e, por isso, o homem deve passar por um
novo processo de adaptação das estruturas de base para aprender a nadar. De
acordo com Andries Júnior (2008), as fases que se deve dominar antes de iniciar
a aprendizagem dos nados são: os primeiros contatos com a água, a respiração,
a futuação, a propulsão e a entrada na água. Após estas fases é que serão
introduzidos os nados propriamente ditos.
Todavia, “nadar” não é apenas o nadar indo e vindo, numa piscina artifcial
e regulamentada, tal qual é ensinado e treinado nas escolas e nos clubes em geral.
A natação é muito mais que nadar rapidamente em linha reta, é a múltipla, pura
e simples relação com a água e com o próprio corpo. De acordo com Burkhardt
e Escobar (1985), deve-se compreender a natação como contribuição no processo
de educação integral dos indivíduos. Além disso, os autores salientam que o
movimento humano sistematizado em exercícios terapêuticos, defnidos como
movimento do corpo ou das partes do corpo para aliviar sintomas ou melhorar
as funções, é prática secular em diversas civilizações para corrigir problemas
variados, como postura, respiração e equilíbrio mental.
4
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
Por ser uma atividade altamente recreativa, quer seja pelo seu aspecto
lúdico que tanto bem-estar proporciona aos seus participantes, permitindo obter
a inteira cooperação de alunos, habitualmente, com muitos medos e tensão, a
natação tem sido um elemento fundamental no desenvolvimento social dos
indivíduos, especialmente das crianças e jovens. Todavia, a natação não é só uma
excelente forma de exercícios e recreação, mas, também, um meio de sobrevivência.
É essencial, quando se ensina a natação, ganhar a confança do aluno e permitir-
lhe muitas oportunidades para que ele esteja cômodo e relaxado na água. Com
as instruções adequadas e com a prática, o indivíduo pode aprender a utilizar a
natação com prazer através de sua vida. Há oportunidades ilimitadas para que
os indivíduos participem da natação por meio de competições ou somente por
entretenimento e recreação.
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
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UNI
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
9
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
mundial. Este tempo permaneceu como recorde mundial até 1964, quando o
francês Alain Gotvales percorreu 100 metros em 52,9 segundos (KRUG; MAGRI,
2012).
10
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
3 BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO
Apesar da literatura conter diversas defnições para a natação e métodos
bem diversifcados para seu ensino, todos os autores concordam em um ponto:
este é um esporte excelente devido ao seu caráter formativo e totalizador.
Qualquer corpo no meio aquático esforça-se para superar as perturbações
causadas pela água, o que caracteriza uma de suas vantagens em relação aos
outros esportes (DAMASCENO, 1992). Para Araújo Júnior (1993), a natação é
considerada uma das atividades físicas mais completas que existe na atualidade
e, através dela, se obtém benefícios que auxiliam o praticante a ter uma vida mais
saudável, buscando a otimização e o desenvolvimento das capacidades físicas,
fexibilidade, força, resistência muscular, e da capacidade cardiorrespiratória.
Além disso, dependendo da forma como for praticada, a natação pode vir a ser
uma atividade de integração das pessoas que a praticam, muito mais voltada ao
aspecto socializador, usada com prazer, onde e quando o ser descobre e aprimora
a sua personalidade (ARAÚJO JÚNIOR, 1993). Nesse sentido, Carvalho et al.
(2008) também apresentam algumas fnalidades da natação, são elas: obtenção
das habilidades básicas fundamentais, conhecimentos sobre a segurança no
ambiente aquático e boa conduta social.
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TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO À NATAÇÃO
• Retifque os erros de forma elogiosa, por exemplo: "está certo, mas procure
fazer deste modo";
• Sinta sempre no rosto e no desempenho dos alunos as respostas às suas
atividades;
• Faça demonstrações lentas, chamando atenção para os pontos mais importantes;
• Observe a fadiga dos alunos;
• Respeite as individualidades (FARIAS, 1988, p. 12).
Após ter conseguido que a maioria não tenha mais receio de brincar com
a água fora da piscina, você irá colocá-los na água. Faça com que cada um desça
as escadas lentamente até conseguir tocar no fundo da piscina, caso ela seja rasa
ou de iniciação, se for de maior profundidade, coloque futuadores em todos,
caso necessário. Se forem crianças que não possam tomar pé, segure-os com
leveza e segurança. Em uma piscina de iniciação, onde todos possam fcar de pé
com o tronco fora da água, Farias (1988, p. 16) sugere a realização dos seguintes
procedimentos:
21
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
Caso a aula ocorra em uma piscina funda, onde nenhum dos alunos possa
alcançar os pés no fundo da mesma, as orientações de Farias (1988, p. 17) são as
seguintes:
22
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico você viu que:
23
• A prática da natação resulta em inúmeros benefícios em diferentes aspectos
do corpo humano, tais quais coração e circulação, musculatura e sistema
locomotor, sistema respiratório, metabolismo e sistema nervoso.
• A natação pode ser realizada por inúmeros motivos, entre eles estão a saúde, a
performance, a reabilitação e o lazer, isto porque a prática da natação carrega
consigo infnitos benefícios.
24
AUTOATIVIDADE
3 Quais os aspectos que devem ser abordados antes de iniciar o ensino dos
“nados”, propriamente ditos?
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
a) ( ) V, V, V, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, F, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
25
5 Leia atentamente as frases a seguir, referentes à história da natação, e marque
V para aquelas que forem Verdadeiras e F para aquelas que forem Falsas.
a) ( ) F, V, V, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
26
d) ( ) O Brasil não participou das Olimpíadas de Amsterdam, em 1928, em
decorrência da crise fnanceira do país.
e) ( ) A primeira medalha de ouro em Olimpíadas foi conquistada por César
Cielo, na prova dos 50 metros nado livre, nas Olimpíadas realizadas
em Pequim, na China, em 2008.
Coluna 1 Coluna 2
( ) Aumento do volume do coração; hipertrofa;
(a) Musculatura e menor frequência cardíaca; maior transporte
aparelho locomotor de oxigênio; menor esforço cardíaco; maior
elasticidade dos vasos sanguíneos.
( ) Mobilização de muita energia para execução
(b) Coração e circulação
dos movimentos.
(c) Sistema respiratório ( ) Desenvolve o sistema nervoso de forma global.
( ) Maior absorção de 02 máxima (maior
volume nos pulmões); maior difusão de 02; mais
(d) Metabolismo hemoglobina; maior irrigação sanguínea da
musculatura envolvida; auxilia no combate às
doenças do aparelho respiratório.
( ) Melhor capilarização da musculatura; aumento
(e) Sistema nervoso da secção transversal; desenvolvimento geral da
musculatura, levando a uma melhor postura.
a) ( ) b, d, e, c, a.
b) ( ) b, a, c, d, e.
c) ( ) c, a, b, e, d.
d) ( ) d, e, c, b, a.
e) ( ) e, b, a, d, c.
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10 A primeira etapa para aprendizagem da natação está na adaptação ao meio
líquido. No que concerne à adaptação ao meio líquido, assinale a alternativa
incorreta.
28
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A água tem propriedades físicas que precisam ser conhecidas pelo
profssional que atua nela, pois são essas propriedades que irão causar muitos
efeitos no corpo da pessoa que tiver em contato com esta. Estar na água é
muito diferente de estar no solo. Apesar de nós, seres humanos, termos estado
durante nove meses dentro de um meio líquido, ao nascer somos obrigados a
nos adaptarmos ao meio aéreo, transformando muitas coisas no nosso corpo,
a começar pela respiração. Assim, devemos reaprender muitas coisas quando
voltamos a ter contato com a água.
2 PROPRIEDADES DA ÁGUA
2.1 HIDRODINÂMICA
A hidrodinâmica é a disciplina da mecânica que estuda os corpos em
movimento (dinâmico) na água ou em fuidos em movimento (PALMER, 1990).
A hidrodinâmica emprega conceitos de densidade, de pressão e de viscosidade,
considerando os fenômenos de turbulência no interior dos fuidos (MASSAUD,
2004).
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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
2.1.1 Viscosidade
Viscosidade é um tipo de atrito (fricção) que ocorre entre as moléculas
de um líquido e que causa resistência ao fuxo do líquido. Essa fricção exprime
a facilidade com a qual o líquido fui, e por essa razão só é observável quando
o líquido está em movimento. Qualquer líquido com alta viscosidade, como o
óleo, fui lentamente, e aquele com baixa viscosidade, como a água, fuirá mais
rapidamente e oferecerá menor resistência (MASSAUD, 2004).
2.1.2 Propulsão
O termo propulsão, conforme Palmer (1990), signifca impulsionar ou
empurrar para frente, estando isto relacionado com a necessidade de superar a
resistência natural ou a fricção da água. A diferença de fricção da pele no ar para
a água é 790 vezes maior, por isso, os movimentos realizados dentro da água
30
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHOS
2.1.3 Temperatura
Os efeitos fsiológicos do exercício na piscina estão intimamente relacionados
com a temperatura da água. O sistema de termorregulação do indivíduo deve estar
efciente para suportar mudanças em relação à temperatura. Existe muita discussão
sobre a temperatura ideal de uma piscina. Segundo Velasco (1997, p. 23), esta
questão é muito individual, pois há pessoas que possuem muito desempenho em
água mais quente e outras já preferem a mais fria. Neste sentido, o autor destaca que
"devemos atender a essas necessidades de forma individual, principalmente com
os bebês e os defcientes, pois estes são mais perceptíveis e sensíveis em nível tátil-
bórico com a água e o seu desempenho motor é quase que relacionado diretamente
a esse fator" (VELASCO, 1997, p. 23). Embora a maioria dos autores indique que
a temperatura deve estar entre 30° e 35° no caso de realização de exercícios que
não produzem muito calor corporal, principalmente nas aulas para bebês de 0 a 2
anos, bem como para os grupos de adaptação em meio líquido (MASSAUD, 2004).
Para o autor, a condutibilidade da água produz um processo de desgaste térmico
no corpo do nadador, sendo que a queda da temperatura do corpo é 25 vezes
maior na água do que no ar. Assim, nadar em água abaixo de 20 graus aumenta
consideravelmente o gasto energético dos indivíduos.
2.2 HIDROSTÁTICA
A hidrostática é a disciplina da mecânica que estuda a futuação e a
futuabilidade (PALMER, 1990). Para o autor, o termo futuabilidade signifca
a capacidade de futuar, isto é, se um corpo possui uma boa futuabilidade
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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
(futuabilidade positiva), ele futuará bem na água, mas, se o corpo possuir uma
futuabilidade ruim (futuabilidade negativa), apresentará difculdades para
futuar na água. Para futuar na água é necessário que o objeto, neste caso, o
corpo humano, possua uma densidade menor do que a densidade da água. Neste
sentido serão apresentados os conceitos de peso, massa e densidade, segundo
Palmer (1990) e Massaud (2004):
UNI
A água do mar é mais densa que a água potável e, por isso, proporciona maior
futuabilidade (MASSAUD, 2004).
3 FLUTUAÇÃO
O matemático grego Arquimedes foi o descobridor dos fundamentos da
futuação. Conforme Massaud (2004, p. 25), tal descoberta sustenta-se na seguinte
teoria: “em um dia em sua banheira começou a pensar sobre a futuabilidade,
porque, quando se deitava na água, esta sustentava o seu peso e ele futuava.
Repentinamente a resposta veio a ele: “Eureca!” (Eu encontrei!), ele gritou e saiu
correndo pela estrada, nu”. A partir disto, seu raciocínio legendário foi resumido
da seguinte forma:
Quando ele entrou na água, percebeu que ela aumentava nas laterais
da banheira, então, notou que este aumento em profundidade se devia
ao volume ou massa de seu corpo, deslocando uma certa quantidade
de água, e percebeu que esta quantidade de água deslocada era igual
à porção de seu corpo que estava submerso no momento. À medida
que afundava mais na banheira, a água deslocava-se mais para cima
até que repentinamente ele futuou e a água parou de se elevar. O peso
do volume da água deslocada era igual ao peso do corpo que futuava
nela (MASSAUD, 2004, p. 26).
33
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
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TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHOS
Mostre aos alunos como deve ser a futuação vertical aparente (pernas
movimentando-se alternadamente de cima para baixo e de baixo para cima, como
se estivesse pedalando uma bicicleta). Os movimentos dos braços em círculos
horizontais, alternados ou simultaneamente. Logo após o trabalho de futuação
vertical e horizontal introduza a futuação lateral, procurando utilizar exercícios
que possibilitem aos alunos sentirem como devem futuar lateralmente, no lado
esquerdo e direito. As aulas de futuação devem ser feitas com um trabalho de
respiração frontal, possibilitando melhor relaxamento. Outro aspecto no ensino de
futuar é a imersão, que é a colocação do aluno abaixo da superfície da água, com
bloqueio respiratório. Este trabalho é muito importante, pois dará ao aluno noção
de futuação, totalmente imerso no meio líquido. Utilize atividades baseadas no
trabalho da respiração, por exemplo:
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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
4 RESPIRAÇÃO
A respiração em meio líquido possui características diferentes da respiração
na terra. Por isso, em meio aquático, surge a necessidade de transformação desta
respiração, da passagem de uma forma para outra (CATTEAU; GAROFF, 1990).
Segundo os autores, na respiração em condições habituais, a inspiração é ativa e
a inspiração, passiva. Em repouso, ou se o trabalho é moderado, a necessidade
é reduzida e se acomoda ao circuito nasal. Na água, a expiração se torna ativa e
a inspiração se torna refexa, isto signifca criar um automatismo respiratório
fundamentalmente oposto ao automatismo inato. Este novo automatismo
se aprende progressivamente, ao fm de períodos durante os quais as trocas
respiratórias dependerão de um comando voluntário (CATTEAU; GAROFF, 1990).
36
TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHOS
obstáculo afetivo, o da emoção suscitada por toda situação nova que desencadeia
uma atitude de expectativa quanto à relação (CATTEAU; GAROFF, 1990).
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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
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TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHOS
→ Em piscina funda:
• Realize primeiramente atividades de respirar segurando na borda;
• Segurando na borda, inspirar pela boca e soltar o ar pelo nariz próximo da água;
• Segurando na borda com as duas mãos, braços estendidos, realizar respiração
lateral;
• Segurando na borda, inspirar, prender o ar, colocar o rosto na água e expirar
lentamente pelo nariz;
• Segurando na borda, inspirar pela boca, afundar o máximo e soltar o ar pelo nariz;
• Após estender uma corda sobre a piscina, oriente os alunos para que a segurem,
inspirem, prendam o ar, afundem e soltem o ar após ter tocado o pé no fundo.
Tratando-se de uma piscina onde os alunos não possam fcar de pé, você
deve ter mais cuidado ao colocar as atividades, isto para que eles não tenham
experiências negativas que prejudiquem a aprendizagem. Dependendo da idade
dos alunos, explicar para que sempre conservem um pouco de ar para soltar
durante a subida.
5 MERGULHOS
Como parte do ensino da natação, deve-se inserir atividades que possam
fazer com que os alunos mergulhem da borda da piscina de uma forma simples,
isto chama-se “mergulhos elementares” (FARIAS, 1988). Para o ensino dos
mergulhos, há fatores, relacionados à segurança dos alunos, que o professor deve
considerar. Neste sentido, os alunos devem ser orientados no sentido de atentarem
à segurança antes, durante e após o mergulho (PALMER, 1990). Segundo o autor,
uma das questões mais importantes se refere à profundidade da piscina, pois o
aluno, entrando na água sem nenhuma resistência e quase que verticalmente a uma
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UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
• Agora você deve orientá-los para que fquem com as pernas levemente afastadas
(largura dos ombros), tronco fexionado, braços acima da cabeça, mãos unidas,
fexionar as pernas, e cair lentamente na água, tentando cair primeiramente
com as mãos sobre a água (a cabeça permanece entre os braços).
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TÓPICO 2 | FUNDAMENTOS BÁSICOS DA NATAÇÃO: PROPRIEDADES DA ÁGUA, RESPIRAÇÃO, FLUTUAÇÃO E MERGULHOS
41
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
42
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
• A água tem propriedades físicas que precisam ser conhecidas pelo profssional
que atua nela, pois são essas propriedades que irão causar muitos efeitos no
corpo da pessoa que estiver em contato com ela.
• Se um corpo possui uma boa futuabilidade, ele futuará bem na água, isto se
chama de futuabilidade positiva.
• Para futuar na água é necessário que o corpo humano possua uma densidade
menor do que a densidade da água.
43
• Densidade relativa é a relação entre volume e massa, determinando se um
objeto, ou o corpo, vai ou não futuar.
44
AUTOATIVIDADE
45
( ) Massa é a quantidade de substância, ou material, contida num objeto. Neste
sentido, uma massa de substância altamente concentrada vai pesar mais do
que uma massa com baixa concentração, contida num mesmo volume.
( ) Para futuar na água o corpo humano precisa possuir uma densidade
maior do que a densidade da água.
( ) Todo objeto, inclusive o corpo humano, possui características de peso.
O peso é relativo à atração gravitacional em direção ao centro da Terra
(gravidade), e quanto maior for a substância existente em um objeto, maior
a atração gravitacional, e, portanto, maior o peso.
a) ( ) V, F, V, F, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
( ) A água do mar é mais densa que a água potável e, por isso, proporciona
maior futuabilidade.
( ) O termo futuabilidade signifca a capacidade de futuar, isto é, se um corpo
possui uma boa futuabilidade (futuabilidade positiva), ele futuará bem
na água, mas, se o corpo possuir uma futuabilidade ruim (futuabilidade
negativa), apresentará difculdades para futuar na água.
( ) Quando um corpo é submerso em um líquido, ele sofre uma força de
futuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.
( ) As moléculas de um líquido exercem um impulso sobre cada parte da área
de superfície de um corpo imerso. Este impulso por unidade de área é a
pressão do líquido. A Lei de Pascal estabelece que a pressão do fuido é
exercida igualmente sobre todas as áreas de um corpo imerso a uma dada
profundidade.
a) ( ) V, F, V, V.
b) ( ) V, V, V, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V.
a) ( ) V, V, V, F, V.
b) ( ) F, F, V, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, V, V, V, F.
e) ( ) V, F, F, V, F.
47
( ) Um dos primeiros ensinamentos para a aprendizagem da respiração
aquática consiste em orientar o aluno a inspirar pela boca e soltar pelo
nariz, colocando o rosto dentro da água.
( ) Inicialmente, os alunos devem realizar as atividades de respirar segurando
na borda da piscina, caso esta seja funda.
( ) Em uma piscina onde os alunos não possam fcar de pé, você deve ter
mais cuidado ao escolher as atividades, isto para que eles não tenham
experiências negativas que prejudiquem a aprendizagem.
9 Cite e explique o principal critério de segurança que deve ser observado pelo
professor durante o ensino dos mergulhos:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
48
UNIDADE 1
TÓPICO 3
NATAÇÃO RECREATIVA
1 INTRODUÇÃO
Vimos nos capítulos anteriores que a natação pode ser realizada por
inúmeros motivos, entre eles estão a saúde, a performance, a reabilitação e o
lazer, isto porque a prática da natação carrega infnitos benefícios. Quando se
fala do ensino da natação para as crianças, o profssional deve considerar que
estará lidando com os aspectos da formação humana e do desenvolvimento das
habilidades cognitivas, motoras e afetivas (QUEIROZ, 1998). Nesta perspectiva,
considera-se o lúdico como um elemento essencial para se atingir resultados
positivos em termos do desenvolvimento global das crianças, a partir das
atividades em meio aquático.
Quanto mais valorizada a criança se sente, mais confança ela terá para
se movimentar no meio aquático e, consequentemente, mais ela progredirá na
aprendizagem das habilidades. Por isso, o elogio deve estar sempre presente nas
aulas de natação, porém, é preciso que o professor respeite as necessidades, as
possibilidades e o tempo de aprendizagem de cada aluno, uma vez que exigir
o desenvolvimento de habilidades que a criança ainda não consegue fazer pode
resultar em bloqueios ou em regressões do que já foi aprendido (QUEIROZ,
1998). Segundo o autor, o que faz, de fato, a criança progredir na aprendizagem
das habilidades aquáticas, “é a frequência da qualidade de experiências que
consegue captar durante a aprendizagem, que corresponderá ao domínio e
harmonização do movimento do corpo com o ato respiratório na água. Seria a
princípio o pequeno espaço que a criança conquista aos poucos com o seu fôlego
e sua movimentação na água” (QUEIROZ, 1998, p. 22).
50
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
Imagine que somos uma tribo, caminhando por uma trilha na selva
muito perigosa. No jogo do faz de conta nada impede que a piscina
vire uma grande selva com todas as riquezas e situações que deverá
ter, explorando, ao máximo, a imaginação. O professor colocará
alguns obstáculos pela trilha imaginária: materiais didáticos, como
o tapete de borracha, o bambolê, que poderão se transformar numa
caverna ou até mesmo o tubo de PVC, material futuante que poderá
se transformar em um tronco caído de uma árvore. Os objetos aqui
mencionados só se transformarão na presença do imaginário de cada
criança. Portanto, a criança envolvida na fantasia vai interagindo com
estes objetos de uma maneira lúdica (QUEIROZ, 1998, p. 24).
51
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
52
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
53
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
observação (os mais novos visualizam os mais velhos antes de participarem pela
primeira vez do jogo ou da brincadeira) e, em seguida, pela manipulação/inserção
progressiva na atividade (KISHIMOTO, 1998). Para a autora, o desenvolvimento
da criança determina as experiências possíveis, mas não constrói, por si só, a
cultura lúdica, pois ela nasce das interações sociais e da exploração de brinquedos
desde os primeiros anos de vida.
Segundo Queiroz (1998), para as crianças de três a seis anos, por exemplo,
a natação deve ser caracterizada como um espaço de experimentação, para que
a criança vivencie situações variadas, de tensão e distensão, prazer e desprazer,
acompanhadas da expressividade motora. Isto fará com que a criança perceba o
seu próprio corpo, considerando tanto os aspectos motores, quanto os cognitivos
e, também, os afetivos. O autor acrescenta que, a partir dos sete anos de idade,
a criança apresentará maior interesse pelas atividades lúdicas permeadas por
regras. Nesta fase, é importante que a criança possa fazer as suas escolhas,
aprendendo, porém, a ter consciência e a respeitar as regras de cada atividade.
Assim, a atividade no meio aquático possibilitará o trabalho da autonomia e da
independência da criança.
54
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
Os peixinhos respondem:
55
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
→ Os mágicos
56
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
→ O trem
“O trem maluco
Quando sai de Pernambuco
Vai fazendo xiquexique
Até chegar no Ceará
Rebola – Bola
Você diz que dá que dá
Você diz que me dá bola
Mas bola você não dá
Rebola pai, mãe, flha
Eu também sou da família
Eu também sei rebolar
Um pouquinho de guaraná
Um pouquinho de coca-cola
Dois burricos na escola
Aprendendo o B-A-BA
Você diz que me dá bola
Mas bola você não dá”.
57
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
→ Escorrega
58
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
→ O pulo do sapo
→ História da serpente
Na hora que o professor falar “você também”, ele indicará uma criança.
Esta, passará por baixo das pernas do professor e, em seguida, se posicionará
atrás dele, segurando-o na cintura, formando o rabão até que o último passe por
baixo de todas as pernas, se possível (QUEIROZ, 1998).
59
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
→ O janelão
60
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
61
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
→ Boliche
62
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
→ Arranca-rabo
→ Cestamania
Usar duas grandes “cestas” como alvos e uma bola de borracha para
lançar. A turma é dividida em duas equipes. As crianças de uma mesma equipe
passam a bola entre elas, até lançarem para a cesta. As crianças da outra equipe
tentam interceptar as jogadas, pegando a bola para a sua equipe tentar acertar na
cesta. Cada vez que uma equipe conseguir acertar a bola na cesta, esta marca um
ponto (QUEIROZ, 1998).
63
UNIDADE 1 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
→ Ao ataque
→ Chulégua
64
TÓPICO 3 | NATAÇÃO RECREATIVA
ATENCAO
65
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico você viu que:
• Entre os benefícios das atividades lúdicas, pode-se citar que elas permitem a
apropriação da realidade e o conhecimento dos objetos; favorecem a formação
de conceitos e o pensamento abstrato; desenvolvem a coordenação motora e
a linguagem; permitem a resolução de problemas e a sensação de controle do
ambiente; favorecem a descoberta de si; estimulam a socialização e a autonomia.
66
AUTOATIVIDADE
67
batida de braços, o salto da borda, a respiração, a futuação e a imersão
com alegria e descontração.
( ) Nas atividades em que são utilizados materiais como futuadores, alteres,
tapetes futuantes, plataformas redutoras de profundidade e barras de
apoio para desenvolver as habilidades aquáticas, não há possibilidade
de inserir o componente lúdico.
a) ( ) V, V, V, V, F.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
68
( ) Para serem consideradas lúdicas, as atividades não podem ser realizadas
com o uso de brinquedos, objetos ou outros materiais.
( ) Ao objeto, ou à ação que se pretende lúdica, devem ser acrescidos valores
humanos, como a sensibilidade, a criatividade, a solidariedade, a ética, a
estética, o altruísmo, a alegria, entre outros.
a) ( ) V, V, V, F, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
69
10 Quais são os principais objetivos do “conceito Halliwick”?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
( ) 1o nível (Vermelho)
( ) 2o nível (Amarelo)
( ) 3o nível (Verde)
a) ( ) III, I, II.
b) ( ) I, II, III.
c) ( ) II, I, III.
70
UNIDADE 2
METODOLOGIA DO ENSINO DE
ATIVIDADES AQUÁTICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está dividida em três tópicos. No fnal de cada um deles, você
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
71
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O estilo crawl da natação é conhecido no mundo todo por ser de mais fácil
aprendizagem, sendo atualmente a modalidade de nado praticada nas provas de
nado livre (CARVALHO, 2008). Isto porque o nado crawl se desenvolveu como o
mais rápido dos estilos competitivos (PALMER, 1990). De acordo com o autor, o
nado crawl, como estilo de natação, não é encontrado nos regulamentos ofciais da
Federation Internationale de Natation Amateur (FINA), mas o documento apresenta
o estilo livre. O motivo disto é que até o ano de 1990, todas as competições de
natação tinham características de estilo livre. Todavia, nas competições atuais
de estilo livre, os competidores são, excepcionalmente, nadadores de crawl
(PALMER, 1990).
• SW5.1 Nado livre signifca que numa prova assim denominada, o competidor
pode nadar qualquer nado, exceto nas provas de medley individual ou
revezamento quatro estilos, em que nado livre signifca qualquer nado diferente
do nado de costas, peito ou borboleta.
• SW5.2 Alguma parte do nadador tem que tocar a parede ao completar cada
volta e no fnal.
73
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
75
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
76
TÓPICO 1 | INTRODUÇÃO AOS NADOS CRAWL E COSTAS
Entre os anos 1930 e 1960, o nado costas era praticado por meio de um estilo
que foi popularizado pelo nadador Adolph Kiefer (MASSAUD, 2004). Conforme
o autor, a braçada submersa era executada imediatamente abaixo da superfície
e para o lado, com o braço reto. Da mesma forma, a recuperação foi efetuada
para baixo e lateralmente, com o braço reto. Esse estilo mudou profundamente
na década de 1960, pois, com o uso de flmagens submersas, os especialistas
perceberam que os nadadores mais efcientes no estilo costas, na época, usavam
um padrão de puxada de tipo S. Assim, seus braços eram dobrados no início
da braçada e estendiam-se mais tarde. A recuperação, por sua vez, era realizada
exatamente acima da cabeça e não para o lado (MASSAUD, 2004).
77
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico você viu que:
• O termo nado crawl, como estilo de natação, não é encontrado nos regulamentos
ofciais da Federation Internationale de Natation Amateur, pois o documento
apresenta o termo estilo livre.
• O nome “estilo livre” signifca a liberdade de nadar qualquer estilo nesta prova.
• O nado crawl é a modalidade de nado praticada nas provas de nado livre, pois
é a forma mais rápida de nado.
• Em 1890 houve uma nova evolução, vinda dos nadadores australianos que
realizaram o nado "Trudgen", surgindo um movimento do membro inferior
de tesoura, denominando-se esta nova técnica "Double over" ou "Dobro over".
Mas, em 1893, o movimento de tesoura foi substituído por um movimento
alternativo do membro inferior, dando a conhecer a forma mais rudimentar do
estilo "crawl".
• As provas nadadas no estilo livre são as seguintes: de 50m, 100m, 200m, 400m,
800m (feminino) e 1.500m (masculino).
• O nado costas é uma progressão do nado peito invertido, ou seja, uma evolução
do nado peito em decúbito dorsal.
• Inicialmente, o nado costas era realizado com braçadas simultâneas, mas com
o passar do tempo, os nadadores notaram que poderiam nadar mais rápido se
realizassem braçadas alternadas.
78
AUTOATIVIDADE
2 O nado crawl, como estilo de natação, não é encontrado nos regulamentos ofciais
da Federation Internationale de Natation Amateur (FINA), explique por que.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, F, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
79
5 Leia atentamente as frases a seguir, referentes à história do nado crawl, e
marque V para aquelas que forem Verdadeiras e F para as Falsas.
a) ( ) F, V, V, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
80
b) ( ) Os movimentos do nado crawl são alternados e coordenados das
extremidades superiores e inferiores.
c) ( ) No nado crawl, o rosto do nadador fca submerso, com água na altura
da testa, olhando para frente e para baixo.
d) ( ) No nado crawl realiza-se a respiração lateral, com rotação da cabeça,
coordenada com os membros superiores para realizar a respiração.
e) ( ) No nado crawl um ciclo consiste numa braçada com o membro superior
esquerdo e outra braçada com o membro superior direito e um número
variável de pernadas.
81
UNIDADE 2 TÓPICO 2
NADO CRAWL
1 INTRODUÇÃO
A técnica de crawl ou livre é a técnica mais rápida das quatro técnicas de
nado existentes em competição. Um ciclo de nado crawl consiste numa braçada
com o membro superior esquerdo e outra braçada com o membro superior direito
e um número variável de pernadas.
É evidente que o nado crawl é o nado mais rápido para ser utilizado nas
competições devido ao movimento contínuo de braços e pernas. Após o aluno
ter adquirido uma boa adaptação ao meio líquido, o nado crawl costuma ser o
primeiro nado a ser ensinado (GOMES, 1995).
83
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
2 POSICIONAMENTO DO CORPO
A posição corporal no crawl é uma estrutura complexa, com todos os
elementos interagindo uns com os outros. Para ter um bom entendimento da
locomoção humana no meio aquático, é necessário conhecer que forças atuam
nele quando submerso na água (CARVALHO, 2008).
84
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
85
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
86
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
2 PERNADA
O movimento de pernas é uma oscilação solta dos membros inferiores,
que realizam ações curtas, alternadas e diferenciadas, iniciando um, antes que
o outro termine, que se dão principalmente no plano vertical, cuja importância
se faz no equilíbrio, na propulsão e na sustentação do corpo no estilo crawl,
mantendo o corpo, no seu conjunto, sempre estendido na posição horizontal,
além de constituir como um excelente meio de preparação cardiopulmonar
(CARVALHO, 2008). De acordo com o autor, o trabalho de pernas está longe de
alcançar o mesmo efeito propulsivo dos braços, este auxílio, entretanto, representa
uma grande percentagem no que diz respeito ao equilíbrio do corpo, podendo,
quando aplicadas erroneamente, prejudicar até 70% da força propulsiva.
87
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
• A completa soltura muscular que venha auxiliar para a chicotada que caracteriza
este movimento.
• O ritmo sem interferência de desaceleração e quebra de continuidade.
• A posição da perna, com os pés naturalmente voltados para dentro sem
movimentos forçados, visando o relaxamento muscular, para manter em
atividade a zona de revolução da água.
• Movimento solto do pé na posição indicada, com grande fexibilidade dos
tornozelos, para que a movimentação da água no nível dos dedos dos pés seja
a mais atuante possível.
88
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
3 BRAÇADA
A ação dos braços pode ser analisada de acordo com Cateau e Garof
(1990), considerando o seguinte:
89
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
• Fase aérea: mediante a qual o braço se move sobre a água, preparando-se para
a fase aquática. Caracteriza-se por ser um movimento de trás para frente em
relação ao sentido do nado. Esta fase se imbui de grande importância no gesto
total, por representar o descanso, o relaxamento muscular, além de armar para
o movimento seguinte. Levando-o à atuação que irá representar o ângulo ideal
de colocação na água. Esta fase nunca poderá ser representada por um gesto
conduzido e lento, mas, ao contrário, solto e veloz (CARVALHO, 2008).
• Fase aquática: é caracterizada por ser um movimento de frente para trás em
relação ao sentido do nado, essencialmente motor e inteiramente subaquático.
Esse movimento motor pode também ser subdividido em quatro fases:
extensão, agarre, tração e empurre (CARVALHO, 2008).
3.1.2 Recuperação
A recuperação do braço ocorre pela lateral do corpo e por cima da água
que obriga uma oscilação contrária, obedecendo à terceira Lei de Newton. Esta
oscilação deixa de existir graças ao cotovelo mais alto e palma da mão para baixo,
o que proporciona um braço fexionado e relaxado, com diminuição do braço de
alavanca, aumentando a força e diminuindo a resistência (CARVALHO, 2008).
90
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
A recuperação deve ser a mais plana possível, uma vez que a sua grande
elevação pode ocasionar uma queda curta na água, uma pancada desnecessária
na superfície ou um rolamento exagerado do tronco. O movimento é relaxado até
o momento da passagem da mão pelo cotovelo, quando deverá ser arremessado
para água, de maneira solta e veloz, procurando uma entrada em um ângulo
melhor possível, com a posta dos dedos entrando antes do antebraço e este se
antecipando ao braço (CARVALHO, 2008).
91
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
3.2.1 Extensão
Compreende a entrada do braço na água, à frente do ombro e do corpo,
com a mão alcançando o seu ponto de apoio, que está à frente e para o fundo,
aproximando-se de uma posição abaixo do prolongamento do eixo do corpo, é a
base da fase propulsiva (CARVALHO, 2008).
3.2.2 Agarre
3.2.3 TRAÇÃO
93
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
3.2.4 Empurre
Podemos dizer que é o movimento do braço que vai desde a máxima
fexão do cotovelo, até sua extensão completa, que ocorre com o polegar passando
próximo da coxa da perna em ação, com a palma voltada para dentro. É o ponto
de maior velocidade na rotação dos braços (CARVALHO, 2008).
94
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
Precisamos saber que o nadador, para produzir uma força de elevação para
a frente, precisa mover sua mão em diferentes sentidos, de cima para baixo e de
um lado para outro, para que haja uma diferença de pressão, esta movimentação
é ocasionada pela busca de “água calma”. A trajetória da mão na água busca
oferecer uma resultante (interação das forças de sustentação e resistiva) orientada
o mais próximo possível para frente (CARVALHO, 2008). Em um fuido a força
de sustentação é sempre perpendicular à força de resistência e essa é sempre
contrária ao movimento.
4 RESPIRAÇÃO
A respiração do nado crawl é composta por duas fases, uma aquática
(expiração) e outra aérea (inspiração) (MASSAUD, 2004). Deve-se observar que
ao invés de se elevar a cabeça, deve-se girá-la para respirar, a elevação da cabeça
aumenta as forças de resistência corporal e causa um distúrbio no ritmo do nado
(CARVALHO, 2008). Contudo, conforme o autor, deve-se compreender que a
cabeça tende a se elevar quando há grande velocidade, é por isso que os nadadores
de velocidade têm a posição da cabeça mais alta, as costas mais arqueadas e, da
95
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
cabeça aos pés, a impressão que se tem do nadador em ação é a de um arco, devido
à alta velocidade de pernas e braços. Quando a movimentação é lenta, somente a
coroa da cabeça deve ser vista, os fundistas possuem as costas mais estendidas, a
cabeça menos alta, com o nível da água chegando aos cabelos. Quando o nadador
se desloca, principalmente em alta velocidade, podemos observar que a água
passa por cima da nuca, com a formação de uma marola à frente da cabeça, que
se abre em "V" para os lados e para trás, e entre as duas marolas forma-se a cava,
onde repousa o tronco do nadador (CARVALHO, 2008).
4.1 INSPIRAÇÃO
É conveniente que a tomada de ar pela boca quebre o menos possível a
continuidade da progressão por uma mudança do equilíbrio do corpo. O giro da
cabeça, para o lado escolhido, não precisa ser grande, pois, com o deslocamento
do nadador existe uma formação de marola à frente, forma-se ao lado da cabeça
uma cava que auxilia na inspiração (CARVALHO, 2008).
O nadador deverá manter uma das orelhas submersas e a boca livre para
inspiração, coincidindo com a mais alta posição do ombro durante a ação dos
braços. É preciso que a inspiração se efetue num mínimo de tempo possível, daí a
necessidade de abrir bem a boca para absorver o ar (CARVALHO, 2008).
4.2 EXPIRAÇÃO
A expiração é forçada e progressiva, pois desenvolve-se no mínimo
durante um ciclo completo dos dois braços sob a água. É necessário que se faça
explodir o ar que se está expirando imediatamente antes do rosto deixar a água
para preparar a próxima tomada de ar. Para ser completa, a expiração deve expelir
o ar ligeiramente dentro da água, isto é, pela boca, nariz ou nariz/boca, sem ser
forte demais, a fm de não criar desvios excessivos de pressão no interior da caixa
torácica (CARVALHO, 2008).
5 COORDENAÇÃO
Quando falamos de coordenação de um estilo de natação estamos nos
referindo à forma de coordenar os movimentos do corpo para que, além de
atingir a máxima velocidade com a menor resistência, a fadiga apareça o mais
tarde possível, isto é, coordenar o movimento de ambos os braços, coordenar o
movimento dos braços com a respiração e coordenar o movimento de braços e
pés (CARVALHO, 2008).
Na menos aberta das três, o braço bloqueado inicia sua tração imediatamente
depois da fnalização da braçada, produzindo sempre um momento propulsivo
e fazendo que a velocidade do nadador seja mais constante. Esta forma é a mais
usada e a que mais benefícios a priori contém. A busca de uma propulsão constante
provoca que tenha uma curva de velocidade mais redonda, com a conseguinte
poupança de energia em recuperar a velocidade e as turbulências que se omitem,
ao fazer a desacelerações mais suaves (CARVALHO, 2008).
97
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
98
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
Além deste aspecto, o membro superior não deve começar a deslizar para
baixo antes que o outro membro superior tenha completado a ação ascendente,
mantendo-se o alinhamento do corpo nesta ação. Este fato vai causar diminuição
da velocidade na ação ascendente; contudo, este fato é preferível à redução da
propulsão, que ocorre se o membro superior se deslocar para frente “contra a água”
99
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
6 SAÍDAS E VIRADAS
De acordo com Massaud (2004), a literatura que aborda, especifcamente,
as saídas e viradas do nado crawl, se apresenta de forma bastante reduzida, ou
seja, são poucos os trabalhos que abordam este assunto. Contudo, o autor sugere
que seja dada uma maior atenção a este assunto, uma vez que os tempos de saída
representam, aproximadamente, 25% do tempo total consumido nas provas de
25 metros, 10% nas de 50 metros e 5% nas de 100 metros. Os nadadores de nado
crawl gastam entre 20% e 38% de seu tempo dando viradas, nas provas de piscina
curta, que variam de 50 a 1500 metros, respectivamente. Dados reunidos ao longo
de vários anos indicam que, na média, a melhora da técnica de saída pode reduzir
os tempos das provas em, pelo menos, 0,10 segundos e que, nas viradas, pode
diminuí-los em, pelo menos, 0,20 segundos por piscina nadada. Além disso,
a melhora no desempenho da técnica de chegada pode reduzir os tempos das
provas em, pelo menos, mais 0,10 segundos. Assim, duas horas de prática semanal
destas técnicas podem melhorar o tempo do nadador de 50 metros em piscina
curta em, pelo menos, 0,40 segundos; em um de 100 metros, 0,80 segundos e; em
distâncias maiores, a melhora será ainda mais signifcativa (MASSAUD, 2004).
• Tracionar contra o lado inferior do bloco para fazer com que o seu corpo inicie
o desequilíbrio à frente.
• Lançar a cabeça e as mãos para cima e à frente, sob o queixo, iniciando a
projeção do corpo para o voo.
100
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
paravertebral
dorsal largo
redondo
quadríceps maior
jarrete
gastrocnêmio
e sóleo
tríceps braquial
101
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
paravertebral
glúteo maior
deltóide anterior
tríceps braquial
Embora descritas estas vantagens, Massaud (2004) diz que não existe uma
diferença signifcativa em relação às técnicas de saída de “agarre” e a de “track
ou de atletismo”. Porém, o autor indica que é extremamente importante que
os nadadores experimentem ambas, para verifcar qual delas lhe oferecerá um
melhor rendimento.
103
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
104
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
105
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
106
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
107
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
108
TÓPICO 2 | NADO CRAWL
• A união de seus braços ao longo de seu corpo, em que um dos braços, após a
fnalização da braçada, aguarda a chegada do outro;
gastrocnêmio
dorsal largo e sóleo
braquial
quadríceps
reto
abdominal
tríceps braquial
gastrocnêmia e sóleo
109
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
glúteo maior
jarrete
reto abdominal
deltóide médio
e posterior
quaríceps
reto abdominal
gastracnêmio
e sóleo
glúteo maior
dorsal largo
tríceps gastrocnêmio e sóleo
braquial
gastrocnêmio e sóleo
tríceps braquial
111
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
reto abdominal
glúteo maior
quadríceps
reto abdominal
gastrocnêmio e sóleo
glúteo maior
FONTE: Massaud (2004)
112
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, você viu que:
● No nado crawl, o corpo deve estar o mais horizontal possível, com a cabeça em
posição natural no prolongamento do tronco e com as costas completamente
planas.
● Durante o nado crawl, qualquer movimento segmentar que crie forças com
linhas de ação laterais em relação ao sentido de deslocamento do corpo
provocará uma reação aplicada em outro segmento corporal, que o desviará do
alinhamento corporal. Porém, é possível compensar a tendência lateralizante
dos trajetos propulsivos, através do papel equilibrador dos membros inferiores
que exercem pressão sobre a água em direções laterais, acompanhando a
rotação sobre o eixo longitudinal e a ação dos membros inferiores.
● A respiração do nado crawl é composta por duas fases, sendo uma aquática
(expiração) e outra aérea (inspiração).
113
● No nado crawl, existem diferentes técnicas de saída, dentre elas estão a saída de
agarre, a saída de track ou de atletismo.
114
AUTOATIVIDADE
115
( ) Um fator essencial para um correto alinhamento lateral é "não cruzar os
apoios", isto é, não ultrapassar a linha média do corpo durante a trajetória
dos membros superiores.
a) ( ) V, V, V, F, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
5 A braçada do nado crawl possui a fase aérea e a fase aquática, sobre isto,
leia atentamente as frases a seguir e marque V para aquelas que forem
Verdadeiras e F para as Falsas.
a) ( ) V, F, V, V.
b) ( ) V, V, V, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V.
116
6 No que concerne à respiração do nado crawl, leia atentamente as frases a
seguir e marque V para aquelas que forem Verdadeiras e F para as Falsas.
a) ( ) V, V, V, F, V.
b) ( ) F, F, V, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) F, V, V, V, V.
e) ( ) V, F, F, V, F.
117
e) ( ) O momento mais importante da coordenação ocorre quando o membro
superior entra na água e quando o outro membro superior está a
completar o alinhamento lateral interior, o que permite ao corpo rodar
para o lado do braço que vai iniciar a ação ascendente (membro superior
“recuado”). Por outro lado, a extensão para frente do membro superior
que entra na água permite que o corpo fque novamente alinhado
enquanto a ação ascendente é realizada.
( ) Tracionar contra o lado inferior do bloco para fazer com que o seu corpo
inicie o desequilíbrio à frente.
( ) Lançar a cabeça e as mãos para baixo e para trás, sob o queixo, iniciando a
projeção do corpo para o voo.
( ) Na entrada da água, procurar fazer com que todo o corpo o faça no mesmo
ponto onde entraram as mãos.
( ) Iniciar uma curta e rápida pernada do golfnho, aumentando
gradativamente; iniciar a primeira braçada um pouco antes de o corpo
atingir a superfície, de forma que isso ocorra quando o nadador estiver
realizando a varredura para cima.
10 De acordo com a regra ofcial para competições, não poderá haver saída
falsa, ou seja, saiu antes, desequilibrou e caiu na água, será automaticamente
desclassifcado. Porém, em algumas competições há algumas exceções nessa
regra. Explique quais são essas exceções:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
118
UNIDADE 2
TÓPICO 3
NADO COSTAS
1 INTRODUÇÃO
O nado costas, geralmente, é o segundo a ser abordado no ensino da
natação. A iniciação do nado costas pode ser realizada paralelamente à do nado
crawl ou após a aprendizagem completa do mesmo (MARCON, 2002).
2 POSICIONAMENTO DO CORPO
No nado costas, o corpo deverá permanecer na horizontal em decúbito
dorsal, realizando movimentos de rolamento laterais, em seu eixo longitudinal
(MASSAUD, 2004). Conforme o autor, alguns nadadores possuem difculdades
para manter um bom alinhamento lateral devido à forma de execução dos
movimentos de braços alternados, geralmente os direcionando demasiadamente
para os lados, não apenas na recuperação, mas, também, na fase inicial da parte
119
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
3 PERNADA
Os movimentos de pernas do nado costas são realizados alternadamente
com trajetórias descendente, ascendente e laterais de acordo com o rolamento do
tronco (MASSAUD, 2004).
4 BRAÇADA
4.1 ENTRADA
A entrada do nado costas deve ser feita à frente da cabeça, entre a linha
central e desta e a linha da direção do ombro. O braço deve estar estendido, com
a palma da mão voltada para fora, de modo que a ponta do dedo mínimo seja a
primeira parte do braço a entrar na água. Ela deve deslizar para dentro da água, à
frente, de lado, com a palma da mão ligeiramente voltada para fora (MASSAUD,
2004). Conforme o autor, alguns treinadores são rigorosos em termos da exatidão
do ponto de entrada da mão na água, a qual deverá ser executada na direção do
ombro, tal qual representa a fgura a seguir.
120
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
reto abdominal
121
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
fexor radial
do corpo
peitoral
maior fexor ulnar
dorsal largo do corpo
122
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
reto abdominal
quadríceps peitoral
maior
bíceps braquial
jarrete
glúteo
maior fexor ulnar
do corpo
dorsal largo
123
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
124
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
todo o movimento. O autor ainda acrescenta que alguns nadadores de alto nível,
após esta fase, antes de relaxar e liberar a mão da água, ainda conseguem fazer
uma rápida rotação medial do antebraço, criando mais uma fase propulsiva que
se denomina “segunda varredura para cima”.
125
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
126
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
4.6 RECUPERAÇÃO
A recuperação do nado costas deverá ser feita através da retirada do
braço estendido da água, de preferência com o polegar saindo primeiro, com a
palma da mão voltada para a perna. Os nadadores diminuem a pressão sobre
a água quando sua mão se aproxima das partes inferiores de sua coxa, porque
a mão começa a deslocar-se para frente nesse momento e eles não podem gerar
qualquer força propulsiva e, caso não o façam, correrão o risco de aumentar o
arrasto. Os braços deverão recuperar-se elevados por sobre a cabeça e não para o
lado e baixos, evitando-se desalinhamentos laterais. Devem estar o mais relaxado
possível durante esta fase, até a entrada, para então iniciar-se um novo ciclo
(MASSAUD, 2004).
tríceps braquial
quadríceps trapézio I e II
deltóide posterior
jarrete
dorsal largo
glúteo
maior
5 RESPIRAÇÃO
A inspiração do nado de costas deverá ser feita pela boca no momento em
que um dos braços estiver iniciando a recuperação e o outro, o apoio. A expiração,
por sua vez, deverá ser realizada, preferencialmente, pelo nariz, evitando, assim,
possíveis entradas de água pelo mesmo (MASSAUD, 2004). Segundo o autor,
talvez não seja necessário ensinar um ritmo respiratório aos nadadores, uma vez
que, com o rosto fora da água, pode-se respirar quando quiser e cada nadador
pode desenvolver o ritmo de respiração que seja mais efciente para si.
6 COORDENAÇÃO
O nado costas pode parecer fácil de se praticar devido à posição em
decúbito dorsal, que facilita a respiração, contudo, este estilo de nado necessita de
uma coordenação e da manutenção de uma posição perfeita para que o nadador
apresente um bom desempenho em sua propulsão (MACHADO, 1998).
127
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
128
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
7 SAÍDAS E VIRADAS
129
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
130
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
bíceps braquial
deltóide posterior
redondo
maior
trapézio IV
dorsal largo
jarrete
131
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
deltóide
posterior
quadríceps
paravertebral
jarrete glúteo
maior
gastrocnêmio
e sóleo
132
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
133
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
134
TÓPICO 3 | NADO COSTAS
quadríceps peitoral
maior fexor ulnar
reto abdominal do corpo
FONTE: Massaud (2004)
quadríceps
tríceps braquial
FONTE: Massaud (2004)
135
UNIDADE 2 | METODOLOGIA DO ENSINO DE ATIVIDADES AQUÁTICAS
gastrocnêmio
jarrete e sóleo
glúteo
maior
136
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você viu que:
● A braçada do nado costas possui diferentes fases, são elas: entrada, apoio
ou primeira varredura para baixo, tração ou primeira varredura para cima,
fnalização ou segunda varredura para baixo, segunda varredura para cima e a
recuperação.
● A inspiração do nado de costas deverá ser feita pela boca e a expiração deverá
ser realizada, preferencialmente, pelo nariz.
137
AUTOATIVIDADE
( ) A braçada do nado costas possui diferentes fases, são elas: entrada, apoio
ou primeira varredura para baixo, tração ou primeira varredura para
cima, fnalização ou segunda varredura para baixo, segunda varredura
para cima e a recuperação.
( ) A entrada do nado costas deve ser feita à frente da cabeça, entre a linha
central e desta e a linha da direção do ombro. O braço deve estar estendido,
com a palma da mão voltada para fora, de modo que a ponta do dedo
mínimo seja a primeira parte do braço a entrar na água. Ela deve deslizar
para dentro da água, à frente, de lado, com a palma da mão ligeiramente
voltada para fora.
( ) O “apoio” ou “primeira varredura para baixo” consiste em uma puxada
para baixo e para o lado em direção ao fundo da piscina e com o braço
estendido, fexionando-se gradualmente até que a parte inferior de
seu braço e a palma da mão estejam voltadas para trás, contra a água,
no momento do agarre. A palma da mão, que ao entrar na água estava
voltada para fora, deverá ir, gradativamente, voltando-se para baixo, ou
seja, em direção ao fundo da piscina, mas não totalmente. Esta pode ser
considerada a fase mais importante da braçada do nado costas.
( ) Na “tração” ou “primeira varredura para cima” começará a existir uma
maior efciência propulsiva da braçada, a qual se inicia no agarre, ponto
em que o braço começará a dirigir-se em direção à superfície, com trajetória
138
curvilínea, fexionando-se o braço, até a mão atingir um ponto abaixo da
superfície, onde poderemos observar uma fexão do antebraço em relação
ao braço (em torno de 90 o a 110 o), fase em que a mão, cotovelo e ombro
deverão estar alinhados com o braço perpendicular ao corpo e cotovelo
apontando para o fundo, aproximando-se do fnal da tração.
( ) A “fnalização” ou “segunda varredura para baixo” é iniciada quando a
segunda varredura para cima está sendo fnalizada. Quando a mão passa
o topo da varredura para cima, o braço movimenta-se para baixo e para
trás até que esteja completamente estendido e abaixo da coxa. Assim que a
segunda varredura para baixo estiver completa, a segunda varredura para
cima é iniciada. Assim, a mão movimenta-se para cima, para trás e para
dentro, na direção da superfície. Essa fase termina quando a mão atinge
a altura da parte posterior da coxa. O braço deverá permanecer o tempo
todo estendido.
a) ( ) V, V, F, V, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
139
( ) A coordenação braços/pernas no nado costas deve ser realizada de forma
que o ponto máximo ascendente da pernada coincida com o empurrão
fnal da fnalização da braçada do mesmo lado.
( ) Na movimentação dos braços, quando um dos braços entra na água, o
outro deverá completar a segunda varredura para cima. Enquanto o braço
da fase aquática estiver concluindo a segunda varredura para baixo e a
segunda varredura para cima (se houver), o outro, que recém-entrou na
água, deverá realizar a primeira varredura para baixo até o agarre, para
evitar-se o ponto de desaceleração.
( ) A ação das pernas contribui para a propulsão do nadador, além de atuar
na estabilidade do corpo, visto que no nado costas as ações motoras dos
braços situam-se alternativamente afastadas do eixo de deslocamento.
a) ( ) V, V, V, V, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
140
9 Explique por que a saída do nado costas não recebe a mesma importância que
é dada aos demais estilos de nado e por que isto pode acabar prejudicando o
desempenho do nadador.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
141
142
UNIDADE 3
METODOLOGIA DO ENSINO DA
NATAÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade está dividida em três tópicos. No fnal de cada um deles, você
encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado.
143
UNIDADE 3
TÓPICO 1
NADO PEITO
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Mansoldo (2009), o nado peito é o nado mais antigo de que
se tem notícia em termos de sua utilização e de seu ensinamento. Para o autor,
sua grande utilização no passado foi com fns bélicos, pois a melhor maneira de
surpreender o inimigo no mar era fazer uma aproximação noturna no barco e,
com um pelotão de ataque armado de punhais seguros pela boca, nadar até a
outra embarcação e dizimar o inimigo. Pela posição do corpo, totalmente apoiado
na água, e pela possibilidade de manter a cabeça fora da água, o nado de peito
sempre foi o nado adotado pelos homens do mar, tanto pelos soldados gregos,
romanos e vikings, como pelos bucaneiros, isto é, piratas.
O nado peito é o nado mais lento dentre todos os nados, pois todos os
seus movimentos são realizados dentro da água, não havendo fase aérea de
recuperação (MANSOLDO, 2009). Segundo o autor, antigamente o nado peito
era chamado de nado clássico e guarda a tradição de um nado europeu, sendo
muito utilizado pelos senhores da terceira idade por ser um nado estável, sem
rolamentos, ter um grande campo visual e, em alguns casos, poder ser nadado até
com a cabeça fora da água.
145
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
146
TÓPICO 1 | NADO PEITO
glúteo médio
grácil
jarrete
quadríceps gastrocnêmio
e sóleo
FONTE: Massaud (2004)
glúteo médio
147
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
148
TÓPICO 1 | NADO PEITO
glúteo médio
jarrete
149
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
trapézio I e II
bíceps braquial
peitoral
maior braquiorradial
reto abdominal
150
TÓPICO 1 | NADO PEITO
3.3 RECUPERAÇÃO
Finalizada a tração, inicia-se a última fase do ciclo da braçada, a qual
se denomina “recuperação” e onde se observa o direcionamento das mãos à
frente, próximas à superfície, ou sobre esta, e ao fnal desta ocorrerá ou não o
deslize, para logo a seguir, iniciar-se um novo ciclo de braçada (MASSAUD,
2004). Conforme o autor, existem basicamente três formas de se recuperar os
braços à frente, quais sejam: as mãos dos nadadores deslocam-se um pouco sob
a superfície; as mãos deslizam na superfície; as mãos deslizam na superfície sem
que os cotovelos saiam da água, com exceção da última braçada de uma prova.
Em todas essas formas, tem-se observado nadadores alcançando sucesso, o que
nos leva a acreditar que seria conveniente, na formação de atletas, a possibilidade
de experimentar as diferentes formas para se utilizar aquele que lhe dê o melhor
desempenho (MASSAUD, 2004; MAGLISCHO, 2010).
152
TÓPICO 1 | NADO PEITO
• Após a entrada do nadador na água, ele deverá permanecer com o seu corpo
bem alinhado, com os braços estendidos à frente e com as mãos juntas e
sobrepostas.
153
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
154
TÓPICO 1 | NADO PEITO
paravertebral
jarrete
reto abdominal peitoral
maior
• Após o toque à borda, ele deverá retirar rapidamente um dos braços, numa
ação semelhante a uma cotovelada, por dentro da água e junto ao corpo,
direcionando este braço em direção à borda oposta à da virada. Durante o
movimento citado acima, paralelamente as pernas estarão fexionando e se
dirigindo à borda juntamente com o quadril.
155
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
trapézio I e II
deltóide médio
reto abdominal
oblíquo menor
• O outro braço, que não havia saído da borda, deverá realizar uma ligeira ação
de pressão à borda, auxiliando a sua recuperação, fexionando-o sobre a cabeça.
Um pouco antes do braço passar sobre a cabeça, o nadador fará a respiração
para, logo a seguir, em decúbito lateral submerso, unir as mãos para realizar o
impulso na borda. É bom lembrar que no momento em que as mãos se juntarem
à frente do corpo, os pés estarão tocando na borda, na mesma profundidade de
quadril, com as pernas em um ângulo de aproximadamente 90o.
• A pernada do nado peito possui quatro fases, são elas: recuperação, varredura
para fora, varredura para dentro e sustentação e deslizamento.
• A braçada do nado peito possui três fases, são elas: apoio da braçada ou
varredura para fora, tração ou varredura para dentro e recuperação.
• Há dois estilos de nado peito utilizados pelos nadadores deste, a saber: estilo
plano ou convencional e estilo ondulante, golfnho ou europeu.
157
AUTOATIVIDADE
3 Há dois estilos que podem ser utilizados pelos nadadores de nado peito,
quais são eles?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
( ) O nado peito é o nado mais antigo de que se tem notícias em termos de sua
utilização e de seu ensinamento.
( ) O nado peito é o nado mais lento dentre todos os estilos de nado.
( ) A característica que mais chama a atenção no nado peito é a sua enorme
propulsão de pernas.
( ) O nado peito surgiu a partir da evolução do nado crawl.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, F, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
158
5 Leia atentamente as frases a seguir, referentes à história do nado peito, e
marque V para aquelas que forem Verdadeiras e F para as Falsas.
a) ( ) F, V, V, V.
b) ( ) V, V, F, F.
c) ( ) V, F, V, F.
d) ( ) F, V, F, V.
e) ( ) F, F, F, V.
159
7 A pernada do nado peito é composta por quatro fases. No que concerne às
características destas fases, assinale a alternativa incorreta:
160
c) ( ) A fase da “tração” ou “varredura para dentro” consiste em um
movimento de pressão do antebraço, inicialmente para dentro e para
baixo, e também para dentro e para cima, onde existirá fexão do
antebraço sobre o braço e adução do braço junto ao corpo, com união
das mãos. Os cotovelos deverão manter-se elevados, e as mãos e
antebraços giram para baixo e para dentro, em torno deles.
d) ( ) Finalizada a tração, inicia-se a última fase do ciclo da braçada, a qual se
denomina “recuperação” e onde se observa o direcionamento das mãos
à frente, próximas à superfície, ou sobre esta, e ao fnal desta ocorrerá
ou não o deslize, para logo a seguir, iniciar-se um novo ciclo de braçada.
10 Há dois estilos de nado peito utilizados pelos nadadores deste, a saber: estilo
plano ou convencional (A) e estilo ondulante, golfnho ou europeu (B). Leia
atentamente as afrmações a seguir e, posteriormente, insira I nas frases que
apresentam procedimentos referentes ao estilo “A” e II para aquelas que
apresentam procedimentos referentes ao estilo “B”:
161
UNIDADE 3
TÓPICO 2
NADO BORBOLETA
1 INTRODUÇÃO
O nado borboleta é o mais jovem dentre todos os existentes, tendo surgido,
ofcialmente, em 1956, por ocasião da Olimpíada de Melbourne, na Austrália. Sua
principal característica é a simultaneidade das ações motoras, na qual as pernas e
os braços atuam em paralelo, diferenciando-se dos demais nados (MANSOLDO,
2009). Segundo o autor, analisando-se essas ações motoras, não é difícil relacionar
os movimentos dos membros inferiores e dos membros superiores do nado
borboleta com a movimentação do nado crawl. Porém, seria um crawl duplo, onde
os membros inferiores e os membros superiores atuariam conjuntamente, cada um
no seu ciclo de trabalho. Melhor dizendo, em vez de os membros inferiores irem
para baixo e para cima alternadamente, o fariam de maneira conjunta, o mesmo
acontecendo com os membros superiores, que realizariam toda a movimentação
ambos ao mesmo tempo, respeitando a fase aérea e subaquática do nado.
163
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
164
TÓPICO 2 | NADO BORBOLETA
165
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
4.1 ENTRADA
A entrada do nado borboleta deve ser feita à frente da cabeça, com as
mãos na direção da linha dos ombros. O braço deve estar ligeiramente fexionado
(com rotação medial), com os cotovelos um pouco acima das mãos, de modo que
as pontas dos dedos sejam a primeira parte do braço a entrar na água. As mãos
devem deslizar para dentro da água, à frente, de lado, com as palmas das mãos
voltadas para fora (MASSAUD, 2004; MAGLISCHO, 2010).
bíceps braquial
quadríceps peitoral
reto abdominal maior
FONTE: Massaud (2004)
166
TÓPICO 2 | NADO BORBOLETA
dorsal largo
redondo maior
glúteo maior
jarrete
peitoral
maior
reto abdominal
167
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
peitoral
maior
reto abdominal
168
TÓPICO 2 | NADO BORBOLETA
Segundo Massaud (2004), alguns nadadores têm obtido êxito com o uso
de uma recuperação com os braços retos, no caso em que estes deixam a água
completamente estendidos e assim permanecem, até após ter sido efetuada a
entrada. Outros foram alçados à classe mundial usando uma técnica de fexão dos
cotovelos durante a segunda metade da recuperação. Outros ainda têm mantido
seus braços fexionados durante toda a recuperação. Qualquer dos dois últimos
métodos é recomendável, porque a entrada pode ser realizada com os cotovelos
fexionados, para ajudar a superar sua inércia durante a mudança de direção dos
braços, de dentro para fora, ao começar a varredura para fora (MASSAUD, 2004;
MAGLISCHO, 2010).
169
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
reto anterior
reto abdominal
FONTE: Massaud (2004)
• Respiração na primeira braçada – 1x1 (um por um). Esta não é indicada para
alunos iniciantes.
• Respiração na segunda braçada – 2x1 (dois por um).
• Respiração na terceira braçada – 3x1 (três por um), e assim sucessivamente.
170
TÓPICO 2 | NADO BORBOLETA
171
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
7.1 APROXIMAÇÃO
A aproximação ao ponto de virada deve acontecer em velocidade total. O
nadador deve esforçar-se em avaliar o ritmo do nado de forma que o movimento fnal,
antes da virada, resulte nos braços totalmente estendidos à frente (PALMER, 1990).
172
TÓPICO 2 | NADO BORBOLETA
• Após o toque na borda, ele deverá retirar rapidamente um dos braços, numa
ação semelhante a uma cotovelada, por dentro da água e junto ao corpo,
direcionando este braço à borda oposta à virada. Durante o movimento citado
acima, paralelamente as pernas estarão fexionando e se dirigindo à borda do
lado, juntamente com o quadril.
• O outro braço, que não havia saído da borda, deverá realizar uma ligeira
ação de pressão à borda, auxiliando a sua recuperação, fexionando sobre a
cabeça. Um pouco antes de o braço passar por sobre a cabeça, o nadador fará
a respiração para, logo a seguir, em decúbito lateral submerso, unir as mãos
para realizar o impulso na borda. É bom lembrar que no momento em que as
mãos se juntam à frente do corpo, os pés estarão tocando na borda, mesma
profundidade do quadril, com as pernas em um ângulo de aproximadamente
90 graus.
173
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
174
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, você viu que:
● O nado borboleta é o mais jovem dentre todos os estilos, tendo surgido ofcialmente
em 1956, por ocasião da Olimpíada de Melbourne, na Austrália.
● A braçada do nado borboleta possui várias fases, são elas: entrada, apoio ou
varredura para fora, tração ou varredura para dentro, fnalização ou varredura
para cima e recuperação.
● As saídas nas provas de nado borboleta são idênticas às das provas de crawl.
● Nas viradas do nado borboleta, os ombros não precisam estar paralelos à superfície
da água.
175
AUTOATIVIDADE
176
Em seguida, assinale a alternativa correta:
a) ( ) V, V, V, F, V.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
a) ( ) V, F, V, V.
b) ( ) V, V, V, V.
c) ( ) F, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V.
177
( ) Durante o momento em que o rosto permanece dentro da água, o nadador
realizará a expiração, através da boca, nariz ou boca/nariz.
( ) A inspiração deve ser realizada, logo após a expiração, através de uma
ligeira elevação da cabeça, mantendo-se o queixo apoiado na água.
( ) A respiração pode ser classifcada de acordo com o número de braçadas
realizadas para cada inspiração, por exemplo: respiração na primeira
braçada – 1x1 (um por um), respiração na segunda braçada – 2x1 (dois por
um), e assim por diante.
a) ( ) V, V, V, F.
b) ( ) F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) F, V, V, V.
178
aproximação do braço e do cotovelo ao tronco, seguida de vigorosa
extensão do antebraço, retirando-se, logo a seguir, as mãos da água,
próximas ao quadril.
179
UNIDADE 3
TÓPICO 3
REGRAS COMPETITIVAS
1 INTRODUÇÃO
A Federação Internacional de Natação (FINA) é a entidade reconhecida pelo
Comitê Olímpico Internacional (COI), responsável por administrar competições
internacionais nos desportos aquáticos. A FINA foi fundada em 19 de julho de
1908, no Hotel de Manchester, em Londres, no fnal dos Jogos Olímpicos de Verão
de 1908, pelas federações belga, britânica, dinamarquesa, fnlandesa, francesa,
alemã, húngara e sueca.
A idade máxima dos ofciais (juízes, juiz de partida e árbitro geral) quando
atuarem em campeonatos ou competições da FINA, exceto os ofciais de máster
e polo aquático, é sessenta e cinco (65) anos no ano da competição. Para polo
aquático, o limite de idade é de cinquenta e cinco (55) anos no ano da competição.
Ofciais da lista de árbitros internacionais da FINA, árbitro geral, juiz ou juízes
de partida acima dessa idade terão direito de arbitrar até o fm da sua nomeação.
181
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
BL 7.1 Publicidade
BL 7.1.1 Trajes
BL 7.1.4 Óculos
BL 7.1.8
BL 8 – TRAJES DE NATAÇÃO
BL 8.1 – O traje de natação aprovado pela FINA para ser usado nos Jogos
Olímpicos e Campeonato Mundial – FINA deve ser aprovado pela FINA doze
(12) meses antes do início da competição. Além disso, deve estar disponível para
todos os competidores em 1º de janeiro do ano da realização dos Jogos Olímpicos
e Campeonatos Mundial FINA.
183
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
BL 9.1 Ofciais
BL 9.3.6 Natação
GR 5 – TRAJES
184
TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
GR 6 – PUBLICIDADE
GR 7.1 – Qualquer nadador inscrito pode ser substituído por outro nadador
inscrito durante a reunião dos chefes de delegação. É obrigatória a presença de
um representante de cada Federação na reunião dos chefes de delegação. Faltar
à reunião implicará o pagamento de uma multa no valor de 100 francos suíços.
185
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
GR 8 – PROIBIDO FUMAR
GR 9.2 – PROTESTOS
a) ao árbitro,
b) por escrito num Formulário FINA,
c) pelo chefe da delegação,
d) com depósito de 100 francos suíços, ou equivalente,
e) até 30 minutos após a conclusão da prova.
GR 9.6 – PROGRAMAÇÃO
186
TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
Homens Moças
Nado livre 50m, 100m, 200m, 50m, 100m, 200m,
400m, 800m*, 1.500m 400m, 800m, 1.500m*
Nado costas 50m*, 100m, 200m 50m*, 100m, 200m
Nado peito 50m*, 100m, 200m 50m*, 100m, 200m
Nado borboleta 50m*, 100m, 200m 50m*, 100m, 200m
Medley 200m, 400m 200m, 400m
Revezamentos:
Livre 4x100m, 4x200m 4x100m, 4x200m
Medley 4x100m 4x100m
Misto 4x100m livre e 4x100m medley
FONTE: CBDA (2017)
187
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
Diplomas:
GR 9.8 – PONTUAÇÃO
GR 9.8.1 – Natação
W 1 – ORGANIZAÇÃO DE COMPETIÇÕES
188
TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
SW 2 – OFICIAIS
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 2.1.5 – No início de cada prova, o árbitro geral, por meio de uma série
de apitos curtos, convidará os nadadores a tirarem todas as roupas, exceto o
traje de natação, seguindo-se de um apito longo, indicando aos nadadores que
devem tomar os seus lugares nos blocos de partida (ou, para o nado de costas e
revezamento medley, entrar imediatamente na água). Um segundo apito longo
indicará aos nadadores, no nado de costas e nos revezamentos medley, que se
coloquem imediatamente na posição de partida. Assim que os nadadores e os
juízes estiverem preparados para a partida, o árbitro geral indicará ao juiz de
partida, com um braço estendido que os nadadores estão ao seu controle. O
árbitro geral deverá permanecer com braço estendido até que a partida seja dada.
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
SW 2.5.1 – O chefe dos juízes de viradas deve assegurar que todos os juízes
de viradas cumpram as suas funções durante a competição.
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 2.9 – Cronometristas
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 3.1 – Eliminatórias
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
a prova vai ser nadada, os nadadores deverão ser colocados nas mesmas raias em
que seriam colocados se começassem e terminassem na cabeceira de partida.
TE
IMPORTAN
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
SW 4 – A PARTIDA
SW 4.4 – Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida ser dado
será desclassifcado. Se o sinal de partida soar antes de a desclassifcação ser
declarada, a prova continuará e o nadador ou nadadores serão desclassifcados
após a prova terminar. Se a desclassifcação for assinalada antes do sinal de partida,
o sinal não será dado, os demais nadadores serão chamados de volta e proceder-
se-á a nova partida. O árbitro geral repete o procedimento de partida começando
com o apito longo (o segundo para a prova de costas), como mencionado em SW
2.1.5.
SW 5 – NADO LIVRE
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 6 – NADO DE COSTAS
SW 6.5 – Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com
alguma parte do corpo na sua respectiva raia. Durante a volta, os ombros podem
girar além da vertical para o peito, após o que uma imediata contínua braçada ou
uma imediata contínua e simultânea dupla braçada pode ser usada para iniciar a
volta. O nadador tem que retornar à posição de costas após deixar a parede.
SW 7 – NADO DE PEITO
SW 7.1 – Após a saída e em cada volta, o nadador pode dar uma braçada
completa até as pernas, durante a qual o nadador pode estar submerso. Uma
única pernada de borboleta é permitida em qualquer momento antes da primeira
pernada de peito após a saída e após cada virada (recomendação após o Congresso
Extraordinário da FINA em Doha, Qatar, 2014).
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
SW 7.3 – As mãos devem ser lançadas junto para frente a partir do peito,
abaixo ou sobre a água. Os cotovelos deverão estar abaixo da água, exceto para
a última braçada antes da volta, durante a volta e na última braçada antes da
chegada. As mãos deverão ser trazidas para trás na superfície ou abaixo da
superfície da água. As mãos não podem ser trazidas para trás além da linha dos
quadris, exceto durante a primeira braçada, após a saída e em cada volta.
SW 7.5 – Os pés devem estar virados para fora durante a parte propulsiva
da pernada. Não são permitidos movimentos alternados ou pernada de borboleta,
exceto o descrito na SW 7.1. É permitido quebrar a superfície da água com os pés,
exceto seguido de uma pernada de borboleta para baixo.
• Interpretação "Separado" signifca que as mãos não podem ser empilhadas uma
em cima da outra. Não é necessário espaço entre as mãos. O contato acidental
com os dedos não é uma preocupação.
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 8 – NADO BORBOLETA
SW 8.3 – Todos os movimentos para cima e para baixo das pernas devem
ser simultâneos. As pernas ou os pés não precisam estar no mesmo nível, mas não
podem alternar um em relação ao outro. O movimento de pernada de peito não
é permitido.
SW 9 - NADO MEDLEY
SW 9.3 – Cada nado deve ser fnalizado de acordo com a regra aplicada a ele.
SW 10 – A PROVA
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
201
UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 11 – REGISTRO DE TEMPO
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
RECORDES MUNDIAIS SW 12
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 12.6 – Quando for usada uma borda móvel, a medição de cada raia
deverá ser confrmada após a conclusão da sessão em que o tempo foi obtido.
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
equipe que venha a verifcar-se por infrações cometidas após a sua distância ter
sido completada. (Recomendação após o Congresso Extraordinário da FINA em
Doha, Qatar, 2014).
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
SW 13 – PROCEDIMENTO ELETRÔNICO
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
Preâmbulo
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
FR 1 – Geral
FR 2 – Piscina de natação
FR 2.1 – Comprimento
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
diferenças toleradas não podem ser excedidas mesmo quando estejam instaladas
placas eletrônicas.
FR 2.4 – Bordas
FR 2.5 – As raias devem ter pelos menos 2,5 metros de largura, com dois espaços
de pelo menos 0,2 metros, na primeira e última raia, entre essas raias e as bordas
laterais.
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
FR 2.6.4 – Os números das raias devem ser colocados nas divisórias das
raias, no início e no fm, devendo ser feitos de material macio.
FR 2.8 – Numeração
Cada bloco de partida deve estar nitidamente numerado nos quatro lados.
A raia número 0 deve ser marcada no lado direito, quando se olha a piscina na
cabeceira de partida, com exceção das provas de 50m, que podem iniciar-se a
partir da extremidade oposta. Os painéis eletrônicos podem ser numerados na
parte superior.
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
FR 2.12 – Iluminação
FR 2.14 – Divisão
Quando uma divisão serve de cabeceira, ela deve ocupar toda a largura
da piscina e apresentar uma parede vertical e não escorregadia e estável, na
qual se possa montar painéis eletrônicos numa extensão não inferior a 0,8 metro
abaixo e 0,3 metro acima da superfície da água, deve ser livre de orifícios abaixo
ou acima da superfície da água, em que o nadador possa introduzir pés, mãos,
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
dedos dos pés ou dedos das mãos. A divisão deve ter um formato que permita
um movimento livre dos juízes ao longo de todo o seu comprimento, e de modo a
que esse movimento não provoque correnteza ou turbulência da água.
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
FR 4.3.2 – Se uma pistola for utilizada, deve ser usada com um transdutor.
FR 4.4.3 – Sensibilidade – A sensibilidade das placas deve ser tal que elas
não podem ser ativadas pela movimentação da água, mas serão ativadas por um
leve toque da mão. As placas devem ser sensíveis na borda superior.
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UNIDADE 3 | METODOLOGIA DO ENSINO DA NATAÇÃO
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TÓPICO 3 | REGRAS COMPETITIVAS
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RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você viu que:
● idade
A mínima para nadadores competindo nos Jogos Olímpicos,
Campeonatos Mundiais da FINA e da FINA Campeonatos Mundiais de
Natação (25m) deve ser o mesmo que a idade mínima para as FINA World
Junior Swimming Championships: mulheres, 14 anos de idade, e os homens,
15 anos de idade, no ano de competição, exceto atletas mais jovens podem
participar nessas competições se eles têm conseguido, pelo menos, o tempo
padrão "B" de entrada no respectivo evento.
● A partida nas provas de livre, peito, borboleta e medley será efetuada por meio
de salto (mergulho).
● Nado livre signifca que numa prova assim denominada, o competidor pode
nadar qualquer nado, exceto nas provas de medley individual ou revezamento
medley, onde nado livre signifca qualquer nado diferente do nado de costas,
peito ou borboleta.
216
calha é proibido. Quando o suporte de partida para o nado costas estiver sendo
usado na saída, os dedos de ambos os pés devem estar em contato com a borda
ou com a placa de toque do placar eletrônico. Curvar os dedos dos pés na parte
superior da placa de toque é proibido.
● No nado peito, a partir da primeira braçada após a saída e após cada virada, o
corpo deve ser mantido sobre o peito.
217
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V, V, V, V.
b) ( ) F, F, F, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V.
( ) O traje de natação aprovado pela FINA para ser usado nos Jogos Olímpicos
e Campeonato Mundial – FINA deve ser aprovado pela FINA doze (12)
meses antes do início da competição. Além disso, deve estar disponível
para todos os competidores em 1º de janeiro do ano da realização dos
Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais FINA.
( ) Os competidores devem usar apenas trajes com uma ou duas peças.
Nenhum item adicional, como ligaduras nos braços ou pernas, deve ser
considerado parte do traje.
( ) A partir de 1º de janeiro de 2010, o traje para os homens não deve passar
acima do umbigo e nem também abaixo do joelho, e para as mulheres não
deve cobrir o pescoço, passar dos ombros e nem passar do joelho. Todo
traje deve ser confeccionado com material têxtil.
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( ) Os trajes de todos nadadores (maiô/sunga, touca e óculos) devem estar de
acordo com a moral e ser apropriados para cada esporte, e não podem usar
qualquer símbolo considerado ofensivo. O traje não pode ser transparente.
a) ( ) V, V, V, V.
b) ( ) F, F, F, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V.
( ) A partida nas provas de livre, peito, borboleta e medley será efetuada por
meio de salto (mergulho). Ao apito longo do árbitro geral, os nadadores
devem subir no bloco de partida e ali permanecer. Ao comando “às suas
marcas”, do juiz de partida, devem colocar-se imediatamente na posição
de partida, com pelos menos um pé na parte dianteira do bloco. A posição
das mãos não é relevante. Quando todos os nadadores estiverem imóveis,
o juiz de partida deve dar o sinal de partida.
( ) A partida para as provas de costas e revezamento medley será efetuada
dentro da água. Ao primeiro apito longo do árbitro geral, os nadadores
deverão entrar imediatamente na água. No segundo apito longo, os
nadadores deverão colocar-se, sem demora indevida, na posição de
partida. Quando todos os nadadores estiverem na posição de partida,
o juiz de partida dará o comando “às suas marcas”. Quando todos os
nadadores estiverem imóveis, o juiz de partida dará o sinal de partida.
( ) Nos Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e outras provas organizadas
pela FINA, o comando “às suas marcas” terá que ser em inglês, “Take your
marks”, e o sinal de partida difundido por múltiplos alto-falantes, um para
cada bloco de partida.
( ) Qualquer nadador que parta antes do sinal de partida ser dado será
desclassifcado. Se o sinal de partida soar antes de a desclassifcação
ser declarada, a prova continuará e o nadador ou nadadores serão
desclassifcados após a prova terminar. Se a desclassifcação for assinalada
antes do sinal de partida, o sinal não será dado, os demais nadadores serão
chamados de volta e proceder-se-á à nova partida. O árbitro geral repete o
procedimento de partida começando com o apito longo.
a) ( ) V, V, V, V.
b) ( ) F, F, F, V.
c) ( ) F, V, V, F.
d) ( ) V, F, V, F.
e) ( ) V, F, F, V.
219
5 Explique qual deverá ser a temperatura da água nas piscinas durante as
provas de competições de natação:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
a) ( ) F, V, V, V, F.
b) ( ) F, F, F, V, V.
c) ( ) F, V, V, F, F.
d) ( ) V, F, V, F, F.
e) ( ) V, F, F, V, V.
220
em contato com a borda ou com a placa de toque do placar eletrônico.
Curvar os dedos dos pés na parte superior da placa de toque é proibido.
c) ( ) Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com alguma
parte do corpo na sua respectiva raia. Durante a volta, os ombros podem
girar além da vertical para o peito, após o que uma imediata contínua
braçada ou uma imediata contínua e simultânea dupla braçada pode
ser usada para iniciar a volta. O nadador tem que retornar à posição de
costas após deixar a parede. Quando do fnal da prova, o nadador tem
que tocar a parede na posição de costas na sua respectiva raia.
d) ( ) A posição de costas pode incluir um movimento rotacional do corpo,
até, mas não incluindo os 90º a partir da horizontal. A posição da cabeça
não é relevante.
e) ( ) Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da água durante
o percurso. É permitido ao nadador estar completamente submerso
durante a volta e por uma distância não maior que 15 metros após a
saída e cada volta. Nesse ponto a cabeça deve ter quebrado a superfície.
221
10 Sobre as regras para as provas de nado borboleta, assinale a alternativa
incorreta:
222
REFERÊNCIAS
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6, p. 1211-1223, 2012.
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de crianças. Educação Física em Revista, Brasília, v. 7, n. 1, p. 1 - 17, 2013.
GOMIDE NETO, U.; DENARI, F. E.; STORCH, J. A.; MAH, E.; SANTOS, A. C. O
método Halliwick para crianças com defciência visual. Anais do VII Encontro
da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial, Londrina de
08 a 10 novembro de 2011, Pg. 2814-2823.
KRUG, D. F.; MAGRI, P. E. F. Natação: aprendendo para ensinar. São Paulo: All
Print, 2012.
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MANSOLDO, A. C. Técnica e iniciação aos quatro nados. São Paulo: Ícone, 2009.
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QUEIROZ, C. A. Recreação aquática. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
226