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Texto da escritora convidada Ronize Aline

A escritora Ruth Rocha já comentou em várias entrevistas o


quanto autores de livros para crianças costumam ser
subestimados. Muitos se referem a eles como os que “escrevem
aquelas historinhas”, menosprezando o valor e o trabalho
envolvido na criação de textos pensados especificamente para o
público infantil.

Talvez por acreditarem que criança aceita qualquer coisa, muitos


acham que escrever para elas é tarefa fácil. No entanto, crianças
são extremamente exigentes e críticas. Abaixo, algumas dicas
para você escrever histórias infantis que encantam.

Tudo o que você precisa saber para começar a escrever


melhor

1. Leia livros infantis


Parece óbvio, mas é surpreendente o número de pessoas que
dizem ter passado da idade de ler livros infantis e insistem em
querer escrever histórias para crianças. Como escrever um gênero
se não se está familiarizado com ele? Como reconhecer o que
atrai, o que interessa, o que motiva aquele leitor se não se
conhece suas referências? Se você pretende se aventurar na
escrita para crianças o primeiro passo, sem dúvida, é ler muitos
livros infantis.

2. Identifique seu tipo de leitor


Você pode escolher escrever para crianças em fase de
alfabetização ou para crianças já alfabetizadas. O formato que
você vai dar para sua narrativa depende dessa escolha. Se sua
opção é escrever para o primeiro grupo, a história deve ser
pequena, ter estrutura simples, usar frases curtas e muitas
ilustrações (que ocuparão a maior parte do livro). Se você quer
escrever para crianças alfabetizadas, você pode equilibrar a
quantidade de ilustrações e texto, pode usar frases mais longas,
enredos mais elaborados, além de um número maior de
personagens.
3. Não menospreze a criança
Explicar demais o que não precisa ser explicado é um erro comum
de muitos livros infantis. Um outro erro é subestimar a capacidade
dos pequenos leitores de aprender novas palavras. Há quem limite
o vocabulário do texto por acreditar que está tornando a
leitura mais fácil. Esses autores se esquecem que o volume de
palavras aprendidas durante os primeiros anos de vida é maior do
que nos anos posteriores.

4. Faça da criança o personagem principal


Crianças gostam de histórias em que elas possam se identificar
com os personagens, em especial com heróis que vivem grandes
aventuras. Se esses heróis forem crianças, ainda melhor. Os
pequenos leitores não querem ser apenas coadjuvantes em
uma história de adultos. Eles querem sentir que são os
protagonistas porque isso reforça a fantasia de que se
o personagem é capaz de fazer alguma coisa, eles também são.
5. Use personagens secundários
Fazer parte de um grupo é muito importante para as crianças.
Compartilhar suas aventuras com amigos torna tudo mais
excitante. Além disso, isso reforça a ideia de companheirismo, de
que é muito mais fácil enfrentar desafios acompanhado de outras
pessoas. Então não deixe seu protagonista sozinho na história.
Dê para ele amigos em quem ele possa confiar e que sirvam como
contraponto narrativo, mostrando crianças com características e
papéis diferentes, como ela pode observar na vida real.

6. Inclua conflitos e obstáculos


Há quem acredite que histórias infantis não devem
apresentar conflitos. Mas crianças são ávidas por aventuras e
obstáculos porque elas adoram testar seus limites. Histórias
sem conflito são muito superficiais e pouco envolventes. Inclua
no texto situações de desafios para o protagonista da
história que sejam coerentes com a idade do leitor. É uma forma
de estimular a criança a pensar em formas de superar obstáculos
e resolver problemas.
7. Não dê lição de moral
Literatura não é lugar para didatismos. É claro que,
inevitavelmente, histórias defendem certos valores e visões de
mundo do autor, mas passar uma lição de moral não deve ser o
objetivo principal do texto. Essa é a função dos livros didáticos e
paradidáticos. Se concentre em divertir as crianças que decidirem
ler seus livros. Dessa forma, você ajuda elas a associar a leitura
com uma atividade prazeiroza, e contribui para criar pequenos
grandes leitores.

10 dicas essenciais para escrever um livro


infantil
AUTOGRAFIA SEM COMENTÁRIOS SET 23,2016 DICAS
Encantar uma criança por meio da leitura é um desafio para muitos escritores.
Ao contrário do que as pessoas pensam, escrever um livro infantil não é
apenas imaginar uma história com personagens fofinhos e um final feliz.
Atualmente, as crianças estão cada vez mais exigentes e críticas, e não é
qualquer texto que prende a atenção delas, ainda mais com os fortes
“concorrentes”: tablet, videogame, smartphone, entre outros aparelhos.
Para lhe ajudar a construir uma bela história, preparamos 10 dicas sobre como
fazer um livro de história infantil, e listamos ainda as opções que os escritores
têm para publicar o seu material. Confira tudo isso, nos tópicos a seguir!

1. Observe o mundo infantil


O primeiro passo para saber como fazer um livro de história infantil é conhecer
e entender do que as crianças gostam. Para isso, pesquise e leia tudo o que
faz sucesso entre os pequenos para ter uma base importante sobre que
caminho seguir.
Ler outros livros infantis e procurar referências é a melhor forma de saber o que
atrai as crianças e o que realmente as interessam nessas histórias.

2. Leve em conta a faixa etária


Outra dica essencial para você começar a escrever um livro infantil é definir o
público para o qual sua obra será destinada. De acordo com a faixa etária dos
leitores, você deve criar uma história para crianças já alfabetizadas ou em fase
de alfabetização.
No primeiro caso, é mais indicado usar imagens e texto de forma equilibrada,
com estrutura e número de personagens maiores. Se a ideia é escrever para
crianças em fase de alfabetização, use frases curtas, estrutura simples e abuse
das ilustrações.

3. Capriche no enredo
Depois de definir o personagem principal e os secundários, é importante
pensar no ambiente em que os fatos acontecerão, e a trama, de forma
que envolva a criança com a história.
Lembre-se de que crianças gostam de se identificar com o personagem
principal e viajar nas aventuras descritas no livro. Para gerar um maior
envolvimento, a criatividade não pode faltar! Além disso, use a sua imaginação
para deixar uma mensagem positiva, mesmo que não seja em um final feliz.
4. Não negligencie o visual
Outra dica essencial sobre como fazer um livro de história infantil, é em relação
à sua capa, visto que é um dos aspectos mais relevantes para conquistar as
crianças. Afinal, é ela que vai atraí-las em um primeiro momento! Portanto,
capriche no título e insira ilustrações bonitas e chamativas.

5. Invista na publicação
Que tal criar um e-book da sua história, isto é, a versão digital do seu
livro? Essa é uma boa opção para novos escritores e/ou para aqueles que não
dispõem de recursos financeiros para investir na versão impressa. Outra
alternativa é enviar a sua obra para as editoras e esperar que alguma delas se
interesse.
Você também pode buscar por agentes literários, que fazem a ponte entre as
editoras e os escritores, ou procurar por empresas que trabalhem com
pequenas tiragens, dando oportunidade aos escritores de primeira viagem.

6. Não subestime a inteligência da


criança
É preciso que você veja as crianças como leitores inteligentes e pensantes! Por
isso, não deixe de criar histórias envolventes e que façam com que os
pequenos possam desenvolver o seu intelecto.
Evite enredos “bobinhos” e que possam negligenciar o desenvolvimento dos
leitores, principalmente para crianças maiores, com a literatura infanto-juvenil.

7. Crie personagens com os quais as


crianças se identifiquem
Desde as obras literárias infantis mais clássicas, como Peter Pan e O Pequeno
Príncipe, passando pelos livros de Monteiro Lobato, que mostram o cotidiano
de Pedrinho, Narizinho e Emília, até outros mais recentes, como a série Harry
Potter, todos eles têm algo em comum: as crianças são as protagonistas das
histórias!
E isso pode ser a peça-chave para o sucesso de um livro infantil! Afinal, os
pequenos poderão se identificar com esses personagens com a idade similar a
deles, gerando mais proximidade e interesse pela obra literária.

8. Utilize uma linguagem adequada


para o público infantil
É preciso tomar muito cuidado com a linguagem adotada ao escrever um livro
infantil. Evite palavras complexas para o universo das crianças, ou expressões
que possam ter duplo sentido e causar interpretações indesejadas.
Também é importante fuja do uso frequente de gírias ou expressões do
momento. Apesar de isso gerar certa proximidade para os leitores atuais,
podem distanciar os futuros. Ou seja, a sua obra será datada e poderá não
chamar a atenção de uma criança daqui há 10 ou 15 anos.

9. Aplique a técnica da jornada do herói


A jornada do herói é uma técnica desenvolvida por Joseph Campbell, com
uma narrativa na qual o personagem principal percorre por 12 etapas. Nessa
sequência, o protagonista passa de alguém comum para um herói, percorrendo
um longo caminho.
Essa técnica é aplicada em diversas obras, inclusive em animações de
sucesso dos estúdios Disney. As 12 etapas da jornada do herói são as
seguintes:
 apresentação do cotidiano do personagem principal;
 chamado para uma aventura;
 recusa à oportunidade de se aventurar fora do cotidiano;
 travessia do primeiro limiar;
 execução de testes e convivência com aliados e inimigos;
 preparativos para provação central;
 provação central, que geralmente é um confronto com o vilão;
 encontro com a deusa, no caso dos arquétipos masculinos;
 recompensa pela passagem da provação central;
 caminho de volta para casa;
 ressurreição no local de partida;
 retorno com elixir, como o tesouro concreto ou abstrato trazido pelo herói.

10. Dê valor aos personagens


secundários
Em qualquer narrativa infantil o uso de personagens secundários se faz
necessário, pois eles servem de escalada para as aventuras do personagem
principal.
Na própria metodologia da jornada do herói, Campbell aponta a importância
dos personagens secundários, sobretudo os aliados e inimigos, que convivem
com o protagonista ao longo do desenvolvimento da trama. Portanto, não
esqueça de também valorizá-los na história!
Escrever um livro para crianças é um desafio muito grande, principalmente
pela ascensão da tecnologia, com equipamentos que disputam a atenção com
a leitura. Desse modo, é fundamental conhecer profundamente o universo e
gostos da criança, além de utilizar técnicas de linguagem e escrita para atraí-
las.

4 dicas para escrever um livro de fantasia


para crianças
AUTOGRAFIA SEM COMENTÁRIOS JUL 12,2018 B
A infância é um período repleto de estímulos que convidam as crianças a se
desligarem do mundo real e, como em um passe de mágica, se
teletransportarem para cenários imaginários. Por isso, quem melhor que os
pequenos para entrar de cabeça em um livro de fantasia?
Esse tipo específico de história permite a criação de mundos com elementos
que jamais poderiam se tornar realidade. Aliás, vale a pena ressaltar que isso é
exatamente o que diferencia a fantasia da ficção científica: a possibilidade de
que os elementos fictícios tornem-se reais.
Para que você tenha sucesso ao escrever seu próprio livro de fantasia para
crianças, separamos as quatro dicas abaixo. Continue a leitura e confira!

1. Capriche na ambientação
Ambientar uma aventura no mundo real, como o conhecemos, não parece
muito atraente nem mesmo para os adultos, não é? Imagine então para o
público infantil, que sempre espera algo grandioso e imaginativo. Por
isso, um livro de fantasia merece um universo mágico à altura.
Se escrever já permite usar e abusar da criatividade por si só, a liberdade de
criação é ainda maior quando trata-se de escrever para crianças.
Outro ponto positivo é que dependendo da faixa etária que sua obra
pretende atingir, não será necessário trabalhar muitos detalhes ao descrever o
cenário. Nesse caso, quanto mais jovem o público, mais permissão para ser
fantasioso e menos explicações você precisará prestar.

2. Crie personagens fora do comum


Se o universo do livro pode ser mágico, quando se trata dos personagens, isso
é quase que uma regra. Afinal, são eles os responsáveis por cativar os leitores
e levar a história adiante. Logo, se forem pessoas comuns, não haverá nada de
fantasioso na obra, concorda?
Tente se lembrar de personagens de histórias famosas. Cada um, à sua
maneira e em um certo momento da história, se descobre como um ser
extraordinário.
Se os adultos têm dificuldade para criar vínculos com personagens muito
irreais, as crianças, ao contrário, os adoram, mesmo que suas características
sejam completamente inexplicáveis no mundo real.

3. Construa um vilão marcante


Todo livro de fantasia precisa de um vilão para ser o contraponto da obra. Claro
que no caso da literatura infantil, não estamos nos referindo a um personagem
violento, já que isso seria inadequado ao público.
Nesse caso, o antagonista deve apresentar problemas que as crianças possam
entender e identificar facilmente como algo negativo e que não deve
ser reproduzido. Porém, apesar de toda essa obscuridade, ele deve ser um
personagem interessante e até mesmo cativante ao mostrar potencial para se
transformar em algo do bem.
Esse personagem será essencial para ajudar a afirmar os valores da sua
história — o que nos leva à próxima dica.

4. Transmita bons valores


Toda obra tem algo a nos ensinar e os livros de fantasia infantil não fogem à
regra. A construção e a caracterização dos personagens ajudam a mostrar
para as crianças qual a moral da história.
É evidente que sua história não precisa ser uma das fábulas de Esopo, mas
colocar valores importantes na educação do ser humano, como a
generosidade, a coragem, a lealdade, entre outros, pode ser um
grande diferencial para tornar seu livro um sucesso.
Há séculos, a literatura é usada como forma de educar crianças. Então, por
que não aproveitar para transmitir um ensinamento e ganhar a atenção dos
pais e professores também?
5 dicas de livros para escritores iniciantes
AUTOGRAFIA SEM COMENTÁRIOS OUT 28,2016 DICAS
Fuja do senso comum. Essa é a lição de todos os autores que vamos
apresentar a seguir, e também atitude essencial para ser um escritor de
sucesso. O pensamento otimista e ambicioso de um estudante deve ser o
mesmo de um aspirante a escritor, independentemente de gênero ou idade.
Existe espaço no mercado e gente interessada em ler a sua história, mas, para
isso, é preciso desenvolver qualidades que engrandecem uma narrativa e o
estilo. Nada melhor do que conhecer ótimas dicas de livros para escritores
iniciantes! Vamos nessa?

1. A arte da ficção, de David Lodge


Esse livro de Lodge, britânico considerado um dos maiores autores da
moderna literatura inglesa, viaja por 50 temas que cobrem toda a criação de
uma ficção, do começo ao fim. Ele explora exemplos de obras
contemporâneas, tecendo valiosos comentários.
O conteúdo é esclarecedor e oferece um ambiente de descoberta, além de
ampliar noções e experiências tanto de aspirantes como de escritores
experientes. Os temas, ou artigos, são abordados com um toque de humor que
auxilia no crescimento pessoal a partir de uma linguagem instrutiva e, ao
mesmo tempo, prazerosa.

2. A jornada do escritor, de Christopher


Vogler
Vogler é um roteirista de Hollywood que baseou o conteúdo desse livro em
anos de estudo sobre o conceito da “Jornada do Herói”, de Joseph Campbell.
Ele tomou como base dezenas de filmes importantes, somou a isso toda sua
expertise de anos de trabalho com cinema e transformou o livro num dos
pilares para quem quer descobrir formas de escrever ótimas histórias.
Partindo de uma estrutura mítica básica, Vogler navega pelos diversos tipos e
arquétipos de criações e explora cada um deles, formando toda a
complexidade do personagem.

3. O texto nu, de Zemaria Pinto


O livro que representa o Brasil nessas dicas é O texto nu. Seu conteúdo é
voltado para o conhecimento básico das teorias da literatura, assim como a
discussão de gêneros literários — tudo baseado em um aporte filosófico muito
interessante.
Essa reflexão do autor paraense transita pelos princípios básicos da literatura
como finalidade artística. São dez tópicos seguidos de uma conclusão que
somam bastante para a formação de um escritor.

4. Sobre a escrita, de Stephen King


Stephen King dispensa apresentações. Nessa obra, ele descreve como
foi descobrindo e desenvolvendo seu talento como escritor, da infância ao
estrelato. São conselhos literários de um dos mais bem-sucedidos e versáteis
escritores da história.
King revela experiências e erros, e debate o processo criativo, bem como as
necessidades básicas para se lançar nessa profissão. Ele faz tudo isso numa
ótica literária de não ficção, ou seja, ele amarra todos os pontos com habilidade
única numa narrativa.

5. Vida de escritor, de Gay Talese


Talese é uma lenda do jornalismo literário, presente em todos os cursos de
comunicação. Grande escritor de perfis e narrativas da rotina, ele é especialista
em enxergar além daquilo que todos consideram comum. Essa obra é ótima
pedida para aprender sobre pesquisa e sua importância na formação de
personagens.
A obra é um compilado de experiências jornalísticas, entrevistas e uma aula
de estilo que Talese condensou desde os tempos de estudante até o auge
como redator no New York Times e na revista New Yorker.
Como vimos, não falta conteúdo teórico e experiência compartilhados por
gigantes da literatura, não é mesmo? Esses livros são primordiais para o
escritor iniciante que vive uma fase de descoberta na literatura. A gênese de
um bom escritor passa por uma boa formação, portanto, explore ao máximo e
mergulhe nessas dicas.

Como Ter Ideias para um


Livro Infantil
Escrito em parceria com Equipe wikiHow | 16 Referências

Neste Artigo:Bolando ideias com base em um tema ou conceitoCriando ideias a partir de

personagens ou cenáriosUtilizando o gênero e a estrutura da tramaUtilizando táticas

diferentes de brainstorm
Um livro infantil é um ótimo modo de se conectar com um
público jovem. Muitas pessoas acreditam que criar um livro
desses é mais fácil do que escrever para adultos, mas a
realidade é que eles exigem muito pensamento, planejamento e
brainstorm. Um bom livro infantil será criativo e divertido de ler,
e você deve começar pensando em um tema, um conceito ou
um personagem. Se preferir, também é possível procurar
inspiração focando no gênero ou na estrutura da trama. Vamos
lá?

Método 1
Bolando ideias com base em um tema ou conceito
1.
1
Escolha um tema de acordo com a idade do público. Os livros
infantis normalmente são voltados para crianças entre quatro e
oito anos. Pense portanto em quais temas podem ter apelo
dentro dessa faixa etária e como se conectará com essas
crianças.[1]
 Uma opção seria focar em livros com pouquíssimos textos,
voltados para crianças entre quatro e seis anos. Eles
normalmente são simples e contêm menos de 1000 palavras,
sendo impressos em folhas grossas de papelão, facilitando o
manuseio pelos pequenos.
 Outra alternativa seria focar nas crianças entre seis e oito anos,
um público levemente mais maduro e com maior capacidade
intelectual. Essas obras normalmente são um pouco menores
fisicamente, com a história dividida em capítulos compostos por
pequenas frases. Costumam ter entre 200 a 1500 palavras, mas
algumas obras chegam às 2000 palavras.
2.

2
Identifique um tema ou uma categoria. É uma boa ideia
explorar alguma temática popular entre as crianças, como
ciências, história, relacionamentos ou a própria escrita e a
leitura. Use um tema que tenha apelo aos pequenos, muito
curiosos com o mundo e com o funcionamento das coisas.
 Por exemplo, você pode discutir ciência no livro, falando sobre
animais aquáticos e o processo da evolução de modo divertido
e interessante. Ou, você pode escrever sobre figuras históricas
de um modo simples e instigante, focando em um período de
tempo especifico. Existem muitas possibilidades!
3.
3
Explore um tema comum de modo criativo. Uma opção seria
pensar em temas pouco discutidos nos livros infantis ou uma
abordagem diferente. Isso vai ajudar sua obra a se destacar no
meio de tantas produções disponíveis. O tema pode ser uma
ideia geral, como "amizade", ou algo mais específico, como
"amizade entre meninas". O importante é abordá-lo de modo
criativo e interessante.[2]
 O ideal é focar em temas simples, mas divertidos. Ideias
universais, como "o amor está em todos os lugares" ou "é
importante compartilhar as coisas" vão atrair crianças de três a
oito anos. Evite assuntos complexos que podem ser difíceis de
compreender para os pequenos.
 Por exemplo, ao escrever sobre "amizade entre garotas", você
pode construir personagens e ambientações ao redor do tema
usando suas experiências de vida sobre amizades entre
meninas que presenciou.
 Se possível, pergunte para as crianças que conhece sobre o que
elas gostariam de ler. Por quais títulos elas se interessam mais?
Assim, você pode ter algumas ideias sobre temas para abordar
no seu livro.
4.

4
Foque em uma moral ou uma mensagem positiva. Muitos livros
infantis contêm o que chamamos de lição de moral, pois a ideia
é ensinar um valor ou uma lição para os pequenos. Cabe a você
escolher uma lição de vida e fazer um brainstorm ao redor dela.
[3]

 Por exemplo, digamos que esteja interessado na lição "trate os


outros como gostaria de ser tratado". Depois, é hora de
desenvolver personagens e histórias ao redor do tema que
possam agradar crianças.
 Ao usar uma mensagem positiva no livro, lembre-se de disfarçá-
la e deixar que seja interpretada subconscientemente. Pegar
pesado na lição de moral pode deixar o livro chato para as
crianças. A ideia mesmo é disfarçar a mensagem positiva na
conclusão da história, sem dizê-la explicitamente.[4]
5.

5
Crie uma nova ideia acerca de um conceito bem
conhecido. Como existem muitos livros infantis, é bem difícil
escolher um tema que não foi muito abordado no passado. Mas
está tudo bem, basta experimentar uma abordagem diferente e
única.[5]
 Por exemplo, digamos que vá escrever sobre bullying. Como
abordar esse tema de modo único e que nunca foi feito antes?
Pense em suas próprias experiências sobre bullying e tente
focar em um detalhe específico ou momento único.
6.

6
Leia muitos exemplos de livros infantis. Quer fonte melhor de
inspiração do que obras consagradas do mundo da literatura?
Algumas sugestões:[6][7]
 Onde Vivem os Monstros, de Maurice Sendak.
 As obras da britânica Jacqueline Wilson.
 A Lagartinha Muito Comilona, de Eric Carle.
 O Grufalão, de Julia Donaldson.

Método 2
Criando ideias a partir de personagens ou cenários
1.
1
Monte um personagem baseado em uma criança real. É
possível gerar ideias focando na história do personagem
principal. Protagonistas fortes e bem desenvolvidos são
essenciais para qualquer livro infantil. Você pode usar o seu
filho, um irmão mais novo ou um parente para desenvolver um
personagem detalhado e realista.[8]
 Como essa criança fala, caminha e age na presença dos outros?
Ela usa gírias próprias? Ela caminha de modo único ou
estranho? Ela se socializa bastante com outras crianças ou
prefere ficar entre adultos?
 Uma opção seria escolher uma criança com aparência ou traços
físicos únicos. O que a torna diferente pode ser a base para o
personagem.
2.

2
Use um animal como protagonista. Muitos livros infantis usam
animais como personagens principais, pois esse é um jeito mais
fácil de se explorar temas e lições de modo mais universal.
Você pode focar em um animal específico ou utilizar várias
espécies diferentes no livro.[9]
 Por exemplo, digamos que queira escrever um livro cujo
protagonista é um leopardo. Liste as qualidades típicas da
espécie, como velocidade, furtividade e habilidade de se
camuflar no ambiente natural. Depois, você pode usar essas
características para contar uma história sobre um leopardo que
é o oposto do que esperam dele. Talvez o seu protagonista não
seja rápido e tenha pintas rosas que fazem com que ele se
destaque na selva.
3.
3
Escolha um nome único para o personagem. Muitos livros
infantis têm menos de 500 palavras, e dessas 500, o nome do
protagonista será repetido várias vezes. Por conta disso, é
importante escolher um nome único e chamativo para o
personagem. Acredite, isso pode fazer a diferença.[10]
 Por exemplo, o leopardo com manchas rosas pode ser chamado
de Rosado. Se estiver escrevendo sobre uma criança com uma
característica única, use isso como parte do nome dela, como
Gina Baixinha ou Max Cacheado.
4.

4
Explore um ambiente único. Alguns autores usam
ambientações diferentes como inspiração para a história. Se já
tem alguma ideia de onde quer que a sua história se passe,
ótimo! Se ainda está sem ideias, liste alguns ambientes
diferentes e veja qual se encaixa melhor na sua trama.[11]
 Por exemplo, digamos que queira escrever uma história que se
passe na Amazônia. Depois de algumas pesquisas, você
encontrou uma espécie de réptil que só existe nessa região e
vai usá-la para o protagonista da história, que explorará o
mundo natural da floresta no seu livro.
5.

5
Vire uma história conhecida do avesso. Que tal pegar uma
trama já batida e brincar um pouco com ela, fugindo das
expectativas? Inverta alguns detalhes para criar uma história
surreal e fantástica.[12]
 Por exemplo, um ambiente conhecido é o consultório do
dentista. Experimente brincar com ele e criar detalhes
fantásticos e surreais. O seu protagonista pode ver o local como
uma nave espacial, por exemplo. Para tornar essa visão uma
realidade, ilustre o consultório como uma estação espacial,
com decorações próprias da NASA e com um uma cadeira com
detalhes parecidos com as naves que vemos nos filmes.

Método 3
Utilizando o gênero e a estrutura da trama
1.

1
Pense em um gênero para a história. Se está sem ideias para
começar a bolar a trama, comece escolhendo um gênero. Quer
escrever sobre um mundo fantasioso ou de fadas? Quer
escrever ficção histórica, mistério ou comédia? Depois de
decidir isso, vai ser mais fácil pensar em outros elementos.[13]
 Depois de escolher um gênero, tente selecionar um ambiente ou
um personagem para a história. Por exemplo, um livro de ficção
científica pode se passar em um planeta real ou fictício. Um
livro de ficção histórica pode ser protagonizado por uma figura
importante, como Albert Einstein ou Isaac Newton.
 Lembre-se de que também é possível escrever livros infantis de
terror, basta escolher uma abordagem bem humorada e não
usar a violência. Lembre-se sempre da idade do seu público-
alvo.
2.

2
Use a estrutura de trama conectada. Muitos livros infantis
usam essa estrutura, representada por uma série de eventos
interconectados. Essa pode ser uma boa ideia, pois basta
preencher os espaços vazios conforme prossegue.[14]
 Por exemplo, você pode criar uma série de pequenos
acontecimentos envolvendo o Leopardo Rosado. Comece com
uma história mostrando como ele nasceu e quem são os pais
dele. Depois, você pode contar histórias dele na escola,
terminando com ele tentando fazer amigos.
3.

3
Use a estrutura de realização de desejos. Trata-se de outro
estilo muito utilizado nos livros infantis, principalmente nos
contos de fada. Nesse caso, o protagonista deseja algo e
recebe isso no fim da história. Ele também pode receber algo
que não esperava, mas que também é válido.[15]
 Esse tipo de estrutura é oposto do estilo "conquista de
objetivo". Nesse caso, o protagonista enfrenta diversas
adversidades para conquistar o que deseja.
 Por exemplo, talvez o Leopardo Rosado tenha dificuldade para
acompanhar os colegas na escola de corrida da savana. No fim,
ele pode conquistar o objetivo de ganhar uma corrida, apesar
das dificuldades.
4.

4
Comece pelo final. É uma boa ideia pensar primeiro em um final
interessante para a história e desenvolvê-la de trás para frente.
Muitas vezes, o encerramento é a parte mais difícil, então é
melhor começar com isso. Depois, vai ser muito mais fácil
escrever o resto.[16]
 Por exemplo, talvez você tenha imaginado o Leopardo Rosado
na frente de um espelho, sorrindo para as manchinhas rosadas
que ele tem no corpo. Depois, é só voltar e pensar nos eventos
que o levaram a aceitar a própria aparência.
Método 4
Utilizando táticas diferentes de brainstorm
1.

1
Rabisque em um sketchbook. Como vai criar um livro visual, é
uma boa ideia usar um sketchbook na hora do brainstorm. Sente
com seu caderninho e planeje as ilustrações do livro conforme
escreve os textos.
 Se não é um ilustrador talentoso, faça desenhos simples do que
gostaria em cada página do livro. Depois vai ser mais fácil
contratar um profissional de ilustração e explicar para ele o que
você planejou. Assim, seu livro ficará do jeito que você quer,
com uma aparência bem profissional.
2.

2
Use ferramentas digitais. Use e abuse da tecnologia para
ilustrar o seu livro através do computador. Use alguns
softwares para criar as ilustrações e testar diferentes estilos
para o seu livro.
 É uma boa ideia aprender a usar programas como
Adobe Illustrator ou Photoshop.
3.

3
Grave-se falando sobre sua ideia. Um bom jeito de manter um
registro das ideias que teve para o livro é usar um gravador de
áudio (seja um radinho ou um aplicativo no seu celular) para
discutir conceitos e temas. Leve o aparelho consigo o tempo
inteiro e grave assim que tiver uma ideia. Depois, sente-se e
ouça os áudios para pensar em como explorá-los.

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