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SUPERVISÃO ESCOLAR

As transformações ocorridas nos processos sociais e culturais exigem da


escola uma reforma quase que em sua totalidade. Os velhos paradigmas
educacionais, com currículos estritamente disciplinares revelam-se cada vez
menos adequados, refletindo no aprendizado e no próprio convívio. A
transformação de qualidade que se procura promover na formação do
educando irá conviver com outras modificações, quantitativas e qualitativas,
que precisam ser consideradas e compreendidas.

A ampliação do número de alunos matriculados revela que há uma emergência


em se estruturar a educação brasileira para o fortalecimento de uma escola de
qualidade. Para tal é necessário considerar que a qualidade educativa da
escola como instituição dedicada à instrução dos cidadãos não pode ser
entendida à margem da qualidade de vida que governa ou administra a
sociedade política. Dessa forma, confirma-se que o educador precisa ser
educado.

A necessidade de novas perspectivas educacionais faz do saber do supervisor


uma oportunidade de reversão de tal quadro a favor dos educandos, de modo a
superar a resistência, a teimosa diferença e distância entre o falar do discurso
teórico e as circunstâncias concretas do saber. O supervisor pode ser o sujeito
chave no processo de mudança, ocupando lugar importantíssimo no cenário
educativo.

Conforme o contexto histórico da educação, o supervisor fica a margem de


uma dualidade, ou serve ao estado, cumprindo o papel hierárquico que lhe é
imposto ou sua prática será em benefício dos educadores e educandos,
promovendo a superação de cunho autoritário, se envolvendo cada vez mais
na promoção dos atores no contexto educacional.

Tal profissional deve ter múltiplos olhares, ser capaz de perceber as intenções
implícitas do sistema escolar. Segundo Alonso (2006, p. 168), a figura do
supervisor desponta como o elemento de intermediação associada à ideias de
mudança, entendida, algumas vezes, como mera aplicação de “novas
propostas” curriculares amplamente divulgadas pelos órgãos oficiais”.

Há de se conhecer em que realidade está inserida a escola, quem são seus


alunos, professores, pais, administradores e suas características
socioeconômicas e culturais. Partindo desse ponto, a prática pedagógica
tenderá ser mais significativa. Nessa lógica, Alonso (2006, p. 169), contribui na
proposição que a escola e seus responsáveis devem conhecer as expectativas
e necessidades dos 7 alunos, para definir prioridades de formação e construir
um projeto-pedagógico coerente e realista.

Compreender o contexto histórico na qual está inserido o supervisor e


identificar as reais necessidades apresentadas socialmente, auxilia na
compreensão do supervisor como centro de mudança da prática pedagógica.
Só um profissional engajado com a causa alheia poderá atuar como mediador
não mais de subordinação e aceitação irrestrita à autoridade, mas de intérprete
da realidade escolar e de suas necessidades.

Citações:

ALONSO, Myrtes. A supervisão e o desenvolvimento profissional do professor.


In: FERREIRA, Naura Syria Carapeto (Org.) et al., Supervisão educacional
para uma escola de qualidade. 5. ed. São Paulo: cortez, 2006.

Fonte:

https://www.partes.com.br/2011/09/05/supervisao-escolar-um-olhar-para-o-contexto-
historico-brasileiro/

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