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16/09/2023

Engenharia de Materiais

Revestimentos

Aspersão térmica (Macro)

Aspersão Térmica
Nesse processo materiais metálicos ou não metálicos,
pulverizados na forma fundida ou semifundida, são
arremessados contra uma superfície previamente
preparada.

Esquema do processo

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No processo usa-se uma pistola de aspersão.O material na


forma de pó, fio ou vareta é aquecido até o ponto de fusão e
suas partículas são projetadas, por meio de ar comprimido,
contra a superfície do substrato, aderem por impacto e
resfriam, transformando-se no revestimento.

O material na forma de pó, arame ou vareta pode ser:


aço carbono, aço ligado, aço inoxidável, bronze, latão,
cobre, zinco, alumínio, metal patente, ligas especiais,
cerâmicas, carbetos, cermets, etc.
A fusão dos materiais ocorre por meio da queima de gases ou
arco elétrico.

As velocidades envolvidas, entre 80 e 1000 m/s, variam em


função do processo e do material empregado.

Basicamente qualquer material pode ser depositado por


processo de aspersão térmica, entretanto destacam-se três
famílias de materiais: cerâmicos, carbetos e metais.

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A camada microporosa de estrutura lamelar é formada por


uma mistura do material propriamente dito, seus óxidos e
vazios, com porosidades que variam de 5 a 15 %.

Vantagens
Possibilidade de aplicar o revestimento sobre peças de
qualquer dimensão.

Por se tratar de revestimento aplicado a baixa temperatura,


não provoca alterações na estrutura do substrato.

Muitos revestimentos têm poros microscópicos que atuam


como reservatório de lubrificante.

O custo deste método é muito competitivo comparado a outro


método de proteção à superfície.

Os revestimentos de superfície propiciam aplicações de


acordo com os tipos de mecanismos de desgaste (abrasão,
adesão, erosão e corrosão).

Aplicação em campo

Em manutenção, milhões de dólares são economizados com


o uso da aspersão térmica, tanto em oficina como no campo,
no revestimento de estruturas e partes de equipamentos, com
economia de tempo e recursos.

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Aplicações na recuperação de peças e superfícies

Métodos para promoção da aderência


O aumento da rugosidade se faz necessário para melhorar a
ligação mecânica entre o revestimento e o substrato.

Jateamento: A rugosidade pode ser conseguido por


jateamento com areia ou granalha de aço, sendo a última
mais apropriada a substratos ferrosos.

Usinagem: para superfícies mais duras onde não se aplica o


jateamento, recomenda-se que a peça seja usinada com
entalhes ou canais. Em média 10 entalhes/cm, h = 0,5mm.

Aplicação de camadas intermediárias: também pode ser


recomendada para promover a aderência dos depósitos.

A aderência é um requisito Superfície


fundamental para um bom
revestimento, pois de nada
adianta ter um revestimento de
boa qualidade, com espessura
de camada adequada, livre de
porosidade e não ser aderente
ao substrato.

É da aderência entre a
camada e o substrato e da
coesão das partículas
depositadas que depende a
resistência mecânica do
revestimento.

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As lamelas do revestimento ancoram-se mecanicamente à


rugosidade da superfície do substrato devido a solidificação
das partículas impondo uma força de contração.

Aspersão Térmica a Chama

Utiliza a energia térmica


proveniente da queima do acetileno
ou propano com oxigênio para
aspergir camadas de aço
resistentes ao calor, metais
refratários, aços carbono e metais
de baixo ponto de fusão.

Arames e varetas
O material a ser aspergido é inserido por roletes alimentadores
na parte posterior da tocha. O acetileno é o gás mais
largamente usado por sua maior temperatura de chama. A
chama é usada para fundir o material e um jato de ar
comprimido pulveriza e acelera as partículas em direção ao
substrato.

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Material na forma granulada


As tochas são em geral mais leves e compactas. Devido às
menores temperaturas e velocidades alcançadas pelas
partículas, resulta em revestimentos com menor resistência
adesiva ao substrato e entre as lamelas, e maior porosidade
quando comparado a outros processos.

Processos elétricos

A fonte de calor é um arco elétrico obtido no bico da pistola


por dois arames, criam um arco elétrico, fundindo o material.

Obtém-se maiores temperaturas que no processo por


combustão, resultando em propriedades mecânicas
superiores.

Vantagens: economia, pois reduz tempo de aplicação e


utiliza energia elétrica e não gases (oxigênio e
acetileno).

Aspersão Térmica a Arco

Emprega a energia térmica proveniente do arco elétrico.

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Aspersão Térmica a Plasma

A eletricidade é a fonte para gerar altíssimas temperaturas, e


aspergir camadas de materiais refratários e cerâmicos.

Arco Plasma

Neste processo um gás ou mistura de gases passa através


de um arco elétrico de alta corrente.
Temperaturas suficientemente altas ionizam o gás, e as
colisões entre os íons e elétrons geram energia radiante.
Em geral, nitrogênio ou argônio são usados como gás de
plasma.
Aplicado a peças com condições de uso mais severas,
como turbinas e motores de foguetes, utiliza-se como
revestimento principalmente materiais oxi-cerâmicos.

Vantagens: Produz depósitos mais densos, menos porosos


e mais aderentes.

HVOF (high velocity oxy-fuel)

Utiliza-se equipamento que trabalha a alta pressão de gases


atingindo velocidades supersônicas até 5 vezes a velocidade
do som, permitindo uma camada densa e compacta de ligas
metálicas. A característica principal desse processo é a não
formação de óxidos. Porosidade inferior a 5%.

Aplicações: usado em peças que necessitam de resistência


ao desgaste e proteção a corrosão com camadas isentas de
porosidade, é largamente empregado na indústria
aeronáutica, aero-espacial e petroquímica.

Alto custo. Em função das leis ambientais, são muito usados


em substituição ao cromo duro.

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Aspersão Térmica Hipersônica


Produz altíssimas pressões e velocidades até três vezes
maiores que a velocidade do som para criar camadas de
carbonetos metálicos extremamente duras.

Aspersão Térmica Hipersônica

Comparação de características entre os processos

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