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Especialização em Terapia

Cognitivo-Comportamental
TCC aplicada a Transtornos Alimentares

Jaylson Dantas
Neuropsicólogo e Psicoterapeuta
Transtornos Alimentares:
• São causadores de comorbidades físicas e psicossociais
consideráveis entre meninas adolescentes e mulheres
adultas, bem menos comum entre homens;

• Início na adolescência e pode ter percurso crônico;

• Efeito: psicológico, físico e social.


Transtornos Alimentares:
• O núcleo psicopatológico dos transtornos alimentares:

Supervalorização da forma corporal e do peso:

Natureza cognitiva

Fairburn; Cognitive Behavioral Therapy for Eating Disorders.


Psychiatr Clin North Am. 2010; September; 33(3): 611-627
Transtornos Alimentares:

Os TA apresentam-se como uma das mais fortes


indicações para a Terapia Cognitivo Comportamental
(TCC).
• Quase metade das pessoas com transtornos
alimentares graves não correspondem bem aos
atuais critérios diagnósticos e são jogadas na
categoria não especificada. Além disso, são
trocadas de uma categoria a outra.

• Fairburn e colaboradores criaram uma teoria e um


protocolo de tratamento transdiagnóstico,
unificados que são aplicáveis a todos os
transtornos diagnósticos.
Transtornos alimentares

PRONUTRA, 2010
O problema central que demanda a
intervenção não é necessariamente fazer
dieta, comer compulsivamente ou purgar, e
sim as atitudes e crenças anormais reforçadas
culturalmente com relação a forma e ao
peso.
O Ciclo Bulímico:
Culpabilidade (Dirigida ao corpo e
a alimentação) Ansiedade / Raiva

Comportamentos compensatórios (Vômitos,


Restrição, Laxante, Exercícios)
Ingestão /
Compulsão

Culpabilidade
(Dirigida ao corpo e
a alimentação) Sensação de bem
estar muito
transitória
Autoavaliação
• A Anorexia Nervosa, a Bulimia
Nervosa e os TASOE têm em comum
uma “psicopatologia central”, que é a
mesma em Homens, Mulheres,
adultos, adolescentes:

• Superestimação do Peso e da forma


corporal e sua capacidade de
controlá-los.

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Autoavaliação
Família
Outros

Esporte Música

Trabalho
Amigos

Peso

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Insatisfação Corporal Superestimação do peso/ Forma

Não gostar de características da Isso pode resultar na perda de


aparência física peso – não especificado

Desconforto Normativo Grande medo de ganhar peso ou


ficar gordo

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Características Clínicas:
• Grande parte das pessoas tende a
avaliar seus relacionamentos,
desempenhos profissionais ou
esportivo.

• No TA as pessoas julgam grande


parte de seu valor ao aspecto físico e
a capacidade de controlá-lo.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Características Clínicas:
• Os pacientes com TA tendem a constantemente
examinar o corpo várias vezes ao dia, sempre
acentuando as partes que não gostam ou até
mesmo superestimando o tamanho.

• Também podem possuir uma tendência a evitar


ver o próprio corpo, pressupondo a aparência
de gordo.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Características Clínicas:
• Hábito de se pesar várias vezes ao dia,
tendendo a se preocupar com flutuações
comuns e cotidianas do peso.

• Também podem possuir uma tendência a


evitar ver o próprio corpo, achando que estão
com aparência de gordo.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Tratamento
Multidisciplinar

Mudança de foco

Reposição de peso

Psicoterapias

Psicofarmacologia

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


TCC aplicada a Transtornos Alimentares
TCC – Terapia
Cognitivo- Comportamental
• Programas de TCC com base em manuais foram desenvolvidos para:
Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa e modificadas para TCAP
( transtorno de compulsão alimentar periódica )

• O foco cognitivo:
- Preocupação com a forma e peso
- Proposta de atitudes alternativas mais saudáveis em relação à comida,
peso, forma e imagem corporal

• O foco comportamental:
- Testes ao longo da terapia visam ajudar o paciente a se desfazer das
crenças disfuncionais, confirmando ao longo do tempo novas crenças e
funcionais.

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TCC – Objetivo
• Tratar sintomas comportamentais
- Ataques bulímicos
- Métodos Compensatórios

• Promover a substituição do padrão da restrição alimentar

• Explorar e modificar pensamentos disfuncionais


- Vivência de sentimentos relacionados ao peso e a forma do corpo
- Possível perfeccionismo
- Pensamento Dicotômico

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Perspectiva transdiagnóstica
Através do DSM-IV e DSM-5: categoriza a bulimia e a anorexia como formas
bem distintas de patologias.

Há uma tendência de migração dos pacientes entre os transtornos com o


tempo.

Os TAs possuem características semelhantes.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Bulimia Anorexia
Expressa compulsão por Destaca-se pela obsessão do
comer, tendem a gerar próprio peso e por aquilo que
estratégias para evitar o ganho come.
de peso: através de vômitos, Forte tentativa de manter-se
incluindo excesso de exercício abaixo do peso normal, uso de
físico ou mantendo-se em exercícios físicos frequentes,
jejum. jejum, dietas.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


A Teoria da TCC
de Manutenção dos
Transtornos alimentares.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Bulimia Nervosa:
• A TCC-BN se preocupa com os processos que
mantêm a Bulimia nervosa ao invés dos
responsáveis (crenças) por seu desenvolvimento;

• Há um esquema disfuncional de
autodesvalorização: fazendo com que o paciente
se julgue apenas em torno do peso, forma e a
capacidade de controla-los.

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l–
e n tra e
C so
Bulimia i c o
o l o gia o pe
pat ação a
Ps ertim form
d
Anorexia
sup
Nervosa Nervosa

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Pensamento automático

Público

• “Tenho medo de
Mulheres e Superestimação Perder peso e ficar gordo...”
homens – da forma e do não um peso • “Não consigo nem
adolescentes e peso específico.
adultos controlar meu
peso...”

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Bulimia Nervosa:
• A compulsão alimentar é a única
característica que não é uma
expressão direta da psicopatologia
central. • A compulsão ocorre com mais
frequência diante de
• Adotam regras extremas ao corpo e dificuldades: mudanças de
alternativas bem específicas de humor, proporcionando no
como comer; momento, alivio do sofrimento,
ajuda a distrair os pacientes, etc.
• Pequenos deslizes são
interpretados como falta de
autocontrole, tendo por
consequência a compulsão
TCC aplicada a Transtornos Alimentares
Bulimia Nervosa:
• Os pacientes tendem a confiar na purgação
para não ganhar peso, onde começa a
prejudicar o impedimento da compulsão
alimentar

• O vômito retira apenas parte do ganho


energético e laxantes têm menos eficácia na
absorção de energia

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Bulimia Nervosa:
Superestimação da forma do
corpo e peso e do controle

Dietas rígidas; comportamento de


Eventos e mudanças de humor peso não compensatório

Compulsão alimentar

Comportamento compensatório:
vômito, laxante etc

Formulação Cognitivo Comportamental da Buliimia Nervosa.


Fairburn, 2008.
TCC aplicada a Transtornos Alimentares
Anorexia Nervosa:
• Possui semelhança com a TCC-BN

• Diferença principal: equilíbrio relativo ao comer


menos ou mais e o efeito no peso.

• Retração social, ocorre na debilidade, estimulando


a preocupação consigo mesmo e isola o paciente
de influências externas que reduz sua preocupação
de comer.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Anorexia Nervosa:
Superestimação da forma do
corpo e do peso e seu
controle

Preocupação com a comida Alimentação rígida;


Restrição Social comportamento de controle
de peso não compensatório

Característica de comer
restritiva e baixo peso.

Formulação Cognitivo Comportamental da Anorexia Nervosa.


Fairburn, 2008.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


TCC Aplicada – TCC-A
• A TCC – A é utilizada em uma série de estratégias e
procedimentos para ampliar a aderência ao
tratamento e resultados, possui módulos que
abordam obstáculos à mudança como:

• Intolerância de humor
• Perfeccionismo
• Baixa Autoestima
• Dificuldades iterpessoais

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Bulimia Nervosa:
Superestimação da forma do corpo e
peso e do controle

Eventos e mudanças de humor Alimentação rígida; comportamento de


controle de peso não compensatório

Compulsão Característica de Comer restritivo e baixo


alimentar peso.

Comportamento compensatório: vômito,


laxante etc

Formulação Cognitivo Comportamental da Buliimia Nervosa.


Fairburn, 2008.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


TCC Aplicada – TCC-A
• Dispõe de duas formas de TCC-A

• Forma dirigida - concentra-se na psicopatologia


dos Transtornos Alimentares

• Forma ampla – Também aborda 4 obstáculos


externos à mudança

• Duas durações da TCC-A

• 20 semanas – IMC maior que 17,5


• 40 semanas – IMC menor que 17,5

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Avaliação do Paciente e
preparando - o para o tratamento
• Entrevista de Avaliação
- Vergonha
- Experiências com tratamentos prévios

• Debater com o paciente a postura que ele toma


frente ao transtorno alimentar
• Opinião especializada e opções de tratamento
• Oferecer espaço para perguntar

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Avaliação do Paciente e preparando
o para o tratamento
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• Estabelecer um diagnóstico • Convidar outras pessoas à
frente ao transtorno consulta;
alimentar; • Desejo do paciente
• Deixá-lo no controle do
• Diagnósticos diferenciais processo da avaliação.
• Fobia Social
• Condutas alimentares
Etc.

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Distorções
Cognitivas
LEITURA MENTAL PREVISÃO DO FUTURO CATASTROFIZAÇÃO ROTULAÇÃO
Achar o que sabe o que os outros pensam, sem ter Fazer previsões somente Acreditar que um Atribuir traços negativos que
evidências. negativas do futuro acontecimento é terrível e englobam a pessoa
insuportável completamente

DESQUALIFICAÇÃO DO POSITIVO FILTRO NEGATIVO GENERALIZAÇÃO PENSAMENTO DICOTÔMICO


Menosprezar aspectos positivos de si ou dos Enxergar somente a faceta Padrão global negativo Avaliar fatos e pessoas em
outros. negativa da pessoa ou baseado em um único evento termos tudo-ou-nada
situação

“DEVERIA” PERSONALIZAÇÃO CULPABILIZAR COMPARAÇÕES INJUSTAS


Enfatizar como as coisas deveriam ser em vez de Atribuir somente a si a culpa Considerar apenas o outro Estabelecer padrões irreais,
perceber o que são por fatos negativos como fonte de suas emoções comparando-se com níveis
negativas superiores

LAMENTAÇÃO E SE? INCAPACIDADE DE REFURTAR JULGAMENTO


Enfatizar exageradamente o que poderia ser feito Faz mil conjecturas “se isso ou Negar evidências que Avaliar tudo em termos de
ao invés do que pode fazer agora aquilo acontecer” e nunca se contradizem os pensamentos bom-mau ou superior-inferior
der por satisfeito e seguro negativos exagerando os julgamentos

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Distorções Cognitivas
Comuns nos TA.
Generalização Catastrofização Pensamento
Dicotômico

- Eu como muito, nunca consigo controlar o


- Engordei: nunca vou parar de engordar
que como.

Ou eu me controlo completamente, ou fico


totalmente descontrolado e continuo
comendo.
Perdi o controle, tudo que consegui até agora
- Comi um biscoito, não consigo me controlar.
foi por água abaixo

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Distorções Cognitivas
Comuns nos TA.
Minimização Leitura do
pensamento
- Até consegui não comer fritura no almoço 3
dias, mas preciso conseguir ficar sem comer Aquela senhora deve estar me olhando e
fritura o mês todo. pensando o quanto sou gordo

De que adianta não comer se vou comer fritura


no aniversário? - Todos dizem que sou linda magra.

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Desafios:
1. Atitudes disfuncionais relacionadas ao transtorno alimentar
2. Preocupação excessiva com forma e peso
3. Perfeccionismo
4. Pensamento dicotômico

- Se ganhar peso, ficarei gordo e muito feio e ninguém


irá me amar
- Parar vencer na vida, só as pessoas magras
conseguem.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Protocolo de tratamento

Foram organizados em 4 estágios todos eles compreendendo a


necessidade do paciente, focado no Transtorno Alimentar.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Protocolo de tratamento
Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4

• Anamnese • Avaliar • Abordar os • Foco no


• Engajar o avanços mecanismos Futuro
paciente • Localizar centrais que • Garantir
• Formular dificuldades mantem o mudanças
processo de • Rever T.A. realizadas
manutenção formulação • 1x semana • Riscos e
• 2x na • Planejar • 8 semanas Recaídas
semana próximo • 8sessões • 1x semana
• 4 semanas estágio • 6 semanas
• 8 sessões • 1x semana • 3 sessões
• 2 semana
• 2 sessões

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 1

• Inicial e intensivo

• Necessário engajar o paciente no tratamento e a perspectiva de


mudança
• Ambivalência
• Aspectos que querem e que não querem modificar
• Medos e angustias
• Momento em que o terapeuta também está sendo avaliado.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 1

• O terapeuta:
- Engajador e empático
- Psicoeducar o paciente a respeito do TA e tratamentos que podem
ser necessários: Nome, estilo do tratamento, número de sessões e
frequências.

- Transmitir compreensão do TA, avaliação e tratamento.


- Buscar envolver o paciente no processo de autoavaliação e criação
da formulação

- Procurar deixar o paciente esperançoso

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 1

• Sempre apontar quando podem avançar de fase


• Abordar as dificuldades (não esquecê-las)

• Dúvidas do paciente, não entendimentos etc.

• Criar conjuntamente a Formulação


• Isso auxilia ao paciente compreender o TA.

• Um guia para metas de tratamento.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 1

- Conceituar com o paciente:

• Como ele desenvolveu o TA?


• Quais os eventos na vida, experiências relevantes?
• Crenças básicas sobre si mesmo, mundo e os outros? ( Ideia de
futuro pode estar atrelada ao medo de lidar com algum
sentimento)
• Crenças intermediárias?
• Estratégias compensatórias?

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


TCC aplicada a Transtornos Alimentares
FASE 1

- Conceituar com o paciente: sempre averiguando se sua hipótese


está correta!

• Pensamentos automáticos, que ideia de autoimagem e


comportamentos ajudam a manter o TA?
• Como as crenças em desenvolvimento interagem com a
realidade e reforçam seu TA?
• O que ocorre na vida do paciente e como ele percebe isso?

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Crença Central
“Eu sou incompetente”

Crença intermediária (Regra)


“Se eu não entendo algo perfeitamente,
então sou burro”
Reações

Emocional
Pensamento Automático Tristeza
Situação
“Isso é difícil demais” Comportamento
Assistir aula do curso Ir embora
“Eu jamais entenderei
isso” Jaylson Dantas Uchôa
Psicólogo Clínico
Fisiológica
Neuropsicologia e Psicoterapia
Sudorese
CRP 11/08943
@neuropsijaylsondantas
Modelo Cognitivo

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Sou gorda e feia

Se eu sair da dieta tudo vai por


água abaixo!

Compulsão
Alimentar
“Comi bastante, não
consigo seguir essa dieta” Frustração
Comer algo -
proibido
“Já era, ganhei peso e não Vômito
vou deixar de engordar”
Tontura
Modelo Cognitivo

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


TCC aplicada a Transtornos Alimentares
FASE 1

• Após a formulação é observado junto ao paciente


- Mudar não apenas o que gostaria – Compulsão Alimentar
- Mas os ciclos viciosos – mantenedores do TA.

- Abordar as inúmeras formas de dieta;


- Abordar a capacidade de lidar com a frustração;
- Preocupação: peso e forma do corpo
- Destacar que: não trabalhando isso, favorece a recaída

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 1

Automonitoramento:

- Identificar o que ocorre no dia a dia


Elaborar formas de mudanças

- Auxiliar a mudança através da consciência do que está fazendo,


pensando e sentindo no momento exato do evento.

- Possibilidade de mudança dos pensamentos e comportamentos


automáticos.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 1

1. Inicialmente, ênfase nos hábitos alimentares;


2. Exemplo de possibilidades;
3. Revisar sempre os registros da primeira sessão juntos;
4. 10 minutos para análise dos registros e trabalhar próximos
objetivos da agenda

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Diário Alimentar

RESTRIÇÃO?
PENSAMENTO
DATA HORÁRIO LUGAR ALIMENTO COMPULSÃO? SENTIMENTO
AUTOMÁTICO
VÔMITO?

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Diário Alimentar
RESTRIÇÃO?
Quantidade que PENSAMENTO
DATA HORÁRIO O que comeu? Com quem? COMPULSÃO? SENTIMENTO
comeu? AUTOMÁTICO
VÔMITO?

04/08/09 7:45 Bolo / macã / café Fatia fina sozinho Nada Nada Fome

10:00 Barrinha de Cereal 1 inteira Colegas Nenhum Estou comendo ?


novamente!

11:50 Arroz, feijão, ½ concha / 1 concha/ Colegas Não Nenhum raiva, Culpa
salada, frango 3 colheres / 1 filé de
peito

05/08/09 7:00 Café / iogurte / 1 fatia / 1 copo / 1 Sozinho Não Estou conseguindo! Alegria
mamão fatia

13:00 Churrasco 6 pedaços Colegas Exercício Físico Raiva

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


O monitoramento alimentar
Deve ser detalhado tudo que ocorre, incluindo os quadros os binges
(compulsões alimentares)

Sempre procurar registrar no ato ou logo após da refeição e não ao


fim do dia!

• Trabalho conjunto ao paciente durante a sessão com auxilio das


fichas:
- Gatilhos dos episódios bulímicos
- Sentimentos associados

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Pós monitoramento:
• Auxiliar o paciente no plano alimentar.

Determinar momentos que irão comer e o que não irão comer.


Evitar sempre as metas irreais.
Resistir a pressão de compensar episódios de compulsão ou
refeições principais – pulando as refeições.

Sempre atentando ao pensamento do paciente: Medo de engordar.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Pós monitoramento:
• Propor técnicas usadas para prevenir compulsões e vômitos.

- Conversar com alguém


- Planejamento prévio ( O que fazer ao fim da refeição)
- Listar atividades recorrentes: Banho, relaxamento, etc.

• Destacar durante a sessão sentimentos afetivos negativos;


• Sentimento de ansiedade;
• Gradativamente introduzir exercícios.

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FASE 1

• Pesagem Semanal.

- Junto a esse evento o terapeuta se atenta as resistências do


paciente:
- Possível ansiedade devido a mudança do hábito alimentar;
- Interpretar o peso;
- Abordar as verificações do corpo;

- Elaborar junto ao paciente, um gráfico de peso, sempre


analisando uma variação mensal
- Os paciente não devem se pesar do consultórios, caso ocorra,
anotar

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FASE 1

• Pesagem Semanal.

Informar ao paciente seu IMC e o significado deste.


Sempre estimular que não tenham um peso ideal, mas sempre uma
margem de ±3kg – devido a variação.

Os pacientes devem estar cientes que o objetivo do tratamento não


é perder peso, mas sim o controle do que comem.

Alguns podem engordar ou emagrecer

Efeitos das medicações

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FASE 1

• Hábitos Alimentares Regulares;

• Pacientes com compulsão, há uma redução no quadro dos


vômitos;

• Pacientes com alimentação restrita, há uma tendência de evitar


a “alimentação retardada”, ou seja, postergar comer durante o
longo do dia;

• Pacientes abaixo do peso: introduzir refeições e lanches


regulares;

• Na 3ª sessão – podemos começar a propor a regularidade.

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FASE 1

• Propor a mudança do que comem;

• 03 refeições e 02 lanches;

• Limita as alimentações a estas refeições.

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Eliminar Dietas

• Comer Regularmente:
• Qualidade das refeições
• Alimentos “Proibidos” são incorporados e não substituídos;
• Foco no que e como os pacientes comem;
• Desfazer expectativas disfuncionais e ampliar a autoestima;
• Quantidades “normais”;
• Qualidade da comida.

• Experiência de comer em outras circunstâncias: Locais, público,


alimentos que não podem controlar.

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FASE 2

• Objetivo:
- Análise dos avanços;
- Revisar a “formulação”;
- Preparar o estágio 3

• Averiguar a quantidade de mudança nas primeiras semanas;


• Buscar avaliar os resultados limitados.

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FASE 2

• Objetivo:
- Analisar os registro de monitoramento;
- Analisar o cumprimento das tarefas;

• Sempre estar atento quanto a avaliação do paciente, se


corresponde a algum aspecto negativo e auxiliar na
percepção do que mudou e não mudou.

• Rever a formulação - RPD

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FASE 3

• Foco no mecanismo que sustenta o Transtorno Alimentar do


paciente específico.

• Superestimação da forma e do peso.

• Restrição alimentar – promover enfrentamento aos alimentos


restritos.

• Episódios Residuais de compulsão alimentar;

• Comer menos do que o necessário e estar abaixo do peso.

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Se não
Dialogar houver
Identificar o Testa-se a
Situação sobre efeito,
problema solução
soluções testar outra
solução

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FASE 3

• Abordar a Superestimação da forma e do peso.


• Julgamento de si mesmo em termos da forma e do peso e da
capacidade de controla-lo.

• Cinco elementos principais:


• Identificar a superestimação e sua consequência;
• Desenvolver formas de auto avaliação que estejam
marginalizados;
• Abordar a verificação e evitação do corpo;
• Sentir-se gordo;
• Origens da superestimação.

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FASE 3

• Identificar a superestimação e as consequências.


• Discutir com o mesmo o esquema de autoavaliação;
• Lista de áreas importantes para o paciente;
• Desenhar gráfico do paciente;
• Refletir sobre implicações do seu gráfico-pizza;

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Autoavaliação
Família
Outros

Esporte Religião

Trabalho
Amigos

Peso

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TCC aplicada a Transtornos Alimentares
TCC aplicada a Transtornos Alimentares
FASE 3

• Em conjunto com o paciente:


• Elaborar plano para abordar as preocupações sobre forma e peso:
• Desenvolver outros domínios para autoavaliação.
• Reduzir a importância atribuída à forma e peso.

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FASE 3

• Envolver em atividades outras da vida.

1. Explicar ao paciente o fundamento de se desenvolver novos


domínios de autoavaliação

2. Identificar novas atividades que possam ser relevantes.


( podendo ser atividades antigas, que deixou)

3. Qual atividade poderia assumir?


- Aqui podendo ser realizado um branstorming junto ao paciente.

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FASE 3

• Envolver em atividades outras da vida.

4. Escolher uma ou duas coisas que possa experimentar de forma


contínua – Envolvendo outras pessoas

5. Finalidade de garantir a adesão da atividade

6. “Revisão” semanal.

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FASE 3

• Abordar a verificação e evitação do corpo

- Muitos pacientes não expõe este quesito por acreditarem ser


normal. Natural sempre perguntar.

- Deve ser abortado, podendo manter insatisfaço do corpo e


aparência.

- A evitação do corpo faz com que a preocupação com forma e


aparência persistam, mesmo na ausência de informações reais.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

• Abordar a verificação e evitação do corpo;

- Os pacientes podem ficar surpresos com o número de vezes que


checam o corpo;

- Dificilmente há um conforto após a verificação do corpo, pois não se


concentram nos aspectos da aparência que não gostam;

- Alívio após a interrupção da verificação

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FASE 3

Algumas com o paciente o que pode ser feito:

1. O que está tentando descobrir?


2. Pode descobrir isso de alguma outra forma?
3. Pode haver efeitos adversos verificando dessa forma?
4. Qual alternativa melhor?
5. Espelhos, vou tentar encarar;
6. Comparando-se com outros.
7. Exposição social
8. Roupas largas

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FASE 3

Sentir-se Gordo

Nas pessoas com transtorno alimentar essa sensação é bem maior.

- Seja qual for a forma e o peso – o sentir-se gordo mantêm a


insatisfação com o corpo.

- O peso tende a variar durante o dia ou de um dia para o outro

- Desconforto com corpo e peso atrelado a outras emoções e


experiências

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Imagem Corporal
FASE 3

1. Determinar se o paciente se sente gordo: isto pode ser um problema

- Pode mascarar sentimentos e sensações que ocorrem ao mesmo


tempo;

- Enquanto a sensação oscila, a forma do corpo muda;

- Tentar localizar que outra coisa pode manter essa sensação de


sentir-se gordo.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

2. Registrar quando tem uma sensação de forma especial


- junto ao diário alimentar

- também o que sentem no momento ( sentimentos associados )

3. Analisar os registros

4. Aprofundar os detalhes nos registros

5. Sentir-se gordo: sentimentos negativos – frustração? Entediado?


Deprimido? Roupa apertada?

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

Fazer o paciente enxergar que o problema esta na interpretação


disfuncional (negativa) e não em si

- O que realmente estou sentindo nesse momento?

A resposta para esta pergunta demora, e é recorrente nas sessões, até o


paciente começar a ter uma resposta para si.
FASE 3

Origem das Superestimação física ou peso

- Como se desenvolveu?

- Qual função no estágio inicial?

- Bullying

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

Restrição Alimentar

- Objetivo é reduzir, ou eliminar totalmente, a forte tendência desses


pacientes de fazer dieta.

- Restrição Alimentar
- É extrema em intensidade e rígida na forma
- Regras alimentares exigentes
- Evitar determinados alimentos
- Contar calorias
- Regras, por exemplo: não comer após determinado horário

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

Destacar ao paciente os efeitos prejudiciais da restrição alimentar

- Causada por preocupações com pensamentos sobre comida e comer:


aversivo
- Limita a forma que os pacientes podem comer: socialmente difícil

- A Restrição alimentar contribui para a compulsão alimentar


- Causa-conseguência
- Pensamento dicotômico:
- Alimentos gatilhos par a compulsão - evitar

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

Destacar ao paciente os efeitos prejudiciais da restrição alimentar

- Causada por preocupações com pensamentos sobre comida e comer:


aversivo
- Limita a forma que os pacientes podem comer: socialmente difícil

- A Restrição alimentar contribui para a compulsão alimentar


- Causa-conseguência
- Pensamento dicotômico:
- Alimentos gatilhos par a compulsão - evitar

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

Identificar as várias regras da dieta.

•Identificar as preocupações do paciente.


•Pode-se fazer experimentos comportamentais, como comer
chocolate.
•Fazer lista de alimentos “proibidos”, “gatilhos”. Introduzir ao pouco.
Quebrar regra.
•Agir em regras que interfiram no comer “socialmente”.
•Alimentação assistida pelo terapeuta.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 3

VERIFICAR AS MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO.

- Podem comer menos ou parar de comer para adquirir sensação de


controle, quando os eventos externos parecem estar fora de controle.

- Influenciar outras pessoas – contestação, mostrar sentimentos etc.


- Comer em excesso pode ser uma forma de presente a si mesmo.
- Compulsão alimentar pode distrair a pessoa

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


Identificar
exemplo Analisar Gerar
Testar
recente de sequencia do possíveis Soluções
alternativas
mudança na evento: S / P / C alternativas
alimentação

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 4

Recaída – Ocorre em graus e pode começar como pequeno deslize e


crescer progressivamente

O retorno da restrição alimentar não é observado, porém a volta da


compulsão é um sinal de fracasso ao paciente.

A passividade pode ser um grande risco de volta ao transtorno


alimentar.

TCC aplicada a Transtornos Alimentares


FASE 4

Características do risco a recaída

1. Aspectos Residuais: preocupação com a forma, restrição alimentar,


estar abaixo do peso.

2. Eventos relacionados a forma: se comparar com os outros.

3. Depressão Clínica.

4. Eventos negativos da vida.

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FASE 4

Minimizar riscos de recaída:

- Orientar os pacientes sobre os riscos possíveis a recaída.


- Gatilhos comuns.
- Sempre orientar a possível detecção precoce da recaída e gatilhos.

Desafio Cognitivo

• Prevenção de recaídas;
• Lista de estratégias para momentos de piora;
• Nem todo lapso se transforma em uma recaída;
• Nunca é um retorno ao começo.

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FASE 4

Consulta de revisão com 20 semanas de finalização.

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OBRIGADO!
Jaylson Dantas
Psicólogo Clínico

Neuropsicologia e Psicoterapia
@neuropsijaylsondantas
CRP 11/08943

(85) 9.9800-0210 | jaylsondt@gmail.com

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