MATHEUS GOMES SERRANO RODRIGO MORAIS TEOTÔNIO LUZ VICTOR FRANÇA ALVES
A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO, A MORAL E A ÉTICA
CAMPINA GRANDE – PARAÍBA
2023 INTRODUÇÃO
O presente trabalho acadêmico tem como objetivo investigar os conceitos de
“Direito”, “Moral” e “Ética”, relacionando-os à luz dos conteúdos estudados na disciplina de Ética Geral e Jurídica e, majoritariamente, com base no artigo científico “MORAL, ÉTICA E DIREITO: LUKÁCS E A TEORIA DO DIREITO”, do professor universitário e jurista Vitor Bartoletti Sartori. Para isso, serão abordados, individualmente, cada um dos elementos da relação proposta no título – isto é, o Direito, a Moral e a Ética – a fim de que, com base na produção intelectual de Sartori – a qual, por sua vez, também será contextualizada neste texto – seja possível responder à seguinte pergunta: qual a relação entre o Direito, a Moral e a Ética?
O DIREITO
Texto sobre o Direito
A MORAL
Texto sobre a moral
A ÉTICA
Texto sobre a ética
“MORAL, ÉTICA E DIREITO: LUKÁCS E A TEORIA DO DIREITO”
No artigo científico em questão, Vitor Bartoletti Sartori procura compreender os
delineamentos gerais da relação entre moral, ética e Direito. Para isso, o autor utiliza, como base para seu estudo, os conceitos idealizados por György Lukács, evidenciando como o filósofo húngaro entende a especificidade da esfera jurídica, ao mesmo tempo em que não deixa de relacioná-la com outros complexos do ser social. Ademais, confronta as propostas deste com o teorizado por doutrinadores liberais, a exemplo de Ronald Dworkin, e pensadores marxistas, como Evgeny Pachukanis. Inicialmente, Sartori observa que a “Ciência do Direito” é extremamente recente, datando do século XIX. Nessa perspectiva, Lukács é revolucionário em suas obras “Estética” e “Ontologia do Ser Social” ao defender que o estudo do Direito, da moral e da ética só faz sentido na medida em que se considera que tais áreas são partes da reprodução de um complexo social total – compreender suas diferenças, portanto, é imprescindível para que não haja um entendimento superficial do mesmo, enfatizando não só a individualidade de cada esfera como também as implicâncias destas teorizações para a prática político-social. O autor soviético marxista Evgeny Pachukanis, no entanto, contraria Lukács ao propagar a indistinção de dois conceitos que, para este, devem ser seriamente separados: ética e moral. Enquanto para este, a moral é uma posição individual e a ética traz consigo um sistema das práticas humanas, aquele defende a “ética kantiana” como pressuposto para a ética geral, unificando ambos os termos. Para Lukács, ao se equiparar a moral à ética, corre-se o risco desconsiderar mediações essenciais que simultaneamente entram em contradição na concepção da sociabilidade – isto é, o que é certo para cada um e o que é certo para todos. Nesse viés, o jurista húngaro acaba por focar, em suas teorias, no ideal ético, criticando a compreensão moralista como premissa adequada para responder ao que se deve fazer em cada situação na medida em que a mesma seria consequência direta da ação da classe burguesa. Esta, por sua vez, utilizaria do ideal moralista para maquiar os antagonismos existentes, mantendo um padrão de comportamento social esperado e agradável para si e, consequentemente, anulando o potencial revolucionário da luta de classes. Portanto, é contrário ao liberalismo e, portanto, divergente neste aspecto de teóricos como Ronald Dworkin. Ademais, também critica o Positivismo Jurídico protagonizado por Hans Kelsen, julgando-o como uma forma de manipulação de contradições para que, destas, surja um sistema unitário capaz de regular inúmeros acontecimentos incompatíveis de uma mesma sociedade. Logo, conclui que, dentro do agir moral, há uma prioridade das relações socioeconômicas sobre as relações jurídicas, estando estas subjugadas àquelas para garantir que o comportamento da sociedade esteja controlado. A ética, no entanto, não advém do Direito ou da moral, mas da reflexão individual do que é certo, estabelecendo, assim, um conjunto de práticas sociais. Assim, a fim de buscar uma mudança real e efetiva na sociedade, tornar-se-ia necessário estabelecer, com base no agir ético, um novo sistema de práticas sociais desvinculado da predominância socioeconômica capitalista. Logo, nota-se que, para o autor em questão, a situação evidenciada é qualificada pela prioridade ontológica da moral capitalista, a qual, por sua vez, utiliza o sistema jurídico com ênfase em seu aspecto prático e, dessa forma, vem, simultaneamente, a explicitar o Direito como um âmbito que, em meio ao desenvolvimento social da sociedade civil-burguesa, ganha uma tonalidade crescentemente manipulatória.
QUAL A RELAÇÃO ENTRE O DIREITO, A MORAL E A ÉTICA?
MOREIRA - Um Breve Ensaio Sobre A Relação Entre Direito e Moral Na Jurisdição Constitucional Brasileira À Luz Da Obra Medida Por Medida, de William Shakespeare