Você está na página 1de 5

8º Semestre

LEGISLAÇÃO ESPECIAL INTERDISCIPLINAR I


CENTRO UNIVERSITÁRIO DON DOMÊNICO - UNIDON

Julianny Batista Santos RA: 122499

Mônica de Melo Bezerra RA: 24584

Nicolas dos Reis Baptista: 122418

Raphael Baptista Santos RA: 122419

Simone S de Souza RA: 122573


GUARUJÁ - SP

FASE 2 - CASO

João, um garoto de 15 anos apropria-se de uma moto-serra de


propriedade seu pai e, sem seu conhecimento, embrenha-se na mata e,
fazendo uso do equipamento, passa a ceifar a vida de algumas espécies
raras e protegidas da flora brasileira. Seu ato é flagrado e estancado por
agentes da administração pública, que o conduzem ao distrito policial.
Poucos metros antes de chegarem ao destino, a viatura colide num poste,
em função de posteriormente constatado problema de freios; o que trouxe
indignação aos mencionados agentes, visto que tais freios haviam sido
substituídos há menos de 2 meses. Com a colisão, João sofreu danos em
sua integridade física, sendo conduzido ao nosocômio público mais
próximo para avaliação médica. Socorro lhe foi prestado, ficou em
observação na enfermaria e obteve alta horas depois. Ao dirigir-se para
a saída do aparato público de saúde, e em função do elevador não estar
funcionando, desce a escadaria de acesso ao pavimento térreo, ocasião
em que, por falta de sinalização dos serviços de limpeza, escorrega no
piso molhado e novamente se fere, fraturando sua tíbia esquerda. Diante
do ocorrido, é novamente socorrido pela equipe médica que, após
constatar a fratura e sua gravidade, promove a internação do jovem, a fim
de prepará-lo para uma cirurgia ortopédica. A cirurgia é realizada, mas
tempos depois constatasse falha no procedimento, visto que a perna
esquerda do jovem ficou torta. A partir desses inúmeros elementos,
diversos questionamentos serão feitos ao longo do semestre, a fim de
que o aluno identifique relações com os ramos jurídicos abordados no
componente curricular, apresentando justificadas observações.

Resposta:

Na 1ª situação em relação ao direito ambiental, será discutido o ato


de João de ceifar a vida de espécies protegidas da flora brasileira e as
consequências legais desse ato, como as penalidades previstas na legis-
lação ambiental. Crime contra a Flora (Artigo 38 da Lei nº 9.605/1998):
Este artigo estabelece que destruir ou danificar floresta considerada de
preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com in-
fringência das normas de proteção, pode acarretar em pena de detenção
de 1 a 3 anos, além de multa.
Sobre o tema, cite-se artigo da lavra de Claudio Farenzena, o qual
esclarece que os pais não poderão ser responsabilizados criminalmente
pela conduta do menor, salvo a hipótese de terem contribuído ao come-
timento:

Desse modo, os genitores do menor que comete infração


ambiental não podem ser indicados como parte autuada no
lugar daquele, se não descrita qualquer conduta sua, seja
comissiva, seja omissiva, referente à prática de infração
ambiental.

Se há uma solidariedade de responsabilização civil entre o


menor e o seu responsável legal, isso não se confunde com a
solidariedade no cometimento da infração ambiental, segundo
o qual respondem pela infração todos aqueles que, de alguma
forma, concorrem para a sua prática.
Ressalte-se que na hipótese em análise, o pai não teve conheci-
mento da apropriação da motosserra pelo filho.

Portanto, como visto acima, os pais estarão sujeitos à


responsabilização civil, podendo ser chamados a responder eventual
ação civil pública que vise reparar o dano cometido por seu filho, que
responderá por eventual ato infracional.

Na 2ª situação em que a viatura colide com o poste, causando danos


ao patrimônio público, ocasionando crime previsto em uma das leis que
trata sobre o ordenamento urbano e o patrimônio cultural no Brasil que
se refere a Lei Federal nº10.257/2001, conhecida como Estatuto da Ci-
dade. Esta lei estabelece diretrizes gerais da política urbana e define as
condições para o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da
segurança, do bem-estar dos cidadãos e do equilíbrio ambiental. Além
disso, a legislação prevê a proteção e preservação do patrimônio cultural,
histórico e paisagístico das cidades.

Você também pode gostar