Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2020 CAR 2 - Insuficiência Cardíaca e Suas Causas
2020 CAR 2 - Insuficiência Cardíaca e Suas Causas
A) Hiperaldosteronismo.
B) Doença de Addison.
C) Feocromocitoma.
D) Macroadenoma de hipófise.
»
O “combo” hipertensão de difícil controle e hipocalemia deve nos fazer pensar, via de regra,
em hiperaldosteronismo. Na doença de Addison, observar-se-ia hipercalemia – nela, há
queda da reabsorção de sódio no túbulo coletor renal, que acontece em troca de potássio (B
errada). No feocromocitoma, observa-se picos hipertensivos acompanhados de palpitações e
cefaleia (C errada). Macroadenoma de hipófise é causa de hipertensão secundária, a sua
suspeita depende da presença de alterações como galactorreia, amenorreia e outras (D
errada). Resposta: A.
2 - 2020 UNICAMP
Homem, 75a, internado com insuficiência cardíaca. Exame físico: FC= 118 bpm, PA= 96x60
mmHg, T=36,5°C, pulsos cheios; pulmões: estertores crepitantes em bases pulmonares;
membros inferiores: edema +++/+4. O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO INICIAL VISA:
A) Elevar a pressão arterial para evitar a má perfusão de órgãos vitais como rins e fígado.
B) Reduzir a frequência cardíaca para diminuir o consumo de oxigênio no miocárdio.
C) Promover broncodilatação para facilitar o aporte de oxigênio para circulação arterial.
D) Reduzir a pré e a pós carga para melhorar o desempenho do ventrículo esquerdo.
Gabarito: Alternativa D.
A) Atenolol.
B) Anlodipina.
C) Losartan.
D) Enalapril.
4 - 2020 UNICAMP
Gabarito: Alternativa C.
A) estenose mitral.
B) hipertensão pulmonar primária.
C) aneurisma de ventrículo esquerdo.
D) estenose tricúspide.
E) insuficiência aórtica.
A imagem à direita é uma radiografia de tórax em perfil com esôfago contrastado. Foi
administrado o contraste oral (bário) ao paciente, que tornou o esôfago opacificado (branco).
Notamos que no seu terço inferior, ele está sendo "empurrado" pela borda cardíaca posterior
(vermelho). E qual a câmara cardíaca que mantém íntimo contato com o esôfago? O átrio
esquerdo! Concluímos, então, que há sinais radiológicos de hipertrofia do átrio esquerdo, e a
patologia relacionada a isso é a estenose mitral. Resposta: A.
Gabarito: Alternativa D.
A) 10 e 20 mmHg.
B) 10 ou 5 mmHg.
C) 20 ou 10 mmHg.
D) 10 e 10 mmHg.
E) 20 ou 20 mmHg.
Uma mulher de 73 anos de idade, com antecedentes de HAS e dislipidemia, foi levada pela
filha ao serviço de emergência, pois, ao subir rapidamente uma ladeira, apresentou perda
súbita de consciência, ficando desacordada por alguns segundos no chão. A paciente nega
abalos musculares ou liberação esfincteriana durante o episódio e nega ter percebido que ia
“desmaiar”. No momento, encontra‐se totalmente assintomática, consciente e orientada no
tempo e no espaço. Ao exame físico, apresenta apenas um sopro sistólico +3/6 mais bem
audível no segundo espaço intercostal à direita. Realizou, também, o eletroencefalograma
mostrado a seguir. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa correta.
A) Pelos achados do caso clínico, a paciente deve ser investigada ambulatorialmente, pois se
trata de provável síncope.
B) Pelos achados do caso clínico, a paciente deve ser investigada e internada, pois se trata de
provável síncope.
C) Pelos achados do caso clínico, a paciente deve ser investigada e internada, pois se trata de
provável pré‐síncope.
D) Pelos achados do caso clínico, a paciente deve ser investigada e internada, pois se trata de
provável lipotimia.
E) Pelos achados do caso clínico, a paciente deve ser investigada ambulatorialmente, pois se
trata de provável pré‐síncope.
Gabarito: Alternativa B.
A elevação plasmática de BNP e NT-proBNP pode ser desencadeada por várias afecções
clínicas, no entanto, NÃO se espera que ocorra em decorrência de
A) sepse.
B) disfunção de ventrículo esquerdo, assintomática.
C) agudização de DPOC.
D) hipertensão pulmonar.
E) diarréia e hipovolemia.
» O BNP e o NT-proBNP são produtos resultantes da distensão das câmaras cardíacas, sendo
marcadores úteis para auxiliar no diagnóstico de insuficiência cardíaca (IC). Nos quadros de
diarreia e outras causas de hipovolemia ocorre o inverso, já que os volumes intracavitários
encontram-se reduzidos. A agudização do DPOC (alternativa C) também não é uma causa de
elevação desses biomarcadores, uma vez que a sua dosagem é recomendada inclusive para
distinção de descompensação ventilatória associada ao DPOC ou à IC. Por essa razão,
sugerimos a anulação da referida questão.
Mulher 60a, é atendida no domicilio pelo SAMU apresentando intensa falta de ar e tosse com
expectoração clara há 20 minutos. Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sistêmica e
cardiopata em uso losartana, furosemida e AAS. Exame físico: PA= 240x130mmHg; FC=
115bpm; FR= 30irpm; pulmões: estertores crepitantes nas bases e campo médio. Realizada
avaliação primária, suporte ventilatório, posicionamento adequado do paciente e acesso
venoso. A CONDUTA MEDICAMENTOSA A SEGUIR É:
A) alfametildopa.
B) captopril.
C) valsartana.
D) hidroclorotiazida.
E) nifedipina.
Gabarito, letra C.
Você atua como médico de família e comunidade em uma Unidade de Saúde da Família e
atende uma paciente do sexo masculino, de cor branca, com 62 anos de idade e história de
hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2, que vem para uma consulta de rotina
e não apresenta queixas. Ele usa enalapril 20 mg/dia, anlodipino 5 mg/dia, metformina XR 500
mg/dia. No exame físico, você identifica paciente em bom estado geral, pesando 72 Kg, FC =
80 bpm, PA = 126 x 80 mmHg. Ele lhe traz os resultados de exames laboratoriais que você
pediu na última consulta. Glicemia de jejum: 110 mg/dL, HbA1C: 7%, creatinina: 2,0 mg/dL,
sódio: 137 mEq/L, potássio: 4,2 mEq/L, relação albuminúria/creatinúria: 350 mg/g. Nessa
situação, além de orientar alimentação adequada e exercícios físicos regulares, qual seria a
sua conduta?
A) Ureia e TSH.
B) Colesterol LDL e TSH.
C) Colesterol LDL e sódio.
D) Ácido úrico e urina rotina.
Análise de urina;
Potássio plasmático;
Glicemia de jejum e HbA1c;
Ritmo de filtração glomerular estimado;
Creatinina plasmática;
Colesterol total, HDL-C e triglicérides plasmáticos;
Ácido úrico plasmático;
Eletrocardiograma convencional.
A) O paciente apresenta urgência hipertensiva, devendo a pressão arterial ser reduzida com
medicamentos via oral em 24 horas.
B) O paciente apresenta urgência hipertensiva, sendo o tratamento ideal na chegada ao
pronto socorro a administração de nifedipina sublingual.
C) O paciente apresenta emergência hipertensiva (encefalopatia hipertensiva), devendo a
pressão arterial ser reduzida em 25% na primeira hora com administração de nitroprussiato
de sódio via endovenosa.
D) Após a análise das enzimas cardíacas, os medicamentos indicados são furosemida e
benzodiazepínicos via endovenosa.
E) É fundamental realizar tomografia computadorizada de crânio para afastar doença
neurológica.
» A questão traz um paciente com hipertensão grave associada à cefaleia com escotomas - a
grande dúvida que se faz inicialmente é: trata-se uma emergência hipertensiva? Para
caracterizar essa condição, precisamos de HAS grave associada à lesão aguda de órgão-alvo,
com ameaça à vida e/ou função desse órgão. A encefalopatia hipertensiva é uma situação
clínica bem mais grave, associada a outros achados além de cefaleia, como hipertensão
craniana (que pode ser descartada pela papila bem delimitada no fundo de olho) e alterações
neurológicas difusas (ex.: crises convulsivas). Os cruzamentos AV patológicos e artérias em fio
de cobre são achados relacionados à retinopatia hipertensiva crônica. Sendo assim, o que
temos é uma urgência hipertensiva (geralmente definida como PA diastólica > 120 mmHg) - C
incorreta - e o tratamento deve ser realizado com drogas orais de meia-vida curta (ex.:
captopril ou clonidina - B e D incorretas), com o objetivo de trazer o nível pressórico do
paciente a um patamar seguro (em torno de 160 x 100 mmHg) dentro de 24 a 48 horas (A
correta) Após esse período, o paciente deve ser manejado ambulatoriamente visando ao
controle adequado de sua hipertensão arterial. Não é indicado realizar exames
complementares para investigação de doença neurológica, pois o paciente não apresenta
nenhum sinal neurológico focal ou alteração no nível de consciência para pensarmos em um
acidente vascular encefálico (E incorreta). Resposta: A.
Mulher, 30 anos de idade, com estenose mitral sintomática procura o pronto socorro devido a
fibrilação atrial de alta resposta ventricular. Você deve indicar a reversão imediata da arritmia
porque a paciente pode desenvolver rapidamente:
»
A fibrilação atrial é uma condição que tipicamente precipita ou piora os sintomas da estenose
mitral (ex.: dispneia, hemoptise), levando à descompensação clínica por dois mecanismos: (1)
perda da contração atrial, que desempenha um papel importante na geração de pressão
atrial esquerda adequada para manter o fluxo sanguíneo através da válvula estenótica; (2) e a
rápida resposta ventricular, que diminui o tempo disponível para enchimento do ventrículo
esquerdo durante a diástole. O problema mais imediato da FA de alta resposta, portanto, é o
aumento da pressão de enchimento do átrio esquerdo, que é transmitido retrogradamente
para a circulação pulmonar, levando a risco de edema agudo de pulmão - letra D correta. Isso
justifica a cardioversão elétrica da arritmia. O choque cardiogênico seria uma condição mais
extrema tardia nesse cenário. Resposta: D.
Homem de 52 anos apresenta dispneia aos esforços há dois anos, progressiva, com melhora
ao repouso. Há dois meses, iniciou inchaço nas pernas. AP: HAS não controlada há 15 anos.
Exame físico: estase jugular 2+/4+, crepitações pulmonares em bases bilaterais e edema de
membros inferiores. Rx de tórax: sinais de congestão pulmonar. Ecocardiograma: câmaras
cardíacas com dimensões normais, aumento da espessura da parede do ventrículo esquerdo,
fração de ejeção de 51%. Com o objetivo de aumentar a sobrevida e melhorar os sintomas, a
melhor conduta é
» Questão bem bacana e que serve para quebrarmos uma generalização incorreta que muita
gente faz: nem toda insuficiência cardíaca (IC) tem benefício com betabloqueador, inibidor da
ECA, bloqueador do receptor da angiotensina II... É "apenas" na IC com fração de ejeção (FE)
reduzida, ou sistólica, que essas medicações comprovadamente aumentam a sobrevida. Nos
casos de IC com fração de ejeção preservada (FE > ou igual a 50%) - ou diastólica -
caracterizada pela resistência ao enchimento ventricular durante a diástole, não há
comprovaçãa de benefício com esses fármacos: faltam estudos de grande porte e com boa
metodologia científica para embasar qualquer tipo de terapia com a justificativa de melhora
da mortalidade. O que se sabe é que: (1) toda congestão deve ser tratada com diurético e (2)
a pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser rigidamente controladas... Assim, com a
alternativa "B" é a única que cita essas duas regras, ficaremos com ela. Resposta: B.
Mulher de 81 anos relata tontura quando fica em pé e medo de cair. AP: HAS, incontinência
urinária e osteoartrite de joelhos. Medicações em uso regular: captopril, anlodipino,
hidroclorotiazida, paracetamol e oxibutinina. Exame físico: PA 120/70 mmHg (deitada), FC 76
bpm, pulso regular, levanta-se da cadeira sem utilizar apoio, teste time up and go 10 s. A
conduta mais adequada para avaliar o risco de queda dessa paciente é
» Temos uma paciente idosa e hipertensa, em tratamento com três classes de anti-
hipertensivos. Dada a maior prevalência de hipotensão postural em pacientes idosos,
devemos ser mais permissivos nos alvos pressóricos a serem instituídos nessa população.
Assim, considerando que o efeito hipotensor das drogas possa ser o responsável pelos
sintomas apresentados pela paciente, devemos proceder a aferição da pressão arterial com a
paciente sentada e em pé, sabendo que uma queda da pressão arterial sistólica > 20 mmHg
ou da diastólica > 10 mmHg após três minutos de ortostase configura hipotensão postural.
Gabarito: Alternativa A.
20 - 2020 UNESP
Mulher de 60 anos apresenta dispneia aos esforços, com piora progressiva no último ano,
atualmente aos esforços habituais. Nega febre. Exame físico: bulhas rítmicas, hiperfonese de
B1 com sopro diastólico em ruflar em 5° EIC esquerdo linha hemiclavicular e estalido de
abertura. ECG: ritmo sinusal, sobrecarga atrial esquerda. Raio X de tórax: aumento do tronco
da artéria pulmonar. A etiologia mais provável é
A) degeneração senil.
B) cardiopatia congênita.
C) febre reumática.
D) endocardite infecciosa.
Você está examinando uma criança de 2 meses de vida com história de sudorese profusa,
taquipneia e cansaço às mamadas, com intensificação dos sintomas há 3 semanas. A
saturação de oxigênio é de 95% em ar ambiente. A radiografia de tórax evidencia
cardiomegalia global, com aumento da trama vascular pulmonar, e o eletrocardiograma
evidencia sobrecarga biventricular. Na ausculta, há a presença de sopro. Baseado nestes
dados, qual a representação esquemática mais provável do sopro encontrado? S1- primeira
bulha; S2 - segunda bulha.
A) Figura 1.
B) Figura 2.
C) Figura 3.
D) Figura 4.
» Temos um paciente apresentando quadro clínico compatível com insuficiência cardíaca com
dois meses de idade. Nesta faixa etária, tais manifestações sugerem a existência de
cardiopatia congênita, sendo a suspeita fortalecida pela radiografia de tórax, sinais de
sobrecarga ventricular e sopro cardíaco. Ora, a cardiopatia congênita que manifesta-se dessa
forma é a comunicação interventricular, cujo sopro é holossistólico (momento da contração
dos ventrículos) e sem alteração da intensidade durante a sístole. A conduta a ser instituída
depende do tamanho e das repercussões da cardiopatia. No caso apresentado, o
ecocardiograma provavelmente evidenciará uma comunicação importante com indicação
cirúrgica.
Gabarito: Alternativa C.
22 - 2020 USP - RP
Gabarito: Alternativa B.
Gabarito: Alternativa D.
A) endocardite de Libman-Sacks
B) endocardite infecciosa
C) trombo intracardíaco
D) mixoma cardíaco
» Questão difícil, pois pela descrição CLÍNICA o paciente poderia ter Endocardite,Trombo atrial
e Mixoma. A resposta é MIXOMA,um tumor BENIGNO,PRIMÁRIO CARDÍACO e
RARO(incidência entre 0,0017%) mas vamos entender o motivo. Grave as principais
características que nos fazem pensar em mixoma cardíaco:
É por essas características que a resposta é MIXOMA. Vale a pena lembrar que a maioria se
apresenta com uma TRÍADE CLÁSSICA:
Manifestações embólicas(AVCi);
25 - 2020 SES - RJ
A) hidroclorotiazida
B) metformina
C) anlodipina
D) enalapril
»
Dentre as drogas citadas, a que classicamente está relacionada à hiperuricemia é a
hidroclorotiazida. Diuréticos, principalmente da classe dos tiazídicos, aumentam os níveis
séricos de ácido úrico, podendo desencadear quadros de gota. A explicação é que o efeito
diurético da droga (ainda que modesto) gera uma contração transitória no volume circulante,
o que torna o néfron proximal mais “ávido” pela reabsorção de ácido úrico. Resposta: A.
» Em uma paciente com tríade de Beck (hipotensão, turgência jugular e hipofonese de bulhas
cardíacas) e baixa voltagem ao eletrocardiograma com alternância elétrica, somos obrigados
a pensar em tamponamento cardíaco (a alteração do ECG pode ser explicada pelo movimento
pendular do coração junto com os batimentos, modificando sua posição elétrica
ciclicamente). Outra alteração compatível com o diagnóstico é o pulso paradoxal, uma
exacerbação de um fenômeno que ocorre fisiologicamente: durante a inspiração, a redução
da pressão intratorácica transmite-se para o pericárdio e para as câmaras cardíacas,
promovendo aumento do retorno venoso ao coração direito e diminuição do retorno venoso
para o coração esquerdo (pelo desvio do septo interventricular para dentro do VE), reduzindo
o débito sistólico em 7% e a PA em 3%. No tamponamento, o fenômeno exacerba-se, gerando
o pulso paradoxal, definido por uma redução da PA sistólica em mais de 10 mmHg e/ou
redução detectável da amplitude do pulso arterial durante a inspiração.
Gabarito: letra A.
A) atenolol
B) enalapril
C) anlodipina
D) hidralazina
28 - 2020 FJG
A droga que é indicada no tratamento da insuficiência cardíaca sistólica de classe NYHA classe
II a IV e que atua através de inibição seletiva e específica da corrente marca-passo if,
reduzindo sintomas, mortalidade e hospitalização devido à piora da insuficiência cardíaca é:
A) digoxina
B) bisoprolol
C) ivabradina
D) trimetazidina
Miocardite é um processo inflamatório envolvendo o miocárdio e que pode ser causada por
infecções ou toxinas. O agente etiológico mais comumente associado é:
A) Taenia solium
B) Coxiella burnetii
C) Trypanosoma cruzi
D) Haemophilus influenzae
» O grande divisor de águas na análise dos derrames pleurais é classificá-los entre trans e os
exsudatos, o que pode ser feito através dos critérios de Light. Vamos relembrar? A presença
de qualquer um dos seguintes classifica o derrame como exsudativo:
Esse paciente, portanto, ter derrame transudativo. Dentre as opções, podemos excluir "A",
que seria derrame exsudativo por câncer e "B", sugestiva de derrame pleural
parapneumônico. A opção "C" traz a clínica de insuficiência cardíaca, que causa derrame
transudativo; e a opção "D" descreve quadro sugestivo de tromboembolismo pulmonar, que
pode se apresentar com características exsudativas e transudativas... E agora? Veja que a
questão foi bem clara em solicitar a causa mais provável, ou seja, mais comum! Então,
insuficiência cardíaca, dentre as apresentadas, é a melhor aposta diagnóstica. Nos portadores
de IC, quando surge derrame pleural unilateral, este geralmente é a direita, pela deficiência
natural da drengem linfática daquele lado. Resposta: C.
A) Anlodipino.
B) Furosemida.
C) Hidroclorotiazida.
D) Propranolol.
A) Estenose mitral.
B) Estenose tricúspide.
C) Insuficiência aórtica.
D) Insuficiência pulmonar.
» A fibrose pulmonar idiopática é uma pneumopatia intersticial que tem como uma de suas
possíveis complicações a hipertensão pulmonar. Esta se torna ainda mais provável na
presença de hiperfonese do componente pulmonar da segunda bulha (P2), que reflete o
fechamento da valva pulmonar. Bom, todas valvopatias descritas cursam com sopros
diastólicos. Então, não dá pra fugir por aqui... Entretanto, perceba que o sopro é melhor
auscultado na borda esternal esquerda superior, local onde se situa o foco pulmonar. Sendo
assim, a hipótese mais provável é de insuficiência desta valva. Cabe ressaltar que a
hiperfonese de P2 pode estar ausente, justamente pelo fechamento inadequado da
pulmonar. Por aumentar o retorno venoso, a inspiração pode agravar o sopro, assim como o
enunciado ressaltou. Melhor resposta: (D).
34 - 2020 UFRJ
Pode-se afirmar que este ECG é compatível com um paciente que, ao exame físico, apresenta:
Gabarito: Alternativa D.
Paciente, 28 anos, é atendida no Serviço de Emergência com dor precordial intensa (9+/10+),
iniciada há três horas, sem melhora, exceto discreto alívio com a anteflexão do tórax. Relato
de febre baixa. Ao exame físico, observa-se ruído auscultatório semelhante a sopro.
Eletrocardiograma evidencia supradesnivelamento do segmento ST em todas as derivações,
exceto em aVR e V1. Também demonstra infradesnivelamento do segmento PR. Duas
aferições de troponina de alta sensibilidade encontram-se alteradas e mantidas elevadas em
platô. A hipótese diagnóstica mais provável é de
A) pericardite aguda.
B) angina instável.
C) angina variante ou de Prinzmetal.
D) síndrome coronariana aguda com supradesnivelamento de ST.
E) costocondrite.
» Quando nos deparamos com um eletrocardiograma que evidencia supra do segmento ST, a
primeira hipótese que pensamos é o infarto agudo do miocárdio, não é verdade? Mas repare
que esse infarto está muito estranho... A dor alivia quando o paciente inclina o tronco para a
frente, há febre e um ruído semelhante a um sopro pode ser auscultado. Além disso, o supra
acomete praticamente todas as derivações. Afinal, o que está acontecendo com a paciente?
Isso não é infarto! Trata-se de uma pericardite aguda. O quadro clínico é típico, assim como
as alterações eletrocardiográficas (supra de ST “difuso”, associado ao infra de PR). Dessa
forma, a resposta correta é a alternativa (A).
36 - 2020 UFF
38 - 2020 FJG
A) cerca de dois terços das dissecções da aorta são classificados como tipo B
B) a ultrassonografia é o método pouco sensível e específico para o diagnóstico
C) para dissecção aguda do tipo B, recomenda-se reparo cirúrgico imediato para reduzir o
risco de complicações (ruptura e acidente vascular cerebral)
D) a terapia medicamentosa tem como meta redução da pressão arterial (<120mmHg) e da
frequência cardíaca (<60bpm), e a droga de escolha é o labetalol por via intravenosa
» Cerca de 75% dos casos de disseção aórtica aguda são proximais (tipo A de Stanford), isto é,
acometem a aorta ascendente e crossa aórtica - A errada. O ecocardiograma transesofágico a
beira do leito é um método altamente sensível para o diagnóstico, especialmente das
dissecções do tipo A. O transtorácico, em pacientes magros, também possui boa
sensibilidade - B errada. O reparo cirúrgico imediato é mandatório nas dissecções tipo A de
Stanford (proximais). Nas dissecções tipo B (aorta descendente), o tratamento geralmente
pode ser clínico - C errada. O tratamento clínico envolve rápida redução da pressão arterial,
objetivando colocar da PA sistólica entre 100-120 mmHg nos primeiros 20 minutos de
atendimento, além de colocar a FC < 60 bpm. A droga de escolha é o labetalol intravenoso,
que pode ser usado em monoterapia. Outra opção é usar nitroprussiato de sódio em
conjunto com propranolol, todos pela via intravenosa. Resposta: D.
» Segundo a classificação funcional de pacientes com insuficiência cardíaca da New York Heart
Association (NYHA):
Gabarito: Alternativa A.
Paciente masculino, 57 anos, procura Unidade Básica de Saúde com queixas de dispneia
progressiva aos esforços e edema simétrico, indolor, depressível de membros inferiores
(MMII) com piora vespertina. Refere histórico de hipertensão arterial e diabetes mellitus há 20
anos sem tratamento regular. Ao exame físico, apresenta-se com PA = 152x92mmHg; FC =
112bpm; FR = 24irpm; turgência jugular a 90º; ictus cordis no 6º espaço intercostal e desviado
lateralmente da linha hemiclavicular esquerda; estertores pulmonares em ambas as bases;
hepatomegalia dolorosa e edema de MMII. Diante da hipótese diagnóstica mais provável, a
conduta baseada em evidências é iniciar
» Tente não brigar com a questão. A banca apresenta um caso clássico de INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA e tenta fazer menção à uma possível disfunção sistólica de ventrículo esquerdo ao
dizer que o paciente "ictus cordis no 6º espaço intercostal e desviado lateralmente da linha
hemiclavicular esquerda...". As evidências científicas são para tratamento de IC com FRAÇÃO
DE EJEÇÃO REDUZIDA, ou seja, após ECOCARDIOGRAMA, onde temos o "trio"
BETABLOQUEADOR+IECA+ESPIRONOLACTONA como redutores da mortalidade.
Digoxina,Ivabradina e Amlodipina, são opções, mas não de primeira escolha.
A furosemida sempre é usada como sintomático em pacientes com IC, nesse caso,
independente da fração de ejeção.
Por essa razão a melhor resposta é a LETRA D.
A) MAPA.
B) melhorar a relação médico-paciente.
C) ecocardiograma transtorácico.
D) prescrever benzodiazepínico.
E) dieta com restrição de sal.
Paciente obeso e sedentário realizou três medidas da pressão arterial no mesmo dia, sendo a
primeira 162/92mmHg, a segunda 146/90mmHg e a terceira 140/88mmHg. A conduta
terapêutica, em relação às aferições observadas da pressão arterial, é:
Mulher de 68 anos, com diabetes há 20 anos e hipertensão arterial há 10 anos, relatou que
evita sair de casa, pois apresenta falta de ar ao caminhar dois quarteirões. Também deixou de
ir à hidroginástica há quatro meses. Levou para a consulta os seguintes exames: glicemia =
158mg/dL, HbA1c = 8,3%, ecocardiograma com disfunção ventricular esquerda e fração de
ejeção = 43%, TFG = 60mL/min/1,73 e microalbuminúria. Baseando-se nesses dados, os
problemas apresentados pela paciente são:
» Questão polêmica! Vamos começar pelo controle glicêmico. Indivíduos diabéticos têm como
metas terapêuticas: hemoglobina glicada < 7%, glicemia capilar no jejum entre 80-130 mg/dl
e, após as refeições, os níveis devem ser inferiores a 180 mg/dl. Sendo assim, seu controle
glicêmico está inadequado – opções (C) e (D) incorretas.
Como sabemos, a IC pode ser dividida com base na sua fração de ejeção. Segundo o
Consenso Brasileiro, temos três tipos: IC com fração de ejeção (FE) normal (> 50%), com FE
intermediária (40-50%) e com FE reduzida (< 40%). Bom, já não há mais respostas possíveis...
Em relação à insuficiência renal, podemos classifica-lo como portador do grupo 2, definido
pela presença de TFG de 60-89 ml/min. A presença de microalbuminúria (albuminúria
moderadamente aumentada) indica estágio A2 (classificação final: G2A2).
Como vimos, não há uma resposta “100% correta”. Apesar da solicitação de recursos pelos
candidatos, a Banca manteve como gabarito a opção (A), que, de fato, é a “menos errada”.
» Essa paciente tem vários comemorativos de insuficiência cardíaca (IC), inclusive critérios
diagnósticos para a doença: maiores – dispneia paroxística noturna, turgência jugular,
estertoração pulmonar; e menores – dispneia aos esforços e edema de membros inferiores.
Tendo em vista tais alterações, é muito provável que o ecocardiograma com fração de ejeção
(FE) normal tenha lhe causado estranheza... Mas não há por que estranhar: trata-se de IC com
FE preservada (A errada), que se apresenta, ao ecocardiograma, com sinais de disfunção
diastólica no Doppler mitral, além da própria FE normal (E errada). O chamado cor
pulmonale é a insuficiência cardíaca direita secundária a alguma doença pulmonar (B
errada). A dosagem do peptídeo natriurético cerebral – e não atrial – é útil para diagnóstico
diferencial com causas pulmonares de dispneia na emergência (C errada). Resposta: D.
A) fotossensibilidade cutânea.
B) hiponatremia.
C) hipocalcemia.
D) hiperuricemia.
E) hipopotassemia.
» A hidroclorotiazida, como maior expoente do grupo dos diuréticos tiazídicos, age inibindo a
bomba Na/Cl no túbulo contorcido distal, atuando por efeitos diurético e natriurético (fase
inicial) e, por meios ainda não muito bem definidos, com a redução da resistência vascular
periférica (após 4-6 semanas). Os efeitos adversos geralmente ocorrem na dose superior a 25
mg/dia. São eles: distúrbio metabólico (hiperglicemia, hipertrigliceridemia, hiperuricemia — D
certa), precipitação de crise de gota, distúrbio eletrolítico (hipocalemia, hiponatremia,
hipomagnesemia, alcalose metabólica — B e E certas), além de disfunção sexual (mais que as
outras classes). Os tiazídicos reduzem a excreção de cálcio através da urina; por isso,
inclusive, podem ser utilizados no tratamento da nefrolitíase por cálculos de cálcio (C errada).
Talvez o mais difícil desta questão fosse lembrar que a hidrocloro leva a maior sensibilidade
cutânea aos raios ultravioleta, elevando o risco de câncer de pele não melanoma (A certa).
Resposta: C.
Antônia é uma senhora negra que tem 40 anos apresenta hipertensão e diabetes em uso de
captopril 25 mg 1 x ao dia e metformina 850 mg antes do almoço. Nega eventos
cardiovasculares prévios, tabagismo e não apresenta lesões em órgão alvo. Antônia relata boa
adesão à dieta, entretanto, apresenta dificuldade de realizar atividade física em virtude de sua
vida profissional. Ela vem à consulta médica com exames solicitados na visita anterior.
Hemograma sem alterações, triglicerídeos de 320 mg/dl, glicemia de jejum 188 mg/dl,
hemoglobina glicosilada 9,0%, colesterol total de 210 mg/dl, HDL de 65mg/dl e creatinina de
0,9 mg/dl. Ao exame físico, a pressão arterial foi de 145/90 mmHg. A partir da análise destes
dados, escolha a alternativa com a melhor opção terapêutica, que deve ser a de orientar:
A) A realização de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, usar sinvastatina
associada a fibrato, aumentar a dose de metformina e substituir o captopril por anlodipina
em virtude da não resposta do IECA em pessoas negras.
B) A realização de atividade física por pelo menos 100 minutos por semana, prescrever
sinvastatina e AAS, aumentar a dose de metformina e aumentar a dose do captopril,
fracionando a dose em pelo menos duas tomadas ao dia.
C) A realização de atividade física por pelo menos 100 minutos por semana, prescrever AAS,
aumentar a dose de metformina e aumentar a dose do captopril, fracionando a dose em pelo
menos duas tomadas ao dia.
D) A realização de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, prescrever fibrato
e AAS, substituir a metformina por glimepirida e aumentar a dose do captopril, fracionando a
dose em pelo menos duas tomadas ao dia.
E) A realização de atividade física por pelo menos 150 minutos por semana, aumentar a dose
de metformina e aumentar a dose do captopril, fracionando a dose em pelo menos duas
tomadas ao dia.
Homem de 53 anos queixa-se de piora da dispneia basal, de forma progressiva nos últimos
cinco dias, presente até ao tomar banho e se vestir. Relata diversos despertares noturnos por
dispneia, que é mais intensa em decúbito, e episódios paroxísticos e recorrentes de
palpitação. É portador de insuficiência cardíaca, doença de Chagas, diabetes melito e gota. Faz
uso regular de losartana, espironolactona, furosemida, carvedilol e insulina NPH. Em consulta
realizada há 8 dias, foi prescrito o aumento da dose de carvedilol de 6,25mg para 12,5mg de
12/12h. Ao exame físico, apresenta PA 120/70mmHg, FC 68bpm, FR 23ipm, SpO2 em ar
ambiente de 93%, Tax 36,4°C. O paciente encontra-se alerta e orientado. As extremidades
estão aquecidas e o enchimento capilar é imediato. O exame respiratório revela crepitações
teleinspiratórias nas metades basais dos hemitórax. O exame cardiovascular revela pulso
venoso na veia jugular interna direita no nível do ângulo da mandíbula e refluxo
hepatojugular presente; o ritmo cardíaco é regular, o ictus está desviado inferiormente e para
a esquerda e é amplo. O fígado é palpado 5cm abaixo do rebordo costal direito e apresenta-se
levemente doloroso à palpação. Não há edemas nos membros inferiores. Assinale a
alternativa que apresenta uma medida INADEQUADA no manejo deste paciente.
A) Norepinefrina, dobutamina.
B) Dobutamina, isoproterenol.
C) Vasopressina, epinefrina.
D) Dopamina, epinefrina.
» Questão que exige um conhecimento detalhado sobre a farmacologia das aminas vasoativas.
Vamos rever cada uma delas para entender melhor o gabarito:
- Norepinefrina: é uma droga estimuladora de receptores adrenérgicos com potente efeito
vasoconstritor (atuando em receptores alfa) e modesto efeito inotrópico positivo (atuando em
receptor beta-1).
- Dobutamina: é uma droga que atua predominantemente em receptores beta, levando à
ação inotrópica positiva e vasodilatadora periférica discreta. Ou seja, há um aumento do
débito cardíaco com redução da resistência vascular periférica.
- Epinefrina: em doses baixas, possui efeito predominante em receptores beta-1 resultando
em aumento do débito cardíaco. No entanto, em doses mais elevadas, predomina o efeito no
receptor alfa, gerando um aumento da resistência vascular periférica.
- Vasopressina (hormônio antidiurético): é um potente vasoconstritor usado principalmente
como agente de segunda linha no choque vasodilatador refratário, particularmente no
choque séptico ou na anafilaxia que não responde à epinefrina.
- Isoproterenol: assim como a dobutamina, é um agente predominantemente inotrópico. Ele
atua em receptores beta-1 e tem um importante efeito cronotrópico positivo. A alta afinidade
do medicamento pelo receptor beta-2 causa vasodilatação e diminuição da resistência
vascular periférica.
- Dopamina: é um precursor da noradrenalina e sua atuação pode predominar em alfa ou em
beta, dependendo da dose utilizada. Classicamente, o uso de doses intermediárias (3-
10mcg/kg/ min) têm efeito beta, ou seja, inotrópico, enquanto doses maiores
(>10mcg/kg/min) têm efeito alfa. É mais frequentemente usada como uma alternativa de
segunda linha à noradrenalina do que como agente inotrópico.
Sendo assim, de fato, a letra B é a melhor resposta. Porém, como vimos, dependendo da
dose utilizada, tanto a dopamina quanto a epinefrina podem apresentar efeito inotrópico
maior do que vasopressor, o que deixaria a questão com duas alternativas corretas (letras B e
D). Gabarito MEDGRUPO: questão deveria ter sido anulada. Gabarito da banca: letra B.
Uma paciente procura o ambulatório com queixas de tosse seca há quatro meses. É
hipertensa, controlada com enalapril 20mg/dia e refere fumar um maço de cigarros/dia há 20
anos. Ao exame físico, a ausculta pulmonar é normal e PA = 140x90 mmHg. Assinale a melhor
conduta para o caso nesse momento.
» De onde essa tosse está vindo? Sabemos que tosse seca pode ser um efeito colateral dos
inibidores da enzima conversora de angiotensina (como o enalapril) em até 20% dos
pacientes. O sintoma costuma surgir em uma a duas semanas desde o início do tratamento -
mas pode demorar até 6 meses para aparecer - acometendo mais comumente mulheres. O
mecansimo não é completamente esclarecido, mas parece ter relação com o aumento da
concentração de bradicinina e de substância P, moléculas metabolizadas pela enzima
conversora inibida pela droga. Para resolver esse problema, basta interromper o uso da
droga (os sintomas melhoram geralmente em 4-7 dias) e substituí-la por um bloqueador do
receptor de angiotensina (como é o caso da losartana) classe que também interfere no eixo
do sistema renina-angiotensina-aldosterona, mas que não promove inibição da enzima
conversora. Para melhorar a nossa resposta, faltou traçar estratégias para interrupção do
tabagismo - mesmo que não haja nenhum estigma claro de DPOC - mas tudo bem.
Resposta: B.
A) Apenas I e III.
B) Apenas I e IV.
C) Apenas II e III.
D) Apenas II e IV.
Considere um paciente jovem, com passado de doença reumática, evoluindo com dispneia
aos pequenos esforços. Realizou ecocardiograma transtorácico, que mostrou estenose mitral
importante, com escore de Block de 8. Em relação a esse escore, utilizado na avaliação de
pacientes com estenose mitral, deve-se considerar os seguintes critérios:
» Questão "decoreba". Pacientes com estenose mitral devem ser avaliados de acordo com o
escore de Block para decidir quanto à melhor forma de intervenção. Os itens avaliados são
motilidade, calcificação, espessamento e aparelho subvalvar. Nesse escore, cada um destes
factores é atribuída uma pontuação de 0 a 4, com 0 representando a ausência de cada
anormalidade e 4 representando a forma mais grave. A pontuação total ≤8 está associada a
excelentes resultados após valvoplastia.
53 - 2020 AMRIGS
A) Apenas I, II e III.
B) Apenas I, III e V.
C) Apenas II, III e IV.
D) Apenas III, IV e V.
» Sabemos que, no curso da insuficiência cardíaca (IC), existem mediadores químicos que
dirigem a progressão da doença. Os três principais são a noradrenalina, a angiotensina e a
aldosterona. Grandes estudos já comprovaram que, inibindo a ação ou a produção dessas
moléculas, conseguimos AUMENTAR ABSURDAMENTE a sobrevida de um doente com IC. As
drogas capazes de realizar tal feito são os iECAs (inibidores da enzima conversora de
angiotensina), os bloqueadores da angiotensina II, os betabloqueadores e os inibidores
diretos da aldosterona. Já para a melhora dos sintomas, podemos empregar, principalmente,
drogas para reduzir a volemia e, portanto, as pressões de enchimento ventricular - caso da
furosemida - e drogas para aumentar a força contrátil do miocárdio, como a digoxina.
Resposta: B.
Em relação à terapia medicamentosa para insuficiência cardíaca crônica com fração de ejeção
reduzida, assinale a alternativa incorreta.
Analise o caso clínico a seguir. Paciente do sexo feminino, 28 anos de idade, com história
pregressa de febre reumática na infância e uso de penicilina g benzatina 1 200 000 ui entre os
16 e 18 anos de idade. Procurou pronto-socorro com relato de dispneia progressiva iniciada
há aproximadamente um ano, com piora importante há dez dias, quando passou a ocorrer
aos mínimos esforços, associada a palpitações. Quando em repouso, assintomática. Ao
exame: corada, hidratada, sem edema de membros inferiores. Aparelho cardiovascular:
bulhas arrítmicas com sopro diastólico grau 3 de Levine em região de ictus cardíaco. Aparelho
respiratório: eupneica, sons respiratórios normais com crepitações em bases de ambos os
pulmões, FR: 16 irpm. Abdome: normotenso. Indolor. Exames de laboratório: hb: 12,3; gl: 7
300; plt: 220 000; Cr: 0,9; Na: 135; K: 4,2. Radiografia de tórax: índice cardiotorácico
aumentado às custas de átrio esquerdo. Eletrocardiograma: fibrilação atrial. Ecocardiograma:
valvulopatia acarretando disfunção valvar grave. Assinale a alternativa que indica a classe
funcional da NYHA (New York Heart Association), a disfunção valvar e o tratamento adequado.
» Sintomas, como dispneia, aos mínimos esforços, mas com a paciente assintomática em
repouso, a colocam na classe funcional III segundo o sistema proposto pela NYHA (IV seria
sintomas em repouso). O passado de febre reumática, com antibioticoprofilaxia inadequada
para qualquer cenário (já que a duração foi < 5 anos), e presença de sopro diastólico no ápice
cardíaco, são dados que apontam para o diagnóstico de estenose mitral, a principal forma de
sequela cardíaca tardia da febre reumática. A descompensação aguda dos últimos dias (piora
importante da dispneia) se deve ao surgimento de fibrilação atrial (palpitação, sinais de
congestão pulmonar como crepitações bibasais), o que foi confirmado pelo ECG. Ora, o
ecocardiograma realizado definiu que a valvopatia em questão é grave (o que, na estenose
mitral, signifca área de orifício valvar < 1 cm2). Estenose mitral grave com insuficiência
cardíaca = tratamento intervencionista, que pode ser percutâneo (valvoplastia por balão) ou
cirúrgico (valvotomia ou troca valvar), dependendo das condições anatômicas do aparelho
mitral. Assim, a única resposta possível é a letra D.
Homem de 52 anos foi avaliado por queixa de cefaleia occipital frequente, fadiga e sonolência
diurna. Sedentário, também referia dispneia aos esforços mais acentuados como correr ou
subir escadas. Ao exame, apresentava IMC 32,5 kg/m2, circunferência abdominal 102 cm, PA:
150 x 100 mmHg, pulso 95 bpm. Abdômen: globoso por adiposidade e sem estrias. Exames
bioquímicos: Glicemia 118 mg/dL, A1C: 5,5%, Colesterol: 225 mg/dL, HDL: 32 mg/dL,
Triglicerides: 335 mg/dL, LDL: 126 mg/dL. Foi prescrito losartana e recomendado mudanças
no estilo de vida. LEGENDA: IMC: índice de massa corporal; PA: pressão arterial; bpm:
batimentos por minuto; A1C: hemoglobina glicada. Qual conduta adicional seria a mais
indicada?
» Um homem obeso que apresenta fadiga, sonolência diurna e hipertensão deve ser
obrigatoriamente investigado para síndrome da apneia/hipopneia obstrutiva do sono! Os
fatores predisponentes são: obesidade, principalmente central; sexo masculino;
anormalidades craniofaciais, como hipoplasia maxilomandibular; aumento do tecido mole e
do tecido linfoide da faringe; obstrução nasal; anormalidades endócrinas, como
hipotireoidismo; acromegalia; e história familiar. Os fatores associados são: hipertensão
arterial sistêmica (HAS), hipertensão pulmonar, arritmias cardíacas relacionadas ao sono,
angina noturna, refluxo gastroesofágico, prejuízo na cognição e na qualidade de vida e
insônia. Neste caso, o exame indicado é a polissonografia. Resposta: A.
A) manter a medicação.
B) aumentar o Enalapril para 40 mg/dia.
C) acrescentar Ivabradina 5 mg, duas vezes ao dia.
D) acrescentar Digoxina, 0.125 mg/dia.
Paciente, 66 anos, sexo feminino, hipertensa sem tratamento prévio, deu entrada no setor de
urgência, com dispneia intensa, frequência cardíaca de 110 BPM, pressão arterial de 180/100
mmHg, frequência respiratória de 36 IRPM, saturação de oxigênio em ar ambiente de 82%,
escala de coma de Glasgow 7 (O2V1M4), temperatura axilar 36,5oC, anasarcada e ausculta
pulmonar com estertores crepitantes difusos bilaterais. Aos exames: pH 7.3, HCO3 15 mmol/L,
pCO2 30 mmHg, pO2 40 mmHg, SatO2 80%, creatinina 4 mg/dl (creatinina de doze meses
atrás igual a 3,5 mg/dl), potássio 7 mEq/L, hemoglobina 8g/dl, leucócitos 7000, plaquetas
200.000. A terapêutica inicial, adequada ao caso, será composta por
» Com Glasgow < 8 (coma) existe indicação de intubação traqueal imediata, visando a proteção
das vias aéreas, com instituição, é claro, de ventilação mecânica invasiva. Ademais, a paciente
está em franca insuficiência respiratória (taquidispneia, dessaturação arterial, sinais de
congestão pulmonar), o que corrorbora a necessidade de ventilação mecânica para melhoria
da troca gasosa. A paciente possui diagnóstico prévio de HAS e história de não adesão
terapêutica, e o diagnóstico sindrômico atual é de evidente edema agudo de pulmão
hipertensivo (PAS sistólica maior ou igual a 180 mmHg com lesão de órgão-alvo = emergência
hipertensiva). A presença de doença renal crônica (azotemia há mais de 3 meses) revela que
se trata de paciente hipertensa de longa data, já com lesão crônica de órgão-alvo. Ademais, a
insuficiência renal desta paciente seguramente está contribuindo para a piora pressórica,
provavelmente por um componente de hipervolemia (e EAP, neste cenário, pode ser
desencadeado após um aumento na ingesta de sal, por exemplo). Enfim, como se trata de
uma emergência hipertensiva, temos que utilizar anti-hipertensivos parenterais. A droga de
escolha, neste caso, é o nitroprussiato de sódio. Cabe uma observação: como a paciente tem
insuficiência renal grave, o ideal será lançar mão, o mais breve possível após controle inicial
da hipertensão, de outras estratégias anti-hipertensivas, por exemplo: hemodiálise com
ultrafiltração... O nitroprussiato não pode ser mantido por muito tempo neste caso, devido ao
risco de intoxicação pelo metabólito TIOCIANATO, que se acumula em renais crônicos.
Felizmente, no entanto, isso só costuma acontecer quando doses altas são utilizadas por
mais do que 4 dias... Resposta: D.
A) A espironolactona é uma droga que altera a sobrevida na IC, portanto, está indicada
sempre que a fração de ejeção cardíaca for menor que 50%.
B) A digoxina está bem indicada na IC, sendo capaz de reduzir as hospitalizações e melhorar a
sobrevida.
C) A combinação de um d urético e um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA)
deve ser o tratamento inicial na maioria dos pacientes sintomáticos com insuficiência cardíaca
e Fração de Ejeção Ventricular Esquerda (FEVE) reduzida, com a adição precoce de um beta-
bloqueador.
D) A combinação sacubitril com valsartana é uma das novas opções terapêuticas iniciais para
substituir os inibidores da ECA, beta-bloqueadores e espironolactona na IC.
E) Tanto a ivabradina quanto o bisoprolol são medicamentos de primeira escolha para o
tratamento da insuficiência Cardíaca.
» São feitas cinco afirmativas sobre insuficiência cardíaca (IC). Vejamos cada uma:A - errada. Os
antagonistas da aldosterona, como a espironolactona, estão indicados nos pacientes com
insuficiência cardíaca sintomática (estágio C), FE reduzida (menor ou igual que 35%) e classe
funcional II a IV da NYHA.B - errada. A digoxina atualmente é utilizada para pacientes que se
mantenham muito sintomáticos mesmo com bloqueio neuro-hormonal e controle volêmico
adequado. Lembre sempre que esse fármaco se dirige apenas aos sintomas da IC, não
alterando mortalidade.C - certa. O tratamento inicial da IC é, geralmente, iniciado com o
"combo" inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e diuréticos de alça. Os
betabloqueadores são adicionados à prescrição posteriormente, quando o paciente já está
compensado.D - errada. A combinação valsartana-sacubitril até pode ser utilizada em casos
específicos para substituição do IECA ou BRA, mas não dos betabloqueadores e
espironolactona.E - errada. Embora o bisoprolol seja betabloqueador de primeira linha no
tratamento da IC, a ivabradina só é indicada em casos específicos - pacientes em ritmo
sinusal com frequência cardíaca > 70 bpm e classe funcional II-III da NYHA com disfunção
sistólica em uso de terapia otimizada.Resposta: C.
Paciente masculino, 76 anos, com histórico de dispneia aos esforços moderados, foi internado
com quadro de dor torácica e síncope ao realizar esforço. Realizou cateterismo que
demonstrou 3 pontes pérvias de cirurgia de revascularização coronária realizada há 2 anos,
sem lesões significantes. É diabético mal controlado, em uso irregular de insulina 1,6 U/kg/dia
e apresenta claudicação em membros inferiores, ao caminhar cerca de 150 metros. Ex-
tabagista de 75 maços/ano, abandonou tabagismo há 2 anos e mantém-se em tratamento
para enfisema pulmonar moderado. Ao exame, tem IMC: 33,1 kg/m², PA: 124 x 104mmHg,
Pulso regular de 96 bpm com ascensão lenta. Sopro sistólico ejetivo com pico telessitólico
mais audível no 2o espaço intercostal próximo à borda esternal direita. Creatinina sérica de
2,3 mg/dL (VR: 0,8-1,3). Eletrocardiograma com hipertrofia ventricular esquerda e padrão de
sobrecarga. Ecocardiograma com fração de ejeção de 48%, Pressão sistólica de artéria
pulmonar estimada em 50 mmHg, área valvar aórtica de 0,7 cm² e gradiente Ventrículo
esquerdo - Aorta de 55 mmHg. LEGENDA: VR: valor de referência; IMC: índice de massa
corporal; bpm: batimentos por minuto. Qual a terapêutica preferencial para o paciente nesse
momento?
» Pessoal temos um paciente com estenose aórtica grave, identificada por jato transaórtico
≥4.0 m/s ou gradiente transvalvar ≥40 mmHg; esses pacientes também apresentam
geralmente área valvar ≤1.0 cm2, embora este não seja um critério diagnóstico. Pessoal, EA
grave sintomática é igual a troca valvar, sendo opções o implante de prótese transcateter ou
a cirurgia convencional de troca valvar. O que estabelece o tipo de abordagem é o estado
geral do paciente e a necessidade ou não de revascularização miocárdica. Este paciente não
apresenta indicação de RVM pelo CATE, porém tem um risco cirúrgico quase proibitivo para
uma cirurgia convencional (idade, enfisema, DRC, DM mal controlado), o que favorece a
escolha pelo implante de bioprótese transcateter. Resposta: C.
Segundo a mais recente Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca (2018), é correto afirmar:
C - Incorreta. O BNP reflete distensão das câmaras cardíacas, sendo útil para o diagnóstico de
insuficiência cardíaca descompensada. No entanto, o ecocardiograma é o exame capaz de
definir a fração de ejeção ventricular.
D - Incorreta. No caso descrito, a opção deve ser pela associação de hidralazina e nitrato.
Gabarito: Alternativa A.
A) A hipertrofia ventricular esquerda regride com a terapia e está mais relacionada ao grau de
redução na pressão diastólica.
B) Os diuréticos são eficazes na redução da massa ventricular esquerda.
C) Está associada a uma maior incidência de demência vascular, somente.
D) O impacto da terapia anti-hipertensiva sobre a aterosclerose é semelhante ao observado
nas outras complicações da doença.
E) Não há associação entre níveis pressóricos e dissecção de aorta.
Gabarito: Alternativa B.
64 - 2020 HCG
» Estamos diante de um paciente com aumento importante dos níveis tensionais e alterações
neurológicas. Nesse contexto, dois diagnósticos diferenciais devem ser levados em
consideração: encefalopatia hipertensiva e acidente vascular encefálico (AVE). Perceba que
esse indivíduo apresenta déficits focais (hemiplegia, hiperreflexia e Babinski à direita e afasia
motora), o que torna o AVE a hipótese mais provável. A realização de uma TC de crânio é
fundamental para definir se o quadro é isquêmico ou hemorrágico – não conseguimos definir
com certeza pelos dados do enunciado.
Independentemente disto, o manejo anti-hipertensivo do AVE deve ser feito com medicações
intravenosas. A partir dessa constatação, já conseguimos eliminar as alternativas (A), (C) e (D).
Só nos resta a (B), que, de fato, é a mais adequada. No AVE isquêmico, a redução abrupta da
PA pode agravar a isquemia. Entretanto, no AVE hemorrágico, o alvo pressórico é entre 140-
160 mmHg. Isso é o que encontramos na maioria das referências; não há consenso sobre os
valores.
Resposta: (B).
Homem, 82 anos, hipertenso, diabético, com histórico de colocação de 2 stents aos 71 anos.
Retorna à consulta na unidade básica de família relatando respiração difícil, com sensação de
incapacidade de respirar rápido ou profundamente, com evolução de aproximadamente 4
meses. Diz não conseguir ""encher os pulmões"". A dispneia passou a ser observada em
esforços habituais. Nega febre ou tosse produtiva. Nega hemoptise e dor torácica. Nega
emagrecimento. Não fumante. Ao exame físico, encontra-se corado, com turgência jugular a
45°, desvio do ictus cordis e edema de membros inferiores. Qual a hipótese diagnóstica mais
provável nesse caso?
A) DPOC.
B) Câncer de pulmão.
C) Anemia.
D) Insuficiência cardíaca.
» Paciente idoso com doença arterial coronariana, hipertensão e diabetes, que inicia quadro
progressivo de dispneia, turgência jugular patológica, aumento da câmara cardíaca esquerdo
ao exame físico (desvio do íctus cordis) e congestão sistêmica (edema de membros
inferiores). Trata-se da descrição clássica de uma insuficiência cardíaca descompensada. O
tratamento consiste em terapia com diuréticos de alça (a fim de diminuir a congestão
pulmonar e sistêmica) e drogas que aumentam a sobrevida na IC, como inibidores da ECA ou
BRA, betabloqueadores e espironolactona.
Resposta: D.
66 - 2020 SES - DF
Considere uma paciente de 54 anos de idade, diabética (HbA1c = 8,2%), cardiopata isquêmica
com infarto agudo do miocárdio prévio e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.
Encontra-se em tratamento para diabetes com metformina 850 mg três vezes ao dia e
glibenclamida 5 mg pela manhã. No exame físico, chama a atenção a presença de manchas
hiperpigmentadas/escurecidas em áreas de dobras. A respeito desse caso clínico e com base
nos conhecimentos médicos correlatados, bem como nas últimas diretrizes mundiais
relacionadas ao tratamento da diabetes, publicadas em 2019, julgue o item a seguir. Nesse
caso, é correto suspender a glibenclamida e associar dapaglifozina (um agonista do GLP-1 -
receptor 1 glucagon like peptídeo) ao tratamento com metformina.
A) CERTO
B) ERRADO
» Questão muito atual sobre o tratamento do diabetes (DM) tipo 2. Para os portadores dessa
condição, a metformina é, em geral, o remédio de primeira escolha - a ideia é reverter o
mecanismo central da doença, isto é, a resistência periférica à insulina. Nessa mulher, a
metformina, juntamente à glibenclamida em dose submáxima, não vem sendo suficiente
(HbA1c > 7%). Assim, o que fazer? Atualmente, a American Diabetes Association traz a
seguinte "receita de bolo", a depender do perfil de morbidades da paciente:
- se portadora de doença aterosclerótica predominante, recomenda-se o uso de análogo de
GLP1 (exenatida, por exemplo) ou inibidor SGLT2.
- se portadora de doença renal crônica ou insuficiência cardíaca predominante, recomenda-se
inibidor de SGLT2 (empagliflozina, por exemplo).
Essas recomendações derivam de estudos que provaram a redução da mortalidade
cardiovascular com o uso dos fármacos citados. Assim, neste caso, como a paciente já tem
insuficiência cardíaca, o inibidor de SGLT2 seria a melhor escolha. Lembre que as
sulfonilureias são neutras quanto aos desfechos cardiovasculares.
Assertiva errada. Resposta: B.
Considere uma paciente de 54 anos de idade, diabética (HbA1c = 8,2%), cardiopata isquêmica
com infarto agudo do miocárdio prévio e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.
Encontra-se em tratamento para diabetes com metformina 850 mg três vezes ao dia e
glibenclamida 5 mg pela manhã. No exame físico, chama a atenção a presença de manchas
hiperpigmentadas/escurecidas em áreas de dobras. A respeito desse caso clínico e com base
nos conhecimentos médicos correlatados, bem como nas últimas diretrizes mundiais
relacionadas ao tratamento da diabetes, publicadas em 2019, julgue o item a seguir. Para essa
paciente, a pioglitazona não seria recomendada.
A) CERTO
B) ERRADO
68 - 2020 AMRIGS
A) Cefaleia.
B) Hipertensão arterial não complicada.
C) Asma.
D) Dores musculares.
» Por ser doença crônica muito prevalente - no Brasil varia entre 22 e 44% para adultos (32%
em média) -, a hipertensão arterial sistêmica é a principal demanda na atenção primária e um
dos problemas de saúde mais comuns que as equipes de saúde enfrentam. Os profissionais
da atenção básica têm importância primordial nas estratégias de prevenção, diagnóstico,
monitorização e controle da hipertensão arterial. Devem também ter sempre em foco o
princípio fundamental da prática centrada na pessoa e, consequentemente, envolver
usuários e cuidadores, em nível individual e coletivo, na definição e implementação de
estratégias de controle à hipertensão. Resposta: B.
69 - 2020 HUBFS/HUJBB
A) a solicitação do peptídeo natriurético cerebral (BNP) está formalmente indicada para todos
os casos de suspeição diagnóstica de insuficiência cardíaca.
B) os inibidores da enzima conversora da angiotensina são indicados em todas as classes de
progressão funcional da insuficiência cardíaca, ou seja, de A a D.
C) o ecodoplercardiograma é um importante exame para definir se o caso de insuficiência
cardíaca é com fração de ejeção preservada, limítrofe ou diminuída.
D) o uso isolado do betabloqueador cardiosseletivo está indicado para a abordagem do
paciente com insuficiência cardíaca NYHA I.
E) efeitos colaterais mais frequentes dos bloqueadores dos receptores da angiotensina II são
a tosse, a hipercalemia e a elevação das escórias nitrogenadas.
E - Incorreta. A tosse é um evento adverso relacionado ao uso dos IECA, mas não dos BRA.
Gabarito: Alternativa C.
A) erisipela - edema bilateral nos membros inferiores - leucocitose com aumento de linfócitos
B) insuficiência cardíaca - turgência jugular a 45º - sódio sérico de 133 mEq/l (valor de
referência: 136-146 mEq/l)
C) cirrose - turgência jugular a 45º - AST sérico de 55 U/I (valor de referência: 12-38 U/I) e ALT
sérico de 60 U/I (valor de referência: 7-41 U/I)
D) síndrome nefrótica - edema palpebral - albuminúria de 40 mg/g de creatinina (valor de
referência: até 30 mg/g de creatinina)
E) hipotireoidismo - reflexo aquileu diminuído - TSH sérico de 6 mUI/I (valor de referência:
0,27-4,2 mUI/I) e T4 livre sérico de 1,2 ng/dl (valor de referência: 0,93-1,7 ng/dl)
» A única opção que preenche as lacunas de forma 100% correta é a letra B. Na opção A, a
erisipela não teria porque ser bilateral. Na opção C temos AST < ALT (o que fala contra o
diagnóstico de cirrose) e na opção D a proteinúria não é condizente com uma síndrome
nefrótica. A opção E fala contra a hipótese de hipotireoidismo pelo T4 livre normal.
A insuficiência cardíaca (IC) afeta mais de 20 milhões de indivíduos no mundo. Suas diversas
causas podem ser englobadas na IC com fração de ejeção (FE) reduzida ou IC com FE
preservada. Nos pacientes que apresentam IC com redução da FE, podem ocorrer diversos
eventos nos níveis celular e molecular. Em relação aos mecanismos básicos da IC com FE
reduzida, analise os eventos abaixo. I) Hipertrofia de miócitos. II) Alterações das propriedades
contráteis dos miócitos. III) Perda de miócitos por necrose ou apoptose. IV) Dessensibilização
alfa-adrenérgica. Escolha entre as alternativas abaixo, a que inclui eventos corretamente
relacionados à IC com FE reduzida.
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) II e IV apenas.
D) I, II e III apenas.
E) I, III e IV apenas.
Gabarito: Alternativa D.
A) I e II apenas.
B) I e III apenas.
C) II e IV apenas.
D) I, II e III apenas.
E) I, III e IV apenas.
Gabarito: Alternativa E.
A) Estenose aórtica.
B) Estenose aórtica e insuficiência mitral.
C) Insuficiência mitral.
D) Prolapso da valva mitral.
» O sopro mesossistólico na borda esternal direita alta (foco aórtico) é o sopro característico da
estenose aórtica. Este sopro irradia para as carótidas e fúrcula esternal. Sua intensidade é
proporcional ao retorno venoso, aumentando na posição de cócoras e após exercício e
diminuindo com manobras que reduzem o retorno venoso (Valsalva, ortostase) ou que
aumentam a resistência vascular periférica (handgrip). Quanto mais grave a EA, maior a
duração do sopro (mas não a intensidade).
O sopro da IM aumenta com o handgrip (o aumento da pós-carga reduz o esvaziamento do
VE parta a aorta e aumenta a regurgitação para o AE).
Resposta: A.
» A estenose aórtica é a mais frequente das valvopatias, podendo ocorrer por diferentes
etiologias, como a degenerativa, presente em 3 a 5% da população acima de 75 anos,
associada a válvula aórtica bicúspide, com prevalência em 2% da população (afirmativa 1
correta) e associação com aortopatia em 70% dos casos, e por acometimento reumático,
geralmente em pacientes jovens. O eletrocaridiograma pode evidenciar sinais de sobrecarga
ventricular, no entanto, não há correlação direta entre a gravidade hemodinâmica e estes
achados (afirmativa 2 correta). Ao exame, evidencia-se um sopro sistólico ejetivo com pico
meso/telessistólico (afirmativa 3 incorreta), podendo haver hipofonese ou ausência de B1 e
B2, e o pulso típico dessa condição é o parvus tardus, com ascensão lenta e maior duração
(afirmativa 4 incorreta).
Gabarito: Alternativa B.
A miocardite pode resultar de múltiplas causas, mas é mais atribuída a agentes infecciosos
capazes de produzir lesão no miocárdio por meio de invasão direta, produção de substâncias
cardiotóxicas ou inflamação crônica com ou sem infecção persistente. Sobre a etiologia da
miocardite, considere as seguintes afirmativas. 1. Após a entrada do vírus pelas vias
respiratórias ou pelo trato gastrointestinal, é possível haver infecção de órgãos que possuam
receptores específicos. 2. A maior parte das infecções bacterianas pode envolver o coração,
por invasão direta e formação de abscesso. 3. A infecção fúngica ocorre em razão de
disseminação hematogênica, entretanto o envolvimento cardíaco raramente domina o quadro
clínico destas infecções. 4. A miocardite por doença de Lyme, na maioria dos casos apresenta-
se com artrite e doença do sistema de condução. Assinale a resposta correta.
1 - Correta. As formas mais comuns de entrada no organismo dos agentes responsáveis pelas
miocardites são os tratos gastrointestinal e respiratório, com possibilidade de disseminação
para outros órgãos e sistemas.
2 - Correta. Caso haja alcança das câmaras cardíacas, a maioria dos agentes pode promover
endo ou miocardite, que pode ser complicada com formação de abscessos.
4 - Correta. A miocardite por doença de Lyme, causada pela Borrelia burgdorferi está
associada a eritema migratório, artrite, febre, cefaleia e alterações do sistema de condução
atrioventricular.
Gabarito: Alternativa E.
A) Limitações para o uso dos peptídios natriuréticos incluem elevação de seus níveis quando
associada com anemia, insuficiência renal crônica, idade avançada e, ainda, com o fato de
apresentarem níveis mais baixos na presença de obesidade.
B) O principal uso dos peptídios natriuréticos relaciona-se com a possibilidade de exclusão do
diagnóstico de IC, em casos de dúvida diagnóstica.
C) Em pacientes crônicos, sinais e sintomas de congestão podem estar ausentes devido a
processos adaptativos, razão pela qual a presença de sinais como turgência venosa jugular ou
B3 são pouco específicos.
D) Ecocardiografia deve ser realizada em todos os pacientes com diagnóstico clínico de IC,
para avaliação de estrutura e função ventricular, além de avaliação etiológica e prognóstica.
E) Para aumentar a especificidade no diagnóstico da IC com fração de ejeção preservada, os
achados clínicos devem ser complementados por avaliação de biomarcadores e/ou exames de
imagem cardíaca.
Gabarito: Alternativa C.
A) I.
B) I, II.
C) I, III.
D) II, III.
E) I, II, III.
A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e III
E) I, II e III
» Dentre as condições citadas, todas são causas de hipertensão secundária por diferentes
mecanismos, exceto o hipoaldosteronismo. Neste último, há queda na reabsorção de sódio e
água no néfron distal, protegendo o indivíduo contra o desenvolvimento de hipertensão. Vale
lembrar que tanto o hiper quanto o hipotireoidismo associam-se à hipertensão; o primeiro
causa, tipicamente, hipertensão sistólica; o segundo, diastólica. Resposta: D.
A) I.
B) I, II.
C) I, III.
D) II, III.
E) I, II, III.
» Pessoal, a banca inicalmente considerou todas corretas, mas a assertiva I está errada, pois
obviamente os IECA e BRA reduzem a aldosterona plasmática, e é justamente esse
"hipoaldosteronismo" a frequente causa de hipercalemia nos usuários dessas drogas. II está
correta bois beta-bloqueadores realmente podem piorar o grau de bloqueio em pacientes
que apresentem tal condição. III está correta pois o edema de MMII é o principal efeito
adversos da classe dos BCC. Após recurso, foi feita a mudança do gabarito para a opção D.
» O programa "Hiperdia" é uma dos programas da estratégia de Saúde da Família que tem
como objetivo cadastrar e acompanhar todos os hipertensos e diabéticos visando uma
melhoria dos índices de controle dessas doenças nos indivíduos acompanhados. A equipe
multidisciplinar avaliar individualmente as necessidades de cada paciente e, de acordo com a
complexidade dos casos individuais, pode concluir pela necessidade de encaminhamento ao
especialista, isto é, referenciamento para a atenção secundária (A correta). Não se trata de
um programa de Home Care (B errada); como dissemos, o acompanhamento é ambulatorial
na própria UBS, em horário de consulta regular (C, D e E erradas). Resposta: A.
» Estamos na unidade de pronto atendimento (UPA) vendo mulher de 43 anos - que acaba de
ser assaltada - com níveis pressóricos elevadíssimos: 190 x 120 mmHg. E agora? A linha de
raciocínio aqui é a seguinte: do ponto de vista prático, ha três principais hipóteses
diagnósticas para pacientes com elevação aguda e importante da pressão arterial (PA) -
emergência hipertensiva (EH), urgência hipertensiva (UH) e pseudocrise hipertensiva (PH).
Lembra? EH é acompanhada de lesão aguda de órgão-alvo - neste caso, certamente a cefaleia
é secundária ao estresse emocional ao qual essa mulher foi exposta, tendo em vista a
ausência de sinais neurológicos, como alteração de consciência, confusão mental e sinais
focais; assim, não há indicação de anti-hipertensivo parenteral (C errada). Da mesma forma,
como a elevação da PA foi aguda e intimimamente relacionada ao estado emocional, não
pode ser classificada como UH - por isso, não há por que prescrever anti-hipertensivo oral
também: o problema seria, após a melhora do estado emocional, o efeito dos anti-
hipertensivos levar a grave hipotensão (B errada). Por fim, sabemos que a elevação da PA por
conta de estresse emocional ou dor é conhecida como PH. Nesta, a conduta é reverter as
causas do quadro hipertensivo. Como neste caso o problema é o estado emocional, podemos
tentar acalmar a paciente com benzodiazepínico. Na ausência de melhora, aí sim ficaria
indicado o uso de anti-hipertensivos orais (A errada). Resposta: D.
Mulher de 35 anos informa tosse seca presente há três meses. Ela nega ortopneia, dispneia
paroxística noturna, febre, perda de peso e dor torácica. É portadora de insuficiência cardíaca
idiopática com fração de ejeção do ventrículo esquerdo de 40%. Nega tabagismo e etilismo.
em uso regular de enalapril, carvedilol, espironolactona e furosemida há seis meses. Ao
exame físico, apresenta PA 100/70mmHg, FC 55bpm, FR 13irpm e SpO₂ em ar ambiente 97%.
O exame cardiovascular revela ictus cordis desviado lateral e inferiormente, e o pulso venoso
jugular é normal. A ausculta cardíaca não revela alterações. O restante do exame físico é
normal. A radiografia do tórax não apresenta anormalidades. Assinale a conduta inicial MAIS
ADEQUADA nesse caso.
» Como explicar essa tosse seca? Será culpa do carvedilol? Alguma doença torácica que possa
ser identificada na tomografia de tórax? Será culpa da insuficiência cardíaca, o que justificaria
dosar o peptídeo natriurético? Vamos com calma: não há relato de ortopneia ou dispneia
paroxística noturna, então não parece ser culpa da cardiopatia (não há sinais de congestão).
Também não encontramos febre, perda de peso nem tabagismo, então não tem muito
porque pensarmos em uma tomografia de tórax nesse momento. E o enalapril? Tosse seca
pode ser um efeito colateral dos inibidores da enzima conversora de angiotensina (como o
enalapril) em até 20% dos pacientes. O sintoma costuma surgir em uma a duas semanas
desde o início do tratamento (mas pode demorar até 6 meses para aparecer), acometendo
mulheres mais frequentemente. O mecansimo não é completamente esclarecido, mas parece
ter relação com o aumento da concentração de bradicinina e de substância P, moléculas
metabolizadas pela enzima conversora. Para resolver esse problema, basta interromper o uso
da droga (os sintomas melhoram geralmente em 4-7 dias) e substituí-la por um bloqueador
do receptor de angiotensina, como é o caso da losartana, droga que também interfere no
eixo do sistema renina-angiotensina-aldosterona, mas que não promove inibição da enzima
conversora.
Resposta: D.
Paciente de 35 anos teve uma pré-síncope ao realizar um triatlo. O quadro ocorreu após a
passagem da primeira fase, de natação, para a segunda, de ciclismo. E aconteceu após 10km
de ciclismo. O paciente se apresentou pálido, bradicárdico e hipotenso com recuperação após
cerca de 60 minutos do início do quadro.O paciente fazia corridas há cerca de 3 anos, de até
5.000m, mas optou por iniciar o treinamento para Triatlo há cerca de 2 meses. Não tinha
passado de elevações de pressão arterial. Não apresentava história familiar de cardiopatia ou
morte súbita e seus pais tinham cerca de 60 anos, normotensos. Seu eletrocardiograma era
normal. Após dois dias, foi realizada uma ecocardiografia que mostrou função sistólica
preservada, câmaras direitas e esquerdas com dimensões normais e sem alterações valvares.
Apresentava grau leve de disfunção diastólica e aumento das dimensões do septo
interventricular (20mm) e parede ventricular posterior (16mm). Uma monitorização
eletrocardiográfica de 24h (Holter) surpreendeu três episódios de taquicardia ventricular sem
relação com sintomas, com duração entre um minuto e dois minutos cada. Baseado neste
quadro considere as afirmações abaixo. I – Não é prudente que este paciente faça atividade
física intensa, pelo risco de morte por arritmias complexas. II –Este paciente tem indicação
para cardioversor implantável (CDI). III – Com a finalidade de diminuição do risco de morte
súbita, este paciente tem indicação de uso de beta bloqueadores adrenérgicos, independendo
do grau de sintomas que apresente. Qual a alternativa abaixo que contém todas as
afirmações acima corretas.
A) I.
B) I, II.
C) I, III.
D) II, III.
E) I, II, III.
» O quadro clínico de um adulto jovem atleta, sem comorbidades, com pré-sincope deve nos
alertar para a presença de alguma alteração cardíaca estrutural que aumente o risco de
arritmias. De fato, esse paciente apresenta espessamento septal e da parede ventricular
posterior (> 15 mm), caracterizando um quadro de cardiomiopatia hipertrófica. Seu holter-
ECG detectou a presença de taquicardia ventricular sustentada (“maior ou igual que” 30
segundos), o que o torna um paciente de alto risco para morte súbita. Nesse sentido, vamos
analisar as assertivas:
I) Está contraindicada atividade física extenuante, pelo risco de precipitar arritmias e morte
súbita - CORRETA.
II) Está indicada a colocação de cardiodesfibrilador implantável (CDI), para abortamento dos
episódios de taquicardias ventriculares sustentadas - CORRETA.
III) O uso de betabloqueadores pode até ser considerado em casos de múltiplos choques pelo
CDI, ou seja, para redução do desconforto do paciente. No entanto, não há evidências de que
a terapia farmacológica reduza o risco de morte súbita nesse cenário.
Estão corretas apenas I e II. Resposta: B.
A) Ototoxidade.
B) Hipercalemia.
C) Hiperglicemia.
D) Nefrocalcinose.
A) Quadro hipertensivo.
B) Hipovolemia.
C) Hipotensão ortostática.
D) Hiperglicemia.
» Questão tranquila que apresenta uma situação muito comum da prática clínica: a
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA. Essa situação tem um protótipo de paciente: pacientes
cardiopatas com DIABETES. Lembre-se que o diabetes causa lesão vascular e neural, nesse
caso gerando um desbalanço no sistema nervoso autônomo regulatório da pressão arterial,
conhecido como DISAUTONOMIA. O quadro é típico: paciente está deitado com PA normal ou
elevada e após levantar-se ocorre queda abrupta dos níveis pressóricos, gerando tontura ou
até síncope.
Resposta LETRA C.
A) Infarto agudo do miocárdio; contato com SAMU, acesso venoso, morfina, oxigênio, nitrato e
aas.
B) Edema Agudo de Pulmão; contato com SAMU, acesso venoso, furosemida, morfina e
oxigênio.
C) Crise grave de asma; nebulização com fenoterol e ipratrópio a cada 20 min., oxigênio por
cateter nasal a 6 L/min.
D) Pneumonia dupla; nebulização com fenoterol e ipratrópio, tratamento ambulatorial com
amoxicilina+clavulanato com revisão em 24 horas.
» E aí, asma ou congestão? Bem, a ausência de sibilos fala contra asma, concorda? Num quadro
de congestão até poderia haver sibilos, mas o que caracteriza essencialmente a congestão
pulmonar de origem cardíaca é a presença de estertores bibasais pulmonares! Nosso
paciente, inclusive, que está em franco esforço respiratório, apresenta estertores bilaterais
nos 2/3 inferiores dos pulmões, ou seja, ele está em EDEMA AGUDO DE PULMÃO! O fato de
ser cardiopata isquêmico corrobora este diagnóstico, uma vez que a doença coronariana é
uma das principais causas de insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e
consequente congestão pulmonar... O tratamento inicial envolve diurético de alça, nitrato e
morfina IV, além de oxigênio inalatório, com transferência para o hospital (o que requer
contato com o SAMU). Idealmente, no hospital, este paciente também receberá ventilação
não invasiva com pressão positiva (VNI). Melhor resposta: B.
A) 2 – 1 – 4
B) 2 – 4 – 5
C) 3 – 1 – 2
D) 3 – 4 – 5
E) 4 – 3 – 2
» Entre as drogas e efeitos adversos apresentados, sabemos que a inibição da ECA leva a
redução da degradação e consequente acúmulo de bradicinina, que nas vias aéreas resulta
em tosse seca. Entre as drogas associadas ao lúpus fármaco induzido, as principais são a
hidralazina, a procainamida e a fenitoína. A hiperplasia gengival induzida por medicamentos
está relacionada a três grupos de drogas: as anti-epilépticas , representadas pela fenitoína, as
imunossupressoras, representadas pela ciclosporina A e as betabloqueadoras ou
bloqueadoras dos canais de cálcio que são as diidropiridinas, como o anlodipino.
Gabarito: Alternativa C.
Paciente, 77 anos, vem à consulta por tosse que vem piorando há 6 meses, que dificulta seu
sono. Dorme bem das 22h até as 02h, quando desperta sem fôlego e precisa levantar-se de
imediato. Depois consegue dormir, mas com muitas interrupções causadas por tosse seca e
necessidade de urinar umas 4 vezes durante a madrugada. De dia, nota ligeira fraqueza ao
trabalhar no jardim, mas nega haver tosse, polaciúria, disúria ou dispneia. Nunca fumou. Ao
exame, está eupneica, normocorada, hidratada, com frequência cardíaca de 80, pressão
arterial 150/74, bulhas cardíacas rítmicas normofonéticas sem sopros, crepitantes em bases
pulmonares, edema com cacifo em tornozelos. Usa anlodipino 5mg/noite e, quando tem dor
lombar, dipirona 500mg ou ibuprofeno 400mg. Na consulta de hoje, a conduta com maior
potencial de beneficiar a paciente é solicitar
A) radiografia de tórax e, caso exista derrame pleural, tratar com azitromicina por 5 dias.
B) parcial de urina e ecocardiograma, suspendendo anlodipino e ibuprofeno.
C) dosagem de peptídeo natriurético e iniciar espironolactona e losartana.
D) radiografia de tórax e ECG e iniciar furosemida 20mg/manhã.
E) ECG e ecocardiograma e iniciar zolpidem 5mg/noite.
» Essa paciente, idosa e hipertensa, está francamente congesta: repare a queixa de dispneia
paroxística noturna (DPN), a noctúria o edema de membros inferiores e a estertoração
pulmonar. Esses achados, em conjunto, nos fazem aventar a possibilidade de insuficiência
cardíaca congestiva (ICC), tendo em vista, além da clínica, a hipertensão arterial sistêmica. A
partir daí, vamos descartar as opções absurdas - "A", por exemplo, é sem noção: pneumonia
não dura 6 meses e não é causa de DPN; "B" está errada por sugerir a interrupção do
tratamento da hipertensão arterial, o que pode piorar agudamente o quadro de ICC; "C" peca
ao sugerir que já comecemos o tratamento com espironolactona, que deve ser reservado
para pacientes sintomáticos em uso de iECA/BRA e betabloqueador em doses otimizadas; "E",
por sua vez, sugere que o problema da paciente é insônia (E errada). Neste momento,
iniciaremos diurético de alça para aliviar o quadro congestivo e solicitaremos radiografia de
tórax e eletrocardiograma, exames valiosíssimos na suspeita de ICC. A radiografia, por
exemplo, demonstra cardiomegalia, congestão pulmonar; o eletrocardiograma pode revelear
sinais de sobrecarga ventricular direita, além de outras pistas para o diagnóstico etiológico.
Resposta: D.
A) CERTO
B) ERRADO
Gabarito: B.
90 - 2020 PUC - SP
Qual das alternativas abaixo indica um medicamento anti-hipertensivo que diminui o débito
cardíaco, bem como a secreção de catecolaminas nas sinapses nervosas e inibe a secreção de
renina?
A) Betabloqueadores.
B) Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA).
C) Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II (BRA).
D) Espironolactona.
» Pessoal, questão tranquila. Dentre os citados, o fármaco que reduz o débito cardíaco (através
do efeito inocronotrópico negativo) e leva à redução das catecolaminas nas sinapses, assim
como a secreção de renina pelas células justaglomerulares (efeito beta1-mediado) é o
betabloqueador. Gabarito: A.
91 - 2020 SCMV
» A hipertensão arterial sistêmica é uma doença muito comum em pacientes idosos, com
destaque para a hipertensão sistólica isolada que ocorre por uma diminuição na
complacência arterial. O tratamento anti-hipertensivo neste grupo de pacientes deve ser feito
com mais cautela, iniciando com doses mais baixas e progressão lenta das mesmas, tendo
em vista que são pacientes mais frágeis. Os efeitos adversos dependerão do medicamento
escolhido, mas os mais frequentes são distúrbios hidroeletrolóticos (principalmente com uso
de iECA/BRA e diuréticos tiazídicos) e hipotensão postural, que pode ocorrer com qualquer
classe de medicamento. Por conta disso, de acordo com a Diretriz Europeia, em pacientes
com mais de 80 anos, o tratamento deve ser considerado apenas quando a PA sistólica
ultrapassa 160mmHg, avaliando outros aspectos como fragilidade e dependência. Apesar
disso, não confundam: uma vez optado pelo tratamento, o alvo geral é o mesmo para todos
os pacientes (PA <130x80mmHg) podendo ser flexibilizado dependendo do grau de
fragilidade do paciente. A manutenção desses níveis pressóricos é baseada em estudos que
demonstram redução da morbimortalidade cardiovascular com os mesmos.
Gabarito letra D.
92 - 2020 IGESP
Quando analisamos os prognósticos de pacientes com hipertensão arterial, qual dos itens
abaixo pode ser determinado como adequado?
» Temos um paciente com tosse crônica (> 8 semanas), já sendo possível descartar algumas das
principais etiologias com os exames trazidos pela questão. Não parece ser gotejamento pós-
nasal, pois a avaliação da mucosa de vias aéreas com a nasofibroscopia foi normal; não
parece ser asma, pois a espirometria é normal, nem DRGE (EDA e pHmetria normais). Ainda
podemos afastar o diagnóstico de tuberculose com a radiografia de tórax e teste
tuberculínico normais. Sendo assim, a principal suspeita recai sobre o IECA (enalapril), que
tem como efeito adverso a tosse. A melhor opção é trocá-lo por outro anti-hipertensivo, como
o anlodipino. Resposta: C.
A) Miocardiopatia puerperal.
B) Valvopatia reumática.
C) Tromboembolismo pulmonar.
D) Sepse de foco pulmonar.
E) Restrição respiratória secundária à gestação.
» Temos uma paciente jovem que, durante a gestação apresenta descompensação da doença
cardíaca de base, o que se justifica pelas modificações hemodinâmicas típicas da gestação. O
eletrocardiograma apresentado mostra ritmo sinusal com índice de Morris (fase negativa da
onda P proeminente em V1), caracterizando crescimento atrial esquerdo. A doença que pode
promover essa alteração estrutural, justificando o quadro clínico apresentado pela paciente, é
a valvopatia reumática, que cursa mais comumente com estenose mitral em sua fase crônica.
Gabarito: Alternativa B.
Paciente hipertenso evoluiu com descontrole de pressão arterial, trouxe exames que
mostraram creatinina 2,0 g/dl e relação albumina/creatinina urinaria acima de 30. Ao exame
PA=160/90. Qual deve a classe de anti-hipertensivo de escolha?
A) Diurético tiazídico
B) Bloqueador do canal de Cálcio
C) Inibidor da enzima conversora
D) Beta bloqueador
Gabarito: Alternativa C.
96 - 2020 HOS
Resposta: letra A.
A furosemida é o principal diurético utilizado para controle da congestão, sendo que o alvo
terapêutico principal na IC aguda é a redução da congestão, que está presente em cerca de
85% dos pacientes. Sendo adequado apenas o item:
Resposta: letra B.
Gabarito: Alternativa B.
100 - 2020 ISCMSC
A) No caso de ponte para transplante, a expectativa de tempo de espera em fila deve ser
considerada.
B) Em casos de expectativa de espera em fila < 30 dias, a indicação de DACM traria relação
custo-benefício favorável.
C) Deve-se também ter em mente que a indicação destes dispositivos em pacientes
INTERMACS II apresenta resultados mais desfavoráveis.
D) Pacientes com condições clínicas proibitivas ao transplante cardíaco atual, porém,
modificáveis ao longo do tempo.
Gabarito: Alternativa B.
101 - 2020 PMSO
""A Política Nacional de Saúde Integral da População Negra é um compromisso firmado pelo
Ministério da Saúde no combate às desigualdades no Sistema Único de Saúde e na promoção
da saúde da população negra de forma integral, considerando que as iniquidades em saúde
são resultados de injustos processos socioeconômicos e culturais - em destaque, o vigente
racismo - que corroboram com a morbimortalidade das populações negras brasileiras"".
Deste modo, é importante que os profissionais de saúde sejam preparados para entender e
atender as demandas inerentes a esta população. Sobre as condições genéticas da população
negra, assinale a alternativa mais coerente.
A) Anemia falciforme - Doença hereditária, que pode ser encontrada em frequências que
variam de 2% a 6% na população brasileira em geral, e de 6% a 10% na população negra.
B) Diabetes mellitus (tipo II) - Esse tipo de diabetes atinge com mais frequência os homens
negros (9% a mais que os homens brancos) e as mulheres negras (em torno de 50% a mais do
que as mulheres brancas).
C) A hipertensão arterial tende a ser mais complicada em negros (tanto em homens quanto
em mulheres).
D) Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase - Apresenta frequência relativamente alta
em negros americanos (13%). Por ser um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, é mais
frequente nos meninos.
E) Todas as alternativas estão corretas.
Náuseas,vômitos;
Lembre-se que a molécula de NPS contém 44% de cianeto e por isso devemos tomar cuidado
com infusões em altas doses e por tempo prolongado.
Qual alternativa está INCORRETA?
A letra B, pois o cuidado deve ser com pressão intracraniana ALTA.
Gabarito LETRA B.
103 - 2020 SCMMA
A banca quer a melhor conduta para o paciente. Seguindo esse raciocínio, vamos analisar as
alternativas:
A-INCORRETA. A questão não definiu diagnóstico de insuficiência cardíaca(IC) ou hipertensão
arterial.
B-CORRETO. Paciente está dando os primeiros indícios de uma possível IC pelo
ecocardiograma. Qual a principal causa de insuficiência cardíaca no Brasil? Doença isquêmica
(doença arterial coronariana). Por essa razão eu devo procurar estudar melhor os vasos desse
paciente e tratar se necessário com angioplastia.
C-INCORRETO. Paciente está assintomático, além disso, se for uma IC,não foi definido se é
uma IC com fração de ejeção baixa ou alta.
D-INCORRETO. O achado é relevante, não podemos simplesmente "deixar passar".
Resposta LETRA B.
104 - 2020 HSA - GUARUJÁ
» Questão sobre a insuficiência cardíaca, que é uma doença caracterizada por ser a via final das
doenças cardiovasculares, atingindo aproximadamente 10% da população acima de 80 anos.
Estima-se que 5 a 10% das pessoas estejam no estágio D da doença e que a taxa de sobrevida
em 5 anos seja inferior a 50%! Vamos, então, analisar as quatro alternativas…
Letra A: A prevalência em indivíduos jovens é muito menor! INCORRETA
Letra B: Exato. A taxa de mortalidade nos indivíduos ≥ 60 anos chega a atingir 10% na
internação. CORRETA
Letra C: Não! No Brasil, a principal etiologia da IC é a cardiopatia isquêmica crônica associada
à hipertensão arterial. INCORRETA
Letra D: Essas condições aumentam, de fato, a aumentam de maneira expressiva a
mortalidade da doença. CORRETA
Resposta: letra E.
105 - 2020 ISCMSC
Resposta: letra C.
106 - 2020 SCMSJC
Qual dos sintomas abaixo, quando apresentado pelo paciente com estenose aórtica é uma
valvopatia com mau prognóstico, tem uma pior sobrevida?
A) Síncope.
B) Angina.
C) Vertigens frequentes ou pré-síncope.
D) Dispneia (insuficiência cardíaca).
Qual dos achados do exame físico é o menos específico para um paciente com insuficiência
cardíaca congestiva descompensada?
A) B3.
B) Crepitações pulmonares.
C) Turgência jugular.
D) Refluxo hepato jugular.
Qual o anti-hipertensivo a que os jovens brancos, melhor respondem como terapia inicial?
A) BB.
B) IECA.
C) BRA.
D) BCC.
» Vamos relembrar:
Anti hipertensivo de 1 linha é toda droga que, alpem de baixar a pressão arterial, reduz a
morbimortalidade cardiovascular. Logo, além de poderem ser utilizadas em monoterapia, tais
drogas sempre devem estar presentes nos esquemas de associação. De acordo com a
literatura médica, existem cinco classes de anti-hipertensivos de 1 linha:
1) diuréticos.
2) bloqueadores de canais de cálcio (BCC).
3) Inibidores da ECA (IECA).
4) Bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA).
5) Betabloqueadores (BB).
Estudos recentes mostraram que os benefícios dos BB são inferiores aos das demais classes,
exceto em certos subgrupos de pacientes (ex: coronariopatas, portadores de ICFER). Logo, os
BB devem ser considerados como anti hipertensivos de 1 linha somente nessas
circunstâncias.
Por fim, as drogas de escolha em jovens brancos são IECA e betabloqueadores. Como citado
acima, sem comorbidades, nossa primeira escolha são os IECAs e portanto o nosso gabarito é
a letra B.
Homem, 65 anos, admitido com quadro de taquicardia, febre de 38 °C, dispneia progressiva
aos esforços, evoluindo para dispneia ao repouso, edema de membros inferiores e ortopneia.
Seu RX de tórax revelou consolidação pulmonar, ECG sinusal, com sobrecarga de câmaras
esquerdas. Ecodoppler apresenta FE estimada em 35%. Após tratamento com antibiótico,
evoluiu assintomático, sem sinais de congestão e em condições de alta, apresentando PA
120X75 mmHg e FC 78 bpm. Qual o tratamento adicional mais adequado a ser prescrito?
A) Antibioticoterapia estendida
B) Inibidor da ECA e betabloqueador (Metoprolol)
C) Digital e diurético tiazídico
D) Diurético de alça e nitrato
E) Anticoagulação oral
» Esse paciente é portador de insuficiência cardíaca (IC), diagnóstico que, aparentemente, só foi
revelado após descompensação por quadro infeccioso pulmonar. O tratamento
antimicrobiano foi eficaz, tendo em vista atual estabilidade clínica (A errada); então, chegou o
momento de darmos alta a esse senhor, prescrevendo o tratamento para sua IC com fração
de ejeção reduzida. A primeira ideia importante é de que o doente está assintomático no
momento, isto é, não é o momento de nos preocuparmos com fármacos para controlar
sintomatologia, como diuréticos (C e D erradas). Ao mesmo tempo, sabemos que a
anticoagulação, em pacientes com IC, é indicada em raros casos (E errada)... Vamos então ao
que interessa — grandes trabalhos já comprovaram que as seguintes classes de fármacos
aumentam a sobrevida de pacientes com IC: (1) iECA ou "pril" (inibidores da enzima
conversora de angiotensina); (2) bloqueadores da angiotensina II ou “sartans" (BRA), inclusive
a associação valsartan-sacubitril; (3) betabloqueadores (apenas bisoprolol, carvedilol e
succinato de metoprolol); e (4) inibidores diretos da aldosterona, como a espironolactona.
Começaremos, então, com pril + betabloqueador em doses baixas, aumentando-as
progressivamente, de acordo com a tolerância do paciente. Resposta: B.
Homem, 58 anos, procura atendimento médico com queixa de dispneia aos esforços, de
moderados a pequenos, além de edema leve de membros inferiores, de instalação
progressiva há cerca de 3 meses. Refere antecedente de infarto do miocárdio há 2 anos e,
atualmente, não faz uso de qualquer medicação. Exame físico: bom estado geral, FC = 98
bpm, pulso regular, PA = 130 × 90 mmHg, sinal de Godet positivo 2+/4+ em membros
inferiores, ausculta cardíaca normal e ausculta pulmonar com finos estertores crepitantes
bibasais. Foi solicitado ecocardiograma transtorácico, que revelou a presença de acinesia de
toda a parede inferior do ventrículo esquerdo e fração de ejeção de 40% (Simpson). Exames
laboratoriais: função renal e hepática normais. No arsenal terapêutico disponível para o
tratamento desse paciente, deve-se evitar o uso de
A) bisoprolol.
B) espironolactona.
C) furosemida.
D) diltiazem.
E) losartana.
IECA
BRA`s
Antagonista de aldosterona
Betabloqueadores
Sacubitril/Valsartana
Ivabradina
Hidralazina
Dinitrato de isossorbida
Este seria o "arsenal" terapêutico para IC. Os bloqueadores de canais de cálcio não fazem
parte desse arsenal. Agora ficou fácil né?
Resposta certa LETRA D.
112 - 2020 UFSCAR
» Que história triste... Paciente com diabetes tipo 1 há 18 anos desenvolve hipertensão arterial
e doença renal crônica aos 32 anos de idade. O que podemos fazer por ela, quanto ao
controle pressórico? Primeiro, escolher o alvo adequado e, em seguida, a classe
farmacológica que traz mais benefícios para o seu perfil de morbidades. De acordo com o
posicionamento mais recente da American Diabetes Association e da American Heart
Association, a meta pressórica para diabéticos é < 130 x 80 mmHg (A, B e E erradas). O
benefício seria maior em pessoas com risco cardiovascular mais elevado, como a nossa
paciente... O alvo mais conservador da PA, < 140 x 90 mmHg, pode ser almejado em
pacientes com menor risco. Quanto à melhor classe de anti-hipertensivos para diabéticos
e/ou nefropatas, os inibidores da enzima conversora de angiotensina ("pril") ou os
bloqueadores do receptor da aldosterona ("sartans") são a melhor opção (C errada).
Resposta: D.
113 - 2020 UNITAU
Homem, 75 anos, com queixa de dor torácica em aperto, acompanhada de dispneia aos
esforços, há 12 meses, com melhora ao repouso. Seu exame físico revela PA 150x70 mmHg,
FC 86 bpm, ritmo regular, FR 16 ipm. À ausculta, sopro sistólico de alta frequência no segundo
espaço intercostal à direita do esterno, com irradiação para a fúrcula e para a região cervical.
Qual a hipótese clínica mais provável?
A) Insuficiência mitral
B) Comunicação interventricular
C) Prolapso da válvula mitral
D) Estenose aórtica
E) Comunicação interatrial
» Temos aqui o caso clínico de um senhor idoso com queixa de angina estável típica associada
a dispneia aos esforços. Seu exame físico revela um sopro sistólico em foco AÓRTICO, de alta
frequência e exibindo o padrão de irradiação típica (fúrcula e carótidas) da estenose aórtica
importante. Tipicamente o sopro é mesossistólico (adquirindo formato "em diamante") no
fonocardiograma.
É inteiramente possível que a estenose aórtica coexista com um quadro de angina estável por
doença aterosclerótica, e esse diagnóstico deverá ser excluído no decorrer da investigação
clínica. Contudo, a própria estenose aórtica é capaz de causar angina sem doença
coronariana associada, indicando doença grave com área valvar bastante reduzida (< 1cm2),
elevada velocidade de fluxo (> 4m/s) e elevado gradiente transvalvar (> 40 mmHg).
Outra possível manifestação clínica é a síncope ou pré-síncope relacionada ao exercício, e
outros possíveis achados ao exame físico são presençã de quarta bulha (B4) e pulsos de
amplitude e velocidade reduzida (parvus tardus).
Resposta correta letra D
Resposta: letra D.
Paciente com ICC chega ao PS frio e seco, qual a medida inicial a ser tomada?
» Pessoal, nem toda descompensação de ICC é igual e deve ser tratada da mesma forma. Para
isso foram definidos alguns "perfis" de acordo com características clínicas dos pacientes. O
perfil L (frio e seco) da ICC descompensada representa pacientes mal perfundidos (frios) e
sem congestão (secos). Geralmente demanda hidratação venosa cautelosa, que deve ser feita
preferencialmente após instalação de cateter de Swan-Ganz e demonstração de pressão
capilar pulmonar em cunha < 12 mmHg.
116 - 2020 CMC
A) Hidroclorotiazida.
B) Anlodipina.
C) Enalapril.
D) Losartan.
Gabarito: Alternativa C.
A) Beta bloqueador.
B) Tiazídico.
C) Inibidor da enzima conversora.
D) Bloqueador da renina angiotensina.
A) DPOC.
B) Depressão.
C) DAP.
D) Maiores de 55 anos.
Mulher de 20 anos, na 22ª semana de gestação, vinha sentindo-se bem, assintomática desde
o início da gestação. Relata que sabia que tinha um sopro cardíaco desde os 12 anos, mas que
tinha sido informada pelo médico na época que não tinha com o que se preocupar naquele
momento, perdendo então o acompanhamento. Há 2 semanas passou a apresentar dispneia
progressiva aos esforços e, hoje, foi admitida na Unidade de Emergência em franco edema
agudo de pulmão, em ritmo de fibrilação atrial ao eletrocardiograma. Qual a doença valvar
mais provável dessa paciente?
A) Estenose mitral.
B) Insuficiência aórtica.
C) Estenose aórtica.
D) Insuficiência mitral.
Paciente hipertenso evolui com descontrole de pressão arterial, trouxe exames que
mostraram creatinina 2,0 g/dL e relação albumina/creatinina urinária acima de 30. Ao exame,
PA=160/90. Qual deve a classe de anti-hipertensivo de escolha?
Qual dos achados do exame físico é o menos específico para um paciente com insuficiência
cardíaca congestiva descompensada?
A) B3.
B) Crepitações pulmonares.
C) Turgência jugular.
D) Refluxo hepato jugular.
» Cuidado com essa questão... Ela não está se referindo ao diagnóstico de insuficiência cardíaca
crônica, e sim à insuficiência cardíaca DESCOMPENSADA... Crepitações pulmonares podem
ocorrer em pacientes sem qualquer patologia cardíaca, por exemplo: uma pneumopatia
primária! Por outro lado, muitos pacientes com IC descompensada (por exemplo: IC aguda
com perfil frio e seco), cursam com redução do débito cardíaco e ausência de congestão
pulmonar, sem crepitações pulmonares... Já a presença de terceira bulha (sinal de falência
sistólica do VE), turgência jugular (sinal de sobrecarga pressórica do átrio direito) e refluxo
hepatojugular (ou abdominojugular), um achado ainda mais sensível que a tugência jugular
para a demonstração de sobrecarga do átrio direito), são manifestações clínicas mais
fortemente relacionadas com a existência de uma cardiopatia subjacente DESCOMPENSADA.
Melhor resposta: B.
Mulher de 32 anos, com doença renal crônica secundária ao lúpus eritematoso sistêmico (LES)
e hipertensão arterial está em tratamento dialítico três vezes por semana. Apresenta quadro
súbito de cefaleia intensa, seguida de um episódio de convulsão tônico-clônica generalizada e
amaurose bilateral. Exame físico: PA: 230/140 mmHg. O exame de ressonância nuclear
magnética mostrou um edema vasogênico na região parieto-occipital bilateral. Outros
exames: hemoglobina 8,4 g%; plaquetas 98.000 mm³; albumina 2,1g%; complemento C3: 52
mg/dL (referência: 88-201 mg/dL); FAN 1/1280; antiDNA positivo. Submetida a tratamento com
nitroprussiato de sódio e posteriormente medicação anti-hipertensiva por via oral, voltou a
enxergar e não teve mais convulsões. Esse quadro clínico configura
» Questão bem difícil aqui! Temos uma paciente jovem com indicativos laboratoriais de
atividade lúpica e que apresenta-se francamente hipertensa. Apresentou cefaleia intensa
seguida de episódio de convulsão e amaurose bilateral…
O que será isso?
Bem, aqui tínhamos que lembrar que a síndrome da encefalopatia reversível posterior (PRES)
decorre de edema cerebral vasogênico de instalação aguda ou subaguda. Os sintomas que
acompanham esse quadro incluem cefaleia e alteração de consciência, estupor, coma, déficits
neurológicos, convulsões e cegueira cortical. A RM corresponde exatamente ao padrão
descrito. A encefalopatia hipertensiva não justificaria a amaurose, e um AVE hemorrágico não
seria reversível.
A) espironolactona.
B) hidralazina e isossorbida.
C) valsartana.
D) anlodipina.
E) metformina.
A) a aferição da pressão arterial em crianças saudáveis deve ser realizada no braço direito.
B) o primeiro som audível (fase I de Korotkoff) e o último (fase III de Korotkoff) representam a
pressão arterial sistólica e diastólica, respectivamente.
C) A aferição da pressão arterial em crianças não pode ser realizada pelo método
oscilométrico.
D) O comprimento do manguito deve ser de até 30% da circunferência do braço.
» Paciente muito comum nas UPAs e Emergências do país: temos um homem de meia-idade,
cardiopata, taquipneico, com insuficiência respiratória( Saturação de O2 < 94% + aumento da
FR), estertorando bilateralmente e com clara Emergência Hipertensiva(PAD>120mmHg). Qual
o diagnóstico? EDEMA AGUDO PULMONAR HIPERTENSIVO. Qual a conduta imediata para
esse paciente? 1-Antihipertensivo ENDOVENOSO, duas opções: Nitruprussiato de sódio
(NIPRID); Nitroglicerina ( Tridil). 2-Tratar insuficiencia respiratória: Ventilação não-invasiva;
Furosemida para reduzir edema pulmonar. Por que não intubar inicialmente? Pois em geral
esses pacientes respondem bem as medidas iniciais e sempre que possível devemos prezar
inicialmente pelas medidas não-invasivas. Por que não usar DOBUTAMINA? Um inotrópico
poderia aumentar ao débito cardíaco e até aumentar a PA do paciente, piorando o edema
agudo. Por isso a resposta é LETRA E.
128 - 2020 HASP
Em que tipo de choque encontramos débito cardíaco diminuído, resistência vascular sistêmica
aumentada, pressão arterial média normal ou diminuída, pressão do capilar pulmonar
aumentada e pressão venosa central aumentada?
A) cardiogênico;
B) obstrutivo;
C) distributivo;
D) séptico.
» Vejamos o perfil hemodinâmico esperado para cada um dos tipos de choque apresentados
(lembrando que o choque séptico é um tipo de choque distributivo):
Cardiogênico: Débito cardíaco (DC) reduzido, resistência vascular sistêmica (RVS) aumentada,
pressão capilar pulmonar (PCP) aumentada e pressão venosa central (PVC) aumentada.
Obstrutivo: DC reduzido, RVS aumentada, PCP reduzida, PVC aumentada.
Distributivo: DC alto, RVS reduzida, PCP e PVC reduzidas, normal ou elevadas.
Gabarito: Alternativa A.
A) acrescentar betabloqueador.
B) trocar a losartana por alisquireno.
C) dobrar a dose de clortalidona.
D) associar enalapril.
E) iniciar alfabloqueador.
dieta DASH;
atividade física;
O próximo passo é introdução do 5o fármaco. Aqui temos que organizar a ordem priorizada
pela diretriz:
Homem, 75 anos, dá entrada na emergência após episódio de síncope, com queixa de dor
torácica aos esforços há 1 ano e dispneia aos esforços com piora progressiva. Ao exame,
apresenta: PA = 110 x 70, FC = 80 bpm, pulmões: MV presente bilateralmente, com crepitações
nasais e precórdio: sopro sistólico +4/6 em foco aórtico, rude, com irradiação cervical. Sobre a
patologia apresentada pelo paciente, é incorreto afirmar que
A) a causa mais comum é a calcificação aórtica, que acomete principalmente pacientes idosos.
B) no exame físico, podemos ter, além do sopro ejetivo, pulsus parvus et tardus, hipofonese
de B1 e B2, fenômeno de Gallavardin e desdobramento paradoxal de B2.
C) há indicação de troca valvar ou implante de valva aórtica transcateter.
D) a angina pode ser decorrente do desbalanço de oferta/consumo de oxigênio em um
miocárdio hipertrófico ou redução do gradiente de perfusão miocárdico (pd2 elevada).
E) o uso de vasodilatadores é indicado nesse paciente.
» O quadro clínico de síncope e dor torácica, junto ao exame físico do paciente, torna altamente
provável o diagnóstico de estenose aórtica anatomicamente importante, que na faixa etária
do paciente apresentado, deve ter como etiologia a calcificação/degeneração valvar
(alternativas A, B e D corretas). A presença de sintomas indica a necessidade de troca valvar
(alternativa C correta), sendo a terapia farmacológica indicada apenas para controle
sintomático no pré operatório, sendo a furosemida a principal droga a ser utilizada. O uso de
vasodilatadores, no entanto, pode resultar em hipotensão e redução da perfusão
coronariana, não estando indicado (alternativa E incorreta).
Gabarito: Alternativa E.
Em um primeiro atendimento em que foi realizada a aferição da pressão arterial (PA) pelo
método auscultatório de uma criança com 5 anos de idade, sem antecedentes patológicos
anteriores ou atuais, as medidas apresentavam níveis entre o P90 e P95. Qual a hipótese e
conduta nesse caso?
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a frase abaixo. João, 60 anos de idade,
procura o Centro de Saúde porque sua pressão arterial (PA) tem subido. Mediu algumas vezes
na emergência, durante uma crise de dor de cabeça, e os valores estavam entre 140/90
mmHg e 160/100 mmHg. É tabagista desde os 20 anos, de vinte cigarros ao dia. Nos fins de
semana, costuma beber algumas cervejas com os amigos. No exame físico, pesa 90 kg e
mede 1,70 m. Sua pressão é de 130/90 mmHg. Ausculta cardíaca normal. O médico de família
e comunidade deve, nesse caso, ...
A doença de Chagas é uma doença infecciosa, cujo agente etiológico é o Trypanosoma cruzi,
com fenótipos heterogêneos na apresentação clínica com diversos aspectos, demonstre o
item incorreto:
A) A apresentação clínica variando desde formas subclínicas e/ou sintomas inespecíficos, até a
forma fulminante de IC, com grave comprometimento hemodinâmico.
B) O diagnóstico de miocardite ainda constitui desafio na atualidade, entre outras razões, pela
homegeinidade da apresentação clínica.
C) No contexto da doença de Chagas, o diagnóstico de miocardite torna-se ainda mais difícil e
complexo.
D) A apresentação clínica polimórfica da fase aguda, crônica e nas reativações.
Escolar, sexo masculino, 9 anos de idade, com escore z de IMC/idade de 2,3, tem sua pressão
arterial aferida em uma consulta de rotina pediátrica. Os valores de pressão sistólica e
diastólica estão entre o percentil 90 e 95, utilizando-se as tabelas atuais recomendadas para a
classificação da pressão arterial em Pediatria. Como se classificam, atualmente, esses valores
da pressão arterial?
A) normotensão.
B) pressão arterial elevada.
C) hipertensão arterial estágio 1.
D) hipertensão arterial estágio 2.
» Crianças entre 5 e 9 anos com escore Z para IMC entre +2 e +3 estão classificadas como
portadoras de obesidade. Define-se o valor normal de PA na criança e no adolescente com
base em percentis relacionados à idade cronológica, ao sexo e à altura. Consideram-se como
valores normais de PA sistólica e diastólica quando inferior ao percentil 90 para idade, sexo e
percentil de estatura. Pacientes com valores de PA entre os percentis 90 e 95 são chamados
de pressão arterial elevada (anter 2017 – pré-hipertensão). Se PA maior ou igual p95 :
hipertensão, estagio 2 se maior ou igual p95+12mmHg. Resposta: Letra B.
A) Estenose aórtica.
B) Pericardite constritiva.
C) Insuficiência aórtica.
D) Estenose mitral.
Gabarito: Alternativa B.
A) I e II
B) I e III
C) II e III
D) Somente I
» Questão controversa... Vamos resolver esta questão com base nas diretrizes brasileiras de
hipertensão arterial sistêmica (HAS). Nosso paciente, hipertenso, tem sinais claros da
chamada cardiopatia hipertensiva: além do ictus desviado lateralmente, sugerindo aumento
do ventrículo esquerdo (VE), tem manifestação eletrocardiográfica de sobrecarga daquela
cavidade. Lembre que o índice de Sokolow-Lyon acima de 35 mm define sobrecarga de VE.
Assim, já podemos considerar nosso paciente como portador de lesão de órgão-alvo, o que o
enquadra como de alto risco cardiovascular, independente dos valores pressóricos.
Indivíduos com alto risco cardiovascular já devem iniciar a terapia com representantes de
duas classes farmacológicas em baixa dose (I certa e III errada), mas seu alvo terapêutico é <
130 x 80 mmHg (II errada). Dessa forma, discordamos do gabarito fornecido pela banca (A).
Em nossa opinião, a melhor resposta teria sido D.
Gabarito: Alternativa B.
139 - 2020 UNIMED - RJ
» Mesmo com o avanço tecnológico, a radiografia de tórax ainda é uma modalidade muito
utilizada na prática clínica, principalmente pelo seu baixo custo e rapidez. Vamos aproveitar
essa questão para discutir os aspectos radiográficos das patologias mencionadas: Edema
pulmonar cardiogênico: quando há um aumento da pressão pulmonar, as margens dos vasos
passam a ter limites mal definidos por conta do extravasamento de líquido para o interstício.
Os septos interlobulares podem ficar espessos (pelo acúmulo de líquido) e há um aumento
difuso da densidade nas regiões hilares geralmente bilateral (em “asa de borboleta”).
Lembrando que é comum a presença de cardiomegalia associada. Pneumonia bacteriana: o
achado mais comum é a presença de uma consolidação do espaço aéreo e, por isso, o sinal
clássico é o broncograma aéreo (presença de um brônquio no meio de uma consolidação).
Pneumonia viral: os padrões mais comuns são as opacidades em vidro fosco, as
consolidações e a associação de ambas. O envolvimento frequentemente é bilateral,
multifocal e com predomínio nos lobos inferiores. SARA: infiltrado bilateral sugestivo de
edema pulmonar que surge de forma aguda e não é causado por congestão ou hipervolemia.
A presença de consolidação acinar na tomografia nos indica que há um preenchimento do
espaço aéreo de forma arredondada (acinar). Esse preenchimento pode ser por um exsudato,
transudato ou mesmo por sangue. Por isso, esses dados devem ser interpretados juntamente
com os achados clínicos. Na questão, pelos achados descritos, o aspecto é mais sugestivo de
edema pulmonar. Gabarito letra A.
140 - 2020 CHN
» É muito comum que pacientes se assustem com níveis pressóricos como o apresentado...
Mas nós, médicos e médicas, estamos proibidos de agir assim! Se o paciente cronicamente
hipertenso tem pressão arterial elevada sem lesão aguda de órgão-alvo (que definiria
emergência hipertensiva) ou sem diastólica > ou igual a 120 mmHg (que definiria urgência
hipertensiva), não há por que encaminhá-lo ao pronto-socorro, nem medicá-lo com pressa (A,
B e C erradas). De posse dessa tranquilidade, veja que, embora o paciente esteja utilizando 3
anti-hipertensivos em doses máximas (D errada), permanece com a pressão arterial elevada,
o que suscita o diagnóstico de hipertensão resistente... Antes de cravarmos que o paciente é,
de fato, resistente ao tratamento, devemos excluir causas secundárias para hipertensão, má
adesão terapêutica, efeito do jaleco branco... Assim, antes de adicionar o quarto fármaco —
geralmente a espironolactona — uma das etapas fundamentais é confirmar que o paciente
não tem alterações pressóricas relacionadas à visita ao consultório médico, o que pode ser
realizado através da monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Resposta: E.
Homem de 60 anos com diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia,
procura o Ambulatório de Clínica Médica do CHN para o início de acompanhamento. Na
ocasião: índice de massa corporal (IMC)= 33,7kg/m²; pressão arterial= 160x110mmHg;
colesterol total= 254mg/dL; HDL colesterol= 29mg/dL; triglicerídeos= 248mg/dL; ácido úrico=
10,3mg/dL; glicemia de jejum= 149mg/dL; hemoglobina glicada= 7,6% e microalbuminúria=
100 mg/g em spot urinário. Qual das combinações de medicamentos a seguir é a MELHOR
opção para o TRATAMENTO INICIAL do paciente?
» Nenhuma das comorbidades desse paciente está controlada. Para o tratamento da DM, a
metformina deve ser indicada; a princípio, não há motivo para acrescentar outra droga
antidiabética ou iniciar a terapia com insulina. Considerando a albuminúria moderadamente
aumentada (30-300 mg/dia), um IECA ou um BRA deve ser prescrito, mesmo se o paciente
não fosse hipertenso. Agora, vamos analisar a dislipidemia. Apesar da elevação dos
triglicerídeos, seus níveis são inferiores a 500 mg/dl. Logo, não há necessidade de
prescrevermos fibratos. Para definir o valor do LDL, usamos a fórmula de Friedewald: LDL =
CT – HDL – Tg/5 = 175 mg/dl. Por se tratar de um paciente diabético, a terapia com estatinas
está formalmente indicada. De acordo com a AHA, devemos considerar alta intensidade
dependendo do risco cardiovascular estimado. Pela diretriz brasileira, qualquer diabético é
considerado de alto risco e, portanto, deve receber a terapia de alta intensidade, seja com
atorvastatina ou rosuvastatina. Obviamente, não podemos esquecer de estimular mudanças
do estilo de vida – isso irá servir para todas as suas comorbidades. Resposta: (D).
Paciente masculino, 32 anos, foi atendido no Serviço de Emergência do CHN com dor torácica
iniciada há 3 horas, sem melhora, febre baixa e sopro cardíaco. Eletrocardiograma evidenciou
supradesnivelamento do segmento ST em todas as derivações, exceto em aVR e V1. Também
demonstrou infradesnivelamento do segmento PR. A hipótese diagnóstica de Pericardite
aguda foi confirmada à ecocardiografia. A CONDUTA ADEQUADA para o caso é prescrever:
» Paciente de 32 anos, masculino, com dor torácica há 03 horas, sem melhora, febre baixa e
com um sopro cardíaco. Na investigação inicial de uma dor torácica realizou um ECG que
evidenciou supradesnivelamento difuso do segmento ST, exceto em aVR e V1, sendo
confirmada a hipótese de pericardite aguda com ecocardiografia. Qual o tratamento para a
pericardite aguda, neste caso idiopática? O tratamento é realizado com foco em tratar
principalmente o sintoma álgico decorrente do atrito pericárdico e as alterações inflamatórias
locais que predispõem a exsudação do pericárdio, logo, a base do tratamento da pericardite
aguda idiopática é o repouso no leito e uso de agentes antiinflamatórios como o ácido
acetilsalicílico ou antiinflamatórios não hormonais como ibuprofeno ou indometacina, ou
colchicina, esta última inclusive com benefício de reduzir a chance de recorrência. A
corticoterapia pode ser útil em casos refratários (não se enquadra já que não foi realizado
nenhum tratamento prévio) e antes de seu uso deverá ser descartada uma possível
pericardite purulenta. Em relação ao diagnóstico diferencial notamos que não se trata de
uma IAM mesmo com o supradesnivelamento do segmento ST e portanto não há indicação
de nitratos, betabloqueadores ou estatina. Uma recomendação é de que não sejam utilizados
anticoagulantes (heparina não fracionada, heparina de baixo peso molecular, etc), já que o
pericárdio inflamado e com atrito é mais propenso a sangramento e possibilidade de
tamponamento cardíaco pelo sangue, tendo dito isto o que dizer então de terapia
trombolítica venosa? Está contra-indicada neste caso.
Resumindo o tratamento da pericardite aguda idiopática é: repouso e antiinflamatórios.
Gabarito letra A
Qual das classes de fármacos abaixo está contra-indicada em pacientes com insuficiência
cardíaca?
» Sempre que estivermos resolvendo questões sobre insuficiência cardíaca (IC), é importante
termos cuidado em diferenciar IC com fração de ejeção reduzida (ICFER) e IC com fração de
ejeção preservada (ICFEP). Quando a questão não define a qual das duas formas se refere,
devemos imaginar, até pela maior frequência, à ICFER. Na ICFER sintomática, os antagonistas
do cálcio inotrópicos negativos (verapamil, diltiazem) devem ser evitados por deprimirem a
função ventricular. A nifedipina também pode aumentar a mortalidade destes pacientes. Os
únicos antagonistas do cálcio considerados seguros nessa forma de IC, até o momento, são
os mais vasosseletivos, como o anlodipino e a felodipina (A errada e C certa). Nessa mesma
forma da doença, os inibidores da enzima conversora de angiotensina, certos
betabloqueadores, e o sacubitril, inibidor da neprilisina, estão associados à redução da
mortalidade (B, D e E erradas). Resposta: C.
145 - 2020 UNIMED - RJ
» Questão "de livro" sobre a técnica de aferir pressão arterial (PA). Será que a gente faz certinho
no dia a dia? Vamos lembrar alguns detalhes importantes... Antes de sair colocando qualquer
esfigmomanômetro no paciente, é importante medir a circunferência do braço e selecionar
o manguito de tamanho adequado — quanto mais apertado, mais superestimada fica a
pressão; quanto mais folgado, mais subestimada ela fica. Feita a avaliação preliminar da
PA sistólica através do pulso radial, deve-se aguardar um minuto e, em seguida, começar
enfim o procedimento: insuflar rapidamente o manguito até ultrapassar em 20 a 30 mmHg o
nível estimado da pressão sistólica. Em seguida, deve ser iniciada a deflação lenta, o que se
acompanha pelo surgimento dos sons de Korotkoff — o primeiro som, fraco e seguido de
batidas regulares, corresponde ao valor da sistólica; o desaparecimento do som, isto é, o
último som auscultado das batidas regulares é o valor da diastólica — D errada. Com essa
ténica, é importante medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor
do braço onde foi obtida a maior pressão como referência. A diferença máxima entre os
valores pressóricos obtidos em cada braço é de 10 mmHg (B errada) — caso contrário, a
aferição deve ser repetida. Há que se ter cuidado, em idosos, com o fenômeno do hiato
auscultatório — desaparecimento prolongado dos sons durante a deflação do manguito (C
errada). Ou seja, quando você começa a desinsuflar o manguito, fica um bom tempo de
espera entre o primeiro e o segundo sons. Se você não auscultou o primeiro (PA sistólica),
pode achar equivocadamente que o segundo som (fase II) é o primeiro e com isso creditar
valores falsamente baixos para a sistólica. Por outro lado, pode ter a ideia de PA diastólica
falsamente elevada, se o hiato ocorrer na fase final. Resposta: B.
» Caso com toda a pinta de hipertensão arterial sistêmica (HAS) secundária! É importante que
você guarde — todo quadro de HAS de início precoce (idade < 30 anos) ou tardio (idade > 65
anos) deve nos fazer pensar nessa possibilidade. Aliás, HAS secundária fica ainda mais
provável ao observarmos que a paciente tem sinais de hipertensão resistente: está em uso de
três fármacos em dose otimizada, sendo um deles um diurético tiazídico. O sopro abdominal
em flancos é a única alteração que aponta para etiologia específica de HAS secundária — no
caso, estenose de artéria renal. O diagnóstico dessa condição pode ser avaliado através da
ultrassonografia com Doppler. Biópsia renal seria interessante, por exemplo, para pacientes
nefróticos que desenvolvessem hipertensão (A errada). Polissonografia investigaria a
possibilidade da síndrome de apneia do sono, mas não há esta suspeita aqui: a paciente não
tem obesidade, não tem relato de sonolência diurna (B errada)... Por fim, a pesquisa de
metanefrinas urinárias seria interessante na suspeita de feocromocitoma (cefaleia,
palpitações, sudorese profusa — C errada). Resposta: D.
Você está avaliando Sebastião, 67 anos, proprietário de uma cadeia de restaurantes de sushi
com muito sucesso. Ele reclama de falta de ar com esforço, edema nos membros inferiores e
despertar à noite sentindo falta de ar. Você deseja avaliar o status do volume e sabe que a
avaliação do pulso venoso jugular (JVP) é a medida de exame físico mais importante para
ajudá-lo nesse componente de sua avaliação. Qual das seguintes afirmações sobre a medição
da JVP é verdadeira?
A) A pressão sistólica aumenta e a pressão diastólica diminui quando medida em artérias mais
distais.
B) A pressão arterial sistólica da perna é geralmente 20 mmHg mais baixa que a pressão
arterial do braço.
C) O conceito de “hipertensão do jaleco branco” (pressões sanguíneas medidas em
consultórios ou hospitais significativamente mais elevados do que em consultórios não-
clínicos) tem se mostrado um mito.
D) A diferença na pressão arterial medida em ambos os braços deve ser menor que 20 mmHg.
E) O uso de um manguito de pressão arterial muito pequeno resultará em uma subestimação
acentuada da pressão arterial verdadeira.
A) Fibrilação atrial
B) Tamponamento cardíaco
C) Pericardite constritiva
D) Embolia pulmonar
E) Disfunção grave do ventrículo esquerdo
Um homem de 61 anos é admitido no seu serviço por inchaço do abdômen. Você detecta
ascite no exame clínico e realiza uma paracentese. Os resultados mostram uma contagem de
leucócitos / μL de 300 leucócitos com 35% de células polimorfonucleares. O nível de albumina
peritoneal é de 1,2 g / dL, a proteína é de 2,0 g / dL e os triglicerídeos são de 320 mg / dL. As
culturas peritoneais estão pendentes. A albumina sérica é de 2,6 g / dL. Qual dos seguintes é
o diagnóstico mais provável?
» Antes de analisarmos as assertivas, vamos fazer um breve resumo do caso: Trata-se de uma
paciente idosa, com diagnóstico prévio de miocardiopatia dilatada de etiologia isquêmica, em
tratamento regular com as drogas redutoras de mortalidade para a doença de base. No
atendimento inicial, a paciente apresenta descompensação do quadro, com sinais de
hipoperfusão tecidual, como sonolência, hipotensão e enchimento capilar lentificado, além
de sinais claros de congestão pulmonar e sistêmica. Trata-se, portanto, de uma paciente em
perfil hemodinâmico C (frio e congesto). Vejamos as afirmativas:
III - Correta. Os exames citados permitem avaliar a disfunção orgânica, bem como auxiliam
no manejo terapêutico.
Gabarito: Alternativa E.
A) Perfil B com débito cardíaco diminuído, pressão venosa central elevada e resistência
vascular sistêmica elevada
B) Perfil C com débito cardíaco diminuído, pressão venosa central diminuída e resistência
vascular sistêmica diminuída
C) Perfil L com débito cardíaco diminuído, pressão venosa central elevada e resistência
vascular sistêmica elevada
D) Perfil C com débito cardíaco diminuído, pressão venosa central elevada e resistência
vascular sistêmica elevada
E) Perfil L com débito cardíaco diminuído, pressão venosa central diminuída e resistência
vascular sistêmica diminuída
» Antes de analisarmos as assertivas, vamos fazer um breve resumo do caso: Trata-se de uma
paciente idosa, com diagnóstico prévio de miocardiopatia dilatada de etiologia isquêmica, em
tratamento regular com as drogas redutoras de mortalidade para a doença de base. No
atendimento inicial, a paciente apresenta descompensação do quadro, com sinais de
hipoperfusão tecidual, como sonolência, hipotensão e enchimento capilar lentificado, além
de sinais claros de congestão pulmonar e sistêmica. Trata-se, portanto, de uma paciente em
perfil hemodinâmico C (frio e congesto). Por tratar-se de choque cardiogênico, temos um
débito cardíaco reduzido, com pressão venosa central elevada (congestão resultante do
débito reduzido) e resistência vascular periférica elevada, como tentativa de compensar o
débito reduzido e restabelecer o fluxo tecidual.
Gabarito: Alternativa D.
Gabarito: Alternativa A.
Questões 1,2 e 3 MIS, 20 anos, negra, Gesta I, Para 0. Fez pré-natal regularmente. Foi admitida
na Maternidade do HPC queixando-se de dor em baixo ventre e perda de tampão mucoso. IG:
38 semanas e 2 dias. HPP: Refere febre reumática na infância. O ecocardiograma recente
revelou estenose mitral leve, com função ventricular preservada. No segundo trimestre
passou a apresentar dispnéia aos grandes esforços e edema MMII +/4, não foi medicada,
sendo recomendado o repouso. O exame físico na admissão: encontrava-se lúcida, corada,
eupnéica, FC= 92bpm, PA: 100/60 mmHg: AC: sopro sistólico no foco mitral +/4+. Pulmões
limpos. FU = 34cm. BCF: 140 bpm. AU = 150ua. Toque: colo apagado 90%, dilatado para 6cm.
Apresentação cefálica. Bolsa íntegra.Como classificar a cardiopatia de acordo com os
sintomas?
A) NYHA 0;
B) NYHAI;
C) NYHAII;
D) NYHA III;
E) NYHA IV;
» Pessoal, dispneia aos grandes esforços é classificada como NYHA I. Resposta: B. A banca não
divulgou gabarito oficial.
» Como sabemos, a insuficiência cardíaca aguda pode ser classificada em quatro perfis de
acordo com os graus de congestão e de perfusão tecidual: A, B, C e D (ou L). Vamos aproveitar
a questão para revisar suas características e seus respectivos tratamentos.
- Perfil A (quente e seco): Sem congestão em repouso ou sinais de má perfusão tecidual. A
maioria dos pacientes não precisa ficar internada. É preciso considerar diagnósticos
diferenciais para os sintomas apresentados (ex: dispneia: TEP? Pneumonia?) e ajustar as
medicações de uso crônico, caso necessário.
- Perfil B (quente e úmido): Congestão em repouso (pulmonar e/ou sistêmica), mas sem sinais
de má perfusão. Diuréticos de alça devem ser prescritos para alívio da congestão. Considerar
vasodilatadores (reduzem pré e pós-carga), como nitrato e nitroprussiato, de acordo com a
pressão arterial.
- Perfil C (frio e úmido): Congestão em repouso (pulmonar e/ou sistêmica) e sinais de má
perfusão tecidual (ex: extremidades frias). Diuréticos de alça devem ser prescritos para
reduzir a congestão (também considerar vasodilatadores, caso o indivíduo não esteja
hipotenso). Geralmente, indica-se inotrópicos, como a dobutamina para melhorar a perfusão.
- Perfil D ou L (frio e seco): Sem congestão em repouso, mas com sinais de má perfusão
tecidual. A maioria dos indivíduos desse grupo se encontra desidratada. Por isso, recomenda-
se a hidratação com solução cristaloide. Considerar inotrópicos em casos mais graves.
De forma geral, o betabloqueador só deve ser suspenso quando o indivíduo apresenta
instabilidade hemodinâmica (algumas referências indicam a suspensão das drogas para
pacientes do perfil C). A suspensão abrupta está associada à maior mortalidade.
Sendo assim, a melhor resposta é a alternativa (C).
A) HAS maligna
B) HAS resistente
C) Urgência hipertensiva
D) Emergência hipertensiva
Gabarito: Alternativa B.
Gabarito: Alternativa C.
» Questão super relevante para a prática clínica. Os diuréticos, em geral, são fármacos
hipocalemiantes, tendo em vista que aumentam a eliminação do mineral através da urina.
Exceção deve ser feita aos diuréticos poupadores de potássio, como a espironolactona. Esta
última pode causar hipercalemia (I --> 1; III --> 2). Os betabloqueadores, como o atenolol, por
reduzirem a capacidade de resposta adrenérgica da árvore respiratória, podem causar
broncoespasmo e devem ser evitados em pacientes com asma (II --> 3). Resposta: D.
A) Ressincronizador Cardíaco.
B) Desfibrilador Cardíaco implantável.
C) Ivabradina.
D) Troca do bisoprolol por carvedilol.
» Enunciado que descreve um quadro típico de insuficiência cardíaca com dispneia paroxística
noturna, presença de terceira bulha, crepitações pulmonares e sopro de insuficiência mitral
provavelmente secundária a dilatação da cavidade ventricular. O ecocardiograma corrobora o
diagnóstico, com aumento das cavidades esquerdas e redução da fração de ejeção.
O tratamento farmacológico inicial da insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida
inclui uma combinação de diuréticoterapia (titulada para tratamento da hipervolemia), IECA, e
betabloqueador. De acordo com a maioria das diretrizes, pacientes com fração de ejeção
reduzida ainda devem receber terapia com antagonista da aldosterona. A paciente acima faz
uso de todas essas drogas em dose otimizada. Qual é o próximo passo?
A terapia secundária em caso de manutenção dos sintomas apesar da terapia otimizada inclui
a dapaglifozina, a combinação hidralazina e nitrato, ou digoxina. Outras terapias podem ser
consideradas, como adicionar ivabradina em caso de FC > 70 bpm apesar de dose otimizada
de betabloqueador (C CORRETA), e terapia de ressincronização cardíaca caso a fração de
ejeção seja inferior a 35% e alargamento importante do QRS. (A INCORRETA.
A implantação de CDI pode ser considerada como profilaxia secundária de morte súbita em
pacientes com história prévia de morte súbita abortada ou taquicardia ventricular
sustentada, e como profilaxia primária para insuficiência cardíaca com fração de ejeção <
35%. (B INCORRETA)
Por fim, a troca de betabloqueador não seria vantajosa para controle da frequência cardíaca,
visto que ambos são bem indicados na presença de disfunção ventricular, e a ação do
bisoprolol é mais seletiva para receptores beta1 e mais potente em reduzir a frequência
cardíaca. (D INCORRETA).
Melhor resposta letra C
161 - 2020 FMC
Questões 1,2 e 3 MIS, 20 anos, negra, Gesta I, Para 0. Fez pré-natal regularmente. Foi admitida
na Maternidade do HPC queixando-se de dor em baixo ventre e perda de tampão mucoso. IG
38 semanas e 2 dias. HPP: Refere febre reumática na infância. O ecocardiograma recente
revelou estenose mitral leve, com função ventricular preservada. No segundo trimestre
passou a apresentar dispnéia aos grandes esforços e edema MMII +/4, não foi medicada,
sendo recomendado o repouso. O exame físico na admissão: encontrava-se lúcida, corada,
eupnéica, FC = 92bpm, PA: 100/60 mmHg; AC sopro sistólico no foco mitral +/4+. Pulmões
limpos FU 34cm, BCF: 140 bpm; AU =150UA. Toque colo apagado 90%, dilatado para 6cm.
Apresentação cefálica: Bolsa íntegra. Como classificar a cardiopatia de acordo com os
sintomas?
A) NYHA 0;
B) NYHAI;
C) NYHAII;
D) NYHA III;
E) NYHA IV;
» De acordo com a New York Heart Association, a classificação funcional é dividida em quatro
classes (I-IV). CLASSE I: Nenhuma limitação às atividades físicas; nenhum sintoma com os
esforços habituais. CLASSE II: Limitação leve às atividades físicas; as atividades habituais
causam sintomas. CLASSE III: Limitação marcante às atividades físicas; atividades menores do
que as habituais causam sintomas, mas o paciente é assintomático em repouso. CLASSE IV:
Incapacidade de realizar qualquer atividade física sem apresentar sintomas, que se fazem
presentes até mesmo em repouso. Bom, como a paciente apresenta dispneia aos grandes
esforços, a classe funcional que melhor a representa é a NYHA II. Após solicitação de recurso
sugerido pela equipe do MEDGRUPO, a Banca modificou o gabarito da alternativa (B) para a
(C).
162 - 2020 CEPOA
Paciente masculino, 63 anos, com sobrepeso (IMC = 30), tabagista de longa data, portador de
diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia é acordado às 3h da manhã
com forte dor torácica à esquerda que irradia para o pescoço. Em uso de losartana 25mg/dia,
metformina 850mg/dia e sinvastatina 20mg/dia. Ele é admitido no hospital de refrência com
PA =86x45mmHg, FC = 42bpm, SpO2 = 90% em ar ambiente, com FR = 42 irpm, turgência
jugular visível a 45º, sonolento e com diaforese. Qual medicação está absolutamente contra-
indicada neste momento no paciente acima?
A) Esmolol
B) Indapamida
C) Ácido etacrínico
D) Heparina
» Temos um paciente com alto risco cardiovascular que evolui com um quadro de dor torácica
de característica anginosa e sinais clínicos de insuficiência de ventrículo direito (VD). Inclusive,
há trabalhos mostrando que a tríade turgência jugular patológica + hipotensão arterial +
ausência de congestão pulmonar confere alta especificidade para o infarto de VD.
Diante dessa suspeita clínica, o que NÃO podemos fazer? Sabendo que o VD é volume
dependente, o uso de qualquer medicação que piore o retorno venoso está contraindicado.
Logo, devemos evitar o uso de diuréticos, nitrato e morfina. Além disso, naqueles pacientes
que apresentam bradicardia e/ou hipotensão arterial o betabloqueador também é
contraindicado.
Por incrível que pareça, a melhor conduta é realizar a hidratação venosa, exatamente para
tentar melhorar o retorno venoso do paciente.
Gabarito letra A.
163 - 2020 FMP
Possui pior prognóstico o paciente que se apresenta com Insuficiência Cardíaca Aguda na
seguinte condição hemodinâmica:
A) Quente / seco
B) Quente / úmido
C) Frio / seco
D) Frio / úmido
» Como sabemos, o paciente com insuficiência cardíaca aguda pode ser classificado em quatro
grupos de acordo com os graus de congestão e de perfusão tecidual:
- Perfil A (quente e seco): Sem congestão em repouso e sem sinais de má perfusão tecidual.
- Perfil B (quente e úmido): Congestão em repouso (pulmonar e/ou sistêmica) e sem sinais de
má perfusão.
- Perfil C (frio e úmido): Congestão em repouso (pulmonar e/ou sistêmica) e sinais de má
perfusão tecidual (ex: extremidades frias).
- Perfil L (frio e seco): Sem congestão em repouso e sinais de má perfusão tecidual.
É quase que intuitivo responder qual é o perfil de pior prognóstico... Só pode ser o C, não
concorda? Ele é o único que apresenta congestão associado a sinais de má perfusão.
Resposta: (D).
164 - 2020 AFAMCI
Paciente do sexo feminino, branca, 46 anos de idade, chega a seu consultório preocupada
com o diagnóstico de hipertensão recebido há 1 mês. Ela o questiona quanto à probabilidade
de desenvolver as complicações da hipertensão, inclusive insuficiência renal e AVE. Ela nega
outra história médica pregressa além da hipertensão e não apresenta sintomas que
sugeriram causas secundárias. Atualmente, utiliza 25 mg/dia de hidroclorotiazida. Fuma meio
maço de cigarros por dia e ingere bebida alcoólica não mais que uma vez por semana. A
história familiar por parte de pai e mãe é significativa para hipertensão; a sua mãe morreu
vítima de um acidente cerebrovascular e seu pai ainda é vivo, porém apresenta doença
arterial coronariana e faz hemodiálise. Sua PA é 138/90 mmHg de pressão arterial e seu IMC é
23. Ela não apresenta exsudatos retinianos nem outros sinais de retinopatia hipertensiva. Seu
ictus cardíaco máximo não é deslocado, mas é sustentado. O ritmo e a frequência são
regulares e sem galopes. Apresenta bom pulso periférico. O eletrocardiograma revela eixo de
- 30 graus com critérios de voltagem limítrofes para hipertrofia ventricular esquerda. A
creatinina é de 1,0 mg/dL. Qual dos itens a seguir da história e do exame físico constitui um
fator de risco para o prognóstico ruim em um paciente com hipertensão?
» Questão polêmica aqui… Note que a “nossa” paciente chegou ao consultório nitidamente
ansiosa. Recebeu um diagnóstico recente de HAS e teme os possíveis “avanços” da doença
com AVE e insuficiência renal. Tem forte fator genético associado, é fumante e não apresenta
sobrepeso.
Daí a questão pergunta: Qual dos itens a seguir da história e do exame físico constitui um
fator de risco para o prognóstico ruim em um paciente com hipertensão? Ou seja, repare que
a questão não perguntou o principal fator ou o mais grave ou o fator de risco evitável… Ficou
muito solta a pergunta, o que na época abriu margem para recursos por parte da nossa
equipe. Se pensarmos bem, as letras A, B, C e E poderiam ser aceitas aqui!
A) Pressão sistólica de 90 mm Hg
B) Bloqueio AV de primeiro grau
C) Asma brônquica
D) Varizes de esôfago de médio calibre
E) Frequência cardíaca de 60 bpm
A) Acidose respiratória
B) Alcalose metabólica
C) Acidose metabólica
D) Alcalose respiratória
E) Acidose mista
» Como sabemos, a insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (FE > 40-50%,
dependendo da referência) é provocada por um déficit de relaxamento do ventrículo
esquerdo. Sendo assim, qualquer condição que provoque este fenômeno é uma etiologia
possível da cardiopatia. O Harrison, referência do Concurso, cita algumas: cardiomiopatias
restritivas (incluindo a cardiomiopatia hipertrófica), doenças infiltrativas (ex: amiloidose e
sarcoidose), hipertensão arterial sistêmica, envelhecimento, hemocromatose, fibrose
cardíaca. Dessa forma, a única alternativa correta é a opção (A). Cabe ressaltar que doença de
Chagas, valvopatias regurgitantes, doença coronariana, cor pulmonale e doenças que cursam
com shunts intracardíacos (esquerda-direita) são causas clássicas de IC com fração de ejeção
reduzida, enquanto anemia crônica e tireotoxicose são etiologias de IC de alto débito.
168 - 2020 FMC
Paciente do sexo feminino, branca, 46 anos de idade, chega a seu consultório preocupada
com o diagnóstico de hipertensão recebido há 1 mês. Ela o questiona quanto à probabilidade
de desenvolver as complicações da hipertensão, inclusive insuficiência renal e AVE. Ela nega
outra história médica pregressa além de hipertensão e não apresenta sintomas que
sugeriram causas secundárias. Atualmente, utiliza 25 mg/dia de hidroclorotiazida. Fuma meio
maço de cigarros por dia e ingere bebida alcoólica não mais que 1 vez por semana. A história
familiar por parte de pai e mãe é significativa para hipertensão; a sua mãe morreu vítima de
um acidente cerebrovascular e seu pai ainda é vivo, porém apresenta doença arterial e
coronariana e faz hemodiálise. Sua PA é 138/90 mmHg de pressão arterial e seu IMC é 23. Ela
não apresenta exsudatos retinianos nem outros sinais de retinopatia hipertensiva. Seu ictus
cardíaco máximo não é deslocado, mas é sustentado. O ritmo e a frequência são regulares e
sem galopes. Apresenta bom pulso periférico. O eletrocardiograma revela eixo de - 30 graus
com critérios de voltagem limitrofes para hipertrofia ventricular esquerda. A creatinina é de
1,0 mg/dL. Qual dos itens a seguir da história e do exame físico constitui um fator de risco
para o prognóstico ruim em um paciente com hipertensão?
» Questão polêmica aqui… Note que a “nossa” paciente chegou ao consultório nitidamente
ansiosa. Recebeu um diagnóstico recente de HAS e teme os possíveis “avanços” da doença
com AVE e insuficiência renal. Tem forte fator genético associado, é fumante e não apresenta
sobrepeso.
Daí a questão pergunta: Qual dos itens a seguir da história e do exame físico constitui um
fator de risco para o prognóstico ruim em um paciente com hipertensão? Ou seja, repare que
a questão não perguntou o principal fator ou o mais grave ou o fator de risco evitável… Ficou
muito solta a pergunta, o que na época abriu margem para recursos por parte da nossa
equipe. Se pensarmos bem, as letras A, B, C e E poderiam ser aceitas aqui!
» Estamos diante de um paciente com a famosa tríade de Beck: hipotensão, turgência jugular e
hipofonese de bulhas. A presença dessas manifestações clínicas é indicativa de
tamponamento cardíaco! Não há dúvidas que essa é a principal hipótese diagnóstica do caso.
Nenhuma das outras condições citadas cursa com hipofonese das bulhas cardíacas...
Resposta: (C).
J. A. D., sexo feminino, 31 anos, foi recentemente diagnosticada com hipertensão arterial
sistêmica. A investigação para hipertensão arterial secundária revelou a presença de estenose
de artéria renal unilateral. A paciente não apresenta outras comorbidades. Qual o tratamento
farmacológico mais indicado:
A) clonidina
B) enalapril
C) hidralazina
D) hidroclorotiazida
» Em pacientes que desenvolvem hipertensão arterial sistêmica (HAS) nos extremos de idade, é
fundamental investigar causas secundárias. Na paciente ilustrada, foi descoberta a
hipertensão renovascular como causa da HAS. O termo hipertensão renovascular
corresponde à estenose unilateral da artéria renal, em que a redução do fluxo sanguíneo
para os rins libera renina e ativa todo o sistema composto pela angiotensina e aldosterona,
que aumenta a pressão arterial. Assim, para tratar a hipertensão dessa mulher, os melhores
fármacos incluem aqueles que inibem o referido sistema, como os "pril" ou os "sartans" (A, C
e D erradas). Resposta: B.
Homem, negro, 60 anos, chega para reavaliação após consulta médica realizada há 2 meses,
em que apresentou pressão arterial = 166/98mmHg. Ao examinar o paciente você identifica
pressão arterial = 160/100mmHg. Qual seria o tratamento mais adequado para este paciente,
neste momento?
» Temos um paciente de 60 anos que apresenta pressão arterial bem acima do recomendado
(em torno de < 130 a 139 x 90 mmHg). Nesses casos, já se recomenda iniciar “de cara” a
terapia combinada (letras C e D: INCORRETAS).
Vamos lembrar também que em pacientes negros não há boa resposta a IECA ou BRA (letra
B: INCORRETA), sendo uma boa opção o tiazídico associado a bloqueador do canal de cálcio.
Resposta: letra A.
Assinale o efeito colateral mais comumente encontrado com o uso de inibidores da ECA:
A) Hipotensão arterial.
B) Hiperpotassemia.
C) Tosse.
D) Disfunção renal.
» Um dos efeitos adversos mais comuns com o uso dos inibidores da ECA (IECA) é a tosse (5-
20% dos pacientes), decorrente do acúmulo de bradicininas e substância P, que ocorre pelo
bloqueio da ação da enzima conversora da angiotensina. A tosse costuma iniciar-se uma a
duas semanas após o tratamento, mas pode aparecer até seis meses após. As mulheres são
mais afetadas que os homens. Após descontinuação do tratamento, a tosse cessa dentro de
quatro dias, mas pode demorar até quatro semanas. O uso de AINEs como o AAS ou a
indometacina reduz a incidência de tosse, embora os AINEs não sejam recomendados para
esse fim, uma vez que reduzem o efeito dos IECA e aumentam o risco de outros efeitos
adversos, como a hipercalemia. Resposta: C.
175 - 2020 CCANSPS
Resposta: letra D.
176 - 2020 IO
A) A medida da pressão deve ser realizada, pelo menos anualmente, nos indivíduos cuja
pressão seja <140x80 mmHg e > 120x80 mmHg.
B) O paciente deve estar de pernas descruzadas, com os pés apoiados no chão, o dorso
recostado na cadeira e relaxado.
C) Para medida da pressão arterial o paciente pode ter fumado até 15 minutos antes de aferir
a pressão.
D) Deve-se selecionar o manguito adequado à circunferência braquial, medida no ponto
médio entre acrômio e olecrano.
E) É preciso estimar o nível da pressão sistólica pela palpação da artéria radial.
» Questão que foi anulada por um erro de digitação do enunciado. O correto era: “não
podemos apenas indicar como ADEQUADO que”.
Entretanto, vamos “fingir” que não houve esse erro.
Essa questão foi retirada da 6ª DIRETRIZES DE MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO
ARTERIAL E 4ª DIRETRIZES DE MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL. Nesse
documento há um trecho que diz o seguinte: “As variações dia a dia da PA podem ser
avaliadas, (letra A - CORRETA) permitindo estabelecer separadamente as medidas do período
matinal e do entardecer/anoitecer, (letra B - CORRETA) porém a importância dessa
diferenciação ainda não é clara. A associação de dano em órgão-alvo com a PA durante o
entardecer/anoitecer da MRPA pode ser equivalente à PA durante o sono da MAPA. (letra D -
CORRETA) A PA matinal pode estar associada a dano em órgão-alvo como AVE”. (letra C -
INCORRETA)
Resposta seria a letra C, mas devido ao erro do enunciado a questão foi anulada.
178 - 2020 CCANSPS
Paciente masculino, 66 anos, admitido no pronto socorro com quadro agudo de infarto agudo
do miocário de parede anterior, após 24 horas do início dos sintomas, tendo permanecido em
tratamento conservador por 7 dias e recebido alta após esse período. Cerca de 6 meses após
o infarto, procurou atendimento com quadro de insuficiência cardíaca descompensada, classe
funcional III. Foi realizado eco-transtorácico que evidenciou a cinesia de toda a parede
anterior e fração de ejeção de 25%. Assinale alternativa que contem a estratégia mais eficaz,
nesse caso, para a prevenção primária de morte súbita:
» A morte súbita por arritmias ventriculares é uma das causas mais importantes de
mortalidade em pacientes com história prévia de infarto agudo do miocárdio. Para prevenção
de morte súbita, está indicado em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo
menor do que 30%, desde que passados pelo menos 40 dias após o evento, a colocação de
dispositivo cardioversor desfibrilador implantável (CDI). O dispositivo age em resposta ao
aparecimento de taquiarritmias ventriculares, assim prevenindo a possível morte elétrica em
pacientes com substrato anatômico arrítmico (A CORRETA). Diversos estudos realizados com
medicações antiarrítmicas incluindo os betabloqueadores e a amiodarona demonstraram
redução do número de eventos arrítmicos ventriculares no período pós-infarto, mas falharam
em demonstrar aumento da sobrevida dos pacientes tratados. O marcapasso simples não
apresenta a propriedade de reverter taquiarritmias, tendo uso indicado principalmente para
bradiarritmias sintomáticas. (B, C e D INCORRETAS)
Resposta correta letra A
» Questão que foi anulada por um erro de digitação do enunciado. O correto era: “não
podemos apenas indicar como ADEQUADO que”.
Entretanto, vamos “fingir” que não houve esse erro.
Essa questão foi retirada da 6ª DIRETRIZES DE MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO
ARTERIAL E 4ª DIRETRIZES DE MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL. Nesse
documento há um trecho que diz o seguinte: “As variações dia a dia da PA podem ser
avaliadas, (letra A - CORRETA) permitindo estabelecer separadamente as medidas do período
matinal e do entardecer/anoitecer, (letra B - CORRETA) porém a importância dessa
diferenciação ainda não é clara. A associação de dano em órgão-alvo com a PA durante o
entardecer/anoitecer da MRPA pode ser equivalente à PA durante o sono da MAPA. (letra D -
CORRETA) A PA matinal pode estar associada a dano em órgão-alvo como AVE”. (letra C -
INCORRETA)
Resposta seria a letra C, mas por causa do erro do enunciado a questão foi anulada.
180 - 2020 SMS - GO
Ana Paula, 8 anos e 6 meses, vem à 3ª consulta para avaliação da pressão arterial (PA). Ela
pesa 26 kg (Percentil 50) e mede 131 cm (Percentil 50). Medidas da PA: 1ª consulta = 112 x 78
mmHg; 2ª consulta = 110 x 76 mmHg; hoje = 120 x 84 mmHg. Sabendo que os percentis de PA
correspondentes à sua idade, gênero e percentil da altura são os seguintes: P50 = 97 x 59
mmHg; P90 = 110 x 72 mmHg; P95 = 113 x 74 mmHg; P95 +12 mmHg = 125 x 86 mmHg,
classifique essa paciente quanto à pressão arterial.
Quando analisamos os prognósticos de pacientes com hipertensão arterial, qual dos itens
abaixo pode ser determinado como adequado?
» Essa questão é boa porque nos faz lembrar as recomendações da sétima diretriz brasileira de
hipertensão (HAS), que adora cair em prova... Segundo aquele documento, o diagnóstico de
HAS depende, via de regra, da média de aferições em duas visitas diferentes ao consultório
ou da monitorização residencial/ambulatorial dos valores pressóricos. Porém, pacientes com
pressão arterial > ou igual a 180 x 110 mmHg — o que corresponderia ao estágio 3 — têm o
diagnóstico de HAS firmado em apenas uma consulta, o que também vale para os pacientes
com risco cardiovascular alto. Nesses doentes, a terapia medicamentosa anti-hipertensiva
deve ser iniciada desde o momento do diagnóstico (B errada). O ideal é que a terapia, em
pacientes a partir do estágio 2, já se inicie com duas medicações em doses baixas sem
necessidade de consulta à cardiologia (D errada). Por fim, a definição de urgência
hipertensiva é a elevação pressórica que acarreta risco de lesão aguda de órgão-alvo, o que
até poderia se enquadrar o paciente apresentado; porém, na UH, o tratamento é feito com
anti-hipertensivos orais (C errada). Resposta: A.
Uma mulher de 78 anos vai ao consultório de Clínica Médica para uma consulta de
acompanhamento clínico. Está assintomática. É portadora de insuficiência cardíaca e faz uso
de furosemida, enalapril, metoprolol, espironolactona e digoxina. Ao exame físico, apresenta-
se alerta e orientada. Os dados vitais são PA: 120 X 70mmHg, FC: 30bpm, FR: 17ipm, SpO₂ em
ar ambiente 97%. O exame cardiovascular revela bradicardia e variação da fonese da primeira
bulha. Sem outras anormalidades ao exame físico. Solicitou-se um eletrocardiograma
apresentado a seguir: Considerando o caso descrito, assinale a conduta imediata MAIS
ADEQUADA para essa paciente.
José tem 56 anos, é hipertenso de longa data e desenvolveu quadro de insuficiência cardíaca
congestiva, apresentando edema de membros inferiores, turgência jugular e dispneia
paroxística noturna. As drogas capazes de reduzir a morbimortalidade em casos como o de
José são:
» São drogas que reduzem a mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com
fração de ejeção reduzida: IECA/BRA, betabloqueadores (succinato de metoprolol, carvedilol
ou bisoprolol) e espironolactona/eplerenone (alternativa D incorreta). A associação de
hidralazina e nitrato está recomendada apenas para os pacientes que não podem fazer uso
de IECA/BRA (alternativa E incorreta), geralmente por disfunção renal. A espironolactona é
um bloqueador do receptor de angiotensina, sendo considerado um diurético poupador de
potássio. No entanto, não podemos considerar toda a classe como útil no tratamento da IC, já
que o triantereno e a amilorida, diuréticos poupadores de potássio, não estão recomendados
(alternativa B incorreta).
Gabarito: Alternativa A.
187 - 2020 SGCH
» Questão difícil e decoreba muito específica. Os DACM de longa duração devem ser indicados
em pacientes com insuficiência cardíaca, como terapia ponte para candidatura ao transplante
(pacientes aguardando em lista ou com contraindicação temporária ao transplante) e como
terapia de destino (suporte hemodinâmico em paciente contraindicado para o transplante,
porém que pode ter maior sobrevida com qualidade). Para receber o dispositivo, os pacientes
candidatos devem encontrar-se estáveis e, na medida do possível, com funções orgânicas
preservadas, para garantir o sucesso do procedimento. Segundo as diretrizes de insuficiência
cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a função renal deve ser relativamente
estável, com Cr < 2,5 (B INCORRETA) e U < 100 mg/dL. sem disturbios da coagulação (INR <
1,2), sem anemia importante (Hb> 10) e no mínimo 150.000 plaquetas (D INCORRETA) , sem
hipoalbuminemia importante ou hipertensão pulmonar (PSAP < 65 mmHg). (C INCORRETA) A
única resposta que apresenta todos os parâmetros corretos é a letra A
A) tricúspide.
B) mitral.
C) pulmonar.
D) aórtica.
A furosemida é o principal diurético utilizado para controle da congestão, sendo que o alvo
terapêutico principal na IC aguda é a redução da congestão, que está presente em cerca de
85% dos pacientes. Sendo adequado apenas o item:
Resposta: letra B.
A) 94 x 61mmHg.
B) 100 x 70mmHg.
C) 87 x 56mmHg.
D) Para calcular a pressão arterial média, é necessário estabelecer um catéter de
monitorização intra-arterial.
» Questão tranquila, muito mais de matemática do que de medicina. A pressão arterial média
(PAM) é calculada através da equação a seguir:
PAM = (PAS + 2 PAD) / 3, em que PAS é a pressão sistólica e PAD, a diastólica.
Substituindo os valores, percebemos que apenas a alternativa A traz valor de pressão arterial
que encerra PAM de 72 mmHg. Resposta: A. A banca não liberou gabarito oficial.
» A hipertensão venosa sistêmica com aumento da pressão venosa central (PVC) pode causar
elevação da pressão renal intersticial, por transmissão retrógrada da pressão atrial direita às
veias renais, que leva a um estado de hipóxia no parênquima renal, que vai ter como conseq
ência redução da excreção de sódio, o que contribui a piora da função renal nos pacientes
com IC descompensada. Além disso, o incremento na PVC esta associado com atenuação dos
reflexos vasculares que causa alteração na capacidade de resposta arterial prejudicando o
fluxo renal sanguíneo efetivo.
Resposta: letra A.
Qual das alternativas abaixo é mais adequada para tratar farmacologicamente um paciente
com 88 anos Hipertenso, Renal crônico estágio 4 e portador de Osteoporose?
A) Hidroclorotiazida/ramipril + Alendronato.
B) Anlodipino/Valsartana + Denosumab.
C) Clortalidona + Ác. Zoledrônico.
D) Enalapril/Hidroclorotiazida + Denosumab.
» Temos um paciente jovem, com dupla lesão mitral (estenose e insuficiência), de provável
etiologia reumática, uma vez que há espessamento das cúspides, e eletrocardiograma
evidenciando fibrilação atrial. Pois bem, a alternativa A descreve o sopro da insuficiência
mitral, enquanto a alternativa B caracteriza o prolapso valvar que pode estar associado. A
alternativa C associa-se à hipertensão pulmonar apresentada pelo paciente. A alternativa D,
no entanto, seria a descrição do sopro da estenose mitral caso o paciente se apresentasse em
ritmo sinusal, visto que a contração atrial leva a um reforço pré sistólico do sopro, o que não
ocorre no ritmo de fibrilação atrial.
Gabarito: Alternativa D.
194 - 2020 IPSEMG
Gabarito: Alternativa C.
A) Dispnéia.
B) Hemoptise.
C) Palpitação.
D) Taquicardia.
» A estenose mitral é uma valvopatia caracterizada pelo aumento da pressão atrial esquerda,
tipicamente poupando o ventrículo esquerdo e aumento as pressões pulmonares, o que
ocasiona dispnéia, sintoma presente em mais de 70% dos pacientes. As palpitações
geralmente relacionam-se à distensão de átrio esquerdo, que pode ocasionar fibrilação atrial
em cerca de 45% dos pacientes.
Gabarito: Alternativa A.
196 - 2020 HMO - SA
Quando analisamos os prognósticos de pacientes com hipertensão arterial, qual dos itens
abaixo pode ser determinado como adequado?
» Bom, estamos diante de um idoso com HAS grau II, segundo a VII Diretriz Brasileira (PAS
entre 160-179 mmHg) – opção (A) incorreta. Ainda de acordo com essa referência, a terapia
anti-hipertensiva INICIAL deve ser composta por dois fármacos em hipertensos grau I com
risco cardiovascular aumentado e em todos os hipertensos graus II e III – opção (C) incorreta.
Nesse caso, devemos associar duas medicações de primeira linha (IECA, BRA, tiazídico e
bloqueador de canal de cálcio). Lembre-se que a associação IECA + BRA é contraindicada pelo
risco elevado de efeitos colaterais à custa de menor potência anti-hipertensiva – opção (B)
incorreta. Resposta: (D).
A) Hiperfiltração glomerular.
B) Hipertensão glomerular.
C) Isquemia.
D) Fibrose intersticial.
E) Esclerose glomerular.
Quais são as principais etiologias da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, no
Brasil?
A) Isquêmica e chagásica.
B) Chagásica e hipertensiva.
C) Chagásica e valvopatia.
D) Hipertensiva e idiopática.
» A equipe MEDGRUPO discorda do gabarito liberado pela banca avaliadora. Vamos entender o
motivo:
De acordo com a Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda (2018) da
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o primeiro registro brasileiro de IC aguda, o
BREATHE, incluiu 1.263 pacientes, em 51 centros de diferentes regiões do Brasil, com média
de idade de 64 anos, 60% de pacientes do sexo feminino e 59% com ICFEr. As principais
etiologias foram isquêmica (30%), hipertensiva (20%), dilatada idiopática (15%), valvar (12%) e
doença de Chagas (11%). Segundo esse documento, a cardiopatia chagásica é menos comum
do que idiopática e, portanto, a melhor alternativa para a questão seria a letra D.
Portanto, discordamos do gabarito liberado pela banca avaliadora (A).
» São feitas quatro afirmativas a respeito do manejo de pacientes com insuficiência cardíaca
(IC). Vamos analisá-las:
A) Os diuréticos (de alça, com a furosemida) são utilizados apenas no tratamento sintomático.
Incorreta.
B) Não há recomendação estabelecida de ecocardiograma periódico. Esse exame deve ser
feito de acordo com a evolução clínica do paciente. Incorreta.
C) O uso de IECA e betabloqueadores está indicado desde o momento que se diagnostica
disfunção do VE, mesmo que o paciente seja assintomático (estágio B), uma vez que essas
drogas reduzem mortalidade. Correta.
D) A digoxina está indicada em pacientes com sintomas refratários apesar da terapia
otimizada (classes III e IV), ou naqueles com FA de alta resposta. Além disso, é uma droga
com muitos efeitos colaterais e toxicidade, que não demonstrou redução na mortalidade.
Incorreta.
Resposta: C.
202 - 2020 HCB - RO
A) Nifedipina
B) Enalapril
C) Hidralazina
D) Nitroprussiato de sódio
» Questão bem direta e super simples. Só para resgatar o conceito: crises hipertensivas são
situações em que há elevação abrupta da pressão arterial, com níveis geralmente maiores ou
iguais a 180 x 120 mmHg, associada ou não à lesão aguda de órgão-alvo. Na ausência de
lesão orgânica, classificamos a crise como urgência (UH) e, na presença de lesão a órgão-alvo,
como emergência hipertensiva (EH). Nas EH, devem ser utilizados fármacos de administração
intravenosa, com rápido início de ação e meia-vida curta: o grande expoente é o
nitroprussiato de sódio. Os demais agentes podem ser utilizados, via oral, nos casos de UH
(A, B e C erradas). Resposta: D.
Gabarito: Alternativa A.
204 - 2020 SCMCG
Considerando que a análise da função sistólica do ventrículo esquerdo (VE) constitui indicação
primordial do emprego da ecocardiografia. A análise ecocardiográfica da função sistólica do
VE pode ser realizada por meio da utilização de técnicas diversas, indique a informação
errada:
Resposta: letra D.
A medida da pressão arterial nos membros inferiores em relação aos valores obtidos nos
membros superiores deve ser:
A) Igual
B) Superior
C) Inferior
D) Variar com o decúbito do paciente
A) Sacubitril - valsartana
B) Ramipril
C) Atenolol
D) Espironolactona
E) Candesartana
»
No curso da insuficiência cardíaca (IC), existem mediadores químicos que dirigem a instalação
e a progressão da doença… Os mais estudados são: noradrenalina, angiotensina II e
aldosterona. Grandes trabalhos já comprovaram que, inibindo a ação ou a produção dessas
moléculas, conseguimos aumentar a sobrevida de pacientes com IC com fração de ejeção
reduzida (ou sistólica). Os fármacos utilizados para este fim são os (1) iECA ou "pril"
(inibidores da enzima conversora de angiotensina – B certa), os (2) bloqueadores da
angiotensina II ou “sartans" (BRA - E certa), inclusive a associação valsartan-sacubitril (A
certa), os (3) betabloqueadores e (4) inibidores diretos da aldosterona, como a
espironolactona (D certa). Dentre os betabloqueadores, pode-se citar o bisoprolol, o
carvedilol e o succinato de metoprolol. O atenolol não altera a mortalidade na IC... Resposta:
C.
208 - 2020 HOA - AC
Mulher de 42 anos de idade com diabete melito insulinodependente por 20 anos, apresenta
retinopatia diabética, protenúria e depuração de creatinina normal. A pessoa arterial é de
164x108mmhg e um discreto edema tibial é observado. A maneira mais eficiente de se
preservar a função renal dessa paciente é:
Gabarito: Alternativa A.
A) pode ser indicada caso o uso de um desses fármacos não tenha promovido o controle
adequado da pressão arterial
B) está indicada a pacientes com insuficiência cardíaca pós-infarto agudo do miocárdio
C) está indicada a pacientes diabéticos que estejam evoluindo com perda da função renal
D) não é recomendada, pois, além de não mostrar benefícios em desfechos cardiovasculares,
acrescenta riscos de efeitos adversos
» Questão direta! Pelo seu efeito inotrópico e cronotrópico negativo, os betabloqueadores são
formalmente contraindicados em caso de bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro
grau, bradicardia < 50 bpm, e hipotensão arterial com pressão sistólica < 80 mmHg ou
choque hemodinâmico. Devido ao seu efeito bloqueador de receptores beta2 pulmonares, a
tendência a precipitar episódios de broncoespasmo tornam a presença de asma e DPOC
contraindicações RELATIVAS, devendo o risco/benefício ser avaliado individualmente.
Resposta letra D
Consideramos o ultrassom (US) como tendo papel importante no diagnóstico das Doenças
Cardiovasculares (DCV). Somente NÃO podemos aceitar o item:
Resposta: letra A.
212 - 2020 COC
Uma mulher jovem apresenta quadro de febre recorrente por acometimento das vias aéreas
superiores, acompanhada de dor torácica, que varia com a respiração e a posição do tórax,
variando, também, de intensidade e duração. Seu exame físico revela a presença de um atrito
pericárdico. Das situações a seguir, qual não indica a necessidade de internação hospitalar?
» Paciente com quadro sugestivo de pericardite aguda (infecção viral prévia, melhora da dor
torácica ao fletir o tronco, atrito pericárdico) sobre a qual pergunta-se a indicação de
internação hospitalar.
São fatores de risco associados a pericardite de alto risco que motivam internação:
- Febre >38oC; (B correta)
- Curso de doença subagudo (sem dor torácica de início abrupto);
- Sinais de tamponamento cardíaco; (C correta)
- Derrame pericárdico de grande monta; (C correta)
- Pacientes imunodeprimidos; (D correta)
- Uso de anticoagulantes;
- Trauma agudo;
- Ausência de resposta ao uso de AINES e colchicina;
- Aumento de troponina, sugerindo miocardite/perimiocardite. (A correta)
Resposta: E.
A) Hipotireoidismo.
B) Síndrome de Cushing.
C) Feocromocitoma.
D) Acromegalia.
Quais são os sintomas mais comuns de pacientes com estenose aórtica, em sua dose
sintomática?
A) Por tratar-se de hipertensão estágio 1 o paciente deve ser orientado a realizar mudanças
de estilo de vida como dieta e exercício, devendo ser reavaliado em 3 meses.
B) Por tratar-se de paciente com hipertensão estágio 2 de baixo risco cardiovascular está
indicada a introdução de terapia medicamentosa com IECA ou BRA.
C) Por haver evidência de nefropatia diabética o uso de IECA ou BRA está contraindicado
devido o risco de perda acelerada da função renal.
D) Trata-se de paciente com hipertensão estágio 1 de alto risco cardiovascular, estando
indicada a introdução de terapia medicamentosa conjunta às mudanças de estilo de vida.
E) Por tratar-se de paciente com hipertensão estágio 2 de risco cardiovascular muito alto está
indicada a introdução de terapia medicamentosa com IECA ou BRA + diurético tiazídico.
» Segundo a VII Diretriz Brasileira de HAS, indivíduos que mantém PAS entre 140-159 mmHg e
PAD entre 90-99 mmHg são classificados como hipertensos estágio I. Para definir a melhor
estratégia terapêutica, é preciso avaliar a existência de fatores de risco cardiovascular
adicionais. A idade igual ou superior a 55 anos em homens, o colesterol total > 190 mg/dl e a
diabetes tornam o indivíduo muito mais propenso ao desenvolvimento de eventos
coronarianos, por exemplo. A presença de três ou mais fatores de risco em um hipertenso
estágio I o faz ser classificado como portador de alto risco cardiovascular, o que demanda a
prescrição de terapia medicamentosa dupla (em baixas doses, inicialmente), associada a
mudanças do estilo de vida. Caso o risco cardiovascular desse indivíduo fosse baixo ou
moderado, poderíamos orientar terapia não-farmacológica por 90 dias e avaliar seus níveis
pressóricos em seguida – a ausência de controle adequado implicaria na prescrição de um
anti-hipertensivo (monoterapia). Para finalizar, lembre-se que os IECA e os BRA reduzem a
pressão intraglomerular, diminuindo a proteinúria. Isso é particularmente importante para
pacientes com nefropatia diabética. Bom, analisando as alternativas, percebemos que a única
correta é a opção (D).
A) Em torno de 80 BPM.
B) Em torno de 70 BPM.
C) Em torno de 60 BPM.
D) < 100 BPM.
Gabarito: Alternativa C.
» Pessoal, o diagnóstico sindrômico no caso em tela não nos deixa dúvida alguma: este
paciente encontra-se em franco edema agudo de pulmão hipertensivo. A digoxina não serve
como tratamento de descompensações agudas da IC, tampouco reduz a pré-carga. Já o
nitrato serve como tratamento e tem efeito venodilatador, reduzindo a pré-carga. Este
paciente deve receber furosemida IV, nitrato IV, morfina IV e oxigênio. Gabarito B.
220 - 2020 SGCH
Resposta: letra D.
» Pessoal, HAS estágio I segundo a diretriz brasileira (PAS 140-159 mmHg e PAD 90-99 mmHg)
em paciente sem comorbidades deve ser abordada com mudança no estilo de vida e
reavaliação após 3-6 meses, sem tratamento farmacológico num primeiro momento. Logo, a
melhor resposta é a opção D.
Qual das seguintes medicações está associada a maior recorrência de miocardite viral?
A) Corticosteroides.
B) Aspirina.
C) Colchicina.
D) Ibuprofeno.
Gabarito: Alternativa A.
223 - 2020 UEVA
A) urgência hipertensiva. A paciente deve receber furosemida por via endovenosa e captopril
via oral.
B) urgência hipertensiva. A paciente deve receber nitroprussiato de sódio por via endovenosa.
C) emergência hipertensiva. A paciente deve receber furosemida por via endovenosa e
captopril sublingual.
D) emergência hipertensiva. A paciente deve receber nitroprussiato de sódio por via
endovenosa.
» Questão boa para a prática! Essa paciente tem quadro de encefalopatia hipertensiva:
hipertensão grave associada a sintoma neurológico - borramento visual. Essa condição é
exemplo de emergência hipertensiva, em que há aumento grave da pressão arterial e lesão
aguda de órgão alvo. As urgências hipertensivas são caracterizadas pelo aumento da pressão
arterial sem lesão aguda de órgão-alvo (LOA), apesar de aumentarem o risco de LOA (A e B
erradas). O tratamento é feito com anti-hipertensivos parenterais tituláveis e de ação rápida,
como o nitroprussiato de sódio (C errada). Resposta: D.
» O enunciado nos traz um caso interessante de uma paciente que foi internada por uma
doença respiratória, porém durante a avaliação foram encontrados achados específicos da
estenose mitral, confirmados por altos valores de gradientes transvalvares, elevada pressão
arterial pulmonar e área valvar reduzida. Esta valvopatia é quase exclusivamente relacionada
à história prévia de febre reumática, devendo este aspecto da história clínica ser explorado na
anamnese.
Vamos responder cada alternativa:
A) A fibrilação atrial relacionada à estenose mitral grave não permite uso dos novos
anticoagulantes orais, devido ao elevado risco de trombos intra-atriais. A única medicação
oral liberada para uso nesses pacientes é a varfarina. (INCORRETA)
B) A indicação de valvoplastia por balão é baseada principalmente na ecocardiografia, sendo
a abordagem indicada em pacientes com área valvar menor do que 1cm2, mesmo
assintomáticos. O escore de Wilkins-Block ajuda a definir a chance de sucesso, que é tanto
maior quanto menor a pontuação no score, com pontuações acima de 10 favorecendo a
cirurgia. Contudo, para permitir o procedimento, devemos excluir a presença de trombo
intra-atrial, portanto está indicado ecocardiograma transesofágico antes de prosseguir.
(INCORRETA)
C) Quanto mais tardia a abertura da válvula, significa que maior é a pressão necessária no
atrio para que ela abra, e que a gravidade da estenose tende a ser pior. Visto que esta
abertura ocorre na sístole, quanto mais ao final da sístole ocorre o estalido (mais próximo de
B2), mais grave tende a ser a estenose. (INCORRETA)
D) A intensidade do sopro de estenose mitral em si não guarda relação com o grau de
estenose. A característica do sopro com maior valor prognóstico é a sua duração (mais grave
quanto mais longo o sopro). (INCORRETA)
E) O reforço pré-sistólico corresponde ao aumento da intensidade do spro ao final da diástole,
significando a presença de contração atrial. Em pacientes portadores de FA, essa contração
não ocorre, portanto não pode haver reforço pré-sistólico (CORRETA)
Resposta correta letra E
» Esta questão foi anulada pela banca devido a erro de digitação no valor da pressão arterial...
Pelo que conseguimos perceber ao ler as alternativas, esse senhor de 50 anos, coronariopata,
tinha pressão agudamente aumentada, mas sem lesão de órgão alvo: apesar da cefaleia, não
havia alteração do exame neurológico. Ora, em coronariopatas, o aumento agudo e grave da
pressão arterial sem lesão de órgão-alvo define urgência hipertensiva, em que há RISCO de
LOA (A e D erradas). Nas urgências hipertensivas, o tratamento é feito com anti-hipertensivos
orais (B e C erradas). O analgésico seria fundamental para atenuar a cefaleia, provável
responsável pelo aumento da pressão arterial desse senhor. Gabarito MEDGRUPO: E.
Paciente de 72 anos, sexo feminino, refere dispneia progressiva aos esforços, atualmente até
para os esforços habituais, de início há seis meses, acompanhada de edema de membros
inferiores, aumento do volume abdominal e tosse seca. Há duas semanas passou a referir,
também, ortopneia e dispneia paroxística noturna. A paciente é obesa (IMC de 32 kg/m²), tem
história de hipertensão arterial e diabetes mellitus. Faz uso regular de anlodipino,
hidroclorotiazida, metformina e glibenclamida. Ao exame físico apresenta estertores
crepitantes finos em terços inferiores de ambos os hemitórax, ritmo cardíaco regular em dois
tempos, sem sopros e turgência jugular a 45 graus, fígado palpável à 3 cm do RCD, PA de
152/88 mmHg, FC de 76 bpm, SaO₂ em 94%, glicemia capilar casual de 256 mg/dl.
Ecodopplercardiograma realizado há 30 dias revela hipertrofia ventricular discreta e fração de
ejeção do ventrículo esquerdo de 67%. Para este caso deve-se:
B - Correta. As principais medidas a serem instituídas nesse paciente são o controle dos
sintomas e dos fatores de risco para cardiopatia.
D - Incorreta. O paciente não possui fibrilação atrial ou outra indicação para anticoagulação.
Gabarito: Alternativa B.
229 - 2020 HUSE
A) Sérgio tem passado de infarto do miocárdio há 05 anos, mas nega queixas atuais. Necessita
usar B-bloqueador, IECA e Espironolactona se sua fração de ejeção do VE (FEVE) no ECO for
50%.
B) Thiago é um maratonista argentino de 30 anos que vem manifestando dispneia nos treinos
nas 03 últimas semanas. O primeiro passo na investigação de ICC neste paciente é dosar o
BNP.
C) Roberta vem tratando sua Miocardiopatia Dilatada c/ FEVE 30% há 02 anos apenas c/ B-
bloqueador, BRA e Espironolactona. Mesmo assintomática, está na hora de iniciar Digoxina.
D) Kleber sofreu um infarto agudo do miocárdio há cerca de 30 dias e no ECO vem uma FEVE
de 35%. Está indicado CDI p/ prevenção de morte súbita.
E) Carla foi diagnosticada c/ IC de fração reduzida há 04 semanas e vem mantendo congestão
pulmonar e edema de MMII persistente apesar do uso de IECA e B-bloqueador. A adição de
diurético nesta fase reduziria necessidade de internação, mas não mudaria sobrevida.
Gabarito: Alternativa E.
230 - 2020 UFCG
A - Incorreta. A questão estabelece que o paciente apresenta dispnéia aos esforços habituais,
sendo esta descrição a de classe funcional II pela NYHA.
C - Incorreta. Os fatores que influenciam nos valores de BNP são a anemia, insuficiência renal
e idade.
Gabarito: Alternativa A.
Paciente masculino, de 32 anos de idade, negro, com diagnóstico de hipertensão aos 22 anos
de idade. Em uso de enalapril 20 mg duas vezes por dia, hidroclorotiazida 25 mg uma vez por
dia e anlodipina 10 mg uma vez por dia. Retorna para consulta ambulatorial com exames
complementares. Creatinina: 1,0 mg/dL; uréia: 38 mg/dL; sódio: 138 mEq/L; potássio: 3,2
mEq/L; bicarbonato: 32 mEq/L. Ultrassonografia de vias urinárias normal. O diagnóstico mais
provável é
A) feocromocitoma.
B) coarctação da aorta.
C) estenose de artéria renal bilateral.
D) hiperaldosteronismo primário.
E) hipertensão arterial primaria.
Paciente N.S.R. feminino, 50 anos, foi atendido e relatou inchaço das pernas e falta de ar com
evolução de 5 meses. Encontra-se afebril, com estertores difusos à ausculta em base
pulmonar. Frequência cardíaca de 80 bpm, regular, com divisão ampliada de S2. O RX de tórax
mostra aumento da borda direita do coração com sinais de derrames pleurais bilaterais. A
troponina sérica é I <0,4 ng/mL. O diagnóstico que mais se adequa ao quadro clínico acima é:
A) Cirrose hepática.
B) Carcinomatose peritoneal.
C) Tuberculose peritoneal.
D) Pericardite constrictiva.
E) Síndrome nefrótica.
Gabarito: Alternativa D.
A) Lorazepam.
B) Morfina.
C) Captopril VO
D) Nitroprussiato de sódio EV
E) Gluconato de cálcio.
Gabarito: Alternativa D.
235 - 2020 UEPA - BELÉM
A) Artrite reumatoide
B) Doença autoimune associada ao HCV
C) Hipercolesterolemia familiar
D) Infecção pelo HIV
E) Cardiopatia reumática
» Questão direta sobre a epidemiologia da doença valvar. O Brasil apresenta regiões com
marcadores de desenvolvimento precários, evidenciando a pouca estrutura que o país
oferece para a saúde da maioria dos seus habitantes, e paralelamente, regiões de alta
urbanização que apresentam índices comparáveis a países desenvolvidos. Essas
características alteram o perfil das doenças cardiovasculares no país, principalmente as
valvopatias. A sequela valvar reumática continua um fator importante em indivíduos mais
jovens, e ao mesmo tempo há um aumento progressivo de valvopatias degenerativas nos
mais idosos. Mesmo assim, em nosso território, diferentemente de países mais
desenvolvidos, a febre reumática ainda é a principal etiologia das valvopatias, responsável
por até 70% dos casos.
Resposta letra E
236 - 2020 IO
A) distributivo.
B) hipovolêmico.
C) Obstrutivo.
D) medular.
E) térmico.
A) O diagnóstico diferencial entre IC com fração de ejeção reduzida e IC com fração de ejeção
preservada não necessita de exame de imagem, pois os achados clínicos são absolutos para
diferenciar as síndromes.
B) A restauração e a manutenção do ritmo sinusal em pacientes com FA e IC com fração de
ejeção preservada não deve ser tentada, pois não há benefício na melhora dos sintomas
desses pacientes.
C) Os estudos atuais apresentam resultados inconsistentes para tratamento específico da IC
com fração de ejeção preservada, sendo tratamento atual visando à correção de
comorbidades como FA, HAS, DM, DAC crônica.
D) A hipotensão arterial pode ser problema importante na população idosa, sendo os
diuréticos contraindicados em idosos acima de 75 anos, mesmo com sinais de congestão
sistêmica, por alto risco de queda nessa população.
E) Revascularização miocárdica deve ser desencorajada naqueles pacientes maiores de 75
anos que fazem edema agudo de pulmão recorrente com isquemia miocárdica comprovada
em teste funcional.
» O diagnóstico diferencial entre a insuficiência cardíaca (IC) de fração de ejeção (FE) reduzida
ou preservada é feito com a mensuração da FE que é realizada, na maioria das vezes, pelo
ecocardiograma transtorácico. Sendo assim:
- FE < 40% = IC com FE reduzida (ICFER)
- FE ≥ 50% = IC com FE preservada (ICFEP)
Essa diferenciação é importante pois muda a abordagem terapêutica! Isso porque até hoje
não existe um tratamento específico que tenha mostrado benefício na ICFEP. Sendo assim, a
medida principal nestes paciente é o controle dos sintomas e das comorbidades. Neste
contexto, inclui-se a manutenção do ritmo sinusal, uma vez que arritmias como FA ou flutter
podem piorar a função diastólica e ter repercussão clínica.
No caso dos pacientes com ICFEP sintomática, principalmente quando há evidências de
congestão sistêmica, a grande droga é o diurético. É claro que eles devem ser utilizados com
mais cautela na população idosa, porém o risco versus benefício nesses casos impõe o uso do
mesmo.
Além disso, a causa de base da ICFEP deve ser pesquisada e, sempre que possível,
tentaremos revertê-la. Isso se aplica aos pacientes idosos com sintomas proeminentes e
isquemia miocárdica, onde há uma clara indicação de realizar uma terapia de reperfusão -
principalmente quando há evidências de miocardio viável.
Gabarito letra C.
238 - 2020 UNIRV
P.P.M, 64 anos, sexo feminino, procura atendimento referindo dispneia aos esforços, angina e
episódios recorrentes de síncope. Ao exame físico, observa-se frêmito palpável sobre as
carótidas, íctus cordis na linha axilar anterior, no oitavo espaço intercostal ausculta mostra
sopro sistólico, que se inicia logo após a primeira bulha, atingindo seu ápice no meio da fase
de ejeção e que irradia para cima, acompanhando o trajeto das carótidas. Eletrocardiograma
mostra depressão do segmento ST e inversão de onda T nas derivações D1, aVL e derivações
precordiais esquerdas. O provável diagnóstico é:
A) Insuficiência pulmonar.
B) Estenose aórtica.
C) Estenose mitral.
D) Estenose tricúspide.
» Paciente que apresenta uma tríade clássica de sintomas relacionadosa sobrecarga ventricular
esquerda (dispneia aos esforços e angina) e baixo débito (síncopes recorrentes). O desvio do
ictus cordis determina aumento da área cardíaca, e a descrição de um sopro SISTÓLICO com
onda sonora em formato de DIAMANTE e irradiação para carótidas não deixa margem para
dúvidas. Trata-se de uma estenose aórtica grave gerando sobrecarga ventricular esquerda
importante (corroborada pelo provável padrão de STRAIN na descrição do eletrocardiograma.
Para facilitar o raciocinio, a questão ainda facilitou o trabalho, pois todas as outras
alternativas representam valvopatias causadoras de sopro DIASTÓLICO.
Resposta correta letra B
239 - 2020 UNESC - ES
Adolescente de 18 anos procura serviço médico por quadro de cansaço aos esforços, sem
outras queixas. Nega emagrecimento, febre, tosse ou edema. Ao exame físico, observado
sopro contínuo suave em região infra- clavicular esquerda, irradiando para região infra-
escapular do mesmo lado. Ictus discretamente desviado para esquerda, ausência de turgência
jugular. Pressão arterial no braço esquerdo de 144/ 88 mmHg e no braço direito de 142/86
mmHg. Pulsos radiais amplos e simétricos. Pulsos femorais presentes, embora com amplitude
diminuída. Qual o principal diagnóstico diferencial para o caso?
A) Estenose mitral.
B) Transposição de grandes artérias.
C) Coarctação de aorta pós-ductal.
D) Membrana sub-aórtica.
E) Comunicação inter-atrial.
» Em primeiro lugar: temos um paciente jovem (18 anos) hipertenso. Lembre-se que HAS fora
da faixa etária típica de HAS primária (30-50 anos) é condição que deve nos fazer pensar em
HAS secundária. Qual seria a provável causa de HAS secundária neste caso, com base nos
achados do exame físico? Sopro contínuo em região infraclavicular esquerda, irradiado para a
região infra-escapular do mesmo lado... Tal achado é clássico de estenose ou coarctação
aórtica, uma das principais causas de HAS secundária em jovens! Mas onde está localizada a
coarctação? Na maioria das vezes o segmento estenosado se localiza antes da emergência da
subclávia esquerda (antes da região de desague do ducto arterioso), o que faz com que o
paciente apresente diferença significativa de pressão e pulso entre os membros superiores.
No entanto, no caso em tela as pressões e pulsos não diferem de forma importante (em > 10
mmHg) entre os membros superiores. A diferença é observada predominantemente entre
membros superiores e inferiores... A qual conclusão podemos chegar? Ora, a coarctacão de
aorta neste caso deve estar após a região de desague do ducto arterioso, inclusive, após a
emergência da subclávia esquerda. Resposta: C.
240 - 2020 SMS - FLORIPA
Dona Luiza tem 67 anos. Aos 35 anos, iniciou quadro de hipertensão arterial sistêmica, assim
como suas irmãs e sua mãe. Há cerca de 3 anos vem apresentando cansaço durante suas
atividades habituais, como fazer feira e ir buscar a neta na escola. Contudo, conseguia manter
a jardinagem e subir um lance de escada normalmente. Iniciou também fadiga e edema de
membros inferiores com cacifo, sendo diagnosticada com insuficiência cardíaca congestiva,
confirmada pelo ecocardiograma como insuficiência cardíaca sistólica. Hoje, veio à consulta
para renovar suas receitas. Ao exame apresentava-se eupneica, com pressão arterial de
130/80 mmHg, pulso de 72 bpm, rítmico e cheio, frequência respiratória de 16 mrm, sem
edema de membros inferiores. As auscultas respiratória e cardíaca encontravam-se normais.
O tratamento farmacológico mais adequado seria:
» Paciente de 67 anos, previamente hipertensa, evolui com insuficiência cardíaca com fração de
ejeção reduzida (ICFER). No momento não apresenta sinais clínicos de hipervolemia (edema
de membros inferiores, turgência jugular, crepitações pulmonares) ou de baixo débito
(hipotensão, perfusão capilar lentificada, alterações do nível de consciência). Quais
tratamentos são imprescindíveis? De imediato, não parece necessário o uso de medicações
que atuam exclusivamente nos sintomas da insuficiência cardíaca, como os diuréticos e os
digitálicos (A e B INCORRETAS), então devemos priorizar apenas as medicações que tem
atuação na redução da mortalidade desses pacientes.
Duas classes de medicações formam a primeira linha de tratamento modificador de doença
da insuficiência cardíaca. A primeira são os betabloqueadores, que atuam no bloqueio dos
receptores beta adrenérgicos, reduzindo o inotropismo e cronotropismo cardíaco. A segunda
classe são as medicações inibidoras da enzima conversora de angiotensina, que promovem
redução do efeito vasoconstritor, do efeito retentor de sódio (via aldosterona), e do efeito
trófico na musculatura lisa de vasos, nas células miocárdicas e fibroblastos. Ambas as classes
devem ser iniciadas para TODOS os pacientes portadores de IC
Na segunda linha terapêutica, a espironolactona tem eficácia comprovada na redução de
mortalidade em pacientes com classe funcional III-IV e fração de ejeção < 35%. Atua ao
reduzir a produção de fibroblastos e portanto o teor da fibrose miocárdica, reduzindo a
progressão da disfunção cardíaca.
Sendo assim, a alternativa que contém as duas medicações imprescindíveis é a letra D
Homem, de 51 anos, branco, assintomático, vem ao consultório para consulta de rotina. Tem
diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 há 02 anos em uso de metformina 1g/dia, é ex-
tabagista e relata histórico familiar de doença coronariana (dois irmãos, aos 45 e 48 anos,
ambos submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio). Exame clínico: PA= 140x80
mmHg, FC= 82 bpm, IMC=31,2 Kg/m2, Bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas, sem sopros,
restante sem alterações. Exames laboratoriais: Colesterol total = 216 mg/dL; LDL= 135 mg/dL,
HDL = 38 mg/dL, Triglicérides = 216 mg/dL, Glicemia de jejum= 152 mg/dL; hemoglobina
glicada Hb1Ac= 7,6%; PCR ultrassensível= 4,1 mg/L; Creatinina= 1,1 mg/dL. Hemograma,
transaminases, CPK, função tireoidiana e urina tipo 1 normais. Segundo a diretriz brasileira de
prevenção cardiovascular para reduzir morbidade e mortalidade cardiovascular, neste
paciente, devemos classificá-lo e adotar as seguintes condutas terapêuticas:
A) Risco Alto. Estatina + fibrato; manter PAS < 150 mmHg e PAD < 90mmHg e HbA1c < 7,0 %.
B) Risco Intermediário. Fibrato; manter PAS < 140 mmHg e PAD < 90 mmHg e HbA1c < 6,0 %.
C) Risco Alto. Estatina; manter PAS < 130 mmHg e PAD < 80 mmHg e HbA1c < 7,0%.
D) Risco muito Alto. Estatina + fibrato; manter PAS < 130 mmHg e PAD < 80mmHg e
HbA1c<6,0%.
E) Risco Intermediário. Estatina + fibrato; manter PAS < 130 mmHg e PAD < 80mmHg e HbA1c
< 6,0 %.
» O alvo preconizado para tratamento do diabetes, exceto em idosos com alto risco de
hipoglicemia, é de HbA1C < 7,0%. Vamos relembrar os alvos pressóricos para o tratamento de
pacientes com hipertensão arterial:
Temos um paciente do sexo masculino, diabético e acima de 49 anos, o que já configura alto
risco cardiovascular, em um paciente com hipertensão estágio 1.
Gabarito: Alternativa C.
242 - 2020 HAC - PR
C.H.S, homem, aposentado, 74 anos, tem história pregressa de infarto agudo do miocárdio há
04 meses. Foi submetido à cirurgia de revascularização miocárdica com sucesso. Após a alta
hospitalar, há 03 meses, evolui estável, porém relata cansaço em aclives acentuados e há 01
mês vem tendo episódios de repentina sensação de sufocação durante o sono que o acorda e
o obriga a levantar-se à procura de um lugar mais arejado. O ecocardiograma transtorácico
mostra uma Fração de ejeção de 39%. Está em uso de Enalapril 10 mg 2x/d, AAS 100 mg/d,
atorvastatina 20 mg/d, hidroclorotiazida 25 mg/d. Ao exame físico: PA sentado 128x68 mmHg
e FC=78 spm, regular, ausculta cardiopulmonar normal. Neste caso, a melhor opção de
tratamento seria:
A) Introduzir espironolactona
B) Introduzir nitratos
C) Iniciar beta-bloqueador
D) Iniciar furosemida.
E) Associar losartan ao tratamento.
» São drogas que reduzem a morbimortalidade em paciente com insuficiência cardíaca com
fração de ejeção reduzida em classe funcional II: Betabloqueadores, espironolactona e
IECA/BRA. Considerando a melhor opção de tratamento neste momento, deve-se optar por
controle da frequência cardíaca com uso de betabloqueador, iniciando em baixas doses, com
aumento progressivo até que se alcance a frequência cardíaca em torno de 60 batimentos
por minuto. No entanto, a terapia com espironolactona também está recomendada. Assim,
devemos considerar a alternativa C como “melhor resposta”, apesar da alternativa A também
estar correta.
A) Doença cardíaca.
B) Doença renal primária.
C) Acidente Vascular Encefálico (AVE).
D) Doença arterial periférica.
Idosa 64 anos, ex-tabagista (parou há 15 anos), hipertensa com controle irregular desde os 40
anos, refere a esforços moderados dor torácica precordial em aperto de média intensidade,
sem irradiação, que desparece ao repouso. Seu controle pressórico é inadequado, com
medidas nas ultimas semanas acima de 180/110 mmHg. Usa clortalidona 25mg,
espironolactona 50 mg e losartana 100 mg associada a amlodipina 10 mg ao dia. Qual seria
sua recomendação nesse caso?
A) Acrescentar alfabloqueador.
B) Trocar losartana por alisquireno.
C) Acrescentar enalapril.
D) Dobrar a dose da clortalidona.
E) Acrescentar betabloqueador.
»
O quadro clínico é de uma paciente com sintomas sugestivos de angina estável (dor
precordial que piora com esforço e melhora ao repouso) e hipertensão descontrolada. Neste
sentido, podemos unir o “útil ao agradável”, ou seja, associar como antihipertensivo uma
droga que sabidamente também atue no controle dos sintomas relacionados à doença
arterial coronariana (DAC). Dentre as alternativas, a melhor opção é o uso do betabloqueador
(E correta). A história de ex-tabagismo não contraindica o uso da droga, exceto se a paciente
possuísse DPOC grave e descontrolado. Não há indicação de alfabloqueador ou alisquireno,
este último reservado para casos específicos de insuficiência cardíaca (A e B erradas). Não há
benefícios na associação de inibidor da ECA (enalapril) com BRA (losartana); pelo contrário, há
maior risco de efeitos adversos relacionados a essas classes que atuam por mecanismos
semelhantes (ex.: hipercalemia e insuficiência renal) - C errada. O aumento da dose de
clortalidona até pode ser benéfico (a dose máxima é de 100 mg/dia), mas a medida mais
importante frente à suspeita de DAC é o início do betabloqueador (D incorreta). Resposta - E.
245 - 2020 PUC - PR
Ricardo, 72 anos, portador de Hipertensão Arterial, diabetes, gota e doença renal crônica
(Clearence de Creatinina de 25ml/min) em uso de Enalapril 10mg a cada 12 horas procura
consulta médica, pois nos últimos meses vem apresentando palpitações. Ao exame físico,
apresenta-se com PA 160x70mmHg, FC: 64bpm, FR: 18 rpm, com bulhas cardíacas arrítmicas
na ausculta e com pulso irregular, sem outras alterações no exame. Das opções a seguir sobre
o tratamento da hipertensão desse paciente, a escolha de medicamento mais apropriada para
ser associada à terapia atual é
A) Hidroclorotiazida.
B) Espironolactona.
C) Losartana.
D) Anlodipino.
E) Clonidina.
» Bloqueadores de canais de cálcio (BCC), tiazídicos, IECA e BRA são as classes farmacológicas
de escolha para o tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Caso não haja
contraindicação, uma dessas deve ser a preferência – opções (B) e (E) incorretas. Como
Ricardo já usa um IECA, não se deve associar um BRA – a associação aumenta o risco de
eventos adversos – opção (C) incorreta. Os tiazídicos também devem ser evitados, já que
esses diuréticos provocam hiperuricemia (repare que ele tem gota) – opção (A) incorreta.
Sendo assim, a melhor droga para associarmos ao enalapril é a anlodipina, um BCC.
Resposta: (D).
» O tratamento da IC com fração de ejeção reduzida consiste, de forma geral, em drogas que
alteram mortalidade (iECA/BRA, beta-bloqueador e antagonistas da aldosterona) associados a
drogas que aliviam os sintomas (diuréticos e digitálicos). Outras drogas que vem sendo
utilizadas são:
- Hidralazina + nitrato: a combinação mostrou benefícios, aumentando a sobrevida
principalmente em negros. Podem ser utilizados em caso de contraindicação ao IECA/BRA ou
nos casos refratários (classes III e IV) apesar da terapia otimizada.
- Ivabradina: é um inibidor específico e seletivo da corrente “If” do nodo sinusal e, em última
análise, auxilia no controle da frequência cardíaca. Seu uso é recomendado em pacientes com
ritmo sinusal, FC > 70 bpm e classes funcionais II-III de NYHA com disfunção sistólica em uso
de terapia otimizada.
- Valsartan + sacubitril: a combinação foi recentemente aprovada, após resultados do estudo
PARADIGM-HF, para substituir o IECA nos casos de nos pacientes com IC sintomática classes
II e III de NYHA.
Além disso, um marca-passo biventricular definitivo pode ser indicado em pacientes com: (1)
IC classe funcional NYHA II, III ou IV refratária à terapia medicamentosa otimizada, (2) FE
menor ou igual à 35% e (3) ritmo sinusal associado à BRE (QRS maior ou igual à 150ms).
A) Comorbidades.
B) Estado funcional e social.
C) Atividade física.
D) Redução intencional de massa e força muscular.
Mulher, 53 anos, consulta na Unidade Básica de Saúde por ter acordado com dor na nuca e
tontura. Encontra-se alerta, conversando, apresenta PA 180/100 mmHg, FC 85 bpm, ausculta
cardiopulmonar e exame neurológico sumário dentro da normalidade. A paciente é
hipertensa, faz uso regular de hidroclorotiazida 25 mg/dia, enalapril 10 mg 2x/dia e refere
consumo de bebida alcóolica na noite anterior. Sobre o quadro descrito, após a orientação
para cessação da ingesta alcoólica, é correto afirmar que
» Situação extremamente comum no nosso dia a dia. Paciente com hipertensão arterial
sistêmica que se apresenta com níveis tensionais fora dos alvos preconizados, sintomas
vagos não atribuíveis aos valores pressóricos e exame físico sem alterações dignas de nota.
Essa é a chamada pseudocrise hipertensiva, ou seja, apenas uma hipertensão arterial crônica
mal controlada que precisa ter seu tratamento otimizado. Não confunda a relação de
causa/consequência: a dor estimula o sistema adrenérgico e provoca hipertensão, não é a
hipertensão que gera dor! É muito frequente que nossos pacientes pensem que cefaleia ou
dor na nuca surgem quando a pressão arterial se eleva, mas isso é uma falácia que precisa
ser desmistificada por nós, médicos! Conduta: orientações gerais sobre a benignidade do
quadro, controle sintomático da dor e otimização do tratamento da pressão arterial se for
preciso, não havendo necessidade de drogas anti-hipertensivas de forma emergencial. Aliás,
reduzir a pressão arterial de forma abrupta em pacientes com hipertensão arterial crônica
pode trazer mais malefícios do que benefícios (esses doentes já estão "acostumados" com
altos níveis pressóricos e podem desenvolver complicações por hipoperfusão tecidual, como
infarto agudo do miocárdio ou AVE). Reparem que não estamos diante de uma emergência
hipertensiva, cenário no qual nos deparamos com níveis tensionais bastante elevados
(geralmente uma PA diastólica ≥ 120 mmHg) associados a sinais e sintomas de lesão de
órgão-alvo (acidente vascular encefálico, síndromes coronarianas agudas, encefalopatia
hipertensiva ou edema agudo de pulmão, por exemplo). Nesses casos, prescrevemos sim
anti-hipertensivos parenterais para redução rápida da PA. Também não parece se tratar de
uma urgência hipertensiva, um conceito controverso tipicamente definido pela elevação da
PA em pacientes com fatores de risco como doença coronariana estável, aneurisma de aorta
não dissecante ou epistaxes graves. Não se prenda aos valores tensionais, pois não há
nenhum consenso na literatura que nos permita definir crise hipertensiva a partir de um
corte numérico. Concordamos que é tudo muito bonito na teoria, mas que pode ser mais
difícil na prática. De acordo com os dados da Studying the Treatment of Acute Hypertension
(STAT), muitos pacientes ignoram as orientações dadas e retornam para atendimento nos
próximos três meses pelo mesmo motivo: "Estou com dor de cabeça, medi minha pressão e
está alta!". Por mais angustiante que possa parecer, nenhum trabalho mostra benefício na
redução rápida da pressão arterial de pacientes assintomáticos com hipertensão mal
controlada. A verdade dos fatos é que a maioria desses pacientes deve ter seu controle
pressórico feito de forma ambulatorial, com orientações de hábitos de vida e ajuste fino das
medicações. Ficaríamos entre a C e a D: não estaria errado tratar a paciente com sintomáticos
para dor e até ajustar a dose dos anti-hipertensivos para uma posterior reavaliação, mas a
banca liberou como resposta a letra C.
L.U.C.A, homem, 50 anos, veio à consulta por queixa de cãimbras musculares frequentes, de
início há 06 meses. Conta higidez prévia e não fazia uso de medicações. Ao exame físico
apresenta-se eutrófico, PA=160x100 mmHg, sem outros achados significativos. Exames
laboratoriais iniciais mostram hemograma normal. Creatinina: 0,7 mg/dl (n: 0,5-1,3 mg/dl),
Sódio: 143 mEq/L (n: 135-145 mEq/L), K+: 2,9 mEq/L (n: 3,5-5 mEq/L), glicemia 118 mg/dl (n:70-
99 mg/dl). O diagnóstico mais provável e os exames iniciais indicados são, respectivamente:
Paciente branca, de 25 anos apresenta hipertensão arterial severa de início recente. Exames
revelam uréia e creatinina normais, potássio sérico baixo (3,0mEq/L) e EAS normal. Ao exame
presença de sopro abdominal. Ultra-sonografia mostra rins de aspecto normal, porém com
assimetria, medindo o direito 11,8cm e o esquerdo 9,8cm. A etiologia mais provável da
hipertensão arterial é:
A) feocromocitoma.
B) estenose da arteria renal.
C) glomerulonefrite crônica.
D) hiperaldosteronismo primário.
E) hipertensão arterial essencial ou primária.
Gabarito: B.
251 - 2020 HEA
O risco cardiovascular global deve ser avaliado em cada indivíduo hipertenso, pois auxilia na
decisão terapêutica e permite uma análise prognóstica. São fatores de risco cardiovascular na
avaliação do risco adicional no hipertenso:
A) Homens com idade ≥ 55 anos ou mulheres com idade ≥ 65 anos; tabagismo; triglicerídeos >
300mg/dl.
B) Circunferência abdominal ≥ 100 cm nos homens ou ≥ 88 cm nas mulheres; IMC ≥ 30 kg/m2;
Hemoglobina glicada entre 5,7 - 6,4%.
C) História de doença cardiovascular prematura em parentes de 1° grau Homens < 55 anos ou
mulheres < 65 anos; Circunferência abdominal ≥ 102 cm nos homens ou ≥ 88 cm nas
mulheres; etilismo.
D) Sexo masculino; História de doença cardiovascular prematura em parentes de 1° grau
Homens < 55 anos ou mulheres < 65 anos; Circunferência abdominal ≥ 102 cm nos homens ou
≥ 88 cm nas mulheres.
» Essa questão tem como base à " 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial: Capítulo 4 -
Estratificação de Risco Cardiovascular". Vamos analisar as assertivas:
Sexo masculino, Idade, Homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos, História de DCV prematura
em parentes de 1º grau, Homens < 55 anos ou mulheres < 65
anos, Tabagismo, Dislipidemia, Colesterol total > 190 mg/dl e/ou, LDL-colesterol > 115 mg/dl
e/ou, HDL-colesterol < 40 mg/dl nos homens ou < 46 mg/dl nas mulheres e/ou, Triglicerídeos
> 150 mg/dl, Resistência à insulina, Glicemia plasmática em jejum: 100-125 mg/dl, Teste oral
de tolerância à glicose: 140-199 mg/dl em 2 horas, Hemoglobina glicada: 5,7 –
6,4%, Obesidade, IMC ≥ 30 kg/m2, CA ≥ 102 cm nos homens ou ≥88 cm nas mulheres.
Ou seja, somente a letra D encontra-se correta e portanto é o nosso gabarito.
Homem de 60 anos, procedente da Bahia, deu entrada no PS com dispneia aos médios
esforços, ortopneia e edema de MMII. Ao exame físico, detectado edema MMII 3+/4,
hepatomegalia 2cm abaixo RCD, estase jugular com refluxo hepatojugal positivo, PA
80x30mmHg e sonolência. Relatava ainda oligúria. Trazia consigo um ECG e Ecocardiograma
realizados ambulatorialmente que revelavam bloqueio de ramo direito e bloqueio divisional
ântero-superior, fração de ejeção de 40% e presença de aneurisma apical. A provável etiologia
do quadro cardíaco é
A) Isquêmica.
B) hipertensiva.
C) chagásica.
D) viral.
» A grande dica para chegar ao diagnóstico está no ECG: presença de bloqueio de ramo direito
- BRD (padrão rsR' e R' alargada em V1) associado a hemibloqueio anterior esquerdo ou
bloqueio divisional ântero-superior esquerdo - BDASE (desvio do QRS para a esquerda,
denotado pelo QRS negativo em D2 e aVF). Esses dois achados, em conjunto, são bastante
sugestivos do diagnóstico de cardiomiopatia chagásica.
253 - 2020 HMDI
Homem de 60 anos, procedente da Bahia, deu entrada no PS com dispneia aos médios
esforços, ortopneia e edema de MMII. Ao exame físico, detectado edema MMII 3+/4,
hepatomegalia 2cm abaixo RCD, estase jugular com refluxo hepatojugal positivo, PA
80x30mmHg e sonolência. Relatava ainda oligúria. Trazia consigo um ECG e Ecocardiograma
realizados ambulatorialmente que revelavam bloqueio de ramo direito e bloqueio divisional
ântero-superior, fração de ejeção de 40% e presença de aneurisma apical. Baseado na sua
avaliação clínica-hemodinâmica, qual o perfil do paciente e uma opção de tratamento?
A) Pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção do ventrículo esquerdo menor que
55% são classificados como insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.
B) Os pacientes na classe funcional II da New York Heart Association apresentam sintomas nas
atividades físicas menos intensas que as habituais, representando limitação importante,
porém confortáveis no repouso.
C) A classificação da insuficiência cardíaca segundo a progressão da doença, proposta pela
American College of Cardiology/American Heart Association (ACC/AHA), considera ""estágio
A"" quando o paciente apresenta alteração estrutural cardíaca, sem sintomas de insuficiência
cardíaca.
D) O termo ""insuficiência cardíaca crônica"" reflete a natureza não progressiva da doença,
enquanto o termo ""insuficiência cardíaca aguda"" indica a natureza progressiva.
E) Algumas situações clínicas de alto débito cardíaco podem levar a insuficiência cardíaca,
como tireotoxicose, anemia, fístulas arteriovenosas e beribéri (insuficiência cardíaca de alto
débito).
» Enunciado que descreve uma paciente portadora de sopro em ruflar diastólico em foco
mitral. Ora, esta é a descrição do sopro característico da estenose mitral. Trata-se de um
sopro de baixa frequência, produzido pelo enchimento rápido do ventrículo esquerdo através
da válvula mitral estenótica. A estenose mitral tem como etiologia quase exclusiva a
cardiopatia reumática.
Resposta letra B
258 - 2020 UFAL
Medidas não farmacológicas como cessação do tabagismo, perda de peso, atividade física
regular, controle dietético e de fatores de risco estão indicadas para todos os pacientes com
DM portadores de doença arterial coronariana (DAC). Nesse contexto, apenas não podemos
concordar que:
A) a prevenção secundária com uso de AAS e estatinas (com alvo de LDL-C < 70 mg/dl) está
indicada para todos, salvo contraindicações.
B) o uso de IECAs está recomendado (salvo contraindicações) para pacientes portadores de
DAC e DM para redução de risco cardiovascular.
C) BRAs não devem substituir IECAs quando o paciente apresentar tosse relacionada com o
IECA.
D) betabloqueadores estão indicados para pacientes portadores de DAC e DM com disfunção
ventricular esquerda, observando-se as indicações da diretriz de IC.
A prevenção secundária com uso de AAS e estatinas (com alvo de LDL-C < 70 mg/dl) está
indicada para todos, salvo contraindicações. Nível de evidência A. (letra A - CORRETA)
O uso de IECAs está recomendado (salvo contraindicações) para pacientes portadores de DAC
e DM para redução de risco cardiovascular. Nível de evidência A. (letra B - CORRETA)
BRAs devem substituir IECAs quando o paciente apresentar tosse relacionada com o IECA.
Nível de evidência B. (letra C - INCORRETA)
Betabloqueadores estão indicados para pacientes portadores de DAC e DM com disfunção
ventricular esquerda, observando-se as indicações da diretriz de IC. Nível de evidência A.
(letra D - CORRETA)
Betabloqueadores após IAM por até três anos, sujeito a reavaliação. Nível de evidência A.
Betabloqueadores para tratar angina e/ou isquemia silenciosa. Nível de evidência B.
Gabarito: letra C.
259 - 2020 HEVV
» Segundo a Lei de Frank-Starling, quanto maior a pré-carga (ou seja, o volume diastólico final),
maior o débito sistólico. Porém, existe um limite para isso e, quando ultrapassado, o aumento
adicional da pré-carga deixa de ser compensado. A partir desse momento, o paciente começa
a descompensar e, com isso, há uma ativação neuro-humoral como forma de tentar
compensar o quadro. Apesar de inicialmente aumentar a contratilidade, com o tempo, essa
ativação se torna prejudicial ao ventrículo (que já se encontra doente). Além disso, as
substâncias liberadas são vasocontritores arteriais (ex: noradrenalina, angiotensina II) e irão
aumentar a pós-carga (que é a resistência imposta à ejeção ventricular) e dificultar ainda mais
o trabalho cardíaco.
Gabarito letra C.
260 - 2020 HEVV
Com relação à insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp), é CORRETO
afirmar que:
A) a ICFEp é mais comum em pacientes do sexo masculino, hipertensos e com até os 50 anos
de idade.
B) a taxa de mortalidade pela ICFEp é menor do que nos pacientes com insuficiência cardíaca
com fração de ejeção reduzida (ICFEr).
C) os níveis do peptídeo natriurético tipo B (BNP) e porção N-terminal do pró-BNP (NT-pró-
BNP) estão normais nos pacientes com ICFEp, devido à função ventricular preservada.
D) a candesartana demonstrou redução significativa da mortalidade de pacientes com ICFEp.
E) o controle adequado das comorbidades na ICFEp pode prevenir a descompensação.
Gabarito letra E.
261 - 2020 SCMCG
A) Possibilitando dietas mais liberais, com medicamentos menos agressivos, menos rigor no
monitoramento glicêmico e, consequentemente, metas glicêmicas flexíveis, com glicemias a
qualquer momento (glicemia randômica) abaixo de 140 mg/dL e hemoglobina glicada (HbA1c)
> 7%.
B) Possibilitando dietas mais rígidas, com medicamentos menos agressivos, menos rigor no
monitoramento glicêmico e, consequentemente, metas glicêmicas flexíveis, com glicemias a
qualquer momento (glicemia randômica) abaixo de 180 mg/dL e hemoglobina glicada (HbA1c)
> 7%.
C) Possibilitando dietas mais liberais, com medicamentos menos agressivos, menos rigor no
monitoramento glicêmico e, consequentemente, metas glicêmicas flexíveis, com glicemias a
qualquer momento (glicemia randômica) abaixo de 180 mg/dL e hemoglobina glicada (HbA1c)
> 7%.
D) Possibilitando dietas mais liberais, com medicamentos mais agressivos, menos rigor no
monitoramento glicêmico e, consequentemente, metas glicêmicas flexíveis, com glicemias a
qualquer momento (glicemia randômica) abaixo de 180 mg/dL e hemoglobina glicada (HbA1c)
> 7%.
A) FEVE ≤ 35%, ritmo de fibrilação atrial, CF III, tratamento clínico otimizado, morfologia de
bloqueio de ramo esquerdo e com duração do QRS ≥ 150 ms.
B) FEVE ≤ 35%, ritmo sinusal, CF II-III, tratamento clínico otimizado, morfologia de bloqueio de
ramo direito e com duração do QRS ≥ 150 ms.
C) FEVE ≤ 35%, ritmo sinusal, CF II, tratamento clínico otimizado, morfologia de bloqueio de
ramo esquerdo e com duração do QRS ≥ 150 ms.
D) FEVE ≤ 35%, ritmo sinusal, internação atual por ICC em classe funcional IV, tratamento
clínico otimizado, morfologia de bloqueio de ramo esquerdo e com duração do QRS ≥ 150 ms.
E) FEVE ≤ 35%, ritmo sinusal, CF II-III, tratamento clínico otimizado, com duração do QRS ≥ 150
ms, independentemente do tipo da anormalidade de condução ventricular encontrada, desde
que o ecocardiograma confirme a presença de dissincronia ventricular.
De fato pacientes em ritmo sinusal com bloqueio de ramo esquerdo respondem melhor à
TRC. A vantagem também é maior em pacientes mais graves, o que significa que o paciente
da alternativa D teria a melhor resposta, mas é digno de nota que pacientes em classe IV que
não deambulam não devem ser referenciados para TRC.
Gabarito oficial: D.
263 - 2020 SMS - GO
Manoel é um homem de 55 anos, branco, sedentário, hipertenso, que chega até a unidade de
saúde com a expectativa de fazer exames. Diz que utiliza losartana 50 mg de 12/12 horas há
10 anos e que acredita que a medicação esteja fraca, pois a pressão tem ficado descontrolada.
Entendendo o contexto de Manoel, você solicita exames complementares, os quais mostram
os resultados a seguir: Colesterol total = 195; HDL = 40; LDL = 120; Triglicérides = 230; Glicemia
de jejum = 108; Hemoglobina glicada = 5,6%; Creatinina = 0,7; EAS = sem alterações;
Eletrocardiograma = normal; Medida ambulatorial de pressão arterial (MAPA) = PA média de
145 x 78 mmHg; Após analisá-los, você decide calcular o risco cardiovascular de Manoel por
meio da calculadora Framingham, cujo desfecho é de 21,40%. Diante do risco cardiovascular
aferido, a melhor conduta é:
» Vamos avaliar o caso com calma. Trata-se de um paciente com fatores de risco
cardiovasculares, assintomático, e exames laboratoriais que demonstram dislipidemia mista
leve (LDL > 100/TG > 150), glicemia na faixa de resistência insulínica porém hemoglobina
glicada normal (permitindo excluir diabetes melitus por ora). Seu MAPA evidencia hipertensão
sistólica isolada, significando tratamento inadequado da hipertensão arterial.
Dois objetivos devem ser estabelecidos no tratamento do paciente acima. O primeiro é o
adequado controle da pressão arterial, que pode ser obtido pela adição de outra droga anti-
hipertensiva (visto que a primeira ja se encontra em dose máxima), ou pela alteração do estilo
de vida do paciente. O segundo objetivo é avaliar a necessidade de introdução de outras
terapias para redução do risco cardiovascular. Certamente a perda de peso e a prática de
exercícios serão benéficas nesse sentido, porém existe ainda uma intervenção
medicamentosa que se faz necessáris em pacientes de alto risco cardiovascular (como é o
caso de Manoel), que é o início da terapia com estatinas na prevenção primária de eventos
cardiovasculares (independente da existência de dislipidemia).
Não há indicação nesse caso de início de ciprofibrato, visto que os níveis de triglicerídeos não
ultrapassam 500mg/dL (B INCORRETA). Sem diagnóstico firmado de diabetes mellitus, não há
motivo para início de metformina nesse momento (D INCORRETA). Por fim, a maioria das
diretrizes não indica início de AAS na prevenção primária, sendo os resultados de estudos
conflitantes quanto ao risco/benefício da terapia. (A INCORRETA).
A única alternativa que une as duas intervenções necessárias é a letra C
264 - 2020 HEVV
Paciente do sexo feminino, com 33 anos, vem à consulta devido a achado de sopro. Refere ser
completamente assintomática e nega comorbidades e uso de medicações. Ao exame,
apresenta-se em bom estado geral, frequência cardíaca (FC) = 83 bpm; pressão arterial (PA)=
112 x 58 mmHg, com ausculta de ritmo cardíaco regular e sopro regurgitativo +++ em foco
mitral, mesotelessistólico, com irradiação para linha axilar média, sem outros achados ao
exame clínico. Traz eletrocardiograma em ritmo sinusal e ecocardiograma transtorácico: átrio
esquerdo de 36 mm, ventrículo esquerdo = 48 x 31 mm, fração de ejeção de 65%, insuficiência
mitral importante com prolapso de cúspide anterior, segmento A2 e A3, pressão sistólica da
artéria pulmonar (PSAP) = 33 mmHg. Assinale a conduta CORRETA para a paciente descrita:
Gabarito: Alternativa D.
265 - 2020 HOA
Medidas não farmacológicas como cessação do tabagismo, perda de peso, atividade física
regular, controle dietético e de fatores de risco estão indicadas para todos os pacientes com
DM portadores de doença arterial coronariana (DAC). Nesse contexto, apenas não podemos
concordar que:
A) a prevenção secundária com uso de AAS e estatinas (com alvo de LDL-C < 70 mg/dl) está
indicada para todos, salvo contraindicações.
B) o uso de IECAs está recomendado (salvo contraindicações) para pacientes portadores de
DAC e DM para redução de risco cardiovascular.
C) BRAs não devem substituir IECAs quando o paciente apresentar tosse relacionada com o
IECA.
D) betabloqueadores estão indicados para pacientes portadores de DAC e DM com disfunção
ventricular esquerda, observando-se as indicações da diretriz de IC.
A prevenção secundária com uso de AAS e estatinas (com alvo de LDL-C < 70 mg/dl) está
indicada para todos, salvo contraindicações. Nível de evidência A. (letra A - CORRETA)
O uso de IECAs está recomendado (salvo contraindicações) para pacientes portadores de DAC
e DM para redução de risco cardiovascular. Nível de evidência A. (letra B - CORRETA)
BRAs devem substituir IECAs quando o paciente apresentar tosse relacionada com o IECA.
Nível de evidência B. (letra C - INCORRETA)
Betabloqueadores estão indicados para pacientes portadores de DAC e DM com disfunção
ventricular esquerda, observando-se as indicações da diretriz de IC. Nível de evidência A.
(letra D - CORRETA)
Betabloqueadores após IAM por até três anos, sujeito a reavaliação. Nível de evidência A.
Betabloqueadores para tratar angina e/ou isquemia silenciosa. Nível de evidência B.
Resposta: letra C.
266 - 2020 HEVV
No paciente com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, qual terapia
medicamentosa demonstrou REDUÇÃO na mortalidade?
Gabarito: A.
267 - 2020 HEVV
A) CERTO
B) ERRADO
A) CERTO
B) ERRADO
Afirmativa CERTA.