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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA

EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II

Discente: Gleise Cardoso Fialho

RESENHA CRÍTICA
Capítulo 3: Os professores depois da pandemia

1. REFERÊNCIA

NÓVOA, António. Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar. Salvador: SEC/IAT,


2022. 116p. Colaboração de Yara Alvim.

2. RESUMO

2.1 Abertura

Neste momento o autor descreve como a pandemia chega no âmbito escolar de forma
repentina, mudando toda estrutura da educação, a escola e a educação mudou de
espaço, agora é dentro de casa, tendo como braço direito as tecnologias. Segundo o
autor a “indústria global da educação” surge como salvadora da pátria, negando a
importância da escola na vida dos indivíduos. O fato é que o mercado global da educação
vai continuar a crescer, e vai engolir a aqueles que não souberem utilizar e enfrentar todo
esse avanço tecnológico.
O avanço das tecnologias evidencias três problemas na educação segundo o autor
são: que as aprendizagens acontecem “naturalmente”, de que a escola física vai dar lugar
à “escola virtual” e de que a pedagogia pode ser substituída pelas tecnologias.
2.2 Primeiro movimento: Andante con moto
O papel dos professores na construção de um espaço público comum da educação.

Neste primeiro momento o autor descreve como de fato foi a pandemia no mundo todo
“A pandemia da COVID-19 parou o mundo”, e fechou as escolas. Mas não foi capaz de
frear indústria global da educação, o consumismo pedagógico, a privatização da
educação e o discurso da urgência da escolarização. Nóvoa resume o que foi a educação
durante a pandemia, a casa dos familiares se tornou por um tempo a escola e o ambiente
de trabalho. O autor Ressalta a importância e o papel da escola na construção da
identidade dos indivíduos. A COVID-19 mostrou que toda sociedade é regulada pelo ritmo
da escola.

2.3 Segundo movimento: Allegro moderato


O papel dos professores na criação de novos ambientes escolares.

Neste segundo momento o autor fala da necessidade de transformação que a escola


precisa passar deste a sua estrutura, currículo e metodologia pedagógica, a escola
precisa de transformações profundas. O espaço físico da escola é algo muito importante,
precisa ser um ambiente organizado e estruturado isso inclui para que o aluno goste de
estar na escola. O currículo além de ensinar um conteúdo específico ou uma
competência, precisa formar cidadãos críticos, capazes de opinar sobre os mais diversos
assuntos. A pedagogia a mais importante porém a mais desvalorizada na sociedade.
Segundo o autor “novos ambientes escolares não surgirão espontaneamente”, os
professores têm um papel essencial na sua criação, e a partir de suas experiências
profissionais e conhecimento podem contribuir para uma metamorfose na escola mais
efetiva.

2.3 Terceiro movimento: Molto vivace


O papel dos professores na composição de uma pedagogia do encontro.

No terceiro momento o autor defende uma pedagogia do encontro, essa pedagogia


defende a ideia da intencionalidade no ato de ensinar, os professores são os
protagonistas desses atos. Diante disso o autor traz alguns apontamentos inacabados:
1º A pedagogia é uma relação humana, para educar precisamos de outros. Os
professores são essências para a socialização e interação dos alunos com o mundo pois
a escola e o segundo ambiente social do aluno.
2º Não a ensinamento e aprendizagem sem conhecimento, mas o conhecimento vem
através também das vivencias e das experiências na escola, com os colegas e em sala de
aula, tanto para os professores quando para os alunos.
3º A pedagogia não pode ser simplesmente mera repetições diariamente. O professor
precisa compreender levar para sala de aula novas estratégias de ensino.
4º Ressalta a importância ensinar a historicidade dos conhecimentos para os alunos.
6º A pedagogia envolve partilha de experiências com as outras pessoas, a pandemia
mostrou como o distanciamento adoece.

3. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA

Abertura do texto descreve com a pandemia chega e muda todo contexto mundial e
social, nós seres humanos somos seres sociais precisamos interagir com o outro, e de
repente tivemos que nos distanciar das pessoas, da escola, do ambiente de trabalho, das
ruas, do restaurante, de pegar o ônibus e tantas outras coisas que tivemos que para de
fazer.
Mas e inegável como o autor traz que a industrial global da educação não parou,
continuo faturando muito mesmo com pandemia e se paramos para refletir as tecnologias
e internet foram importantes sim durante a pandemia, se não fosse as tecnologias o
mundo iria parar totalmente, tivemos impressas funcionado por aplicativo de delivre,
artistas fazendo live para não para de trabalhar e professores trabalhando em casa com o
dobro de trabalho e redução de salário. O fato da indústria global da educação ter sido
importante na pandemia não faz dela agora o futura da escola e o futuro de uma nova
educação. O que de fato deveria ter sido discutido pela sociedade e poder público era
como utilizar essas tecnologias na melhoria da educação, discutir no sentido de trazer
políticas públicas educacionais permanentes, isso inclui utilizar na prática pedagógica dos
professores, na estrutura da escola, por que não internet de qualidade nas escolas
públicas.
A crítica as três ilusões acentuadas na educação que o texto traz são o reflexo do
protagonismo da indústria global da educação, trazer a ideia que as aprendizagem
acontecem naturalmente e tão absurda, somos seres sociais aprendemos com o outro,
necessitamos fazer parte de um grupo, então é na escola que o indivíduo vai começa a
pertencer a um grupo, por exemplo, o grupo do fundão, o grupo da resenha, o grupo da
leitura que gosta de ir para biblioteca, o grupo que odeia a disciplina de Português e
adora Química, é na escola que o indivíduo começa a tecer a sua identidade, então
quando se traz a ideia de escola virtuais e professores sendo substituídos por tecnologias,
a pergunta que fica é “ A que grupo o indivíduo vai pertencer nesse modelo futurista de
educação, se não há interação com o outro?
Os movimentos trazidos por Nóvoa no texto são muito importantes, a escola é um lugar
de muitos diferentes, é um espaço público onde se aprende com a diversidade, por isso a
transformação da escola é tão necessária, a escola não só um espaço de ensinamentos,
mas também é um espaço de resguardo. Discordo que a responsabilidade maior no
processo de metamorfose da escola esteja sobre o professor, é como se processo
dependesse do professor e caso não aconteça a culpa recai sobre o professor, para que a
metamorfose seja completa dentro da escola e preciso mudar todo o sistema dominante
até agora.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA

EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II


Discente: Gleise Cardoso Fialho

RESENHA CRÍTICA
Capítulo 4: Os professores e a sua formação num tempo de metamorfose da escola

1. REFERÊNCIA

NÓVOA, António. Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar. Salvador: SEC/IAT,


2022. 116p. Colaboração de Yara Alvim.

2. RESUMO

1.º Andamento: Políticas educativas e organização da escola


O autor descreve inicialmente como é o atual modelo da escola deste a sua estrutura
física, currículo e metodologia pedagógica, diante disso afirma a necessidade de um novo
contrato social entre a escola e a sociedade o que vai impactar diretamente os
professores e sua formação.
Com a era das tecnologias digitais segundo o autor a escola parece perdida e sem rumo,
isso se deve a duas tendências a primeira a de “privatização” e “individualização’’ e a
segunda refere-se a necessidade de repensar o contrato social e o modelo escolar.

2.1 Ponte entre andamentos

A privatização e individualização segundo autor trazem consequências a profissão


docente como não reconhecimento da docência como uma profissão que merece todo
reconhecimento. Esse tipo de movimento para o autor conduz a políticas de
desprofissionalização e de degradação da profissão docente trazendo a educação privada
como a solução para os problemas encontrados na escola. Nóvoa acredita no
compromisso público com a educação e na metamorfose da escola, mas ressalta que
para isso e preciso um trabalho coletivo entre os professores.
2.2 2º Andamento: Os professores e a sua formação

O autor fala da construção da identidade da profissão docente e para essa construção


acontecer é preciso refletir sobre as dimensões pessoais e coletivas que envolve a
docência. Para isso Nóvoa traz a necessidade da criação de um novo espaço educativo,
admitir isso significa afirmar que as universidades e as escola não contribuem de forma
significativa para a formação dos professores. Destaca a importância da interação entre
“profissionais, universitários e escolares” a partir dessa interação está a construção da
identidade docente.

2.3 Formação inicial


Nóvoa revela nesse momento que a formação dos professores agora está em segundo
plano, não a preocupação ou consideração a profissão docente. Destaca que a um tempo
atrás tinha sim uma valorização na formação docente e com a profissão docente, isso
graças as escolas normais, mas isso ficou no passado. O autor defende criação de um
novo espaço institucional chamada de casa comum onde os conhecimentos científicos
são importantes mas se tornam insuficientes sem as experiência da prática pedagógica,
essa casa comum só será possível se houver uma partilha entre universidade, escolas e
professores.

2.4 Indução profissional e Formação continuada

O autor evidencia sobre a importância da relação de troca que deve existir entre os
licenciados em formação e os professores já atuantes na educação básica para criação
de políticas de incentivo profissional na área da docência como residência pedagógica.
Nóvoa vem chamar a atenção para a formação continuada do professorando, é preciso
investir e acreditar em uma nova prática pedagógica construída partir da cooperação e
coletividade entre professores. Para o autor a formação continuada não deve se restringir
práticas rotineira sem incentivo para uma nova abordagem de ensino.

3. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA.

A privatização e a individualização surge como um novo modelo de educação a ser


seguindo no século XXI, mas a real intenção desse modelo é desvalorizar a escola, o que
se torna contraditório pois a privatização denuncia a incapacidade do estado em oferecer
uma educação de qualidade prevista em lei.
Um novo contrato social entre sociedade e escola é muito importante e valido se a
sociedade enxergasse e valorizasse a escola e os professores, esse tipo de movimento
vem degradando a profissão docente, deixando a profissão sem brilho e incentivo. A
pergunta que fica é como “Incentivar a valorização da docência?’’ Para o autor talvez seja
começando com a criação de novos espaço educativos que ajudem os licenciados em
formação a valorizar a profissão docente e a construir um caratér profissional. Outro ponto
trazido por Nóvoa e a interação que deveria existir entre universidade, escola e
universitários, se de fato existisse essa conectividade entre esses três elos, talvez a
docência não sofresse tanta desafeição da sociedade e até mesmo dos próprios
profissionais da educação.
No meu ponto de vista não existe uma interação sem por cento efetiva entre universidade,
escola e universitários, são realidades completamente diferentes, o que vivemos e
idealizamos na universidade, não é o que de fato vamos enfrentar ao longo da nossa
profissão, concordo quando Nóvoa traz a definição de escola como um lugar de muitos e
muitos diferentes, ao longo da nossa profissão vamos viver experiências com realidades
que vão variar de escola para escola, como por exemplo alunos com deficiência, como
abordar a química para esses alunos, infelizmente a universidade ainda deixa muito a
desejar nesse quesito sobre educação inclusiva e educação especial, por que um
licenciando que acaba de se formar e vai para sala de aula e se depara com essa
realidade,o choque é grande e a frustação também por que não sabemos como lidar com
a situação, digo por experiência própria. Por isso a formação continuada seja tão
importante e necessária na vida do professor, para isso essa formação continuada deve
ser construída na coletividade entre professores em formação e professores da educação
básica.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA

EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II

Discente: Gleise Cardoso Fialho

RESENHA CRÍTICA
Capítulo 6:
Entre a formação e a profissão: Ensaio sobre o modo como nos tornamos professores

1. REFERÊNCIA

NÓVOA, António. Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar. Salvador: SEC/IAT,


2022. 116p. Colaboração de Yara Alvim.

2. RESUMO

2.1 Um tempo entre-dois: o período de indução profissional

O autor nesse capítulo fala do início da profissão docente, onde os recém formados estão
divididos em dois momentos o fim da formação e o início da profissão, em que os
primeiros anos são decisivos na vida profissional docente. Para a construção da própria
identidade docente Nóvoa menciona que precisamos superar três silêncios que têm
marcado o começo de indução profissional.
O silêncio das universidades que pouca atenção têm dado ao início da docência, tudo
está concluído com a entrega do diploma. A completa falta de políticas educativas que
ajudem os professores nesse processo inicial de carreira. Por fim o silêncio da própria
profissão docente, os professores mais calejados na profissão não assumem um
compromisso com os professores mais novos.
Um dos programas de indução profissional mencionado pelo o autor e a residência
pedagógica ou residência docente programa que tem como objetivo inserir o licenciando
na profissão, para que essa inserção aconteça os três vértices do triângulo precisam estar
conectado que são as universidades, as políticas educativas e os professores de
educação básica, porém o autor reforça que um dos elos precisa se tornar mais forte que
o coletivo docente.

2.2 Seis pontos que parecem simples

Nóvoa defende no primeiro ponto uma formação profissional para os professores sem
desvalorização, mas que essa formação seja no espaço universitário, um lugar que forma
profissões. Porém, é necessário que a universidade construa ligações com as escolas, os
professores e a gestão pública da educação. O segundo ponto evidência a construção
vida profissional docente em três grandes momentos a licenciatura, a indução profissional
o exercício da docência. Terceiro apontamento a influência dos primeiros anos de
docência; um processo de integração y familiarização com a profissão.
Quarto e quinto ponto ressalta a importância dos programas de indução profissional como
a implantação do residência docente, para professores iniciantes, a concepção da
residência docente está instituída como uma terceira força formada pelos próprios
professores da educação básica, onde o trabalho coletivo será base para integrar e
formar as novas gerações de profissionais.

3. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA.

A proposta do autor sobre a necessidade de se pensar a formação inicial dos


professores e muito importante, pois os primeiros são anos incertos e cheios d dúvidas na
vida profissional, acredito que todas as profissão no começo são assim, mas concordo
com o autor que o professor iniciante sofre muito por não ter uma orientação um auxílio, o
que acarretar no futuro numeras frustrações levando o professor a não exercer a
profissão.
Para que isso não aconteça o autor defende reformulação e mudanças nos espaços de
formação e de trabalho: em primeiro lugar, a criação um terceiro lugar institucional onde
escolas e universidades trabalhariam em conjunto na formação dos professor, nesse
momento os professores já veteranos serão os mentores dos professores iniciantes
depois, o ambiente da pesquisa, valorizando o terceiro género de conhecimento.
Consinto com o autor que os programas de indução profissional são um dos ponto
chave para o desenvolvimento profissional, mas precisam ser modificados, um citado foi a
residência docente programa que tem como objetivo a integração do recém formado na
profissão sob orientação i supervisão dos professores da educação básica.
Acredito que si os dois programas fizessem parte da formação dos professores a
profissão docente seria mais valorizada i enxergada pelos próprios estudantes de
licenciatura e sociedade, Infelizmente a sociedade não reconhecem à docência como
profissão dotada d saberes específicos.
Todos os seis pontos apresentado pelo autor são importantes um complementa o outro,
mas acredito que um ponto que necessita ser mudado i a individualidades dos
professores, pois muitos professor não compartilham de suas experiências, sejam elas
boas ou ruins que acabam ficam guardados, escondidos e condenados a serem uma
espécie de segredo confinados ao espaço da sala de aula.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA

EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II

Discente: Gleise Cardoso Fialho

RESENHA CRÍTICA

Texto 7: Políticas públicas para educação de jovens e adultos: em movimento e disputa

1. REFERÊNCIA
MARQUEZ, Nakita Ani Guckert; GODOY, Dalva Maria Alves. Políticas públicas para educação de
jovens e adultos: em movimento e disputa. Revista. Ed. Popular, Uberlândia, v. 19, n. 2, p. 25-
42, 2020.

2. RESUMO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino com diversas
particularidades que precisam ser consideradas e analisadas do processo de ensino e
aprendizagem. Para uma maior compreensão da EJA e dos sujeitos envolvidos nesta
categoria, é pertinente compreender os aspectos históricos e as políticas públicas que a
apoiaram o ensino EJA.
O ensino de EJA deve início no período colonial, com a chegada dos padres jesuítas ao
Brasil, em 1549, depois em 1824, no período imperial foi criada a primeira Constituição
brasileira, que garantia a todos os cidadãos, direito a educação primaria, o que foi uma
grande conquista para a população mais pobre e vulnerável. Em 1870, começa o
processo de alfabetização dos trabalhadores visto na época como pessoas inferiores,
situação que ficou mais evidente com a Lei Saraiva, em 1882, e da Constituição de 1891,
restringindo o direito ao voto a essas pessoa.
Durante o século XX surgi o processo de migração das pessoas da zona rural para
cidade devido o processo de industrialização e urbanização, gerando a necessidade de
mão de obra qualificada na sociedade, diante disso, foram surgindo movimento sociais
que brigavam por direitos socais básicos e essa luta se tronou mais evidente com
Constituição de 1934 garantido a toda população o direito a educação por parte do
governo.
Com o fim da segunda guerra mundial e o estado novo em 1945, a educação de jovens
e adultos se tornou um processo de redemocratização com o intuito de aumentar a
população eleitoral e aumentar a mão de obra barata.Com o passar do tempo foram
surgindo políticas públicas educacionais e programas governamentais como:
 Campanha de Educação de Adultos (CEA): proposito alfabetizar a população em
três meses e a educação primaria em setes meses, nessa campanha surge as
escolas supletivas no ensino básico da rede estadual.
 Movimento de Educação de Base (MEB), Movimento de Cultura Popular (MCP) e a
Campanha de Pé no chão também se aprende a ler: todo esse movimento tinha
como base as ideias de Paulo Freire, um educador que levava em consideração a
cultura e os conhecimentos trazidos pelo alunado do EJA, fornecendo uma
educação emancipatória e libertadora para essas pessoas.
 Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL): objetivo suprir a necessidade
por mão de obra alfabetizada e barata. Com o intuito sanar os problemas causados
pela má qualificação dos trabalhadores.
 1970 acontece a inserção do ensino supletivo nos sistemas de ensino regulares,
com
 Alfabetização e Cidadania (PNAC), propunha a alfabetização da população em
cinco anos.
 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394/96, inseri a
EJA como modalidade da Educação Básica.
 Programa de Alfabetização Solidária criado em 1996, um programa emergencial
com professores sem qualificação profissional, programa que reforçou a pessoa
analfabeta como um ser incapaz

O ensino de EJA ao longo do tempo tem um histórico com muitas campanhas e políticas
públicas que não deram certo e no século XXI isso permaneceu, nos dias de hoje o
ensino de da EJA tem uma modalidade de ensino: função reparadora, equalizadora e
qualificadora.
Reparadora com intuito de reparar o direito que foi negado as pessoas mais pobres e
vulneráveis que era o direito a educação. Equalizar os direitos possibilitando os sujeitos
menos favorecidos, igualdade de direitos principalmente no acesso à educação.
Qualificadora na EJA significa garantia de conhecimentos com matérias didáticos
adequados a realidade do ensino EJA.

3. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA.

As autoras trazem em seu artigo uma linha do tempo histórica sobre o ensino de jovens
e adultos no Brasil a EJA, percebe-se que na visão da sociedade essas pessoas eram
vistas como uma classe vulnerável por serem analfabetos e seres incapazes, a trajetória
do ensino EJA e marcada sim por movimentos sociais, políticas educacionais, programas
educacionais para a população mais pobre, porém com um propósito meramente
superficial, somente para atender a sociedade capitalista, que visa sempre lucra encima
das pessoas mais vulneráveis.
A ideia de alfabetizar os trabalhadores analfabetos era para garantir uma mão de obra
mais barata, aumentar a população eleitoral e expandir o desenvolvimento do pais, para a
elite esses indivíduos são marginais, inconsequentes e incapazes de realizar qualquer
tarefa. Dentre os movimentos apresentados pelas escritoras dois me chamou mais a
atenção, o primeiro foi o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL) tinha como
finalidade alfabetizar a mão de obra somente em ler e escrever, já que eram sujeitos que
precisavam se inserir na sociedade, chocante a forma humilhante e pejorativa como o
governo tratava essas pessoas, o segundo movimento foi o Programa de Alfabetização
Solidária com a campanha “Adote um analfabeto” reafirmando os analfabetos como
inábeis e desqualificados, ambos os movimentos de caráter filantrópico que acabava
reforçando a imagem dos analfabetos como pessoas pobres, coitados, ignorantes,
estúpidos, ineptos. Diante disso todo o processo histórico do ensino EJA mostrado pelas
autoras é marcado por políticas públicas frustradas.
Mas no século XXI, especificamente em 10 de maio de 2000 foi aprovado o Parecer
CNE/CEB nº 11/2000, que estabeleceu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação de Jovens e Adultos o parecer, traz uma modalidade de ensino garantindo o
direito a educação e a igualdade de ensino. Não a dúvidas que essas políticas públicas
fracassadas para o ensino EJA deixaram vestígios irreparáveis para a educação desse
público. Nunca lecionei para o ensino de EJA, um público tão diversificado e com uma
realidade completamente diferente muitos desse alunado são pais e mães de família, que
trabalham o dia todo, apesar dessa heterogeneidade gostaria sim ter experiências com
esse público.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS - DEXA

EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II

Discente: Gleise Cardoso Fialho

RESENHA CRÍTICA

Texto 8: Fazendo a Base virar realidade: competências e o germe da comparação.

1. REFERÊNCIA

MACEDO, Elizabeth Fernandes. Fazendo a Base virar realidade: competências e o germe


da comparação. Retratos da Escola, v. 13, n. 25, p. 39-58, 2019.

2. RESUMO

Para a implementação da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) foi necessário muitas
articulações políticas com as secretarias municipais, estaduais, escolas da educação
básica, universidades, professores da educação básica e ensino superior, todas essas
articulações e discussões tem como objetivo a garantia de equidade no processo de
escolarização a todos. Em 2017 a BNCC foi implementada mas sem uma definição
exata sobre o que de fato deve ser ensinado nas disciplinas. A primeira versão do
documento tinha a participação das escolas mas de forma limitada apenas considerando
as especificidades locais.
Com a Base do Ensino Fundamental oficialmente aprovada pelo CNE em dezembro de
2017, com o apoio das secretarias de educação, gestores públicos, participação de
fundações, grupos educacionais com a implementação do documento surge movimentos
contra BNCC como escola sem partido e a opinião dos conservadores, buscando a
invalidação do espaço público como um lugar de socialização inviabilizando a construção
da BNCC.
No Governo Bolsonaro a BNCC não foi uma prioridade, nem no Portal do MEC havia
informações sobre os andamentos da BNCC,a Secretaria de Educação Básica também
sem informações se sem documentos que faz alusão à Base. Diante disso a BNCC
passou a ter as secretarias de educação e seus coletivos chamado de terceiro setor ou
mais especificamente as instituições filantrópicas como os maiores articuladores da
implementação da BNCC essas discussões tiveram como propósito o desenvolvimento de
um plano de ação conjunta entre o setor público e privado da educação.
Para a BNCC virá realidade, tem-se um guia de implementação, o primeiro passo.
Gestores para Gestor, o segundo passo é estudo das competências gerais. Na terceira,
as competências gerais retornam e são mais estudadas. Por último o estuda das
referências internacionais. Um currículo formulado tendo como base o direito a
aprendizagem a todos, precisa deixar de lado o contexto da globalização que infelizmente
e o protagonista das políticas economizastes e monetaristas. As experiências
internacionais mostra sim políticas educacionais muito importantes, porém se analisarmos
apenas mostram as mesmas dificuldades encontradas na educação Brasileira como a
desvalorização do professor, falta de infraestrutura e etc.

3. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA.

A autora traz em seu artigo uma discussão muito importante para educação básica que a
BNCC, um documento que tem como proposito principal a garantia de inclusão e
equidade no ensino básico entre escolas públicas e particulares. Um documento pensado
e articulado com muitas participações e colaborações das secretarias municipais,
estaduais, setor privado, professores da educação básica, mas infelizmente um
documento elaborado sem considerar os atuais problemas que a educação basica tem
como falta de infraestrutura, formação e capacitação de professores, desvalorização da
escola e dos professores, salas cheias, não considerar esse problemas e algo muito
grave, a ideia do documento e muito boa ,mas sabemos que boa parte fica no papel.
Concordo com autora que ela ressalta que o governo da época não priorizou a educação
o que deixou as escolas e professores relutantes em aderir a BNCC como a ausência de
conteúdo específicos para cada disciplina.
A autora mostra e evidencia em seu artigo os órgão governamentais que estão envolvidos
na elaboração e implementação do documento como por exemplo o MEC (Ministério da
Educação) e outros que são influenciados por foças políticas, partidos políticos e por
último e principal grupos empresariais ou chamado pela autora de terceiro setor o que
demostra que a globalização e o capitalismo foram fatores importantes na elaboração da
BNCC.
Um ponto me chamou muito atenção no artigo que foi como os partidos conservadores, a
escola sem partido vem com a finalidade de invalidar do espaço público como um lugar de
sociabilização, esses movimentos querem um ensino tradicional e a neutralidade política
e ideológica o que foi algo buscado no governo de Bolsonaro a partir do momento que
seu governo não priorizou a educação e nem a BNCC.
Consinto com a autora em ralação as experiência internacionais são importantes e
relevantes, porém só evidenciam os resultados das pesquisas realizadas no Brasil
referente aos problemas que a educação enfrenta, problemas esses já supracitados
acima. O fato é que se o governo não soluciona os problemas da educação mais antigos
a BNCC não vai funcionar de forma efetiva e legitima.

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