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Sarah Faria

TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
DE INJETÁVEIS (IM E SC)

EVV Escola de Vendas ao Varejo – Educação Empresarial – Cursos e Treinamentos


Rua Camilo Gianordoli, 26. Edifício Tropical Center, sala 03. Muquiçaba. Guarapari, ES
27- 3129 5368 27 99666 5512

Licensed to Elisete da Silva Sousa Carvalho - zt_carvalho@hotmail.com - 925.526.335-87


INTRODUÇÃO
A EVV, Escola de Vendas ao Varejo, é uma escola de educação empresarial. No seu
rol de serviços, encontram-se:
• Palestras para empresas

• Treinamentos

• Consultoria

• Mentoria

• Cursos Presenciais e Online

• Coaching e desenvolvimento pessoal

• Programa “Mentora Farma”

O programa Mentora Farma é direcionado para Farmacêuticos, estudantes de


Farmácia e Empresas do setor Farmacêutico.

Os profissionais são atendidos em sessões de mentoria, onde são detectados os


problemas, definidos os objetivos e metas e são traçados os caminhos para alcançar
todos eles. A partir daí, é feito todo acompanhamento da EVV para que as metas
pessoais ou profissionais sejam alcançadas.

O Mentora Farma conta com aconselhamento e orientação profissional, consultoria


para implantação de serviços farmacêuticos, palestras, treinamentos e cursos on-line
ou presenciais.

Este material intitulado como “Técnicas de Aplicação de Injetáveis IM e SC”, tem por
objetivo auxiliar os profissionais de saúde na aquisição de novos conhecimentos e
aprendizados. Como na saúde ocorrem várias mudanças para melhorar a qualidade
dos procedimentos e medicamentos desenvolvidos, faz-se necessário uma
atualização das técnicas de aplicação de medicamentos injetáveis, preparando assim,
o profissional para se destacar no mercado de trabalho.

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SUMÁRIO

1. LEGISLAÇÃO APLICADA A FARMÁCIA .................................................... 3

2. BIOSSEGURANÇA E MEDIDAS DE PRECAUÇÃO ................................. 4

3. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS ................................................ 10


3.1 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO .......................................................................... 10
3.2 CINCOS CERTOS DA MEDICAÇÃO ............................................................. 11

4. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL . 11


4.1 COMPONENTES DA SERINGA E AGULHA ................................................. 12
4.2 PREPARO DA SERINGA E DA MEDICAÇÃO ............................................... 14

5. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA


PARENTERAL ..................................................................................................... 16
5.1 VIA INTRAMUSCULAR (IM) .......................................................................... 17
5.2 LOCAIS E VOLUMES PARA APLICAÇÃO .................................................... 18
5.3 LOCAIS E PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO ...................................... 18
5.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE INJEÇÃO IM ............................................. 22

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 25

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1. LEGISLAÇÃO APLICADA A FARMÁCIA

LEGISLAÇÕES
RDC nº 357 de 20 de abril de Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de
2001 Farmácia.
RDC nº 499 de 17 de Dispõe sobre a prestação de serviços farmacêuticos,
dezembro de 2008 (CFF) em farmácias e drogarias.
RDC nº 328 de 22 de julho Requisitos exigidos para a dispensação de produtos
de 1999 (ANVISA) de interesse à saúde em farmácias e drogarias.
RDC nº 306 de 07 de Regulamento técnico sobre o gerenciamento de
dezembro de 2004 resíduos de serviços de saúde
(ANVISA)
RDC nº 358 de 29 de abril de
Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos
2005 (CONAMA) resíduos dos serviços de saúde e dá outras
providências.
NR 32 Norma Regulamentadora para Segurança e Saúde
no Trabalho em Serviços de Saúde
RDC nº 44, de 17 de agosto Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o
de 2009 controle sanitário do funcionamento, da dispensação
e da comercialização de produtos e da prestação de
serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e
dá outras providências.

Na Resolução nº 357 de 20 de abril de 2001, no capitulo I na seção das Disposições


preliminares, no artigo 2, é permitido ao farmacêutico, quando no exercício da
assistência e direção técnica em farmácia, no inciso X: Prestar serviço de aplicação
de injeção;
Assim também, no mesmo capítulo da RDC no artigo 3, é permitido ao farmacêutico,
quando no exercício da assistência e direção técnica em drogaria, no inciso V: Prestar
serviço de aplicação de injeção;
No capítulo VIII sobre dos Serviços Farmacêuticos da mesma RDC, na Seção I, da
Aplicação de Injetáveis, seguem os seguintes artigos:
Art. 78 - É atribuição do farmacêutico, na farmácia e drogaria, a
prestação do serviço de aplicação de injetáveis desde que o
estabelecimento possua local devidamente aparelhado, em condições
técnicas higiênicas e sanitárias nos termos estabelecidos pelo órgão
competente da Secretaria de Saúde;
Art. 79 - Os medicamentos só devem ser administrados mediante
prescrição de profissional habilitado;

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Art. 80 - As injeções realizadas nas farmácias ou drogarias, só poderão


ser ministradas pelo farmacêutico ou por profissional habilitado com
autorização expressa do farmacêutico diretor técnico pela farmácia ou
drogaria, preenchidas as exigências legais;
Parágrafo único. A presença e/ou supervisão do profissional
farmacêutico é condição e requisito essencial para aplicação de
medicamentos injetáveis aos pacientes;
Art. 81 - A responsabilidade técnica referida no caput do artigo anterior
caracteriza-se, além da aplicação de conhecimentos técnicos, por
assistência técnica, completa autonomia técnico-científica, conduta
elevada que se enquadra dentro dos padrões éticos que norteiam a
profissão e atendimento, como parte diretamente responsável às
autoridades sanitárias profissionais;
Art. 82 - O farmacêutico responsável técnico deverá possuir um livro
de receituário destinado aos registros das injeções efetuadas;
Art. 83 - na aplicação dos medicamentos injetáveis não poderão existir
dúvidas quanto a qualidade do produto a ser administrado e caso o
medicamento apresentar características diferenciadas como cor, odor,
turvação ou presença de corpo estranho no interior do medicamento, o
mesmo não deverá ser administrado, devendo o profissional notificar
os serviços de Vigilância Sanitária.

2. BIOSSEGURANÇA E MEDIDAS DE PRECAUÇÃO

Biossegurança é um conjunto de ações que os trabalhadores de saúde podem realizar


para prevenir, diminuir ou eliminar os riscos a que ele possa estar exposto na
realização de seu trabalho. Essas ações devem ser uma parceria entre o patrão e o
funcionário através de programas de garantia da qualidade, prevenção de acidentes,
treinamento individual e coletivo e também de um programa de medicina ocupacional.
Segundo Oppermann e Pires (2003):
É um processo funcional e operacional de fundamental
importância em serviços de saúde, não só por abordar medidas
de Controle de Infecções para proteção da equipe de
assistência e usuários em saúde, mas por ter um papel
fundamental na promoção da consciência sanitária, na
comunidade onde atua, da importância da preservação do
meio ambiente na manipulação e no descarte de resíduos
químicos, tóxicos e infectantes e da redução geral de riscos à
saúde e acidentes ocupacionais.

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O organismo humano é colonizado por vários microrganismos denominados muitas


das vezes por germes, sendo seres vivos infinitamente pequenos, não sendo possível
vê-los a olho nu. Para serem visualizados, precisamos da ajuda de um microscópio.
Por isso são chamados de microrganismos ou micróbios = micro (pequeno) bio (vida).
Estes micróbios são classificados em: protozoários, fungos, vírus e bactérias.

Para eliminar ou minimizar a proliferação destes microrganismos nos ambientes da


saúde, devem ser adotadas medidas de precaução que são cuidados e equipamentos
que irão bloquear a transmissão de microrganismos evitando a nossa contaminação,
a dos pacientes e do ambiente de trabalho. Estas medidas são conhecidas como
medidas padrão (são medidas adotadas por instituições e padronizadas para
reduzirem os acidentes de trabalho e os impactos negativos na saúde do ser humano)
e individual (são medidas adotadas por profissionais com a finalidade de proteção do
mesmo).

As medidas de precaução individual possuem como forma de proteção a utilização


dos EPI’s (equipamentos de proteção individual) que consiste nas seguintes medidas:
1 - Luvas:
 As luvas (fig. 2.1) protegem de sujidade grosseira;
 Usadas em procedimentos que envolvam sangue, fluidos corporais, secreções,
excreções (exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a
manipulação de artigos contaminados;
 As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as
tarefas e procedimentos;
 Remover as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem
material biológico;
 Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas;
 As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos.

Figura 2.1 – Luvas de procedimento.

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Fonte: www.google/imagens
2 - Óculos de Proteção ou Escudo Facial e Máscaras:
 Os óculos (fig. 2.2), os escudos faciais (fig. 2.3) e as máscaras (fig. 2.4), são
utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos,
nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala, tosse ou espirro de
pacientes;
 As máscaras durante procedimentos de longa duração, sua troca deverá ocorrer
quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis.

Figura 2.2 – Óculos de proteção. Figura 2.3 – Escudo de proteção facial.

Fonte: www.google/imagens

Fonte: www.google/imagens

Figura 2.4 – Máscara cirúrgica.

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3 - Avental e gorro:

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 O avental ou jaleco (fig. 2.5) protege a pele e preveni sujidade na roupa durante
procedimentos;
 O gorro (fig. 2.6) estará indicado especificamente para profissionais que
trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis, projeção
de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver
procedimentos cirúrgicos.

Figura 2.5 – Jaleco. Figura 2.6 – Gorro.

Fonte: www.google/imagens Fonte: www.google/imagens

4 - Calçados:
 Os calçados (fig.2.7) devem ser fechados, de preferência impermeáveis (couro
ou sintético);
 Evitar os de tecido que umedecem e retém a sujeira;
 Escolher os calçados cômodos e do tipo antiderrapante.

Figura 2.7 – Máscara cirúrgica.

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As medidas de precaução padrão consistem em:


1 - Lavagem das Mãos:
 Rotineira;
 Com água e sabão;
 Principal medida de bloqueio da transmissão de germes;
 Lavar as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu
término;
 Mantenha as unhas curtas e as mãos sem anéis.

A lavagem das mãos é uma medida que quando realizada corretamente reduz os
riscos de infecção e contaminação. A técnica da lavagem das mãos está explicada na
fig.2.8. As mãos devem ser lavadas sempre:
 Após tocar fluidos, secreções e itens contaminados;
 Após a retirada das luvas;
 Antes de procedimentos no paciente;
 Entre contatos com pacientes;
 Entre procedimentos num mesmo paciente;
 Antes e depois de atos fisiológicos;
 Antes do preparo de soros e medicações.

Figura 8 – Técnica de lavagem das mãos.

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2 - Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção:
 Ao manusear, transportar ou descartar agulhas, lâminas, tenha cuidado para não
se acidentar;
 Perfurocortantes, descartar em caixas apropriadas (caixas para material
perfurocortante – fig. 2.9), rígidas e impermeáveis. Colocadas próximo à área em
que os materiais são usados;
 Nunca reemcape agulhas após o uso;
 Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e não as
quebre ou entorte.

Figura 2.9 – Caixa de material perfurocortante.


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3 – Vacinação:
Todos os profissionais de saúde devem estar imunizados através de vacinas contra a
hepatite B, tétano e influenza. Estas vacinas estão disponíveis na rede pública
municipal.

3. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Consiste no preparo e administração de substâncias químicas no organismo do ser


humano, tendo como finalidade a obtenção de efeito terapêutico.

3.1 VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

As vias para administração de medicamentos são:


• Gastrintestinal: oral ou bucal; sublingual; gástrica; retal;
• Cutânea ou tópica;
• Auricular;
• Ocular;
• Respiratória: inalação e instilação nasal;
• Vaginal;

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• Parenteral: intradérmica (ID); subcutânea (SC); intramuscular (IM);


endovenosa ou intravenosa (EV ou IV); venóclise.

Existem outras vias de administração de medicamentos, estas, porém, são utilizadas


apenas por profissionais médicos, sendo elas:
• Infra auricular;
• Intratecal;
• Intrapericárdica;
• Intrapleural;
• Intracardíaca;
• Intra-arterial.

3.2 CINCOS CERTOS DA MEDICAÇÃO

Para que não ocorre erro durante a aplicação de um medicamento, os profissionais


devem adotar a regra dos cinco certos da medicação que consiste em:
 Dose CERTA;
 Droga CERTA;
 Hora CERTA;
 Via CERTA;
 Paciente CERTO;

Visto que muitos medicamentos ficam estocados e possuem uma demanda reduzida
de utilização o que pode acarretar em uma droga com data de validade vencida, foi
incluído na regra dos cinco certos a Data de Validade CERTA, como mais uma forma
de prevenção de erros na aplicação de medicamentos.

4. ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA


PARENTERAL

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É a administração de uma substância terapêutica por vias intradérmica, intramuscular,


subcutânea, endovenosa ou intravenosa. Estas vias de administração requerem um
profissional habilitado e capacitado para a realização de tal procedimento.

São necessários cuidados gerais para a administração de medicamentos por via


parenteral, sendo eles:
• Medicação estéril: sem precipitação;
• Observar a integridade do frasco da medicação;
• Lavar as mãos sempre ao manipular a medicação;
• Utilizar técnica asséptica;
• Fazer a antissepsia da pele;
• Manejar corretamente o material esterilizado;
• Explicar ao cliente quanto ao procedimento;
• Utilizar o método de administração corretamente;
• Desprezar os materiais utilizados (perfurocortantes), no recipiente apropriado,
nunca reencapando a agulha após a aplicação do medicamento.

4.1 COMPONENTES DA SERINGA E AGULHA

As seringas possuem vários tamanhos, calibres e graduações (fig. 4.1), sendo seu
uso de acordo com as necessidades e o medicamento. Os componentes da seringa
(fig. 4.2) são: bico, cilindro ou corpo, flange, êmbolo e cabeça do êmbolo. No
corpo da seringa existe a graduação em cm³ e a capacidade da seringa. As partes da
seringa como bico, interior do cilindro ou corpo e êmbolo devem ser mantidas estéreis.

Os componentes da agulha (fig. 4.3) são: bisel, haste, ou cânula e canhão. O


diâmetro das agulhas descartáveis e o comprimento da haste são identificados pelas
cores (fig. 4.4) e números no invólucro protetor de cada agulha. O bisel e a haste são
partes da agulha que devem ser mantidos estéreis.

Figura 4.1 – Seringas de vários tamanhos.

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Fonte: www.google/imagens

Figura 4.2 – Componentes da seringa.

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Figura 4.3 – Componentes da agulha.

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Figura 4.4 – Calibre da agulha.

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ATENÇÃO:
Seringas e agulhas descartáveis são dispositivos estéreis de uso único e individual,
não sendo recomendável sua reutilização. Estes materiais nunca devem ser
reencapados e devem ser descartados em caixas próprias de acondicionamento
(caixa de material perfurocortante) preconizado pela ANVISA.

4.2 PREPARO DA SERINGA E DA MEDICAÇÃO

Para garantir a esterilidade do medicamento e dos materiais utilizados, são


necessários cuidados que vão desde a lavagem das mãos até a abertura e o preparo
final da seringa. Estas medidas visam a proteção do cliente, evitando que germes
entrem em contato com o medicamento. A seguir, seguem os passos para a abertura
do invólucro da seringa e manipulação da mesma e o preparo da medicação quando
for ampola e quando for frasco ampola.

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1 - Pela extremidade próxima à marca do lote, abra a


embalagem separando as duas faces até expor o
êmbolo da seringa.

2 - Segure a seringa firmemente pelo berço e retire a


pétala tocando apenas em uma das extremidades até
a metade da embalagem.

3 - Confira a fixação da agulha com a seringa, tocando


apenas na ponta do protetor da agulha e no cilindro,
colocando-a dentro do berço.

Figura 4.5 – Preparo da medicação.

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Reconstituição – dissolução em solvente adequado de apresentações farmacêuticas


na forma de pó liofilizado.
Diluição – transferência do medicamento para solução de grande volume compatível,
para sua administração no cliente.

5. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA


PARENTERAL

A administração de medicamento por via intramuscular (IM) é procedimento frequente


realizado na prática de saúde e envolve uma série de decisões complexas
relacionados ao volume a ser injetado, medicação a ser administrada, técnica de
administração, seleção do local e dispositivos. Adicionalmente requer outras
considerações a respeito da idade do cliente, constituição corpórea, e condições pré-
existentes. Desta forma, sua administração requer que o profissional possua

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conhecimento de diversas áreas como anatomia, fisiologia, farmacologia, bem como,


habilidade técnica que resultem em uma prática segura e livre de risco.

5.1 VIA INTRAMUSCULAR (IM)

Definição: é a introdução de medicamento nas camadas musculares do corpo


humano.

Posição da agulha: o bisel deve ser posto de lado, com a introdução da agulha
perpendicular a pele, formando um ângulo de 90º.

Áreas de aplicação: depende de alguns fatores como: idade, estado da pele,


quantidade de medicamento e natureza do medicamento. Os locais mais utilizados
para aplicação de injeção IM são: deltoide, glúteo, vasto lateral da coxa e ventroglútea.

Volume a ser administrado: no deltoide não deve ultrapassar 3 mL, no glúteo e na


região ventroglútea, o volume a ser administrado não pode ser superior a 6 mL e na
coxa, a quantidade aplicada não deve ultrapassar 5mL.

Procedimentos e cuidados específicos:


1. Higienizar as mãos;
2. Reunir o material necessário (álcool a 70%, algodão, agulhas e seringas,
medicação e diluente);
3. Calçar Luvas;
4. Preparar a medicação na frente do cliente;
5. Fazer antissepsia ampla do local;
6. Realizar o afastamento das fibras musculares com os dedos polegar e
indicador de uma das mãos;
7. Introduzir a agulha com um impulso e em seguida tracionar o êmbolo
certificando-se que não atingiu nenhum vaso sanguíneo;
8. Aplicar lentamente o medicamento;
9. Retirar a agulha fazendo leve compressão e massageando o local após a
aplicação caso não haja contraindicação;
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10. Recolher o material a descartar em locais preconizados pela ANVISA;


11. Desprezar a seringa agulhada na caixa de material perfurocortante;
12. Retirar as luvas;
13. Higienizar as mãos.

5.2 LOCAIS E VOLUMES PARA APLICAÇÃO


Em pacientes adultos os locais indicados são:
1ª opção Ventroglútea volume máximo de 5 ml
2ª opção Vasto lateral da coxa volume máximo de 5 ml
3ª opção Dorso-glútea volume máximo de 5 ml
4ª opção Deltoide volume máximo de 3 ml (em pacientes com
desenvolvimento de massa muscular normal)

Em crianças os locais e volumes indicados são:


1ª opção Ventroglútea (não recomendado crianças de 3 a 6 anos: até 1,5 ml;
para menores de 3 anos) crianças de 6 a 15 anos: até 2,0 ml;
adolescentes: até 2,5 ml.
2ª opção Vasto lateral da coxa prematuros e neonatos – até 0,5 ml;
menores de 3 anos: até 1 ml;
crianças de 3 a 6 anos: até 1,5 ml;
crianças de 6 a 15 anos: até 2,0 ml;
adolescentes: até 2,5 ml.
3ª opção Dorso-glútea (não recomendado crianças de 3 a 6 anos: até 1 ml;
para menores de 3 anos) crianças de 6 a 14 anos: até 2,0 ml;
adolescentes: até 2,5 ml.
4ª opção Deltoide crianças de 6 a 14 anos: até 0,5 ml
adolescentes: até 1 ml.

5.3 LOCAIS E PROCEDIMENTOS PARA APLICAÇÃO


Ventroglútea (VG) ou Hochstetter:
• Paciente pode estar em sentado ou em decúbito lateral, ventral ou dorsal;
• Colocar a mão esquerda no quadril direito do paciente;
• Localizar com a falange distal do dedo indicador a espinha ilíaca anterossuperior
direita;
• Estender o dedo médio ao longo da crista ilíaca;
• Espalmar a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o indicador
em triângulo.

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Figura 5.1 – Aplicação ventroglútea.

Fonte: www.google/imagens
Vasto Lateral da Coxa:
• Colocar o paciente em decúbito dorsal, lateral ou sentado;
• Traçar um retângulo delimitado pela linha média na anterior da coxa, na frente
da perna e na linha média lateral da coxa do lado da perna, 12-15 cm do grande
trocânter do fêmur e de 9-12 cm acima do joelho, numa faixa de 7-10 cm de
largura.

Figura 5.2 – Aplicação vasto lateral da coxa.

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Fonte: www.google/imagens

Dorso glútea (DG):


• Colocar o paciente em decúbito ventral ou lateral, com os pés voltados para
dentro, para um bom relaxamento. A posição de pé é contraindicada, pois há
completa contração dos músculos glúteos, mas, quando for necessário, pedir
para o paciente ficar com os pés virados para dentro, pois ajudará no
relaxamento;
• Localizar o músculo grande glúteo e traçar uma cruz imaginária, a partir da
espinha ilíaca póstero-superior até o trocânter do fêmur;
• Administrar a injeção no quadrante superior externo da cruz imaginária.

Figura 5.3 – Aplicação dorso-glúteo.

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Fonte: www.google/imagens

Deltoide:
• Cliente poderá ficar sentado ou decúbito lateral;
• Localizar músculo deltoide que fica 2 ou 3 dedos abaixo do acrômio. Traçar um
triângulo imaginário com a base voltada para cima e administrar a medicação
no centro do triângulo imaginário.

Figura 5.4 – Aplicação no deltoide.

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5.4 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DE INJEÇÃO IM

Técnica em Z: utilizada para a aplicação de medicamentos altamente irritantes para


o tecido subcutâneo. Consiste em deslocar as camadas da pele derme e epiderme na
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hora da aplicação da injeção e em seguida essas camadas retornam à posição inicial


criando assim uma barreira impedindo o refluxo do medicamento.

Figura 5.5 – Técnica em Z

Fonte: POTTER e PERRY (2009)

Técnica com fecho de ar: utilizada para a aplicação de medicamentos onde toda a
droga deve ser administrada e para prevenir a irritação do tecido subcutâneo. Após a
aspiração de toda a medicação do frasco, deve-se aspirar entre 0,2-0,5 mL de ar e
proceder à aplicação da injeção sempre num ângulo de 90º.

Figura 5.6 – Técnica com fecho de ar.

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Fonte: POTTER e PERRY (2002, p.539)

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHOIET GOLDENZWAIG, Nelma Rodrigues Soares. Administração de


medicamentos na Enfermagem. 10.ed. São Paulo: AC Farmacêutica. 2012.

COIMBRA, Jorséli Angela Henriques; CASSIANI, SH de B. Responsabilidade


da enfermagem na administração de medicamentos: algumas reflexões para
uma prática segura com qualidade de assistência. Rev Latino-am Enfermagem,
v. 9, n. 2, p. 56-60, 2001.

GIOVANI, Arlete M. M. Enfermagem: cálculos e administração de medicamentos.


13.ed. São Paulo: Rideel. 2011.

MIASSO, Adriana Inocenti et al. O processo de preparo e administração de


medicamentos: identificação de problemas para propor melhorias e prevenir
erros de medicação. 2006.

MUSSI, Nair Miyamoto; et al. Técnicas fundamentais de Enfermagem. 2.ed. São


Paulo: Atheneu. 2007.

POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G.. Grande tratado de Enfermagem prática:
clínica e prática hospitalar. 3.ed. São Paulo: Santos Livraria Editora. 2002.

POTTER, Patrícia A.; PERRY, Anne G.. Fundamentos de Enfermagem. 8.ed. Rio
de Janeiro: Elsevier. 2013.

TIMBY, Barbara K.. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de


Enfermagem. 8.ed. Porto Alegre: Artmed. 2007.

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Sobre a facilitadora

Sarah Faria é Farmacêutica com 15 anos de experiência. Possui


especialização em Gestão da Assistência Farmacêutica, Saúde
Pública, Farmácia Clínica. Mestrado em Direção estratégica de
serviços de saúde.
Já atuou como gerente Farmacêutica e supervisora de drogarias. Foi
aprovada no concurso da Prefeitura Municipal de Guarapari, onde
atuou como Farmacêutica do quadro de efetivos por 8 anos.
Atualmente é professora no curso de Farmácia da Faculdade
Pitágoras Guarapari, onde está há 9 anos, e gestora da Escola de
Vendas ao Varejo, com o programa Mentora Farma.

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