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Síntese de etanol de milho por via húmida- “ wet-milling” na gíria industrial anglo-saxónica.
O trabalho deve conter uma capa e um índice, em que na capa deve apresentar o logotico da
escola, imagem ilustrativa- mês e ano da realização, nomes dos autores, unidade curricular e
licenciatura, titulo do trabalho.
Contextualização/objetivos
Metodologias/ tecnologias
Conclusão
AMIDO
O amido é um polissacarídeo de grande interesse para a indústria alimentícia, que o utiliza
para alterar ou controlar diversas características, como textura, aparência, umidade,
consistência e estabilidade no armazenamento (shelf life); ligar ou desintegrar; expandir ou
adensar; clarear ou tornar opaco; reter a umidade ou inibi-la; produzir textura lisa ou
polposa e coberturas leves ou crocantes; ou ainda, estabilizar emulsões e formar filmes
resistentes ao óleo.
As fontes mais comuns de amido alimentício são o milho, a batata, o trigo, a mandioca e o
arroz, também utilizados na produção de fécula, obtida das raízes e tubérculos.
O amido de milho é a farinha feita do milho usada na culinária ou como espessante para o
preparo de cremes. Das várias espécies de milho, o mais utilizado para produção de amido é
a Zea mays indentata, composta por 61,7% de amido, 7,7% de proteína e 3,3% de óleo,
seguida pelo milho ceroso (waxy), cujo amido possui características diferenciadas, tornando-
o ideal para aplicações que envolvem grandes variações de temperatura; pela Zea mays
everta, o conhecido milho para pipocas; e pelo milho índio, para o qual é dado o nome
genérico de Zea mays, que se diferencia dos demais por suas tonalidades branca, marrom ou
violeta.
A cor da fécula de mandioca indica a sua qualidade, pois é uma indicação da idade e grau de
limpeza da mandioca; uma fécula mais clara é sinal de que uma mandioca nova e limpa foi
utilizada na sua produção.
O amido é feito a partir do arroz com casca, que ainda tem a cutícula externa castanha, ou
de grãos quebrados e rejeitados como arroz de mesa. O arroz é macerado durante 24 horas
em solução de soda cáustica, em dornas com fundos falsos perfurados. No final do período,
retira-se a solução, o arroz é lavado, junta-se nova solução e a maceração prossegue
durante outras 36 a 48 horas. Os grãos amolecidos obtidos são moídos com uma solução de
soda cáustica até a densidade 1,24 e a pasta é centrifugada. Os sólidos separados incluem
toda a espécie de material fibroso, amido e glúten. Esse material é resuspenso em água,
adiciona-se uma pequena quantidade de formaldeído para inibir a fermentação, recentrifuga-
se e lava-se. Em seguida, adiciona-se um agente alvejante. O licor é peneirado, ajustado à
densidade 1,21 e enviado a uma centrifugadora a discos. O amido assim obtido é seco
durante dois dias, entre 50°C e 60°C.
O emprego industrial do amido e seus derivados se deve a característica única de poder ser
usado diretamente na forma de grânulos, grânulos intumescidos, na forma dispersa, como
filme obtido da secagem de uma dispersão ou após extrusão, depois da conversão a uma
mistura de oligossacarídeos ou a glucose, que pode ser isomerizada enzimaticamente para
frutose. Sua aplicação diversificada como ingrediente atende aos requisitos e atributos no
preparo de diferentes produtos.
Na indústria de biscoitos, o amido pode ser incluído na matéria-prima para padronizar o teor
de glúten da farinha, em proporção de 15% a 20% do peso da farinha de trigo. Esse
procedimento não traz problemas de ordem técnica, de alteração de aparência ou de outras
características fundamentais dos mesmos. Em geral, os biscoitos feitos com farinhas mistas
(amido e trigo) são mais bem aceitos por se tornarem mais agradáveis ao paladar e serem
mais leves do que os convencionais.
Além dessas vantagens, não exige grandes alterações nos esquemas de produção. Em geral,
a substituição da farinha de trigo pela fécula se dá na faixa de 25% a 50%, resultando em
maiores rendimentos industriais, em razão da fécula reter mais água e, por isso, manter o
seu peso depois de seca. A massa feita com fécula apresenta coloração mais clara, com
aspecto mais próximo ao do macarrão caseiro. Outra vantagem é que a fécula apresenta a
característica de digestão muito fácil em relação ao macarrão tradicional.
Apenas alguns snacks utilizam amido nativo nas suas composições, principalmente os
elaborados com amendoim. Para esses produtos se usa apenas a fécula de mandioca, em
proporção de 20% a 35% como base para fritura.
O amido entra na produção de wafers para diminuir a força do glúten, com taxas de
incorporação de 0,5% do peso total do produto final.
Em balas e caramelos, os amidos nativos em pó são usados nos moldes. O amido, com 5% a
10% de umidade é usado para absorver a umidade dos moldes.
Nas sopas, a fécula de mandioca, muitas vezes, é usada como base para produção de
amidos esterilizáveis, que entram na produção de sopas em conservas ou de outros tipos de
alimentos.
O amido também é usado como ligante em emulsões de carne, como salsichas e linguiças,
para unir a carne com a água e a matéria graxa.
Além dos amidos nativos, cada vez mais as indústrias de alimentos usam amidos
modificados. Entre outras aplicações, estes podem ser utilizados para dar corpo aos sorvetes
e como estabilizante.
Para balas e caramelos, o amido fornece a textura e controla o tempo de preparo das balas
gelatinosas. O amido de mandioca está entre os amidos geralmente utilizados por conter alto
teor
de amilose, que contribui para reduzir o tempo de preparo e aumentar a firmeza da bala.
Amidos de baixa viscosidade, como o obtido da raiz de mandioca, funcionam como agentes
ligantes em
gomas de mascar. A indústria de balas usa grande quantidade de amidos ácido modificados
na produção de sobremesas de gelatina.
https://revista-fi.com/artigos/todos/produtos-derivados-do-amido
TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
FONTES DE AMIDO
As fontes mais comuns de amido alimentício são: o milho, a batata, o trigo, a mandioca
e o arroz. O milho é cultivado em climas mais temperados, sendo 40% da produção
mundial proveniente dos Estados Unidos, onde é a cultura principal. Existem várias
espécies de milho, sendo que o mais utilizado para fazer amido é o Zea mays
indentata. Na América do Sul, a variedade mais encontrada é o Zea mays indurata,
bastante similar ao outro e podendo ser usado para as mesmas aplicações. Entre as
variedades que ainda merecem ser mencionadas inclui-se, o milho ceroso (waxy, em
inglês), cujo amido possui características diferenciadas tornando-o ideal para
determinadas aplicações envolvendo grandes variações de temperatura, o milho para
pipocas, o Zea mays everta e o milho índio, para o qual é dado o nome genérico de Zea
mays, que se diferencia dos outros pelas tonalidades branca, marrom ou violeta que
pode apresentar. Em média, o mais comum, ou seja, o Zea mays indentata, é
composto de 61,7% de amido, 7,7% de proteína e 3,3% de óleo. A batata é cultivada
em zonas de climas mais frios e úmidos, como a Europa e a Rússia, regiões
responsáveis por cerca de 70% de seu cultivo. Pertence a família das solanáceas e
existem centenas de variedades. A batata é nativa dos Andes peruanos e foi levada
pela primeira vez à Europa na metade do século XVI, pelos conquistadores espanhóis.
A batata comum, classificada como Solanum tuberosum, é composta de água e amido.
As batatas inglesas contêm de 10% a 30% de amido. Ao chegarem à usina, são lavadas
e desintegradas em uma polpa aquosa, com o uso de moinhos de martelo. A polpa é
tratada por dióxido de enxofre gasoso e lançada em uma centrifugadora horizontal,
com cesta cônica perfurada e um removedor contínuo de amido, em parafuso
helicoidal. A mistura de água e proteína é separada do amido, da celulose e das cascas,
e estes três materiais são posteriormente ressuspensos em água, na forma de um
leite. A suspensão é coada e a polpa das peneiras é remoída e re-peneirada. O leite da
segunda peneiração passa de novo por uma centrifugadora, sendo suspenso em água
e lançado nos dispositivos de separação. Daí em diante, as operações são semelhantes
às usadas para a fabricação do amido de milho.
Os amidos modificados são bem mais utilizados do os nativos, pois apresentam maior
estabilidade no processamento dos que os amidos nativos. São utilizados no preparo
de muitos alimentos instantâneos e processamento a quente ou frio. São mais
miscíveis em água ou leite que os amidos nativos. Os principais uso de amidos
modificados na indústria de alimento são:
Indústria de sorvetes: os amidos podem ser utilizados para dar corpo aos sorvetes e
também, como estabilizantes e espessantes.
Solubilidade
O amido puro tem coloração branca é insípido e se adicionado à água fria e mantido
sob agitação forma uma suspensão de aspecto leitoso. Como apenas uma pequena
fração torna-se solúvel, é tido como praticamente insolúvel em água fria, mesmo sob
agitação.
Amilose e Amilopectina
Genatilização
Retrogradação
MODIFICAÇÕES DO AMIDO
Modificações físicas: o amido pode ser modificado fisicamente para melhorar sua
solubilidade em água e alterar o tamanho da partícula. A necessidade do aquecimento
ou tratamento químico de grânulos dispersos pode ser um obstáculo para algumas
aplicações. Pequenas partículas de amido são desejáveis para uso como em
enchimento de filmes plásticos e produtos cosméticos.
Alguns equipamentos que podem ser utilizados para medir viscosidade são:
Brabender viscoamilografico, técnicas de fluidez, e viscosímetro Brookfield. Muitos
métodos de viscosidade têm sido modificados de acordo com cada amido processado
(Marinelli, 1999).
HIDROLISADOS DE AMIDOS
AMIDOS PRÉ-GELATINIZADOS
AMIDO DE MILHO
O processamento do milho pode ocorrer à seco ou por via úmida. No processo à seco
são obtidos produtos tais como: canjica especial, canjicas para cereais matinais e para
produção de pipocas expandidas, canjicão, gritz de milho, óleo de milho bruto e
refinado e a sêmola de milho. Esse processo não requer muita tecnologia e também
não gera muitos produtos sofisticados. Os derivados tecnologicamente superiores são
oriundos do processamento via úmida, onde o grão é separado em suas partes
componentes, amido, gérmen, fibras e proteínas, que são posteriormente subdivididas
e processadas. O processo pode ser dividido em várias fases.
Tratamento térmico
Refinação do amido
Secagem e desidratação
Recebimento e limpeza
Extração do amido
A fécula refinada segue para um filtro rotativo à vácuo visando remoção parcial da
umidade até o índice de 40% a 45% e após isto, passa por um secador onde em tempo
bastante curto, é desidratado de acordo com o índice de umidade final pré-
estabelecido. O processo de extração do amido obtém-se um produto com alto grau
de pureza, devendo apresentar baixos conteúdos de proteínas, lipídeos, cinzas e
fibras. As condições empregadas no processo variam de acordo com a espécie de
amido e sua fonte botânica (figura-4). Após o "leite de amido" passarem pela
centrifugação, são enviados ao secador pelo processo de spray-dryer para eliminar o
restante da umidade e em seguida embalado.
AMIDO DE TRIGO
Recebimento e limpeza
Moagem e refinação
Durante o cozimento por extrusão, o amido que apresenta inicialmente uma forma
granular é progressivamente comprimido e transformado em um material denso,
sólido e compacto, desaparecendo sua estrutura cristalina e granular. Essa destruição
pode ser parcial ou completa, dependendo das variáveis de extrusão, e das
características intrínsecas da matéria-prima, tais como a relação de
amilose/amilopectina, teores de fibra, lipídio, proteína, etc.
Como é sabido, o amido nativo não absorve água à temperatura ambiente e sua
viscosidade é praticamente zero. Entretanto, o amido extrusado absorve água
rapidamente, sem qualquer aquecimento. Esta pasta é formada pelas macromoléculas
solubilizadas e também inclui partículas intumescidas por água (gel). A temperatura da
extrusão combinada com a umidade inicial da matéria-prima e influenciam o valor
nutricional do extrusado. A qualidade protéica diminui com o aumento da
temperatura e a diminuição da umidade. Os produtos estrusados possuem longa vida
de prateleira sem refrigeração, apresentando-se com uma baixa contagem total de
microorganismos e livres de patógenos e Salmonelas.
https://www.carlomockli.com/2012/05/producao-de-amidos-para-alimentos.html