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AGRADECIMENTOS ............................................................................... 10
SINOPSE ....................................................................................................... 11
CAPÍTULO UM ........................................................................................... 12
CAPÍTULO DOIS ....................................................................................... 24
CAPÍTULO TRÊS ....................................................................................... 56
CAPÍTULO QUATRO ............................................................................... 66
CAPÍTULO CINCO.................................................................................... 97
CAPÍTULO SEIS ....................................................................................... 114
CAPÍTULO SETE ..................................................................................... 133
EPÍLOGO ................................................................................................... 154
FIM... ............................................................................................................. 154
AGRADECIMENTOS
Eu gostaria de agradecer a minha família por todo o apoio deles durante este
momento emocionante da minha vida, especialmente meu marido. Eu não poderia
ter feito isso sem você. Eu também gostaria de agradecer a todos os meus amigos
que estiveram lá por mim, respondendo perguntas e ajudando a me guiar, Judy,
Reese, Sally, Julie, Reese, Fern, Beth, Susan e Narelle. Obrigado, senhor
SINOPSE
CAPÍTULO UM
Foi com novos olhos que o olhar de Isis percorreu sua casa, a
Casa Rigel. Seu exterior era feito de troncos maciços colhidos séculos antes,
que formavam paredes grossas e impenetráveis. Pedras que pareciam
sentinelas silenciosas diante de um conjunto de portas enormes. Algum
tempo no passado distante, os artesãos esculpiram uma cena de caça
intrincada nessas portas, anunciando tudo o que se esperava daqueles que
passavam por elas. À medida que as portas se abriam, a imensa lareira acolhia
o cansativo caçador e afastava o frio durante a estação fria.
A Casa Rigel não era um lugar magnificamente elegante como a Casa
Torino. Era mais simples e confortável, exatamente o que a casa do planeta
de um caçador precisava ser. Machos de todo o Império iam ali para
aprimorar suas habilidades de caça e rastreamento, para provar que eram
dignos de serem chamados de Guerreiros. Através destas portas esculpidas, as
gerações dos maiores Guerreiros do Império passaram e isso enchia Isis de
orgulho, saber que seu macho era seu Senhor.
Franzindo o cenho, ela olhou para os lugares óbvios da sala e para
aqueles que não tão óbvios. Ela conversou muito com Lisa sobre o que fez
na casa Luanda e mostrando abertamente o que o Rei Grim lhe
deu. Sobre como ela lidou com tudo, porque Isis queria fazer o mesmo ali. Ela
queria que a Casa Rigel brilhasse tanto quanto Betelgeuse no espaço e agora
percebeu que sabia como fazê-lo.
Este lugar definitivamente precisava de uma fêmea para fazê-lo
brilhar. Havia sujeira nos cantos, equipamentos sujos empilhados contra as
paredes e as janelas sequer eram limpas. Sua câmara nunca ficaria em tal
condição e nem a de Oryon. Então por que não era essa mesma atenção dada
para o restante da Casa? Bem, ela se certificaria de que fosse agora.
— Isis? — A pergunta de Oryon a fez olhá-lo. Ela
encontrou Oryon junto com todos os machos que retornaram
de Tornian observando-a.
— Sim? — Ela perguntou.
— Alguma coisa errada? — Eles estavam passando pela entrada, em
direção a sua ala como sempre, quando ela desacelerou e depois parou.
— Claro que não, estava apenas inspecionando a sala, certificando-me
de que ela refletisse bem em seu Senhor.
Oryon ergueu uma sobrancelha para as palavras dela, então deixou seu
olhar percorrer a sala. Ele não via nada fora do lugar. Guerreiros se reuniam
ali depois de treinar ou uma grande caçada, aquecendo-se diante do fogo e
contando histórias. Grandes cadeiras e uma mesa foram colocadas antes do
fogo por esse motivo. A Casa Rigel não era tão formal como Torino. Não
tinha nenhuma extravagância ou seu alto brilho. A Casa Rigel era uma casa
de guerreiros. Sua Isis queria que fosse algo mais?
— Não vejo nada fora do lugar. — Disse ele.
— Não, não fora de lugar, simplesmente não tão bem como poderia
ser. — Quando Oryon franziu a testa, ela passou o braço através dele e
sorriu. — Não se preocupe. Eu falarei com Mestre Kaspar sobre isso mais
tarde.
— Você fará o quê? — Oryon perguntou em uma voz enganosamente
suave. Ela realmente pensava que ele a deixaria conversar com o
Mestre Kaspar?
— Eu disse. — Isis repetiu, olhando-o firme. Ela conhecia aquele
tom. Era o único que ele usava quando estava extremamente descontente
com um macho. — Que conversaria com o Mestre Kaspar para garantir que
esta sala fosse adequadamente limpa no futuro. Não deve haver sujeira nos
cantos e as janelas precisam ser limpas.
— Você não conversará com ele. — Grunhiu Oryon.
— Como? — Isis exigiu, afastando a mão de seu braço.
— Eu disse...
— Eu ouvi o que você disse Oryon. — Ela respondeu de forma todos
puderam ouvir que ela estava tão irritada quanto ele. Não seria
ordenada como se fosse um de seus Guerreiros. Ela era sua Senhora e exigia
o mesmo respeito dele que exigia que outros lhe dessem. — Eu
simplesmente não acredito que você disse isso. Não para mim.
Com isso ela chocou a todos, pois nenhum deles já ouviu Lady Isis
levantar a voz e muito menos vê-la agir assim.
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Isis não podia acreditar que Oryon falou com ela daquela forma, como
se fosse uma jovem recém-unida que precisava ser informada de seu
lugar. Ela conhecia seu lugar e já não seria relegada à câmara. Ficaria
ao lado de Oryon, ajudando e apoiando-o em sua casa. Pelo menos era onde
queria ficar. Talvez Oryon não sentisse o mesmo.
Entrando na câmara de descanso de Oryon, ela bateu a porta na cara
dos dois guerreiros que Oryon enviou atrás dela.
Ele achava que ela não sabia o caminho? Bufou enquanto atravessava a
sala. Abriu a porta para a escada que levaria a sua câmara. Seu passo
hesitou. Olhando para cima, pensou nos quartos superiores que ocuparam
todo o segundo andar da ala do Senhor.
Ela passou mais da metade de sua vida nesse quarto, apresentou quatro
crias masculinas dignas e aptas, os observou crescer daquelas janelas. E se
alguém lhe tivesse perguntado antes dessa viagem se estava feliz naquele
quarto, teria dito que sim.
Mas não agora.
Agora sabia que havia muito mais que poderia fazer. Muito mais
que ela queria fazer. Não podia voltar para aquele quarto agora. Sentia-se
como uma prisão.
Virando, ela olhou ao redor da câmara de repouso de Oryon. Passou
por ali muitas vezes no passado, pois era a única maneira de entrar em sua
câmara. Uma proteção extra para as fêmeas Tornianas se, de modo que os
machos incapazes nunca pudessem alcançá-las. Agora, ela se perguntava se
não era apenas outra maneira de controlar uma fêmea.
Ela realmente passou muito pouco tempo nesta sala, com exceção das
discussões. Oryon sempre preferia discutir em seus quartos, onde não seriam
interrompidos. Quão estranho isso lhe parecia agora, pois poderiam ser
interrompidos tão facilmente ali. Agora se perguntava se era para que
ninguém soubesse que discutiam.
Ele tinha vergonha dela?
Lentamente, atravessou a sala, entrando no quarto quase vazio. A
lareira que sempre brilhou, aquecendo a sala e permitindo que ela visse seu
caminho durante suas uniões, agora estava fria. Frente a ela havia um sofá
grande que, após uma inspeção mais próxima, parece ter visto dias
melhores. Olhando ao redor, percebeu que a maioria dos móveis parecia
estar na mesma condição. Tudo exceto a cama. Estava coberta de tecidos
ricos, lençóis suaves e travesseiros que uma vez adorou.
Por que o restante foi negligenciado?
Betelgeuse era um planeta próspero. Por que Oryon não usava suas
riquezas para seu próprio conforto?
Pensando, ela percebeu que quase toda a Casa Rigel era assim, esparsa
e... fria... enquanto seus quartos nunca eram... era sua culpa isso? Oryon
de alguma forma esgotou os recursos que Betelgeuse fornecia com ela
ali? Ela sempre pensou que ficar significaria exatamente o contrário, sem a
necessidade de atrair outra fêmea, a Casa Rigel seria capaz de reter mais de
sua riqueza. Estava errada?
O som da abertura da porta a fez se virar. Os machos que serviam sob
o mestre Kaspar, atravessaram o limiar, carregando a bagagem de Oryon e
ela. Quando a viram, congelaram como se estivessem chocados com sua
presença na câmara de descanso de seu Senhor.
Bem, eles terão que se acostumar a isso, Isis pensou, porque era ali que
ficaria. — Coloque os dois aqui mesmo. — Ela ordenou apontando para as
portas que sabia que levaram ao armário de Oryon.
— O que... — Eles gaguejaram, olhando uns para os outros com óbvia
confusão.
— Faça o que Lady Isis diz. — Ordenou Oryon, sua voz profunda
aumentando enquanto ele entrava na câmara, seus olhos aborrecidos sobre
os machos.
— Sim... sim, meu Senhor. — Disseram eles, movendo-se rapidamente
para colocar a bagagem onde Isis indicou antes de saírem rapidamente,
enquanto o Senhor e a Senhora olhavam silenciosamente um para o outro.
Oryon lentamente se aproximou de Isis, tentando avaliar seu
humor. Ela estava muito irritada quando se afastou dele, mas agora parecia
ter se acalmado, voltando para a fêmea calma que conhecia. Pelo menos era
assim que parecia.
— Você deseja fazer mais do que apenas descansar na minha Câmara
comigo? — Ele perguntou hesitante, sem saber se era o motivo pelo qual
deixou seus pertences ali.
— Sim. — Os olhos de Isis procuraram os dele para ver se isso o
perturbava. — Bem, se você não se importar. — Ela se viu adicionando.
— Importar? — Oryon estendeu a mão para acariciar sua bochecha
com os nós dos dedos. — Não há nada no universo que me agradaria mais
do que saber que você esta aqui esperando por mim.
— Eu sempre estive aqui Oryon. — Ela disse a ele. — Mas não quero
mais esperar por você, quero ser parte de sua vida.
— Você quer conversar com quem quiser. — Ele suspirou forte,
esfregando a testa. — Ir para onde quiser dentro da Casa Rigel.
— E nas terras. — Ela disse com o olhar percorrendo seu rosto de
aparência cansada.
— Você sabe que isso causará problemas. — Disse ele, afastando-se
para ficar diante de uma janela que dava para o campo de treinamento, que
mudou todos esses anos, então Isis podia ver sua prole.
— Por quê? — Ela perguntou ficando atrás dele e colocando uma mão
gentil em suas costas.
— Porque os machos pensarão que quer se unir a eles.
— Isso é ridículo. — Isis resmungou com seus olhos indo para o
campo escurecendo. — Em todos esses anos nunca considerei outro macho,
recusei todas as ofertas. Tenho agora quarenta e três anos de idade e não
apresentei descendência por mais de quinze anos. Nenhum macho
consideraria se unir a mim, mesmo que eu oferecesse.
— É aí que você está errada, Isis. — Oryon virou-se para olhar para
ela, sua mão cobrindo a dela. Ele a colocou sobre o coração dele. —
Qualquer macho ficaria orgulhoso de tê-la como sua. Com descendência ou
não. Você é linda, gentil, amorosa e quando descobrirem sobre as fêmeas
descansando com um macho.
— Você é o único macho com quem quero descansar Oryon, o único
macho que eu amo.
— Eu sei disso, mas... você precisa saber que já estão se perguntando,
um deles sua própria prole, Ull.
— Ull... — Isis balançou a cabeça triste. — O universo de Ull
de repente mudou e ele não está mais seguro de seu lugar nele.
— Seu lugar? Seu lugar está aqui. Em Betelgeuse. — Oryon franziu a
testa para ela.
— Você tem certeza? — Ela questionou suavemente. — Eu sei que
ele sempre pensou que fosse. Nunca houve dúvida em sua mente de
que ele seria o próximo Lorde Rigel. Mas agora seu irmão... seu terceiro irmão,
aquele que deveria voltar para Betelgeuse para apoiá-lo, treinar seus futuros
guerreiros e ajudar a tornar sua Casa mais forte, foi nomeado Senhor de uma
Casa mais poderosa que a sua.
— Nada disso para Ull o impede de um dia se tornar Lorde Rigel. —
Respondeu Oryon.
— Não, não, mas como você disse, esse será um dia
enquanto hoje Ynyr é Lorde Rigel. Hoje, Ynyr tem uma fêmea, uma fêmea que
provavelmente lhe dará uma prole feminina. Abby escolheu
Ynyr quando poderia ter escolhido Ull, assim como o Imperador poderia ter
escolhido Ull para governar Etruria. Ela não fez e ele também não. Agora,
todos estão comparando o que Ull se tornará um dia com o que Ynyr é. Ull,
pela primeira vez em sua vida, está sendo visto como o irmão menor e seu
orgulho está ferido. — O olhar de Isis foi para o movimento lá fora no
campo de treinamento.
— Você realmente acredita nisso?
— Você não? — Ela apontou para a janela para onde Ull, na luz
desvanecida, está nu até a cintura e estava atacando uma estação de treino
com a espada. A raiva preenchia todos os movimentos.
— Nunca o vi duvidar de si mesmo antes. —
Disse Oryon calmamente, observando como grandes pedaços de madeira
voavam da estação.
— Ele nunca precisou. É por isso que está lutando tanto agora. Com
o tempo, ele lidará com isso e encontrará seu caminho.
— Como você sabe disso? — Oryon afastou o olhar de seu primeiro
macho para olhar sua Senhora.
— Porque você é seu manno e ensinou-lhe como ser um macho
verdadeiramente apto e digno. Ele encontrará seu caminho, Oryon. Sua
honra permitirá que ele não faça nada menos.
— Você é verdadeiramente um presente da Deusa, minha Isis. —
Gentilmente ele passou uma mão sobre sua cabeça. — Um, que eu acho que
não valorizei o suficiente.
Nas palavras de Oryon, Isis sentiu os olhos encherem de
lágrimas. Ela sempre soube que seu macho cuidaria dela. Via isso e cada
toque, cada ação, mas ouvi-lo dizer...
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Foi mais tarde que Isis olhou com raiva para a porta em que alguém
teve a coragem de bater. Oryon partiu para sua reunião e ela estava
trabalhando para levar as coisas de sua câmara para a dele. Começou com
um tapete que enrolou e arrastou pela escada curva. Agora ele estava
orgulhosamente em frente ao fogo que Oryon assegurou que estivesse
ardendo antes de partir.
Em seguida, uma pequena mesa, que era a única que podia carregar. Ela
colocou-a ao lado da cadeira, onde sabia que Oryon passava muito tempo já
que quase tinha a impressão de seu corpo nela. Colocou um cobertor sobre
ela para que estivesse lá quando ele precisasse.
Ela estava apenas se preparando para mexer em sua bagagem e
pendurar as coberturas ao lado de Oryon, quando a batida a interrompeu.
— O quê? — Abriu a porta apenas para encontrar dois jovens
assustados da equipe da cozinha de pé do outro lado.
— Senhora... Lorde Oryon ordenou que a última refeição fosse...
trazida para você, minha Senhora. — Um deles gaguejou e corou antes de
desviar o olhar.
Olhando para eles, Isis de repente percebeu que deveriam ser novos
treinandos, uma vez que pareciam mais novos que Zev. Era uma prática
comum acolher novos aprendizes na cozinha para ver como respondiam à
pressão da manhã e às longas horas.
Retrocedendo, ela tentou colocar uma expressão serena no
rosto. Afinal, ela era sua Senhora e permitiu que eles entrassem na câmara. —
Coloque ali. — Ela gesticulou para a mesa baixa entre o sofá e o fogo.
— Sim, minha... minha Senhora. — O macho gaguejou novamente e
eles rapidamente levaram as bandejas para dentro.
— Qual o seu nome? — Isis perguntou.
— Minha Senhora? O segundo macho olhou para ela em estado de
choque.
— Seus nomes. — Disse ela devagar.
— Hum, eu me chamo Nabil.
— Eu sou Galal. — Disse gaguejando e corando.
— Há quanto tempo vocês estão em Betelgeuse? — Perguntou ela.
— Duas... duas semanas. — Disse Galal.
— Entendo, bem-vindos à Casa Rigel.
— Obrigado, minha senhora! — Disseram juntos.
— A última refeição foi entregue a Lorde Oryon ? — Perguntou ela.
— Não, minha Senhora. — Respondeu Nabil. — O cozinheiro disse
que não deveria ser perturbado.
— Isso é ridículo! Já faz horas desde a refeição do meio-dia. Dê-me seu
comunicador. — Ela estendeu a mão.
— Eu... o que, minha Senhora? — Nabil perguntou.
— Seu comunicador, eu sei que você tem um. Todos ajudantes da
cozinha tem.
— Sim, minha Senhora. — Ao procurar no bolso, Nabil tirou
o comunicador e entregou-o cuidadosamente, assegurando-se de não tocá-
la.
Isis o pegou e pressionou o único botão. Esperava-se que os novos
jovens o carregassem sempre que estivessem à disposição do
Guerreiro Lajos, também conhecido como o Cozinheiro.
— O que está levando tanto tempo seus molengas? — A voz irritada
de Lajos explodiu no comunicador. — Eu disse para entregarem esta
refeição e voltarem rapidamente!
— Eles entregaram minha refeição, obrigada Guerreiro Lajos. — Disse
Isis, sua voz calma, evidentemente oposta de Lajos.
— Lady Isis... — O tom e o volume de Lajos imediatamente
suavizaram.
— Foi-me dito que a última refeição ainda não foi levada para
Lorde Oryon e seus Chefes. — Isis foi direto ao assunto.
— Não, minha Senhora. — Disse Lajos a ela.
— Eu quero que envie agora. — Ela ordenou.
— Sinto muito, mas... — Começou Lajos.
— Não há nada de, mas, Guerreiro Lajos. — A voz de Isis tornou-se
tão dura e inflexível como de qualquer Senhor. — Lorde Oryon não comeu
desde a refeição do meio-dia no Hunter. Agora é tarde da noite. Envie
sanduíches de twrci, rashtar e queijo feitos na região de Mriga.
— Minha Senhora. — Lajos tentou interromper.
— Eu não terminei. Você também enviará uma variedade de frutas e
bebidas. O suficiente para todos os guerreiros. Entendeu Lajos?
— Minha Senhora, você não entende. Lorde Oryon não gosta de ser
interrompido durante suas reuniões com seus Chefes.
— Você é aquele que não entende, Guerreiro Lajos. Não deixarei meu
Senhor fazer isso, não mais. Agora, faça o que pedi ou eu mesma irei até a
cozinha e cuidarei disso.
— Eu... sim, minha Senhora. — Disse Lajos adequadamente castigado.
— E Lajos?
— Sim, minha Senhora.
— Quando entregar a refeição certifique-se de deixar seu Senhor saber
que foi porque a Senhora lhe pediu que o fizesse.
— Sim, minha Senhora.
Terminando a ligação, Isis entregou de volta o comunicador para
Nabil. — Obrigada, Nabil. Agora voltem para a cozinha, pois acredito que o
cozinheiro precisará de vocês.
— Sim, minha Senhora. — Eles se curvaram e imediatamente saíram.
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Oryon observou enquanto seus Chefes devoravam a comida
que Lajos trouxe. Por que ele sempre insistiu que não comessem até
terminar? Agora percebeu que isso poderia fazer com que seus machos se
precipitassem na reunião, porque sua fome os distraía de dizer tudo o que
deveriam. Como Isis sabia disso?
— Guerreiros, nosso universo mudou drasticamente desde que eu
parti para a Cerimônia de União. — Oryon viu vários guerreiros colocar
seus pratos à frente. — Continuem comendo, se minha Isis descobrir que
vocês deixaram esta reunião com fome, ela terá minha cabeça. —
Ele não perdeu os olhares atordoados nos rostos do Guerreiro.
— Vocês acham estranho que eu fale assim, quando antes de partir
para a Tornian, eu não o teria feito? — Oryon fez uma pausa tentando
organizar seus pensamentos. — Vocês nesta sala estão entre os meus
guerreiros mais confiáveis e os considero tão próximos quanto meus irmãos.
— Em sua declaração, o peito de todos os machos inchou. — Muitos de
vocês, como o Capitão Shen, estão ao meu lado desde que
meu manno conheceu a Deusa e sei que tem havido tempos difíceis. Machos
menos dignos deixaram a Casa Rigel, optando por servir em outro lugar
porque acreditavam que minha... situação refletia mal sobre eles.
— Meu Senhor. — Shen tentou interrompê-lo, mas Oryon acenou
com a mão e Shen fechou a boca.
— É verdade, Shen e todos vocês sabem disso. Minha Isis se recusou
a me deixar, mesmo depois de me apresentar dois machos aptos. Muitos
encontraram falta comigo por não forçá-la a sair. — Oryon deixou seus
olhos percorrerem os machos na sala. — Então, ela poderia dar
descendência para outros machos, machos que poderiam ser vocês. —
O peito de Oryon apertou com o pensamento de um desses machos que ele
confiava tocar Isis.
— E de verdade, eu teria me encontrado fortemente pressionado para
não matar nenhum macho que tentasse tirar minha Isis de mim antes de ir
para Tornian. Agora, matarei qualquer macho pense em levá-la de mim. Ela é
minha! — Nenhum macho duvidava da verdade nas palavras de seu Senhor.
Oryon suspirou forte e tentou se acalmar. — O que eu preciso explicar
é a razão pela qual minha atitude mudou e espero que entendam
como o universo mudou e que a chance de terem uma fêmea também
mudou.
— Quando a Imperatriz Kim foi apresentada pela primeira vez à
Assembleia, todos nós a descartamos como não sendo uma fêmea
digna. Embora ela fosse muito semelhante às nossas fêmeas, ela não
era realmente Torniana, mesmo que o Imperador a declarasse assim. Ela era
apenas um pequeno ser insignificante para nós... — Oryon viu seus Chefes
concordarem. — Até que ela concebeu... então todos nós tomamos
conhecimento. Nós tentamos forçá-la a nos dizer onde estava seu planeta
para adquirirmos mais como ela e ela recusou. Até se recusou a dizer ao
Imperador. Qual fêmea Torniana é corajosa o suficiente para recusar o seu
macho? — Oryon perguntou enquanto seus olhos percorriam os machos na
sala.
— Meus irmãos, nossas fêmeas nos temem e é culpa nossa, porque
não lhes damos o que realmente precisam e não falo sobre as coisas que lhes
damos agora. A Imperatriz não teme o Imperador, porque sabe que ele ama
e cuida dela tanto quanto ela faz por ele.
— Mas meu Senhor. — Falou Phong. — Elas são fêmeas.
— Sim, com pensamentos, sentimentos e uma mente própria. É o que
esquecemos com o medo da extinção. Nossas fêmeas não
são reprodutoras, como a Rainha Lisa nos acusou de tratá-las.
Nós somos como os Ganglians, que apenas pegam e usam fêmeas para sua
própria diversão. Gostaria que todos estivessem lá para testemunhar a
Rainha na Cerimônia de União, para ver não apenas como ela se colocou
diante de toda a Assembleia, mas como respondeu a qualquer coisa
que percebeu como um insulto ao Rei Grim. Ela defendeu Grim apesar de
ser atacada sob sua proteção. Ela não vê suas cicatrizes como um sinal de
fraqueza, mas sim como um emblema de coragem, acreditando que, se ele
foi forte o suficiente para sobreviver a isso, ele sempre será capaz de protegê-
la e sua prole. É algo que deveríamos ter percebido.
Oryon olhou para o quadro de seu manno que ainda estava na parede
em frente a sua mesa. Ele o manteve lá para lembrá-lo de tudo o que
seu manno lhe ensinou sobre ser um macho apto e digno. Nunca
Oryon duvidou dos ensinamentos de seu mano... até agora.
— Eu nunca me envergonhei de ser um macho Torniano, até me
sentar na Assembleia e ouvir a Rainha Lisa. Ela ficou diante de nós, forte e
orgulhosa e obrigou-nos a reconhecer que o que lhes
fizemos não era diferente do que os Ganglians fizeram com a
Imperatriz. Que o que fizemos com nossas próprias fêmeas fez com que elas
acreditassem que seu único valor para nós era como reprodutoras.
— O quê? — Vários machos ficaram de pé, assim como os da
Assembleia.
— Sentem-se! — Oryon ordenou e esperou até que o fizessem para
continuar. — Ela não estava errada. Não é por isso que tantos desprezaram
minha Isis em sua recusa de se deixar usar desse jeito? Desde que saímos
daqui, percebi que existe a força do corpo que todos nós temos como um
padrão tão alto e então há a força do espírito que parecemos ter
esquecido. Dos dois, acredito que a força do espírito é a mais forte. Foi o
que permitiu que a Imperatriz sobrevivesse com os Ganglians. Foi
o espírito dela, não a força física, que a impediu que a quebrassem. Foi o que
permitiu que o Rei Grim sobrevivesse a seu ataque quando a maioria de nós
teria desistido. — Ele fez uma pausa, olhando para cada macho. — O que
isso diz sobre nós como guerreiros é que preferimos desistir, do que ser
julgado com dureza por outros. Que a forma como olhamos importa mais do
que nossas ações?
— Isso me envergonha, por nunca termos considerado o que os
sequestradores dessas mulheres significavam para elas. Nós pensamos apenas
em nossos próprios desejos e necessidades, nunca nas delas. Nós cometemos
uma grande injustiça com elas e nossas fêmeas. Não é de admirar que a
Deusa tenha nos retido suas bênçãos por tanto tempo.
— Então estamos condenados. — Qays disse e Oryon viu o espírito
desses homens aptos e dignos desaparecerem.
— Não. Não estamos condenados. — Disse Oryon. — Não graças às
nossas ações e à nossa arrogância, mas porque as mesmas fêmeas, as que
julgamos com tanta dureza e as que achamos que poderíamos roubar sem
consequências, nos mostraram o caminho de volta às boas graças da Deusa.
— Como? — Perguntou Qays.
— Ao honrá-las. Ao perceber que são verdadeiramente o mais
importante em todos os universos conhecidos.
— Nós já sabemos disso. — Disse Huntley.
— Que todas as fêmeas são. — Enfatizou Oryon. — Torniana ou
não. Elas têm o direito de se unir a um macho... ou não. Elas têm o direito de
escolher o macho que querem, não importa se ele atingiu um status alto ou
não.
— Meu Senhor, as outras fêmeas...
Oryon sabia o que Phong queria perguntar. — Estão sob a proteção
do Rei Grim em Luda.
— Então os machos de Luda terão as fêmeas. — Huntley disse.
— Não. Eu sei que é o que muitos pensarão, mas o Rei contatou todos
os Senhores para que soubessem que foi decidido que, durante os próximos
dois meses, nenhum macho poderá se apresentar às fêmeas terrestres,
incluindo as suas. As fêmeas compreensivelmente precisam de tempo para
se ajustar a tudo. Em dois meses, os machos interessados poderão enviar
um pedido para Luda, solicitando permissão para se apresentar às
fêmeas. As fêmeas decidirão então quais machos poderão ir a Luda com base
nesse pedido. Apenas então um macho será autorizado a ir para Luda.
Um silêncio atordoado caiu sobre a sala quando Oryon terminou de
falar e todos perceberam que tinham a chance de ter uma fêmea...
CAPÍTULO TRÊS
Era tarde quando Oryon finalmente voltou para sua câmara. Muito
mais tarde do que planejou, mas uma vez que as perguntas começaram, ele
soube que precisava ficar e responder.
Entrando em sua câmara de descanso, Oryon encontrou a escuridão, a
única luz era proveniente do fogo moribundo que uma vez aqueceu a
sala. Seus olhos imediatamente foram para cama e a encontrando vazia,
sentiram o coração apertar. Sua Isis não estava lá. Ela ficou irritada por não
ter retornado antes? Era algo como qual nunca antes se preocupou, a sua
espera.
Cruzando a sala, foi para a escada. Porque se ela estivesse com raiva,
apenas teria que superar isso, pois nunca mais descansaria sem ela. Parando
no alto da escada, ficou surpreso ao encontrar uma escuridão fria. Sua Isis
nunca permitia que sua câmara ficasse fria e ela sempre deixava uma luz
baixa.
E se ela não estava ali...
E se não estava em sua cama...
Onde estava?
Voltando pela escada, ele foi para o outro lado e estava pronto para
despertar toda a Casa quando um pequeno movimento perto do fogo
chamou sua atenção. Silenciosamente, se moveu em direção a ele e sentiu
seu coração apertar novamente. Lá estava... sua Isis... enrolada em sua
cadeira coberta com uma manta que ele sabia ter vindo de sua câmara, com
a cabeça apoiada contra um dos braços da cadeira, os olhos fechados.
Lá estava ela. Seu amor.
Ele deve ter feito um som porque lentamente Isis abriu os olhos e
perguntou com voz rouca: — Oryon?
— Estou aqui Isis. — Ele a tranquilizou, movendo-se para agachar-se
ao lado da cadeira, passando uma mão suavemente ao longo de sua perna. —
Por que você não está na cama, meu amor? — O carinho saiu naturalmente
de seus lábios porque sempre foi verdade.
— Eu estava esperando por você. — Ela estendeu a mão para acariciar
sua bochecha. — Não queria descansar na nossa cama pela primeira vez sem
você.
Suas palavras fizeram o coração de Oryon se apertar e seus olhos se
encherem de lágrimas. Isso era algo que eles deveriam ter tido há
anos. Por que não o fizeram?
— Oryon? — Isis franziu a testa, vendo seus olhos dele com
lágrimas. — O que está errado?
— Nada está errado, minha Isis. Estou muito feliz por você estar aqui
e estou questionando, por que me levou tanto tempo para ver que é onde
você sempre pertenceu. — Isis recompensou suas palavras inclinando-se
para tocar seus lábios em um beijo gentil; um beijo que Oryon aprofundou
rapidamente enquanto ele a abraçava.
Ficando de pé, Oryon a levou para a cama.
Isis suspirou na boca de Oryon quando ele a deitou pela primeira vez
no centro do que era sua cama. Era isso que ela queria. O que sempre quis.
Ele a colocou no centro da cama, seus grossos cabelos pretos se
espalharam ao redor, o contraste perfeito com sua pele rosada e pálida. O
amor naqueles olhos escuros olhando para ele o fazia se sentir o homem
mais poderoso do universo. Sentado em seus calcanhares, ele deixou seus
olhos percorrerem o belo corpo que sempre o despertou. Descobriu que
estava vestindo uma cobertura que ele nunca viu antes. Com tiras finas, era
sedosa, com triângulos mal cobrindo os seios.
— O que é isso? — Ele perguntou, passando um dedo gentil pela alça
fina, acariciando a curva de seu peito.
— É uma cobertura com a qual eu gosto de descansar. — Disse ela.
— Por que nunca vi antes? — Ele perguntou bruscamente.
— Bem. — Disse ela, levantando-se e encorajando o dedo a continuar
sua jornada. — Normalmente quando estou aqui é para nos unirmos e estou
vestindo uma cobertura de união. Quando você vai à minha câmara, eu uso
um manto para me cobrir porque sempre achei que não acharia atraente.
— Você está errada. Eu acho isso muito atraente. — Disse Oryon,
inclinando-se para beijar o vale entre seus seios.
— Acha? — Isis perguntou sem fôlego.
— Sim, mas não tão atraente como quando você não usa nada. — Ele
murmurou contra sua pele. Movendo as mãos, ele deslizou cuidadosamente
as tiras finas, revelando seus lindos seios antes de continuar puxando até que
o removesse completamente do corpo e jogando-o sobre o ombro. Agora
ela estava nua da forma como ele mais amava.
— Você é uma deusa, Isis. — Ele disse com os dedos indo para sua
camisa.
— Aqui, deixe-me ajudá-lo com isso. — Isis disse, levantando-se,
despreocupada com sua nudez. Seus dedos substituíram os dele enquanto
desabotoava a camisa. Isis tomou seu tempo com a tarefa, deixando seus
dedos acariciarem cada centímetro dos músculos, explorando cada fenda que
compunha seu enorme peito, antes de descer ao longo de seu abdômen
acentuado. Seus dedos pararam na cintura de sua calça. Inclinando-se para
frente, colocou um beijo de boca aberta no peito enquanto suas mãos
tiravam a camisa.
— Isis... — Grunhiu Oryon.
— Shhh... — Ela sussurrou. — Quero explorar você. — Movendo a
língua ao longo do peito, ela gostou de sentir o seu sabor
salgado, depois lambeu seu mamilo, observando-o apertar em resposta.
Olhando para ele através de seus cílios, continuou moendo a língua quando
perguntou: — Você deixará?
— Deusa, sim. — Grunhiu Oryon, sentindo que seu eixo se endurecia
ao ver sua boca sobre ele. Amava como ela o lambia, como se fosse seu
deleite favorito. Tirando a camisa, ele deixou suas mãos afundarem em seus
cabelos. Queria mostrar a ela exatamente onde a queria, mas ela rapidamente
se afastou.
— Não. — Ela disse a ele. — Suas mãos ficam aqui. — Ela ordenou
suavemente, puxando-as de seus cabelos para pressioná-las em suas coxas
grossas.
Ao comando de Isis, os olhos de Oryon se arregalaram. Ele se
perguntou de onde esta fêmea ousada veio. Nunca antes sua Isis tomou o
controle de sua união, nem mesmo nas últimas semanas, quando seu
relacionamento mudou tão drasticamente. Segurando suas coxas, ele não
pode deixar de se perguntar o que faria a seguir. Não precisou esperar muito.
Isis não tinha certeza do que a fez pensar que poderia ordenar
a Oryon, mas quando obedeceu, o poder que sentiu foi incrível. Ter esse
macho grande e poderoso fazendo o que ela dizia... fez com que quisesse ver
o quanto ele deixaria que fizesse.
Uma vez que teve certeza de que as mãos de Oryon permaneceriam
onde as colocou, Isis recostou-se e deixou seu olhar percorrer o corpo
magnífico exibido diante dela. O corpo de Oryon rivalizava com o de um
macho com metade de sua idade. Ele não tinha peso extra, como tantos
outros machos de sua idade, Senhor ou Guerreiro. Eles deixavam seus
corpos se suavizarem à medida que envelheciam, acreditando que não
precisavam mais ficar em forma. Não seu Oryon. Ele apreciava seus
exercícios diários com seus Guerreiros e mantinha todos os músculos e
força de quando se uniram. Isso a fez querer lamber e explorar cada
centímetro, cada fenda. Queria experimentar todas aquelas coisas que Abby
e Kim contaram.
Será que Oryon permitiria?
Inclinando-se para frente, ela deu a seu outro mamilo a mesma atenção,
lambendo e provocando com a língua da maneira como Oryon provocava o
seu quando ele a agradava.
— Deusa, Isis. — O corpo inteiro de Oryon tremeu quando sua boca
se agarrou a ele. Seus dedos ficaram brancos enquanto agarrava suas coxas
para evitar que a jogasse na cama e se unisse a ela. Ele disse que ela poderia
explorá-lo, então a deixaria, mesmo que isso significasse se envergonhar
como um jovem guerreiro e se derramar em sua calça.
Isis não podia acreditar que ela, uma fêmea, conseguiu fazer tremer
esse poderoso macho e uma nova sensação de confiança surgiu, tornando-a
mais ousada. Arrastando as unhas ao longo de seu abdômen, ela deslizou as
mãos sob a cintura da calça de Oryon e roçou seu eixo, enquanto ele ofegava
surpreso.
— Isis! — Os quadris de Oryon avançaram para seu toque.
Isis ergueu os olhos para ele e sussurrou: — Eu quero ver isso.
As mãos de Oryon imediatamente abriram a calça, seu eixo saltando
para sua inspeção.
— Deusa, Oryon... — Os olhos de Isis se arregalaram diante da visão,
em todos esses anos ela apenas conseguiu vislumbres dessa parte dele. Seu
eixo era grande, maior do que imaginou que poderia ser e longo. Como isso
se encaixava dentro dela? Hesitante, ela segurou e sentiu sua pele quente, mas
muito mais suave do que esperava. Apertando suavemente, percebeu que a
suavidade terminava sob sua pele, seu eixo era tão duro como o aço
de Tornian. Lentamente, começou a acariciá-lo, achando que seus dedos não
podiam abrigá-lo completamente, especialmente em sua base ainda maior.
Enquanto ela acariciava seu eixo, Oryon levantou involuntariamente
os joelhos, dando-lhe acesso, pela primeira vez, às bolas pesadas entre suas
pernas. O grunhido baixo que saiu da garganta de Oryon enquanto o tocava
a fez olhar para ele, vendo seus olhos brilhando.
— Estou machucando-o? — Ela sussurrou.
— Você está me matando. — Oryon disse e imediatamente ela ficou
pálida. Ela teria afastado as mãos se ele não tivesse segurado seus pulsos. —
Com prazer, Isis. — Ele abaixou a cabeça para que ela pudesse ver a verdade
em seus olhos, então levou suas mãos de volta onde estavam. — — Nunca
nada se sentiu tão surpreendente como seu toque no meu corpo. Não pare.
— Você tem certeza? — Ela perguntou, a fêmea arrojada e confiante
desaparecendo com o pensamento de causar dor.
— Sim Isis, toque-me.
Lentamente, desta vez muito mais delicadamente, Isis deixou que seus
dedos explorassem as bolas pesadas, segurando-as suavemente nas mãos e
sentindo-as. Deixando uma mão ali, ela moveu a outra ao longo de seu eixo
grosso, o polegar deslizando ao longo da veia embaixo, sentindo o pulso.
Alcançando a grande cabeça bulbosa de seu eixo, o polegar lentamente
o rodeou antes de deslizar ao longo de sua fenda, capturando as gotas de
fluido branco e espesso que começavam a escapar.
Levando o polegar para a boca, ela fechou os olhos quando o sabor
forte, doce e levemente salgado de Oryon explodiu pela língua pela primeira
vez. Deusa, nada tinha um gosto tão bom para ela. Sem pensar, ela se
inclinou e segurou seu eixo, levando-o a sua boca.
A respiração de Oryon o deixou enquanto observava sua Isis. No
começo, ele pensou que nada poderia se sentir melhor do que as mãos de
Isis explorando seu peito, sua boca provocando seus mamilos. Então, ela
colocou as mãos dentro de sua calça, acariciando seu eixo e isso foi
melhor. Mas ela não parou aí, segurou suas bolas em suas mãos suaves,
fazendo com que ele vazasse e soube que isso era o melhor. Então, a semente
que ele tentou tão duro segurar, derramou-se e em vez de ofender-se, ela a
capturou, provou e ele soube que nada seria melhor do que isso.
Agora, sua Isis estava fazendo algo que ele nunca ouviu falar de uma
fêmea fazendo. Ela estava tomando-o em sua boca e chupando como se sua
boca fosse seu canal. Movendo seu eixo dentro e fora de sua boca, ela usava
a língua ao redor dele.
Deusa! Nenhum guerreiro poderia suportar tortura tão prazerosa.
— Isis! — Ele rugiu segundos antes de agarrá-la pelos
ombros. Afastando-a de seu eixo, ele ignorou seu grito de protesto, jogou-a
sobre suas costas no centro da cama e a cobriu.
Isis não podia acreditar no quão incrível isso era. Ela
realmente não acreditou em Kim e Abby, que era possível tocar Oryon com
a boca da mesma maneira que ele fazia e que gostaria.
Elas estavam certas. Ela gostou. Senti-lo tremer e saber que era por
causa do que ela estava fazendo com ele, era um sentimento inacreditável e
um que ela nunca queria deixar de sentir. Quando ele a afastou de seu eixo,
ela gritou em protesto, apenas para encontrá-lo cortado quando seus lábios
cobriram o dela em um beijo profundo e duro, cheio de paixão
descontrolada.
Sentindo seu eixo, que apenas segundos atrás estava em sua boca, na
entrada de seu corpo, ela o envolveu com os braços e pernas com
entusiasmo, dando-lhe as boas-vindas.
No fundo de sua mente, Oryon sabia que precisava recuperar seu
controle. Ele não fez nada para agradar suas Isis. Ela lhe deu prazer, no
entanto, ali estava ele, a momentos de se unir a ela.
— Por favor, Oryon. Eu preciso de você dentro de mim.
Qualquer possibilidade de recuperar seu controle foi perdida no pedido
sussurrado de Isis e ele entrou com um forte impulso.
— Isis!
— Mais Oryon! Mais, Deusa! — Ela não percebeu o quão perto estava
de sua liberação, não percebeu que dar prazer a Oryon também poderia
trazer seu prazer. Não esqueceria isso no futuro, mas agora, tudo que podia
fazer era sentir aquele prazer doce e apertado logo antes que ela estivesse
com Oryon profundamente dentro dela.
— Oryon! — Ela gritou com prazer, todo seu corpo se abriu quando
a libertação a atingiu.
Sentindo o corpo de sua Isis apertando ao redor dele, ouvindo o seu
grito de prazer, Oryon empurrou uma última vez, tão profundamente quanto
pode e rugiu sua libertação para ela.
Foi muito mais tarde, enquanto ele estava olhando para o amor de sua
vida dormindo em seus braços, que Oryon se perguntou se ousava confessar
seus anos de mentiras para ela. Ele a observou florescer essas últimas
semanas na presença das fêmeas da Terra. Ela encontrou fêmeas de
mentalidade e ideais semelhantes, o que lhe deu uma confiança que nunca
percebeu que faltava.
Ele a observou interagir com Abby e viu a alegria em seus olhos por
ter outra fêmea na Casa Rigel, mesmo que fosse apenas por meio da união e
nenhuma que ela apresentou. O que ela faria se descobrisse que ele
preventivamente impediu que tivesse mais prole após Zev? Que ele lhe
negou a chance de ter a fêmea que ela desejava ter e dar a ele?
Ainda ficaria com ele?
CAPÍTULO QUATRO
∞∞∞
∞∞∞
Kaspar não podia acreditar que deveria seguir ordens de uma fêmea.
Senhora da Casa Rigel ou não.
Ele era o Guerreiro Kaspar, Mestre da Casa Rigel. Ele se certificava do
funcionamento da Casa de forma eficiente por anos. Que está fêmea pensasse
ter o direito de criticar como ele exercia seus deveres era uma indignação! Ela
ordenou que ele pegasse os utensílios de limpeza como se ele fosse um servo...
Lorde Oryon deveria ter se livrado dela anos atrás, depois que ela lhe
apresentou um segundo macho. Pois depois disso, não havia motivo para
mantê-la. E se ele o tivesse feito, Kaspar poderia ter conseguido garantir uma
fêmea própria, mas nenhuma fêmea o consideraria, não importava o que
tivesse para oferecer, porque ela estava nesta Casa.
Voltando ao salão, Kaspar forçou uma expressão mais calma o rosto,
que aperfeiçoou ao longo dos anos, mascarando sua raiva interior. Ele sabia
que chegaria o momento em que esta fêmea pagaria todas as vidas que ela
adquiriu.
∞∞∞
Isis sorriu quando seu olhar percorreu o hall de entrada. As janelas
agora brilhavam, deixando entrar tanta luz que os cristais de energia
colocados em taças ao longo das paredes poderiam ser conservados
apenas para uso noturno.
A luz solar de Betelgeuse revelou todos os riscos e cicatrizes deixadas
em seus antigos andares por gerações de guerreiros cruzando-o para aquecer-
se na lareira recém-limpa. Isis adorava todas as imperfeições, pois mostrava que
está sala era usada, não apenas uma decoração.
Virando os olhos para o mobiliário que foi polido, ela franziu a
testa. Ela se moveu para a cadeira mais próxima para inspecioná-lo ainda
mais.
— Mestre Kaspar! — Isis gritou por cima do ombro. — Venha aqui,
por favor. — Enquanto ela acrescentava, por favor, ninguém deveria recusar
seu pedido, incluindo Kaspar.
— Sim, minha Senhora? — O prazer na voz de Kaspar soou forçado.
— Por que esse mobiliário está na Casa Rigel? — Perguntou,
apontando para a variedade de móveis que acabaram de ser limpos.
— Minha Senhora? — Kaspar deu-lhe um olhar verdadeiramente
confuso.
— Este mobiliário não é adhmad sólido. Por quê?
— Claro que sim! — Argumentou Kaspar.
— Não. Não é! — Isis deu-lhe um olhar irritado. E se havia uma coisa
que ela sabia era isso. Ela foi ensinada a como reconhecer todas as suas
diferentes variedades de madeira, juntamente com os acabamentos. O que
ela estava vendo ali era uma madeira de baixa qualidade coberta com um
verniz de Dair caro para enganar. — Isto. — Isis tocou um ponto gasto no
braço da cadeira, é peine de nossa região sul. Não é usado em móveis como
estes, porque são facilmente danificados. Alguém o cobriu com uma
fina camada de Dair. — Ela tocou o ponto mais escuro que não estava
desgastado. — Para fazer você acreditar que é uma madeira de
qualidade sólida.
— Você está errada. — Argumentou Kaspar. — Eu pessoalmente
inspecionei cada peça de mobiliário feita para Casa Rigel.
— Bem, você não deve ser o Mestre da Casa Rigel se é facilmente
enganado. — Isis respondeu. — Jael vire a cadeira.
Jael prontamente atendeu ao pedido de sua Senhora enquanto os
outros observavam silenciosamente.
— Você vê isso? — Isis apontou para parte de baixo de uma das pernas
da cadeira e os dois tipos diferentes de adhmad foram facilmente vistos por
todos. — Quem fez isso deixou assim, então você saberia que não era
sólido. E se tivesse inspecionado como você diz que fez, então saberia que não
é Dair maciço. Quero cada peça de mobiliário nesta sala inclinada. — Isis
ordenou, olhando para os outros machos. — Eu quero inspecionar cada
peça.
— Você está me questionando? — Kaspar não
podia acreditar. Ninguém o questionava. — Questionando minhas
habilidades? — Ele deu um passo ameaçador em direção a Isis, que
rapidamente deu um passo para trás.
— Mais um passo e acabarei com você, Kaspar. — O grunhido
baixo de Vali fez todos os machos na sala congelarem.
Os olhos do Mestre Kaspar se abaixaram e um fio de sangue fino
correu de seu pescoço enquanto Vali pressionava sua espada
contra a garganta de Kaspar.
— Vali. — Isis falou com seu segundo macho com uma voz suave e
calma. — Afaste-se.
— Ninguém. — Vali continuou rosnando e pressionando mais forte
contra a garganta de Kaspar. — Ameaça minha mãe e vive.
— Vali. Por favor. — Isis tentou novamente, colocando
cuidadosamente a mão no braço da espada. Ela nunca viu sua prole tão
furiosa. Vali era calmo e firme, mas agora estava vibrando de raiva.
— O que em nome da Deusa está acontecendo? — Oryon exigiu,
invadindo o hall de entrada.
Oryon passou a manhã lidando com dezenas de decisões que ficou sem
resposta em sua ausência. Algumas eram importantes, como os horários de
treinamento e a seleção dos jovens machos que ele gostaria de aceitar para
treinar. Eram decisões que somente o Senhor poderia tomar. Outras
decisões ele desejava não ter que tomar, como resolver disputas sobre qual
fazendeiro forneceria os vegetais deste mês e a qual comerciante eles dariam
a honra de substituir a roupa da casa. Quando o meio-dia se aproximou,
decidiu que era hora de ver como as coisas estavam indo no hall de
entrada. Encontrar Vali com sua espada na garganta de Kaspar não era o que
esperava.
— Este macho. — Disse Vali, seus olhos nunca deixaram Kaspar. —
Ameaçou minha mãe.
— Ele o quê? — Oryon estava rapidamente ao lado de Isis, segurando
seu rosto com as mãos, os olhos procurando os dela. — Isis?
— Estou bem. — Isis disse, colocando uma mão reconfortante sobre a
dele.
— O que aconteceu? — Perguntou Oryon.
— O Mestre Kaspar ficou... chateado quando questionei sua
capacidade de distinguir mobiliário de qualidade de inferior.
— Móveis? — Os olhos de Oryon foram para todos os móveis
inclinados na sala.
— Sim. — Isis disse a ele.
— Você não acha que estas são peças dignas da Casa Rigel? — Ele
perguntou, então olhou para Vali. — Abaixe sua espada, Vali. —
Quando Vali não
obedeceu imediatamente, Oryon grunhiu. — Agora Vali! Eu quero
ouvir a resposta do Mestre Kaspar.
Lentamente, Vali abaixou a espada, mas ele não a embainhou.
— Você questionou a habilidade de minha Senhora em julgar os
móveis, Mestre Kaspar? — Perguntou Oryon em uma voz enganosamente
calma.
— Senhor. — Kaspar gritou, sua mão indo para garganta ferida. — Eu
estava apenas tentando explicar a sua Senhora que ela estava enganada. Eu
apenas fui em sua direção para apontar o porquê. O Guerreiro Vali reagiu
exageradamente ao meu movimento.
— Realmente? — Oryon olhou sua prole, sabendo Vali nunca reagia
exageradamente. E se ele sentiu uma ameaça, havia uma.
— Sim, meu Senhor. — Disse Kaspar.
— Você questiona o conhecimento de minha Senhora de mobiliário?
— Meu Senhor, eu sei que não deveria fazê-lo, por causa de sua
posição, mas quando se mostrou tão obviamente errada, senti que era
necessário corrigi-la. É compreensível, claro, quer dizer, ela é uma fêmea.
Oryon olhou silenciosamente para Kaspar antes de falar. — Você sabia
Mestre Kaspar, que o manno da minha Isis era o Mestre da Madeira para as
casa de Torino?
— Eu... — O olhar de Kaspar foi para Isis e ele a encontrou olhando
para ele, altiva e orgulhosa. — Não, meu Senhor, não sabia.
— Ele era um macho raro, Mestre Geb. Ele acreditava que sua prole
feminina deveria ser conhecedora e educada. Ensinou-lhe muitas
coisas. Uma delas foi o seu próprio ofício, o de trabalhar com adhmad. —
Oryon deixou suas palavras ecoarem antes de voltar para Isis. — Mostre-me
o que você descobriu, minha Senhora.
Isis olhou para Oryon por um momento, depois se virou para a peça
em questão. — Esta cadeira é feita de peine, uma madeira de baixa qualidade
que foi coberta com uma fina camada de Dair. — Ela apontou para as
diferentes madeiras enquanto falava. — Eu não acredito que o criador
pretendia que alguém acreditasse ser uma madeira sólida. Porque se quisesse,
ele colocaria um pedaço da madeira na base de cada perna para que
ninguém soubesse.
— No entanto, não fez isso. — Disse Oryon.
— Não, não fez.
— As outras peças? — Oryon deixou seu olhar percorrer a sala.
— Ainda não os inspecionei.
— Por favor, Isis, eu preciso saber com o que estamos lidando.
Inclinando a cabeça, Isis virou-se e começou a inspecionar cada peça
do hall de entrada da Casa Rigel. Ela sentiu sua raiva aumentar. Cada peça
nesta sala era a mesma que a cadeira... móveis de qualidade inferior. Por quê?
Oryon cruzou os braços sobre o peito e olhou silenciosamente
para Kaspar enquanto Isis inspecionava os móveis.
— Meu Senhor. — Começou Kaspar.
— Silêncio! — Ordenou Oryon. — Esperaremos para ouvir o que
minha Senhora tem a dizer.
— Mas meu Senhor!
— Você quer encontrar minha espada, Kaspar? — Oryon rosnou
∞∞∞
Oryon esperou até que Isis estivesse fora de alcance antes de falar. Seu
olhar percorreu cada macho, avaliando-os enquanto seu olhar os mantinha
no lugar. — Eu quero que falem sobre o que aconteceu hoje. Porque se
descobrir mais tarde que sabiam de algo e ninguém falou, serão tratados com
dureza por mim.
Um silêncio absoluto cumprimentou a declaração de Oryon. Todos os
machos sabiam que ele os forçaria a sair de sua Casa em desgraça se
descobrisse que estavam mentindo para ele.
— Jael. — Oryon voltou os olhos firmes para o jovem macho quando
ninguém falou.
Um leve tremor o percorreu visivelmente. — Sim... Sim, meu Senhor.
— Você, Fajr, Abir e Eben comerão primeiro, então, imediatamente,
irão para a câmara da minha Senhora onde farão o que ela
ordenar. Entenderam?
— Sim, meu Senhor. — Eles disseram como um.
— Então, o que estão fazendo aqui? — Oryon rugiu. — Vão! Todos
vocês!
Com suas palavras, eles saíram como um.
CAPÍTULO CINCO
∞∞∞
∞∞∞
∞∞∞
— Jago, quando voltarmos para Rigel, quero que você selecione uma
dúzia de guerreiros, os mais confiáveis.
As palavras de Oryon surpreenderam Jago enquanto caminhavam de
volta para a Casa Rigel. — Meu Senhor? — Perguntou.
— Você tem mais do que provado a si mesmo, confio no seu senso de
honra. — Os olhos de Oryon foram para ele. — Sua força interior é
impressionante. Todos nós temos coisas das quais se envergonhar. É como
lidamos com isso que nos torna os machos que somos. — Naquele
momento, Oryon percebeu que precisava confessar a Isis o que ele
fez. Porque se não o fizesse, todo o seu futuro juntos seria baseado em uma
mentira que poderia destruí-los.
— Meu Senhor? — Perguntou Jago, sem saber onde os pensamentos
de seu Senhor foram.
— As coisas mudarão na Casa Rigel, Jago. Minha Isis se envolverá na
forma como a nossa Casa é dirigida a partir de agora. Ela terá permissão para
se mover livremente pela Casa, mas ela ainda precisará ser protegida e é aí
que você entra.
— Eu, meu senhor? — Perguntou Jago.
— Sim. Você será o Capitão da Guarda da minha Senhora. — Disse-
lhe Oryon.
— Eu? — Jago parou atordoado ao lado de seu Senhor.
— Você. — Repetiu Oryon, virando-se para olhar para o macho. —
Não será uma tarefa fácil a que estou lhe atribuindo. Haverá muitos que
criticarão suas ações. Você vai fazer algo que nenhum macho em Betelgeuse
já teve e isso inclui-me. Você irá interagir diariamente com uma fêmea com
a qual não irá se unir. Precisará entrar em contato com o Guerreiro Agee, o
Capitão da Guarda da Rainha Lisa e pedir seu conselho. Ele saberá o que é
preciso para proteger uma fêmea exigente e sem dúvida Jago, minha Isis será
exigente.
— Eu... meu Senhor... estou honrado.
— Veremos o quão honrado você se sente quando suas ações não forem
apenas questionadas por mim, mas por minha prole masculina, que, acredite,
o observará de perto.
— Eles terão o direito de me destituírem? — Perguntou Jago.
— Não. Quando se trata da segurança da minha Isis, o único que pode
fazê-lo sou eu.
— Nem mesmo Ull? — Jago pressionou, sabendo que como o futuro
Senhor, Ull ele teria o direito.
— Nem mesmo Ull. — Respondeu Oryon.
— Então não terei nenhum problema em lidar com eles, meu Senhor.
Oryon sorriu para a confiança de Jago. O macho percorreu um longo
caminho desde que se apresentou a Oryon para treinar. Ele agora era um
guerreiro que Oryon estava orgulhoso de dizer que era de sua Casa.
— Meu Senhor...
O olhar de repente preocupado no rosto de Jago fez Oryon franzir a
testa. — O quê?
— Fumaça. — Jago apontou para trás de Oryon. — Vindo da
Casa Rigel!
Girando, Oryon observou a área onde Jago apontou. Lá, apenas a fuga
mais fina de fumaça vinha de um lugar do qual nunca deveria vir.
— Isis... — Oryon sussurrou e depois saiu correndo em direção a sua
casa.
∞∞∞
∞∞∞
tornará um guerreiro forte o suficiente para servir esta Casa, se não consegue
controlar uma tigela! — Depois de lançar palavras cheias de ódio
para Galal, Kaspar saiu pela porta e para liberdade.
∞∞∞
Isis fez um círculo lento na sala que tinha muitas lembranças para
ela. Agora estava vazia. Sorrindo, ela se abraçou. Ela fez isso! Realmente fez
isso! Foi capaz de se mover além das restrições que uma vez fora
colocada sobre ela e ao fazê-lo, descobriu a fêmea que realmente deveria ser.
Não podia esperar para esvaziar o restante deste andar e espalhá-lo por
todo Rigel. Vali ficou espantado com o que viu visto apenas nesta sala, o que
pensaria quando visse o restante?
Entrando no que foi uma vez sua câmara privada, ela olhou para as
coisas lá. A maioria eram itens que Oryon lhe deu, alguns ela gostava...
outros... não tanto, mas sempre os aceitou, porque ele pensou em dar a
ela. Pegando os que mais gostava, voltou a levá-los para sua nova Casa.
Ela tomou seu tempo selecionando o local perfeito para cada item. Um
belo pedaço de vidro estava no peitoril da janela, capturando a luz e enviando
fragmentos de cor em toda a sala. Oryon deu-lhe depois da apresentação
de Ull.
Outra era uma escultura de pedra de um guerreiro, sua espada
levantada, pronta para atacar. Esta era uma peça que Isis nunca gostou. A
expressão do guerreiro era muito rígida, também sem emoção. Era como
se não incomodasse com a morte. Oryon deu-lhe durante seu primeiro ano
ali, um pouco depois da morte de seu manno, tornando-o Senhor.
Seu primeiro instinto foi recusá-lo, deixando-o saber que não era algo
que ela gostava. Então, Oryon contou a ela que era dada ao primeiro macho
de um Senhor, o futuro Senhor. Foi concebido para lembrar o macho que se
ele fosse um Senhor bem sucedido, precisaria manter-se forte e vigilante. O
manno de Oryon deu-lhe momentos antes de sua morte, mesmo que seu
irmão estivesse morto há anos.
Isis descobriu que não poderia recusar o presente depois disso. Ela
sentiu vergonha de admitir que estava aliviada pelo manno de Oryon ter
morrido. Nunca gostou do macho. Ele sempre via Oryon como um macho
abaixo de seu irmão. Era algo que Isis nunca entendeu, porque
seu Oryon era tudo que um Senhor deveria ser e não era nada parecido com
aquele frio guerreiro de pedra. Virando-o levemente, Isis sabia exatamente
onde queria colocar a última peça.
Entre as duas grandes janelas estava a mesa de Oryon. Era uma mesa,
com vários níveis para armazenar coisas. Algumas tinham portas e
outras não. Caminhando até ela, deixou seus dedos trilharem a superfície lisa,
desfrutando de sua sensação sedosa. Esta era a mesa privada de um
Senhor. Havia papéis espalhados por sua ampla superfície, notas sobre
horários de treinamento e lembretes de coisas que ele precisava fazer.
A mesa de seu macho era cheia de coisas que precisavam de sua
atenção, coisas que ele queria fazer. Isso a fez sorrir para perceber que os
dois machos mais importantes de sua vida tinham tanta coisa em comum e
ela sequer percebeu isso.
Bem, agora, eles teriam uma coisa mais em comum. Inclinando-se para
frente, colocou a antiga escultura da Deusa no topo da mesa de Oryon,
centralizando-a para que a Deusa o olhasse amorosamente enquanto
estivesse sentado ali.
Na verdade, ela estava olhando para a minúscula prole que segurava
em seus braços. O manno de Isis disse a ela como era sua linhagem antes da
grande infecção e que acreditava que os machos foram abençoados com
descendentes femininas. Seu próprio manno teve uma fêmea
depois da apresentação de Geb e enquanto Isis nunca a conheceu,
seu mano falava com carinho dela.
Isis rezava todas as noites a esta intrincada escultura. Na primeira vez,
ela orou para que a Deusa lhe permitisse dar Oryon prole feminina, algo que
em seu coração ainda desejava. Mais tarde, quando a prole com que a
Deusa a abençoou cresceu, suas orações mudaram. Começou a orar pela
Deusa para fornecer-lhes fêmeas boas.
Curvando a cabeça, Isis agradeceu a Deusa por todas as bênçãos que
concedeu aos seus machos e pediu ajuda para Ull encontrar seu
caminho. Virando, roçou vários papéis com a manga, espalhando-os pelo
chão.
Balançando a cabeça, Isis ficou de joelhos, juntando os papéis. Quando
estava prestes a se levantar, viu que um deslizou para baixo da
mesa. Rastejando até o final da mesa, ela finalmente alcançou o papel
desgarrado e começou a voltar. Isis começou a se levantar e atingiu a parte
de trás da cabeça na extremidade da mesa.
— Ouch! — Ela estendeu a mão para esfregar a pequena protuberância
∞∞∞
∞∞∞
dizendo, então abaixou os olhos quando o olhar de Vali se virou para ele. —
Sinto muito, Guerreiro Vali.
— Porque você está se desculpando? Está falando verdade.
— Sim, mas ainda não conquistei o direito de falar com um guerreiro.
— Ele disse calmamente.
— Quem disse isso? — Exigiu Vali. Isso estava errado. Enquanto um
jovem mostrasse respeito, ele podia falar com quem quisesse.
— Mestre Kaspar. — Admitiu Jael a Vali.
— Ele está errado, Jael. — Vali esperou, mas quando Jael não disse
nada e seus olhos se abaixaram, ele percebeu que havia algo de errado ali,
muito mais do que pensava. — Olhe para mim Jael!
O olhar de Jael imediatamente foi para Vali.
— Eu não sei o que o Mestre Kaspar ensinou a você, a nenhum de
vocês. — Os olhos de Vali foram para os outros três jovens na sala. — Mas
você tem o direito de conversar com qualquer macho que desejar, desde que
demonstre respeito. Porque de que outra forma poderá aprender com ele?
— Eu... — Jael olhou para seus amigos.
— Fale livremente Jael. — Ordenou Vali.
— O Guerreiro Kaspar assegurou-nos que não nos permitiria
continuar com nosso treinamento se não fizéssemos o que ordena. Que
Lorde Oryon sempre concorda com suas recomendações.
Vali não podia acreditar que Jael realmente acreditava nisso. — Você
realmente acredita em seu Senhor, um macho digno o suficiente para que
uma fêmea permaneça com ele toda sua vida, seguiria cegamente as
recomendações de qualquer macho?
— Eu... — Os olhos de Jael se arregalaram. — Não, meu...
Guerreiro Vali... o meu Senhor nunca faria isso.
— Ótimo, então sabe que você pode falar com guerreiros
e eu conversarei com o Guerreiro Kaspar sobre... — Uma explosão abafou o
restante das palavras de Vali.
∞∞∞
∞∞∞
∞∞∞
Kaspar não podia acreditar na sua sorte. Levou algum tempo, mas
conseguiu chegar à ala do Senhor sem ser visto. Mesmo os guerreiros que
normalmente guardavam as portas principais foram ajudar a combater o
fogo que ele começou. Não planejou a explosão, esqueceu-se do buama
que escondeu em um armário. Era normalmente uma substância muito
estável, mas quando exposta a altas temperaturas, explodia.
Embora não fosse o que planejou, acabou sendo uma benção da
Deusa, pois abriu caminho para sua fuga. Empurrando a porta externa
para as câmaras de Oryon, ele entrou. Agora, tudo o que precisava fazer era
pular uma das janelas do primeiro andar e poderia desaparecer.
— Oryon? É você?
Ao ouvir a voz da fêmea, Kaspar girou.
CAPÍTULO SETE
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de que algo errado retornou com uma vingança. — Shen! Proteja esta área! O
restante de vocês. — Ele olhou para sua prole. — Vocês, venham comigo.
— Sim, meu Senhor. — Shen respondeu para o espaço vazio porque os
machos da Casa Rigel já haviam saído.
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Kaspar sorriu quando Isis desmaiou no chão. Agora é assim que você trata
uma fêmea. Ele pensou e então olhou ao redor da sala. Ainda tinha
tempo. Talvez devesse fazer uso dela antes de partir. Isso mostraria
a Lorde Oryon, que realmente era o Guerreiro mais apto. Quando deu um
passo em direção a ela, a porta da Câmara se abriu e Oryon entrou.
Com o coração acelerado de medo, Oryon viu Isis caída no chão,
inconsciente, com Kaspar avançando sobre ela. A raiva que encheu Oryon ia
além de qualquer coisa que já sentiu em sua vida e ele se lançou contra o
outro macho.
Kaspar tropeçou de volta sob a furiosa investida do ataque
de Oryon. Ele tentou proteger-se dos golpes do macho mais velho, mas para
cada um que ele bloqueava mais dois o acertavam, o último deixando
Kaspar de joelhos. Olhando para o seu Senhor, Kaspar estava pronto para
pedir piedade, mas nunca teve a chance, pois Oryon lhe deu um soco na
garganta, esmagando sua traqueia.
Sem emoção, Oryon olhou para o macho a quem acabou de dar
um golpe mortal. Kaspar caiu a seus pés, os dedos agarrando seu pescoço,
tentando respirar. Seus olhos imploraram a Oryon por uma misericórdia
que Oryon nunca daria.
— Manno! — A chamada de Vali fez Oryon virar as costas para o
macho moribundo e correr para Isis.
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Isis lutava para encontrar o caminho para fora do nevoeiro que parecia
determinado a cegá-la. Em frente, uma leve luz tentava guiá-la, mas a névoa
tentava bloqueá-la.
— Continue vindo. — Uma voz melódica encorajou Isis, a
surpreendendo. — Venha se quiser a vida pela qual sempre orou.
— O quê? — Isis perguntou com seus olhos procurando a voz, mas via
a neblina.
— Depressa. — A voz disse novamente. — Ou perderá tudo.
Isis não sabia sobre o que a voz estava falando, mas sabia que não
queria perder aquilo pelo qual lutou tanto. Confiando na voz, ela correu em
direção à luz que ficava mais brilhante quanto mais perto
chegava. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, a névoa
finalmente a soltou e ela foi cercada por uma luz incrível.
— Levou tempo suficiente, criança. — Disse a voz.
Olhando ao redor, Isis encontrou a fonte da voz. Ficando de joelhos,
inclinou a cabeça. — Deusa. — Isis sussurrou reverentemente.
— Levante-se criança. — Disse a Deusa, estendendo a mão para ajudá-
la.
Depois de um momento de hesitação, Isis segurou a mão da Deusa e
um calor incrível a encheu. Tudo ficou repentinamente nítido e claro, havia
cores que ela nunca viu antes e um cheiro diferente, mas todos a
confortavam.
— Como você me confortou por muitos anos, foi a única que me deu
esperança Isis.
— Esperança? — Isis deu-lhe um olhar confuso.
— Sim, de que o povo Torniano valia a pena salvar.
— Eu... — Isis não sabia o que dizer. O que ela poderia ter feito para
chamar a atenção da Deusa?
— Você se recusou a deixar o macho de sua escolha, mesmo que
muitos a condenassem por isso. — A Deusa informou.
— Como eu poderia deixá-lo? — Isis perguntou. — Teria me destruído
me unir a outro.
— Como fez a sua mãe. — A Deusa a olhou com olhos
conhecedores. — Ela tinha sentimentos muito fortes por seu manno e eu
tinha esperanças, mas ela se permitiu ser tentada por coisas. — A Deusa disse
a palavra coisas como se deixasse um mau gosto em sua boca.
— Seu manno a influenciou muito. — Isis não sabia por que estava
defendendo sua mãe, mas sabia, enquanto seu manno nunca a perdoou, ele
continuava tendo fortes sentimentos por ela.
— Em beneficio próprio. — Disse a Deusa.
— Ela ganhou algo deixando meu manno?
— É claro. — Os olhos da Deusa suavizaram. — Você não percebeu.
— Não. Minha mãe?
— Apenas descobriu tarde demais. — A Deusa a informou.
— Foi por isso que ela ficou tão amarga. — A mente de Isis voltou para
todas as coisas que sua mãe lhe disse. Quão duro ela tentou fazer com que
Isis deixasse Oryon.
— Sim. — A Deusa concordou.
— Meu mano sabia?
— Sim.
— Foi por isso que ele disse que me apoiaria se eu quisesse ficar com
apenas um macho. — Isis agora tinha uma melhor compreensão de algumas
das coisas que seu manno lhe dizia.
— O Guerreiro Geb era um macho verdadeiramente apto e digno.
— Ele era. — Isis concordou, reconhecendo o incrível tributo que a
Deusa acabou de conceder a seu manno.
— Você era minha última esperança, Isis. — Disse a Deusa baixinho.
— Eu? — Isis não conseguiu esconder sua surpresa.
— Sim. Porque se você tivesse escolhido outro, se Oryon a forçasse a dar
seu dom para outro, então eu abandonaria toda a esperança com relação
ao povo Torniano, mas você não fez e ele também não. Por isso, eu permiti
que fêmeas compatíveis fossem encontradas.
— Mas... — Isis franziu o cenho para ela.
— Você questiona minha decisão? — A Deusa ergueu uma sobrancelha
e a música cessou.
Isis olhou para Deusa. Apenas semanas atrás, ela não teria sido
corajosa o suficiente para questionar as ações da Deusa. Agora, por causa do
apoio e aceitação que encontrou naquelas que a Deusa chamava de
compatíveis, Isis sentia que precisava fazê-lo. — Kim sofreu.
— Foi necessário... —A Deusa começou e ficou chocada quando foi
cortada.
— Não! Não era! — Isis apontou o dedo para a Deusa. — Você é uma
Deusa! Poderia ter impedido isso! Quando permite algo assim, não é
diferente daqueles que ajudaram o Imperador Lucan!
— Como você se atreve! — O universo escureceu com a raiva da Deusa.
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Neblina cercou Isis novamente, mas desta vez não havia luz, nem
voz. Não espere... havia uma voz, mas não era a Deusa. Quem era?
... minha vida não tem sentido sem você nela...
Ela conhecia aquela voz. Oryon! Sem outro pensamento, ela foi em
direção à voz, porque ela sabia sem ele, ela não era nada.
— Oryon...
Todos os machos no quarto congelaram ao ouvir o fraco sussurro de
sua mãe, então observaram com espanto quando seus olhos se abriram,
procurando imediatamente por seu manno.
— Por que você está chorando, meu amor? — Isis sussurrou se
esticando para limpar as lágrimas que não pertenciam ao rosto de seu macho.
— Eu pensei ter perdido você. — Oryon enterrou o rosto no pescoço
dela.
— Você nunca poderia me perder. — Ela prometeu acariciando seu
rosto. E de repente, percebeu que eles não estavam sozinhos e seu olhar se
encontrou com sua prole olhando-os atentamente. Ela percebeu o estado
desgrenhado e tudo veio correndo de volta para ela. — Kaspar! O fogo!
— Ambos foram cuidados. Não há nada com o qual você deva se
preocupar. — Oryon rapidamente a tranquilizou. — Apenas precisa
descansar.
— O fogo acabou? Todo mundo está seguro? — Isis continuou
perguntando, seus olhos foram para sua prole, vendo as coberturas cheias de
fuligem, procurando por ferimentos.
— Sim, assim como nossa casa e prole. — Oryon sabia que era o seu
verdadeiro medo, que algo houvesse acontecido com sua prole. — Descanse
Isis, estarei aqui quando você acordar.
Quando sua mão foi sobre o coração de Oryon, ela deixou sua batida
constante tranquilizá-la e dormiu.
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FIM...