Você está na página 1de 4

O método e os maximizadores da PREPARAÇÃO

Na maioria das igrejas, a formula de se fazer professores é a seguinte: Exortação + sentimento


de culpa + revista trimestral da escola bíblica dominical = treinamento.

De alguma forma nós, na igreja, aceitamos a ideia de que o treinamento não é prioritário.

Mas fora da igreja, lá no mundo, acontece exatamente o oposto.

Cristo dedicou o cerne do seu ministério preparando seus discípulos. Deus quer que
concentremos nosso esforço básico no treinamento de nossos alunos e professores.

Para descobrir o verdadeiro que uma organização, uma escola, uma igreja têm com
treinamento, repare no tempo e nos recursos financeiros e humanos que ela investe treinando
seu pessoal.

Sempre que dermos tenção e devotarmos recursos chaves à preparação dos santos,
multiplicaremos grandemente o perene frutificar dos mesmos no Reino de Cristo.

O Método da Preparação

“Se você deseja um produto perfeito, aperfeiçoe, então o processo subjacente” Wilkinson

Os cinco passos do modelo de preparação são universais e se aplicam a qualquer pessoa, em


qualquer lugar, com quaisquer alunos, com qualquer habilidade. Eis, a seguir, os cinco passos:

INSERIR TABELA

Primeiro Passo: Instruir

Devemos “instruir” os alunos passando-lhes os fatos básicos e a informação relativa a essa


capacitação.

A instrução é o primeiro passo para se aprender qualquer coisa.

Ao final desse passo, nossos alunos devem saber bem como funciona aquilo que você está lhes
ensinando.

Segundo Passo: Exemplificar

O segundo passo de uma habilidade é o “exemplificar” para os alunos como ela é quando está
sendo utilizada.

“Exponha-os” ao uso da informação do primeiro passo, praticando a habilidade.

“Precisamos evitar pensar que o processo de preparação é simplesmente capacitar alguém


para repetir uma informação memorizada”. Wilkinson

Terceiro Passo: Envolver

A essa altura eles precisam “experimentar” a praticá-la por si mesmos.

Oriente-os numa aula “prática”, de forma que passem do “eu entendo” para o “estou vendo”, e
afinal para o “estou fazendo”.
Esteja próximo deles incentivado novas tentativas, esse passo é o importante pivô do método
de preparação.

Ele determina, em grande escala, o grau de sucesso que os alunos acabarão tendo.

“Precisamos dar atenção especial ao progresso e à estabilidade emocional dos alunos”


Wilkinson

Um aluno normal é cheio de insegurança e ansiedade, portanto demonstre apreço com relação
a tudo que seus alunos fazem.

Ao terminar esse passo os alunos deveram estar “curtindo” esse processo e sentindo um
gostinho de “quero mais”!

Quarto Passo: Aperfeiçoar

Precisamos “aperfeiçoar” essa habilidade que o aluno agora tem.

Eles precisam desenvolvê-la de forma mais “eficiente”, repetindo diversas vezes.

A partir de agora eles estarão entrando no estágio do “estou ficando melhor nisso”.

Para adquirirmos essa habilidade todos nós temos de passar do noviciato ao estágio
intermediário, daí ao nível de especialista, e até o nível de campeão.

Não devemos dar as informações mais avançadas no primeiro passo (instruir) pois elas só têm
utilidade depois que a pessoa amadurece o suficiente para fazer uso delas.

Quinto Passo: Inspirar

O passo final no ensino de uma habilidade é “inspirar” os alunos a continuarem, encorajá-los a


não apenas aplica-la na prática, mas também “passá-las a outros”.

Devemos conduzi-los do “eu entendo” para o “eu estou vendo” e em seguida para o “eu estou
fazendo”, e para o “eu estou ficando melhor nisso”, até o estágio do “vou continuar
praticando”.

2. Os Maximizadores da Preparação

Maximizador 1: Treine seus alunos até que sejam usuários bem-sucedidos e independentes
de uma determinada habilidade

O professor precisa preparar o aluno até que ele saiba utilizar adequadamente essa função na
prática.

Se nossos alunos se desesperarem ansiando o final do curso e, se ao concluírem, se mostrarem


menos interessados na matéria de que quando começaram a estuda-la, teremos falhado
profundamente.

Se o alunos, mesmo gostando da matéria, forem incapazes de utilizar-se dela até o final do
curso, teremos fracassado tão horrivelmente quanto no caso anterior.

Maximizador 2: Reproduza-se concentrando a atenção nas habilidades dos alunos, não no


seu próprio estilo

A reprodução do estilo próprio gera santos sem profundidade pessoal.


Nossa responsabilidade como professores , é treinar os alunos a se utilizarem eficazmente da
habilidade que lhes foi transmitida, nos l imites de sua personalidade e temperamento.

Jamais permita que seus alunos copiem seu estilo de comunicar, seu método e seus gestos.

Maximizador 3: Altere o processo de preparação de acordo com as características e


circunstâncias peculiares dos alunos.

Uma utilização da habilidade adquirida dependerá não somente do conhecimento, da prática e


da experiência dos alunos, mas também de suas capacidades inatas.

Ao prepararmos alunos, precisamos alterar o curso de nossos objetivos e planos de aula de


acordo com as características e circunstâncias de cada um.

Maximizador 4: Aumente a motivação dos alunos através do relacionamento, da punição e


da recompensa

O objetivo de motivar os alunos é “inspirá-los” a buscarem dedicadamente a capacitação com


maior determinação e entusiasmo.

Os três principais elementos que os levarão a ação são os seguintes:

. o relacionamento com outra pessoa ou entidade;

. o receio de punição ou sofrimento;

. a esperança de recompensa, prazer ou benefício.

Os professores eficientes se utilizam dos três!


Avalie as três ou quatro últimas aulas que deu. Com que frequência você ajuda seus alunos
conscientemente a aprenderem, abanando por assim dizer as chamas do desejo de aprender?
Quantas vezes você usou recompensas, punição e relacionamento?
Veja o exemplo de Cristo:
. Qual é a punição para aqueles que rejeitam a Cristo? O sofrimento eterno.
. Qual a recompensa para aqueles que aceitam a Cristo? Eterno deleite no céu.
. O que é que Cristo disse que o relacionamento advindo do fato de o amarmos deveria nos
levar a fazer? Obedecer aos seus mandamentos.
Professores eficientes são os que mais se parecem com Deus, ao motivarem seus alunos
através do relacionamento, da punição e da recompensa.
Maximizador 5:Cuide das questões elementares antes de desenvolver habilidades mais
avançadas
Quanto mais firmemente os alunos tiverem dominado as atividades elementares e básicas,
tanto melhor e mais rapidamente estarão aptos a aprender e a utilizar as habilidades mais
avançadas.
Precisamos observar a regra básica que é verificar se os alunos dominam o mínimo necessário
antes de passarmos a técnicas e habilidades mais avançadas.
Se não estivermos atentos poderemos acreditar que a ideia básica é dar matéria e não
procurar fazer com que todos os alunos a dominem.
Maximizador 6: Incentive os alunos com maior frequência durante o início do processo de
treinamento
Sempre que as pessoas estão na eminência de aprender uma nova habilidade, normalmente
experimentam um certo nível de ansiedade e medo, que pode prejudicar o impacto do
ensinamento.
Interessante que até Josué sentiu medo e dúvida antes de assumir o comando do povo de
Israel. Da lição em Josué 1 podemos tirar cinco princípios de encorajamento:
1. Prometa-lhes sua presença (v.9);
2. Prometa-lhes sucesso, eles serão bem sucedidos (v.3);
3. Prometa-lhes vitória sobre as partes mais difíceis (v.5);
4. Prometa-lhes sucesso se fizerem a parte que lhes cabe (V.7);
5. Mostre-lhes que pela habilidade terão sucesso (v.8).
Maximizador 7: Reafirme o valor de seus alunos independentemente do nível de seu
desempenho
Se nos limitarmos a mostrar apreço àqueles que conseguem altos níveis de realização, seremos
como os fariseus que apenas saudavam os ricos e desvalorizavam a oferta da viúva.
Precisamos incentivar os alunos nessas cinco áreas de desempenho:
1. O esforço feito;
2. O grau de melhoramento;
3. A demonstração de espírito de equipe;
4. Os créditos extras e os treinamentos não exigidos;
5. Um desempenho notável.
Mateus 25 nos mostra o ensino de Jesus sobre esse assunto.
No verso 15 vemos que ele deu talentos diferentes, no verso 19 ele coloca esse talento a prova
e ele os recompensa conforme sua capacidade e não quantidade (vs. 21 e 23).
Conclusão
Qual o impacto na vida que foi investida em preparação?
Veja a história de Howard Hendricks.
Jamais subestime o impacto eterno de seu ensinamento. Jamais diga:
“Essa classe não irá fazer muita diferença!”
Na próxima oportunidade que você entrar em sala de aula, agarre bem a sua tocha e reafirme
seu compromisso de ministrar, e ateie esse fogo naqueles que esperam por você!

Você também pode gostar