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CONCENTRADOS PROTÉICOS

Principais concentrados protéicos utilizados:


Farelo de soja
Farelo de algodão
Farelo de canola
Grão de soja
Caroço de algodão
Farinha de carne e ossos
Farinha de peixe
Levedura
PROTEÍNA EM RAÇÕES DE VACAS EM LACTAÇÃO

ƒ PL (kg/dia) = 0,8 IMS + 2,5 PB – 0,05 PB2 – 9,8


ƒ PL máxima = 23% PB
ƒ PL aumenta 2,8kg quando PB aumenta de 14 para
18%

PBL (g/dia) = 17,71 IMS + 55,6 PB – 1,26 PB2 + 31,8


PBL máxima = 22% PB

NRC (2001)
ALIMENTAÇÃO DE VACAS LEITEIRAS

ƒ PL (kg/dia) = 1,15 IMS + 8,79 PDR – 0,36 PDR2 +


1,85 PNDR - 55,61

ƒ PL máxima = 12,2% PDR

ƒ PL aumentou linearmente com o teor de PNDR

PBL máxima = 12,2% PDR

ƒ O NRC (2001) estimou uma exigência de PDR de


10,2%.
PEREIRA, 2002:

vacas lactantes; silagem de milho


40% conc (1) e 30% conc (2)

Níveis de PB (% MN)
Itens
20,0 23,0 26,0 29,0
PL (Kg/dia)1 24,35 25,65de PB 27,08
Níveis (% MN) 27,23
PL (Kg/dia)2 18,03
20,0 19,21
23,0 19,47
26,0 19,49
29,0
CMS (kg/dia) 18,00 18,92 19,11 19,32
CMS (%PV) 3,23 3,38 3,42 3,48

1 – Terço inicial da lactação; 2 – Terço médio da lactação


Composição químico-bromatológica:

Algodão MS PB FDN LIG EE Ca P NDT

Farelo 89,75 28-43 43,68 10,69 1,61 0,24 0,77 65,77

Caroço 90,78 23,13 44,98 5,51 18,84 0,26 0,87 82,86

Valadares Filho et al., 2002 - CQBAL 2.0


Farelo de algodão

ƒ Obtido a partir da extração do óleo

Problema:

Ração para bovinos de leite com 20% de PB

? ?
Farelo de algodão 28% Farelo de algodão 38%
Caroço de algodão

ƒ EE – limitação de uso (afeta consumo)

Recomendação: 3,0 a 3,5 Kg/dia


10 a 20% na MS total

ƒ Gossypol (pigmento amarelo): da espermatogênese em


touros
OBS: Farelo possui < quantidade que o caroço
(processamento - ºT)
VILLELA et al. (1996)
silagem de milho
1 kg conc p/ cada 2,5 kg de leite
0, 10, 20 ou 30% de caroço de alg. no concentrado

Caroço de Algodão (%MS conc)


Itens
0 10 20 30
CMS (%PV) 3,0 3,1 3,1 2,8
PL (Kg/dia) 20,1 19,1 18,2 19,6
Composição químico-bromatológica:

Algodão MS PB FDN LIG EE Ca P NDT

Farelo 88,56 47,64 14,81 2,32 1,63 0,33 0,58 82,20

Grão 90,76 38,73 13,96 - 19,87 0,35 0,56 90,0

Valadares Filho et al., 2002 - CQBAL 2.0


RABELLO et al. (1996)

silagem de milho
1 kg conc. p/ cada 2,5 kg de leite produzido
0, 15, 30 ou 45% grão de soja moído no conc.

Grão de soja (%MN conc)


Itens
0 15 30 45
CMS (%PV) 3,3 3,1 3,0 3,2
PL (Kg/dia) 22,2 20,9 21,0 21,4
DERESZ et al. (1996)

silagem de milho
16 kg/dia conc.
0, 20 ou 40% grão de soja triturado no conc.

Grão de soja (%MS conc)


Itens
0 20 40

CMS (%PV) 3,4 3,1 3,4

PL (Kg/dia) 28,6 28,9 28,7


Farelo de soja

ƒ Obtido a partir da extração do óleo do grão de soja

Grão de soja
ƒ EE – limitação de uso
Inibidor da TRIPSINA Sem efeito para
ruminantes
ƒ Recomendação: 2,0 a 2,5 Kg/vaca/dia

Leite de soja
ƒ Grão moído + água, na proporção 1:9, aquecido por 2 h à
ºT > 60º
Imaizumi et al., 2002:
42 vacas holandesas
32 Kg/leite/dia
45,98% de silagem de milho na MS total
Fº de algodão em substituição ao Fº de soja
TRATAMENTOS (% MS)
PARÂMETROS
FS 15% FA 30% FA
CMS (Kg/dia) 21,52 22,26 21,71
LEITE (Kg/dia) 34,79 33,49 33,42
% PTN 2,91 2,83 2,83
% GORD 3,49 3,81 3,91
VPV (Kg) 15,08 8,79 9,39

ƒ A utilização do FA em substituição ao FS mostrou-se inadequada


nos teores estudados, pois ocorreram <s produções de leite e ptn,
além de maior perda de condição corporal dos animais.
Brito et al., 1997:
30 machos inteiros Canchim x Nelore
7 meses e 210 kg de PV inicial
confinados por 84 dias
volumoso: silagem de milho (60 % da MS total)

Farelo de algodão
8,05 8,05

Farelo de soja
6,14 CMS (kg/dia)
Grão de soja

1,38 1,38
1,05 GMD (kg/dia)
Moletta et al., 1999:
19 Novilhos Canchim x Nelore
12 meses e 245 kg de PV inicial
confinados de 11/07/96 a 11/02/97
volumoso: silagem de milho à vontade
concentrado 1% do PV

Composição dos concentrados Desempenho dos animais


T1 T2
T1 T2
69% milho grão moído 61% milho grão moído

20% grão de soja moído 20% caroço de algodão CMS (% PV) 1,88 1,87

10% farelo de soja 18% farelo de soja

1% sal mineral 1% sal mineral GMD (kg) 1,07 1,11


Resumo de alguns trabalhos da literatura nacional
sobre a utilização de concentrados protéicos para
bovinos de corte.
PVi CMS (% PV
FONTES TRATAMENTOS An. DIAS GMD (kg/dia)
(kg) ou kg/dia)
M
SAMPAIO FA; FS; Grão de 9,17; 9,17; 1,26; 1,26;
Can 320 84
(1997) soja 7,45 1,08
x Nel
FA; Grão soja
ZANETTI M 8,34; 7,37; 0,96; 0,76;
tostado; Grão 340 112
(1997) Cruz 7,38 0,78
soja cru
SAMPAIO M
Grão soja; FS 390 94 10,00 1,14; 0,92
(1995) Cruz
OBEID e
Grão soja; M 0,66; 0,50;
GOMIDE 230 111 5,39
Uréia; Biureto Azeb 0,39
(1979)
PRADO e
MARTINS FA; F. canola F Nel 225 98 2,4 0,86; 1,05
(1999)
D`OLIVEIRA
FS; F. canola F Nel 250 70 2,62 1,07
(1995)

Adaptado de Valadares Filho et al., 2002


Proporção dos ingredientes constituintes das rações
experimentais em na base da matéria seca (% MS).

Concentrados
Ingredientes
I (FS) II (FA 38) III (FA 28) IV (U)
Milho 43.67 29.81 15.42 62.01
Farelo de Soja 41.61 14.39 19.77
Farelo de Trigo 10 10 10 10
F. Algodão 38 55.47
F. Algodão 28 55.47
Uréia / SA 1.5 1.5 1.5 5.0
Mist. Mineral 3.22 3.22 3.22 3.22
Pina et al. (2004)
Médias, probabilidades (P) e coeficientes de variação (CV) para o
consumo de matéria seca (CMS), produção de leite (PL) e teores
de proteína bruta (PB) e gordura (GL) e variação no peso vivo
(VPV), obtidos para vacas alimentadas com diferentes fontes de
proteína no concentrado.

Itens Tratamentos
CV
T 1 (FS) T2 T3 T 4 (U) P
(%)
(FA38) (FA28)
CMS (Kg/d) 19,49 a 19,49 a 19,56 a 18,56 a 5,30 n.s

CMS (%PV) 3,91 a 3,64 a 3,96 a 3,71 a 5,30 n.s


PL (Kg/d) 24,92 a 24,38 a 23,63 a 24,09 a 3,88 0,0986
PB (%) 3,13 a 2,84 b 3,01 ab 2,99 ab 4,41 0,0078
GL (%) 3,91 a 3,64 a 3,96 a 3,71 a 1,58 n.s
VPV (Kg/d) 0,659 a 0,409 a 0,386 a 0,886 a 118,47 n.s

Pina et al. (2004)


Farinha de peixe

Composição químico-
bromatológica:

MS PB NNP NIDN NIDA EE CHO CZ NDT Ca P

92,41 58,81 1,15 1,47 0,77 9,40 9,63 22,24 69,91 6,80 3,72
Valadares Filho et al., 2002 - CQBAL 2.0

ƒ Valor máximo de sal permitido = Recomendação:


10%
5% no cc
ƒ Possui ptn de degradação ruminal
3% na MS total
ƒ Ácido graxo ramificado 0,5 Kg/dia
(clupanodônico) = cheiro
Farinha de carne
e ossos

Composição químico-
bromatológica:
FARINHA MS PB NNP EE CHO CZ NDT Ca P

CARNE 91,96 51,25 - 12,42 6,76 28,32 53,51 10,39 4,90

CARNE E OSSOS 93,09 45,11 20,79 11,6 5,93 38,11 - 13,07 6,21
Valadares Filho et al., 2002 - CQBAL 2.0

ƒ Principal função = fornecer Ca e P Recomendação:


ƒ Possui ptn de degradação ruminal 5% no cc
Farinha sangue

Composição químico-
bromatológica:

MS PB NNP NIDN NIDA EE CHO CZ NDT Ca P

90,57 84,68 9,77 0,0 0,0 1,70 7,89 4,22 86,67 0,23 0,17
Valadares Filho et al., 2002 - CQBAL 2.0

ƒ Possui ptn de degradação ruminal e Recomendação:


de digestibilidade intestinal 3% no cc
Utilização de uréia

ƒ Fonte mais barata de N para


os ruminantes

recomendações de uso não bem definidas


níveis mais elevados x desempenho animal
redução dos custos com alimentação

Proteína é o nutriente de maior custo na ração


Oliveira et al., 2001:

16 vacas holandesas em lactação


60% de silagem de milho
14% de PB na ração

Níveis de uréia (% MS total)


Variáveis
0 0,7 1,4 2,1
Leite (Kg/dia) 20,11 19,31 18,57 17,5
Leite 3,5% (Kg/dia) 23,12 21,95 21,36 19,97
% Gord. 4,43 4,36 4,45 4,39
% Ptn 3,43 3,42 3,42 3,23
Silva et al., 2001:

15 vacas mestiças (HxG)


60% de silagem de milho
13,46% de PB na ração

Níveis de uréia (% MS total)


Variáveis
0 0,7 1,4 2,1
CMS (Kg/dia) 16,14 16,49 11,64 11,93
CMS (%PV) 3,29 3,09 2,47 2,35
Leite 3,5% (Kg/dia) 21,18 24,92 20,63 18,83
% Gord. 4,65 4,50 4,29 3,90
% Ptn 3,22 3,55 3,07 2,69
NÍVEIS DE URÉIA EM RAÇÕES DE VACAS LEITEIRAS

TABELA 9 – Substituição parcial do farelo de soja por uréia e


palma forrageira no desempenho de vacas
holandesas em lactação

% de uréia na MS
0,0 0,80 1,54 2,40
Itens Equações
% de PB na forma de NNP
2,31 4,65 6,66 8,02
PL, kg/dia 19,36 18,94 17,87 17,82 Y = 20,07 – 0,29 NNP
PLCG 18,81 18,57 18,15 17,50 Y = 19,45 – 0,22 NNP
G, % 3,41 3,40 3,65 3,46 Y = 3,37
P, % 3,49 3,36 3,22 3,37 Y = 3,53

Adaptada de Melo et al. (2002)


Feijó et al., 1997:
72 Novilhos inteiros Pardo Suiço Corte x Nelore
20 meses e 412 kg de PV inicial
confinados por 92 dias
volumoso: silagem de milho à vontade
concentrado 0,72 % do PV
substituição do farelo de soja pela uréia
TRATAMENTOS
PARÂMETROS
0 % Uréia 50 % Uréia 100 % Uréia
CMS (% PV) 2,19 2,16 2,15
GMD (kg/dia) 1,71 1,57 1,24
RC (%) 54,3 53,4 52,9
Magalhães et al., 2002:
24 bovinos castrados de origem leiteira
303 kg de PV inicial
confinados por 84 dias
volumoso: 70% silagem de milho e 30% sil. Capim elefante
relação vol:conc de 65:35

TRATAMENTOS (níveis de uréia na MS total)


VARIÁVEIS
0 0,65 1,30 1,95
CMS (% PV) 2,47 2,58 2,60 2,56
GMD (kg/dia) 1,13 1,24 1,23 1,10
RC (%) 52,55 52,64 52,00 51,21
EGS (mm) 1,50 2,23 1,90 1,93
AOL (cm2) 64,32 67,15 74,60 64,87
Souza et al., 2002:

24 bovinos castrados de origem leiteira


303 kg de PV inicial
confinados por 84 dias
volumoso: silagem de sorgo (70% na base da MS total)
TRATAMENTOS (níveis de uréia na MS total)
VARIÁVEIS
0 0,50 1,00 1,50
CMS (% PV) 2,30 2,37 2,32 2,31
CPB (kg/dia) 1,31 1,30 1,29 1,36
GMD (kg/dia) 1,06 1,01 1,06 1,09
CA 8,04 8,30 7,91 7,92
RC (%) 49,48 48,16 48,85 48,28
Resumo de alguns trabalhos da literatura nacional sobre a
utilização de uréia para bovinos de corte.
PVi CMS (% PV
FONTES TRATAMENTOS AN. DIAS GMD (kg/dia)
(kg) ou kg/dia)
OBEID FS por uréia (0-50- 1,03; 1,02;
M Nel 325 100 6,43
(1980) 100%) 0,80
FEIJÓ FS por uréia (0-50- M P.S 2,21; 2,17; 1,71; 1,20;
412 92
(1997) 100%) x Nel 2,13 1,33
SILVA FS por uréia (0-50- 10,08; 9,94;
M Nel 378 92 1,02
(1999) 100%) 9,49
FERREIRA MHx
FA; FS; uréia 350 84 10,00 1,32
(1996) Z
COUTINHO M
FA; uréia 271 84 2,6; 2,4 0,70; 0,60
F (1995) Anel
SEIXAS M
FA; uréia; amiréia 350 101 2,62 1,19
(1999) Cruz
Níveis de uréia (0;
SAMPAIO B
0,625; 1,25% MS 100 120 3,07 0,88
(1998) Cruz
total)
M
BACKES FCO; uréia; 1,32; 1,03;
Sta. 390 105 2,08
(2001) FCO+uréia 1,15
G
Níveis máximos sugeridos para alguns alimentos
alternativos utilizados na dieta de bovinos de corte.

ALIMENTO % na MS total
Sementes de oleaginosas
Caroço de algodão 10 – 15
Grão de soja cru 10 – 15
Grão de soja tostado 10 – 15
Concentrados Energéticos
Polpa de beterraba 20 – 30
Polpa cítrica 20 – 40
Farelo de arroz 10 – 15
Casca de soja 15 – 25
Melaço 3–5
Sebo 2–3
Farelo de trigo 15 – 25
Farelo de glúten de milho 20 - 40
GILL e WALLER (1999)
Níveis máximos sugeridos para alguns alimentos
alternativos utilizados na dieta de bovinos de corte.

Concentrados protéicos % MS total


Farinha de penas 3–4
Farinha de peixe 3–4
Farinha de carne e ossos 3–8
Farelo de amendoim Sem limite
Farelo de algodão Sem limite
Farelo de soja Sem limite
Farelo de canola Sem limite
Substitutos parciais de volumosos
Casca de amendoim 12 – 15
Casca de arroz 10 – 15
Casca de algodão 30 – 35
GILL e WALLER (1999)

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