Você está na página 1de 39

Departamento de Educación

Lenguas Extranjeras Portugués

Apostila
Português I - Comercio

Prof. Andrea DAYAN

2020
2021
2022
Inicio Agronegócio

Agronegócio Notícias do Agronegócio

Parceria no agronegócio: Brasil vai


exportar gergelim para Índia e
importará sementes de milho
Por Equipe Comex do Brasil - 27 de Janeiro de 2020Última atualização: 27 de Janeiro de 2020 - 15:32

(Nova Delhi - Índia, 25/01/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante reunião privada com o Primeiro-Minstro da Índia,
Narenda Modi . Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

Nova Deli (India) – O Brasil vai exportar gergelim para a Índia e passará a importar sementes de milho
daquele país. O intercâmbio entre os dois países foi anunciado, nesta segunda-feira (27), pela ministra da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, no Seminário Business Day Brasil-Índia,
organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Nova Delhi.

5 “Levo para o Brasil um ganho, que é abertura das exportações de gergelim do Brasil para a Índia – grande

1
produtor desta commodity. O Brasil vai poder contribuir suprindo a demanda de gergelim, o que é importante
para uma nova cultura que o Brasil vem desenvolvendo”, afirmou a ministra.

Em compensação, o Brasil importará sementes de milho da Índia. “Estamos abrindo para a Índia as
exportações de semente de milho, levando tecnologia indiana para o Brasil. Isso será muito importante para
10 o começo da cooperação entre os nossos governos”, argumentou.

No último dia da missão à Índia, a ministra participou de encontro empresarial em Nova Delhi, integrando
a delegação do presidente Jair Bolsonaro. Ela destacou as perspectivas de crescimento das relações
comerciais entre os dois países, especialmente do setor agropecuário.“Destaco que o potencial de comércio
e investimentos entre Brasil e Índia é enorme e precisa ser melhor aproveitado. Tenho plena convicção de
15 que a ampliação dessas trocas resultará, rapidamente, em crescimento socioeconômico para nossos países”,
afirmou a ministra, no seminário.

Segundo Tereza Cristina, o Brasil tem condições de atender o grande mercado doméstico, além do mercado
externo, contribuindo para garantir a segurança alimentar e nutricional global. A ministra ressaltou que o país
é uma potência agropecuária e que ainda tem espaço para crescer mais e atender à demanda mundial por
20 alimentos de forma sustentável.

“Continuarei a divulgar a imagem internacional da agricultura brasileira para apresentá-la exatamente como
ela é: inovadora, dinâmica, responsável, lucrativa e sustentável”, disse a ministra. Para ela, o crescimento da
atividade agropecuária e a sustentabilidade ambiental não são ideias conflitantes.

A ministra afirmou que a agricultura é um dos setores mais afetados pelos efeitos das mudanças climáticas
25 e o Ministério tem incentivado práticas de produção de baixa emissão de carbono. “Buscamos crescer
preservando os recursos ambientais. Queremos concretizar nossa vocação e nos tornarmos, efetivamente,
uma potência agroambiental global”, destacou.

O Brasil é o terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas e o principal produtor e exportador de
açúcar, café, soja e suco de laranja, com uma participação de 7% no comércio mundial agrícola. A meta é
30 ampliar a presença da agricultura brasileira no mundo e, para isso, o governo tem atuado para criar no país
um ambiente favorável aos negócios.

“O governo brasileiro vê com bons olhos todo investimento voltado à diversificação da produção nacional e
à ampliação de mercados”, disse.

2
Leia o texto Parceria no agronegócio: Brasil vai exportar gergelim para Índia e
importará sementes de milho. Complete os exercícios.

PARTE A

Assinale os elementos do paratexto a seguir:

a. Fonte

b. Nome da seção

c. Data

d. Título

e. Foto

f. Créditos da foto

g. Epigrafe

PARTE B

a. Na tabela a seguir, coloque as palavras desconhecidas e procure o seu significado no


dicionário

PT ES

Dicionários:

Pons Houaiss

Linguee Priberam

3
b. Indique o referente

Texto Linha Referente

os dois países L.2

desta commodity L.7

os nossos governos L.12

Ela L15

para isso L.38

c. Indique o sujeito dos verbos a seguir

Verbo Sujeito

importará L10

Continuarei L.26

Buscamos L

disse L.41

PARTE C

Responda às perguntas em espanhol

a. Entre quais países será estabelecida uma parceria?

b. Quem é a pessoa enviada pelo Brasil para levar a cabo as negociações?

c. Qual a vantagem da parceria para o Brasil?

d. Além da ministra, quem mais da delegação brasileira participou do encontro empresarial em Nova Delhi?

e. Qual é a imagem internacional que Teresa Cristina quer repassar internacionalmente?

f. De que maneira o Brasil propõe preservar os recursos ambientais?

g. Em que tipo de investimentos se interessa o governo brasileiro?

4
VACINAS ACADEMY RESEARCH ASSIN E

Home → CARREIRA → Mulheres superam homens em 11 de 12 habilidades emocionais

CARREIRA

Mulheres superam homens em 11 de 12


habilidades emocionais
Estudo teve a participação do autor de "Inteligência Emocional", o escritor Daniel Goleman
Por Camila Pati
Publicado em: 08/03/2016 às 15h11
Tempo de leitura: 2 min

Executivas: mulheres avaliadas apresentavam mais empatia do que os homens (Thinkstock/)

São Paulo – Estudo divulgado hoje pelo Korn Ferry Hay Group enterra o estereótipo de que a mulher
tem mais dificuldade do que os homens na hora de gerir suas emoções no trabalho.

Ancorada no inventário de Competências Emocionais e Sociais (ESCI, desenvolvido pelo professor


Richard E. Boyatzis e pelo psicólogo e escrito Daniel Goleman, autor de “Inteligência Emocional”, a
5 pesquisa mostra que a mulheres superam os homens em quase todas as habilidades intangíveis
investigadas. A base de dados utilizada foi ampla: contou com informações coletadas entre 2011 e
2015 de 55 mil profissionais de todos os níveis hierárquicos em 90 países.

A ferramenta ESCI mede 12 competências emocionais e sociais: orientação para o resultado,


adaptabilidade, coaching e mentoring, gestão de conflito, empatia, autoconhecimento emocional,
10 liderança inspiradora, influência, entendimento organizacional, otimismo, trabalho em equipe e
autocontrole emocional.

A maior diferença entre eles e elas está no autoconhecimento emocional. De acordo com o Hay
Group, as profissionais utilizam 86% mais consistentemente esta competência do que os homens.
5 Os resultados indicam que apenas 9,9% deles demonstraram autoconhecimento, em comparação a
15 18,4% das mulheres avaliadas.
Entre as mulheres, a empatia apareceu 45% mais frequentemente do que entre os homens. Elas
também demonstraram ser mais competentes em relação a coaching, mentoria, capacidade de
influência, de liderança inspiradora, gestão de conflito, entendimento organizacional, adaptabilidade,
trabalho em equipe e orientação para resultado. Também um pouco mais otimistas do que eles, as
20 mulheres só empatam com os homens em controle emocional.

A pesquisa é importante para mostrar a necessidade de mais mulheres em postos de comando,


segundo o escritor Daniel Goleman, que além de psicólogo e escritor é também o codiretor do
Consórcio para Pesquisas de Inteligência Emocional nas Organizações, da Universidade Rutgers de
New Jersey.

25 Ele sugere que as empresas encontrem meios de identificar estas competências em suas executivas
com o objetivo de oferecer oportunidades de crescimento a estas mulheres.

A iniciativa pode trazer bons resultados para a organização já que o estudo também mostrou que
líderes que não demonstram consistentemente qualquer competência de Inteligência Emocional
tinham duas vezes mais funcionários planejando sair da empresa nos próximos 12 meses em
30 comparação com aqueles que demonstram uma ou mais competências.

https://exame.com/carreira/mulheres-superam-homens-em-11-de-12-habilidades-emocionais/

PARTE A
Indique 4 elementos do paratexto

PARTE B
1. Indique a trama principal (argumentativa, informativa, dialogal, instrucional).
2. Indique a que se referem os números a seguir:
90
86
12
45

PARTE C
Explique o título desenvolvendo os conceitos necesários para que uma pessoa que não tenha lido o
texto o compreenda.

6
HOME MATERIAIS EDUCATIVOS INFOGRÁFICOS PORTAL DE ATENDIMENTO

PORTAL DO SIS

Mas afinal, o que é empreendedorismo?


Publicado em 27 de novembro de 2019 por Jefferson Reis Bueno

Houve um tempo em que a palavra “empreendedorismo” não fazia parte oficial da língua portuguesa. No entanto,
há empreendedores por aí há séculos, contribuindo com mudanças importantes na humanidade. Hoje, o termo é
cada vez mais utilizado para definir pessoas capazes de identificar problemas, oportunidades e encontrar soluções
inovadoras.

Isso não significa que um empreendedor seja, necessariamente, um empresário e vice-versa. Neste artigo, você vai
finalmente entender o que é empreendedorismo e descobrir algumas qualidades comuns aos empreendedores de
sucesso.
O que é empreendedorismo?
Empreendedorismo é a capacidade que uma pessoa tem de identificar problemas e
oportunidades, desenvolver soluções e investir recursos na criação de algo positivo para a
sociedade. Pode ser um negócio, um projeto ou mesmo um movimento que gere mudanças reais
e impacto no cotidiano das pessoas.

5 Segundo o teórico Joseph Schumpeter, empreendedorismo está diretamente associado à inovação.


Para Schumpeter, o empreendedor é o responsável pela realização de novas combinações.

A introdução de um novo bem, a criação de um método de produção ou comercialização e até a


abertura de novos mercados, são algumas atividades comuns do empreendedorismo. Isso significa
que “a essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas
10 oportunidades no âmbito dos negócios”.

O Brasil apresenta grande potencial para o empreendedorismo. De acordo com A Global


Entrepreneurship Monitor (GEM), a Taxa de Empreendedorismo Total no Brasil é de 38% (2018).
São 52 milhões de brasileiros se dedicando ao próprio negócio.

A pesquisa também mostra que, comparado com os países do BRICS, o Brasil apresenta a maior
15 taxa. A China é o segundo colocado na listagem, com 26,7%. Diante dos outros 49 países listados em
todo levantamento, o Brasil segue bem posicionado.
O que é ser empreendedor
Agora que você já sabe o que é empreendedorismo, precisa saber o que significa ser um verdadeiro
empreendedor. Alguns entendem como empreendedor quem começa algo novo, que enxerga
20 oportunidades que ninguém viu até o momento. Em outras palavras, é aquela pessoa que
faz, sai da zona de conforto e da área de sonhos e parte para a ação.

7
Portanto, um empreendedor é um realizador que coloca em prática novas ideias, por meio de
criatividade. Isso muitas vezes significa mudar tudo o que já existe. Já viu aquelas pessoas que
conseguem transformar crises em oportunidades e que influenciam os outros com suas ideias?
25 Provavelmente são bons empreendedores.

Aproveitar as oportunidades do mercado e transformar crises em oportunidade é uma característica


do brasileiro. Dados do Relatório de Empreendedorismo no Brasil de 2018, mostram que houve um
aumento no número de pessoas que empreendem por oportunidade.

De acordo com o levantamento, 61,8% dos empreendedores abriram o próprio negócio porque
30 identificaram uma oportunidade. O dado é o maior desde 2014, quando atingiu a marca de 70,6%.
Enquanto isso, a necessidade tem influenciado cada vez menos a decisão de empreender. O índice
caiu para 37,5% em 2018. A menor taxa desde 2014.

A pesquisa também mostra que houve um crescimento no número de jovens empreendedores. De


2017 para 2018, a participação de pessoas de 18 a 24 anos subiu de 18,9% para 22,2%.

35 Os jovens estão mais interessados em ter o próprio negócio e colocar suas ideias em prática, criando
soluções inovadoras para a sociedade. Mas como identificar um empreendedor? Veja a seguir quais
são as características presentes nesse perfil.
Características de um empreendedor
Ninguém nasce empreendedor. É o contato social e estudos que favorecem o
40 desenvolvimento de talentos e características na personalidade, que podem ser fortalecidos
ao longo da vida. Todos os contatos e referências irão influenciar diretamente no nível de
empreendedorismo de uma pessoa, já que um empreendedor é um ser social. Abaixo,
elencamos algumas peculiaridades encontradas nos diversos perfis de
empreendedores:

45 Otimismo: não confunda otimista com sonhador. O otimista sempre espera o melhor e acredita
que tudo vai dar certo no final, mas faz de tudo para chegar aos seus objetivos. Isso inclui, claro,
mudanças em seu negócio. Já o sonhador não enxerga riscos, e mesmo que seu negócio esteja falindo,
continua fazendo a mesma coisa por acreditar cegamente que basta sonhar para realizar.

Autoconfiança: acreditar em si mesmo é fundamental para valorizar seus próprios talentos e


50 defender suas suas opiniões. Assim, esse tipo de empreendedor costuma arriscar mais.

Coragem: sem temer fracasso e rejeição, um empreendedor faz tudo o que for necessário para ser
bem sucedido. Essa característica não impede que sejam cautelosos e precavidos contra o risco, mas
os faz entender a possibilidade de falhar.

Persistência e resiliência: motivado, convicto e entusiasmado, um bom empreendedor pode


55 resistir a todos os obstáculos até que as coisas finalmente entrem nos eixos. Ele não desiste
facilmente, supera desafios e segue até o fim, sempre perseverante.
Quem reúne essas características já está em vantagem quando o assunto é empreendedorismo, mas
isso não é suficiente. Para ter sucesso como empreendedor, em alguma atividade é
fundamental ter um bom projeto, investir no planejamento e no plano de negócios. A

8
60 seguir, listamos algumas dicas que podem ajudar quem quer empreender.

4 dicas para quem quer investir no empreendedorismo


Carlos Wizard Martins começou do zero e se tornou um dos principais empresários do Brasil. O
empreendedor fundou o Grupo Multi Holding, detentor do Mundo Verde líder da América Latina no
segmento de produtos Naturais, Orgânicos e Bem-Estar, do serviço de pagamento online
65 Akatus e do Vale Presente.

Em matéria para o portal da revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, Wizard lista suas dicas
para quem quer empreender:
Defnição de atividade
Em qual segmento você quer atuar, tem afinidade ou entende um pouco sobre o mercado? A
70 primeira dica do empresário é analisar as necessidades do consumidor e entender o que pode ser
uma boa oportunidade. Evite investir em um tipo de negócio só porque está na moda, a
tendência pode acabar e você terá que arcar com os custos do investimento.
Diferenciação
Ofereça uma diferenciação. O cliente precisa ter uma motivação para escolher o seu negócio e não o
75 do concorrente. “Quando comecei a dar aulas, foquei na necessidade do aluno aprender a falar o
inglês rapidamente. Foi por isso que lancei a chamada “Fale Inglês em 24 Horas”. Essa chamada
simples, mas poderosa, foi o diferencial necessário para atrair milhares de alunos”, conta o
empreendedor.
Escalar
80 Depois de definir a atividade empresarial do negócio, identifique quais ações podem ser tomadas para
atender o mercado em larga escala. Quanto maior o potencial de escalabilidade da empresa, maiores
serão suas chances de crescer, receber investimento etc.
Converse com especialistas
Esteja por dentro dos eventos e atividades do seu segmento. Participe de feiras, workshops, palestras,
85 busque os especialistas do setor e converse com eles. Ter a visão de outros profissionais vai te ajudar
em diferentes aspectos, principalmente daqueles que estão há mais tempo no mercado.

9
Leia o texto Mas afinal, o que é empreendedorismo? Complete os exercícios.

PARTE A

Assinale os elementos do paratexto a seguir:

h. Fonte

i. Data

j. Título

k. Autor

PARTE B

1. Procure no texto o referente

Texto Linha Referente

Isso 9

A pesquisa 14

o levantamento 29

A pesquisa 33

Essa característica 52

Ele 55

2. Indique o sujeito dos verbos a seguir

Verbo Sujeito Tempo

(passado/presente/futuro)

significa L.23

abriram L.29

lancei L.76

serão L.82

10
3. Relacione

mas (L.53) explicação

por isso (L.76) acréscimo

também (L.33) oposição

PARTE C

Responda às perguntas em espanhol

1. Conforme o autor, o que é ser empreendedor?


2. Você concorda num todo com o autor? Por quê?
3. Conforme às características enumeradas pelo autor, você acha que poderia ser um empreendedor?
Explique.
4. Onde você procuraria especialistas de sua disciplina para consultar?

11
http://www.institutoriobranco.mre.gov.br/pt-br/o_instituto.xml

Breve história do Instituto Rio Branco

O Instituto Rio Branco foi criado em 1945, na esteira das comemorações do centenário de
nascimento do Barão do Rio Branco, patrono da diplomacia brasileira. Inicialmente instituído
com a dupla finalidade de tratar da formação e aperfeiçoamento dos funcionários do
Ministério das Relações Exteriores bem como de constituir um núcleo de estudos sobre
5 diplomacia e relações internacionais, o Instituto tornou-se, ao longo de seus quase 70 anos
de existência, referência internacional como academia diplomática.

A seleção para a carreira diplomática, a cargo exclusivamente do Instituto, é uma das mais
tradicionais do País, tendo-se realizado anualmente – em alguns casos até duas vezes por ano
– desde 1946. Da primeira turma a ingressar no Instituto, naquele ano, até hoje, formaram-se
10 mais de dois mil diplomatas, os quais ingressaram invariavelmente por meio de processo
seletivo, seja na forma de concurso direto ou de exames para o Curso de Preparação à Carreira
de Diplomata, sucedido pelo PROFA-I, depois denominado Curso de Formação do Instituto
Rio Branco.

Para além da seleção e formação de diplomatas, o Instituto Rio Branco é responsável pela
15 realização do Curso de Aperfeiçoamento de Diplomatas e do Curso de Altos Estudos,
obrigatórios para os diplomatas que almejam a ascensão na carreira.

Assim, desde a classe inicial de terceiro secretário até o topo da carreira diplomática, o
Instituto Rio Branco tem mantido o compromisso de selecionar, formar e aperfeiçoar um
corpo de servidores coeso e coerente com a tradição da política externa brasileira.

20 O Instituto promove, ademais, seleção anual de bolsistas para o Programa de Ação Afirmativa,
com a finalidade de proporcionar maior igualdade de oportunidades de acesso à carreira de
diplomata e de acentuar a diversidade étnica nos quadros do Itamaraty por meio da concessão
de bolsas-prêmio para custeio dos estudos de candidatos afrodescendentes ao Concurso de
Admissão à Carreira de Diplomata.

25 Nos tópicos a seguir, será repassada um pouco da história do Instituto Rio Branco e das
diversas transformações ocorridas no curso de quase sete décadas. O Instituto, não obstante
seja sensivelmente diverso daquele modesto núcleo de estudos estabelecido em 1945,
mantém os mesmos objetivos que ensejaram sua criação, inspirada no exemplo de devoção
do maior expoente brasileiro no campo das relações internacionais.

30 Recrutamento e treinamento antes da criação do Instituto

Desde sempre foi o entendimento dos diferentes governos que se fazia necessário dispor de
um corpo de funcionários selecionado e treinado para a realização da política externa
brasileira. Mas é somente a partir do período getuliano que o recrutamento de pessoal para o
serviço público ganhará contornos de política de estado, a partir da criação do DASP, em
35 1938. No caso específico da carreira diplomática, a sistematização de seu recrutamento e
treinamento dar-se-ia somente com a criação do Instituto Rio Branco, em 1945, muito embora

12
a seleção de quadros viesse ocorrendo com alguma irregularidade e carência de procedimento
e fora do âmbito do Ministério das Relações Exteriores.

Foram inúmeros os ensaios e tentativas de conformar um padrão no recrutamento. No


40 Império, por exemplo, ainda no Primeiro Reinado, o Marquês de Aracati, um dos primeiros
titulares da pasta dos Negócios Estrangeiros, apontava a necessidade de prover o serviço
diplomático do Brasil com pessoal idôneo e capaz.

Em 1834, ao tempo do primeiro mandato do Visconde de Sepetiba à frente da pasta, o


regimento consular dispunha que o cônsul tivesse de se fazer “acreditar por uma conduta
45 regular, perícia nas línguas francesa e inglesa, conhecimento do direito mercantil e marítimo,
e dos usos e estilo do comércio”.

Entre as primeiras tentativas de recrutamento de diplomatas e cônsules mediante concurso


público, está a do próprio Visconde de Sepetiba, em seu segundo tempo nos Negócios
Estrangeiros. O regulamento de 1842 introduzia o concurso de habilitação, exigindo-se que
50 os candidatos demonstrassem conhecimento de gramática, ortografia, aritmética, direito
internacional, geografia, latim, francês e inglês, para além de uma boa caligrafia.

Na gestão do Visconde do Uruguai à frente dos Negócios Estrangeiros, a qual marca um


período de importantes conquistas no campo da diplomacia, nas questões do Prata e na
extinção do tráfico de escravos, seria lançado um dos pilares do conceito de carreira. A Lei
55 nº 614, de 22 de agosto de 1851, conhecida como Regulamento Paulino de Sousa, determinava
que o preenchimento dos cargos do serviço diplomático só poderia ocorrer na classe de
secretários e adidos de legação. Ao tratar dos critérios de qualificação dos adidos de legação,
então funcionários de nível inicial da carreira diplomática, a Lei nº 614/1851 dava preferência
aos “bacharéis formados nos cursos jurídicos do Império, e aos graduados em
60 academias ou universidades estrangeiras que mais versados se mostrarem em línguas”.
Mencionava, ainda, que, para os que não possuíssem aquelas qualificações, dever-se-ia
proceder à habilitação por intermédio de exames.

Em decorrência da edição da Lei nº 614/1851, foi promulgado, em 20 de março de 1852, o


Decreto nº 940, que criou o concurso público para adidos de legação. A estrutura do concurso
65 não difere radicalmente daquela dos concursos atuais. De fato, o artigo 2º das “Instruções
para o Exame dos Candidatos ao Lugar de Adido de Legação” daquele decreto estipulava
que o exame deveria versar sobre as seguintes matérias:

1. Conhecimento das línguas modernas, especialmente da inglesa e francesa, devendo o


candidato traduzir, escrever e falar esta última.

70 2. História geral e geografia política, história nacional e notícia dos tratados feitos entre o
Brasil e as potências estrangeiras.

3. Princípios gerais do direito das gentes e do direito público nacional e das principais nações
estrangeiras.

13
4. Princípios gerais de economia política, e do sistema comercial dos principais Estados e da
75 produção, indústria, importações e exportações do Brasil.

5. A parte do direito civil relativa às pessoas e princípios fundamentais em matérias de


sucessão.

6. Estilo diplomático, redação de despachos, notas, relatórios etc.

Embora esse procedimento de seleção não se tenha mantido com a regularidade esperada por
80 seu criador, nota-se a preocupação em aparelhar o Ministério dos Negócios Estrangeiros com
um corpo de funcionários estável e bem preparado.

Já no século XX, o Decreto nº 19.592, de 15 de janeiro de 1931, dispunha que “os cônsules
de terceira classe serão nomeados mediante concurso, nas condições atualmente
estabelecidas a terceiros oficiais, e farão um estágio preparatório de habilitação de dois anos
85 na Secretaria de Estado”.

Em 1934, o Decreto nº 24.486, ao instituir, na Secretaria de Estado das Relações Exteriores,


um “Curso de Aperfeiçoamento nos Serviços Diplomático e Consular”, acabaria por ensejar
a criação, em 1945, do Instituto Rio Branco, o qual assumiria definitivamente, ainda em
princípios do ano seguinte, a tarefa de selecionar anualmente quadros para a carreira de
90 diplomata, criada pelo Decreto-Lei nº 791, de 14 de outubro de 1938, norma que serviu de
suporte à chamada Reforma Osvaldo Aranha..

[1] O Decreto-Lei nº 8.461/1945 deu nova redação ao Decreto-Lei nº 7.473/1945. Embora aquele diploma legal
não conferisse ao Instituto Rio Branco o recrutamento e a seleção de diplomatas, pode-se dizer que caminhava
nesse sentido, ao substituir a finalidade de “preparo de candidatos ao concurso para a carreira de Diplomata”
pela de “ensino das matérias exigidas para o ingresso na carreira de Diplomata”. A mudança é sensível, pois
com ela o Instituto não se prestaria a preparar candidatos ao concurso, cuja realização estava então a cargo do
Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), mas, sim, se tornaria um centro de formação. O
Decreto-Lei nº 9.032/1946 viria a concluir e complementar a mudança trazida pelo Decreto-Lei nº 8.461/1945
ao cometer ao Instituto a responsabilidade pelas duas possibilidades de ingresso que vigoraram até 1995: seleção
entre formandos do Curso de Preparação à Carreira de Diplomata, cuja frequentação era adstrita aos aprovados
em seu exame vestibular, ou concurso direto.

[2] O Programa de Formação e Aperfeiçoamento – Primeira Fase foi criado pelo Decreto de 14 de setembro de
1995 que alterava o Decreto nº 93.325, de 1º de outubro de 1986.

[3] Vale notar que somente com a edição do Decreto nº 75.350, de 4 de fevereiro de 1975, a competência pela
aprovação do Regulamento seria delegada pelo Presidente da República ao Ministro de Estado das Relações
Exteriores.

14
Breve história do Instituto Rio Branco

PARTE A

1. Localize no texto os elementos do paratexto, a seguir:


a) Título
b) Fonte
c) Rodapé

2. Qual a função do texto? Assinale a opção certa:


a) convencer (apresenta argumentos para ganhar a adesão do leitor)
b) informar (dá notícia de algo)
c) instruir (comunica sistematicamente ideias ou conhecimentos)
d) contar (conta fatos reais ou imaginários)

3. Identifique a trama textual predominante

narrativa – descritiva – argumentativa

PARTE B

1. Indique a referencia
a) naquele (L. 9)
b) daquele (L.66)

2. Selecione o equivalente
a) Para além (L. 14) más allá / porque / otro
b) Assim (L.17) claramente / de este modo / ahora
c) ademais (L.20) siempre / sin embargo / además
d) muito embora (L. 36) ahora / a pesar de que / incluso
e) segundo (L.48) segundo (ordinal) / según / siempre
f) para além de (L.51) nunca / además de / más allá de
g) embora (79) aunque / pero / ahora
h) ainda (L.87) ya / aunque / recién

PARTE B

Resuma o texto numa única frase.

15
HOME SEÇÕES PARTICIPE ASSINATURA MAIS SALA DE AULA

Doce lucro
A cana-de-açúcar reforçou o papel do Brasil na economia global e foi responsável pela invenção de uma nova sociedade.

O negócio era ser “senhor”

Stuart B. Schwartz Tamanho da letra:

O Brasil colonial não nasceu do açúcar, mas do pau-brasil.


Foi a famosa madeira, da qual se extrai um corante, que
primeiro deu motivos aos portugueses para se estabelecer e
explorar a terra a que tinham chegado em 1500. Porém, foi a
5 introdução da cana-de-açúcar e a dos engenhos, com sua
tecnologia para a produção de açúcar, as verdadeiras
responsáveis por transformar a colônia três décadas depois
desse primeiro contato. O açúcar foi a madrasta da
colonização, que por quase dois séculos regeu a história econômica, social e política do Brasil. E, em algumas
10 regiões, continua a dominar.

Ao longo da costa brasileira – primeiro em São Vicente, Pernambuco e Bahia, depois no Rio de Janeiro e em
outras áreas – foi no espaço dos engenhos que a sociedade colonial tomou forma. Essa nova sociedade era fruto
da Europa medieval, a partir do conceito jurídico de estados ou ordens, com nobres e plebeus, pagãos e cristãos,
cristãos-novos e cristãos velhos. Foi modificada ainda com as novas realidades americanas de etnias ou raças.
15 A presença de índios e africanos, que tinham diferentes cores de pele, culturas, religiões e línguas, criava novas
hierarquias.

Os engenhos não erigiram essa pirâmide social, mas a reforçavam. Nessas verdadeiras indústrias, os brancos eram
os donos da terra e das moendas. Os indígenas e depois os africanos eram a força de trabalho. E cabia aos brancos
pobres, mulatos, mestiços e libertos os chamados “ofícios mecânicos”. Essas fazendas se
20 transformaram no espelho e na metáfora da sociedade brasileira: os brancos nas mais altas posições, os negros (ou
índios) na mais baixa, e as pessoas de raças misturadas, no meio. Gradações bem parecidas, aliás, com as da
produção do açúcar: o branco como o mais valorizado; o de panela, escuro, e de menor valor; e o marrom,
mascavo, no meio.

Claro que sempre houve segmentos da sociedade que não estavam diretamente envolvidos na produção
25 açucareira – como roceiros, boiadeiros, calafates (profissionais que vedam as frestas de uma embarcação) e
sertanistas – mas era frequente, de um jeito ou de outro, que seus negócios (as plantações, o gado, as embarcações,
os índios cativos) estivessem relacionados com a economia do açúcar. Até o surgimento de Minas Gerais como
força econômica, era comum dizer que o Brasil era uma “sociedade e civilização do açúcar”.

É fácil entender por quê. A produção do açúcar cresceu de forma rápida especialmente em Pernambuco e na
30 Bahia. Em 1570, havia 60 engenhos no Brasil. Em 1630, eram 350 e produziam mais de 20 mil toneladas por ano.
A riqueza estava sendo criada. No fim do século XVII, o lucro que a colônia dava a Portugal já era cerca de 50%
maior que o seu custo de manutenção. Esse período de rápida expansão no século XVI, quando algumas fortunas
foram criadas, foi possível em função dos altos preços do açúcar no mercado europeu. Já na

16
década de 1620, guerras e retrações econômicas diminuíram as margens de lucro. Embora os preços tenham
35 subido novamente em 1640, o início da competição com o açúcar das ilhas caribenhas nas décadas seguintes acabou
abaixando os valores novamente. Junto a isso, a demanda nessas ilhas por trabalho aumentou o custo dos escravos
no Atlântico. No fim da década de 1680, os senhores de engenho no Brasil reclamavam que a indústria açucareira
estava quase falindo. Mas as guerras europeias novamente mudaram as condições do mercado, e os produtores
brasileiros outra vez ganharam confiança.

40 Depois de 1670, o Brasil nunca mais dominou o mercado do açúcar no Atlântico da mesma maneira que antes,
mas a indústria açucareira permaneceu lucrativa. Na maior parte do século XVIII, os senhores de um engenho
bem administrado contavam com um lucro anual de 5 a 10%. E em algumas décadas, como a de 1790, os ganhos
foram consideravelmente maiores que isso. Também é importante lembrar que, até no ápice da mineração de
ouro no século XVIII, o valor da produção agrícola sempre excedeu o do garimpo. Mesmo
45 quando Barbados, Jamaica e outras ilhas se tornaram grandes produtores de açúcar, o Brasil produzia mais do que
todos eles. Apesar das rivalidades e competições entre si, o setor açucareiro – os senhores de engenho, os
lavradores de cana, os mercadores que entregavam o açúcar – continuaram sendo uma força política na colônia.

O Brasil se tornou uma colônia de sucesso porque a coroa portuguesa podia taxar a produção e o comércio de
açúcar, e percebia que a indústria açucareira crescia principalmente a partir de investimentos privados.
50 Enquanto isso foi verdade, a coroa portuguesa deu aos produtores de açúcar alguma liberdade. O crescimento da
produção de açúcar foi acompanhado por outra mudança e, de alguma forma, só foi possível graças a ela: a questão
da mão de obra indígena. Na primeira metade do século da produção brasileira, os povos nativos foram contratados
ou forçados a trabalhar no campo. Mas a relutância de guerreiros em trabalhar na agricultura – que eles
consideravam serviço de mulheres – as doenças epidêmicas da década de 1560, as guerras de resistência, as
55 leis reais contra a escravização dos indígenas (de 1570, 1595 e 1609), além dos esforços dos jesuítas que exigiam
um tratamento mais digno para os índios, tornaram muito caro e difícil o uso de trabalhadores indígenas. A
resposta veio da África.

Os escravos africanos eram caros, mas os portugueses acreditavam que eles eram mais produtivos que os
índios, e menos propensos a fugir ou a morrer de doenças. “Sem açúcar, não há Brasil; sem a escravidão, não
60 há açúcar; sem Angola, não há escravos”, era um dito comum que mostrava a centralidade do açúcar, da escravidão
e da África para a existência da colônia. O que saiu daí foi o sistema de plantation, que ao fim se espalhou pelas
Américas, de Luisiana a Barbados, como uma forma clássica de produção do açúcar e, depois, para o cultivo de
café, cacau e outras monoculturas

A escravidão fazia parte de todos os aspectos da vida brasileira, mas nas áreas do açúcar os escravos eram
65 frequentemente 70% da população. A alta mortalidade e as baixas taxas de fertilidade dos escravos nessas áreas
exigiam uma importação contínua de mais africanos – um fato que ajuda a explicar a presença e a persistência da
cultura africana no Brasil. Quando o Conde de Arcos, governador da Bahia, reclamou com exasperação em 1760
que sua capitania era “uma terra de hotentotes [povo do sudoeste da África]”, ele estava reconhecendo a herança
do açúcar.

70 A influência do doce produto ultrapassava as porteiras dos engenhos. Quase todas as primeiras cidades brasileiras
foram portos criados para exportar o açúcar e importar maquinário, materiais, comida e pessoas necessárias às
moendas. Já a “incrível machina e fábrica”, como o padre Antônio Vieira chamou os engenhos, por sua vez, eram
verdadeiras cidades: escravos, administradores, trabalhadores livres e artesãos se reuniam nas lavouras, o que
reduzia a necessidade de pequenas vilas rurais e comunidades. As capelas, por exemplo,
75 encontradas em muitos engenhos, serviam como centros da vida religiosa. Além disso, nos primeiros anos da
colonização, os engenhos também tinham uma função defensiva contra ataques indígenas, ou seja, cada engenho
era “uma nação dentro de si”, conforme comentou um contemporâneo. Outros observadores ressaltaram que, por
estar tão diluído nesses pequenos pontos isolados, faltava ao Brasil colonial o senso de comunidade e coesão
social.

17
80 Nas cidades verdadeiramente constituídas era possível
encontrar ainda figuras importantes, como mercadores
portugueses e estrangeiros, advogados, inspetores, fiscais
de impostos e oficiais do governo. Essa aglomeração até
alimentava as tensões entre engenho e município, senhor de
85 engenho e mercador, mas pesquisas recentes têm mostrado
que as elites urbana e rural estavam muitas vezes
interligadas, e que a posse de um engenho era um objetivo
social, não apenas uma atividade econômica.
Os senhores de engenho insistiam em usar esse título
90 porque ele significava autoridade senhorial. Eles raramente se autodenominavam “fazendeiros”. Como na famosa
passagem de padre Antonil (pseudônimo do jesuíta italiano Giovani Andreoni, que viveu no Brasil entre os séculos
XVII e XVIII): “é título [o de senhor] a que muitos aspiram, porque traz consigo a ser servido, obedecido e
respeitado de muitos”.

Muitos dos senhores de engenho tinham origem plebeia ou eram cristãos-novos (ou seja, descendentes de judeus),
95 mas agora viviam e agiam como se pertencessem a uma aristocracia. Eles eram apoiados pelos lavradores de cana,
que não tinham capital suficiente para ter seus próprios engenhos, mas que, ainda assim, cultivavam a cana-de-
açúcar em suas propriedades ou em terras alugadas. Essa classe era característica da economia brasileira do açúcar.
Entre esses lavradores havia desde homens ricos com alto status até pobres e dependentes. O certo é que a maioria
era branca e quase todos desejavam possuir seu próprio engenho. Por volta de 1710, quando o Brasil tinha 525
100 engenhos, havia cerca de 450 famílias controlando-os, e em torno de 2 mil famílias de lavradores. Juntos, eles
formavam a elite colonial. Mesmo que fossem frequentes as dívidas com mercadores da colônia, o setor
açucareiro encantava estes comerciantes: até eles buscavam ganhar prestígio social para também se tornarem
senhores de engenho.

Conforme a indústria açucareira se desenvolveu, o campo se ajustou ao seu produto principal e às suas
105 necessidades. Gado, lenha e farinha de mandioca estavam todos ligados ao mundo dos engenhos. E no centro de
tudo estava a safra de nove meses, com a qual o engenho operava dia e noite, moendo a cana e consumindo a
lenha e as pessoas para produzir açúcar e riqueza. “Um engenho de açúcar é o horror, e todos os seus senhores
são malditos”, disse o jesuíta Andrés de Gouvea, na Bahia, em 1627. Padre Antônio Vieira fez uma comparação
do caldeirão de cobre e da fumaça que subia das caldeiras com o inferno. Em um famoso sermão, ele equiparou
110 os escravos do engenho à paixão de Cristo.

Vieira era um realista, cujo irmão era dono de engenhos na Bahia. Ele conhecia bem a economia da cana. Sempre
reconheceu que a riqueza do açúcar assegurava o crescimento do Brasil. O seu comércio garantia a Portugal a
capacidade de se manter independente e de defender o seu império contra as ameaças de conquistas dos holandeses
invejosos ou a absorção pela vizinha Castela. Mesmo que no fim do século XVII Vieira tenha
115 reconhecido que a frota brasileira, às vezes, carregava “mais queixas que caixas”, ele, como as demais pessoas,
viram que o açúcar moldou o corpo e a alma da colônia, suas virtudes e seus pecados, e deu importância ao Brasil
dentro do império de Portugal e da economia global. Esse legado continuaria de diversas formas bem depois de o
açúcar deixar de ser o principal produto brasileiro.

Stuart B. Schwartz é professor da Universidade de Yale (EUA) e autor de Segredos internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835
(Companhia das Letras, 1995).

VERSÃO PARA IMPRESSÃO ENVIE ESSA MATÉRIA PARA UM AMIGO

Compartilhe Fale Loja Virtual WebHouse


Conosco Quero História Desenvolvido
Quem somos assinar! Já da
Expediente por FBS
sou assinante Ciência
Tira-dúvidas

18
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/doce-lucro

Doce lucro
PARTE A

Assinale no texto, caso houver, os elementos do paratexto a seguir:

a) Fonte
b) Autor
c) Titulo
d) Topete
e) Elementos icônicos (especifique de que tipo)
f) Torta
g) Cardápio
h) Caixa de pesquisa
i) Botões de redes sociais
j) Pé biográfico
k) Rodapé

PARTE B

1. Escolha a opção equivalente

a) Porém (L. 4) sin embargo / además / nunca


b) Aliás (L.20) por otra parte / por cierto / además
c) mas (L.35) Ni / pero / nunca
d) além disso (L.69) Además / más allá de eso / tampoco
e) ou seja (L.70) es decir / o / y

2. Indique o referente no texto

a) nessas (L.16)
b) isso (L.33)
c) isso (L.46)

19
3. Indique quais ciclos da economia brasileira são mencionados no texto.

4. Complete a tabela com as informações fornecidas pelo texto

PRODUTO ÁREA

pau-brasil litoral brasileiro (desde Rio Grande do Norte hasta Río de Janeiro)

cana de açúcar

ouro

café Pará, Maranhão, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo.

5. Responda as perguntas (em espanhol)

a) A que se refere o autor com a expressão “cristãos-novos”?


b) ConformeSchwartz,quais são os segmentos dasociedade nãoenvolvidosnaprodução açucareira?
c) Porque, segundo o autor, “o Brasil era uma sociedade e civilização do açúcar”?
d) Quais os 3 motivos que menciona Schwartz pelos quais foi introduzida a mão de obra escrava da África?
e) Por que o Conde de Arcos diz que sua capitania é “uma terra de hotentotes”?
f) Por que os fazendeiros preferiam serem chamados de “senhores de engenho”?

PARTE C

Explique o título

20
A mudança no ecossistema
empreendedor começa com você -

Crie um comitê local


estratégico

A Semana Global do Empreendedorismo sempre foi - e ainda é - motivo de grande orgulho para
todos nós: são milhares de iniciativas acontecendo em diversas localidades do país na mesma semana. É
um movimento pela e para a cultura empreendedora, com diversas inovações e setores da sociedade
envolvidos na causa - governos locais, academia, grandes e pequenos empreendedores, voluntários e
5 cidadãos.

Nós da Rede Global do Empreendedorismo acreditamos que finalmente chegou a hora dessa
movimentação transformadora perdurar durante todo ano. Como? Mobilizando estas mesmas milhares de
pessoas para mudar o ecossistema de suas cidades. Inclusive porque, quando falamos em mudança de
ecossistema, com certeza não estamos falando de apenas uma semana de mobilização.

10 Não é viável que milhares de pessoas criem um planejamento estratégico para o desenvolvimento
da cidade - é essencial e imprenscindível que haja um comitê diretivo em cada uma delas, pensando e
direcionando ações efetivas de transformaçãoe mobilizando os agentes-chave.

É por isso que a Rede Global precisa de vocês! Os comitês são fundamentais para nos ajudar a
transformar o ecossistema empreendedor.

15 Nós criamos uma jornada - um caminho a ser percorrido por vocês - para se tornarem um comitê
estratégico na transformação do ambiente de negócios. A Endeavor irá proporcionar o capital do
conhecimento necessário para cada uma das fases desta jornada. Não se preocupem, vocês não estão
sozinhos, e o trabalho em Rede vai nos provar que é possível se inspirar e aprender em conjunto.

A nossa grande missão neste ano é que cada cidade crie seu plano de desenvolvimento. Parece
20 difícil, mas nós garantimos que é possível, principalmente a partir do trabalho em equipe. Vamos chegar na
Semana Global em Novembro com muito mais repertório de conhecimento para divulgar as iniciativas
criadas, chamar atenção para elas, engajar mais voluntários e chegar no nosso sonho grande: mudar o
ecossistema empreendedor em todo Brasil.

Os passos desta jornada serão detalhados a seguir - usem eles como guia, para mobilizar e
25 direcionar as atividades de todos os envolvidos no comitê.

21
Jornada de um comitê: Como se tornar estratégico?

FASE 1.: Organizar a Casa

Fase de estruturação interna do comitê. Definir as pessoas envolvidas, os processos internos que vão
ser utilizados - atas, pautas, calendário de encontros - designação de funções dos envolvidos.

Atividades principais:
Engajamento e participação de grupos estratégicos da sociedade - é desejável que tenham no mínimo
três grupos envolvidos na estrutura do comitê: governo, empreendedores e academia.
Lideranças engajadas para traçar as principais diretrizes e motivar os parceiros.
Estabelecer necessariamente a periodicidade mínima de reuniões - os encontros devem ser constantes.
Criar planejamento macroestratégico envolvendo as fases 2, 3 e 4 da jornada (Detalhadas a seguir!)

FASE 2.: Diagnóstico da Cidade

Fase para entender e definir qual o principal desafio do ambiente empreendedor da sua cidade. É o
momento de mapear todos os possíveis pilares de atuação do comitê local: ambiente regulatório?
Infraestrutura? Mercado? Acesso á capital? Capital humano? Cultura empreendedora? Inovação?

Além disso, também é o momento de mapear e entender quais os parceiros estratégicos que devem
participar dos encontros do comitê. Quais Secretarios(as)? Quais aceleradoras? Quem poderia
contribuir mais ás discussões e criação do plano?

Para fazer esse diagnóstico, nós sugerimos algumas atividades:

Pesquisa: buscar dados qualitativos, quantitativos, entrevistas com autoridades locais, envolver a
academia e apoio em estudos como o Índice das Cidades Empreendedoras da Endeavor.
(Disponível em https://endeavor.org.br/importancia-indice-de-cidades-empreendedoras/)
Delegar funções (quem vai ser o responsável por cada etapa do planejamento?)
Debates entre os parceiros dos comitês - definição dos problemas e do plano de ação.
Elaboração de um documento aberto para todos terem acesso - compartilhar todo aprendizado com o
máximo de pessoas possível.

22
FASE 3.: Mobilização – Como engajar a sociedade na Discussão?

Após identificar os problemas, é preciso engajar a sociedade nesta discussão e trazer visibilidade para as
ações do comitê e da Rede Global como um todo. É interessante promover debates, convocar
autoridades locais para a discussão sobre quais problemas eles enfrentam e o que eles gostariam de
mudar na cidade - além da cobertura da mídia local nos eventos.

É importante também já criar momentos de idealização e prototipação de iniciativas e soluções: o que


estes atores fariam para resolver estas questões? Quanto mais atores forem mobilizados durante o
processo de criação do Plano para a Cidade e suas iniciativas, maiores as chances destes mesmos
atores apoiarem sua efetivação no futuro.

FASE 4.: Planejamento: Iniciativas e seus desafios

Depois de todo o “barulho” causado na fase anterior chegou o momento de estruturar as soluções. É a
hora de idealizar e/ou buscar iniciativas já existentes. É importante encontrar sinergias, identificar os
desafios e realizar um planejamento de “como” efetivar cada uma delas. Neste momento, a pesquisa, a
prototipação e o engajamento de parceiros estratégicos também são essenciais.

FASE 5.: Compromisso - Criação de um plano de transformação para a sua


Cidade

Chamamos de compromisso o momento de institucionalização de todas as iniciativas em um único


documento para colocá-las como um grande feito da Rede Global do Empreendedorismo, liderado pelo
comitê local da sua cidade. Este documento deve ser estruturado suficiente para poder ser valorizado
e reconhecido pelas autoridades locais - eles devem se comprometer com a causa e a importância
deste plano criado por vocês.

FASE 6.: Semana Global do Empreendedorismo

Semana de celebração da Cultura Empreendedora, onde comitês do Brasil inteiro vão estar fazendo
eventos, concursos, competições pela causa empreendedora. É um momento importantíssimo para a
visibilidade das ações do Comitê e da Rede Global do Empreendedorismo como um todo. Como líderes
da transformação do ecossistema empreendedor nas cidades, faz todo sentido esta semana ser liderada
por vocês!
Busquem voluntários, engajem a sociedade e tragam para as ações do Comitê – inclusive para o plano-
toda visibilidade que elas merecem.

23
FASE 7.: Renovação

Momento para realizar um balanço sobre as ações de 2016 e considerar quais vão ser os avanços e as
prospecções para 2017. Quem vai continuar no comitê? As lideranças serão renovadas? O que podemos
mudar? O que queremos mudar?

Nós sabemos que esta missão de transformar o ecossistema das cidades não é uma missão fácil.
Mas é exatamente por isso que nós precisamos trabalhar juntos!

Contem com o apoio da Endeavor e de todos os comitês; vamos juntos sair das nossas zonas de
conforto e transformar o ambiente de negócios de todo o Brasil.

Não deixe de apresentar esta jornada na próxima reunião do comitê!

Este artigo te ajudou?


Dúvidas e Sugestões:
redeglobal@endeavor.org.br

24
A mudança no ecossistema empreendedor começa com você
http://empreendedorismo.org.br/html_novo/arquivos/Jornada-para-se-tornar-um-comite-local-estrategico.pdf

PARTE A

1. Assinale os elementos do paratexto


2. Qual é o objetivo dos elementos icônicos?
3. Conforme a distribuição do texto na página 1, que tipo de trama textual você acha que é a principal
nesta seção?
4. Conforme a distribuição do texto na página 2 e subsequentes, que tipo de trama textual você acha
que é a principal nesta seção?

PARTE B

1. Leia o texto da página 1.


a) Divida-o em partes.
b) Dê um título a cada parte. Justifique a sua resposta com marcas no texto. 2.
a) Sintetize o objetivo de cada fase (página 2 e subsequentes) e complete o esquema a seguir:

FASE FASE FASE FASE


4 5 6 7

b) Estas fases, por sua vez, poderiam ser reagrupadas em seções maiores. Assinale quais fases
correspondem a cada uma.

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7

início processo fecho avaliação

PARTE C

Faça o resumo

25
DEBATE E RESISTÊNCIA

Despejado pelo BNDES, Centro Celso Furtado já encontrou nova sede

Prestes a ocupar um espaço no Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, centro


de estudos manterá sua atividade progressista em busca do desenvolvimento
justo e sustentável

por Maurício Thuswohl, para a RBA publicado 10/09/2016 17:27


ERARDO LAZZARI/RBA

Rosa: 'O que provavelmente irá acontecer é que tudo vai ficar em ponto morto ou mais desacelerado'

Rio de Janeiro – Há pouco mais de um mês, a direção do Centro Celso Furtado foi comunicada
pela nova direção do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de que
deveria deixar as duas salas que ocupa em um edifício alugado pelo banco na região central do
Rio de Janeiro. Associação apartidária e sem fins lucrativos fundada em 2005, pouco depois
5 da morte do mestre Furtado, um dos economistas mais respeitados e estudados no Brasil e no
mundo, o centro de estudos se tornou referência por seu acervo com cerca de 10 mil publicações
e pela produção própria de debates e livros sobre economia, sempre com viés progressista e
desenvolvimentista. Esse perfil fez com que logo se falasse no “despejo” como um instrumento
de perseguição ideológica por parte da nova diretoria alinhada ao perfil neoliberal do governo
10 de Michel Temer, e no temor de que o Centro Celso Furtado encerrasse suas atividades. O centro,
informa o BNDES, terá seis meses para deixar as salas que ocupa atualmente.

Em entrevista à RBA, a jornalista, editora e tradutora Rosa Freire d’Aguiar Furtado, viúva de
Celso Furtado, informa que o centro já encontrou uma nova sede, que funcionará no Clube de
Engenharia do Rio de Janeiro. Rosa diz não acreditar que tenha havido perseguição ideológica
15 ao centro, uma vez que outros setores do BNDES também terão de deixar as dependências que
ocupam no mesmo prédio, mas espera que as coisas “fiquem em ponto morto ou desacelerem”
em caso de permanência de um governo interino que, afirma, “não é interessado em
desenvolvimento”.

Às vésperas de realizar um congresso em Manaus, entre quinta e sexta-feira (15 e 16), o Centro
20 Celso Furtado, mesmo que tenha de apertar o cinto e diminuir o ritmo de suas atividades,
sobreviverá, garante Rosa: “O centro é importante, e não somente por uma questão de resistência.
É importante fazer o debate sobre os rumos do Brasil neste momento, e tem muita gente
interessada”, diz.
26
Houve perseguição ideológica por parte da atual diretoria do BNDES com o pedido para
25 que o Centro Celso Furtado deixe as dependências que sempre ocupou na sede do banco?

Eu não acredito que tenha havido motivação ideológica no pedido para deixar a sala. O BNDES
todo passou por esse processo. Tudo começou em 2013, quando nós e um monte de gente do
banco saímos da sede principal, que fica bem em frente à sede da Petrobras, no Centro do Rio.
O banco havia feito muito concurso, na época do Luciano Coutinho, e tinha muito funcionário
30 novo chegando. Aí eles alugaram uns andares no Edifício Ventura, que fica na mesma rua
(Avenida Chile) e havia acabado de ser inaugurado. O Centro Celso Furtado foi transferido para
lá, ficamos com o nono andar. Mas, agora o BNDES vai devolver todos os andares que tinha no
Edifício Ventura, não vai mais arcar com o aluguel. Tudo vai ter que voltar para a sede antiga,
inclusive uma montanha de funcionários do banco que está lá. Não sei se vai caber.

35 Quando o BNDES alugou esses andares do Ventura, era porque eles já estavam apertados. De
fato, a atual diretoria está querendo diminuir despesas. Esta é a razão que nos deram, e parece ser
verdade. Eles vão ter que sair de lá, e nós vamos ter que sair de lá também.

O BNDES não acenou para vocês com a possibilidade de volta para a sede principal do
banco, onde o Centro Celso Furtado funcionou por nove anos?

40 Não, e eu nem imaginei que isso pudesse acontecer. Eles estão de fato com um sério problema
de falta de espaço. Nós pedimos um encontro com a diretoria do banco e fomos recebidos pelo
diretor de Planejamento, que é o Vinícius Carrasco. Ele acabou nos dando duas boas notícias. Eu
achava que a gente tivesse que se mudar em cima do laço, logo após as Olimpíadas, mas não. Ele
nos disse que nós, assim como os funcionários do banco, ainda teremos seis meses
45 pela frente antes da mudança. Isso já dá um certo alívio pra gente.

Outra boa notícia é que o banco diz que vai manter sua contribuição ao centro, que acontece uma
vez por ano. Este ano a gente já recebeu e há compromisso da atual direção do BNDES de que
no ano que vem a contribuição será mantida. Por isso que eu acho que a questão ideológica não
é necessariamente o motivo de nossa saída. Eu deixei claro que sem essas
50 contribuições é difícil a sobrevivência do centro. O centro nasceu com quatro patrocinadores, e
depois nós perdemos dois desses quatro. A Petrobras, por motivos óbvios. E a contribuição da
Eletrobrás a gente perdeu quando ocorreu aquela crise no setor de energia. Estamos ainda com
dois patrocinadores, que são a Caixa Econômica Federal e o BNDES.

E vocês já têm em vista um novo local para instalar a sede do centro?

55 O ex-prefeito Saturnino Braga, que é hoje diretor-presidente do Centro Celso Furtado e


engenheiro de origem, é muito ligado ao pessoal do Clube de Engenharia. Aí, o Clube de
Engenharia acenou com a possibilidade de a gente ter um espaço no prédio do clube localizado
na Avenida Rio Branco, quase esquina com Sete de Setembro, também na região central do Rio.
O clube é dono do prédio todo e tem um espaço lá sobrando. Isso para nós é uma maravilha.

60 Eu já fui dar uma olhada no espaço, ele é muito bom, tem 100 metros quadrados. Vai dar
superfolgado para a biblioteca, que é a coisa mais problemática, digamos assim. O Centro,
basicamente, é formado por duas salas, e a sala maior sempre foi a da biblioteca. Quando eu
juntei todos os livros do Celso – que estavam espalhados, uma parte aqui em casa em
Copacabana, outra em um apartamentinho que tínhamos no Alto da Boa Vista, onde estava a
65 biblioteca do Celso pré-64, e ainda tinha a de Paris, da época do exílio. Aí eu juntei tudo, trouxe

27
tudo de Paris, esvaziei o apartamento do Alto da Boa Vista... A biblioteca sempre foi a nossa
maior preocupação, porque ela ocupa muito espaço e é muito pesada.

Qual o acervo atual do centro?

Noventa e oito por cento do acervo é composto por livros. Há também periódicos, não são muitos,
70 e tem coisas mais pesadas tipo teses, coisas assim. Juntando tudo, são dez mil volumes. E aí tem
também o peso, porque você calcula na base de 500 gramas por livro (o Celso tinha muito livro
encadernado, que são mais pesados) e dá cinco toneladas. Isso sem falar nas estantes. Hoje todo
este acervo está lá no Edifício Ventura. Há também a biblioteca com as publicações do próprio
centro, que vai se fazendo pouco a pouco. A biblioteca do Celso não cresce mais, mas a do centro
75 sim. Ela é pequena ainda, a gente tem talvez uns mil livros.

Independentemente desta questão envolvendo o BNDES, como a mudança de governo influi


nas atividades do centro?

Embora a gente ainda não saiba o que vai acontecer no julgamento da presidente Dilma, eu acho
que este governo provisório não é um governo interessado em desenvolvimento. E a gente é
80 basicamente um centro voltado para assuntos ligados ao desenvolvimento, né? Para o debate
sobre o desenvolvimento, para a documentação do desenvolvimento...

Não é a prioridade para o governo empossado...

O fato é que nesses 11 anos de existência do Centro Celso Furtado, a gente fez muita coisa e
continua fazendo. As publicações, a gente está conseguindo manter. Este ano, por exemplo,
85 estamos lançando livros. Temos duas coleções em parceria com a Editora Contraponto, do César
Benjamin. Uma delas é a coleção Arquivo Celso Furtado, e a outra a coleção Economia Política
e Desenvolvimento. Temos ainda uma terceira coleção, chamada Pensamento Crítico, que é
basicamente voltada para e-books. Este ano está saindo pela Contraponto uma nova edição de
um livro do Celso, e está saindo também uma publicação pela coleção Pensamento Crítico,
90 chamada Perspectivas Asiáticas, que traz a análise de especialistas sobre a Ásia. Está em fase de
elaboração e talvez seja publicado ainda em 2016 um livro sobre teoria e política do
desenvolvimento na América Latina. A coisa está indo, essa coisa das publicações a gente está
conseguindo manter. Já temos um volume considerável em publicações próprias. Em dez anos,
a gente fez uns 40 livros.
95 A mensagem é que, apesar das dificuldades, o Centro Celso Furtado continuará existindo?

O que provavelmente irá acontecer é que tudo vai ficar em ponto morto ou mais desacelerado.
Mas, estamos mais vivos do que nunca. Vamos fazer nos dias 15 e 16 de setembro um congresso
em Manaus. Nós fazemos congressos a cada dois anos, e o Saturnino, que é uma pessoa
absolutamente encantadora, observou com razão que já havíamos feito várias coisas do Centro
100 Celso Furtado sobre o Nordeste, mas sobre a Amazônia ainda não. Decidimos então fazer o
congresso sobre a Amazônia na própria Amazônia. Reduzimos o evento de três para dois dias,
conseguimos o Ernesto Samper, atual presidente da Unasul, que vai fazer a abertura, Maria
Jacqueline Mendonça Ortega, presidente da OTCA, também irá participar, e o embaixador
Samuel Pinheiro Guimarães vai fechar o congresso. Estamos conseguindo fazer, mas
105
evidentemente vai ser um pouco menor do que imaginávamos.

28
O centro tentará manter plenamente suas atividades?

Olha, este ano estamos fazendo muita coisa. Mas, evidentemente, há alguns projetos que eu acho
que agora vai ser difícil dar continuidade. Por exemplo, nós realizamos em parceria com
110 o Ipea um curso de capacitação e formação de quadros, chamado Macroeconomia e
Desenvolvimento, em 25 cidades médias do Brasil. Nós realizamos uma semana de curso com
prova e certificado em cidades médias como Sinop (MT), Chuí (RS), Vitória da Conquista (BA),
João Pessoa... A ideia do curso é a formação do pessoal que trabalha com as secretarias de
desenvolvimento, planejamento ou finanças. Foi um sucesso, mas na época era o Ipea do Marcio
115 Pochmann. Depois, com o Marcelo Néri, o Ipea já não teve muito interesse. Isso eu acredito que
provavelmente irá acontecer. Parceiros que nós tínhamos, talvez a gente não possa contar mais.

Exatamente neste momento, eu acho mais importante do que nunca ter um centro que pense as
coisas do país. Eu acho que a gente pode estar entrando em uma fase na qual o debate fique
muito polarizado em torno daquela coisa de ortodoxo e heterodoxo, mas o Centro Celso Furtado
120 está lá para pensar realmente um projeto, a gente pensa o Brasil de manhã, de tarde e de noite.
O centro é importante, e não somente por uma questão de resistência. É importante fazer o debate
sobre os rumos do Brasil neste momento, e tem muita gente interessada.

Não é tão fácil fechar o Centro Celso Furtado...


A gente sabe também que o Brasil é uma coisa pendular. O pêndulo da política vai e daqui a
125 pouco volta. Não é a primeira vez que a gente fica no sufoco. Outro fator é a diversidade do
centro, determinada lá em 2005, quando foi criado. Por exemplo, o José Serra é nosso sócio e a
Dilma também. O Celso Amorim é nosso sócio, mas também o Rubens Ricupero. É claro que,
majoritariamente, o que une os sócios do Centro é uma ideia desenvolvimentista, mas isso
quando ele foi criado. Não se pode dizer hoje em dia que o Serra tenha uma ideia
130 desenvolvimentista. Temos uns 220 sócios, por aí, a maioria economistas que são, em sua
maioria, heterodoxos. Se havia a intenção inicial de perseguir o Centro Celso Furtado
ideologicamente, acho que essa coisa se desfez porque de repente eles começaram a ver que tem
até gente do governo interino como sócio. Teve um pouco também o fato de não quererem
comprar briga com o nome de Celso Furtado. Agora é ir tocando e esperar um pouco para ver o
135 que pode acontecer.

registrado em: centro celso furtado nova sede bndes rosa freire d’aguiar furtado rio de janeiro governo temer

29
Despejado pelo BNDES, Centro Celso Furtado já encontrou nova sede
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2016/09/despejado-pelo-bndes-centro-celso-furtado-ja-encontrou-nova-sede-1932.html

PARTE A
Assinale 4 elementos do paratexto

PARTE B

1. Por que o Centro de Pesquisa se chama “Celso Furtado”?


2. Qual é o problema que atravessa o Centro Celso Furtado?
3. O Centro continuará funcionando?
4. Quais foram e quais são atualmente as fontes de financiamento do Centro?
5. Indique o referente

LINHA REFERENTE

esse 27

tudo 33

eles 40

a gente 43

isso 45

delas 86

6. Complete a tabela

VERBO LINHA SUJEITO NO TEXTO


foi comunicada 1
se tornou 6
encerrasse 10
sobrviverá 21
deram 36
acho 48

PARTE C

Faça o resumo

Vocabulário

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e,
hoje, o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da
economia brasileira.
OTCA: Organização do Tratado de Cooperação Amazônica pretende proporcionar a preservação do patrimônio natural da Amazônia
através dos princípios de desenvolvimento sustentável. Seus países membros são: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru,
Suriname e Venezuela.

UNASUL: União de Nações Sul-Americanas; em espanhol “Unión de Naciones Suramericanas, UNASUR” é uma organização
intergovernamental composta pelos doze estados da América do Sul, s, em 1º de julho de 2010. Foi fundada dentro dos ideais de integração
sul-americana multissetorial, conjugando as duas uniões aduaneiras regionais: o Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a Comunidade
Andina de Nações (CAN).

30
ESPAÇO ABERTO

Internet e os dividendos digitais


O ciberespaço é chave estratégica para o desenvolvimento social e econômico dos países

VIRGILIO A. F. ALMEIDA*
22 Setembro 2016 | 03h00

O Banco Mundial divulgou no início deste ano um extenso e multifacetado relatório sobre
o iam
s pacto d tecnologias digitais em todo o mundo. Com o título Dividendos Digitais, o
documento é um alerta a respeito da disseminação das tecnologias digitais, que muitas
vezes podem não ser a panaceia que delas se espera.

5 Várias são as leituras possíveis desse documento, que certamente dependem do gosto, do
ofício e do interesse do leitor. Em qualquer leitura, no entanto, estão embutidas algumas
perguntas fundamentais: qual o papel das tecnologias digitais no mundo atual? Quais os
seus custos e benefícios? E é justamente neste momento de várias mudanças globais em
que o avanço tecnológico paradoxalmente se confunde com crise, desemprego e aumento
10 das desigualdades que devemos buscar uma melhor compreensão do impacto da internet
e das tecnologias digitais.

As chamadas tecnologias digitais – internet, smartphones, e todas as outras ferramentas


de software para coletar, armazenar, analisar e compartilhar informações – espalharam-
se rapidamente pelo mundo inteiro. Mais de 3,2 bilhões de pessoas têm acesso à rede.
15 Num dia típico, mais de 207 bilhões de e-mails são enviados, 4,2 bilhões de buscas são
feitas no Google e mais de 1 bilhão de pessoas se conectam ao Facebook. Para buscar um
entendimento mais aprofundado desse fenômeno global, o relatório do Banco Mundial
centra-se em três conceitos fundamentais: dividendos digitais, complementos analógicos
e riscos.

20 Vejamos, então, cada um deles em separado. Os dividendos digitais são basicamente os


benefícios trazidos pelos investimentos em internet e tecnologias digitais e concentram-
se principalmente no crescimento econômico, na criação de empregos e nos serviços de
qualidade. Fundamentalmente, os principais benefícios alinham-se ao longo de três
eixos: 1) inclusão, 2) inovação e 3) eficiência.

25 Ao reduzir os custos da informação, as tecnologias digitais reduzem também o custo das


transações econômicas e sociais para as empresas, os indivíduos e o setor público. A
inovação e a eficiência tornam-se evidentes quando os custos das transações ficam
próximos de zero, tornando os serviços públicos e privados mais baratos, rápidos e
convenientes. A inclusão decorre do aumento do número de pessoas com acesso a serviços
30 que anteriormente estavam fora de alcance de parte da população.

Embora a internet e as tecnologias digitais estejam presentes nos quatro cantos do


planeta, os dividendos digitais não estão distribuídos de forma equânime, especialmente
nos países em desenvolvimento. Duas são as razões principais.

31
Primeiro está o fato de que quase 60% da população global ainda não tem acesso à
35 internet e, portanto, não participa de maneira significativa dos benefícios da economia
digital.

Segundo, em muitos países, os potenciais benefícios das tecnologias digitais acabam


sendo anulados ou reduzidos pelas ineficiências locais, sejam elas de infraestrutura ou
arcabouço regulatório.

40 Países que são capazes de rapidamente se adaptar à evolução da economia digital colhem
maiores dividendos digitais. Outros acabam ficando menos competitivos por não serem
capazes de avançar nos benefícios dessas tecnologias. Isso leva a uma perda de
competitividade geral, de empresas e de indivíduos, nesses países.

Mas por que alguns países rapidamente usufruem os benefícios dos investimentos
45 digitais e outros não? A resposta dada pelo Banco Mundial passa pelo conceito dos
chamados “complementos analógicos”, que são condições regulatórias adequadas e
compatíveis com a agilidade e a eficiência dos negócios digitais. Isso não se restringe às
empresas de internet, qualquer segmento da atividade econômica depende cada vez mais
das tecnologias digitais para competir e inovar.

50 O avanço acelerado das tecnologias digitais traz riscos, que podem ser agrupados em três
grandes categorias: concentração econômica em alguns setores, aumento das
desigualdades sociais e controle excessivo dos cidadãos por governos e grandes
corporações. Os riscos podem ser mitigados pelos complementos analógicos, ou seja,
ambiente regulatório moderno e adequado, leis que protejam os direitos humanos na
55 internet e capacitação da força de trabalho.

O Brasil conquistou avanços importantes nos últimos anos em direção à economia digital.
Mas há ainda muito a fazer! Avançou com o Plano Nacional de Banda Larga, porém o
acesso em alta velocidade ainda precisa ser ampliado. O País está na vanguarda da
formulação e implementação de políticas públicas para a governança global da internet.
60 O Marco Civil, o Comitê Gestor da Internet (CGI.br) e a conferência da NETmundial são
iniciativas brasileiras que têm um amplo reconhecimento internacional. O País avançou
também com programas de apoio a startups, apoio à pesquisa e ao desenvolvimento
científico e tecnológico e à formação de engenheiros e pesquisadores em tecnologias
digitais. Além do Marco Civil, todavia, outras legislações são necessárias. Estão em
65 elaboração o anteprojeto de lei de proteção de dados pessoais e a revisão do modelo de
prestação de serviços de telecomunicações.

A política, a economia, o trabalho, o entretenimento e as relações interpessoais


desenvolvem-se cada vez mais no ciberespaço, criado pela internet e pelas tecnologias
digitais. O ciberespaço é chave estratégica para o desenvolvimento social e econômico de
70 todos os países. O Brasil tem construído políticas de Estado para internet que dão a
segurança necessária para o País desenvolver plenamente uma agenda digital. Em razão
da velocidade da evolução tecnológica, no entanto, o Brasil precisa estar atento à
construção de novas políticas públicas que maximizem os dividendos e diminuam os
riscos futuros.

*RVGIILIO A. F.
ALMEIDA É PROFESSOR TITULAR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG),
COORDENADOR DO COMITÊ GESTOR DA INTERNET (CGI.BR)

32
http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,internet-e-os-dividendos-digitais,10000077525

Internet e os dividendos digitais

PARTE A

Assinale os elementos do paratexto

PARTE B

1. Indique o referente

LINHA REFERENTE

desse 5
deles 20
elas 38
isso 42
que 46

2. Indique as ideias que vinculam os conectores a seguir

LINHA IDEIA 1 CONECTOR IDEIA 2 SENTIDO

31 embora

53 ou seja reformulación

57 porém

64 todavia

3. Indique os parágrafos que poderiam ser elididos sem perda de informação básica.

33
4. Complete o plano do texto a seguir

Dividendos digitales
Informe BM

❶ Dividendos digitales ❷ Complemento tecnológico ❸ Riesgos

1.

1.

2. 2.

3.

3.

PARTE C

Faça o resumo.

34
50

55

60

5 30

65

10
35
70

15
40
75

20
45
80

25

35
85

90

95

100

105

110

115

120

125

36
Ideias na madrugada

http://www.cartacapital.com.br/revista/832/ideias-na-madrugada-6410.html

PARTE A

1. Assinale e identifique os elementos do paratexto.


2. Marque com um X. A trama principal é

narrativa  descritiva  dialogal 



PARTE B

1. Assinale no texto 3 marcas de subjetividade do autor.


2. Marque no texto as citações. Todas têm o mesmo critério tipográfico?

PARTE C

1. Explique o título

2. Complete o mapa conceitual a seguir

37
Gobierno Vargas
Crea para implementar el
ideario:

Bancos

Asesoria económica
Empresas "los bohemios cívicos" Comisiones
del Estado * (Bahia)
*(Marañón)
*(Paraíba)
*(Ceará)

Otros

38

Você também pode gostar