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Psicologia e Políticas LGBTQIAPN+

Resumo

Este relatório apresenta uma análise sobre o papel da psicologia nas políticas voltadas para a população
LGBTQIAPN+. Destacando a importância da formação acadêmica atualizada e inclusiva, a necessidade de
acolhimento e apoio psicológico e ressalta a responsabilidade do Estado em garantir políticas públicas
que promovam a cidadania e a valorização das diversidades. A partir dessa análise, espera-se que
profissionais da psicologia e formuladores de políticas possam atuar de forma mais efetiva na promoção
do bem-estar e dos direitos dessa população.

Introdução

A polarização recente das políticas voltadas para a população LGBTQIAPN+ e as dúvidas quanto ao papel
da psicologia nessas iniciativas estão relacionadas à formação acadêmica carente de discussões sobre as
pessoas LGBTQIAPN+. Isso revela que muitos profissionais ainda não estão preparados para lidar com os
temas específicos dessa população. Portanto, é crucial que haja uma atualização e inclusão de
conteúdos que aproximem os profissionais de psicologia da realidade e das necessidades do serviço ao
qual estão vinculados. Esses conteúdos devem incluir conceitos de políticas públicas, clínica ampliada,
humanização, acolhimento, educação em saúde, responsabilidade compartilhada, projeto terapêutico,
educação permanente e rede de serviços.

A atuação da psicologia nas políticas voltadas para a população LGBTQIAPN+ tem passado por mudanças
significativas. No entanto, nos últimos anos, tem havido um movimento de conscientização e mudança
nessa perspectiva. A psicologia tem buscado se posicionar ao lado daqueles que rejeitam o viés
normativo em relação à sexualidade e identidades de gênero. Portanto, é responsabilidade do
profissional de psicologia compreender as expressões sociais das sexualidades e do gênero,
reconhecendo que as orientações sexuais e identidades de gênero não são meras opções ou escolhas
individuais voluntárias.

As psicólogas, psicólogos e psicólogues também têm a responsabilidade de acolher o sofrimento


psíquico de gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais e outras
variacoes presentes na população LGBTQIAPN+.
Considerações Finais

A implementação e o fortalecimento das políticas públicas voltadas para a população LGBTQIAPN+


exigem a garantia de um marco legal nacional que proteja essa população, a compreensão da realidade
brasileira e seus agravos relacionados à desigualdade, um modelo de gestão que respeite a participação
e o controle social. Cabe ao Estado assumir a responsabilidade de implementar políticas públicas que
promovam a cidadania e respeitem as diversidades, tratando os direitos humanos como uma verdadeira
política de Estado.

Referências:

FUCHS, J. J. B. ; HINING, A. P. S. ; TONELI, M. J. F. . Psicologia e Cisnormatividade. PSICOLOGIA &


SOCIEDADE (ONLINE) , v. 33, p. 1-16, 2021.

FUCHS, J. J. B. ; HINING, A. P. S. ; TONELI, M. J. F. ; BENVENUTTI, M. P. . Direitos e violências na


experiência de travestis e transexuais no Estado de Santa Catarina: construção de um perfil psicossocial.
Journal of Studies on Citizenship and Sustainability , v. 2, p. 77-96, 2017.

BENVENUTTI, M. P. ; FUCHS, J. J. B. ; HINING, A. P. S. ; TONELI, M. J. F. . Acesso a serviços públicos e


questões de saúde da população travesti e transexual de Santa Catarina. 2016. (Apresentação de
Trabalho/Comunicação).

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