Milla Araújo

MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA I E IMUNOLOGIA

AULA – INTRODUÇÃO E SAÚDE ÚNICA

O CONCEITO DE SAÚDE ÚNICA (ONE HEALTH) SURGIU PARA TRADUZIR A UNIÃO INDISSOCIÁVEL ENTRE A SAÚDE
ANIMAL, HUMANA E AMBIENTAL.

SUBDIVISÕES DA MICROBIOLOGIA:
• BACTERIOLOGIA
• MICOLOGIA
• VIROLOGIA*
• AGENTES INFECCIOSOS NÃO CONVENCIONAIS (PRÍONS)*

MICROSCOPIA COMUM: BACTÉRIAS – BACILOS, COCOS, ESPIROQUETAS

MICROSCOPIA ELETRÔNICA: VÍRUS E OS PRÍONS (PROTEÍNA INFECCIOSA)

DOENÇAS EMERGENTES:
• 335 DOENÇAS INFECCIOSAS EMERGENTES (DIE) NA POPULAÇÃO HUMANA MUNDIAL
25,4% = VÍRUS E PRÍONS
54,3% = BACTÉRIAS
• ZOONOSES 60,3% DAS DIE
71,8% TÊM ORIGEM EM ANIMAIS SILVESTRES
28,2% ANIMAIS DOMÉSTICOS

MICRORGANISMO – RESERVATÓRIO – AMPLIFICADOR – INDIVÍDUOS SUSCEPTÍVEIS

- MICRORGANISMO = AGENTE INFECCIOSO QUE É CAPAZ DE CAUSAR UMA DOENÇA INFECCIOSA (VÍRUS,
BACTÉRIA)
- RESERVATÓRIO = É O LOCAL ONDE O AGENTE INFECCIOSO SE ENCONTRA (ANIMAL, AMBIENTE)
- AMPLIFICADOR = POR UM FATOR DE ALTERAÇÃO AMBIENTAL O AGENTE INFECCIOSA É PASSADO PARA UM
HOSPEDEIRO AMPLIFICADOR QUE IRÁ MODIFICAR SENDO CAPAZ DE INFECTAR OUTRAS ESPÉCIES
- INDIVÍDUOS SUSCEPTÍVEIS = TODOS OS INDIVÍDUOS POSSUEM ALGUM GRAU DE SUSCEPTIBILIDADE, A
DEPENDER DAS CONDIÇÕES INDIVIDUAIS E DO TIPO DE PATÓGENO.

CONCEITOS
• TRANSBORDAMENTO OU SPILLOVER = PASSAGEM DE UM PATÓGENO DE UM HOSPEDEIRO AMPLIFICADOR
PARA O SER HUMANO
O FREQUENTE CONTATO ENTRE HOMEM E ANIMAIS PERMITE UMA POSSÍVEL ADAPTAÇÃO DE DETERMINADO
PATÓGENO A UM NOVO HOSPEDEIRO

• SPILL-BACK = MICRORGANISMO DO ANIMAL PASSA PARA O SER HUMANOS E RETORNA PARA O ANIMAL
ESTÁ RELACIONADO AO RETORNO AO HOSPEDEIRO X DESSE AGENTE ETIOLÓGICO, ANTERIORMENTE
ADAPTADO AO HOSPEDEIRO
EXEMPLO: CINOMOSE EM GRANDES FELINOS NA ÁSIA E HERPES HUMANO EM PNH

ROTAS POTENCIAIS DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS ENTRE ANIMAIS E HUMANOS

- ANIMAIS SILVESTRES
- MANIPULAÇÃO DE ANIMAIS VIVOS
- AMBIENTE CONTAMINADO
- AEROSSOL
- VETORES
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- ALIMENTO
- MORDIDA DE ANIMAL
CARACTERÍSTICAS COMO VOO, MAMÍFERO TORNAM O MORCEGO UM EXCELENTE RESERVATÓRIO, E É MUITO
MAIS EFICIENTE NA DISPERSÃO DE PATÓGENOS, QUE O PRÓPRIO ROEDOR.

BRASIL É CONSIDERADO UM DOS “HOTSPOTS” PARA A EMERGÊNCIA DE DIE

- DIVERSIDADE DE ESPÉCIES DE ANIMAIS SILVESTRES (PREDITOR PARA A EMERGÊNCIA DE DIE)
- INDEPENDENTE DO CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO HUMANA, LATITUDE E PLUVIOSIDADE
- DEVASTAÇÃO DA AMAZÔNIA (ALTERAÇÃO NO MEIO AMBIENTE)

PROPRIEDADES DOS VÍRUS (DOS MICRORGANISMOS)

• PATOGENICIDADE = CAPACIDADE DE CAUSAR DOENÇA
- NÃO PRECISA SER ALTA, SE A TAXA DE TRANSMISSÃO POR ALTA

• QUANTIDADE = QUANTO MAIS MICRORGANISMOS, MAIS PROVÁVEL A INFECÇÃO

- A QUANTIDADE DETERMINA SE TERÁ OU NÃO A DOENÇA
- A VACINA TRAZ UMA RESPOSTA IMUNOLÓGICA QUE REDUZ ESSA A POSSIBILIDADE, MAS DEPENDE DA
QUANTIDADE DE VÍRUS INALADO.
- A VACINAÇÃO EM MASSA REDUZ A QUANTIDADE DE VÍRUS NO AMBIENTE
- EXISTEM MICRORGANISMOS POUCO PATOGÊNICO, PORÉM EM GRANDE QUANTIDADE PODE MATAR
(EXEMPLO: HISTOPLASMOSE – FUNGO NAS FEZES DE PÁSSAROS E MORCEGOS)

• ADAPTABILIDADE = PODE SER ALTA OU BAIXA, DEPENDE DA CAPACIDADE DO MICRORGANISMO EM INFECTAR

CÉLULAS DE UM NOVO HOSPEDEIRO
TEM RELAÇÃO COM O FATOR GENÉTICO E MUTAÇÃO

• INFECÇÃO = CAPACIDADE DE INFECTAR (ENTRAR E MULTIPLICA)

- A INFECÇÃO PODE CAUSAR UMA DOENÇA OU NÃO, DEPENDE DA RESPOSTA IMUNOLÓGICA

PATOGENICIDADE E QUANTIDADE SÃO IMPORTANTES PARA DETERMINAR A INFECÇÃO

• ALTA PATOGENICIDADE X BAIXA QUANTIDADE = SISTEMA IMUNOLÓGICO ELIMINA DO ORGANISMO (ALTA
RESPOSTA IMUNOLÓGICA)
• ALTA PATOGENICIDADE X ALTA QUANTIDADE = MAIOR PROBABILIDADE DA DOENÇA ACONTECER (BAIXA
RESPOSTA IMUNOLÓGICA)
• BAIXA PATOGENICIDADE X BAIXA QUANTIDADE = ALTA RESPOSTA IMUNE

EXEMPLOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS:

• RAIVA
- RAIVA TRANSMITIDA POR CARNÍVOROS = ALTAMENTE PATOGÊNICA / ALTA LETALIDADE
- RAIVA TRANSMITIDA POR MORCEGOS
- RAIVA EM BOVINOS = RARAMENTE É TRANSMITIDA PARA HUMANOS, É TERMINAL PARA O BOI.
CARACTERIZADA POR LESÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL, PODE PROVOCAR CONVULSÕES, TETANIA E
PARALISIA RESPIRATÓRIA.
• FEBRE AFTOSA = É UMA DOENÇA INFECCIOSA AGUDA QUE CAUSA FEBRE, SEGUIDA PELO APARECIMENTO DE
VESÍCULAS (AFTAS) – PRINCIPALMENTE NA BOCA E NOS PÉS DE ANIMAIS DE CASCO FENDIDO (BOVINO E
SUÍNOS)
• VÍRUS RESPIRATÓRIOS
• VÍRUS INFLUENZA = MUDANÇA NO SEGMENTO (HÁ 7 SEGMENTOS)
• CINOMOSE CANINA
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• ENTERITES VIRAIS

PROPRIEDADES DOS HOSPEDEIROS

• SUSCEPTIBILIDADE = POSSUI RECEPTORES PARA O AGENTE INFECCIOSO
• REFRATARIEDADE = NÃO POSSUI RECEPTORES. ENTRA EM CONTATO, MAS NÃO ENTRA.
• SEXO E IDADE = PREDISPOSIÇÃO
• ESTRESSE
• FATORES NUTRICIONAIS = DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

CONDIÇÕES AMBIENTAIS
• FRIO, CALOR, VENTOS, PASTAGENS RUINS
• TIPO DE SOLO
• VETORES E TRANSMISSORES
• MANEJO
• DESMATAMENTO
• ATIVIDADES HUMANAS
• VÍRUS, BACTÉRIAS...
• BILHÕES DE HUMANOS: EM 25 OU 27 ANOS A POPULAÇÃO HUMANA SERÁ DUPLICADA.

EPIDEMIAS VIRAIS NOS ÚLTIMOS 50 ANOS

• VÍRUS MACHUPO- BOLÍVIA (1959 A 1963) -
MORTALIDADE DE 40%
• VÍRUS MARBURG-1967
• VÍRUS LASSA-1969
• ÉBOLA- 1976
• HIV-1 1981 E HIV-2 1986
• VÍRUS SIN NOMBRE -1993
• VÍRUS HENDRA-1994
• GRIPE AVIÁRIA- 1997
• VÍRUS NIPAH- 1998
• VÍRUS NILO OCIDENTAL- 1999
• SARS- 2003
• H1N1- 2009
• COVID 19- 2019 ERA MODERNA