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SISTEMAS DE PRODUÇÃO

REPOLHO

FICHA DE AVALIAÇÃO:
• CONTEÚDO DO TRABALHO (PESO 5)
• TEMPO – 10 MIN (2 MIN TOLERÂNCIA) (PESO 1)
• APRESENTAÇÃO PESSOAL (PESO 1)
• LINGUAGEM UTILIZADA (PESO 1)
• QUALIDADE DAS RESPOSTAS (PESO 1)

TÓPICOS:
1. ORDEM BOTÂNICA;
2. EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE;
3. SEMEADURA;
4. MANEJO PARA A PRODUÇÃO;
5. COLHEITA.

1 ORDEM BOTÂNICA
O repolho (Brassica oleracea var. capitata L.), faz parte da ordem Brassicales,
família Brassicaceae, gênero Brassica e espécie Brassica oleracea. A espécie Brassica
oleracea engloba diversas hortaliças, como por exemplo, o brócolis, as diferentes
variações da couve, e o próprio repolho. Apesar das grandes diferenças entre essas
hortaliças, todas elas são praticamente a mesma planta, porém, com muitos anos de
melhoramento genético e seleção artificial focados em diferentes partes dela, assim
como foi feito para termos diferentes raças de cães hoje em dia.

2 EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE
A espécie que originou a espécie Brassica oleracea ainda é incerta, mas a opção
mais provável que temos é que ela é derivada da Brassica oleracea selvagem, também
chamada de couve silvestre. A Brassica oleracea selvagem é encontrada próxima a
Grécia, na região do mediterrâneo, e acredita-se que ela foi uma das primeiras espécies
domesticadas pelo homem, pois o registro mais antigo que cita a domesticação dessa
planta foi escrito por volta de dois séculos antes de Cristo.
As ações da domesticação feita pelos humanos, como a seleção artificial a
alteração dos genes dessa planta gerou uma enorme diversidade de hortaliças. A planta
original possui características como: sabor suave e amargo, folhas geralmente verdes e
grossas, podendo haver uma diferenciação entre as folhas da base e as folhas terminais,
e possui também várias pequenas flores, que podem ser amarelas ou brancas, sendo
formadas por quatro pétalas.
Para gerar as variedades dessa espécie, foi preciso direcionar essas mutações
para diferentes partes da planta. No brócolis por exemplo, ocorreu uma mutação nas
hastes e botões florais. Já no repolho foi feita a alteração dos genes que são responsáveis
pela síntese do hormônio vegetal giberelina, o que fez com que o espaço entre os talos
fosse reduzido e as folhas começassem a se embricar, se dobrando umas por cima das
outras, gerando o que chamamos de cabeça do repolho.

3 SEMEADURA
A semeadura do repolho para a indústria é feita antes em um ambiente diferente
do local de plantio definitivo, pois assim como muitas outras plantas, o repolho, quando
semente, é mais sensível, precisando de uma adaptação para o ambiente definitivo. Por
conta do alto preço das sementes de variedades recomendadas para o nosso clima, a
semeadura deve ser cuidadosa. Temos duas formas de fazer essa semeadura, a primeira
é em canteiros, e a segunda é em recipientes.
Essa primeira forma de semeadura é realizada em pequenos canteiros, também
chamados de sementeiras. O substrato do leito da sementeira deve ser composto
metade por solo, e metade por esterco curtido ou composto orgânico peneirado. Devem
ser acrescentados os fertilizantes recomendados para o plantio do repolho após o
preparo do substrato, e o leito deve ser irrigado duas vezes por dia.
Uma semana após o preparo da sementeira, é feita a semeadura, onde as
sementes são colocadas em sulcos de 1 cm de profundidade, com cerca de 10 cm de
distância um do outro, sendo cobertas pelo material da própria sementeira. Depois
disso, é feita uma cobertura de palhada ou de sombrite, que vai sendo retirada próximo
da época de transplante.
A segunda forma pode ser feita em bandejas, tubetes ou copos plásticos de cerca
de 200 ml, e é o método mais recomendado e mais prático, também facilitando o
transporte das mudas para o local de plantio. O substrato no recipiente é o mesmo da
sementeira.
São distribuídas três sementes no centro de cada recipiente em sulcos de 1 cm,
e também são cobertas pelo substrato do próprio recipiente, logo após, são bem
irrigadas. Uma semana depois da semeadura é feito o desbaste, deixando apenas uma
muda por recipiente. Essas mudas devem ser mantidas sobre uma cobertura, que
também vai sendo retirada conforme vai se aproximando da época do transplantio.
Em ambos os métodos, a irrigação deve ser feita duas vezes por dia durante os
primeiros 15 dias após a semeadura, e dos quinze dias até o transplantio, ela deve ser
feita uma vez por dia. Também deve ser realizada a adubação, a aplicação de inseticida
e a remoção de ervas daninhas.
O transplantio deve ser realizado quando as mudas tiverem de 4 a 6 folhas
definitivas, ou de 10 a 15 cm, o que ocorre geralmente entre 20 e 25 dias após a
semeadura. O plantio deve ser feito em covas de 30 x 30 x 30 cm, sendo espaçadas em
60 cm na fileira, e em 80 cm entre as fileiras, e é recomendado que seja feito em períodos
de fraca luz solar, realizando a rega do solo antes e depois do plantio.

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