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NACIONAIS - ACHERON
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SET
Volume 1- 4

AVA G.
SALVATORE

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Sinopse

Talula Pierce é uma Crítica Gastronômica


em uma pequena revista de Boston - MA. E
depois de escrever um artigo sobre o
restaurante mais requintado de Boston, ela
tem a sua carreira ameaçada.

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Maxwell Grant é um bilionário frio e


implacável. Ele é o dono do Zaad,
restaurante que passou a ser ridicularizado
nas redes sociais depois de ter sido alvo de
uma crítica infeliz. Mas ele não vai deixar
isso barato.
Maxwell é um homem que sabe o que quer,
e ele quer a bela e atrevida Talula.
Depois de irritar o bilionário Maxwell
Grant, e com o seu visto prestes a ser
revogado. Talula não têm outra opção, a não
ser fazer um acordo com o diabo.

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O que acontece quando você irrita


alguém muito importante?
Essa é a pergunta que eu venho me
fazendo desde que eu escrevi aquela maldita
crítica sobre o Zaad.
O Zaad é um dos restaurantes mais
famosos de Boston – MA. E ele pertence ao
bilionário Maxwell Grant, um homem tido
como frio e muito exigente.
Eu não sou estúpida, mas mesmo

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assim eu cutuquei a onça com uma vara


curta. O Zaad tem sido alvo de críticos há
algum tempo, mas nenhum se atreveu a
escrever nada muito ofensivo. Porém, eu
não sou todo mundo. Não que eu seja muita
coisa, mas eu apenas busco pela verdade. E
é isso que eu aprendi ao longo dos meus
vinte e três anos. Eu odeio mentiras, e não
poderia deixar que outras pessoas
passassem pelo o que eu passei no Zaad.
Eu trabalho para a Zip Magazine,
que é uma pequena revista que fala de tudo
um pouco. Nós temos um público bastante
fiel, que é composto na grande maioria por
mulheres. E nosso lema é sempre mostrar a
verdade, mesmo que ela doa. Mas parece

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que Maxwell Grant era uma exceção a essa


regra, porque tudo foi pelos ares quando a
minha crítica foi publicada. E toda a
comunidade internauta se manifestou em
protesto contra.
Eu comuniquei ao gerente do Zaad
uma semana antes, que eu iria fazer uma
matéria sobre o Zaad. E que a crítica iria ser
publicada na próxima edição da revista. O
gerente em questão fez pouco caso, ele
sabia que a nossa revista não era nenhuma
de grande renome. E ele não iria perder o
seu precioso tempo com pessoas tão
insignificantes como nós. Essas foram as
suas palavras ao retornar o e-mail que eu o
havia enviado. Mas que ele não se opusera.

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A comida estava rançosa. O


atendimento hostil. E os funcionários mais
esnobes que você não poderia acreditar que
estávamos em um restaurante de luxo.
Toda a experiência foi uma
aventura bizarra. E no final eu tive que
pagar uma fortuna por porções minúsculas e
sem gosto.
Foi horrível.
Quando você vai a um restaurante,
você espera ser bem recebido e aproveitar
uma boa refeição. O ambiente tem que ser
agradável. E o atendimento deve ser cordial
e muito ágil. Eu não tive nada disso no
Zaad. E não poderia deixar de compartilhar
a minha experiência com as minhas leitoras.

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Logo depois que a minha crítica foi


publicada, a internet bombardeou o Twitter
e o site das empresas Grant com
reclamações e críticas que eles não tiveram
coragem de fazer antes. O
descontentamento era geral. Todos
alegavam que o gerente do lugar era um
misógino. A popularidade do senhor Grant
nunca foi tão negativa. Mas
inconscientemente eu sabia que isso voltaria
para mim como uma corrente maligna. E
aqui estou eu, lutando para manter o meu
emprego.
- Você deveria ter escolhido as suas
palavras quando você decidiu atacar um dos
homens mais poderosos dos Estados

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Unidos, Talula.
- Eu sinto muito, senhora que isso
tenha tomado essa proporção. Mas eu posso
fazer uma nota me desculpando pelo uso
exagerado de minhas palavras.
- Não será necessário. O assistente
do senhor Grant me ligou está manhã e
pediu especificamente que eu a demitisse ou
eu sofreria consequências ainda maiores do
que ele está tendo que lidar. Essa revista é
tudo que eu tenho.
- Isso é uma injustiça. E onde está a
minha liberdade de expressão? – Eu grito.
- Você tem todo direito de se
expressar, Talula. Mas não mais na minha
revista. – Ela cospe.

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Eu me levanto e vou para minha


mesa recolher os meus pertences. Eu estou
com a cabeça baixa, mas posso sentir todos
os olhos em mim. Eu não me importo. Eu
fiz o que tinha que fazer. O que ninguém
teve coragem ou peito para fazer. E eu me
orgulho disso. Durante os seis meses em
que estava trabalhando na Zip não fiz
nenhum amigo. Todos eles estavam
ocupados demais para me notar. Na
verdade, eu acho que eles nunca fizeram. Eu
era a garota estranha que se sentava à mesa
dos fundos. E nada mais.
Quem se importa? Eu sei muito bem
como as pessoas podem ser cruéis e falsas.
E não tenho a intensão de fazer parte da

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vida de alguém assim. Eu passei boa parte


da minha vida pulando de lares adotivos, e
isso me deu bastante experiência no que diz
respeito às pessoas.
Com exceção de Martina, a minha
última mãe adotiva. Eu não tive ninguém
que realmente se preocupasse comigo. Ela
era uma boa mulher, mas infelizmente
morreu cedo por problemas do coração.
Martina era uma senhora de cinquenta e
dois anos, mas ela tinha um histórico
familiar de pressão arterial. Quase todos da
sua família morreram de infarto. E assim foi
com ela também.
Martina morreu há apenas sete
meses. E eu sinto muito a sua falta a cada

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dia que passa. Ela me mudou. Quando eu


cheguei a sua casa eu era apenas uma garota
magricela com os olhos grandes e
assustados. Ela me deu um lar e muito
amor. E isso eu vou levar para sempre no
meu coração. Eu nunca conheci os meus
pais biológicos. Eu fui colocada para
adoção quando tinha apenas uma semana de
vida. O orfanato foi o meu lar até os onze
anos, quando um casal decidiu que me
queria para ser a sua filha. Eu fiquei triste
no começo por ter que deixar os meus
amigos, mas feliz que finalmente teria um
lar. Porém, essa sensação não durou muito
tempo. Carla e Marcos já tinham dois filhos
adotivos. E eles nos queriam apenas para o

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trabalho doméstico.
Um dia a senhora que morava ao
lado fez uma denúncia e nós fomos levados
de volta para o orfanato. E dois anos depois
veio o segundo casal. Eles me faziam
vender coisas no sinal. Eles foram
denunciados e eu voltei para o sistema. A
minha terceira família era muito louca. Eles
cultivavam erva e me faziam embalar toda a
droga. No começo eu não sabia o que era,
mas com o tempo eu descobri.
A minha adolescência foi muito
estranha, e isso me fez desistir um pouco de
confiar nas pessoas. Mas Martina apagou
tudo isso, pelo menos no sentido figurado.
Depois de dois meses com ela, eu tinha me

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esquecido da vida miserável que eu tinha


vivido antes. Era como se fosse um
pesadelo, e eu finalmente tinha acordado.
À volta para o meu apartamento não
foi nada glamorosa. Eu estava
desempregada e mais uma vez sozinha. A
Zip era como um lar para mim. Eu passava
todo o meu dia lá. E mesmo que eu não
tivesse um convívio social com os meus
colegas de trabalho, eu me sentia em família
por estar lá.
O meu aluguel vencerá em quinze
dias, e eu não terei como pagar. E mesmo
que eu consiga outro emprego logo não
serei capaz de pagar em dia. A minha
senhoria nada é amigável e vai me dar um

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tempo difícil.
Cada um tem o carma que merece.
Eu sei que tudo isso é minha culpa. Eu não
tinha que bancar a mártir e tentar salvar o
mundo de comer uma comida ruim, em um
restaurante famoso.
O que diabos eu estava pensando?
Eu coloco a minha caixa sobre a
mesa e rastejo para o quarto. Tudo o que eu
quero e preciso agora é dormir e esquecer
esse dia horrível. Amanhã será um novo dia
e tudo poderá ser melhor.
******
Eu estava física e mentalmente
cansada, e então dormi por mais de quatorze
horas. E a sensação ruim que se instalou

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pelo meu corpo ainda estava lá.


Levantando-me, eu fiz algum café e
tomei banho. Eu precisava ter alguns
Currículos para procurar um novo emprego.
Depois de marcar algumas
entrevistas, eu decido sair para esfriar a
cabeça. Eu nunca tive tanto tempo livre
antes, e vou aproveitar para pensar um
pouco na vida. E no que eu quero para o
meu futuro.
O meu telefone toca e na tela o
número é privado. Pensando que é alguma
empresa tentando entrar em contato eu
atendo rapidamente.
- Alô?
- Senhorita Pierce?

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- Sim, quem é?
- Eu sou Rachel Knox da Grant Inc.
Eu estou ligando em nosso do senhor Grant.
Ele gostaria de ter uma reunião com a
senhorita amanhã em seu escritório as
15h00min. Por favor, não se atrase. – Ela
fala e então desliga sem me dar a chance de
responder.
- Mas quem... – A linha já ficou
muda.
O que o senhor todo poderoso de
Boston quer com a mulher que manchou a
sua imagem perfeita? E quem ele pensa que
é para me dar ordens? Será que ele não está
satisfeito com a minha desgraça e quer me
punir ainda mais?

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Eu passei o resto do dia tentando


adivinha o que Maxwell Grant gostaria de
falar comigo. Com exceção de ele querer a
minha cabeça, eu não acredito que ele tenha
algo melhor para me falar.
Eu saio para entregar os meus
currículos, mas tudo que eu escuto é um
monte de “Não estamos contratando”. O
que aconteceu com todos os empregos que
Boston sempre oferecia?
A frustação toma conta de mim. E
eu decido que é hora de chamar a minha
melhor amiga “Tequila” para uma conversa.
Eu nunca fui muito de beber, mas o
momento exige. Eu não sei mais o que
fazer. Eu fui demitida e ninguém quer me

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contratar.
Eu não comi nada o dia todo, mas a
fome não é minha prioridade no momento.
Eu preciso encher a cara e esquecer o quão
miserável está a minha vida. A bebida faz o
seu efeito rapidamente. Eu estou muito
bêbada em pouco tempo, e a escuridão me
cumprimenta.
Eu não sei quanto tempo eu dormi,
mas a minha cabeça está me matando. Eu
ainda estou deitada no chão da sala onde eu
comecei a beber. Eu pareço como merda.
Eu me sinto como merda.
Eu consigo me equilibrar e levantar.
Ando até a cozinha e tomo um pouco de
água. Minha boca está seca. E eu estou

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desidratada. Eu nunca mais quero beber na


vida.
Vou para o quarto e procuro o meu
celular, e descubro que eu tenho apenas
duas horas para chegar ao prédio das
empresas Grant.
Gemendo eu me arrasto para o
banheiro. Eu preciso de um banho frio e
muito café para curar essa maldita ressaca.
******
Eu aliso a minha roupa antes de
entrar na sala do senhor Grant. A sua
recepcionista bate uma vez anunciando a
minha chegada. Eu sinto o meu corpo
tremer. Eu nunca tive medo de nada, mas
estar aqui me faz desconfortável. Eu não sei

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o que me espera do outro lado dessa porta.


E alguma coisa me diz que eu não vou
gostar de estar aqui.
Maxwell Grant é conhecido por ser
um playboy frio e implacável de Boston.
Ele é dono de império de mais de oitenta
bilhões de dólares. O homem possui a
maldita cidade. E eu o irritei muito ao
publicar a minha crítica sobre o Zaad.
Dizer que eu estou nervosa nem
chega perto do que realmente estou
sentindo, mas facilita o entendimento. Todo
o prédio grita luxo e sofisticação. Grant com
certeza não abre mão de ter tudo do bom e
do melhor. E isso só prova o quanto eu
pareço fora de lugar. Eu tenho certeza de

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que até a vestimenta dos seus funcionários é


de grife. Quero dizer, eu não ia trabalhar na
revista de jeans e camiseta, mas ver o terno
que a sua secretária está usando, faz a
minha roupa parecer um trapo.
Eu optei por usar uma saia lápis
cinza, com uma blusa branca de mangas
curtas e um salto. O meu cabelo está preso
em um rabo de cavalo alto. E eu apliquei
um pouco de maquiagem. Eu não costumo
me maquiar muito, mas ter uma reunião
com Maxwell Grant exige isso de você.
Eu estava tão perdida em meus
pensamentos que nem tinha percebido que a
porta já estava aberta a minha espera.
Sorrindo nervosamente para a secretária, eu

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caminho para dentro do seu escritório.


- Boa tarde, senhorita Pierce. –
Grant fala a me ver de pé na sua sala.
Ele está usando um terno preto. O
seu cabelo penteado para trás de um corte
reto e baixo. A sua expressão corporal me
diz pouco sobre a minha presença. O que
torna ainda mais estranha esse encontro.
- Boa tarde, senhor Grant. É um
prazer conhecê-lo. – Eu respondo.
E eu tinha que ser justa com ele. O
cara era impressionante. DE perto ele era
ainda mais alto e bonito do que nas revistas.
O seu rosto era quadrado e bem marcado.
Suas feições eram mistas. Ele tinha os olhos
escuros, barba feita. Ele era musculoso, mas

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não muito. Sua pele levemente bronzeada.


Um sorriso digno de um comercial de pasta
de dentes, e duas lindas covinhas no rosto
que apareciam quando ele sorria.
Eu acredito ter tido um orgasmo
apenas observando cada característica desse
homem misterioso. E sim. Eu gostaria de
passar a mão pelo seu cabelo e puxá-lo para
um beijo.
Deveria ser proibido alguém ser tão
bonito assim.
- Eu estou feliz que você pode vir ao
meu encontro. – Ele falou recostando-se
contra a sua cadeira.
- Não é como se eu tivesse muito
que fazer. E, além disso, a sua secretária me

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deixou no vácuo. Eu gostaria de saber o que


eu estou fazendo aqui?
- O que você quer dizer? –
Perguntou.
- Nada. Só que depois que eu
publiquei aquela crítica sobre o seu
restaurante eu não tenho mais um trabalho
para estar ocupada.
As suas sobrancelhas se estreitaram
e eu pude ver um pouco de sorriso em seus
lábios rosados.
Droga! O que há de errado comigo?
- Eu sinto muito pelo seu trabalho,
mas a vida pode ser injusta às vezes.
- Verdade. – Eu rasgo o meu olhar
da sua boca quente para me concentrar no

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que ele está falando.


- O que eu estou fazendo aqui,
senhor Grant?
- Sente-se, por favor. – Ele indica as
cadeiras à minha frente.
- Eu quero lhe propor algo, senhorita
Pierce. – Ele fala com os olhos focados na
minha reação. E eu sei que o que ele viu.
Surpresa. Curiosidade.
- E o que seria isso? – Pergunto
casualmente, fingindo não estar afetada com
a sua presença.
- A sua crítica me rendeu bastante
dor de cabeça. Eu não sou um homem
paciente, senhorita Pierce. O meu tempo é
valioso e eu odeio ter que parar para limpar

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a sujeira dos outros. E eu preciso de você


para me ajudar a limpar a sujeira social que
acarretou o meu restaurante. E também à
minha imagem.
- Eu sinto muito, mas eu não poderia
deixar de compartilhar a minha experiência
no Zaad.
- Eu sei. Eu concordo com você. E
confesso que teria feito o mesmo ou pior.
Mas falaremos sobre isso em outro
momento. Eu quero que você se case
comigo. – Ele diz naturalmente, como se
estivesse dizendo que o céu é azul e as
nuvens brancas.
- O... O que? – pergunto assustada.
- É isso mesmo que você ouviu. Eu

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quero que você seja minha esposa.


- Você é louco. Está sob o efeito de
alguma droga? – Pergunto Ao me levantar
pronta para sair do seu escritório, mas ele
continua.
- E é aí que você está enganada. Eu
estou muito sóbrio e sei o que eu quero. E o
que eu quero é que você se case comigo.
- E porque isso? Você nem me
conhece.
- Eu sei o bastante. Você se formou
em Jornalismo há sete meses. E tem uma
boa reputação com o publico feminino fiel
da Zip. É muito bonita e inteligente. E tudo
isso vai me ajudar a tirar essa imagem que
eu tenho de coração de gelo, e de misógino.

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- Mas você pode fazer tudo isso sem


a minha ajuda. Porque se casar comigo para
ter o que você poderá ter de volta em meses
de trabalho com uma equipe de
profissionais qualificados?
- Senhorita Pierce. Depois que a sua
crítica foi publicada, eu perdi vários
investidores. E só você poderá me ajudar a
reverter esse quadro rapidamente.
- E isso aconteceria se eu aceitasse
me casar com você?
- Sim. – Ele responde simples e
rápido.
- As pessoas adoram um conto de
fadas. E nós vamos dar isso a eles.

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- Eu não entendo. Você é maluco? –


Pergunto tentando entender o que ele está
me propondo.
- Não. Eu não sou maluco. E se você
parar de me chamar de maluco, eu posso
explicar mais claramente. – Ele ruge.
- Vá em frente.
- Eu quero que você se case comigo

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para abafar os rumores negativos


relacionados ao meu nome. Nós teremos um
casamento rápido e apenas para pessoas
muito próximas. Você será a senhora Grant
por um ano e depois vamos nos separar.
Isso lhe renderá uma pensão milionária para
o resto da sua vida. E ainda será a dona de
uma das maiores revistas que os EUA já
ouviram falar. – Ele fala sem pestanejar. E
tudo o que eu posso pensar é em como ele
pode ser tão frio.
- Eu... Eu não sei o que dizer. Por
que eu? – Pergunto sem palavras.
Por que você foi à única pessoa
capaz de dizer a verdade. Eu não sabia que
o Zaad estava sendo tão mal gerenciado,

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mas não torna a minha culpa menor. Eu


deveria ter estado mais presente.
- Eu não preciso da sua autorização
para dizer o que eu penso. E eu só relatei o
que realmente aconteceu comigo em um de
seus restaurantes.
- É tudo a mesma coisa. E para que
os rumores diminuam eu preciso de você
para fazer o que acabei de lhe falar. Todos
vão achar que você mesmo sendo a noiva do
dono não tentou esconder a verdade dos
outros.
- Mas isso pode se voltar contra
você. Você sabe.
- É uma hipótese, mas eu prefiro
arriscar.

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- Isso é insano. Você acha que as


pessoas não vão saber que você está
tentando manipular a situação? O que só
torna você mais desprezível.
- Verdade. Mas você está
esquecendo de que as pessoas são capazes
de ver com bons olhos quando há um casal
apaixonado. E é isso que eu quero que eles
vejam. Nós seremos os queridinhos de
Boston e nada poderá nos abalar.
- Eu tenho que ir. – Eu me levanto, e
antes que eu possa alcançar a porta sua mão
segura o meu braço. Eu posso sentir o seu
cheiro. A sua respiração fazendo cócegas no
meu pescoço.
- Eu quero que você vá para casa e

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pense na minha proposta. Você vai me ligar


assim que decidir aceitar. E Talula, não
demore muito, porque eu não sou um
homem paciente.
Eu estou hipnotizada. O meu corpo
traidor está em chamas com o simples toque
de sua mão. A minha respiração está
ofegante. E quando ele se afasta ele ê o
quanto ele pode me afetar, e isso provoca
um riso nos seus lábios carnudos.
Eu saio do seu agarre e corro para
fora do seu escritório. Eu não sei por que eu
reagi assim, mas ter o seu corpo tão perto do
meu me fez querer mais dele. E isso me
assustou muito. Então eu corro para casa.
******

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No caminho de volta eu não consigo


parar de pensar em Maxwell Grant. Ele
cheira tão bem. Deus!
Eu não tenho nenhuma experiência
com os homens, mas eu posso dizer que ele
é um maldito de um beijador.
O homem deve estar louco se acha
que eu vou aceitar tão absurdo. Eu prefiro
morrer de fome que me submeter a tal
baixeza. Como ele ousa? O casamento é
uma coisa sagrada, que duas pessoas
compartilham por amor e não por
conveniência.
Eu nunca fui tão humilhada na
minha vida. Quem ele acha que está
enganando? E eu não me importo com o seu

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maldito dinheiro.
O único cara que eu já tive alguma
coisa foi Mark. Nós nos conhecemos no
meu primeiro ano da faculdade. Mark era
um cara muito legal, e gostava das mesmas
coisas que eu. Nós namoramos por alguns
meses, e terminamos por que eu não estava
pronta para dar o próximo passo.
Terminar com Mark me deixou
muito triste, mas eu não poderia lhe dar o
que ele queria. E era melhor deixá-lo ir.
Desde então, eu venho ignorando o sexo
masculino. Eu não estou pronta para algo
tão sério. E para mim, sexo significa mais
que uma simples e casual transa.
Todavia, eu não posso negar que a

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proposta do senhor Grant seja uma boa


oportunidade para ajudar o orfanato em que
eu cresci. Eles têm um grande número de
crianças, e poucos recursos. Eu poderia
ajudar a melhorar as instalações e assim,
mais crianças poderiam viver lá.
A proposta fica na minha cabeça. Eu
entro em casa, e me deparo com uma das
maiores e mais difíceis decisões da minha
vida. Então, eu faço a única coisa que me
faz relaxar quando estou com a cabeça
cheia. Eu preciso limpar.
Alcançando o material de limpeza.
Eu começo a varrer, esfregar e limpar toda a
casa. Eu sou uma maníaca por limpeza, e
isso me ajuda a por as coisas em

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perspectiva.
Eu nunca estive apaixonada. E a
ideia de me prender a alguém sem interesse
amoroso, mesmo que seja por um ano, me
deixa confusa. Eu sou uma virgem de vinte
e três anos de idade, que não é nada social, e
tem sérios problemas de confiança.
A vida sem foi muito dura comigo.
E talvez seja por isso que eu tenha tanto
medo de me relacionar com outras pessoas.
Acredito que o medo de ser abandonada ou
maltratada sempre vai estar lá. E eu sei que
isso parece loucura, mas é assim que eu me
sinto.
E se eu aceitar a proposta e logo
depois encontrar o amor da minha vida? E

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se eu me apaixonar por ele? São muitos “se”


para pensar.
******
Depois de limpar todos os cantos do
meu pequeno apartamento, eu me vejo em
um impasse. Deitada sob o chão de madeira
encarando o teto, eu tomo uma decisão. A
limpeza fez o seu papel, e agora eu só tenho
que torcer para não me machucar.
Pegando o telefone, eu disco o
número do senhor Grant. O telefone toca
duas vezes antes de atender. – Talula. – Ele
diz meu nome como uma benção. E faz o
meu corpo estremecer. O meu nome em sua
boca fica muito bom. E eu quero correr as
mãos pelo seu cabelo e bagunçá-lo ao beijar

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seus belos lábios.


- Eu tenho algumas perguntas antes
de tomar uma decisão definitiva. – Eu falo
nervosamente.
- Eu ficaria surpreso se não tivesse.
Eu vou enviar o meu motorista para buscá-
la amanhã às 09h00min para que possamos
esclarecer os termos desse acordo.
- Ah, ok.
- Boa noite, Talula.
- Boa noite. – E com isso ele desliga.
E eu tento ignorar a decepção de não poder
falar mais um pouco com ele.
Essa será uma longa noite. E eu
duvido que eu consiga dormir bem.
Maxwell Grant entrou na minha vida

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simples como um raio. Eu só espero estar


fazendo a coisa certa.
******
Na manhã seguinte como prometido,
o carro com o seu motorista veio me buscar.
O percurso até as empresas Grant
fez um grande rebuliço no meu estômago.
Eu estava mais nervosa do que gostaria.
Ainda bem que não tomei café, ou não seria
capaz de mantê-lo em meu estômago. Eu
precisava estar calma e relaxada para poder
impor as minhas condições nesse arranjo.
Eu estava tão perdida em meus
pensamentos que nem percebi que tínhamos
chegado. O carro estava parado na frente da
empresa, e eu só me dei conta quando o

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motorista falou comigo.


- Estamos aqui, senhorita Pierce. – O
motorista fala me tirando do devaneio.
- Oh, desculpe. – Eu me apreço a
sair do carro. O motorista abre a porta para
mim.
- Obrigada. – Ele apenas acenou
com a cabeça.
Eu caminho pelo Lobby até o
elevador. O meu coração bate como um
tambor. Aperto o andar indicado, e o
elevador me leva para o meu destino.
As portas se abrem quando eu chego
ao último andar. A sua secretária sai para
me receber. – O senhor Grant a espera em
sua sala. – Ela conduziu.

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- Obrigada.
Eu entro e ele está lá sentado na
frente do seu computador. Ele nem mesmo
levanta os olhos para me cumprimentar.
- Bom dia, Talula.
- Bom dia, senhor Grant.
- Por favor, me chame de Maxwell
ou Max. Sente-se. – Ele indica umas das
cadeiras à sua frente.
Ele termina o que estava fazendo, e
então levanta o seu olhar para mim. – Você
fez uma boa escolha, Talula. Eu sei que
você acha que sou louco, mas eu não sou.
Eu preciso recuperar a boa imagem que eu
sempre tive. E você é a única que pode me
ajudar. – Ele fala com um suspiro cansado.

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- Bem, a sua imagem não é tão boa


quanto você diz. – Eu falo.
- O que você quer dizer? – Ele
levanta as sobrancelhas em confusão.
- Você é tido como frio e
maquiavélico. As pessoas tem medo de
você. E isso em minha opinião não é ter
uma boa reputação.
Ele ri um sorriso verdadeiro. – Sim.
Você tocou no ponto certo. Eu sou
conhecido por ser esse tirando que você está
falando, mas não impediu que algumas
pessoas tentassem me colocar para baixo. E
eu não posso deixar isso acontecer.
- E para provar que você é um tirano
você quer se casar comigo?

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- Não exatamente, mas eles vão ver


que eu posso ser tão ruim quanto falam, mas
com um pouco de humanidade.
- Você não sabe nada sobre mim.
- Eu sei o suficiente. Eu sei que você
é órfã. Você não sabe quem são os seus
pais. Entrou e saiu de lares adotivos, até que
encontrou alguém responsável que cuidou
de você, e a transformou no que você é
hoje. Você foi para a faculdade de
Jornalismo, e fez um curso de Gastronomia
nas suas horas vagas, para poder ajudar a
sua mãe que era chefe de cozinha em um
restaurante perto da sua antiga casa. – Ele
resume a minha vida em poucas palavras. E
eu não posso deixar de ficar espantada.

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- Isso é tudo o que você conseguiu?


– Ele encolhe os ombros.
- É tudo o que eu preciso saber, por
agora.
- E o que isso quer dizer?
- Que com o tempo saberemos mais
um do outro. A convivência vai facilitar
isso.
Eu queria pular sobre aquela mesa e
agarrar a sua gravata, e apertar o seu
pescoço de cobra. E tirar esse sorriso
estúpido do seu rosto. Em vez disso, apenas
suspirei pesadamente.
- O nosso acordo pré-nupcial será
bem definido. Apenas um ano de
casamento, e nós iremos nos separar. Você

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seguirá a sua vida e eu a minha.


- E quanto às obrigações
matrimoniais? – Pergunto ignorando o rubor
que se estendeu pelo meu corpo.
- Não haverá qualquer contato
sexual entre nós. A menos que você queira.
O nosso acordo é pura aparência. E nada
mais.
- Onde vamos viver?
- No meu apartamento. Você vai
adorar. É grande, e com uma vista linda
para o parque.
Eu ainda estava relutante, e ele
percebeu. – Eu sou um homem honrado,
Talula. Apesar da minha fama de ser cruel e
frio com os meus funcionários. Eu não sou

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um monstro. Eu tenho pulso firme, e isso é


tudo. Você não será obrigada a nada, e será
muito bem tratada.
- Apenas por um ano. E sem contato
físico.
- Sim, apenas por um ano. E o
contato físico será unicamente na frente das
outras pessoas. E não passará de um beijo
casto.
- E se eu quiser sair mais cedo?
- Você perderá uma boa parte do
dinheiro, mas ainda terá a sua revista.
Eu olho para as minhas mãos. Isso é
uma loucura, mas poderia ser uma
oportunidade de ajudar a quem realmente
precisa. Todo esse dinheiro que ele está me

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oferecendo teria um bom uso. E isso poderia


fazer a diferença para muitas crianças que
vivem pelas ruas, ou que são abandonadas e
mal tratadas por quem deveria ser o seu
protetor.
- Eu tenho o documento aqui para
que você possa dar uma olhada. Eu quero
que você leia, e se quiser consultar um
advogado para confirmar a legalidade do
documento esteja à vontade.
Concordei, sem realmente pensar
muito no que estava fazendo. Lembro-me
de entrar no carro para que seu motorista
pudesse me levar em casa. Mas o resto foi
tudo um borrão.
As pessoas costumam dizer que o

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dia que você fica noiva é o dia mais incrível


da sua vida. E se eu aceitar a sua proposta
isso não irá acontecer comigo. Eu não terei
um homem apaixonado diante de mim,
propondo ser o melhor marido que eu
poderei ter. Eu não terei o conto de fadas
que todas sonhamos.
Será que eu serei capaz de viver com
isso?

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Eu desci do carro depois que o


motorista de Grant estacionou em frente ao
meu prédio. A minha cabeça estava confusa
com toda essa loucura. Eu teria muito que
pensar antes de tomar qualquer decisão.
Subi e pulei no chuveiro. Eu quase
me senti mais humana de novo quando saí
do banheiro. Vesti uma calça legging e uma
camisa longa. Essa era a minha escolha de
roupa para descansar. Sentei na minha cama
e abri o meu notebook.

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Se eu estava considerando aceitar


essa oferta maluca, eu precisava conhecer
melhor o príncipe de Boston. Eu queria
saber tanto quanto possível desse homem
enigmático. Eu sabia um pouco sobre a vida
de playboy que ele levava, mas nada muito
pessoal.
Quando digitei o seu nome no
Google, uma série de artigos relacionados
ao seu nome e de sua família surgiram. A
família Grant era muito popular em Boston.
Por gerações eles têm sido como a realeza
da cidade. Os seus antepassados
praticamente fundaram a maldita cidade.
Eu continuei a minha pesquisa.
Clicando em um artigo que continha uma

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foto de sua família. Os seus pais, ele e sua


irmã. Maxwell era o filho mais velho, mas
ele parecia muito com a sua irmã. Louise
Grant era morena de pele clara, com olhos
verdes e um sorriso encantador. Ela era uma
Advogada em Londres na Inglaterra. O seu
pai John Grant era um banqueiro
aposentado, mas ainda prestava consultoria
para algumas empresas. E a sua mãe Elisa
era uma dona de casa.
A família Grant mudou para
Londres cerca de dois anos atrás. Segundo o
artigo, a mãe de Max sempre quis viver na
terra da rainha. E depois que o seu marido
se aposentou eles se foram. E curiosamente
Max ficou para trás. O que havia de errado

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para ele não seguir a sua família?


Nos artigos seguintes havia várias
fotos de Max com mulheres. As suas
acompanhantes eram sempre mulheres
muito bonitas e do seu ciclo social. Top
models, atrizes de Hollywood, filhas de
homens de negócios. Todas elas mulheres
finas. E então me deparei com um artigo
sobre ele e sua antiga namorada, a modelo
Cassidy Luthor.
Eu sabia que Cassidy era uma
modelo em ascensão. Ela era linda e todos a
reconheciam como mulher perfeita. E algo
passou pela minha mente. Se ele tinha a
mulher perfeita, por que ele iria escolher se
casar com alguém como eu?

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Não fazia sentido para mim.


Maxwell Grant poderia ter qualquer mulher
que quisesse. E isso dele querer a minha
ajuda para recuperar a sua boa imagem
parecia absurdo. O cara possui mais
dinheiro do que alguém pode contar. E ele
pode contratar o melhor profissional para
sair dessa sem precisar ficar preso em um
casamento de fachada. O que realmente
Maxwell Grant esconde? Qual é a
verdadeira razão para esse acordo
acontecer?
Tudo isso era um mistério para mim,
mas quem era eu para discutir quando um
homem como Maxwell quer algo? E, além
disso, o acordo seria apenas de um ano, e

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sem contato sexual.


Podem me chamar de vadia
interesseira, mas quando a vida te dá
limões, você faz a mais deliciosa limonada.
Essa é uma grande oportunidade
para fazer algo construtivo. E sem contar à
revista que ele prometeu. Eu não tenho
como ignorar que isso me chamou bastante
atenção. Dirigir a minha própria revista
sempre foi um sonho meu. E quando eu me
vi sozinha de novo, achei que isso não fosse
mais possível. Mas Maxwell Grant está me
dando uma grande oportunidade. Eu só
espero fazer a escolha certa.
Se isso vai me machucar ao longo
do caminho? O tempo é quem dirá, mas por

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hora eu vou correr o risco.


******
Eu passei o restante do dia
debruçada sobre o documento que ele tinha
me dado para ler e assinar. Eu fui capaz de
entender algumas coisas, mas a grande
maioria parecia estar escrito em hebraico.
Por que o Direito tem que ser tão difícil de
compreender?
Eu marquei de me encontrar com
Max no final da tarde. Ele insistiu em enviar
o seu motorista para me buscar.
O seu motorista que eu descobri que
se chama Marco, me pegou e me levou para
a empresa Grant.
Quando cheguei ao escritório, a

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maioria dos funcionários já tinham ido


embora. Max estava mexendo em seu
computador quando entrei em sua sala.
- Oi. – Falei suavemente.
- Boa tarde, Talula. – Ele falou
indiferente sem tirar os olhos do
computador.
Alguns minutos se passaram e ele
terminou o que estava fazendo, então seus
olhos pousaram em mim e na pasta que
estava em minhas mãos.
- Assinou? – Perguntou.
- Não. – Eu rebati.
- Por que não? O que está te
impedindo de assinar esse acordo, Talula?
Eu olhei para a pasta e não respondi

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a sua pergunta. Eu não sabia o que falar.


Apesar de estar aqui, eu ainda achava essa
ideia uma loucura.
Max sentiu a minha relutância, então
se levantou e contornou a mesa em minha
direção. Eu podia sentir o seu cheio mesmo
de longe. Ele cheirava tão bem. E o meu
corpo reagiu quase instantaneamente.
- Não tem mistério, Talula. – Ele
disse quase entediado. – Você só precisa
concordar em se casar comigo e agir como
minha esposa, pelo tempo acordado nesse
pedaço de papel. Então, seguiremos nossos
caminhos separados.
- E se eu quiser o divorcio antes? –
Perguntei.

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Ele encolheu os ombros. – É uma


opção. Mas eu não recomendaria. Os meus
Advogados irão lhe dar um tempo difícil.
Escovando o cabelo do meu rosto,
eu parei para pensar como ele. Mesmo
tentando ver essa situação pela sua
perspectiva ainda parecia insana essa ideia
de ser sua esposa de mentira.
Max suspirou fortemente me
encarando. Depois de alguns minutos, ele
quebrou o silêncio. – Olha, esqueça os
papéis, e o que os outros vão achar. SE você
aceitar ser minha esposa, eu vou cumprir a
minha promessa. Eu estou dando a minha
palavra. Eu sei que você não me conhece,
mas eu jamais enganaria você.

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- Por quê?
- Por que eu não sou tão ruim como
dizem.
- Eu quero saber onde estou me
metendo. E obviamente tem muito mais do
que o que você está me contando. E eu não
quero ficar no escuro aqui.
- Não se preocupe. Eu não vou fazer
nada que possa prejudicá-la.
Ele se levantou, e pegou uma caneta
de sua mesa a estendeu para mim.
- Pronta para ser a senhora Grant? –
Ele apontou para os papéis em minhas
mãos.
Eu aceito a caneta, mas ainda não
assino. Max está prestes a surtar, mas eu

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vejo a sua luta. – O que foi agora?


- Eu preciso conhecer você.
Eu vejo todos os músculos do seu
corpo em espasmos. O homem está prestes a
me rasgar em mil pedaços. Ele está muito
irritado com a minha resistência, mas tenta
se controlar. E em algum momento eu
pensei ter o ouvido rosnar. Ele se senta
novamente, seus olhos atirando adagas em
mim. No entanto eu não desvio o olhar. Eu
preciso saber quem é Maxwell Grant, ou
pelo menos parte dele, para que eu possa
aceitar a sua proposta. Eu não costumo
recuar, e ele deve aprender sobre mim.
- Por que você quer me conhecer? –
Ele pergunta quase grosseiramente.

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- Por que se nós vamos ser marido e


mulher, precisamos saber sobre o outro.
Além disso, a mídia vai ficar eufórica com a
notícia do nosso casamento. E eu não quero
dar nenhum vexame quando eu for
questionada sobre a nossa vida. E como nos
conhecemos. Essas coisas básicas de todo
casal.
- Você pode mentir. Afinal de contas
vocês mulheres são muito boas nisso. E eu
falo isso por experiência própria.
- Isso é um pouco generalizado,
você não acha?
- Apenas relatando um fato.
Eu não respondo. E analiso a
situação de uma nova perspectiva. Será que

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isso está relacionado ao ser término com


Cassidy? Será que ela quebrou o seu
coração?
- Eu não sou como as mulheres que
você está acostumado. Então não me julgue
antes de me conhecer. Se alguém me
perguntar sobre você, eu quero ser capaz de
dar uma resposta sincera.
Max me olha por alguns segundos. E
eu podia ver as engrenagens girando na sua
cabeça. Tudo isso era tão novo para ele
quanto para mim. E ele não sabia o que
fazer.
- O que você quer saber? – Ele
suspirou pesadamente.
- Por que você ficou em Boston, e

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não foi com a sua família para Londres?


Ele gemeu. – Você é afiada. Não é a
toa que você escolheu ser uma Jornalista. –
Ele passou as mãos pelo cabelo antes de
responder.
- Por que eu já sou bem grandinho
para estar debaixo das asas do meu pai.
- Vocês não são próximos?
- Apenas da minha mãe e irmã.
- E por que isso?
- Isso é algo muito particular que eu
prefiro não falar agora. Mesmo sendo a
minha futura noiva não lhe diz respeito. –
Ele cuspiu venenosamente. E eu sei que
pisei no seu calo.
Max baixou a cabeça e eu me senti

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um pouco vadia por ter empurrado um


pouco demais. Ele tinha razão, isso era algo
muito particular. Estava claro que ele e o
seu pai tinha uma história, mas não era o
meu negócio. E eu não poderia culpá-lo por
ser grosso comigo.
- Por que você não me diz algo que
eu não saiba sobre você. – Ele falou.
- É justo. O que você quer saber?
- Por que você não tem um
namorado?
- O quê? – Eu pergunto um pouco
confusa com a sua linha de questionamento.
E sinto o meu rosto esquentar.
- Você é uma mulher muito bonita.
Por que não há nenhum cara beijando o

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chão que você pisa?


Os meus olhos encontraram os seus.
E me peguei pensando na sua pergunta.
Essa era uma coisa que eu não poderia
responder.
- Eu tenho certeza que há uma fila
de caras daria tudo para ter uma chance com
você.
- Você me faz parecer uma vadia.
- Não. Apenas afirmando um fato.
Eu ri nervosamente. Ele tinha uma
visão muito distorcida das mulheres. Quero
dizer, ele não pode acusar todas as mulheres
do mundo de serem vadias. Nos meus vinte
e três anos de vida eu só fiquei com um
cara, mas isso não é de sua conta. Eu nunca

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tive tempo para relacionamentos. Ou talvez


seja medo de me comprometer e me
machucar. Mas eu não lhe diria isso.
- Eu sou diferente desse estereótipo
que você criou para as mulheres em geral.
- E o que isso quer dizer?
- Eu tenho princípios. E não
costumo sair por aí pegando geral.
- E o que te faz ser tão diferente das
outras?
- Eu apenas sou quem eu sou.
- Talvez. – Ele sorriu, mas o sorriso
não alcançou o seu rosto.
- Que tipo de mulher você é, Talula
Pierce?
Eu não esperava uma mudança de

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postura, quando ele fez essa pergunta, mas


aconteceu. Ele parecia quere saber mais
sobre mim, e isso me deixou surpresa. Ele
sentou-se recostado contra a cadeira e me
olhou.
- Eu sou uma garota simples. Eu
tenho grandes sonhos, e não confio muito
nas pessoas.
Ele olhou para mim pelo que
pareceu um século, antes de falar alguma
coisa.
- Eu quero me casar em uma
semana.
- Tão rápido. – Eu engasguei.
- Sim.
- Por que a pressa?

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- Eu quero que isso aconteça o mais


rápido possível. A cerimônia será simples
no salão de festas do seu prédio, apenas
para pessoas próximas. Você pode convidar
quem quiser.
- Tudo bem.
Max acenou em direção ao
documento que estava em minhas mãos. –
Então, acho que é hora de tornar isso oficial.
Assim que você assinar o acordo, a
impressa receberá uma nota informando
sobre o nosso casamento. E esteja preparada
para estar do outro lado.
Eu assinei o documento. – O que
você quer dizer com outro lado?
- Você é uma Jornalista, e está

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acostumada a questionar ricos e famosos


sobre a sua vida amorosa. A impressa vai
cair em cima de nós. Eles vão querer saber
cada detalhe desse arranjo. E como você
publicou uma nota negativa sobre um dos
meus restaurantes mesmo estando em um
relacionamento secreto comigo.
Max tinha razão. Eu seria alvo de
notícias por muito tempo. E isso poderia
render muita dor de cabeça. Mas por agora,
eu preciso deixar isso de lado e me
acostumar em ser a senhora Grant.

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Hoje era o dia.


As minhas mãos tremiam, e o meu
corpo estava como gelatina.
Apesar das circunstâncias, esse era o
dia do meu casamento. Com ou sem acordo,
era o dia que eu me tornaria a esposa de
alguém. E isso estava fazendo estragos em
meu estômago.
- Deixe-me ajudá-la. – Alice sorriu
para mim no espelho quando veio atrás de
mim.
- Obrigada. – Eu sorri de volta.

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Alice era uma Personal Stylist. Max


a contratou para me ajudar com um novo
estilo digno de ser a senhora Grant. Alice
era ótima, ela me ajudou muito, e nós nos
tornamos meio que amigas. Eu sempre fui
muito fechada, mas Alice tinha jeito com as
pessoas, ela me conquistou no primeiro dia
quando me ajudou a escolher todo um novo
guarda-roupa pessoal.
Durante toda a semana ela me
ajudou a escolher o enxoval. E me deu
várias dicas de como se comportar a mesa.
Tudo era tão novo para mim. Eu não
entendo por que as pessoas precisam de
tantas regras apenas para comer uma salada.
Alice tirou os bobs e posicionou o

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véu na minha cabeça.


- Estou tão feliz que você decidiu
usar o véu. Dá ao seu vestido um ar mais
romântico. – Ela sorriu.
- Você é muito sentimental, Alice.
- Você é uma mulher muito bonita,
Talula. E o vestido só acentuou o que de
melhor há em você. Eu morreria para ter a
sua pele ou os seus olhos azuis. Você parece
uma boneca viva.
- Você é muito exagerada, e
estranha. – Eu ri.
- Apenas afirmando um fato. E você
me adora assim mesmo.
- Isso é verdade. Obrigada por tudo
Alice.

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- Não há de que, querida. Foi um


prazer trabalhar com você. E conhecer a
pessoa maravilhosa que você é.
Esse deveria ser o melhor dia da
minha vida. O dia em que o meu pai deveria
me levar ao altar para me entregar ao meu
futuro marido. O dia que o meu amado iria
jurar me amar, me respeitar e cuidar de mim
na saúde e na doença, até que a morte nos
separe. Em vez disso, eu estava apenas
ignorando todo o sentido de uma tradição
milenar.
Por que eu estava fazendo isso?
Eu planejei várias formas de
cancelar tudo isso, ontem à noite. Mas eu
tinha dado a minha palavra. Eu tinha

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assinado um acordo. E Max não iria deixar


isso acontecer. Não havia como fugir agora.
Tudo aconteceu tão rápido que nem
me dei conta. Em menos de uma semana eu
deixei de ser uma Jornalista desempregada,
para ser a noiva de um bilionário. A
impressa estava eufórica com o nosso
casamento.
Nas redes sócias nos ficamos no
topo das discursões por dias. Era como se o
mundo todo estivesse focado em nossas
vidas. A grande maioria me chamava de
farsante, interesseira, golpista, etc. E eu não
poderia culpá-los, eu achava a mesma coisa
em alguns momentos. Mas havia uma
pequena parcela que nos intitulava como

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sendo o casal perfeito.


Eu não conseguia definir qual era o
pior.
Alice termina de fixar o véu na
minha cabeça, e aplica uma quantidade
bastante generosa de spray. Eu estava de
frente para o espelho, e quase já não me
reconheci. A garota simples, agora tinha se
transformado em uma bela mulher da alta
sociedade. Vestindo um exclusivo vestido
de noiva. A maquiagem e cabelo
impecáveis. Tudo parecia perfeito, exceto
pela falta do meu sorriso.
Eu não estava indo para o corredor
da morte, mas toda mulher sonha com
flores, chocolates e um príncipe encantado.

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E eu não estava tendo nada disso. Então,


não me entenda mal por não estar em
êxtase.
Em outras circunstâncias eu estaria
exaltante, mas tudo isso não é real. E eu não
posso enganar o meu coração.
- Você está tão linda. – Alice fala
enxugando uma lágrima do seu rosto.
- Obrigada. E não vale chorar ou
você vai borrar toda a sua maquiagem.
- Está tudo bem, eu não sou a noiva.
– Ela riu.
- Eu estou pronta. – Falei encarando
o meu reflexo no espelho.
- Ótimo.
******

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A cerimônia era simples, mas havia


uma boa parte da alta sociedade de Boston
para ver o playboy bilionário ser laçado.
Max contratou uma empresa
especializada para transformar o salão de
festas do condomínio em um lugar para
receber um casamento.
Havia flores por todos os lados. O
salão ficava no décimo andar do
condomínio. Um andar todo dedicado a ele.
E era bastante grande e luxuoso. Tudo nesse
condomínio era luxuoso.
Max foi para um hotel para se
arrumar, e me deixou usar a sua cobertura.
Alice me ajudou a entrar no elevador
particular e eu apertei o botão para o andar

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indicado. O meu coração estava batendo


descontroladamente. Minhas mãos estavam
suando. E eu estava com medo de tropeçar
nos meus próprios pés, e cair de cara no
chão.
Eu tinha visto o local quando a
equipe organizadora estava começando a
arrumar. Todos estavam trabalhando rápido
para deixar o local impecável. Eles criaram
um pequeno altar no jardim do condomínio
próximo a piscina, onde Max e eu
trocaríamos os nossos votos. Cadeiras foram
dispostas em duas fileiras, com um grande
tapete vermelho estendido do altar pelo
gramado, até a porta, onde eu estaria
esperando para entrar. E a recepção seria no

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salão, onde havia uma pista de dança. Um


bar, e um número reduzido de mesas. Eu
não sabia ao certo quantas pessoas ele tinha
convidado, mas em minha opinião tudo
dava para uns cem convidados.
Eu não tinha ninguém para convidar.
E isso fez o meu coração apertar, e as
lágrimas ameaçaram cair. Toda noiva quer
ser levada ao altar pelo seu pai. E ter a sua
família ao lado para apoiá-la. Eu não tinha
nada disso.
A equipe organizadora contratou um
par de crianças para entrarem com as flores.
Eles tinham quatro anos e eram duas
crianças muito bonitas e espertas. Eu fiquei
pensando sobre ter os meus filhos um dia.

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Como eles seriam?


As nossas testemunhas seriam o
melhor amigo de Max e sua irmã. Eles
tinham crescido com Maxwell e o
conheciam muito bem.
Os meus joelhos estavam tremendo.
Alice estava arrumando a calda do meu
vestido para que eu não tropeçasse.
Enquanto o elevador descia, eu podia sentir
o meu coração na minha boca. E quando
nós chegamos, eu fiquei presa no chão do
elevador.
- Você precisa se mover, Talula. –
Alice falou logo atrás de mim.
- Só um minuto. – Eu pedi, tomando
algumas respirações.

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A música começou a tocar quando


eu dei o meu primeiro passo em direção ao
altar. Eu não conseguia respirar. Tudo
estava desfocado. E então, eu o vi parado no
altar.
Maxwell Grant era um homem
muito bonito. Mas hoje tinha algo diferente
nele. Ele estava me olhando com admiração,
e isso me deu alguma esperança. Eu
comecei a caminhada. Os seus olhos nunca
me deixaram. Era como se só existisse
apenas ele e eu.
Quando eu cheguei ao altar, ele
segurou a minha mão. Inclinando-se, ele
sussurrou. – Você está linda. – E beijou a
minha cabeça, em um gesto carinhoso.

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Parecia que ele realmente quis dizer


isso. E algo dentro de mim relaxou. Ele me
achou linda. Eu segurei esse pensamento e a
cerimônia teve início.
******
Os seus lábios estavam suaves
quando se encostaram aos meus. O beijo foi
rápido. Mas eu não conseguia parar de
pensar na sensação das suas mãos me
segurando. Eu podia sentir que ele também
estava nervoso. Tudo foi tão rápido que nem
percebi que estávamos andando pelo
corredor de mãos dadas.
Tudo o que eu poderia pensar era
como a ponta da sua língua roçou contra os
meus lábios. O meu corpo respondeu ao seu

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toque instantaneamente. E eu queria que


esse momento durasse para sempre.
Todos os convidados foram
direcionados para o salão de festas. Max e
eu fomos logo atrás. Depois de uma longa
sessão de fotos.
Quando finalmente conseguimos
chegar ao salão de festas, todos já estavam
em suas mesas, e curtindo a festa. E tudo o
que eu queria era rastejar para dentro
daquele que seria o meu quarto em seu
apartamento e me esconder até tudo acabar.
Porém, isso não seria possível.
Max e eu caminhamos de mesa em
mesa cumprimentando os seus convidados.
Todos eram empresários, assim como ele.

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Algumas celebridades, também estavam


presentes.
Eu fiz o meu papel. Sorri e fui
amigável. Tirei várias fotos. Cortamos o
bolo e até dançamos. Mas algo estava me
perturbando. A família de Max não estava
presente. Eu gostaria de questioná-lo, mas
decidi fazer em um momento em que
estivéssemos a sós.
Depois de mais de uma hora eu subi
para trocar de roupa. Eu vesti um vestido de
renda branca mais simples e confortável.
Quando retornei, eu encontrei Max
conversando com Dante, o seu melhor
amigo e havia uma mulher de cabelos
escuros de costas para mim. Max se virou e

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seus olhos encontraram os meus. Ele


parecia diferente.
O seu melhor amigo se virou
também e sorriu quando me viu. – E se não
é a senhora Grant. Felicidades, Talula.
- Obrigada. – Eu sorri nervosamente.
A mulher que estava com eles se
virou e eu não tive dúvidas de quem era. –
Olá, eu sou Louise. A sua cunhada.
- Prazer em conhecer, Louise. –
Estendi a minha mão, mas ela me puxou
para um abraço.
- Nada de mãos. Nós somos irmãs
família. – Ela me apertou em um grande
abraço que me fez muito bem.
Eu sabia que Louise era essa criatura

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angelical e muito doce, mas não tinha


certeza de que ela seria assim comigo.
Max nos observava com admiração.
Algo sobre ele tinha mudado. Talvez fosse
apenas impressão minha, mas ele parecia
mais consciente de mim do que antes. E isso
me deixou confusa.
- Espero que esse cara aqui não lhe
dê um tempo difícil. – Brincou Dante com
Maxwell.
- Eu acabei de casar e você já está
tentando ser cavalheiro com a minha
esposa. – Max revidou com um sorriso. Ele
estava mais a vontade do que já esteve
comigo. E isso me deixou feliz.
- Não. Apenas quero ter certeza de

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que você não vai ser você mesmo com a sua


linda esposa. – Dante provocou.
- Você está com vontade de levar
um soco, Dante? – Max estreitou os olhos
para Dante, e eu vi a brincadeira se tornar
algo mais sério. Mas Louise também
percebeu e interviu.
- Vocês são dois idiotas. – Ela falou
sorrindo.
- Nós também te amamos, Lou. –
Dante sorriu.
- Vocês já estão de saída? –
Perguntou Louise para mim, e meus olhos
encontraram os de Max.
- Sim. Temos que sair logo, ou o
trânsito e a imprensa iram nos prender aqui

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por mais tempo do que o necessário. – Max


respondeu chegando ao meu lado.
- E nada disso tem algo com a noite
de núpcias. – Louise riu. – Eu vou fingir
que acredito que é só por isso. E a
propósito, obrigada por não ter me
convidado para o seu casamento.
- Eu liguei e você não atendeu.
- E daí? Eu sou irmã, e esse é o dia
mais importante da sua vida. Eu nunca
ficaria de fora.
- Eu sei. Sinto muito. – Ele falou
arrependido.
- Você estava muito bonita, Talula.
A cerimônia foi linda. Eu mal posso esperar
para conhecê-la melhor.

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- Eu adoraria. – Falei.
Louise parecia ser muito diferente
de Max. Embora eu tenha que dizer que eles
eram praticamente gêmeos. A semelhança
entre eles era demais.
- E, Talula. Não deixe que o meu
irmão chato te encher demais. Ele pode ser
um pé no saco, mas ele tem um lado bom,
você só vai ter que pressionar mais.
- Obrigada pelas dicas. E pode
deixar comigo. – Nós rimos como se
fossemos melhores amigas de toda vida.
- Eu estou frito. A minha mulher e
irmã caçula já formaram uma aliança para
me derrotar. – Max falou com um leve
sorriso. E me puxou para o seu braço,

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pressionando um beijo na minha cabeça. –


Foi tão natural, como se nós tivéssemos
feito isso antes.
Dante e Louise nos observaram com
sorrisos em seus rostos. E isso me deixou
um pouco envergonhada. Eu não estava
acostumada com tudo isso. Essa atenção,
carinho e admiração. Mas era muito bom ter
alguém para compartilhar isso. E mesmo
diante de nossa situação, eu me senti como
parte disso tudo.
- Bem, eu acho que está na hora de
vocês partirem. – Louise falou.
- Estou feliz que você veio. – Disse
Max ao abraçar a sua irmã.
- Você sabe que eu iria até o fim do

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mundo por você. Eu sinto muito que eles


perderam o seu casamento.
- Está tudo bem. Avise-me quando
eles voltarem de viagem.
- Eu vou. E me ligue quando
estiverem de volta.
- Eu vou.
Louise sorriu e se virou para mim
me puxando para um abraço. – Cuide dele
para mim. Ele é um bom homem. – Ela
sussurrou para que apenas eu escutasse.
- Eu vou. – Concordei.
Max se despediu de Dante, e pegou
a minha mão. A festa ainda estava rolando
quando fizemos a nossa saída. Havia
repórteres de todas as emissoras locais em

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frente ao seu condomínio, o que dificultou a


nossa saída, mas conseguimos chegar ao
carro.
O seu motorista estava nos
esperando com a porta do carro aberta, o
que facilitou a nossa fuga. Eu podia sentir
as borboletas no meu estômago. Era oficial.
Eu era a senhora Grant, agora.
Os repórteres gritaram uma
enxurrada de perguntas, mas nós
permanecemos em silêncio. Eu sabia como
era frustrante cobrir um evento desse tipo, e
quase senti pena deles, mas hoje eu não era
uma Jornalista, e sim uma noiva.
O caminho para o aeroporto foi
silencioso. Com exceção de um “você está

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linda” que ele me deu quando entramos no


carro, não houve mais conversa.
Max parecia perdido em seu mundo.
Ele nem percebeu quando chegamos ao
aeroporto. O motorista parou e ficamos
alguns minutos parados.
- Senhor? – O motorista chamou.
- Estamos aqui, senhor.
- Oh. Obrigado, Marco.
Eu pensei que estaríamos viajando
em um voo comercial, mas tinha um jato
particular a nossa espera.
- Boa noite, senhor Grant. – Falou
um homem que eu sabia que era o
comissário de bordo, pela identificação que
ele estava usando.

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- Boa noite, Carter. – Max segurou a


minha mão e me ajudou a subir no avião.
Depois que estávamos instalados, o
piloto veio nos cumprimentar.
- Sejam bem-vindos, senhor e
senhora Grant.
- Obrigado, Simon.
- É um prazer recebê-los, nós
partiremos dentro de alguns minutos.
Eu sorri e agradeci. E senti Max
endurecer ao meu lado. Se eu não o
conhecesse melhor, eu diria que ele ficou
com ciúmes da atenção que o seu piloto me
deu. Pode não ter sido nada, mas ele olhou
para mim por mais tempo do que o
necessário. E isso provocou uma onda

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nervosa em mim. A mandíbula de Max


estava trincada. Parecia que ele queria
arrancar os olhos do piloto, mas não disse
nada. E minutos depois nós estávamos no
ar.

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O voo foi bastante tranquilo.


Eu estava nervosa com a noite de
núpcias. O nosso casamento não era
tradicional, e eu não sabia o que esperar.
Max me falou que não teríamos nenhum
contato sexual. E se ele mudou de ideia?
Max estava completamente fechado.

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Ele não falou nada também durante o voo, e


no caminho para o hotel.
Max tinha escolhido Auckland, na
Nova Zelândia para ser o nosso destino de
lua de mel. Eu sabia que era um País lindo e
em ascensão.
O nosso hotel era lindo e luxuoso. O
que não me surpreendeu. Max tinha um
gosto muito requintado para as coisas. E a
sua lua de mel não poderia ser diferente.
Depois de fazer o check-in, nós
tomamos o elevador para o nosso quarto.
A viagem de elevador foi ainda mais
tensa. Parecia que tínhamos bombas em
nossas mãos, e que estavam prontas para
explodir. A porta do elevador se abriu e

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Max me permitiu sair primeiro.


Tão cavalheiro.
O quarto era lindo. Na verdade era
suíte presidencial. Maior do que o meu
apartamento velho. Com uma decoração
luxuosa, e uma bela vista do mar.
O ambiente confortável era
composto por uma sala de estar elegante
com toques distintos, como copos de cristal,
televisão de plasma oculta atrás de um
quadro, estante com uma grande variedade
de livros interessantes, minibar privativo
refrigerado e cortinas operadas por controle
remoto. O jardim interno adjacente tem piso
de mármore e paredes revestidas do mais
luxuoso tecido. O quarto principal é

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decorado com persianas em tons pastéis,


lírios brancos exuberantes, carpete de lã
macia e paredes revestidas em tons claros
de seda pura. Um terraço privativo com um
sofá dossel. O banheiro do quarto principal
era revestido de mármore escuro. Equipado
com um chuveiro Box extragrande desses
com luz de led, e uma impressionante
banheira com jatos e sistema de terapia
relaxante.
A suíte era clara e arejada, muito
convidativa. Um lugar romântico e
acolhedor. Difícil não se sentir bem aqui.
Havia um segundo quarto, que tinha
basicamente as mesmas coisas que o quarto
principal, com exceção do banheiro.

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Eu coloquei a minha bolsa sobre o


sofá, e assisti Max atravessar a sala em
direção ao bar.
- Você quer beber alguma coisa? –
Ele perguntou se servindo de um pouco de
uísque.
Eu balancei a minha cabeça, e os
seus olhos se estreitaram.
- Você vai ficar com o quarto
principal. – Sua voz saiu baixa e crua. – Eu
não confio em mim mesmo está noite.
- Você vai sair?
- Sim. E não me espere. – Ele tomou
todo o líquido marrom do copo e atravessou
a porta me deixando sozinha na nossa noite
de núpcias.

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Alcançando a minha bolsa, eu fui


para o quarto. Tudo que eu precisava era de
um banho e uma boa noite de sono.
Eu não deveria estar triste. Eu sabia
no que estava me metendo, mas isso ainda
doeu. Eu esperava que ele fosse pelo menos
me fazer companhia.
Depois de tomar um banho, eu
coloquei uma camisola de cetim que Alice
escolheu para mim. Apaguei as luzes do
quarto, deixando apenas o abajur ligado, e
me enrolei como uma bola no centro da
cama. Eu sabia que não iria conseguir
dormir logo. Essa seria uma longa noite.
******
Quando eu acordei na manhã

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seguinte Max não estava em nenhum lugar à


vista. Ele nem se preocupou em me deixar
uma nota. Eu não sei ao menos se ele
dormiu na suíte.
Eu passei todo o dia esperando ele
voltar. Pedi o serviço de quarto e apenas
admirei a vista da nossa suíte luxuosa.
Tanto luxo para nada. Ele deveria ter me
colocado em um quartinho barato, eu estaria
menos decepcionada. Não é como se eu
esperasse que ele fosse me acordar com café
na cama, mas ainda assim era muito triste
acordar em um lugar tão lindo e romântico,
sozinha.
A sua mala ainda estava no canto da
porta onde o carregador tinha colocado. Eu

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não me atrevi a colocar no seu quarto. Se


ele quisesse, ele mesmo faria.
A noite chegou e Max ainda não
apareceu. Eu estava começando a me
preocupar. Mas algo passou pela minha
cabeça. Se ele quisesse estaria aqui comigo.
Pedi o jantar e depois deitei para ler
alguns e-mails. Amanhã eu iria explorar a
cidade.
Max pode continuar agindo como
um idiota. Eu não me importo. Eu me
recuso a viver miseravelmente.
Na manhã seguinte eu acordei cedo
e decidi sair para dar uma volta. Eu nunca
tinha saído de Boston. Essa era a minha
primeira viagem. E eu iria aproveitar ao

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máximo. Passei pela recepção e deixei um


recado para Max.
Eu coloquei um biquíni por baixo de
um short e camiseta. Peguei a minha bolsa e
telefone.
Auckland era linda. Eu visitei pontos
turísticos, caminhei na praia, tomei um
pouco de sol. E fiz algumas compras. O
meu dia foi maravilhoso. Eu só gostaria de
ter alguém para compartilhar toda essa
beleza.
Quando voltei para o hotel Max
tinha vindo para o quarto, mas já tinha
saído. Na verdade eu só descobri que ele
esteve aqui por causa da sua mala que não
estava mais a vista, e dos copos sujos no

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bar. Ele deve estar enchendo a cara


novamente. Só espero que ele não entre em
coma alcóolico.
Não havia nenhum recado.
Eu tomei um banho, e depois pedi o
jantar.
Eu acabei descobrindo que Max
tinha alugado outro quarto em um andar
abaixo do meu. Eu não sei se fiquei chocada
ou chateada. Quero dizer, eu sei que o nosso
casamento era falso, mas ele não poderia ao
menos dividir um maldito quarto comigo?
Idiota.
E essa foi a minha lua de mel. Eu só
vi o meu marido no dia em que chegamos
ao hotel e no dia que partimos. Ele fez o seu

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trabalho em ficar longe de mim. Mas eu não


fiquei no quarto esperando ele querer estar
comigo. Eu saí e me diverti sozinha. Eu
visitei lugares incríveis, e tentei aproveitar
da melhor maneira possível. Eu decidi que
não iria me colocar para baixo. Eu sabia no
que estava me metendo quando aceitei me
casar com ele, então não poderia reclamar.
Era tarde demais para lamentações.
******
Nós voamos de volta para casa no
domingo à tarde. Eu queria odiar a minha
nova vida, mas eu não poderia. E se tem
algo que eu aprendi na vida foi dar valor às
coisas.
Max tinha contratado uma empresa

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de mudanças para mover as minhas coisas


para a sua cobertura.
Minha vida agora era diferente, mas
eu não poderia reclamar. Max tinha
colocado uma boa quantia de dinheiro na
minha conta bancária. E eu decidi colocar o
meu plano em curso.
Eu iria ajudar orfanatos. Eu poderia
fazer muita coisa com todo o dinheiro que
Max iria me dar, e eu não queria nada desse
dinheiro. Tudo iria ser revertido em prol de
boas causas. Eles poderiam fazer reformas,
comprar móveis novos, e assim alocar mais
crianças.
O apartamento de Max era lindo. Eu
não conseguia entender por que ele morava

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em um lugar tão grande. Afinal de contas,


de quanto espaço um cara precisa para
viver?
Havia tantos cômodos que precisaria
de um dia e meio para limpar tudo isso. Não
que eu fosse limpar, ou talvez fosse. Não sei
ao certo.
Uma das coisas que eu mis amava
no seu lugar era o terraço. De lá eu poderia
ver toda a cidade. Era como estar no topo do
mundo. Eu poderia transformar o lugar em
um lindo jardim se ele me permitisse, mas
isso é um tema para outra ocasião.
- Eu tenho muito trabalho para por
em dia. Então, não me espere para jantar. –
Max falou enquanto passava por mim.

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- Tudo bem.
- O seu quarto é o segundo depois do
corredor. – Ele apontou para as escadas. E
eu assenti. Eu já sabia, era o mesmo quarto
em que eu tinha me arrumado para o
casamento.
- A senhora Levi vem duas vezes
por semana para limpar o apartamento e
preparar a comida, mas sinta-se livre para
pedir o que quiser. Há catálogos de alguns
restaurantes que eu costumo pedir. Você vai
encontra-los na segunda gaveta do primeiro
balcão da cozinha.
- Há três carros na garagem. Você
pode usara qualquer um deles se precisar
sair de casa.

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- Obrigada.
- Eu estou indo.
Eu apenas balancei a cabeça sem me
preocupar em enfrentar o seu rosto. Eu sabia
que ele estava me olhando, mas decidi não
me importar.
Ele caminhou para a porta da frente
sem olhar para trás. Eu não me preocupei, já
estava acostumada a ser ignorada por ele. E
estava mais interessada em descansar. A
viagem tinha sido muito longa e eu estava
morta.
Depois que Max saiu, eu levei a
minha mala para o meu quarto e comecei a
arrumar todos os meus pertences no closet
que dava para morar dentro. Nem com todas

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as roupas, sapatos e bolsas que eu tinha


comprado nos últimos dias não seriam
capazes de encher o maldito lugar.
Max queria alguém para servir de
esposa troféu e limpar a imagem negativa
que a minha crítica sobre o seu restaurante
tinha causado. Ele acabou unindo o útil ao
agradável. Mesmo com toda a repercussão
do nosso casamento as pessoas ainda
falavam mal do Zaad e do Max.
O Zaad foi fechado. Max contratou
uma nova equipe, e uma gerente para dirigir
o local. A reinauguração está prevista para o
final do próximo mês. Ele não me pediu
ajuda ou opinião, mas acho que tudo vai se
sair bem.

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Assim espero.
Todos os críticos gastronômicos de
Boston e região foram convidados, assim
como a imprensa em geral. A nova proposta
era fazer do Zaad um local mais
convidativo.
Eu tomei um longo banho de
banheira. Eu estava me acostumando a ser a
senhora Grant. Desde que Martina morreu
que eu não tinha ninguém para dividir o
mesmo lar, mas mesmo com a distância
entre Max e eu, eu sabia que tinha alguém
próximo a mim. E isso me fez sentir
protegida.
Eu desci para preparar algo para
comer. Eu não estava com vontade de pedir

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comida, então fui preparar uma das minhas


especialidades na cozinha.
Eu odiava cozinha. Mas Martina me
fez gostar da coisa. Ela me levou várias
vezes ao restaurante em que trabalhava. E
eu fui me acostumando. Quando dei por
mim eu já estava apaixonada pela arte.
Cozinhar relaxa.
Toda comida deve ser preparada
com muito amor e dedicação. E Martina
sempre deu o seu melhor para preparar os
melhores e mais saborosos pratos. Ela me
ensinou tudo que eu sei sobre gastronomia.
Apesar de ter feito um curso, eu aprendi
com a melhor.
A cozinha de Max era o sonho de

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qualquer chefe. Ela estava equipada com


todos os tipos de coisas para se preparar
uma boa refeição.
Martina costumava dizer que a
comida é a essencial para viver melhor.
A geladeira de Max estava cheia de
potes com comida para o resto da semana.
Todas com etiquetas e datas de validade. A
senhora Levi deve ser uma mulher
interessante. Estou louca para conhecê-la.
Eu encontrei os ingredientes para
fazer a minha deliciosa lasanha à bolonhesa.
Eu amo massa. E foi a primeira receita que
eu aprendi quando comecei a cozinhar. É
simples e elegante ao mesmo tempo, prática
e rápida.

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Não dá para errar com lasanha.


Eu passei a maior parte do tempo
tentando descobrir onde ficava tudo na sua
cozinha, mas consegui decorar onde cada
coisa ficava. Dessa forma eu poderia utilizar
a sua cozinha muitas e muitas vezes.
Eu fiz uma grande porção. E deixei
um pouco para ele no forno. Eu não sei se
ele gosta, mas deixei mesmo assim. Eu não
queria parecer ingrata.
A lasanha ficou maravilhosa. Eu
acabei comendo mais do que pretendia.
Depois de lavar tudo e limpar a bagunça, eu
decidi encerrar o dia. Max disse para não
esperar por ele, então não havia nenhum
ponto em ficar acordada.

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Eu sentia falta do meu trabalho. E


precisava encontrar algo para fazer logo. Eu
não iria ficar nessa cobertura sendo a esposa
troféu do senhor bilionário todo poderoso de
Boston.
******
As semanas seguintes foram
praticamente iguais. Eu já estava casada há
um mês, e a minha rotina era a mesma. Eu
ficava sozinha em casa dia e noite enquanto
Max ia para o trabalho e só voltava altas
horas da madrugada. Na maioria das vezes
ele chegava muito bêbado e dormia no sofá
da sala ou até mesmo em seu escritório.
Eu conheci a senhora Levi na
semana seguinte em que voltamos de nossa

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lua de mel. E nós nos tornamos grandes


amigas. É isso mesmo que você ouviu, eu
estava finalmente me abrindo para o mundo.
A senhora Levi era uma senhora de sessenta
e dois anos, mas ela aparentava ter bem
menos do que isso. E ela pode ser bem
durona às vezes. Ela é uma pessoa que trás
o melhor de você para fora.
Max me levou para jantar com um
cliente e sua esposa na outra noite. Eu forcei
tanto o meu sorriso que quase tive câimbra
no rosto. Max foi amável comigo na frente
deles, mas quando estávamos a sós ele se
fechava completamente. Era como conviver
com duas pessoas diferentes.
A minha vida não era perfeita, mas

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eu não tinha do que reclamar.


Eu estava ajudando à senhora Levi,
que na verdade se chama Carmela, quando o
meu telefone tocou. Eu fui verificar e era
Max.
- Alô.
- Eu quero que você faça as suas
malas, nós vamos viajar essa noite.
- Para onde vamos?
- Para a casa dos meus pais em
Londres. – Ele respondeu amargamente. E
eu sabia que ele estava furioso com essa
viagem repentina, mas decidi manter a
minha boca fechada.
- Tudo bem. – Ele desligou sem nem
um até logo, mas eu não estava surpresa.

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Isso era o jeito de ser Maxwell Grant.


Alice tinha me levado às compras na
semana passada. Aparentemente o meu
guarda-roupa ainda não estava completo. E
como sendo a esposa de um bilionário, eu
precisava sempre estar bem.
Eu deixei Carmela cuidando do
almoço e fui fazer a minha mala. Eu sabia
pouco sobre os seus pais, apenas o que eu li
na internet e revista. Max nunca tinha falado
sobre eles. Na verdade a gente quase nunca
conversa. E isso não é culpa minha. Ele está
sempre na empresa, enquanto eu fico em
casa e sou uma boa esposa.
Chato.
Eu poderia não conhecer os seus

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pais, mas de uma coisa eu sabia, que isso


seria um teste. Eu só espero que a gente
consiga passar.
Eu arrumei tudo que eu poderia usar
em várias ocasiões. Eu fiquei tentada em
perguntar a Max se ele queria que eu fizesse
a sua mala, mas desisti quando vi Carmela
colocando a sua mala na sala junto a minha.
- O senhor Grant me pediu para
cuidar da sua mala. Ele não queria
incomodá-la. – Ela falou tentando me
animar.
- Está tudo bem, Carmela. Eu estava
um pouco enrolada com a minha, e
provavelmente demoraria mais do que o
previsto para terminar de fazer as duas

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malas. – Eu sorri nervosamente.


Na verdade eu estava tentando
esconder o fato de estar magoada, que o
meu marido preferia que uma estranha
fizesse a sua mala em vez de sua esposa. Eu
tentei duramente não ficar ofendida, mas eu
não sou de ferro. E confesso que doeu um
pouco.
Quando a noite chegou, eu tomei um
banho e me preparei para a viagem. Vesti
um vestido branco de linho, que abraçava
perfeitamente as minhas curvas. Prendi o
meu cabelo em um rabo de cavalo, coloquei
um pouco de maquiagem. E desci para
esperar Max.
Max chegou por volta das

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19h00min. – Eu vou tomar um banho e logo


nós iremos para o aeroporto.
- Você não vai jantar?
- Eu não estou com fome. – Ele
respondeu subindo as escadas de dois em
dois degraus.
Não demorou muito tempo quando
ele desceu cheirando a perfume e limpeza.
O seu cabelo estava molhado, e eu queria
nada mais do que correr os dedos pelos seus
fios molhados. Maxwell Grant era um
sonho real.
- Pronta? – Ele perguntou me tirando
do devaneio.
- Sim. Claro. – Eu respondi
nervosamente, e me perguntando se ele

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tinha percebido que eu estava o checando.


Eu me arrisquei a olhar para ele, e vi
que ele estava absorto a mim. E isso me
deixou aliviada, e ao mesmo tempo triste.
Parecia bobagem, mas eu realmente
esperava que Max gostasse de mim. Mas
não existe nenhuma chance disso acontecer
nunca. Ele tem um coração de pedra, e eu
sou apenas um acordo.
Fomos para o aeroporto como dois
estranhos sentados ao lado. Eu coloquei os
meus fones de ouvido e apenas curti a
viagem com a minha Playlist favorita.
Quando chegamos ao aeroporto, ele
me ajudou a sair do carro. A sua mão quente
se encaixou na minha, e eu senti uma

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corrente elétrica percorrer o meu corpo. Eu


sempre estava tão nervosa com o seu toque,
mesmo que pequeno. Que nem prestava
atenção nas suas expressões.
Max tinha sempre uma carranca no
rosto. E era difícil definir quando ele estava
de bom humor. Por isso não consegui
identificar qual a sua reação ao me tocar.
- Carter. – Ele cumprimentou o
comissário de bordo quando chegamos ao
avião.
- Boa noite, senhor e senhora Grant.
– Carter respondeu. E eu apenas sorri.
Max sempre muito cavalheiro me
ajudou a subir no avião. Suas mãos quentes
em minhas costas. Era bom sentir o seu

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calor contra o meu corpo, mesmo através do


vestido.
Nós nos acomodamos enquanto o
avião se preparava para decolar. Essa era a
minha terceira viagem de avião. E eu estava
cada vez mais confortável com a ideia de
voar. Eu ainda tinha um pouco de medo,
mas guardei tudo para mim. Eu não queria
fazer uma cena e parecer ridícula. Max
estava sentado ao meu lado ainda com uma
carranca no rosto, mas eu apenas ignorei.
Coloquei os meus fones de ouvido e
aproveitei a viagem. Essa viagem seria com
certeza interessante. Será que seus pais
suspeitariam de que nosso casamento era de
fachada?

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Os pais de Max viviam em Londres


e pareciam gostar.
E se eu achava o apartamento de
Max extravagante, essa era de longe a maior
casa que eu já tinha visto na minha vida
inteira. Eles moravam em uma maldita
mansão europeia.
- Oh meu Deus!

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- Eu sei, muito exagerado. – Max


rosnou ao meu lado.
- É impressionante.
- Ela era de uma família rica do final
do século XX.
Era como estar de volta à idade
média. Toda a estrutura era de pedra. Os
portões de ferro como nos filmes medievais.
Quando o carro se aproximou dos portões
eles se abriram nos dando passagem. Max
estava tenso ao meu lado. Eu queria nada
mais do que tranquilizá-lo, mas não sabia
como ou se ele permitiria isso.
- Os meus pais estão chegando essa
noite de uma viagem. Nós vamos encontrá-
los na parte da manhã.

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- Oh. Eu pensei que eles soubessem


que estávamos chegando.
- Eles sabem. Apenas não se
importam bastante para nos dar o seu tempo
mais precioso. – Ele falou amargamente.
Isso era que eu não conseguia
entender. Eu vivi em lares adotivos bem
desestruturados, mas Max mesmo com uma
família de sangue parecia mais perdido que
eu. Era suposto os pais se importarem com
seus filhos, mas isso não era o que parecia
acontecer na família Grant.
Chegamos à frente da casa, e um
homem vestido igual a um pinguim estava
lá para nos receber.
Max me ajudou a sair do carro e

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cumprimentou o mordomo. – Olá, Filipe.


- Senhor Grant. – O homem
cumprimentou. – É um prazer recebê-los. –
Ele sorriu.
- Essa é a minha esposa, Talula
Grant. – Max me apresentou.
- Encantado em conhecê-la, senhora
Grant.
- Obrigada. O prazer é todo meu, e
pode me chamar de Talula, por favor. – Eu
sorri.
Filipe nos indicou qual seria o nosso
quarto, e se retirou com uma saudação.
Tudo isso era tão surreal.
Max me levou pelas escadas para o
andar de cima. A casa era absolutamente

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incrível. A decoração era muito requintada.


Lustres e cortinas ornamentavam o lugar
exuberante. Pinturas de artistas famosos
estavam dispostas ao longo das paredes.
Max segurou a minha mão e me
puxou para o corredor que levaria ao nosso
quarto. Eu tenho certeza que ficaria perdida
nesse lugar. Havia tantos quartos, mas Max
sabia exatamente onde estávamos indo. Um
carpete vermelho dava um ar mais
sofisticado ao lugar.
- Sua mãe tem bom gosto para
decoração.
- Ela não tem muito que fazer, então
esse é um dos seus prazeres.
O nosso quarto não poderia ser

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diferente do resto da casa. Havia uma sala


aberta com sofás e cadeiras, uma lareira
com uma televisão embutida. Uma cama
King Size, um banheiro grande todo de
mármore claro. Todo o ambiente decorado
em tons claros e com muito luxo. Muito
parecido com o quarto de hotel que ficamos
na nossa lua de mel.
Eu me sentei em uma das cadeiras
enquanto Max olhava para a porta, até que o
carregador apareceu com a nossa bagagem.
Essa gente tinha tanto dinheiro que eles
tinham mordomo e carregador. Aposto que
eles também têm jardineiro, motorista e
cozinha.
Quando o carregado saiu, Max

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começou a desfazer a sua mala. Eu pensei


em fazer o mesmo, mas seria estranho
esbarrar nele em algum momento, então
decidi esperar ele terminar. Eu não queria
deixá-lo mais tenso do que já estava.
Essa seria a primeira vez que eu
dividiria o quarto com um homem. Esse
seria um grande teste, não só para a sua
família, mas para nós também.
Max terminou e foi para a sacada.
Eu aproveitei para desfazer as minhas. E
quando eu tinha tudo pronto me peguei
pensando onde eu ia dormir. E como se ele
pudesse ler os meus pensamentos ele falou.
– Você pode ficar com a cama.
- E você?

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- Eu vou ficar bem no sofá.


- Tudo bem. Obrigada.
- Você quer jantar? – Ele perguntou
gentilmente.
- Não estou com fome. Eu quero
apenas descansar, a viagem foi muito longa.
- Tudo bem. – Ele saiu e fechou a
porta.
Eu fui para o banheiro e tomei um
banho rápido, e me troquei para dormir.
Ouvi a porta abrir e fechar, Max
tinha saído. Mas não se passou muito tempo
e ele voltou.
Alcançando um livro dentro da
minha bolsa eu li um pouco antes de dormir.
Já passava da meia noite e eu ainda não

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conseguia dormir. O meu corpo estava


cansado, mas a pressão de saber onde
estávamos e que poderíamos ser
descobertos me deixou sem sono. Eu não
queria estragar tudo e colocar Max em
apuros. Eu nunca fui boa em mentir e isso
seria muito estranho. Era fácil fingir em
casa, porque não havia olhares curiosos
todo o tempo me avaliando. Quero dizer, as
pessoas me encaravam quando estávamos
na rua, mas isso era diferente. Muito mais
complicado.
Eu podia ouvir a sua respiração
pesada do outro lado da porta. Eu tinha
deixado à porta aberta, para que se ele
precisasse entrar não tivesse que me

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acordar.
Eu nunca tinha estado no mesmo
quarto que ele a noite toda. E isso era
novidade para mim. Eu não sei quando ou
como, mas em algum ponto ao longo dos
dias eu comecei a me acostumar em ser
realmente a senhora Grant. Não era o
melhor casamento do mundo, mas Max me
respeitava e cuidava para que não me
faltasse nada. Isso era muito nobre da sua
parte. Eu nunca tive alguém para fazer algo
assim para mim. E de uma forma distorcida
isso me permitiu ver o meu marido com
outros olhos. Quero dizer, Max é um
homem muito bonito, e não deixei de me
perguntar o que aconteceria se ele quisesse

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ficar comigo de verdade? Sem acordo, ou


qualquer outra razão.
Uma coisa que eu aprendi sobre
Max é que ele gosta de ser taxado de frio e
calculista. Isso lhe dá certa vantagem no
trabalho. É como ter uma identidade secreta,
mas em casa no seu conforto, e longe de
tudo e todos ele era apenas um homem
comum.
Max passava muitas horas fora, mas
quando estava em casa ele se trancava em
seu escritório e eu sei que ele gosta de ler,
de música clássica, e de jogar tênis. Sem
contar a sua paixão pelo futebol americano.
Ele não sabia, mas eu sempre espreitava por
trás da porta. Ele pode querer esconder para

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o mundo quem é, mas eu consigo ver além


do que ele mostra. E há muito mais do que o
rabugento e frio empresário.

******
Na manhã seguinte, quando eu
acordei Max já não estava no quarto. Eu fui
para o banheiro e senti o seu perfume. Ele
tinha tomado banho há pouco tempo. Como
eu não o vi entrar e sair é uma coisa
surpreendente. Normalmente eu tenho o
sono leve. Acho que por eu estar muito
cansada.
O pensamento de Max ter estado
aqui nu me fez corar. Eu sei que parece uma
coisa idiota, desejar alguém que não pode

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ter, mas eu não poderia me ajudar. Eu senti


o meu corpo arrepiar. As imagens do nosso
beijo e os inúmeros que ele me deu na testa
ou no topo da minha cabeça, quando
estávamos na companhia de outras pessoas
me fizeram quente. Eu não sou assexuada, e
Max é um homem muito bonito, não é
estranho ter pensamentos inadequados com
ele.
Eu decidi tomar um banho frio para
eliminar esses pensamentos sujos da minha
mente. Eu não poderia me apaixonar por
Max. O nosso acordo foi bastante claro.
Nada de envolvimento pessoal.
Eu lavei o meu cabelo e
demorei um pouco mais que o normal. Acho

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que isso era uma forma de esconder o medo


que eu estava de enfrentar os seus pais. A
sua irmã tinha sido muito gentil, mas eu
sabia que os seus pais e sua mãe poderiam
ser uma dor na bunda.
Saindo do banho, eu escolhi um
vestido rosa florido, com um cinto fino e
um par de sapatilhas. Um pouco romântico,
mas eu tinha que manter as aparências de
mulher apaixonada pelo seu marido.
Ao sair do quarto eu ouvi vozes
vindas do andar de baixo. Eu segui os sons,
e parei no final da escada observando Max
interagir com a sua família.
Max estava sentado ao lado de outro
homem que aparentava ter a mesma idade

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que ele. Louise e sua mãe estavam do lado


oposto em uma conversa intensa. Louise me
viu primeiro e me deu um sorriso acolhedor.
– Olha se não é a mais nova, senhora Grant.
– Disse ela ao se levantar para me dar um
abraço.
- Bom dia. – Eu sorri e devolvi o
abraço.
- É tão bom ter você conosco,
finalmente. – Ela sorriu.
- Obrigada. É Bom estar aqui.
- Esse rapaz bonito conversando
com o seu marido é o meu noivo Caleb.
- É Um prazer finalmente conhecê-
la. Louise fala muito sobre você. – Caleb se
levantou e estendeu a mão para mim.

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- O prazer é todo meu. Obrigada. –


Sorri.
- E essa senhora bonita, é a sua
sogra. Elisa Grant. – Ela indicou para a
senhora atrás dela. Eu sabia quem ela era,
mas deixei que Louise fizesse as
apresentações.
- É um prazer conhecê-la, senhora
Grant.
- Oh, por favor, me chame de Elisa
ou mãe. É muito bom conhecer a mulher
que fisgou o coração do meu menino. Eu
gostaria de dizer que o nosso filho nos
contou sobre você, mas ele não o fez.
Eu sorri nervosamente. – Ele é
muito reservado. – Eu falei tentando ignorar

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os olhos de Max em mim.


- É verdade. – Concordou Elisa. –
Maxwell sempre foi muito reservado, com
exceção de Louise, quase ninguém sabia
nada sobre o que ele estava pensando.
- E mesmo com a nossa ligação, eu
só fiquei sabendo do seu casamento pelos
jornais de fofocas. – Louise acusou com um
sorriso.
- Não foi assim. – Max se defendeu.
– Tudo aconteceu...
- Muito rápido. – Eu o cortei, antes
que ele dissesse algo nada romântico e
estragasse tudo. – Nós não queríamos
esperar nem mais um minuto para estarmos
juntos. E não foi nossa intensão deixa-los de

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fora.
- Bem, o que está feito está. – Disse
Elisa amargamente. – E os seus pais, o que
acharam dessa coisa toda?
- Mãe? – Max e Louise disseram ao
mesmo tempo.
- Está tudo bem, querido. – Eu
contornei a situação. – Eu cresci em um
orfanato, e vivi em lares adotivos por toda a
minha infância. E não conheci os meus pais.
Mas eu encontrei uma pessoa que cuidou de
mim, e me fez quem eu sou hoje. – Eu
respondi sem titubear. Elisa parecia ser uma
boa mulher, mas ela tinha algo com me
fazer ficar para baixo, e isso eu não iria
permitir, sendo ela mãe de Max ou não.

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- Oh. – Foi tudo que ela conseguiu


falar depois de me ouvir dizer que era um
Zé ninguém.
Eu podia sentir os olhos de Max em
mi, mas ele não falou nada, Na verdade
ninguém falou por alguns minutos. E eu
conhecia aqueles olhares de pena.
As suas expressões se suavizaram
um pouco. E eu pude ver um pouco de
respeito vindo deles.
Quando eu olhei para Max, ele
estava me observando com um grande
sorriso. O que me fez sorrir também.
A conversa tomou outro rumo. Max
e seu cunhado começaram a falar de
negócios, enquanto Louise e Elisa me

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enchiam de perguntas sobre o nosso


relacionamento. Eu estava um pouco
nervosa, mas consegui falar tudo que me
veio à cabeça sobre Max e eu. Claro que
tudo isso tinha sido ensaiado antes.
- Como vocês se conheceram? –
Perguntou Elisa.
- Max e eu nos conhecemos em um
bar, e trocamos telefone. Depois disso nos
tornamos amigos. O nosso relacionamento
evoluiu e a amizade deu lugar para algo
mais sério.
- E por que você tentou arruinar a
sua reputação escrevendo aquela crítica? –
Ela disparou sem nenhum pudor.
- Mãe! – Gritou Louise.

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Eu ri nervosamente. Eu estava
preparada para essa pergunta. Na verdade
ela não seria capaz de me pegar atirando por
esse lado. – Max e eu sempre fomos muito
honestos um com o outro, e quando eu lhe
falei sobre a minha experiência no Zaad, ele
ficou tão irritado quanto eu. E não se opôs
que eu fizesse a crítica. De fato ele até me
deu bastante apoio.
- Isso soa como Max. Ele é sempre
tão focado no que faz, e odeio que as
pessoas não façam o certo. – Louise
completou.
- É verdade. Max sabia dos riscos
que estaria correndo quando a crítica fosse
publicada, mas a verdade teria que ser dita.

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- Eu não acredito muito nessa ideia,


mas quem sou eu para questionar? –
Azedou Elisa. Ela sabia que algo estava
errado com o nosso casamento. Era como se
ela pudesse farejar a mentira de longe.
O telefone de Louise acendeu
mostrando uma nova mensagem. – Droga!
Eu tenho que dá uma passada no escritório.
– Ela informou.
- Está tudo bem, querida. Eu vou
mostrar a casa a Talula. – Elisa falou com
um sorriso que não atingiu o seu rosto. Ela
parecia ser bipolar. Eu não conseguia
identificar quando ela estava sendo boa ou
má.
- Mãe, você vai ser legal com

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Talula? – Louise levantou uma sobrancelha


para sua mãe.
- Oh, pelo amor de Deus! Eu só
quero conhecer a minha nora. – Disse Elisa
se sentindo ofendida com a acusação de
Louise.
Max e Caleb estavam absortos a
nossa conversa. Eles estavam perdidos no
mundo de negócios. E nem perceberam que
Louise estava saindo. Só quando ela
levantou para dar um beijo em Caleb que
eles perceberam.
- Querido, eu tenho que ir ao
escritório, mas eu prometo voltar logo. –
Ela disse a Caleb ao lhe dar um beijo
rápido.

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- Louise, é sábado. Ninguém


trabalha em um sábado. – Caleb se queixou.
- Eu trabalho. – Respondeu Max.
- Mas só por que você é um maníaco
por trabalho. – Caleb retrucou.
- Eu não vou demorar. E, além disso,
eu tenho certeza de que vocês nem iram
notar a minha ausência. – Louise falou
enquanto caminhava em direção à porta.
- Vamos, querida. Eu quero lhe
mostrar o nosso jardim. – Elisa falou.
Eu não sabia o que dizer, eu apenas
assenti. Era melhor do que recusar o convite
da minha sogra, que eu acabei de conhecer.
Eu olhei de relance para Max
enquanto saíamos da sala. Ele parecia

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genuinamente preocupado. Mas eu balancei


a cabeça e pedi com os olhos que ele não se
preocupasse. Ele pareceu entender a minha
súplica e visivelmente relaxou contra a
cadeira.
O jardim era lindo. Muito parecido
com o que eu pretendia fazer na cobertura
de Max, se ele me permitir, é claro.
Havia uma grande quantidade de
rosas, orquídeas, e a grama verdinha.
Algumas palmeiras e outras árvores
podadas em formas distintas. Um caminho
de pedra levava a uma estufa de cristal.
- É tão lindo. – Eu falei encantada.
- É bom saber que você aprecia este
jardim quase tanto quanto eu. – Elisa falou

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atrás de mim.
- Você fez um ótimo trabalho. Eu
quero fazer um no nosso apartamento, mas
ainda estou buscando orientação de um
paisagista.
- Obrigada. – Ela disse gentilmente,
mas depois não fez cerimônia para
perguntar o que estava em sua mente. –
Então, como você fez para fisgar o meu
filho?
- Eu não diria que fisguei o seu
filho, senhora Grant. Apenas nos
apaixonamos.
Ela me olhou por alguns segundos,
como se não acreditasse no que eu estava
falando. – Ele gosta muito de você.

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- E eu dele, mas não seria diferente.


Quando um casal dá um passo tão grande
como o casamento, quer dizer que eles
realmente se importam e amam o outro.
- Em muitos casos sim. Mas nem
sempre acontece dessa forma. Embora eu
tenha que reconhecer que ele falou muito
bem de você desde que vocês chegaram.
- É mesmo. Bom saber. – Eu ri.
- Sim. De fato eu achei algo
diferente no meu filho. Ele está mais
relaxado. É como se você tivesse tirando um
peso da sua cabeça.
Se ela soubesse que eu apenas
adicionei mais um peso, ela não me diria
isso. – É só impressão. Max é um homem

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muito ocupado, e normalmente ele fica


bastante estressado, ossos do ofício. E
quando estamos juntos, ele tenta relaxar e
curtir o momento.
- Maxwell pode ser muito difícil de
lidar.
- Sim, é verdade. Mas quem não é?
Ele tem muitas responsabilidades e não é
fácil fazer o que ele faz sem ser rígido.
- E você está bem com isso?
- Sim. Nosso relacionamento é
baseado em confiança e respeito.
- Eu suponho que você saiba que ele
e o pai não se dão muito bem?
- Ele fala do seu pai com muito
respeito e admiração.

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- Sim, mas por trás disso tem uma


longa e conflituosa relação.
- Toda relação é assim. E
principalmente quando as duas pessoas são
muito parecidas. É normal isso acontecer.
- Eu estou impressionada. Você
apesar de ser muito jovem, é bastante sábia.
Eu ri um pouco surpresa que ela me
fez um elogio depois de me bombardear
com tantas perguntas. – Obrigada. A vida
ensina.
- A relação de John e Maxwell
sempre foi complicada, mas com a sua
chegada a nossa família talvez as coisas
possam mudar.
- Como assim? – Perguntei curiosa.

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- Quando vieram os netos. John fará


de tudo para estar perto de vocês. – Ela
soltou e eu senti o ar ficar escasso no meu
organismo. Nós estávamos casados há dez
minutos e ela já queria netos.
- Nós ainda somos muito novos para
sermos pais. Acabamos de nos casar. Eu
quero aproveitar o meu casamento ao
máximo antes de ter um bebê.
- Nunca é cedo demais para ter
crianças. E eu não quero ser avó muito
velha. – Ela piscou sorrindo.
O que ela diria se soubesse a
verdade por trás do nosso casamento? Será
que ela ainda iria quere netos de um
casamento de fachada? Mas uma coisa eu

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não posso ignorar, a ideia de carregar em


meu ventre o bebê de Max parecia muito
boa.
Eu não deveria estar pensando em
ter os bebês de Maxwell Grant, quando na
verdade eu não era nada além de um acordo.
Isso estava tomando um rumo totalmente
diferente do que eu imaginei.
Max nunca iria sentir a mesma coisa
por mim. E eu só estava tentando me
enganar. A cada dia eu me envolvia mais e
mais. Eu já amava a sua irmã como se fosse
realmente da minha família. E quando
chegar à hora de tudo isso terminar? Como
será que eles vão reagir?

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Os pais de Max decidiram dar uma


festa, e Max e eu erámos os convidados de
honra.
Depois da minha conversa longa
com Elisa no jardim, Max me levou para
conhecer Londres. Tudo era tão lindo. O
país era realmente digno de ter reis e
rainhas.
Nós visitamos os pontos turísticos,

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tomamos café e brincamos em algumas


ocasiões. Era como ter um encontro com
gêmeo bom de Max. Eu não podia acreditar
que eu estava vivenciando isso com ele. Eu
nãos sei se ele fez isso para provar um
ponto, ou se por que ele realmente queria
me mostrar à cidade.
Max me mostrou um novo lado dele
que eu não conhecia. Esse lado generoso, e
aventureiro. O que me deixou muito feliz.
Eu sei que a nossa situação é complicada,
mas podemos tornar isso mais fácil sem
ignorar o outro.
- Sabe, você não parece ser o
Maxwell Grant que eu estou acostumada. –
Eu falei dando uma lambida do meu sorvete

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de chocolate que ele me comprou.


- E como eu sou? – Ele perguntou
curioso.
- A verdade? – Perguntei sorrindo.
- Sempre a verdade, Talula. Não
importa o que. Mas sempre me diga a
verdade. – Ele falou seriamente.
- Você normalmente me ignora e
finge que eu não existo. Passa até altas
horas da noite na rua, e nunca come a
comida que eu deixo para você.
- Ah, isso. – Ele baixou os olhos
antes de falar. – Eu não nem sempre fui esse
cara que você descreveu. Mas respondendo
a sua pergunta. Sim, eu faço tudo isso por
que eu tenho vergonha do que eu fiz para

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você.
- Como assim. – Eu parei de tomar o
sorvete.
- Você é uma mulher linda,
inteligente e muito determinada. E eu fiz da
sua vida um inferno apenas para o meu
benefício. Isso não é uma coisa fácil de
digerir. Todos os dias eu me amaldiçoou por
ter colocado você nessa bagunça.
- Bem, então eu não estava errada
em pensar que você tivesse um coração ai
debaixo de toda essa pose de cara durão.
Ele sorriu e eu fiz o mesmo.
- Eu normalmente tento pensar que
sou bom, mas eu não sou em tudo. Eu te
obriguei a se casar comigo, e isso não é ser

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bom.
- Você não me obrigou a nada. Nós
concordamos com isso.
- Você sabe o que eu quero dizer.
- Sim, eu sei.
Depois do seu desabafo eu não
conseguia parar de pensar no que ele havia
dito. Ele não era o monstro sem coração que
eu pensei que fosse. Embora não fosse o
meu príncipe encantado também, mas ele
parecia mais humano. E isso me deixou
mais feliz.
À volta para casa foi silenciosa. Eu
sabia que ele tinha se aberto mais do que o
normal, e isso era uma coisa boa. Eu não
iria pressioná-lo.

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Quando chegamos em casa, eu subi


para me arrumar para a festa e ele foi com o
seu pai para o escritório.
Eu não sabia o que usar. Eu pedi
ajuda a Louise. Todo esse novo mundo era
diferente para mim. Eu nunca tinha ido a
festas assim. Eu não sabia como me vestir
ou até mesmo como me comportar.
- Eu estou feliz que você me
chamou. – Louise sorriu quando entrava em
nosso quarto.
- E eu que você pode vir. Eu não sei
nada sobre esse tipo de evento, e não sei o
que fazer. Quero dizer, em casa eu tenho
Alice que sempre me ajuda, mas aqui eu
não conheço ninguém.

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- Não se preocupe com isso. Essa é


uma oportunidade para passarmos mais
tempo juntas.
- Eu vou tomar um banho e já volto.
– Falei entrando no banheiro.
- E eu vou ao meu quarto pegar
algumas coisas que eu esqueci.
Eu lavei o meu cabelo e esfreguei o
meu corpo. Eu queria ficar o mais limpa
possível. Depois de vestir um roupão, eu saí
para encontrar Louise me esperando com
um secador de cabelo nas mãos.
- Pronta? – Ela perguntou sorrindo.
- Faça o seu pior. – Eu brinquei.
Louise era ainda mais legal do que
eu imaginava. Nós conversamos sobre a

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infância dela e de Max. Ela me contou


várias histórias engraçadas e embaraçosas
dele. Foi uma ótima oportunidade para nos
conhecermos. Ela era divertida e cheia de
vida. Tão diferente do seu irmão que sempre
parecia triste e fechado.
- Eu posso te perguntar uma coisa? –
Perguntei.
- Querida, você pode me perguntar
tudo que quiser. – Ela respondeu sorrindo.
- O que aconteceu entre Max e
Cassidy?
- Oh! É sobre isso? – Ela desviou o
olhar e pude ver que entrei em um território
perigoso. – Olha, Talula. Eu adoro você, e
sei que seremos amigas para a vida toda,

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mas esse não é o meu negócio para contar.


Você precisa falar com Max.
- Oh! Tudo bem. – Eu tentei
esconder a decepção, mas era evidente no
meu rosto.
- Talula! Não vá por esse caminho.
Você e Max acabaram de se casar. Não
deixe que algo do passado dele interfira no
futuro de vocês. – Ela aconselhou.
- Eu só... Eu não sei como agir com
ele em certas ocasiões ele se fecha como
uma concha, e...
- Eu sei como é. Ele costumava fazer
isso quando brigava com o papai. Mas saiba
que o meu irmão é a pessoa mais fiel do
mundo. Se ele está com você, ele vai te

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respeitar. Ele pode ser um idiota, mas ele é


um dos bons.
- Obrigada. Eu vou me lembrar
disso.
- E você deve. Agora vamos dar a
esses olhos azuis um olhar dramático. –
Alertou.
Louise secou o meu cabelo e alisou
usando a chapinha. Nas pontas do cabelo ela
fez alguns cachos para dar um look mais
sensual.
Eu fechei os olhos e deixei que ela
fizesse a sua mágica. Louise usou toda uma
parafernália no meu rosto. Primer, base,
corretivo, pó translucido e bronzeador para
afinar alguns traços do meu rosto. Eu sei

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por que ela estava relatando tudo que estava


usando. Eu ri de suas piadas bregas e nós
trocamos confidências. Era como se nos
conhecêssemos a vida toda. E por fim ela
aplicou o batom.
- Você pode abrir os olhos, agora. –
Ela me colocou de frente ao espelho do
banheiro. Ao ver o meu reflexo no espelho
eu engasguei. Eu já tinha me maquiado em
várias ocasiões, mas nada como isso. Eu
parecia sexy e mais madura.
- Nossa! – Eu engasguei.
- O meu irmão vai cair morto. –
Disse sorrindo.
- Uau! – Eu sorri. – Obrigada
Louise.

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- De nada, querida. – Ela começou a


recolher as suas coisas. – Agora eu vou me
arrumar. E encontro você lá embaixo.
Eu balancei a cabeça.
Louise tinha escolhido o vestido que
eu iria usar. E confesso que eu estava um
pouco hesitante no começo, mas agora eu
estava bem confiante em usá-lo. O vestido
era vermelho com um grande e escandaloso
decote nas costas.
Louise tinha enviado a sua roupa
para que ele se trocasse em outro quarto.
Ele protestou no começo, mas ele acabou
aceitando. A porta do quarto se abriu e eu
ouvi os passos de Max. Eu estava muito
nervosa com o que ele poderia achar sobre a

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minha escolha de vestuário e maquiagem.


Eu estava no banheiro retocando a
maquiagem, mas espreitei para fora e o vi
sentado no sofá com os olhos fechados. Ele
estava muito bonito em seu smoking.
- Você está pronta? – Ele perguntou.
- Sim, só vou pegar minha bolsa.
- Tudo bem. Leve o tempo que
precisar. – Ele respondeu com um tom
cansado.
- Louise foi muito gentil em me
ajudar.
- Essa é Louise. Ela é uma lufada de
ar fresco em um dia quente.
- Ela é realmente muito boa. Você
tem sorte de tê-la como irmã.

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- Eu sei.
Eu peguei a minha bolsa e saí para
enfrentá-lo. – Eu estou pronta. – Falei
aparecendo atrás dele. Ele virou a cabeça, e
seus olhos encontraram os meus, e eu prendi
a respiração.
Max nunca tinha olhado para mim
como ele estava olhando agora, e isso me
deixou ofegante. Ele se levantou
rapidamente e ficou de frente para mim. –
Você está linda. – Ele engoliu em seco.
- Obrigada. – Eu sorri corando todos
os tons de vermelhos. Eu não estava
acostumada com esse tipo de atenção, mas
era bom saber que eu o afetei.
- Devemos ir? – Perguntei

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quebrando o silêncio.
- Hmm, claro. – Ele me deu o braço
e nós saímos como um verdadeiro casal.
- Quantas pessoas foram
convidadas?
- Muitas. Os meus pais sempre têm
uma lista gigantesca de convidados em suas
festas.
Eu senti os meus batimentos
cardíacos aumentarem. Eu não estava
preparada para esse tipo de coisa. E se eu
cometesse alguma gafe?
Max sentiu a minha tensão e tentou
me acalmar. – Eu sei que tudo isso é muito
novo para você, mas você vais se sair bem.
- É só... Isso tudo é muito. E se eu

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tropeçar?
Ele rio. – Eu seguro você, não se
preocupe. Tudo vai correr bem. Basta ficar
ao meu lado.
Eu concordei.
A sensação da sua pele contra a
minha levou arrepios a partes que eu nem
sabia que existiam. Era tão bom estar em
seus braços. Parecia real.
Eu sei que evoluímos na nossa
relação, mas eu não era tão tola para
acreditar que ele chegaria a me amar.
Embora as imagens da tarde em que
passamos juntos como um casal não me saia
da cabeça.
******

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Quando chegamos embaixo à sala já


estava cheia de pessoas rindo, bebendo e
conversando umas com as outras. Max
apertou a minha mão e nós saímos para
enfrentar as feras.
Um garçom passou com bebidas e
Max pegou uma para nós. O champanhe
caiu muito bem na minha garganta seca. Eu
precisava de coragem líquida para poder
passar por isso.
Eu fui apresentada a grande elite de
Londres. Max não saiu do meu lado. Ele foi
gentil e atencioso. E eu estava me
acostumando com esse seu lado. Algo nele
tinha mudado, e eu iria aproveitar ao
máximo cada minuto ao seu lado, mesmo

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que isso custasse o meu coração.


Os Grants sabiam como dar uma
festa. Tudo estava muito bonito e bem
organizado. Toda a mobília foi retirada da
sala para dar lugar ao Buffet, as mesas e
havia uma tenda no jardim com um palco e
uma pista de dança.
A banda começou a tocar e Max me
puxou para dançar. O champanhe estava
começando a fazer efeito quando ele me
girou e me deixou cair em seu braço, com
um sorriso.
A festa estava indo melhor do que
imaginávamos. Na verdade nós estávamos
mais próximos do que nunca. Mas quando
tudo mudou quando meus olhos avistaram

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Cassidy entrando de braços dados com um


homem alto. Ele tinha a pele branca, o
cabelo acobreado e olhos escuros. Ele era
muito bonito, e os dois formavam um bonito
casal. Eu estava tão distraída olhando para
eles, que nem percebi que Max também os
tinha visto chegar.
Eu senti todo o seu corpo endurecer
ao meu lado. Ele me soltou bruscamente,
que se eu não tivesse em meus pés teria
caído de cara no chão.
Max se virou e andou em direção
aos novos convidados. Ele parecia um touro
enfurecido. Eu podia sentir a tensão que
emanava dos seus poros.
- Max. – Eu disse indo em sua

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direção. Mas ele não parecia me ouvir.


Olhei ao redor, procurando a sua
mãe ou irmã, e encontrei Louise e Caleb
com uma carranca no rosto. Ela caminhou
em nossa direção. E isso me acalmou um
pouco.
- Que porra você pensa que está
fazendo aqui? – Max rugiu para Cassidy e o
homem misterioso.
- Nós fomos convidados. – O
homem respondeu. E Max olhou para ele
com fúria em seus olhos, ele estava prestes
a arrancar o sorriso irônico no rosto do
homem misterioso.
- Está é uma festa privada. E lixo
como vocês não são bem-vindos. – Max

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bufou.
O homem deu uma risada sarcástica.
– Eu só queria conhecer a sua esposa. – Ele
provocou.
Sem hesitar, Max me puxou para
trás dele. – Não ouse olhar para ela. – Max
rosnou, e eu pensei ter visto um músculo da
sua face saltar.
As sobrancelhas do homem se
ergueram. Ele começou a falar, mas Cassidy
interrompeu. – vamos encontrar a sua tia,
querido. – Ela disse tentando acalmar os
ânimos, mas tudo que conseguiu foi
provocar Max ainda mais.
- Saia da minha casa sua puta
desgraçada. – Ele cuspiu, e eu vi Cassidy

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empalidecer diante de nós.


Max e o homem misterioso estavam
se encarando. Eu não sabia o que havia
acontecido entre eles, mas tenho certeza de
que Cassidy é a razão para tudo isso.
- Sebastian, mamãe ficará feliz em
vê-lo. – Louise falou atrás de nós.
Sebastian. Esse era o nome do
estranho bonito. Ele olhou de Louise para
Max, e de volta para mim. – Acho que
podemos colocar o papo em dia mais tarde,
primo.
- Pode apostar. – Retrucou Max.
Sebastian e Cassidy se afastaram e
eu soltei uma respiração que nem sabia que
estava segurando.

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- Não deixe que eles cheguem até


você, Max. – Disse Louise
- Por que eles foram convidados? –
Perguntou Max ainda furioso.
- O papai deve ter os convidado.
Você sabe que ele adora ver o circo pegar
fogo.
- Vamos. – Ele me puxou para o
lado oposto do jardim. O lugar era um
pouco afastado de toda a agitação da festa,
mas você ainda podia ouvir a música e as
pessoas conversando.
A música trocou para uma lenta. E
ele me puxou para os seus braços, me
segurando como se eu fosse a sua tábua de
salvação. Essa era a primeira vez que ele

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realmente me segurava.
O seu coração batia
desenfreadamente. Ele ainda estava muito
irritado. Mas estava tentando recuperar o
equilíbrio. E ele me escolheu para essa
tarefa.
O seu perfume encheu os meus
poros. E eu queria congelar esse momento
para sempre. Essa era a primeira vez que eu
me sentia como sua esposa. Alguém que ele
poderia contar sempre que precisasse.
A minha cabeça estava em seu peito.
Max era bem mais alto do que eu. E mesmo
de salto, eu ainda ficava abaixo da sua
cabeça.
Ele respirou fundo e levantou a

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cabeça. Os nossos lábios estavam agora


muito próximos. Seus olhos encontraram os
meus, e eu pude ver o quanto ele queria
aquilo. Seus lábios desceram sobre os meus.
Eu estava flutuando, perdida nos seus
braços e lábios. Não havia mais ninguém.
Era apenas ele e eu.
Parecíamos dois amantes
apaixonados. O meu coração deu um salto
de alegria. Eu não podia acreditar que ele
estava me beijando de verdade. Mas logo
me veio à dúvida. E se logo depois de abrir
o seu coração para mim, ele me deixasse? E
se ele me colocasse para fora da sua vida?
Eu poderia superar isso?
Todas essas perguntas não

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respondidas foram esquecidas quando as


suas mãos me apertaram contra o seu corpo
duro. Eu podia sentir a protuberância que
ele ostentava nas suas calças.
Maxwell Grant estava excitado por
mim. Ele me desejava.
******
Eu não sei como nós chegamos ao
nosso quarto. Eu estava perdida em seus
beijos. Ele me pressionou contra a parede
do quarto, me beijando com tudo que tinha.
- Hmm – Eu gemi contra os seus
lábios.
- Talula. – Max se afastou ofegante.
- Max. – Eu sorri.
- O que você está fazendo comigo? –

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Ele perguntou quando as minhas mãos


começou a retirar a sua roupa. Eu o queria e
não iria desperdiçar tempo pensando nas
consequências.
- Eu quero você. – Eu me inclinei e
beijei o seu pescoço.
Ele fechou os olhos.
- Nós não temos que fazer isso.
Esfreguei-me contra a sua ereção
que agora estava completamente armada
contra as suas calças. Eu o queria tanto que
estava disposta a implorar. O álcool fez um
bom trabalho em me dar à coragem que eu
estava procurando para dar o primeiro
passo.
- Não me faça implorar, Max.

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Suas mãos subiram para agarrar


minha cintura.
- Talula. – Disse ele aflito. – Você
está me matando.
- Eu quero você, Max. – Eu disse
beijando a sua orelha. – Me faça sua.
As suas mãos apertaram a minha
cintura.
- Você merece alguém melhor do
que eu. – Ele murmurou ferozmente.
- E você é essa pessoa. – Eu beijei o
seu queixo. – Somos eu e você. E eu o
quero em todos os sentidos.
- Talula, eu quero você desde o
momento em que eu te vi parada no meu
escritório. Eu queria rasgar as suas roupas e

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fazê-la minha em minha mesa. Mas eu não


podia.
Eu sorri.
- Eu acho que chegou a hora.
Ele gemeu.
- Você está tentando me matar.
- Ah, eu tenho certeza que seria uma
morte bastante agradável. – Eu corri um
dedo em sua clavícula, em linha reta até a
borda da sua calça.
A sua mão se fechou ao redor da
minha. Eu engoli em seco.
- Nós não estamos prontos. Mas eu
te quero tanto.
- Sim, nós estamos. Você é meu
marido, e eu sou a sua esposa. Eu quero

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você mais do que tudo nesse mundo.


- Eu não quero te machucar. Mas eu
quero você tanto que dói.
- Então, não se detenha. – Eu o
persuadi. – eu estou muito pronta para ser
completamente sua.
Suas mãos flexionaram contra a
minha cintura enquanto eu observava a
batalha interna no seu rosto. Ele se
preocupava comigo, e isso me deixou muito
feliz.
Eu queria que ele entendesse que eu
o queria com tudo que ele pode me dar, mas
antes que eu pudesse abrir a boca, seus
lábios estavam nos meus novamente.
Eu passei os meus braços em volta

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do seu pescoço enquanto pressionei o meu


corpo contra o dele. Não era o suficiente, eu
queria que nossos corpos se fundissem em
um só. Como deveria ter sido desde o
começo.
Max se afastou e me virou de costas.
Ele encontrou o zíper do vestido e o abriu.
As minhas costas estavam completamente
nua. Ele passou um dedo pela minha coluna,
me fazendo estremecer.
- Tão linda. – Ele sussurrou no meu
ouvido. Levando arrepios por todo o meu
corpo. O meu vestido caiu no chão, e eu
fiquei apenas de calcinha e com os saltos.
Eu não estava usando sutiã, por que o
vestido não exigia.

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Os seus lábios beijaram o meu


ombro. E ele me virou para encará-lo. –
Você é perfeita. – Ele falou olhando o meu
corpo.
Eu estava um pouco nervosa. Mas o
olhar que ele me deu ao ver o meu corpo nu,
me fez sentir amada e desejada.
Ele se afastou e começou a tirar a
sua roupa, jogando-a no canto do quarto. Eu
fiquei ali apenas o observando. Os seus
olhos eram puro desejo, e o meu corpo
aqueceu com desejo.
Max retirou toda a roupa e ficou
apenas em sua cueca. Ele me puxou contra
ele e ficamos peito a peito. Eu sentia o seu
coração disparado e tive o prazer de saber

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que eu não era a única afetada por isso. Max


era um homem experiente, e eu era virgem,
mas eu não queria que a minha primeira vez
fosse com outra pessoa.
- Você ainda pode me dizer para
parar, Talula. – Ele ofegava.
- Eu quero isso. – Eu corri o dedo
pelo seu peito esculpido.
- Tudo bem. – Ele sussurrou. Minhas
pernas foram para a sua cintura, ele me
segurou com força, e caminhou para o
quarto. Empurrando a porta do quarto e me
deitando no colchão.
Ele ficou de pé, olhando para mim e
eu corei timidamente enquanto ele
examinava o meu corpo. Eu nunca tinha

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ficado nua na frente de um homem.


- Você é tão linda, e toda minha. –
Ele sussurrou.
Max sorriu e se arrastou pela cama
até que o seu corpo estava cobrindo o meu.
Os seus dedos roçavam contra a minha pele,
e eu arqueava contra o seu toque. Ele se
abaixou e plantou beijos na minha barriga e
coxas. Minha respiração acelerou.
Eu não tinha nenhuma experiência
com sexo. Tudo isso era muito novo para
mim.
Os seus olhos encontraram os meus
quando suas mãos acariciaram os meus
seios, me fazendo arquear contra o seu
toque quente. Ele colocou beijos ao longo

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dos meus seios. E com uma mão ele abriu as


minhas coxas. O seu rosto agora estava
contra a minha entrada. Eu podia sentir a
sua respiração contra a minha pele.
Isto era uma tortura. Eu o queria
dentro de mim.
Max enfiou os dedos através das
bordas da calcinha puxando-a para baixo
lentamente. Ele beijou cada centímetro de
pele.
Ele se mudou de volta para o meu
rosto, beijando todo o caminho ao longo da
minha cintura. Os seus olhos encontraram
os meus, apertando as suas mãos nas
minhas. – Eu vou ser gentil. – Ele
sussurrou.

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- Ok. – Eu respondi ofegante.


Eu engoli o caroço na minha
garganta. Não sabia como expressar a Max
o que eu estava sentindo. Eu não estava com
medo do sexo, mas eu nunca tinha feito.
- Eu estou um pouco nervosa. Eu
nunca... Você sabe. – Admiti com
relutância.
- Eu prometo que vou fazer você se
sentir bem. – Ele sussurrou, olhando
diretamente em meus olhos.
- Eu confio em você. – Eu respondi
honestamente.
Max beijou o vale entre os meus
seios antes de apalpá-los.
- Você têm os seios mais perfeitos

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que eu já vi. – Ele falou olhando para eles.


Eu me contorci sob o seu toque. Ele
percebeu e tentou me acalmar. – Não faça
isso. – Ele repreendeu. – Você é linda. E eu
estou encantado.
Eu balancei a cabeça.
Arrepios percorreram o meu corpo.
O prazer eclodiu por todos os meus poros.
Eu baixei a cabeça, mas ele segurou o meu
queixo e forçou minha cabeça encontrar os
seus olhos.
- Mantenha os olhos nos meus. Eu
quero que você veja tudo. – Ele murmurou.
Eu balancei a cabeça incapaz de
pronunciar alguma palavra.
Ele começou a beijar o meu

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pescoço. E depois mudou para os meus


seios. Sua língua brincou com o meu
umbigo.
- Eu não posso acreditar que você é
minha. – Ele sussurrou contra a minha pele.
Uma de suas mãos se aventurou para
baixo, e ele assobiou quando descobriu que
eu estava muito molhada para ele. Ele
deslizou um dedo dentro de mim,
bombeando dentro e fora.
- Max! – Eu engasguei.
Ele continuou as investidas dentro e
fora. E quando eu estava me acostumando
com a sensação, ele tirou o dedo e
mergulhou a sua língua dentro de mim.
- Oh meu Deus! – Eu gritei.

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Sua língua brincou sobre o meu


feixe de nervos sensível, e eu rebolava
contra os seus lábios. Sua risada vibrou
contra a minha pele em chamas. Eu estava
em êxtase.
Max lambeu o meu núcleo dolorido,
e eu uma causa perdida.
Sua língua cutucou a minha entrada,
e meus quadris saltaram para fora da cama.
A sensação era boa demais. Eu
choraminguei em protesto quando ele se
retirou.
- Bom? – Ele perguntou sorrindo.
Eu balancei a cabeça incapaz de
falar.
Ele sorriu e sua boca se fechou

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contra a minha protuberância sensível. Eu


estava perto de atingir o que todas as
mulheres falam. E quando ele chupou mais
duro, o meu mundo explodiu. Eu gritei e me
contorci contra a sua boca. Eu acho que vi
malditas estrelas naquele momento. Era
muito melhor do que eu tinha ouvido falar.
Eu agarrei os seus cabelos. A
sensação era boa demais, e eu estava com
medo de cair quando eu o soltasse.
Max se levantou e me beijou. Eu
deveria estar com nojo, mas tudo que eu
senti foi desejo. Eu o queria ainda mais.
- Esse é apenas o primeiro. – Ele
prometeu sorrindo.
E o meu corpo cantarolou com a

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promessa.
Ele voltou a beijar o meu corpo. A
sua ereção pressionada contra mim.
Corajosamente, eu segurei a sua cueca e
puxei para baixo. Ele me ajudou a retirá-las.
E o seu comprimento agora estava
pressionado contra minha abertura.
Eu engasguei. Eu sabia que Max era
forte musculoso, mas não tinha imaginado
que ele seria tão grande. A sua boca
encontrou a minha e eu relaxei contra os
seus lábios. As minhas pernas envolta de
sua cintura, puxando-o contra a minha
entrada.
Ele virou, levando-me com ele. E eu
montei os seus quadris. Max era lindo por

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dentro e por fora. Agora eu sabia disso.


Os seus dedos arrastaram
suavemente pelas minhas costas me fazendo
tremer. Ele se sentou e levou um dos meus
seios em sua boca. Eu gritei, segurando os
seus cabelos mais forte.
O meu corpo todo estava em
sintonia com o seu toque. Ele parecia
conhecê-lo melhor do que eu. Seus braços
em volta de mim, suas mãos me segurando.
Eu beijei o seu pescoço e queixo.
Eu podia sentir o seu corpo tremer
ao meu toque. Eu sabia que nunca haveria
outra pessoa para mim. Não era possível
sentir o que eu estou sentindo com Max por
outra pessoa. Esta era uma coisa única.

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Mesmo que o nosso futuro fosse separado.


Ele tinha me arruinado para os outros
homens.
Ele me virou, estendeu a mão para a
cabeceira da cama e abriu a gaveta. Um
pacote luminoso foi puxado de dentro da
gaveta.
Como esse preservativo tinha ido
para ai? Vendo a confusão em meus olhos
ele explicou. – Esse costumava ser o meu
quarto quando eu vinha visitá-los. E antes
que você pergunte, eu nunca trouxe
nenhuma mulher para cá.
Eu balancei a cabeça.
A sua ereção estava brilhando na
ponta. Abaixei-me e a agarrei na minha

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mão, sentindo-o estremecer.


Max engoliu em seco quando alisei a
cabeça lisa, esfregando o polegar sobre a
cabeça rosada. E uma pequena gota revestiu
o meu polegar.
Os seus olhos encontraram os meus,
e ele sorriu.
- Você é minha. – Ele murmurou
rasgando o preservativo, e colocando em
seu comprimento.
- Você está pronta? – Ele perguntou.
- Sim. – Eu ofeguei.
Ele riu com a voz rouca.
Ele guiou seu comprimento grosso
para a minha abertura. Esfregando a ponta
contra os meus lábios internos, me fazendo

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gemer. Ele apertou dentro um pouco e


parou. – Porra! – Ele gemeu.
O meu coração batia mais rápido
que um tambor. Max era muito grande, e
dada a minha falta de experiência, isso iria
doer muito. O meu corpo estava tentando se
ajustar ao seu tamanho.
Ele deslizou para dentro lentamente.
E eu senti a queimação rasgar meu corpo.
Era como ser rasgada de dentro para fora.
Max olhou para mim ofegante.
- Você é tão apertada, baby. – Ele
gemeu.
Eu engoli em seco quando ele parou
e deslizou para fora e depois voltou com um
impulso. Eu senti algo estalar dentro de

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mim. Minhas unhas prenderam contra a sua


carne. Eu sei que devia estar doendo, mas
eu não conseguia me parar. A sensação era
demais.
- Vai ser mais fácil agora. Apenas
relaxe. – Ele sussurrou.
Max me deu um tempo para
recuperar a minha respiração, e então se
moveu dentro de mim. Ainda era
desconfortável, mas foi ficando melhor a
cada investida.
Max entrelaçou os nossos dedos
enquanto balançava dentro e fora de mim.
Isso era bom demais. Max estava
fazendo amor comigo.
- Você é perfeita, Talula. – ele

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ofegou buscando os meus lábios e selando-


os com os seus.
Eu estava quente. Nossos corpos
suados em perfeita sintonia. A sua pele e
cabelo estavam brilhando.
Max levantou uma de minhas
pernas. A mudança de posição me deixou
ofegante. Eu podia senti-lo profundamente
dentro de mim. Ele estava tocando o meu
ponto sensível.
- Sim. Bem ali. – Eu incentivei,
passando as mãos pelas suas costas.
A sua mandíbula apertou e ele
fechou os olhos. – Eu nunca senti nada tão
bom assim na minha vida. – Ele confessou
abrindo os olhos.

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Um gemido saiu de sua garganta e


ele esfregou o meu clitóris. O meu corpo
levantou para encontrar o seu.
Max balançava dentro e fora
ofegante. Ele soltou a minha perna e
esfregou mais forte o meu clitóris. O
segundo orgasmo rasgou através de mim
como míssil. E eu gritei o seu nome.
Ele silenciou os meus gritos com a
sua boca.
- Eu amo quando você grita o meu
nome. – Ele rosnou contra o meu pescoço.
Max continuou bombeando dentro
de mim mais algumas vezes até que eu o
senti pulsar dentro de mim.
- Oh, porra! Talula. – Ele rugiu meu

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nome, e as veias do seu pescoço estalaram


para fora.
Ele caiu para o lado, ainda me
segurando. E pressionou seu rosto na curva
do meu pescoço.
Eu não tinha ideia de que sexo
poderia ser tão bom. Tudo foi lindo. E eu
não queria que tivesse sido diferente.
Beijos foram trocados. Nós
estávamos tremendo um pouco. E foi assim
que adormecemos um no braço do outro.
Exaustos e felizes.

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Na manhã seguinte a nossa primeira


noite juntos, eu acordei com Max enrolado
em meu corpo.
O quarto estava escuro, mas o
relógio ao lado indicava que já passava do
meio dia.
Max estava com um braço sobre o
meu estômago, me segurando bem apertado.
Eu parei por um momento e observei a
maneira como ele respirava profundamente
em seu sono pacífico. Ele parecia ainda

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mais bonito do que eu me lembrava. O seu


rosto com uma barba crescendo. As minhas
coxas estavam irritadas do roçar dos seus
pelos faciais. Mas tudo tinha sido perfeito.
Eu nunca senti nada tão poderoso ou bom
na minha vida.
O meu corpo estava dolorido, mas
de uma forma boa. Max foi incrível. Ele me
deu a melhor noite da minha vida. E talvez
ele tenha me arrasado para os outros
homens, mas hoje eu não quero pensar
nisso. Tudo que eu quero é relembrar a
maneira como eu me senti ao tê-lo dentro de
mim.
Sentei-me deslizando de seu abraço
para fora e corri para o banheiro. O meu

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cabelo estava uma bagunça selvagem. As


minhas bochechas coradas.
Eu não pude conter o meu riso
quando entrei no banheiro. Depois de ligar o
chuveiro, esperei a água ficar no ponto ideal
para poder entrar. Rapidamente o vapor
preencheu todo o espaço. A água quente fez
maravilhas para os meus músculos
doloridos. Fechei os olhos e deixei que a
água fizesse o seu trabalho.
As minhas partes de menina estavam
bastante doloridas. Max era bastante
avantajado. O seu pênis era tão grande e
grosso que eu pensei que não caberia dentro
de mim.
A porta do banheiro se abriu e eu

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gritei surpresa com a invasão. Tentando


cobrir o meu corpo o máximo possível, eu
me virei para ver quem tinha entrado sem
permissão. Eu encontrei Max sorrindo para
mim, e seus olhos percorreram o meu corpo
nu.
- Bom dia. - Eu disse com um
sorriso nervoso.
- Como você está se sentindo?
Maravilhosamente bem.
- Muito bem. - Eu respondi.
Max caminhou em minha direção
com fomes em seus lindos olhos. Parando
na minha frente, ele sorriu e me puxou para
os seus braços. Ele estava completamente
nu também, e agora, ostentando uma ereção

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furiosa. Ele me beijou e todo o meu corpo


aqueceu em desejo.
Esse não era o Maxwell Grant
arrogante e frio que eu tinha me casado. E
eu fiquei maravilhada com esse seu lado.
Ele parecia muito diferente, muito atencioso
e agradável.
- Eu posso me juntar a você - Ele
perguntou entre os meus lábios.
Eu balancei a cabeça. O meu ritmo
cardíaco estava além de acelerado.
Entrando no Box, ele esguichou
sabonete em uma esponja até que estivesse
espumando. Ajustou os jatos de água para
que batessem nas suas costas enquanto ele
me esfregava. E quando eu digo

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"esfregava", é apenas no sentido da palavra.


Max na realidade fez amor com a minha
pele. Ele gentilmente esfregou cada parte do
meu corpo como se eu fosse à peça mais
delicada da sua galeria. Ele deu bastante
atenção aos meus seios, e quando chegou ao
ápice das minhas coxas, sua língua caiu
sobre a minha buceta. Eu gritei e agarrei os
seus cabelos.
A sensação da sua língua contra o
meu clitóris estava me enviado para a borda.
Ele lambeu e sugou cada parte da minha
buceta. Eu estava ofegante, gemendo
palavras incoerentes enquanto ele me
saboreava. O meu orgasmo veio como um
raio. Eu agarrei o seu cabelo tão forte, que

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tenho certeza que doeu, mas eu não me


importei. O meu corpo estava mole e
saciado.
Quando terminou, ele me segurou
contra o seu peito e nos colocou sobre o jato
de água.
- Max! – Eu gritei.
Ele riu e todo o meu corpo vibrou.
- Vamos lavar o seu corpo, querida.
– Ele sorriu.
Não contente, ele também lavou o
meu cabelo logo em seguida. E depois ele
enterrou-se dentro de mim. O nosso banho
foi muito mais do que demorado. Quando
nós finalmente conseguimos sair já tinham
se passado três horas.

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******
O resto do dia foi preenchido com
carícias e muito riso. O nosso voo estava
programado para as 20h00minhrs da noite,
mas acabamos nos atrasando. Nós nos
despedimos de Louise e Caleb apenas. Os
seus pais tinham saído mesmo sabendo que
nós estávamos de partida. Eu achei tudo
muito estranho, mas decidi ficar calada. Não
era o meu assunto. E outra coisa estava me
deixando curiosa. A troca desagradável
entre Max e o seu primo Sebastian. Eu não
sei o que houve entre eles, mas algo me diz
que não foi nada bom.
- Eu já sinto sua falta. – Disse
Louise ao me abraçar.

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Eu sorri, e a abracei. – Eu também.


Obrigada por nos receber tão bem.
- Você será sempre bem-vinda.
Max puxou Louise para um abraço e
a beijou na testa. – Não deixe que eles te
enlouqueçam.
- Eu não vou. – Ela sorriu, e o beijou
na bochecha.
Caleb me abraçou e apertou a mão
de Max.
O nosso voo de volta para casa foi
totalmente diferente do habitual. Max estava
no seu melhor estado de espírito. E isso me
permitiu conhecer um pouco mais do meu
falso marido.
Eu não sei o que esperar daqui para

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frente, mas algo me diz para não ignorar o


que eu estou sentindo. A minha relação com
Max começou de forma bizarra, mas quem
sabe o que o destino nos reserva?

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Fazia uma semana que tínhamos


voltado de Londres. Max ainda me
surpreendia a cada dia com o seu novo lado.
Na primeira noite em que chegamos em
casa nós conversamos sobre a nossa
situação. E nós decidimos fazer desse
casamento algo real. Sem mais acordo ou
qualquer fachada. Eu não sabia o que dizer.
Tudo que eu pedi foi que ele não quebrasse
o meu coração.

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- Eu sei que tudo isso começou como


uma ideia para abafar os comentários
negativos a respeito do meu nome, mas tudo
mudou quando eu tive você em meus
braços, Talula. – Ele parecia tão sincero
que fez o meu coração disparar.
- Eu não sou perfeito, e em algum
momento eu sei que vou acabar fazendo
algo que vai te machucar. E eu quero que
você saiba que não é de propósito. Isso é
quem eu sou.
- E o contrato? – Eu pergunto.
- Eu vou rasgá-lo. Mas tudo que foi
acordado ainda será seu. Na verdade a sua
revista já tem um local e obras estão a todo
vapor. Se você quiser, amanhã eu te levo

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para conhecer o seu novo local de trabalho.


- Claro que eu quero. Isso é
maravilhoso, obrigada. – Eu o beijei.
E isso foi o que conversamos
naquela noite. Como prometido, Max
rasgou o contrato e no dia seguinte fomos
ver o edifício da revista. Tudo ainda estava
em fase inicial. Muito tinha que ser feito,
mas eu não poderia me conter. Eu estava
sorrindo mais. E o único responsável era o
homem que eu pensei não ter um coração.
Os dias seguintes oram preenchidos
com muito trabalho durante o dia, e a noite
com muito sexo.
Max era insaciável. Ele me manteve
acordada por horas nas últimas semanas,

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apenas adorando o meu corpo, e me


mostrando o quanto ele me desejava.
Eu não iria reclamaria de toda essa
atenção, e cuidado. O meu corpo ansiava
pelo seu. Sempre que ele chegava em casa,
eu podia senti-lo, mesmo sem vê-lo. Era
uma coisa nova, mas me deixava além de
eufórica. Essa era uma ligação que eu nunca
tinha sentido com ninguém. E Max era o
único que podia despertar tão coisa.
Max tinha me pedido para me mudar
para a sua suíte. E quem era eu para
reclamar quando um homem lindo de
morrer me quer ao seu lado? Mas uma coisa
era certa. Max e eu fazíamos muitas coisas
em sua cama, mas dormir estava sempre em

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último plano.
Na verdade, ele não conseguia
manter as mãos longe de mim, e isso era
fascinante. Ele me enchia de orgasmos em
todas as horas do dia, e em qualquer lugar.
Ele me levava em nossa cama, no chuveiro,
contra as paredes. Nós batizamos quase
todos os cantos do apartamento. Eu recebi
mais orgasmos do que uma pessoa poderia
contar.
E hoje não foi diferente. Eu o senti
antes mesmo de vê-lo. Estava em nosso
quarto me arrumando para a festa de
reinauguração do Zaad. Max tinha essa
coisa de ficar parado por alguns minutos me
observando, antes de fazer qualquer

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movimento.
Sorrindo, eu apliquei um pouco de
blush nas minhas bochechas, e em seguida o
batom, e o ouvi gemer. Ele tinha esse
fetiche pelos meus batons. Qualquer que
fosse a cor, ele ficava excitado em me beijar
por horas sem parar. E quando eu lhe
perguntei o motivo, ele me disse: - Por que
eu penso em seus lábios envolvendo o meu
pau, e não posso resistir. E isso foi o
suficiente para nos atrasar para o nosso
compromisso. Isso virou rotina. Max e eu
estávamos sempre nos tocando. Era como se
não pudéssemos obter o suficiente do outro.
Hoje ele tinha o mesmo olhar, mas
eu não iria deixá-lo nos atrasar, mesmo que

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isso me custasse um pouco.


- Nem pense nisso, senhor Grant. –
Eu falei, olhando para ele através do
espelho.
- Pensar em que, querida? – Ele
sorriu maliciosamente.
- Você sabe em que. Nós já estamos
atrasados e não temos tempo para isso. – Eu
coloquei um pouco do meu perfume
favorito, Imperial Millesime de Creed. Era o
meu favorito no momento. E Max adorava
sentir esse cheiro em mim. O que me rendia
grandes vantagens.
Max caminhou em minha direção. E
eu senti o meu corpo estremecer em
arrepios. Era como se ele tivesse a chave

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para o meu corpo.


O seu corpo imponente parou atrás
de mim. Sua mão no meu pescoço, quando
ele moveu o meu cabelo para o lado.
O meu desejo aumentando a cada
arrepio enviado por seu toque. Eu estava tão
pronta para ele. Apenas um toque. E ele
saberia a quão molhada eu estava para ele.
- Eu posso sentir o cheiro da sua
excitação, querida. – Ele sussurrou ao meu
ouvido, me fazendo tremer em seus braços.
- Nós precisamos ir, Max. – Falei
ofegante.
- Eu sei, mas antes eu preciso cuidar
da minha mulher. – Ele esfregou a sua
ereção contra a minha bunda, e eu era um

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caso perdido.
Ele estava tão duro para mim.
******
Hoje era um novo começo para o
Zaad. Uma nova cara, nova equipe, e um
chefe de muito bom humor.
A impressa toda estaria presente, e
eu não queria mais motivos para estar em
suas bocas.
Vinte minutos depois estávamos de
frente ao Zaad. Parecia dia de Oscar. Havia
um tapete vermelho, câmeras, repórteres e
uma seleta lista de convidados importantes.
Eu não sabia o que esperar desse tipo de
festa. A única que tive o prazer de estar
presente até o momento foi na casa dos seus

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pais, há algumas semanas atrás. E isso não


me deixava nada confortável.
Principalmente quando a impressa fazia
perguntas sobre o nosso casamento. Eu
sempre ficava tensa, e Max vinha em meu
socorro.
A festa estava indo muito bem. Max
me apresentou a muita gente importante de
Boston, e uma delas foi o prefeito da cidade.
Todos muito simpáticos, mas eu ainda me
sentia um peixe fora d’agua.
Eu não sou uma pessoa de me
importar com o que as pessoas pensam de
mim, mas essa era uma nova realidade. E
Max era o anfitrião, eu não gostaria de
deixá-lo em maus lençóis.

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- Você está de tirar o fôlego, senhora


Grant. – Ele me deu um beijo rápido.
- Obrigada. Você está muito bonito
também, senhor Grant. – Eu falei sorrindo.
Os elogios de Max sempre me
deixavam quente. Eu podia sentir o meu
rosto aquecer apenas com o seu olhar. O
homem tinha um efeito sobre mim que eu
não conseguia distinguir.
Max foi categórico. Ele se ateve
apenas a questões relacionadas ao Zaad
deixando de lado perguntas sobre a nossa
relação.
Eu assisti a tudo com um grande
sorriso no rosto. Ele não soltou a minha
mão um só minuto, e toda vez que alguém

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tentava direcionar a entrevista para mim, ele


cortava. Apertando a sua mão, eu o agradeci
silenciosamente. Eu era uma deles, eu sabia
o que eles estavam pensando, mas esse
ainda um território novo para mim. E eu não
queria dizer ou fazer algo para nos deixar
em apuros.
Sempre que tinha uma chance, ele
sussurrava em meu ouvido o que ele
gostaria de estar fazendo comigo, se
estivéssemos a sós. Eu podia sentir o meu
rosto corar com as suas palavras. O meu
corpo estava aceso, e uma dor constante
entre as minhas pernas estava me deixando
tensa, e necessitada.
Estávamos cumprimentando alguns

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amigos de Max quando eu pedi licença para


ir ao banheiro. Eu me levantei da mesa, e
todos se levantaram também.
Tão cavalheiros.
- Com licença. – Eu disse sorrindo, e
me dirigi ao banheiro das senhoras. Eu
podia sentir o olhar de Max em mim. Eu
sorri e caminhei até o banheiro.
O banheiro estava vazio quando
cheguei. E antes que eu entrasse em uma
das cabines, uma mão me puxou e me
empurrou contra a parede oposta. Eu quis
gritar, mas uma mão foi colocada sobre a
minha boca. – Shh. Sou eu. – Max falou, e
eu senti o meu corpo relaxar ao som da sua
voz.

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Ele retirou a mão da minha boca, e


nos puxou para dentro de uma das cabines,
trancando a porta na chave.
- Jesus, Max! Você assustou a merda
fora de mim. – Eu falei tentando recuperar o
fôlego.
- Eu sinto muito. Eu não queria
assustá-la. – Ele me beijou ferozmente, me
deixando tonta e perdida em seus braços
fortes.
- Porra! Você está tão gostosa nesse
vestido, Talula. E eu não posso esperar para
me enterrar dentro da sua buceta doce. – Ele
rosnou mordendo o meu pescoço. Eu estava
uma bagunça excitada. Ele poderia me levar
ali ou em qualquer lugar que desejasse. Eu

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não me importava. Tudo que eu queria era


ele dentro de mim.
- Max, alguém pode nos ouvir. – Eu
gemi.
- Eu não me importo. Você é minha
mulher, e eu vou tê-la sempre e onde eu
quiser. – Ele rosnou esfregando sua ereção
contra o meu estômago.
Ele não perdeu tempo e subiu o meu
vestido. Eu não tive tempo de protestar, e
nem queria. Quando suas mãos alcançaram
a minha parte de menina, o seu corpo ficou
tenso, e ele ofegou ao descobrir que eu não
estava usando uma calcinha.
- Jesus, mulher! – Ele gritou. – Você
está tentando me matar?

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Eu sorri. – Não. Eu achei que você


iria gostar do caminho livre. – Ele deslizou
a mão entre as minhas coxas, tocando a
minha buceta nua. Tremores percorrendo o
meu corpo.
Max pressionou o polegar no meu
clitóris, me deixando sem fôlego.
- Max... – Eu gemia contra os seus
lábios.
A sua boca procurou a minha. Em
uma corrida louca, desenfreada por um
desejo incontrolável. Erámos como duas
almas perdidas que acabaram de se
encontrar. Seus lábios bateram nos meus.
Sua língua explorando cada canto da minha
boca.

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Agarrando a minha cintura, ele me


colocou de costas para ele. Curvando-me
sobre o vaso sanitário que estava fechado, e
levantou o resto do meu vestido, expondo a
minha bunda nua para cima.
- Porra! Você é tão fodidamente
perfeita, Talula. – Ele gemeu, alisando a
minha bunda. Eu estava tão excitada e cheia
de luxuria que nem percebi quando ele tirou
o seu pau para fora. Ele deslizou a cabeça
do seu pau pelas minhas dobras
encharcadas, e se enterrou dentro de mim.
- Ahhh... – Nós gritamos ao mesmo
tempo. Era como chave e fechadura se
encaixando.
- Você é minha... – Ele bateu dentro

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e fora de mim. – Só minha. – Ele rosnou.


- Oh Deus! – Eu gritei quando ele
me deu uma tapa no meu traseiro.
Agarrando os meus quadris, batendo
desenfreadamente contra o meu ponto doce.
- Eu estou viciado nessa buceta
apertada. – Ele sussurrou mordendo o meu
ombro. – Isso é bom, querida?
Eu não podia responder. Não podia.
Eu só queria que ele fosse mais rápido. Os
meus quadris encontraram os seus. Os
nossos movimentos provocando uma onda
alucinante de prazer.
Max agarrou o meu cabelo, e puxou
para trás até que a minha cabeça estava no
nível dos seus olhos. – Todo maldito

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homem nessa festa a deseja. Mas eu quero


lembra-la de que você pertence a mim. E só
a mim. Você me ouviu? – Ele enfiou a mão
entre as minhas pernas e esfregou o meu
clitóris, me fazendo gemer e gritar mais
alto. E eu tenho certeza de que todos na
festa ouviram-me. E logo saberiam que o
anfitrião estava fodendo a sua esposa em
um banheiro do restaurante. Mas eu não
poderia me importar menos. Tudo o que eu
queria estava bem aqui, enterrado
profundamente dentro de mim.
- Responda-me. – Ele bateu mais
fundo, fazendo-me curvar ainda mais.
- Sim... – Eu gritei desesperada. A
minha buceta apertou o seu pau, eu estava

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perto. O meu corpo tremeu e ele aproveitou


para ir mais fundo dentro de mim. Max
estava me marcando como sua de dentro
para fora. O meu corpo ficou tenso. E
segundos depois eu estava tremendo e
gozando em todo o seu pau. – Max... – Eu
gritei, caindo para frente. O meu orgasmo
veio como um raio atravessando o céu.
Tudo ficou escuro.
As mãos de Max me impediram de
cair de cara no chão. Ele investiu mais duas
vezes e gozou com um rugido feroz.
A nossa respiração pesada. Max me
ajudou a ficar de pé, depois de alguns
minutos para recuperar o fôlego. Ele desceu
o meu vestido, e me colocou contra o seu

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peito.
Os seus olhos estavam fechados,
mas havia um sorriso estampado no seu
rosto. E isso me fez querer fazer tudo de
novo, apenas para ver a satisfação gravada
na sua face linda.
- Acabamos de batizar o banheiro
das senhoras, querida. – Ele deu uma risada
me apertando contra o seu corpo. – Ainda
temos muitos cômodos para estrear.
Eu sorri, e me afastei dos seus
braços. Eu precisava dar um jeito na minha
roupa e cabelo. A minha imagem refletida
no espelho era de alguém que foi
completamente fodida. O meu cabelo estava
assanhado, as bochechas coradas, e um

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sorriso bobo estampado no meu rosto.


O sêmen de Max estava começando
a escorrer pelas minhas pernas. Max me
ajudou a limpar. Eu alisei o meu vestido
tentando amenizar os vincos que se
formaram. Retoquei a maquiagem, e depois
saímos como se nada tivesse acontecido. E
por sorte ninguém percebeu o que
estávamos fazendo. Ou fizeram tudo para
esconder.
Eu estava diferente. Max me fez
mais ousada. E isso era uma coisa boa.
Antes de estar com ele, eu nunca imaginei
que me sentiria assim.
Max e eu voltamos para a festa.
Tudo foi um sucesso. E logo depois do seu

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discurso nós aproveitamos o resto da festa


como um casal apaixonado. Dançamos,
bebemos, e curtimos cada momento juntos.
Quando finalmente chegamos em
casa, Max me mostrou o quão agradecido
ele estava por estar em sua vida. Eu perdi a
conta de quantos orgasmos ele me deu.

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10

Eu estava atrasada.
Eu tinha uma reunião agendada com
o arquiteto responsável pela revista.
Eu corri para o banheiro, e tomei um
banho rápido. Max já não estava à vista
quando eu acordei. Ele era um madrugador.
Depois de tomar o meu banho, eu
coloquei um roupão e fui para a cozinha
conseguir um pouco de café. Eu não
funciono sem cafeína.

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Quando eu estava descendo as


escadas, Max apareceu encharcado de suor.
Vestindo um short de basquete, e uma
camiseta regata. Ele vinha do seu treino
matinal. E a minha boca estava aberta,
olhando para a figura na minha frente.
Deus, ele era lindo.
Sem pensar duas vezes, eu me
joguei em seus braços, o fazendo tombar
para trás com o impacto. Mas rapidamente
ele se equilibrou e nos manteve firmes.
- Bom dia. – Eu sorri, enganchada
em seus quadris.
- Bom dia, querida. – Ele sorriu e me
beijou.
- Estou atrasada. – Faço beicinho,

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me afastando dos seus braços.


- Você é a chefe, querida. Eles vão
esperá-la
Eu caminhei para a cozinha, e o
senti vir atrás de mim. – Eu não sou como
você, querido. – Eu falei sorrindo.
- O que quer dizer? – Perguntou
curioso.
- Você impõe medo em todo mundo.
- Isso é bom.
- Não, não é.
- Claro que é. Eu odeio gente
folgada. E esse é o meu jeito de manter a
ordem.
- Ser um tirano não impõe respeito,
querido. Apenas medo. Se bem, que no seu

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caso é diferente. Eu ouvi muito a seu


respeito. E apesar de ser considerado um
tirano, também é visto como um grande
líder. – Eu falei me virando para ver a sua
expressão.
- Eu não sei nada sobre ser um líder.
Eu sou o que sou. Faço o meu trabalho, e
me asseguro de que meus colaboradores
façam o mesmo. – Ele fala encolhendo os
ombros.
Eu sorrio.
Eu preparo um pouco de café para
mim, enquanto Max toma suco de laranja.
Ele é viciado nessa coisa. A sua geladeira
sempre tem litros.
Depois da minha dose diária de café,

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eu subo para me arrumar. Max foi tomar um


banho para se preparar para o trabalho.
Eu escolhi para vestir, uma saia lápis
grafite, com uma blusa de seda branca.
Saltos pretos, e o meu cabelo em um rabo
de cavalo alto. Eu adoro o meu cabelo
assim. Aplico um pouco de maquiagem,
nada muito exagerado. Apenas o suficiente
para não ir de cara lavada. Eu ainda estou
me acostumando com tudo isso. Mas posso
dizer que não é tão ruim ou chato quanto eu
pensei que seria a minha vida como esposa
de um bilionário. E apesar de termos
concordado em esquecer o acordo, eu ainda
tenho os meus momentos.
Eu estava tão perdida em meus

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pensamentos, que nem percebi Max atrás de


mim completamente vestido e pronto para o
trabalho.
Era injusto que ele podia se arrumar
tão rápido.
Eu o peguei sorrindo para mim
quando olhei pelo reflexo do espelho. – Não
é justo, sabia? – Eu sorri.
- Querida, você fica linda com
qualquer coisa. – Ele piscou um sorriso que
fez as minhas partes de menina se agitar.
Olhando para o relógio, eu gemi. –
Você acha que Marco pode chegar lá em
menos de dez minutos?
- Não é possível.
- Droga! – Eu gemi em frustação. Eu

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sempre odiei atrasos, e agora eu era a


pessoa responsável por fazer uma equipe
inteira me esperar. Como se meu tempo
fosse mais valioso que os dele.
O que não era.
- Eu já te falei. Deixe-os esperando.
Não é como se fosse nada grave.
- Eu odeio atrasos, Max. – Falei
tentando colocar um colar de diamantes que
Max me presenteou na semana passada. Ele
é lindo, com um pingente de coração todo
de diamante. Eu estava tão apressada que
nada estava funcionando. O fecho não
estava me ajudando, mas antes que eu
pudesse fazer alguma coisa, Max apareceu
para me ajudar. Ele me ajudou a colocar o

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colar, e me deu um beijo na minha nuca.


Provocando arrepios por todo o meu ser.
Deus ele era bom.
- Obrigada. – Eu sorri.
- Você é sempre bem-vinda, querida.
******
A minha reunião com Patrick foi
muito produtiva.
Quando você tem dinheiro, as coisas
simplesmente acontecem muito rápido. E
Max não economizou para a implantação do
projeto.
A nossa revista será uma revista de
médio porte, mas com tudo para ser grande.
Eu ainda sou muito inexperiente na função
administrativa, mas Max me garantiu que

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tudo iria sair bem. Ele contratou um


consultor para me dar algumas dicas de
gerenciamento. E eu estou muito empolgada
para ver tudo isso funcionar.
A revista terá o mesmo padrão das
grandes revistas. Serão várias cabines para
os nossos repórteres e as salas para o chefe
de cada departamento. Nada muito
exagerado, mas de bom gosto.
Todos os detalhes com relação à
contratação de funcionários ficaram por
conta da sua empresa de consultoria. Eu
escolhi o nome para a nossa revista, e ela se
chamará: Vision.
A Vision terá uma página dedicada
aos seguintes seguimentos: Celebridades,

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Moda, Saúde e Beleza e Gastronomia. Mas


eu quero muito que a Vision seja uma
revista completa. E vou lutar para que isso
aconteça.
Quando eu estava na faculdade eu
fui editora do jornal por seis meses. Foi uma
rápida estadia, mas valeu muito a pena. E
isso certamente me servirá como base para
conduzir a minha própria revista. Eu não
tenho um conhecimento aprofundado em
gestão, mas isso não significa que eu não
possa aprender.
Na Vision não haverá censura, mas
tudo que publicarmos será devidamente
confirmado. Eu não quero correr o risco de
ser acusada de difamação e calúnia.

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Tudo está quase pronto. E eu não


vejo a hora de começar a trabalhar. Eu sinto
muita falta de fazer algo realmente
produtivo do meu tempo. Mesmo que passar
as minhas tardes lendo os meus romances
favoritos seja bastante tentador.
Max ainda não sabe, mas um terço
do meu salário será destinado há um fundo
fiduciário para pagar os custos de
implantação da Vision. Eu sei que ele vai
protestar, mas eu vou fazer mesmo assim.
Eu amo que ele tenha feito isso acontecer, e
nunca vou esquecer. Porém, eu quero
devolver cada centavo. Sem nenhuma
ofensa.
O que sobra do meu salário como

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CEO da Vision ainda me renderá uma boa


poupança. E desde que eu não tenho
qualquer gasto, eu prefiro investir em algo
mais rentável que apenas manter no banco.
Eu estaria mentindo se dissesse que
não gosto do jeito que ele cuida de mim,
não me deixando faltar nada. Mas eu ainda
acho estranho ter alguém cuidando de mim,
que não seja Martina.
Eu sempre paguei por tudo. E
Martina foi à única que já se importou o
suficiente para fazer isso por mim.
Eu acho que eu nunca vou me
acostumar que ela se foi, mas eu sei que ela
foi para um bom lugar. Martina era a
melhor pessoa que eu já tive o prazer de

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conhecer.
Terminada a reunião eu vou até um
café do outro lado da rua, e então algo passa
pela minha cabeça.
Eu sorrio para mim mesma. E
alcanço o meu telefone.
******
Eu queria surpreender Max no
trabalho e decidi ligar para a sua assistente e
saber da sua agenda para o dia.
- Alô, Rachel? Aqui é Talula.
- Olá, senhora Grant. Em que posso
ajudá-la?
- Eu gostaria que você me passasse à
agenda de Maxwell para o dia, por favor.
- Claro, só um momento. – Ela me

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coloca em espera enquanto procura a


informação que eu lhe pedi.
Depois de me passar toda a agenda
do dia, eu agradeço a Rachel e peço que ela
me envie uma mensagem quando ele sair da
próxima reunião. Eu sabia que Max era um
homem ocupado. Mas quem tem tantas
reuniões em um único dia?
- Obrigada, Rachel. – Eu falo.
- O prazer é todo meu, senhora.
Termino a ligação e vou até uma
loja que eu vi no final da rua. É uma loja de
artigos femininos. E com certeza
encontrarei o que procuro lá.
Eu caminho até a loja com um
grande e bobo sorriso no rosto. Espero que

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ele goste de surpresas.


A loja é muito bonita e os produtos
são de uma marca muito boa. O que me
deixa mais empolgada com a variedade de
itens.
Eu finalmente escolho o que mais
me agrada para a surpresa que pretendo
fazer para Max, e quando eu estou no caixa
para pagar, Rachel me envia uma
mensagem me informando que Max saiu da
reunião.
A atendente me entrega a minha
compra e eu corro para a sede das empresas
Grant.
Eu passei por Rachel indo em
direção a sua sala, e ela me deu um sorriso

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de volta.
Eu bati na sua porta. Não queria
correr o risco de atrapalhar algo importante.
- Entre. – Ele falou do outro lado da
porta.
Sorrindo eu caminhei para dentro.
Os seus olhos estavam grudados na tela do
seu computador, ele demorou alguns
segundos para levantar a sua cabeça para
ver quem estava em seu escritório.
- Olá. – Eu sorri quando os seus
olhos pousaram em mim.
Ele sorriu e se levantou para me
receber. – O que você está fazendo aqui,
querida? – Ele sorriu ao me beijar.
- Eu terminei a reunião cedo e

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pensei em passar aqui e te fazer uma


surpresa. – Eu tremi quando seus dedos
pousaram na minha nuca. É uma área
sensível.
- Uma surpresa? – Ele arqueou as
sobrancelhas sorrindo curioso.
- Sim. – Eu falei com a voz
arranhada. Eu já estava excitada, e ele sabia
disso.
Os seus olhos estavam sombrios, e
eu podia ver o desejo cru neles. Ele me
queria tanto quanto eu o queria.
Nós ficamos nos olhando assim por
alguns segundos antes que o som do seu
telefone nos interrompesse.
Max gemeu, e fez uma cara de

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desgosto.
Eu sorri e falei: - Pode atender.
- Só levará um minuto, eu prometo.
E então eu quero receber a minha surpresa.
Retornando à sua mesa, Max
atendeu a ligação. E pelo que entendi não
era uma coisa rápida. Eu podia ver a tensão
começando a tomar conta dele. Eu decidi
ser mais ousada e caminhei até a sua mesa
onde em estava agora sentado como se fosse
o dono do mundo. Max era imponente e
muito territorial, e a sua postura poderia
desarmar até o mais fortes de todos os
homens.
Eu fiquei na sua frente, com os olhos
grudados nos seus. Sorrindo eu fiz o que

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tanto queria fazer em um bom tempo. Fiquei


de joelhos e lambi os lábios. Os seus olhos
colados nos meus, me deixando mais
corajosa. Alcançando a sua calça, eu abaixei
o zíper, e puxei o seu pau livre para fora.
Max soltou um assobio e continuou
a sua ligação.
O seu pau longo quente e duro. Ele
estava muito duro, e eu nem tinha começado
ainda. Eu o acariciei de cima para baixo. O
meu sexo agora molhado, eu estava muito
excitada, mas isso era sobre ele.
Envolvendo o seu pau na minha
boca, eu o levei profundamente na minha
garganta. Sua mão livre agarrou os meus
cabelos, me incentivando a ir mais

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profundo.
A sensação da sua mão no meu
cabelo e o seu pau completamente envolto
em minha boca me deixou uma bagunça
excitada. Eu estava prestes a gozar só em
vê-lo se desfazer na minha boca.
Max me fez sentir ousada e
desejada. Eu aumentei as minhas investidas.
Suguei e lambi todo o seu comprimento.
Embora ele fosse muito maior do que eu
poderia suportar, eu não poderia deixar de
fazer isso por ele, e principalmente por
mim.
O seu gosto almiscarado na minha
língua. O seu cheiro misturado com o seu
gosto, criando uma mistura ainda mais

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deliciosa.
Bombeando o seu pau para cima e
para baixo, provocando gemidos do fundo
da sua garganta, eu me aventurei a ir mais
fundo com ele na minha garganta.
Deus ele era tão grande!
Eu não sou uma especialista, mas a
partir dos gemidos e da sua mão no meu
cabelo me incentivando a continuar, eu diria
que estou fazendo um bom trabalho para o
meu homem.
Eu assisti há alguns filmes pornôs e
sei basicamente o essencial para dar um
boquete decente. Eu continuo trabalho em
seu pau, sugando e levando-o mais fundo,
até que sinto o seu corpo ficar tenso.

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Max está uma bagunça. Eu posso


vê-lo tentando se segurar para não gemer
durante a sua ligação, mas ele está falhando
miseravelmente.
Eu sorrio para mim mesma satisfeita
com o meu trabalho.
Sua mão agarra o meu cabelo com
mais força tentando me avisar do que está
prestes a acontecer, mas eu ignoro e
continuo chupando o seu pau como se a
minha vida dependesse disso. A minha
buceta está encharcada e eu sei que ele pode
sentir o cheiro da minha excitação.
Max aperta o botão de mudo no
telefone e com um rugido feroz, ele se
desfaz na minha boca.

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Eu tomo tudo. Lambo cada gota de


sua semente. O gosto não é tão ruim quanto
eu imaginei. Max leva alguns segundos para
se recuperar antes de retornar a ligação e
encerrá-la abruptamente.
Eu sorrio e continuo limpando-o
com a minha língua até que não resta nada,
nenhuma gota do seu sêmen. E eu não posso
me deixar sentir feliz com o olhar de
satisfação gravado em seu rosto.
Eu me levanto e começo a tirar a
minha roupa, mas ele não me dá tempo.
Max me empurra contra a sua mesa. O meu
corpo fica mole e aquecido com o seu
toque. Levantando a minha saia ele
descobre o que está por baixo, um conjunto

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preto e muito sexy de lingerie com meias e


cinta-liga, ligadas a um espartilho.
- Porra! – Ele geme alisando as
bochechas da minha bunda.
Suas mãos estão por todo o lugar.
Ele me coloca de frente e abre a minha
blusa e geme. Os meus seios estão maiores
dentro do espartilho.
- Você está tentando me matar,
mulher? – Ele geme, sua boca ataca a
minha. O beijo é possessivo, exigente.
- Max... – Eu gemo quando ele
amassa os meus seios, tirando-os livres para
tomar um de cada vez na boca.
- Eu não posso mais esperar para
estar dentro de você. – Ele rosna, afastando

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a minha calcinha ele entra em mim com um


impulso. E ambos arfamos. Ele me beija
como se eu fosse à última gota de água no
deserto. Os nossos corpos interligados como
se fosse apenas um.
A sua língua reivindicando a minha.
Ele está me marcando de dentro para fora. E
eu não poderia estar mais feliz.
Max é o senhor do sexo. Ele me
possui de todas as formas. Arruinando-me
para todos os outros homens. Ninguém
nunca será assim para mim.
Os seus quadris batem contra os
meus. Suas mãos em meu clitóris e seios. A
sua boca na minha. Era como uma
orquestra, e ele era o meu maestro.

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Estávamos selvagens. Uma bagunça


suada sobre a sua mesa. Fodendo como se o
depois não fosse necessário. E nesse
momento louco, frenético e cheiro de
paixão, que eu descobri o quanto eu estava
apaixonada por esse homem. Um homem
que me propôs o mais ridículo dos acordos.
O mesmo homem que me ignorou e me
deixou de lado como se eu fosse tão
significante quanto uma pedra no deserto. E
o mesmo homem que me possuiu de dentro
para fora. Fazendo-me sentir ousada e
desejada.
Eu estava apaixonada pelo meu falso
marido.

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11

Fazia duas semanas que a Vision


tinha sido inaugurada, e nós estávamos
trabalhando a todo vapor.
A Vision será uma revista quinzenal,
portanto o trabalho é dobrado. A minha
equipe é muito profissional. Todos são
muito amigáveis e eu não poderia estará
mais feliz. Erica é a minha assistente
pessoal, Natasha e Walter são os meus
repórteres, Andrews é o meu degustador
profissional, e Louis é o meu redator. E
cada departamento é composto pela mesma
quantidade de funcionários.

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Eu queria que cada equipe se


responsabilizasse por seus tópicos e
reportagens. Claro que tudo ainda passa por
mim, antes de ser enviado para a gráfica,
mas é muito mais fácil só delegar do que
comandar todo o processo.
Louis é o meu braço direito. O cara
é muito bom no seu trabalho. E confesso
que eu andei abusando do seu tempo livre
para me ajudar com muita coisa que ainda
não estou familiarizada. Por outro lado,
Max odeia a ideia de eu estar muito próxima
de Louis.
Eu não sei o que levou a isso, mas
eu tenho certeza de que o sentimento é
mútuo. Louis não é muito fã do meu

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marido, e isso chega a ser constrangedor.


Louis não se intimida com o fato de que
Max é o real dono da Vision, ou não se
importa o suficiente para trazer isso à tona.
Em algumas ocasiões quando Max
passa em meu escritório para me ver, por
exemplo, Louis fica de cara emburrada o dia
todo, ou encontra uma maneira de me
manter ocupada para não dar tanta atenção a
Max. Eu já o repreendi por conta disso, mas
ele continua fazendo a mesma coisa. Não
sei quanto tempo vai precisar, até Max
explodir. E eu me preocupo que ele possa
demitir Louis. Apesar dessa sua obsessão
sem sentido, ele é um excelente
profissional.

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Louis é bastante atraente também,


nada como Max, por que ninguém se
compara a ele, mas ele é muito bonito. Eu
não vou lhe dar falsas esperanças. Embora a
minha situação com Max esteja bem
diferente, eu não quero fazê-lo pensar que
há uma chance, caso Max e eu não dermos
certo.
Max é único. O homem é um
furacão. Ele me deu mais orgasmos nesses
últimos meses do que qualquer ser vivo
possa contar. Eu estou viciada em seu
cheiro, gosto e até no seu jeito mandão de
ser.
Quando estamos em casa, nós
passamos o nosso tempo todo juntos. Eu o

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ensinei a cozinhar alguns pratos simples que


aprendi com Martina. E ele tentou
pacientemente me ensinar a jogar golfe. Eu
não sou nada boa em golfe, mas ele
continua tentando. E a verdade é que eu
adoro passar mais tempo com ele.
******
Estávamos deitados depois de uma
rodada alucinante de sexo matinal. Eu não
sei como, mas cada vez fica melhor. E de
repente Max trouxe Louis á tona.
- Eu não suporto aquele idiota do
Louis. – Ele rosnou, se aninhando no meu
pescoço.
Eu ri da sua maneira de falar. Ele
parece tão bravo, mas ao mesmo tempo

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meigo.
- O que você quer dizer? Finjo
inocência.
- Não se faça de boba. Você sabe
que ele deseja você. – Ele cospe.
- Eu não sei nada sobre isso. E você
não tem motivos para se preocupar com
isso. Eu sou completamente sua.
- Será que ele sabe disso? Por que
não parece.
- Querido, não seja tolo. Ele é
apenas um colega de trabalho, que é muito
bom no que faz. E sim, ele sabe.
- Eu não me importo. Eu o quero
longe de você.
- Eu não sabia que você tinha esse

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lado ciumento em você.


- Eu só estou cuidando do que é
meu. – Ele me beija e se arrasta para fora da
cama.
- Você é maluco. – Eu sorri para ele
quando ele entrou no banheiro com uma
cara azeda.
Eu me arrastei para fora da cama, e
verifiquei a hora. Estávamos atrasados para
o trabalho. Não tecnicamente atrasados, mas
nós teríamos pouco tempo para nos arrumar
e tomar café para chegar ao trabalho.
Max odiava tomar café na empresa.
Ele era um grande fã de café em família. E
eu não poderia deixar de sorrir com a sua
escolha.

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Essa era a nossa rotina. Depois de


um longo dia de trabalho, nós voltávamos
para casa e tínhamos um sexo selvagem. Ele
não podia ter o suficiente de mim, assim
como eu dele. A noite se transformava em
dia, e quase não tínhamos tempo para
dormir.
Não que eu estivesse reclamando,
mas lima noite completa de sono não faria
mal algum.
Max terminou o seu banho enquanto
eu preparava o nosso café. Eu pulei no
chuveiro. E logo estávamos tomando café
juntos.
Terminamos o nosso ritual matinal,
e fomos para baixo, onde Marco esperava

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com a porta do carro aberta. Tínhamos dez


minutos para chegar ao trabalho, o que era
tempo de sobra para conversar sobre
negócios.
Max olhou para mim e sorriu. –
Você está linda, querida.
Devolvendo o sorriso, eu entrei no
carro, escorreguei a minha mão atrás do seu
pescoço e lhe puxei para um beijo. O beijo
começou simples, mas se transformou em
algo mais, e logo nos afastamos. Não
queríamos deixar Marco constrangido.
Ofegante eu falei: - Obrigada,
querido. Você também está muito bonito.
Max endireitou a sua gravata que
agora estava fora do lugar. E entrelaçou os

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dedos nos meus.


- Eu estive pensando em levá-la para
encontrar uma casa para vivermos.
- E o apartamento?
- Eu gostaria de mantê-lo, caso os
meus pais venham nos visitar. Eu amo a
minha mãe, mas não a quero e o meu pai
xeretando a nossa vida.
- Parece uma boa ideia. Os seus pais
são um pouco excêntricos.
- Querida, você pode chamá-los de
esnobes e chatos. – Ele sorriu beijando a
minha mão.
Eu sorri e não disse nada.
Era verdade. Os pais de Max
pareciam viver em mundo completamente

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diferente do que vivíamos. Eles se achavam


melhores do que todo mundo. Embora a sua
mãe tenha sido boa comigo, eu não pude
deixar de notar que ela não estava feliz com
o casamento do seu filho com uma ralé.
Eu não poderia me importar menos.
Eu não seria outra pessoa apenas para
agradar os outros. Isso nunca iria acontecer.
As roupas, joias, sapatos caros e todas as
coisas que Max me deu, não me fazem o
que eu sou. E eu nunca vou deixar alguém
me machucar por causa disso.
Como de costume, Marco me deixou
primeiro na revista, e depois seguiu para
deixar Max. Essa era a nossa rotina diária.
Até que algo mudou.

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12

Max estava diferente.


Eu não sei o que provocou essa
mudança, mas ele estava visivelmente
distante. Ele começou a demorar a voltar
para casa depois do trabalho.
Eu estava muito ocupada com a
revista nas últimas semanas, mas sempre
tinha tempo para ele. E quando eu ligava
para saber a que horas ele chegaria em casa,
ele me respondia vagamente com um mais
tarde.
Era como ter o velho Maxwell de
volta. E isso não era bom.

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Eu não queria pressioná-lo, então eu


me joguei no trabalho e deixei-o ter o
espaço que precisava.
Eu estava dormindo e acordando
sozinha. A única evidência de que ele tinha
estado ao meu lado, era o seu lado da cama
por fazer.
Ele nunca me tocou depois disso. E
eu comecei a achar que havia algo de errado
comigo. E quando eu o confrontei na
primeira vez, ele me disse que não era nada,
apenas muito trabalho para fazer.
Decidindo não pressioná-lo mais eu
deixei para lá. Ele viria até mim quando
estivesse pronto. Então, uma semana se
passou, e logo duas e hoje estamos na

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terceira semana e nada mudou.


Depois de um longo dia de trabalho,
sentei-me no meu escritório e olhei para
fora da janela.
O sol estava se pondo. Mais um dia
estava indo embora. E nada tinha mudado.
Eu sentia falta de estar com Max. Ele me
deu algo que eu nunca tive, e do nada tudo
isso desapareceu. Estou começando a ficar
paranoica, eu sei. Mas quando algo de bom
é retirado de suas mãos, esse é o resultado.
Eu estou cansada. Eu quero que ele
se abra comigo, mas isso não estará
acontecendo.
Eu queria sair e tentar respirar, mas
eu não podia. Eu tinha responsabilidades

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maiores. A Vision tornou-se a minha


válvula de escape. O meu refúgio. Eu tenho
andado angustiada, e sei que todos
percebem, mas felizmente ninguém se
atreveu a falar nada. Ainda.
Assim como Max, eu comecei a sair
cedo e chegar tarde.
O meu telefone tocou sobre a mesa
de vidro. E eu não precisava me virar para
saber quem era.
Eu tinha configurado Fly To The
Moon, por Frank Sinatra, como o seu toque.
A música dizia muito do que ele me fazia
sentir por ele. E eu sempre amei essa
música. Ela tem esse poder de deixá-la livre
e desinibida.

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Alcançando o telefone, eu o coloco


no meu ouvido. – Olá. – Eu falo sem
interesse. E após um momento em silêncio,
ele fala. – Você está pronta para encerrar o
dia?
- Não. – Eu falo rapidamente. – Eu
tenho algumas coisas para fazer na redação.
E preciso ajudar Louis com a edição de uma
nova entrevista. – Eu menti.
Eu não precisava fazer nada disso.
Eu só estava cansada de ser ignorada. Qual
é o sentido de voltar para uma casa onde
você vai ser tratada com indiferença pela
pessoa que você se deu de corpo e alma?
Eu ouvi os seus dentes rangerem, e
eu sabia que ele não estava feliz com a

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minha resposta, mas não se preocupou em


expressar verbalmente a sua frustação.
- Ok. – Ele respondeu. – Eu te vejo
em casa. – Ele disse exalando um suspiro
cansado.
- Sim. – Foi tudo que eu consegui
dizer antes dele desligar.
Eu coloquei o meu telefone para
baixo decepcionada. Como ele pode ligar e
desligar suas emoções tão facilmente?
Uma batida na minha porta me
assusta e eu me viro bruscamente para
encontrar Louis ali parado na minha porta.
- Sinto muito, eu não queria assustá-
la.
- Não, está tudo bem. O que você

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precisa, Louis?
- Eu queria saber se você tem tempo
para me ajudar com uma coisa na edição da
entrevista daquele ativista famoso.
- Claro. Eu estarei lá em alguns
minutos.
- Bom. – Ele sorriu e saiu.
Trabalhar era a única coisa que me
impedia de ficar louca. Eu precisava
descobrir o que estava acontecendo com
Max, e só tinha alguém que poderia me
ajudar.
Eu disquei o número de Louise, e
esperei, mas acabou indo para a caixa
postal.
******

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Depois de deixar uma mensagem


para Louise, eu fui ajudar Louis com a
edição. Eu amava o meu trabalho. Ser um
Jornalista nunca era tedioso. Apesar de ser
bastante cansativo na grande maioria das
vezes, mas era muito gratificante saber que
você levou aquela informação para centena
de milhares de pessoas.
Quando eu saí da Vision, Marco
estava me esperando do lado de fora.
- Boa noite, marco. – Eu falei assim
que entrei no carro.
- Boa noite, senhora Grant. – Ele
respondeu.
- E o senhor Grant?
- O senhor Grant já está em casa,

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senhora.
- Obrigada, Marco.
Ele acenou em concordância, e me
levou para casa.
Quando eu abri a porta do
apartamento, tudo estava escuro. E Max
estava longe de ser visto.
Eu soltei a minha bolsa sobre o sofá,
e me dirigi para o lugar que sempre me
fazia anestesiar a dor.
Eu sentia a sua falta. Eu estava
sofrendo. E precisava aliviar a minha dor.
Eu assim, eu fiz. Eu não sei quantas
bebidas, ou quais, mas eu bebi bastante. E
em algum momento de sobriedade eu pensei
ter visto Max de pé na minha frente. O seu

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rosto estava escuro e sombrio. Ele não


estava feliz em me ver assim, mas quem se
importava?
- Foda-se! – Eu ri cambaleando até
ele.
Como ele ousa estar com raiva de
mim? Ele foi o único responsável pelo meu
estado de embriaguez. Ele foi quem se
afastou e não me deu nenhuma explicação.
Quando eu estava a alguns passos de
ficar cara a cara com ele, eu tropecei e cai,
mas ele foi mais rápido e me agarrou antes
que eu caísse de cara no chão.
Eu tentei me soltar dos seus braços,
mas ele era mais forte. Eu queria gritar com
ele por me deixar sozinha. Queria que ele

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me dissesse o que eu fiz de errado. Eu


queria que ele me beijasse. Mas antes que
eu pudesse fazer qualquer coisa, tudo ficou
escuro.
E eu caí no limbo.

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13

Raios de sol me acordaram.


O brilho alaranjado do sol da manhã
atravessando as vidraças e permeando a
minha pele.
Suspirando, eu rolei na cama. A
minha cabeça estava me matando. Eu não
sei quanto eu bebi, mas tenho certeza de que
não foi pouco.
Droga! Eu odeio beber assim.
Tomando uma respiração profunda,
eu me levanto. O cheio familiar de Max está
por todo o quarto. Ele deve ter tomado

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banho há pouco tempo.


Eu me apoio em meus cotovelos e
puxo os meus cabelos do meu rosto. E de
repente, todas as memórias da noite estão de
volta.
A minha frustação.
A distância de Max.
A bebida.
Max com raiva.
- Merda! – Murmuro, deslizando
para fora da cama.
Os meus pés tocam o tapete macio.
Estico o meu pescoço, e noto sua gravata e
paletó sobre a cadeira no canto do quarto.
Envolvo o meu roupão felpudo em
torno do meu corpo, e desço para procurar

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Max. Eu precisava saber o que está


acontecendo e não iria mais esperar para
confrontá-lo.
Hoje é dia de a senhora Levi
trabalhar, então eu sabia que o café já estava
servido.
E como esperado, Max está sentado
sobre na mesa de café lendo o seu jornal.
Ele me vê e seus olhos se estreitam. – Bom
dia. – Ele sorri, mas o sorriso não atinge o
seu rosto.
Forçando um sorriso, eu caminho
em sua direção. Eu não estou com humor
para os seus jogos, e a minha cabeça está
me matando. Eu preciso de um analgésico, e
rápido.

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- Algo errado, Talula? – Ele se


aventura.
Eu alcanço uma xícara e derramo
um pouco do líquido preto fumegante.
Tomando um gole, eu engulo e olho para
ele pela borda da xícara.
Ele só pode estar brincando comigo.
- Sim. – Eu falo olhando diretamente
em seus olhos. – Precisamos conversar,
Max.
- Não pode esperar até a noite?
- Não. – Eu corto.
- Tudo bem. – Ele suspira e larga o
jornal, me dando toda atenção que eu
preciso.
Eu tinha ensaiado uma conversa

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durante toda a semana, mas agora eu estava


nervosa.
Max se recostou sobre a cadeira, em
uma postura defensiva. E eu busquei
coragem para enfrentá-lo.
- O que está acontecendo, Max? Por
que você anda me evitando?
- Direta e sem delongas. – Ele
responde com um sorriso insolente.
- Sim. Eu estou cansada desse seu
jogo. E eu mereço mais do que isso, você
não acha?
- Nós temos um acordo, Talula. –
Ele fala um pouco irritado.
- O quê? Como assim? – Eu
pergunto curiosa com a sua linha de

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pensamento.
Se eu não me engano ele rasgou
aquele maldito contrato, logo depois da
nossa viagem para Londres.
- Eu não estou falando do nosso
contrato. – Ele responde vagamente.
- E de que diabos você está falando?
– Eu grito incapaz de acreditar nessa merda
que ele está me falando.
Ele olhou para mim sorrindo, sua
expressão solene e pacífica. – Talula, a
primeira coisa que eu te falei quando
voltamos de Londres, foi que eu queria mais
do nosso relacionamento. E que eu não era
uma pessoa fácil de lidar.
- E o que tem isso? – Eu pergunto

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indignada.
- Tem tudo, Talula. Eu tenho uma
personalidade forte, e você já deveria estar
acostumada com isso, depois de tantos
meses vivendo juntos.
- Todos nós temos, Max. E uma das
razões para um casamento dar certo é a
cumplicidade. A capacidade de
compartilhar os bons e maus momentos. E
você me excluiu da sua vida.
- Eu não lhe exclui.
- Sim, você fez. Por dias você não
voltou para casa cedo. Você dorme tarde e
acorda cedo. Eu nunca vejo você em casa. E
para piorar, você não me tocou nas últimas
semanas. – Eu grito.

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- Então é disso que se trata? – Ele se


levanta e joga o guardanapo sobre a mesa. –
O fato de eu não ter fodido a sua buceta
doce nos últimos dias não quer dizer que eu
não queira.
Eu engoli em seco. As suas palavras
grosseiras me chocando. Eu olhei para ele
espantada com a sua explosão. Eu não podia
acreditar que ele iria virar o jogo a seu
favor, e me fazer sentir mal.
- Você é um idiota. – Eu tentei
segurar as lágrimas que ameaçavam sair.
- Oh, parabéns. Você fez a
descoberta do século, Talula. – Ele gritou
com desdém. – Sim, eu sou um idiota, mas
eu não vou ficar aqui e ouvir você

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choramingar as suas baboseiras na minha


cara.
- Eu não estou choramingando. Isso
se chama conversa. – Eu retruco.
- Não. Você está tentando achar um
sentido para a minha falta de afeto com
você nas últimas semanas. Mas não há nada,
esse sou eu. – Ele está gritando agora, e eu
não quero ouvir essa merda.
- Eu tenho momentos bons e ruins.
Sim, eu sou um maldito bipolar. E você
pode se acostumar com isso, e parar de
foder com a minha cabeça.
- Eu não tenho que fazer nada. – Eu
cuspo de volta.
Os seus olhos se estreitam e ele está

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sombrio agora. Eu posso sentir o seu


controle se esvaindo. – Sim, você tem,
porra! Por que você é minha mulher, e você
não vai a lugar algum.
Eu estou muito chocada para dizer
qualquer coisa. Ele está louco se acha que
eu vou aturar essa merda.
Segurando a minha língua para não
falar o que não queria ou devia por conta da
raiva que estou sentindo, eu me afasto e saio
da sala.
Eu preciso respirar.
Max parecia prestes a explodir na
minha frente. E eu não estava disposta a
entrar em uma briga com alguém do seu
tamanho.

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O meu autocontrole também estava


sendo testado. E eu precisava de espaço
nesse momento.
- Foda-se. – Eu gritei correndo de
volta para o quarto.
Eu o senti logo atrás de mim. Ele
não deixaria isso para trás. A sua respiração
estava irregular. Ele estava furioso. Eu
nunca tinha visto alguém tão irritado na
minha vida.
Ao chegar ao quarto eu fui para o
banheiro, mas antes que eu pudesse fechar a
porta atrás de mim, sua mão me agarrou me
jogando contra a parede.
- Não. Você não vai fugir. – Ele
rugiu contra o meu rosto. O seu corpo

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estava tremendo, e ele estava por um fio. E


tanto quanto isso me assustou também me
deixou excitada.
Max também estava excitado. Eu
podia sentir a sua ereção dura pressionando
contra os meus quadris.
- Você quer ser fodida? É isso? Por
que eu posso resolver o seu problema
querida. – Sua mão alcançou a minha buceta
por dentro do roupão. Colocando a calcinha
de lado, seus dedos brincaram com as
minhas dobras. – É isso que você quer? Que
eu a foda como a sua buceta gulosa? – Ele
rugiu contra os meus lábios. E eu não podia
responder. A minha cabeça caiu para trás
contra a parede. Eu estava frustrada e muito

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excitada. Eu precisava dele para me fazer


sentir melhor. E ele sabia disso.
- Eu vou foder sua doce buceta
quando e como eu quiser. E quando eu fizer,
toda a maldita cidade vai saber, por que
você vai gritar o meu nome tão alto quanto
humanamente possível. – Ele inseriu um
dedo dentro de mim e começou a bombear
dentro e fora.
- Oh... – Eu gemi.
Eu precisava me libertar dos seus
braços, mas eu não tinha força ou queria.
- Eu não sou uma pessoa boa,
Talula. Mas isso não significa que eu vou te
machucar de propósito. – Ele falou com a
mandíbula trincada.

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Eu estava em um estado de luxúria


absoluta. Eu o queria dentro de mim, não
apenas os seus dedos.
Suas narinas se alargaram, e seus
lábios tocaram os meus. Ele me devorou
como se eu fosse a sua salvação.
- Porra! Talula, eu nunca senti isso
antes. E eu sou um fodido por te prender
comigo, mas eu não posso evitar. – Ele
rosnou contra os meus lábios.
Eu estava desnorteada com a sua
fúria e explosão, mas eu queria que ele me
deixasse entrar.
- Fale comigo, Max. Eu preciso
saber o que está acontecendo. Nossa relação
não vai funcionar se você me esconder às

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coisas. – Eu falei quando nossas bocas se


afastaram.
Seus olhos furiosos pareciam mais
suaves. – Isso não é um problema seu. E eu
prefiro não enchê-la com as minhas merdas.
- Droga, Max! – Eu gritei saindo do
seu agarre. – Você não entende que juntos
somos mais fortes?- O meu peito pulsava
forte.
A sua mão deslizou sobre a minha
coxa, me fazendo tremer em seus braços.
Seus dedos mais uma vez brincando com a
minha buceta. A minha respiração ficou
presa na garganta.
- Eu quero você mais do que eu
deveria, e isso pode ser um problema para

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mim. – Ele declarou quase que com dor.


- O quê? Por quê? – Eu perguntei
confusa com a sua declaração.
Max não me deu uma resposta, ele
caiu de joelhos na minha frente e sua boca
atacou a minha entrada.
- Ah... – Eu gritei com a invasão.
- Você é minha, Talula. Você
entendeu? – Ele gritou aumentando as
investidas no meu clitóris.
- Deus! – Eu falei mole, incapaz de
me concentrar em qualquer outra coisa,
além de sua boca me devorando.
- Responda, Talula. – Ele mordeu o
meu feixe e eu gritei.
- Sim, sim! – Falei incoerentemente.

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- Você tem um gosto tão bom.


Max não parou até que eu gozei em
todo o seu rosto. O meu aperto sobre o seu
cabelo me impedindo de cair.
Quando o sengue retornou aos
devidos lugares, eu percorri o seu rosto com
a palma da minha mão. – Você me deixa
louca, Max.
- O sentimento é recíproco, querida.
– Disse sorrindo maliciosamente.
- Eu tenho que ir. – Ele disse,
inclinando-se para me beijar. Eu podia
sentir o meu gosto nos seus lábios, mas eu
não me importei. – E nós vamos terminar
isso aqui, mais tarde. – Ele falou ao se
afastar.

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- Vejo você às 17h00min. E, esteja


pronta, querida. – Ele piscou e saiu levando
a sua gravata e blazer. Eu estava muito
cansada e mole para me mover, mas
satisfeita. Pela primeira vez em semanas. E
eu não poderia deixar de sorrir.

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14
Max não joga limpo.
Depois de abalar o meu mundo, ele
me deixa querendo mais. Ele saiu como se
nada o afetasse.
Eu não sei como prosseguir. Eu
estou completamente caída na dele.
Maxwell Grant é único.
Eu tomei um longo banho e depois
fui para o trabalho. Eu tinha muita coisa na
revista acontecendo, e eu tinha que estar
presente. Embora eu não passe tanto tempo
escrevendo as minhas críticas, eu amo o
meu trabalho. E tudo que o inclui.

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Max tinha jogado muita coisa em


cima de mim. E eu ainda sentia que algo
mais o incomodava. E não era o fato dele
ser bipolar. Eu já suspeitava disso. O seu
temperamento muda constantemente. E isso
não me preocupa.
Marco estava lá fora esperando para
me levar para a Vision. Ele abriu a porta do
carro para mim, e eu agradeci com um
aceno silencioso.
Quando entrei no escritório, toda a
minha equipe estava amontoada na minha
sala. Os seus olhos estavam cabisbaixos.
Incerta do que estava acontecendo, eu me
juntei a eles.
- O que houve? Por que todos estão

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amontoados na minha sala? – Perguntei


colocando a minha bolsa sobre a minha
mesa, e encarado o rosto de cada um.
- Sabe aquela matéria que fizemos
sobre o Passion? – Falou Natasha, e eu
acenei com a cabeça.
- Eles estão nos processando.
Processando a Vision e cada pessoa
envolvida direta e indiretamente na matéria.
- O que? – Eu gritei. – Como assim?
O que aconteceu na matéria do Passion? –
Perguntei tentando entender o que tínhamos
feito de errado.
- Nada. Nós fomos até lá, e fomos
escoltados para fora do restaurante e nem
tivemos a chance de provar da comida que

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todos estão falando que é uma droga. –


Andrews respondeu.
- E você é o bode expiatório das
grandes manchetes de Boston. – Erica falou
me entregando os jornais. E todos eles
diziam praticamente a mesma coisa:
“Esposa do bilionário Grant ataca
novamente”. (News Boston)
“A esposa do bilionário Grant e suas
críticas”. (Boston Today)
“A bela Talula Grant, esposa do
bilionário Maxwell Grant, faz duras críticas
ao mais novo restaurante de Boston”.
(Boston Know)
“Será mesmo que essa crítica tem
fundamento? Ou é mais uma tentativa de

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Grant para manipular tudo?” (Paper News)


- Oh meu Deus! – Ofeguei. Isso era
a coisa mais ridícula que eu tinha ouvido
falar em muito tempo.
Filho de uma vaca.
Tentando recuperar a compostura,
eu tomei o meu lugar na minha mesa e olhei
para cada um dos meus colegas e parceiros
de trabalho que agora estavam apreensivos.
- Isso não é o que somos. A Vision é
uma revista que mostra sempre a verdade. E
nós não vamos deixá-los nos dizer o
contrário.
Todos me olharam e depois de
alguns segundo concordaram.
- É verdade. Eu cobri a matéria no

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Passion, e quando nos apresentamos para a


anfitriã, ela quase tocou fogo em nós. Os
seguranças nos botaram para correr antes
mesmo de cruzarmos a porta. – Natasha
falou.
- Foi isso mesmo. - Andrews
concordou.
- Isso não importa agora. Vamos
voltar ao trabalho, e me deixem cuidar
disso. Eu vou contatar os advogados da
empresa para saber o que podemos fazer.
Eu não podia acreditar que isso
estava acontecendo.
Quando todos saíram, eu me permiti
sentir raiva. O universo estava conspirando
contra mim. Não tinha outra explicação.

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Primeiro a minha situação com Max, e


agora isso.
A Vision era nova no mercado, mas
nós já tínhamos a fama de sermos
transparentes e sem amarras. Como eles
ousam me acusar de qualquer coisa
fraudulenta?
Erica se junta a mim. – Eu já liguei
para os advogados. Você quer que eu ligue
também para o senhor Grant?
- Não. Eu mesma falo com ele mais
tarde. O que os advogados disseram?
- Eles estão a caminho.
- Ótimo. Avise-me quando eles
chegarem.
- Tudo bem. Mais alguma coisa?

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- Eu acho que por agora é só isso. Eu


não consigo acreditar que alguém possa nos
odiar tanto a ponto de fazer algo tão sem
noção.
- A verdade virá à tona, Talula.
Eu suspiro pesadamente contra a
minha cadeira.
- Verdade, mas quanto tempo isso
levará? A Vision é uma empresa nova, e nós
podemos não sobreviver a um escândalo
como esse.
- Não pense assim. Apesar de
sermos novos, estamos longe de sermos
derrotados. As pessoas já amam a Visio.
Nós últimos dias nós batemos recordes de
downloads do nosso aplicativo, e 80% da

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versão impressa distribuída foi vendida.


- Eu pensei que você fosse assistente
do editor chefe, e não do departamento
financeiro. – Eu brinco.
- Eu sou multitarefas. E nada passa
por essa empresa, sem que eu saiba. – Ela
pisca para mim e sai.
Essa menina é uma coisa.
O resto da manhã passa e eu não me
senti melhor. Passei duas horas em uma
reunião com os advogados do grupo Grant.
Nós revisamos cada detalhe da intimação.
Eles teriam uma gama de acusações para
lidar.
A hora do almoço chegou e se foi,
assim como a minha fome. A minha mente

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estava sobrecarregada com tanta coisa.


Eu precisava de café.
Precisando de um pouco de ar
fresco, e uma grande dose de cafeína, eu
decidi descer e ir até o café do outro lado da
rua.
O meu telefone tocou, e o nome de
Louise apareceu na tela.
- Como vai a minha cunhada
favorita?
- Cansada.
Ela riu. – Eu sei que sim. E como
vai o meu irmão cabeça dura?
- Sem comentários. – Suspirei.
- O que ele fez?
- O de sempre. Ele e seus humores

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estão me deixando louca.


- Oh, querida. Maxwell é um idiota
na maior parte do tempo, mas não desista
dele.
- Eu não sei, Louise. Max é muito
complicado. E eu estou cansada de
complicações.
- Olha, na próxima semana, nós
estaremos aí em Boston. Caleb tem
negócios para resolver com o meu irmão. E
eu pensei em sairmos para tomar umas
bebidas. Apenas eu e você. O que acha?
- Eu adoraria, Low. Obrigada por ser
tão boa para mim.
- Você é como a irmã que eu nunca
tive. E eu a amo tanto quanto amo o

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cabeção do meu irmão. Mesmo que não faça


muito tempo que fomos apresentadas.
- Eu sinto o mesmo, querida.
Louise e eu conversamos mais um
pouco antes de desligarmos. Falar com
Louise me deu um pouco mais de ânimo.
Caminhando para a fila, eu fiz o meu
pedido, e aguardei.
Eu sempre fui sozinha, até que
Martina me escolheu para ser sua filha. E eu
pensei que nunca mais encontraria alguém
com quem eu pudesse contar, mas Louise
era essa pessoa.
O meu relacionamento com Max
sempre foi complicado, mas Louise sempre
foi doce e amigável, desde o primeiro

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instante, e isso significava muito para mim.


Eu só não queria pensar no que
aconteceria se Max e eu nos separarmos.
Eu não poderia aguentar perder os
dois ao mesmo tempo. De uma forma
estranha, eles tinham se tornado a minha
família.
E isso para mim era sagrado.
******
De volta ao meu escritório, eu
mergulhei no trabalho. Eu trabalhei com
Erica tentando achar quem estava por trás
de todas essas acusações infundadas.
Já era tarde quando eu vi uma
sombra na minha porta. Olhando para cima
eu encontrei Louis ali me encarando. Ele

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estava fazendo disso um hábito, e eu não


estava nada feliz com isso.
- Oi. – Ele sorriu.
- Jesus! Você quase me matou de
susto, Louis.
- Sinto muito, não era minha
intenção. Embora eu já tenha dito isso em
outra ocasião, é a verdade. Eu vi você aí
parada tão concentrada, e apenas fiquei
observando.
- Eu não gosto disso, Louis. Quando
se aproximar, por favor, me deixe saber.
- Tudo bem. Eu não achei que ainda
estivesse aqui. – Ele falou cruzando a porta
e parando bem na frente da minha mesa.
- Alguém tem que fazer o trabalho

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duro. – Eu sorri.
- Eles não vão conseguir nos abalar.
- Eu sei, mas ainda não posso deixar
de me preocupar. Eu não posso evitar.
- Verdade. E tenho que admitir, eu
não pensei que você pudesse dar conta do
negócio, mas estou impressionado.
- O sucesso não está relacionado
com a idade, Louis. Eu posso ser muito
nova para chefiar algo tão grande como uma
revista, mas o que me falta de experiência,
sobra em força de vontade e determinação.
- Justo. E eu não quis ofender. Foi
apenas o que eu pensei a primeira vista. –
Ele ergueu as mãos em defesa.
- Não ofendeu.

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- Eu notei que você tem estado


muito chateada nos últimos dias. Problemas
no casamento?
Louis tinha o dom de perceber as
minhas constantes mudanças de humor. E o
que eu não entendia por que ele fazia isso.
- Tudo vai muito bem, obrigada por
perguntar.
- Não parece. Você está sempre
pensativa e não tem mais aquele brilho de
antes no seu olhar.
- Nada para se preocupar, Louis. A
minha vida particular não lhe diz respeito.
- Talvez você esteja com o cara
errado. – Ele disparou, e eu quase engasguei
com a sua audácia.

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- O quê? – Perguntei confusa.


- Grant não parece o homem certo
para você.
- E o que te faz dizer isso?
- Muita coisa, mas esse não é
momento. Saiba que eu sempre estarei aqui
se precisar de mim.
Eu não sabia o que dizer, ou o que
pensar sobre a sua declaração. Eu fiquei ali
parada olhando para ele. E de repente a voz
de um homem ressoou atrás de Louis. Não
dava para ver muito, mas eu o reconheceria
mesmo de olhos fechados.
- Talula. – Max falou com os olhos
furiosos. Ele parecia prestes a arrancar a
cabeça de Louis, tamanha era a sua fúria.

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Eu queria levantar e ficar entre eles,


mas eu não conseguia me mover.
- Max. – Foi tudo que saiu da minha
boca. E eu estava rezando licenciosamente
para que eles não começassem uma briga
aqui bem na minha frente.
- Você está pronta? – Perguntou por
entre os dentes.
Louis se virou e ficou cara a cara
com Max. Os dois homens agora estavam
enviando adagas pelos olhos. O maxilar de
Max se contraiu e assisti os músculos de seu
pescoço tensos.
Uma sensação ruim se espalhou pelo
meu corpo. Como um presságio. Eu sabia
que Louis não era fã de Max, mas isso já

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estava indo longe demais. Eu tenho que


conversar com ele em algum momento, mas
por agora, eu só quero sair daqui antes que
algo pior aconteça.
- Sim, me dê alguns minutos, e então
poderemos ir.
Com isso Louis se despediu. – Eu
vejo você na segunda, Talula.
Eu fiquei ali olhando para um Max
muito zangado parado na minha porta. Eu
estava tensa. Queria dizer-lhe que isso não
tinha sido nada, mas Max não era bobo.
O caminho até o carro foi muito
estranho. Max não falou nada, mas eu podia
sentir a tensão que emanava do seu corpo.
Entrei no carro, e ele sentou ao meu

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lado. Eu queria lhe dar alguma satisfação,


mas antes que eu pudesse dizer alguma
coisa, suas mãos me agarraram. Max me
puxou para o seu colo. Os seus lábios contra
os meus.
Ele estava me punindo.
Max me beijou com urgência. A sua
língua pedindo passagem. Inebriada, eu me
abri para ele. Perdida em seus lábios.
Max explorou cada canto da minha
boca, chupando e lambendo. Suas mãos me
segurando possessivamente, como se não
quisesse me soltar nunca.
Eu estava perdida em luxuria.
O seu cheiro preenchendo os meus
pulmões.

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As minhas mãos em seus cabelos,


puxando-o para mais perto de mim, como se
cada centímetro longe fosse o fim do
mundo.
Quando nos afastamos para tomar
um pouco de ar, ele me olhou
possessivamente. E aquele desejo e paixão
estavam de volta. Esse era o verdadeiro
Maxwell Grant. Um homem feroz e
apaixonante.
- Olá. – Eu disse confusa.
- Você é minha. – Murmurou.
Eu engoli em seco. Sua mão
deslizou pela minha coxa para baixo da
minha saia. Eu mordi o lábio, minhas pernas
estavam tremendo.

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- Eu soube sobre o Passion. – Ele


falou, arrastando os dedos pela minha carne
em chamas.
- Eu sei. - Exalei
- Eles não vão muito longe. – Ele
falou e seus dedos alcançaram a linha da
minha calcinha. E eu arfei.
- Eles estão muito bravos.
- Não importa. Eu vou lidar com
isso. – Os seus dedos alisaram as minhas
pregas sensíveis, e minha cabeça pendeu
para trás.
- Esse é o meu trabalho.
- O seu trabalho é gozar para mim,
quando e como eu quiser, Talula. E eu
quero que você goze agora. – Ele rosnou,

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seu dedo esfregando o meu clitóris. E eu era


um caso perdido.
- Oh Deus! – Eu gemi e me desfiz
em seus dedos. Como ele tinha esse poder
sobre o meu corpo?
Max não precisava de muito para me
fazer gozar. Bastava ele estar perto. O
homem tinha um efeito tão poderoso no
meu corpo, que eu nem sabia mais quem eu
era.
Eu caí contra o seu corpo. O meu
rosto enterrado em seu pescoço. Eu estava
muito fraca para protestar sobre qualquer
coisa. Tudo que eu queria era tê-lo dentro
de mim.
- Não se preocupe. Tudo vai ficar

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bem.
- Não é assim que as coisas
funcionam, Max. – Eu consegui falar. – Eu
não vou deixar. E que eu preciso do meu
marido bilionário para fazer a sua mágica e
concertar tudo.
- Sim você pode. E você vai. – Ele
ordenou. E antes que eu tivesse a chance de
protestar, o carro parou na nossa garagem. E
Max me arrastou para fora do carro como
um homem com uma missão.
- Eu não sou sua posse, Max. – Eu
falei por trás do desejo que estava se
estabelecendo no meu ser. Eu sabia que ele
estava por um fio, e que ele poderia me
tomar aqui mesmo na garagem, e isso me

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excitou ainda mais.

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15

A porta do elevador se abriu e Max


me puxou para dentro.
Minhas costas bateram contra o aço,
e eu me perdi em seus braços.
Max deslizou as mãos pelo meu
corpo. A minha buceta estava molhada
ainda do meu orgasmo, mas não era o
suficiente para ele.
- Nós vamos terminar o que
começamos hoje de manhã. – Disse ele,
apertando o meu quadril.

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- Oh...
- Eu vou foder a sua buceta doce,
rápido e duro, Talula.
Calor se espalhou por todo o meu
corpo. Ele arrancou a minha calcinha de um
puxão só. Enquanto o elevador subia, ele
sussurrou palavras sujas em meu ouvido.
- Eu vou fodê-la assim que
chegarmos à cobertura. – Eu gemi contra a
sua boca. O meu corpo estava inflamado, e
eu precisava dele dentro de mim.
O elevador chegou ao seu destino,
ele me puxou para dentro como se não
pudesse esperar mais um segundo.
O meu coração palpitava com
expectativa. A minha pele estava corada, e

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eu podia sentir o cheiro da minha excitação.


E então, Max me empurrou contra a parede.
Deus! O homem era um primitivo.
Mas eu não posso negar que esse seu lado
me excita.
A sua boca estava no meu pescoço,
lambendo e mordendo a carne sensível atrás
da minha orelha. Descendo para os meus
seios, tomando um na boca, e depois outro
com força. Ele estava me possuindo de
todas as maneiras possíveis.
Ele estava me mostrando a quem eu
pertencia. Reivindicando-me como sua.
Eu me atrapalhei com os botões da
sua camisa, mas consegui tirar fora, assim
como a gravata e blazer.

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Max abriu o zíper da sua calça,


liberando a sua ereção feroz. Mordi o lábio
para me impedir de gemer com a visão do
seu pau longo e grosso totalmente ereto.
Uma gota de pré-gozo vazando. E tudo que
eu queria era lambê-lo.
Max retirou a minha blusa de um
estalo, e todos os botões voaram longe.
Erguendo a minha saia e me engatando em
sua cintura. Posicionando o seu pau na
minha entrada, e penetrou-me duramente.
Ele estava furioso.
Faminto.
E eu tomei cada estocada como se
não pudesse obter o suficiente dele.
Ele estava com ciúmes de Louis.

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Depois de algumas estocadas


frenéticas, ele diminuiu o ritmo.
Permitindo-me acomodar o seu pênis no
meu interior. E então ele me preencheu por
completo.
Eu era uma poça molhada para ele.
- Porra! Você está pingando para
mim, querida. – Ele rosnou batendo mais
fundo dentro da minha buceta.
- Max... – Eu arfei
Desejo disparou por minhas veias.
Minhas unhas perfuraram a sua carne. Nós
erámos uma bagunça ofegante. Conectados
de uma maneira única.
Investindo-me mais fundo, ele
estava batendo no meu ponto doce. E eu

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estava perto de me desfazer em seus braços,


mais uma vez no dia.
Eu gemi quando senti o meu
orgasmo se aproximando.
Desesperada por mais, eu balancei
os meus quadris para encontrar os seus
movimentos. A sua barba roçava contra a
minha pele, enviando-me mais para a borda.
Os seus olhos encontraram os meus,
e eu vi tudo que ele estava sentindo naquele
momento: fogo, desejo, posse, luxúria,
amor.
- Você me pertence, Talula. – Ele
investiu mais forte, e eu gritei desesperada
por uma libertação.
- Sim. Eu sou sua, Max. – Suspirei

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entre a luxúria e a confusão.


- Eu quero que cada fodido que olha
para você saiba disso. – Ele rosnou e bateu
mais fundo.
Ele ia me rasgar ao meio. E eu não
me importava. Eu queria mais e mais dele.
A minha buceta estava pingando. Eu
nunca estive tão excitada em toda a minha
vida. Os meus sucos estavam lavando o seu
pau.
Fechando os olhos, eu senti os meus
músculos internos se contraírem com a
promessa de orgasmo fenomenal a caminho.
Eu não precisei de muito para
receber o que estava precisando. Depois de
mais uma estocada, o mundo parou de girar.

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O ar fugiu dos meus pulões, e eu gritei o seu


nome sem parar, quando o mais explosivo
orgasmo me bateu como um meteoro no
centro da Terra.
- Você é minha! – Ele rosnou. –
Isso, grite o meu nome para que todos
saibam que a sua buceta me pertence.
- Eu sou sua... – Falei ao recuperar
um pouco do mais poderoso orgasmo que
ele já me deu. – E ele sabe que eu sou sua. –
Max grunhiu, empurrando mais fundo
dentro de mim mais algumas vezes antes de
rugir como um leão enfurecido, encontrando
também a sua libertação.
Max me possuiu como nunca.
As minhas pernas estavam moles.

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Ele me segurou para que eu não caísse de


cara no chão. E quando eu me firmei, as
minhas pernas vacilaram, mas ele manteve
o seu aperto sobre mim, impedindo-me de
cair.
Colocando-me nos braços, ele me
levou para o banheiro.
Estávamos em silêncio. Esgotados e
completamente saciados.
Max me ajudou com o banho. Lavou
o meu cabelo, e depois eu fiz o mesmo com
ele. Eu estava completamente fodida, mas
não podia segurar o sorriso no meu rosto.
O homem sugou toda a minha
energia, mas eu estava muito feliz com isso.
Max me colocou sobre a cama, e se

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arrastou atrás de mim.


Eu estava feliz em estar em seus
braços novamente. Puxando-me contra o
seu peito nu, ele me aconchegou no seu
calor, enquanto plantava beijos no meu
pescoço.
Eu nunca dormi tão bem na minha
vida.
******
Algo me acordou.
Eu abri os meus olhos, e encontrei
Max me alisando com um sorriso
estampado em seu lindo rosto.
Eu me espreguicei. A sua mão
estava provocando formigamentos em todo
o meu corpo. Os olhos de Max brilharam

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com puro prazer.


- Você é tão linda. – Murmurou.
- E você é um mentiroso. – Eu sorri
e atirei o travesseiro nele, que pegou
rapidamente.
- É Verdade. – Ele puxou as cobertas
deixando-me exposta.
- Pare. Você está me deixando sem
graça.
- Eu nunca vou parar de dizer o
quanto você é linda. – Ele se curvou e me
beijou docemente. E eu me derreti em sua
boca. Era tão fácil me perder nos seus
braços, que ia tinha medo do poder que ele
exercia sobre mim, mesmo que
inconscientemente.

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Max se deitou ao meu lado e me


puxou para os seus braços. Eu sabia que
algo o incomodava, e mesmo que ele tente
disfarçar eu sei que ele ainda está longe de
me contar o que tanto lhe aflige.
Contornando os gomos do seu
abdômen trincado com o dedo eu falei: -
Você sabe que pode me contar tudo, não é?
Ele suspirou e me apertou contra o
seu corpo.
- Sim, eu sei.
- Eu sei que você não me contou o
que te afastou de mim, mas eu quero que
você se sinta livre para falar comigo o que
quiser.
Ele ficou tenso por alguns segundos,

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e então relaxou. Beijando a minha cabeça


ele respondeu: - Não é nada. Eu apenas sou
um cara difícil de lidar. E você vai perceber
isso com o tempo.
- Tudo bem. – Eu não queria
começar o nosso dia brigando. Então resolvi
deixar o tema para outra ocasião. E tentei
mudar de assunto.
- O que vamos fazer com esse
processo do Passion? – Eu perguntei.
- Ainda não decidi. Os advogados
estão cuidando disso. Como foi a sua
reunião com eles?
- Cansativa. Parece que tudo que
eles falam está em outra língua
desconhecida pela civilização. Por que

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Direito tem que ser tão complicado?


Max riu e levantou a minha cabeça
para beijar os meus lábios. – Você é
incrível, sabia?
- Não zombe de mim. Eles têm essa
linguagem estranha que eu não consigo
entender. E me deixa muito frustrada.
- Confie em mim quando eu digo
que tudo será resolvido. Eu não vou deixar.
– Max acariciou a minha bochecha, e eu
senti a atmosfera do quarto mudar. Ele me
envolveu em seus braços, beijando-me com
doçura.
- Chaga de falar. Nós temos um final
de semana inteiro para colocar o sexo em
dia, e eu quero começar agora. – Os olhos

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dele escureceram com um sorriso malicioso.


Esse seria o melhor final de semana
de todos.

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16

Max e eu recuperamos muito do


tempo perdido. Depois de tantas horas de
sexo, nós decidirmos sair para ir ao cinema
e depois jantar. Conversamos, rimos e
tivemos uma tarde maravilhosa. Max estava
tão atencioso, me tocando sempre.
- Você gostou do filme? – Perguntei
ao sairmos do cinema.
- Não é o meu gênero preferido, mas
o filme em si é muito interessante. – Ele

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respondeu.
Max e eu fomos assistir O Lar Das
Crianças Peculiares por Tim Burton.
- O filme é muito bom. Estou louca
para ler o livro. – Sorri me aconchegado em
seus braços.
- Está com fome
- Um pouco.
- Vamos. Eu preciso alimentar a
minha mulher. E logo poderemos voltar
para casa. – Ele sorriu maliciosamente.
Concordei corando. Eu sabia que
essa era uma promessa que ele cumpriria
muito bem.
Max estava dirigindo hoje. Ele deu
folga para Marco e nós saímos como um

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casal normal. E foi uma das melhores tardes


da minha vida.
Chegamos ao Zaad, e o anfitrião nos
levou até a nossa mesa. Max puxou a minha
cadeira para mim. E eu não pude deixar de
sorrir com o gesto de cavalheirismo. –
Obrigada. – Falei corando um pouco.
Os olhos de Max brilharam
calorosamente. – Você fica linda quando
cora assim.
- Obrigada. E você está muito doce
hoje.
- Apenas aproveitando uma boa
companhia. – Ele se recostou na cadeira,
dando-me u sorriso torto.
O meu coração estava eufórico. O

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garçom anotou os nossos pedidos para


bebida, e depois nos deixou a sós.
- Obrigada pelo passeio, e o jantar.
Tudo está sendo perfeito.
- Não precisa agradecer, querida.
Você merece muito mais do que isso.
Dei uma risada.
- Mesmo assim, eu agradeço. Eu
nunca pensei que em estar como alguém
como você.
Os olhos de Max se fixaram em
mim, cheios de intensidade. – Eu que tenho
que agradecer por você está na minha vida.
Suspirei. Eu estava encantada com
as suas palavras. Tomei um gole da minha
água.

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Quando o nosso jantar terminou,


Max me levou para casa.
O restante do final de semana voou.
Nós gastamos bastante tempo juntos.
Exploramos os nossos corpos ao extremo.
Conversamos e compartilhamos momentos
importantes de nossas vidas.
Era como estar no paraíso.
Eu estava sonhando acordada. Cada
vez que ele me beijava, era como um
lembrete do nosso amor. Eu estava
entusiasmada com o bom humor de Max.
- Você gostou do nosso final de
semana?
Olhei para Max, e sorri.
- Eu amei.

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- Podemos fazer disso um hábito.


Uma coisa nossa.
- Seria maravilhoso. – Eu lhe dei um
sorriso megavolts.
- Ótimo. – Ele sorriu e me beijou
docemente.
- Você tem tempo para almoçar
comigo hoje? – Perguntei.
- Eu sempre tenho tempo para a
minha esposa. – Ele sorriu enquanto
colocava a sua gravata cinza.
Meu coração se contorceu. Max
sabia como usar as palavras a seu favor.
******
A Vision estava agitada. Todos
estavam trabalhando a mil. Eu amava o som

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deles discutindo quais seriam as próximas


matérias a cobrir.
Caminhando até o meu escritório, e
encontrei uma Erica muito sorridente. –
Como foi o seu final de semana, chefinha?
- Não me chame assim. – Eu sorri e
entrei na minha sala, e ela veio logo atrás de
mim. – Foi maravilhoso. E o seu como foi?
- Explosivo. – Ela sorriu.
Erica repassou todos os
compromissos do dia, e na hora do almoço
eu saí para encontrar com Max. Nós
optamos por pedir comida no seu escritório,
e acabamos fazendo sexo em cima da sua
mesa.
Aquela mesa tinha um poder

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mágico.
Eu me despedi de Max e voltei para
a Vision. O resto do dia foi resumido com
uma gama de tarefas. Eu escrevi, revisei e
publiquei algumas matérias para a próxima
edição da revista.
No final do dia, Max passou para me
buscar para jantarmos em seu novo
restaurante no lado Oeste da cidade.
O lugar era muito bonito. A
atmosfera do lugar era bastante agradável.
O meu braço estava enganchado no de
Max.
- Você anda muito romântico esses
dias, senhor Grant.
Ele sorriu e me deu um beijo

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apaixonado. – O que posso dizer? Eu adoro


a sua companhia, senhora Grant.
O meu olhar se voltou para ele. Eu
não podia acreditar no quanto ele estava
sendo amável e atencioso.
O restante da noite foi bem
tranquila. O jantar foi maravilhoso. A
comida estava deliciosa e o ambiente era
muito agradável. Max tinha o dom para os
negócios. E a sua especialidade era o ramo
de restaurantes.
Terminamos a sobremesa, e Max
pagou a conta e depois fomos para casa.
Quando entramos em casa, eu o
ataquei. Abaixei a mão e abri o zíper da sua
calça. O seu pau saltou livre na minha mão.

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Os meus dedos circundaram a sua cabeça


grossa. Beijei os seus lábios, mordiscando
enquanto o masturbava.
- Porra, querida. Você vai ser a
minha morte.
Sorri satisfeita com a sua declaração.
Abaixando-me, eu envolvi a sua
carne na minha boca. Passei a língua por
sua coroa, lubrificando todo o seu pau.
- Eu amo a sua boca. – Ele gemeu.
O seu sabor e cheiro preenchendo
todos os meus sentidos. Eu aumentei as
investidas, mergulhando o seu pau bem no
fundo da minha garganta. Os seus dedos
agarraram a minha cabeça.
Os seus quadris levantaram para

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encontrar os meus movimentos. E eu o levei


mais fundo. O seu corpo ficou tenso, e ele
gritou quando seu jato quente preencheu a
minha boca. Eu engoli tudo.
- Porra, mulher!
- Fico feliz que você gostou,
querido. – Eu sorri.
- Eu estou mais do que feliz. E para
mostrar o meu agradecimento, eu vou
deixar escolher quantos orgasmo você quer
receber está noite. – Ele falou, e eu me mexi
esfregando as minhas coxas juntas.
- Sim... – Gemi.
Os seus dedos passearam pelo meu
corpo. Mordi o lábio para não gemer, mas
era impossível. Ele sabia o que estava

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fazendo comigo. Eu precisava que ele me


tocasse, mas ele iria fazer isso lentamente.
Provocando-me.
- Por favor... – Eu gemi.
- O que você quer, querida? – Ele
perguntou sorrindo.
- Você.
- Você me tem.
E eu o tinha mesmo. Max passou
toda a noite me mostrando o quanto eu o
tinha. E eu não poderia estar mais feliz.

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17
Louise estava em Boston.
Eu e ela nos reunimos em um bar
para tomar uma bebida depois do trabalho.
Eu nunca fui de ter amigos para sair,
mas Louise era diferente. Ela me deixava
muito confortável, era como se nos
conhecêssemos a vida toda. E eu sabia que
poderia confiar nela para me abrir, sem me
preocupar com nada.
- Então, como estão às coisas entre
você e o meu irmão?

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Eu tomei mais um gole da minha


bebida antes de falar. – É como estar em
uma montanha russa. A vida com Max
nunca é tediosa. Apesar da sua constante
mudança de humor, eu diria que estamos
bem.
- Eu sei como é. Quando éramos
pequenos, ele deixava os nossos pais loucos.
– Ela sorriu.
- Eu nunca sei quando ele vai mudar.
Quando estamos bem, é tudo tão
maravilhoso. Nesses últimos dias, ele me
levou para jantar fora todas as noites, e até
vimos um filme. Foi incrível. Mas quando
estamos mal, ele se fecha totalmente e se
afasta. Eu nunca sei como agir. É frustrante.

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Louise apertou a minha mão e


sorriu. – Ele sempre fica assim quando algo
não sai como esperado. Eu ficava louca com
as constantes mudanças de humor dele, mas
acabei me acostumando. E aprendi a não
ficar no seu caminho quando ele estava
assim. Eu sei que não é fácil, mas vocês
podem superar qualquer coisa juntos, basta
ter fé.
- Você acha? Às vezes acho que
tudo isso foi um grande erro. – Eu bufei.
- Eu não acho assim. Maxwell gosta
muito de você dá para ver em seus olhos.
Na maneira como ele é quando está com
você.
- Ele tem um jeito muito estranho de

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demonstrar o seu afeto às vezes. Eu me


sinto isolada. E nunca consigo alcançá-lo.
- Eu não sei se ele te falou que ele
foi diagnosticado com Transtorno de
Personalidade. Ele é bipolar.
- Sim. Ele me falou, mas isso para
mim não é a parte ruim. Eu odeio que ele se
afaste e não queira a minha ajuda. Eu sou
sua esposa, esse é o meu trabalho.
- Eu sei, querida. Mas veja o lado
dele. Maxwell é um dos homens mais
influentes dos Estados Unidos. Ele vê a
bipolaridade como uma fraqueza. E ele
odeia se sentir assim.
- Eu entendo, Low, mas eu preciso
que ele me deixe ajudá-lo. E que não me

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exclua de sua vida como se eu não fosse


digna.
- Então não desista dele. Continue
pressionando-o. Ele precisa de alguém que
o tire da sua zona de conforto. E você é essa
pessoa.
- Eu posso te perguntar uma coisa? –
Falei tentando não transparecer o meu
nervosismo. Eu sei que isso não era da
minha conta, mas eu queria entender o que
aconteceu entre ele, o seu primo e a sua ex-
namorada.
- Tudo que você quiser. – Louise
sorriu e tomou um gole do seu Mojito.
- O que há entre o seu primo, a ex-
namorada de Max e ele? Quero dizer, o que

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foi aquilo na casa dos seus pais?


Louise baixou os olhos, e eu senti
que toquei em um tema delicado. Eu
rapidamente me chutei mentalmente por ser
tão curiosa. Isso não era da minha conta de
qualquer forma.
- Oh. É sobre isso. Eu sinto muito,
Talula, mas não é o meu assunto para falar.
Você precisa conversar com Max sobre
isso.
- Não. Está tudo bem. Eu sinto
muito, eu não queria deixá-la
desconfortável. Esqueça que eu perguntei
isso.
- Não é assim. Eu entendo. Eu no
seu lugar faria a mesma coisa. É só que,

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Max sofreu muito e eu quero que ele possa


contar para você. Tudo que eu posso dizer é
que ele é a vítima nessa história. E quando
ele estiver pronto, ele vai falar sobre eles.
- Obrigada. – Eu agradeci um pouco
constrangida por me intrometer em algo tão
delicado para eles.
Eu não sabia o que pensar disso
tudo. Max era um homem tão complicado e
cheio de mistérios. Toda vez que eu pensava
estar próximo de conhecê-lo, algo novo
aparecia e me desmontava.
Louise e eu conversamos por mais
uma hora e nos despedimos quando Caleb
passou para buscá-la. Eles estavam indo
jantar com os pais de Caleb. Mas

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combinamos de jantar na noite seguinte em


nossa casa.
Louise e Max tinham marcado um
almoço no dia seguinte, mas eu tinha uma
reunião com os advogados e não sabia a que
horas estaria livre, então achei melhor
cancelar o convite para almoçar.
Caleb tinha um apartamento em
Boston, e eles sempre ficavam lá quando
estavam na cidade. Eu queria que eles
ficassem conosco, mas Louise não queria
atrapalhar. O que era uma bobagem, por que
ela nunca poderia nos atrapalhar.
******
Eu entrei no apartamento naquela
noite e deixei cair a minha bolsa no sofá.

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Caminhando para a cozinha eu fui até a


geladeira para tomar um pouco de água. Eu
tinha bebido pouco, mas não queria arriscar
ter uma ressaca na manhã seguinte.
Apagando as luzes do andar de
baixo, eu me dirigi para o quarto. Eu não
estava com fome, e sabia que Max tinha
jantado com um cliente, então não precisava
me preocupar.
Chegando ao quarto, eu vi Max
sentado na cama com seu laptop. Ele
levantou a cabeça e me deu um sorriso
suave.
- Como estava a minha irmã? –
Perguntou.
- Muito bem. – Eu falei sorrindo

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enquanto ia para o closet. – Ela e Caleb


viram jantar conosco amanhã à noite.
- Isso é bom. – Respondeu.
- Sim é. Como foi o seu dia? –
Perguntei do closet. Eu precisava de um
banho quente e uma boa noite de sono.
- Cansativo. – Ele suspirou.
- Algum problema. – Perguntei
quando voltei para o quarto.
- Nada para você se preocupar,
querida.
- Você sabe que pode falar comigo,
não é?
- Eu sei, querida. Mas não foi nada
que eu não possa lidar.
- Eu vou tomar um banho e quando

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eu voltar nós precisamos conversar, Max. –


Falei indo em direção ao banheiro.
- não há nada lá. – Ele retrucou. E eu
optei por ignorar. Eu precisava de um banho
antes de começar qualquer coisa.
******
Eu demorei no banho muito mais do
que precisava.
Eu queria recuperar toda energia
necessária para ter uma conversa real com
Maxwell. E eu não iria sossegar até que ele
se abrisse comigo.
Eu me enxuguei e vesti a minha
camisola. Quando voltei para o quarto ele
ainda estava trabalhando em seu
computador. Mas a atmosfera do lugar tinha

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mudado. Ele estava tenso, e eu sabia que


essa não seria uma conversa fácil. Porém eu
não desistiria.
- Pronto? – Perguntei sentando na
borda da cama.
- O que você quer conversar, Talula?
Eu pensei ter esclarecido tudo na nossa
conversa anterior.
- Esse é o problema. Você não
conversou comigo. Apenas me deu mais
coisas para pensar. E eu quero entender o
que te fez se afastar de mim por tanto
tempo. E não me venha com a desculpa da
bipolaridade.
Ele deu um suspiro cansado, e
colocou o laptop para o lado, dando-me toda

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atenção.
- O que você quer saber? –
Perguntou cansado.
- O que houve entre você, a sua ex-
namorada e o seu primo? – Eu me arrisquei.
E vi como todo o seu corpo começou a
tremer com a menção deles.
- Eu conheci Cassidy através de uma
amiga em comum nossa. A gente se deu
bem de cara, e uma semana depois
estávamos morando juntos. – Ele falou com
a mandíbula trincada.
Eu respirei fundo para absorver tudo
que ele estava prestes a partilhar comigo. E
não tirei os olhos dos seus.
- Eu me apaixonei como um bobo

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por uma mulher que nem ao menos


conhecia. Eu achava que ela era a mulher
certa, mas meses depois eu descobri que ela
mantinha um caso com o meu primo
Sebastian.
- Oh meu Deus! – Ofeguei incapaz
de entender como alguém poderia ser tão
cruel.
- Isso não é a pior parte. Tem muito
mais coisa que você certamente vai se
chocar. – Ele murmurou e continuou. – Eu
descobri que ela estava divulgando
informações valiosas da empresa para ele.
As indústrias Grant são a maior concorrente
da Grilton, que é a empresa que ele é
gerente de operações.

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- Eu sinto muito, Max. – Eu queria


abraçá-lo, mas ele ainda não estava pronto.
Eu tentei segurar as lágrimas que
ameaçavam cair, mas estava ficando difícil.
Eu sei como deve ter sido para ele
descobri tamanha traição, e por pessoas tão
próximas a ele.
- Não sinta. Eles estão pagando pelo
que fizeram, ou tentaram fazer. Eu os
processei, e tomei quase tudo que eles
tinham. E ela e Sebastian se merecem. Ele
sempre quis ter tudo que eu tinha, até o meu
pai ele sempre quis roubar de mim. E
acabou conseguindo.
- Como assim? – Eu estava confusa
com a sua declaração.

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- O meu pai é o dono da Grilton, e


ele sempre quis que eu assumisse os
negócios da família. Como não teve
sucesso, escolheu o Sebastian para ser o seu
braço direito na empresa.
- Jesus! – Eu não consegui conter as
lágrimas que começaram a cair. Era demais
para não sentir. Como ele pode passar por
tudo isso, e ainda seguir forte?
- Shh! Não chore. – Ele me puxou
para o seu colo. - Está tudo bem. – Ele
tentou me acalmar.
- Como ele fez isso com o seu
próprio filho? – Eu chorava em seus braços
como um bebê.
- Esse é o mundo dos negócios,

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querida. Não há lealdade ou qualquer laço


de sangue que permita o fracasso.
Eu deveria estar o consolando, mas
foi o contrário. Ele estava sendo para mim,
o que eu deveria estar fazendo por ele.
O meu coração estava partido por
ele. Ninguém deveria passar por isso.
- É por isso que você quis se casar
comigo? Para confrontá-los. – Perguntei
buscando os seus olhos.
Max ficou tenso, e eu pude ver a
tristeza nas profundezas da sua alma. – Não.
Não foi por isso. – Ele suspirou.
- Eu não entendo. – Falei.
- Quando eu estava com Cassidy, eu
sempre falava em casar e construir uma

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família, mas no dia que eu descobri o seu


caso com Sebastian, tudo foi como um
balde de água fria nos meus sonhos. Na
noite que eu descobri, eu ia propô-la, e
aquilo me arruinou de uma forma que eu
jurei nunca mais me importar com nenhuma
mulher. Ou que me permitiria me deixar
enganar novamente por qualquer um.
- Isso não está fazendo nenhum
sentido para mim, Max.
- Mais você vai entender. – Ele disse
beijando as minhas lágrimas. – A sua crítica
me trouxe de volta à vida. Eu consegui sair
da minha fossa, e decidi que já era hora de
mostrar quem era Maxwell Grant.
- Oh. – Foi tudo que eu consegui

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dizer.
- Sim. Eu estava com raiva do
mundo, e eu iria acabar com qualquer um
que entrasse em meu caminho. E para sua
felicidade ou infelicidade, foi você.
- Eu? – Perguntei confusa.
- Eu queria acabar com você. Eu até
fiz você ser demitida, mas isso não foi
suficiente. Eu queria que alguém sofresse, e
você era o meu bode expiatório.
Eu estava confusa. Nada disso
estava fazendo nenhum sentido. Por que ele
queria me punir pelo que fizeram para ele?
- Eu contratei alguém para segui-la,
e me informar cada passo seu. Eu estava
arrasado por tudo que tinha acontecido, e

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ainda estava perdendo alguns investidores


por conta da repercussão da sua crítica. Mas
tudo mudou quando eu vi a primeira foto
sua. Você estava linda, toda bagunçada
quando voltava do supermercado, e eu sabia
que tinha que tê-la.
- Oh meu Deus! – Eu tentei me
afastar dos seus braços, mas ele não me
permitiu.
- Você é linda, Talula. E tudo em
você grita bondade e inocência. Eu queria
possuí-la, mas eu sabia que não seria pelos
meios convencionais.
- Você nem sabia quem eu era, como
você poderia me querer?
- Eu não precisei. Quando eu te vi,

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algo dentro de mim mudou. Era como se


você tivesse retirado toda a escuridão que
tinha se apoderado do meu ser. Eu me senti
vivo de novo, e eu não podia deixá-la ir.
- E por que você se afastou, e me
tratou como se eu não fosse importante? Por
que você não me falou o que estava
sentindo? Teria sido muito mais fácil, Max.
– Eu gritei me afastando da cama. Eu estava
me sentindo enganada, traída.
- Eu não sou como as outras pessoas,
Talula. Eu tenho sérios problemas de
confiança. E o seu poder sobre mim foi
quase insuportável. Eu não queria ser usado
de novo. Eu sei que não sou bom o
suficiente para você, e tenho medo de nunca

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ser.
- Engraçado você falar isso. E o que
eu sentia? Isso não importava para você?
- Claro que importava, e sempre vai
importar, mas eu não poderia arriscar que
você escapasse do meu alcance. Por que
você acha que eu propus aquele acordo
ridículo? Eu não precisava me casar com
você para abafar o escândalo que a sua
crítica provocou. Tudo que eu queria era ter
você.
- Você é louco! – Eu gritei andando
de um lado para o outro no quarto. Eu
precisava sair dali, mas ele ainda tinha
muito para falar, e eu precisava ouvir cada
maldita coisa que saia da sua boca.

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- Sim, eu sou completamente louco


por você. E cada dia eu me vejo andando
em uma corda bamba por sua causa.
- E como isso é minha culpa? O que
eu faço de tão ruim para deixar você louco?
– Eu gritei exasperada.
- Você me confunde. Eu pensei que
tinha encontrado o amor da minha vida
quando estava com Cassidy, mas você me
provou que eu estava errado de muitas
formas. Eu nunca senti o que eu sinto
quando estou com você, e isso me assusta.
- Isso é uma forma muito distorcida
de dizer que ama outra pessoa, Maxwell.
- Eu não me importo. Isso é o que eu
sou. E agora você sabe o quão fodido eu

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sou. – Ele gritou e saiu do quarto como um


raio em uma tempestade de verão.
Eu não podia acreditar que tudo isso
era real. Era demais para a minha mente
absorver. Max tinha mentido para mim
durante todo esse tempo, e eu não sabia o
que fazer. Eu precisava sair e respirar um
pouco.
Tudo isso era muito confuso, mas eu
também não podia ignorar o fato de que ele
estava em conflito pelo que fizeram para
ele.
Max tinha sido muito atormentado, e
ferido de uma maneira muito cruel. Ele
tinha sérios problemas de confiança. Eu não
poderia culpá-lo, mas eu poderia perdoá-lo?

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Eu precisava de espaço.
Ouvi o baque da porta, e soube que
ele tinha ido embora. E desta vez eu me
permiti chorar por tudo que tinha
acontecido.
Eu chorei pela minha vida trágica.
Chorei a falta de Martina, e por não ser
capaz de odiá-lo.
Max tinha escondido coisas de mim,
mas ele também tinha me dado mais do que
eu imaginei ser capaz de sentir.
Eu chorei por horas até que o
cansaço e a escuridão me venceram.

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18

Acordar com dor de cabeça já tinha


virado rotina na minha vida. E hoje não
poderia ser diferente.
Eu não sabia onde Max estava, mas
precisava de um pouco de espaço também
para que eu pudesse colocar as coisas em
ordem.
Tudo isso foi meticulosamente
planejado por ele. Max me manipulou e eu
caí direitinho na sua armadilha.

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Eu me levantei e depois de tomar


um remédio para dor de cabeça e depois um
pouco de café. Eu precisava de toda energia
para conseguir passar esse dia.
Eu alcancei o meu telefone e liguei
para Erica avisando que não iria para a
revista hoje. Qualquer coisa ela poderia me
contatar pelo telefone.
Eu não estava me sentindo bem o
suficiente para sair de casa. Envie também
uma mensagem para Louise, contando o que
tinha acontecido. Ela me retornou
rapidamente com um “a caminho”. E eu não
poderia estar mais grata de tê-la em minha
vida.
Louise era aquela pessoa que você

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podia contar em todas as horas. Ela sempre


me fez sentir como se fosse família. E o
sentimento era recíproco.
O telefone tocou, e eu vi que era do
escritório de Max. Eu em debati se eu
deveria atender ou não, mas optei por
atender.
- Alô.
- Senhora Grant, aqui é Rachel.
- Sim, em que posso ajudá-la,
Rachel?
- O senhor Grant me pediu para
informá-la que ele está saindo para uma
viajem de negócios, e assim que puder ele
entrará em contato.
Eu não podia acreditar que ele

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estava fugindo.
- Viagem de negócios? – Eu bufei
incapaz de acreditar no que estava ouvindo.
- Sim, senhora. Foi de última hora.
- Tudo bem, obrigada por me avisar
Rachel.
- É o meu trabalho, senhora. Tenha
um bom dia.
- Bom dia. – Eu desliguei.
Max não poderia ser mais ridículo.
Ele não teve coragem de me enfrentar e saiu
como um covarde.
Que tipo de homem é esse que foge
quando as coisas ficam complicadas?
Eu preciso de uma bebida.
******

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- Eu vou matá-lo. – Louise gritou


quando eu terminei de contar tudo que tinha
acontecido na noite anterior.
- Eu sei. É horrível. – Falei tomando
mais um gole do meu uísque.
- O que você quer fazer? –
Perguntou.
Dei de ombros, eu não sabia o que
fazer. Eu só queria acordar desse pesadelo.
- Olha, os pais de Caleb tem uma
casa de campo em Danvers, MA. Fica há
trinta minutos daqui. O lugar é lindo, você
vai adorar. E pode descansar um pouco.
Então, depois você decide o que quer fazer.
- Será que os pais de Caleb não vão
se importar?

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- Claro que não, querida. E você é


família. Eles adoraram conhecer você.
Eu balancei a cabeça com um sorriso
triste, e ela pegou o telefone para ligar para
Caleb. Eu sempre estive sozinha durante
toda a minha vida, mas ter a ajuda de Louise
era muito bom. E eu nunca vou esquecer o
que ela está fazendo por mim.
Max estava certo sobre uma coisa.
Ele e eu tínhamos algo especial. Ele me
capturou, me fez melhor, e ele me arruinou.
Eu estava quebrada.
Eu era, e sempre seria sua, mas eu
precisava ir.
******
Louise ajeitou tudo para que eu

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pudesse passar uns dias na casa de campo


de seus sogros. Eu liguei para a Vision e
avisei a Erica que estaria fora por alguns
dias, não entrei em detalhes, mas pedi que
me ligasse se houvesse alguma emergência.
Na minha ausência, Louis ficaria no
comando. E eu não estava preocupada, pois
sabia que ele daria conta de tudo muito
bem.
Eu estava no carro de Louise,
seguindo para Danvers. Ela tentou entrar em
contato com Max, mas o seu telefone estava
indo direito para a caixa postal. Eu fiquei
aliviada, eu precisava desse tempo para
descobrir o que fazer a seguir.
Meia hora mais tarde, estávamos

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parando em frente a um portão de madeira


enorme. O lugar era realmente lindo. Um
homem saiu para nos receber.
- Senhorita, Grant. Que bom vê-la de
novo. – O homem sorriu para Louise.
- É muito bom ver você também,
Paul. Essa é a minha cunhada, a esposa do
meu irmão. Ela vai passar uns dias aqui na
casa.
O homem sorriu e estendeu a mão
para me cumprimentar. – Seja bem-vinda,
senhora.
- Obrigada, espero não estar
incomodando? – Eu sorri e apertei a sua
mão calejada do serviço pesado do campo.
- Que isso. É um prazer recebê-la, e,

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por favor, não hesite e nos procurar se


precisar. Eu e minha esposa, vivemos na
casa ao longo do rio.
- Obrigada, eu irei. – Sorri
agradecida.
- Paul e sua esposa Manuela são os
caseiros, e eles poderão te ajudar em tudo
que você precisar, mas qualquer coisa é só
me ligar. – Louise falou.
- Eu não posso agradecer o
suficiente. – Eu sorri.
Louise balançou a cabeça. – Talula,
você sabe que é como uma irmã para mim.
E você será sempre bem-vinda.
Enquanto Paul levava a minha
bagagem para dentro da casa, Louise e eu

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nos despedimos. Eu precisava de espaço


para pensar e aqui seria o lugar perfeito.
- Eu não quero que ele saiba onde eu
estou. Eu preciso ficar sozinha. – Eu pedi.
- Eu não vou dizer nada. Ele e eu
temos uma conversa pendente. Se cuide, e
não se acostume com a vida no campo, nós
precisamos de você na cidade grande. – Ela
sorriu me puxando para um abraço.
Louise entrou no carro e saiu. Agora
era o começo de uma nova vida.
Uma vida sem complicações ou
mentiras.
Esse era o meu recomeço.

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19

O meu coração estava esmagado.


Eu nunca deveria ter assinado aquele
acordo.
Eu não tinha ideia de que sair e
deixar tudo para trás seria tão difícil.
Já tinha se passado uma semana
desde que tudo aconteceu, e Max ainda não
tinha tentado entrar em contato comigo.
Louise e eu nos falamos todos os
dias, pelos menos duas vezes. Ela é uma
grande amiga e estava fazendo mais do que
deveria. Conversamos sobre tudo menos

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sobre ele. Eu ainda precisava de um tempo


para absorver tudo. Max escolheu o jeito
mais fácil de fazer as coisas e não se
importou comigo. No momento ele era a
minha pessoa menos favorita.
Na Vision, tudo estava indo muito
bem. Eu ligo todos os dias e Erica me
mantêm informada de tudo que acontece. E
faço o meu trabalho pelo computador.
O rancho é lindo. Todos os dias eu
acordo ouvindo o canto dos pássaros. Paz e
tranquilidade reinam nesse lugar lindo. Eu
poderia viver aqui para sempre.
Eu pensei que Max e eu tivéssemos
algo especial, mas em nossa primeira
grande dificuldade ele foge e me deixa para

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juntar os pedaços do meu coração arrasado.


Eu passo os meus dias curtindo a
natureza e seus benefícios. Correr de manhã
cedo se tornou uma coisa favorita. Todos os
dias eu corro pelo menos uma hora ao redor
do lago. É muito revigorante. Depois eu
volto para casa, tomo banho e faço o meu
café.
Manuela, a esposa de Paul o caseiro
me deu algumas sementes de rosas para que
eu pudesse ocupar a minha mente criando
um canteiro de rosas no jardim da casa. E eu
realmente gostei da tarefa, é muito relaxante
mexer com a terra.
Embora eu ocupe a minha mente
durante todo o dia à noite eu não consigo

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para de pensar em Maxwell. Foi difícil não


se apaixonar por ele. Apesar daquela
máscara que ele põe para o mundo de
homem frio e cruel, ele é um homem muito
atencioso.
O seu humor não é uma coisa boa de
lidar, mas ele é muito mais do que aparenta
com a sua cara de bicho papão.
Dói muito. Eu sei que eu não deveria
estar surpresa com as suas ações, mas eu
esperava mais da nossa relação.
Especialmente depois que estivemos juntos.
Eu sabia que não deveria ter me
apaixonado por ele, mas foi impossível
resistir. Ele foi frio e calculista no começo,
mas depois me encheu de carinho e atenção.

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E isso é muito para se ignorar.


Às vezes eu poderia jurar que sentia
o seu cheiro quando acordava no meio da
noite de um pesadelo. Isso era loucura, mas
eu não poderia evitar.
Hoje o dia parecia mais bonito do
que todos os outros. Eu levantei cedo para
correr. Quando voltei tomei o meu banho e
preparei o meu café. Trabalhei um pouco e
fui até a casa de Paul e Manuela para
almoçar. Eu estava com preguiça de fazer
qualquer coisa, e ela tinha me convidado na
noite passada para almoçar com eles.
O almoço foi maravilhoso. Manuela
é uma cozinheira muito boa. Paul saiu para
cuidar dos animais, e eu ajudei Manuela

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com a limpeza da cozinha. Quando nós


terminamos eu voltei para casa e trabalhei
um pouco no jardim. E quando o sol estava
se pondo eu fui até a beira do rio para ver a
grande estrela encerrar o seu dia com
louvor. Assistir o por do sol em um lugar
tão calmo me fazia lembrar Max. Eu tentei
espantar os pensamentos para longe e
continuei admirando o majestoso astro rei
sumir por entre as nuvens.
Eu guardei o material de jardinagem
na casinha de ferramentas e entrei em casa.
Eu estava coberta de terra e adubo, e
precisava de um banho urgente.
Fui para o quarto e retirei as minhas
roupas. No banheiro eu liguei a água para

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encher a banheira. Eu precisava de um


banho longo e relaxante para encerrar o dia.
Depois eu pensei em preparar algo rápido
para comer e deitar cedo.
Quando a banheira estava cheia, eu
coloquei alguns sais de banho e entrei.
Ajustei os jatos para que ela me fizesse uma
boa massagem nas costas. Fechei os olhos e
deixei que a água fizesse o seu trabalho.
Essa banheira era outra coisa
favorita para a minha lista. Eu não sei
quanto tempo se passou, mas acabei
cochilando dentro da banheira, e um
barulho dentro de casa me acordou. Deve
ter sido o vento contra as árvores, mas de
qualquer forma eu decidi encerrar o banho e

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ir ver o que tinha sido.


Eu enrolei uma toalha felpuda no
meu corpo e abri a porta do banheiro. Eu
gritei quando vi uma figura sentada na
cama. Os meus olhos não poderiam
acreditar no que estavam vendo.
- O que...
- Boa noite, querida. – Ele falou
sorrindo. Os seus olhos percorrendo o meu
corpo.
- Max?
Ele sorriu mais amplamente e
lambeu os lábios. Eu estava muito chocada
para pensar em qualquer coisa. Minhas
pernas estavam tremendo e o meu coração
acelerado.

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- Essa é uma boa forma de dar boas-


vindas. – Ele sorriu maliciosamente.
Eu ainda estava paralisada. A água
escorria do meu corpo, e eu pude ver os
seus olhos ficando escuros. Eu tentei fazer o
meu cérebro recuperar a compostura, e
puxei o roupão que estava ao lado na
cômoda.
- O que você está fazendo aqui,
Maxwell?
- Eu vim para ver a minha esposa.
- Muito conveniente da sua parte.
- Eu senti saudades. – Ele falou
baixo.
Eu balancei a cabeça. – Você foi
embora e não teve a decência de me ligar.

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- Eu tive uma emergência no


trabalho. E eu pedi a Rachel para avisá-la. –
Sua mandíbula trincou.
- E você mesmo não poderia ter feito
isso? Qual era o problema? Você não
conseguia lidar com o fato de você ser um
canalha sem coração? – Eu gritei
exasperada.
- Eu sinto muito, Talula. – Ele
suspirou.
- Quer saber, não importa. – Eu
avancei pelo quarto para pegar uma roupa
dentro do armário. E corri para o banheiro
para me trocar. Eu não poderia ficar no
mesmo lugar que ele nesse momento. Eu
estava muito irritada e poderia dizer coisas

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que me arrependeria depois.


- O que você está fazendo? – Ele
perguntou parado da porta do banheiro.
- Eu estou indo embora. – Eu
retruquei.
Eu estava de costas para porta
tentando ao máximo colocar a minha roupa
sem ficar completamente nua na sua frente.
Mesmo que ele já tivesse visto tudo, eu não
daria esse gosto a ele.
- Nós precisamos conversar, Talula.
Eu girei ao redor, esquecendo por
alguns segundos que eu não estava
completamente vestida. E mais uma vez os
seus olhos escureceram quando viram a
minha nudez.

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Eu puxei o roupão para esconder os


meus seios nus. – Está tudo muito claro para
mim, Maxwell. Tudo isso foi um erro. E
não precisamos insistir em algo que não vai
levar a nenhum lugar?
- Nós vamos resolver isso. E nós não
somos um erro, Talula.
- Não! – Eu gritei. – Não é assim
que as coisas funcionam, Maxwell. Eu não
vou ser o seu brinquedinho novamente.
- Eu nunca disse que você era um
brinquedo para mim. – Ele rosnou.
- Você precisa sair. – Eu falei
Os seus olhos caíram. E eu sabia que
algo dentro dele estava quebrado pelo olhar
que ele me deu. Mas eu não poderia lidar

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com isso, não agora.


- Se você não sair eu vou embora
agora mesmo.
- E deixar esse paraíso? – Ele
ironizou.
- Não importa. – Eu retruquei.
- Olha, eu sei que fiz muita besteira,
mas eu quero corrigir tudo para que
possamos ficar juntos novamente.
- Juntos? Você deve estar ficando
louco.
Apesar da minha ironia, eu senti o
meu coração dar um pulo com alegria e
esperança. Mas eu sabia que isso não seria
tão fácil assim. Eu não vou deixar ele me
manipular como fez anteriormente.

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- Eu não sei o que você está


tramando agora, mas não vai funcionar,
Maxwell.
- Eu sinto muito, Talula. Eu não
queria te machucar e acabei fazendo isso.
Ele parecia realmente arrependido.
O olhar em seu rosto me dizia que ele
estava sendo muito sincero.
- Eu vou deixar você terminar de
trocar de roupa, e vou esperá-la na sala. Eu
preciso que você me dê à chance de explicar
tudo. E então você pode decidir o que quer
fazer com o nosso casamento. – Ele falou e
depois saiu me deixando mais confusa do
que quando eu cheguei aqui.
Eu não sabia o que fazer.

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20

O que você faz quando alguém que


você ama te machuca e depois quer
consertar as coisas?
Eu não sei o que fazer. Estou mais
confusa do que quando cheguei aqui.
Maxwell parecia bastante
arrependido. Eu nunca vi esse olhar em seu
rosto. E eu não sabia se poderia voltar a
confiar nele, mas algo me dizia para tentar.
Eu terminei de me vestir e fui
encontrá-lo.
Max estava em pé de frente para a
janela da sala de estar. Ele parecia tão

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bonito usando uma camisa branca e jeans


que destacava as suas pernas musculosas.
Ele sempre foi muito bom de olhar.
Eu não sabia o que falar. A figura
imponente ali na minha frente me fez pensar
em todos os nossos bons momentos. E não
me julguem, mas algo dentro de mim ainda
quer que isso dê certo.
Como se sentisse a minha presença,
Max se virou. O seu rosto era uma carranca
sombria, a mandíbula trincada. Ele estava
com raiva. Mas seus olhos amoleceram
quando encontraram as minhas pernas nuas.
Ele abriu a boca para falar algo, mas fechou
novamente.
Max deu dois passos para frente, e

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logo ele estava em cima de mim. As suas


mãos segurando o meu rosto e me puxando
para os seus braços. Eu não protestei apenas
me derreti no seu toque.
Max entendeu isso como um
convite, e seus lábios bateram nos meus, e
eu fui de boa vontade. Era tão bom sentir o
seu gosto de novo. O meu corpo reconhecia
o seu toque, mesmo o seu cheiro era capaz
de provocar sensações que ninguém jamais
conseguiria.
Ele me empurrou para trás em
direção ao quarto. Eu estava perdida em sua
boca. Eu não estava pensando claramente.
Tudo que eu queria era saborear aquele
momento.

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As minhas pernas bateram contra o


encosto da cama. Max se afastou para tirar
as nossas roupas.
Eu estava ofegante. Os seus olhos
estavam sombrios de desejo. E quando
descobriu que eu não usava nada por baixo
ele emitiu um rosnado do fundo da sua
garganta.
Eu o ajudei a tirar as suas roupas.
Nenhuma palavra foi dita. Nós
precisávamos disso. As nossas mãos
estavam por todos os lugares. Como se
estivéssemos memorizando cada centímetro
do outro.
As suas mãos apertando a minha
carne. Uma necessidade selvagem, como se

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o tempo não tivesse passado.


A minhas respiração estava fora de
qualquer lógica. Era como se finalmente eu
pudesse tocar o chão.
A sua boca estava em todos os
lugares, no meu pescoço, boca, ao longo da
minha clavícula em direção aos meus seios.
Tomando um em sua boca, sua língua
brincou com o meu mamilo, provocando um
gemido do fundo da minha garganta, indo
direto para o meu sexo encharcado.
Max deu total atenção ao outro
mamilo. A sua boca deveria ser ilegal. Ele
podia fazer coisas com ela que deixaria
qualquer uma louca de desejo.
As minhas mãos estavam em seus

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cabelos. E eu gemia contra as suas


investidas. O meu sexo estava encharcado, e
eu precisava dele dentro de mim.
Max se mudou para baixo do meu
corpo, salpicando todo o caminho com
beijos quentes e molhados. Suas mãos
apertando a minha carne. E eu estava tendo
dificuldade para raciocinar direito. Tudo
que eu poderia pensar era em sua pele
contra a minha. As suas mãos me apertando,
me fazendo sua.
A sua respiração fez cócegas na
minha entrada. E sua língua dançou para
fora ao redor do meu clitóris. Eu arquei as
costas quase entrando em erupção.
Max não perdeu tempo, e enterrou o

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seu rosto na minha buceta encharcada. A


sua língua me atacou e ele me saboreou de
dentro para fora.
Eu estava uma bagunça. Os meus
gemidos se tornaram mais fortes à medida
que ele aumentava a pressão no meu
clitóris. E então, ele deslizou para cima,
tomando a minha boca. Parecia estranho
sentir o meu gosto em seus lábios, mas eu
não me importei.
- Eu preciso de você, Talula. – Ele
sussurrou.
Eu pressionei os meus quadris
contra os dele, incentivando-o a continuar.
A sua respiração áspera contra a minha pele.
Ele me beijou novamente, e em um

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movimento rápido ele entrou em mim. Nós


gritamos ao mesmo tempo. A sensação era
muito boa, e ele começou a se mover
lentamente dentro de mim.
Eu corri minhas mãos por suas
costas, querendo lhe dar tudo de mim. Nós
estávamos fundidos em um só.
O nosso ritmo era perfeito. Ele
estava fazendo amor comigo. Enterrando
profundamente dentro de mim. Tudo
parecia perfeito. Eu estava prestes a
estourar. Uma corrente elétrica percorrendo
o meu corpo, fazendo do meu orgasmo
explosivo.
O meu corpo ainda estava tremendo
quando eu desci do meu êxtase. Max me

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segurou, enterrando o seu rosto no meu


pescoço, e encontrou a sua libertação com
um rugido feroz.
Nós não falamos.
Não era preciso.
Max me agarrou como se o mundo
fosse acabar naquele momento. E eu o
segurei também. Nada parecia mais
perfeito.
As nossas respirações se acalmaram,
e eventualmente eu adormeci ainda em seus
braços. E quando eu acordei a cama estava
vazia. Mas havia uma nota e uma rosa
vermelha no seu lado da cama.

Talula,

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Eu sei que te fiz sofrer de muitas


formas. E eu não me orgulho disso. Eu sinto
muito por tudo de mal que te fiz passar, mas
eu quero corrigir isso, e eu vou lutar até o
fim para ter você ao meu lado novamente.
Você não é um acordo, e nunca foi.
Tudo foi uma fodida desculpa para ter você
comigo. Você é minha e sempre será. E eu
vou fazer de tudo para merecer a sua
confiança novamente.
Tome o tempo que precisar, eu
estarei te esperando em nossa casa.
Com amor, M.

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21

Max tinha ido embora. E eu


confesso que fiquei um pouco
decepcionada. Eu pensei que estávamos
indo resolver isso, mas por outro lado eu
não ignorei o fato de que ele tinha me dado
o espaço que eu precisava para pensar em
tudo.
Eu me levantei e tomei banho.
Preparei o meu café e depois fui chegar os
meus e-mails. Eu tinha muita coisa para
assinar, e o meu tempo de férias estava
chegando ao fim. Eu precisava voltar para o

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mundo real e logo.


E eu tinha sido convidada para um
evento de caridade da imprensa de Boston.
Era um grande evento para arrecadar
dinheiro para instituições de caridades na
América do Sul.
Era um desses eventos em que
apenas a elite da elite é convidada. E isso
estava me deixando um pouco nervosa.
Seria o primeiro evento desde o casamento,
que teria que ir sozinha. As pessoas iriam
fazer perguntas, a impressa vai cair em
cima. E eu não sei se estou preparada para
esse tipo de atenção.
O meu telefone acendeu e uma
mensagem de Max surgiu na tela.

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A noite passada foi incrível. Eu


quero que você volte para casa. Eu vou
viajar a trabalho e quando voltar eu posso
ficar em um hotel, mas você não tem que
ficar fora de casa. Por favor, volte Com
amor, M.
Eu não conseguia para de pensar
nele. E a cada dia eu me pergunto o que vai
acontecer com a gente. Eu sei que ele está
apaixonado por mim, mesmo que eu tenha
me negado a reconhecer isso. Eu sei que se
ele não sentisse nada, ele não teria me
procurado. Max é um homem orgulhoso, e
ele jamais faria papel de bobo sem uma boa
razão. E isso me deixou ainda mais confusa.
Será que devemos mesmo ficar

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juntos?
Eu tinha passado todo o dia
pensando na noite passada. E isso não
estava ajudando em nada. Eu tentei me
manter ocupada. Eu li alguns e-mails.
Verifiquei algumas matérias para a próxima
edição da revista. Eu até assisti palestras
pela internet sobre o novo rumo da
Publicidade. Mas, tudo me levava de volta
para Max.
Eu me encontrei esperando por ele à
noite. De alguma forma distorcida, eu
esperava que ele fosse voltar, mas fiel a sua
palavra, Max estava me dando todo espaço
necessário para que eu pudesse pensar em
como seguir a partir daqui.

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Eu acabei cochilando nesse meio


termo, e acordei com Louise me ligando.
- Bom dia, dorminhoca. – Ela riu do
outro lado da linha.
- Uhg! – Eu fiz um som de protesto.
– Eu tinha ido dormir tarde, e precisava de
mais sono para poder começar o dia.
- Talula, você precisa tirar esse seu
traseiro bonito da cama, tomar um banho e
fazer as malas. – Louise falou, e de repente
eu não estava mais com sono.
- O que? Por quê? Você está me
expulsando? – Perguntei, agora muito
acordada.
- Claro que não. E sim. Eu estou te
expulsando para que você possa voltar para

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a sua casa. Eu falei com Max ontem, e ele


me contou o que aconteceu. E ele tem razão,
não faz sentido você ficar fora da sua casa.
- Não é a minha casa, Low.
- Claro que é. Você precisa se
mover, eu estarei ai em uma hora para te
buscar. E esteja pronta, por que nós ainda
vamos às compras.
- Eu te odeio. – Resmunguei.
- Não, você não me odeia. Agora, vá
e seja uma boa menina. – E com isso ela
desligou.
Eu sabia que era a melhor coisa a se
fazer. Max e eu lidamos com essa coisa toda
de uma forma muito imatura. Já era hora de
voltar para a realidade.

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******
Como prometido, Louise chegou
uma hora depois. Eu já tinha arrumado tudo,
só faltava me despedir de Manuela e Paul.
Louise foi comigo, e eu agradeci por toda a
atenção e cuidado que eles tiveram comigo.
Louise e eu pegamos a estrada
conversando sobre o que compraríamos
para o evento de caridade. Caleb tinha sido
convidado, e ela estava ansiosa para ir às
compras.
- Então, eu estou pensando em algo
preto e muito decotado. O que você acha? –
Louise perguntou quando entramos na loja.
- Parece ótimo, você tem um corpo
de matar. E vai ficar bem em qualquer

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coisa. – Eu falei caminhando ao seu lado.


- Eu estou falando para você. O meu
eu já sei qual será. – Ela sorriu e se dirigiu
para uma seção de vestidos de marcas
famosas.
Havia muita coisa, mas nada ainda
tinha chamado a minha atenção. Louise fez
disso uma missão. Ela fez a vendedora
trazer todos os exclusivos para que eu
pudesse provar. Eu já estava exausta de
tanto experimentar roupas, mas então ela
trouxe um longo de chiffon de seda preta de
Alta Costura da Dior, com um decote
profundo na frente e atrás, fenda, cauda e a
cintura bem marcada. Com sandálias
Givenchy na cor prata que combinariam

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perfeitamente com as joias Cartier que Max


me deu de presente.
- Você está deslumbrante, Talula. O
meu irmão não vai saber o que o atingiu. –
Louise sorriu e eu também.
Louise parecia uma criança em uma
loja de brinquedos, e com a sua boneca
favorita. Nós saímos da loja com muito
mais do que realmente precisávamos. E pela
primeira vez na vida, eu me permiti gastar
além do que eu gostaria. Eu sempre
economizei bastante, e nunca tive a
oportunidade de comprar algo tão lindo
assim, mas essa era uma ocasião nobre.
As compras terminaram e nós fomos
para um dia de SPA. Eu não tinha percebido

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o quanto eu estava tensa, até a massagista


trabalhar em meus músculos. Ela tinha
mãos de fada, e eu quase dormi na mesa de
massagem.
Fizemos também uma limpeza de
pele completa. E minha pele estava tão lisa
e macia como um bumbum de bebê. Depois
fizemos as unhas, cabelo e por fim a
maquiagem.
Louise tinha ligado para Marco para
vir buscar o seu carro. E nós iriamos do
SPA direto para o evento.
Eu não tinha certeza se Max estaria
presente. Ele tinha dito que estaria
envolvido com trabalho, mas eu não deixei
de ter esperança.

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- O meu irmão vai cair quando te vê.


– Louise disse mais tarde quando ela estava
me ajudando a retocar a maquiagem.
- Merda! – Louise gemeu ao ler uma
mensagem no seu telefone.
- Algum problema? – Perguntei.
- Sim. Max vai se atrasar, e talvez
você tenha que entrar sozinha.
Eu dei de ombros. – Está tudo bem.
Eu não estava interessada em dar entrevistas
mesmo.
Então algo surgiu na minha cabeça.
Não parecia uma má ideia, mas pelo menos
eu não chegaria sozinha em uma das festas
mais exclusivas de Boston.
- O que você tem em mente?

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- Eu vou pedir um favor a um


amigo. – Eu falei alcançando o meu telefone
e discando o número de Louis. Ele atendeu
no segundo toque. – Olha só quem resolveu
ligar para os amigos.
- Não seja dramático, Louis. Eu
liguei por que preciso da sua ajuda.
- Tudo que estiver ao meu alcance,
chefinha. – Ele riu do outro lado da linha.
- Eu preciso que seja o meu par essa
noite na festa de arrecadação. – Eu falei
rápido, e esperei pela sua resposta. Louis
ficou em silêncio por alguns segundos antes
de falar.
- Isso não é uma boa ideia, Talula.
- Eu não tenho um par, e será

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constrangedor ir sozinha.
- Você sabe que a impressa vai cair
matando em cima de todos nós, não é?
Suspirando eu respondi. – Eu sei,
mas eu vou lidar com isso depois. Você
pode ser o meu par?
- Tudo bem, me dê meia hora e eu
irei te buscar.
- Eu vou mandar o endereço por
mensagem. E Louis, eu te devo uma.
- Com certeza você me deve. – Ele
riu, e eu desliguei.
- Isso não é uma boa ideia, Talula.
Max vai ficar louco quando ele vê vocês
dois juntos.
- Eu sei, mas no momento Louis é a

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minha única opção. – Eu só espero não criar


problemas maiores do que já temos.
Eu enviei o endereço para Louis, e
terminei de me arrumar. Vinte minutos
depois, um texto me informou eu a limusine
que Louis tinha arranjado estava aqui.
- Hora de ir.

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22

Louis tinha alugado uma limusine, e


eu estava mais do que feliz em não chegar
sozinha. Embora eu tenha que dizer que a
imprensa cairia matando para saber o
porquê de Maxwell não está comigo.
Caleb estava logo atrás da nossa
limusine. Ele me deu um sorriso gentil e
balançou a cabeça. Eu sabia o que ele estava
tentando me dizer, mas decidi ignorar. Max
poderia ficar furioso, eu não importava. Eu
tinha um compromisso que não poderia
faltar, e não seria conveniente comparecer

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sozinha.
Max estava atolado de trabalho pelo
que Louise me contou, e ele não tinha
certeza se estaria aqui está noite, mas eu não
deixei de ter esperanças. No fundo eu
gostaria que ele me reivindicasse na frente
de todos como sua, para sempre.
Louis estava fora me esperando com
um buquê de rosas quando eu me aproximei
da limusine.
- Você está deslumbrante, chefinha.
– Ele sorriu.
- Oh, pare com isso. E não me
chame de chefinha. Nós somos amigos, e
você pode me chamar de Talula. – Eu falei
cutucando o seu braço.

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Louis sorriu e me ajudou a entrar no


carro. E o carro seguiu para o evento. Eu
estava muito nervosa, e Louis percebeu.
- Você sabia que nós conseguimos
uma entrevista exclusiva com o dono do
Palazzio? – Ele falou e eu arregalei os olhos
surpresa. O Palazzio era o mais novo hotel
de luxo de Boston. Eles inauguraram a
menos de um mês. E ele já era considerado
referência em todos os aspectos. E o seu
carro chefe era a comida.
- Isso é incrível, Louis. Como vocês
conseguiram? – Perguntei curiosa, por que o
dono do Palazzio, tinha se recusado a dar
qualquer entrevista até o momento.
- Bem, eu tenho os meus recursos. E

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vamos dizer que eu prometi um jantar com a


mulher do chefe para comemorar. – Ele
sorriu nervosamente.
- Você me vendeu por uma
exclusiva? – Perguntei estoica.
- Em nome do bem maior, chefinha.
– Ele riu, e eu não pude deixar de rir
também. Louis tinha um talento natural para
o negócio. Ele sabia como dobrar a mais
cética das pessoas, e isso era algo que eu
sempre admiraria nele.
- Obrigada. E nós vamos ter que
combinar esse jantar logo. – Eu falei
cutucando o seu ombro.
- Sim, senhora. – Ele sorriu. E por
um instante eu esqueci o que estava fazendo

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e relaxei um pouco, mas o nervosismo


estava de volta à medida que nos
aproximávamos do nosso destino.
Quando chegamos, havia uma fila de
limusines esperando para descarregar os
seus passageiros. Nós sentamos lá por
aproximadamente meia hora. Eu queria
enviar uma mensagem para Max e perguntar
se ele tinha conseguido vir, mas optei por
não fazer.
Quando o carro parou no tapete
vermelho, eu respirei fundo e rezei para não
tropeçar na calda do meu vestido. Seria um
vexame.
Havia uma multidão de repórteres.
Eu me senti como uma estrela de

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Hollywood com toda a agitação. O


motorista abriu a porta da limusine, e Louis
me ajudou a descer.
- Senhora, Grant.
- Por que o senhor Grant não está
com você?
- Vocês estão separados?
- Quem é o seu acompanhante?
- Vocês estão tendo um caso?
As perguntas vinham como um
enxame de abelhas para o mel. Eu não sabia
qual o caminho, então só continuei andando.
Os seguranças do evento fizeram o seu
papel, tentando me proteger, e me ajudar a
chegar dentro.
Eu mantive o meu sorriso estampado

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na minha cara, e tentei não tropeçar. Eu


estava tão absorta que nem tinha percebido
o braço de Louis me segurando. Ele estava
fazendo o seu papel de me levar pelo tapete
vermelho com elegância e sutileza. Louis
era um cavalheiro à moda antiga.
Quando nós alcançamos as portas
principais, eu parei por um minuto. Olhei
para cima, e senti olhos em mi. Havia
homens assistindo com admiração e cobiça,
e as mulheres com algo como admiração,
inveja e ciúme. Eu nunca fui à garota que
todos paravam para admirar, e isso me
deixou um pouco mais nervosa do que eu já
me sentia.
Um vermelho profundo queimou em

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minhas bochechas, e eu congelei. Pânico


começou a se espalhar pelo meu corpo. Eu
estava prestes a correr para fora do lugar
quando uma voz grave e áspera me parou.
- Você está... – Sua voz era puro
sexo. Eu não precisava me virar para saber a
quem pertencia tal voz. Eu senti os seus
olhos em meu corpo. E vi pelo canto do
olho, a sua mandíbula enrijecer ao
reconhecer a minha companhia.
- Você está linda, Talula. – Max
falou quando eu me virei. Os nossos olhos
se encontraram, e tudo deixou de existir.
Eu comecei a morder o meu lábio,
mas me segurei. Eu não queria parecer
estranha. Olhei para ele, que estava

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impecavelmente vestindo um smoking


preto. Ele parecia divino.
Max mudou o seu foco para Louis, e
eu senti a minha pela arrepiar. Ele e Louis
nunca se deram bem, e a situação não
ajudava em nada.
- Obrigada por acompanhar a minha
mulher, Louis. Mas eu assumo daqui. – Ele
falou friamente, e eu tremi com suas
palavras.
Louis parecia querer discutir, mas
optou por ceder. – Claro. O prazer foi todo
meu. Talula é uma mulher que vale muito a
pena. – Ele retrucou, e eu vi quando Max
fechou os punhos. Ele estava por um fio. Eu
segurei o seu braço para tentar contê-lo. Nós

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já tínhamos problemas demais, para


acrescentar mais um.
- Muito obrigada por ter me
acompanhado, Louis. Eu te devo uma. – Eu
falei tentando eliminar a tensão evidente
entre os cavalheiros.
- Você não me deve nada, Talula. O
prazer foi todo meu. E eu estarei a sua
disposição sempre que me quiser por perto.
– Ele falou venenosamente, e Max deu um
passo para frente em sua direção.
- Obrigada. Eu te vejo por aí. – Com
isso eu puxei o braço de Max. Ele parecia
selvagem. E eu não poderia deixar que esse
evento transforma-se em um banho de
sangue.

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Nós caminhamos para o salão, e


Max pareceu relaxar um pouco. Louise e
Caleb estavam longe de serem vistos, e eu
decidi que precisava de uma bebida.
- Eu não sei se fico feliz ou mais
irritado com as pessoas admirando o que é
meu. – Max sussurrou em meu ouvido, e eu
tremi com as suas palavras.
Eu corei, mais por sua honestidade
do que pelas palavras. Ele sabia com me
fazer sentir melhor. Então ele me beijou
com tudo que tinha. O beijo foi selvagem e
possessivo. Ele estava dizendo a todos a
quem eu pertencia. E todo o meu pânico se
dissipou como poeira ao vento. Eu tive a
sensação de que, enquanto Max estivesse ao

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meu lado, poderíamos enfrentar qualquer


coisa. E isso era apenas mais uma afirmação
de que nós deveríamos estar juntos.
A festa estava linda. Havia
empresários, políticos e celebridades. Todos
comendo, bebendo e socializando.
Nós nos misturamos, e o que
pareceu uma hora mais tarde nós
encontramos Louise e Caleb. Max não tinha
soltado a minha mão. Ele me tinha presa
junto a ele como se com medo d que eu
fosse escapar dos seus braços.
A banda começou a tocar, e ele me
puxou para uma dança. A sua mão quente
nas minhas costas nuas, e quadril. Ele me
puxou mais perto do seu corpo, nos

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movendo no ritmo da música. Eu olhei para


ele e peguei-o me observando, os seus olhos
encapuzados com desejo. E saber que eu era
a única a provocar esse seu lado selvagem
foi o suficiente para fazer o meu coração
bater como um tambor.
Eu mordi o meu lábio, o mais forte
que pude para conter os gemidos que
estavam saindo da minha boca. Max tocou o
meu queixo, para libertar o meu lábio
aprisionado.
- Você é minha, Talula. – Ele
sussurrou.
E eu não discuti, por que era
verdade. Eu era completamente dele, em
todos os sentidos.

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Nós dançamos por mais alguns


minutos, e então nos dirigimos para a nossa
mesa. O leilão iria começar em breve. E
todos precisavam estar em seus lugares para
dar início aos lances.

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23

Max não parou de me tocar durante


toda a noite. Suas mãos estavam por todos
os lugares, a sua respiração quente contra o
eu pescoço, me deixando necessitada.
Eu estava muito pronta para encerrar
a noite, mas Max parecia ter outros planos
para nós. Eu estava em uma nuvem, os
meus pensamentos totalmente inadequados
para a ocasião.
A noite lentamente se acalmou, e
Max sempre ao meu lado. Mesmo quando
eu fui ao banheiro com Louise, ele ficou na

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porta me esperando. Eu não conseguia tirar


o sorriso bobo do meu rosto.
- Estou tão feliz por vocês. – Louise
sorriu para mim enquanto lavava suas mãos.
- Eu sei. Parece muito cedo, mas eu
não posso ignorar o que eu sinto pelo seu
irmão. É mais forte do que eu.
- Eu sei como é. Eu sinto o mesmo
com Caleb.
- Embora eu tenha que dizer que
ainda temos que trabalhar em muitos
aspectos.
- Não seja boba. Se eu bem conheço
o meu irmão, ele está caidinho por você. Ele
só tem olhos para você, e isso não vai
mudar.

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Eu sorri e nós saímos do banheiro


para encontrar Max e Caleb conversando do
lado de fora do banheiro.
Max tocou o meu queixo levemente,
e me beijou. Os seus lábios incrivelmente
macios quando eles roçaram nos meus. Ele
estava me provocando.
Eu precisava dele áspero e
selvagem. Então, como se ouvisse os meus
pensamentos, ele me devorou com uma
fome primal.
Eu respondi ao seu beijo, puxando-o
para mim com um fogo que eu não queria
que acabasse nunca. Eu tinha perdido toda a
inibição naquele momento, mesmo que o
local não fosse adequado para tal

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demonstração de afeto.
Ninguém nunca me fez tal selvagem,
ou me fez esquecer tudo ao meu redor,
como Max tinha o poder de fazer.
Os toques de Max despertavam algo
dentro de mim que eu jamais imaginei
sentir.
Max e eu nos beijamos, nossas mãos
deslizando por toda parte, dando aos outros
um grande show. Até que uma tosse nos
interrompeu.
- Vocês precisam encontrar um
quarto, ou serão presos por atentado ao
puder. – Falou Caleb sorrindo.
- Eles estão apaixonados. – Louise
bateu de leve em seu braço, também

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sorrindo.
- Ele tem razão. Essa festa se tornou
chata demais, eu tenho coisas mais
interessantes para fazer em casa. – Max
falou com um sorriso safado.
- Max. – Eu o repreendi sorrindo.
- Nós estamos indo embora. – Ele
afirmou, e me conduziu para as entradas.
- Eu te ligo amanhã, Low. – Eu
gritei sorrindo, enquanto Max me levava
por todo o salão como um homem em uma
missão.
Quando chegamos em casa, Max
arrebatou-me em seus braços e me carregou
para o nosso quarto, me colocando sobre o
centro da cama. As suas mãos, sua língua, e

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o seu pau fizeram coisas comigo que


despertaram mais do que o desejo
reprimido. Ele despertou todos os
sentimentos e esperanças de construirmos
uma vida juntos.
Tudo isso me fez acreditar nos seus
sentimentos. Que poderíamos viver como
um casal. E que enfrentaríamos
qualquer coisa se estivéssemos juntos.
******
A noite passada foi mágica. Max
tinha sido selvagem, e cavalheiro depois.
Ele me amou como nunca tinha feito antes.
Eu senti todo o amor que ele sentia por mim
sendo demostrado de varias formas.
Eu estava mais feliz do que poderia

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sonhar. Tudo estava como deveria ser. Eu


acordei com Max enterrado dentro de mim.
Ele parecia selvagem. Os seus olhos
profundos, incrivelmente mais bonitos para
mim.
Eu estava molhada para ele. Era
incrível como o meu corpo o reconhecia,
mesmo que eu estivesse inconsciente. Max
segurou as minhas pernas mais abertas,
fazendo da posição mais difícil de levá-lo.
Ele estava enterrado profundamente em
minha cavidade. Os seus olhos fixos em
mim o tempo todo.
- Você é minha! – Ele rosnou
asperamente.
Eu não poderia estar mais feliz com

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a sua afirmação. Ele me fodeu como se


quisesse me possuir. E eu estava mais perto
de atingir o meu êxtase quando ele bateu
mais forte dentro de mim, gozando e
gritando o meu nome como uma bênção.
Eu não resisti e fui com ele,
observando com amor o quanto éramos
perfeitos juntos. E nada poderia ter sido
mais perfeito.
Max cuidou de mim logo depois. Ele
me ajudou a tomar banho. As minhas pernas
estavam moles, e eu mal podia me sustentar
em pé. Tomamos banho, e depois ele me
vestiu com um vestido de verão.
Quando estávamos completamente
vestidos, nós descemos para tomar café. Eu

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estava morrendo de fome. E precisava


recuperar um pouco da energia gasta
durante toda a noite e agora de manhã.
O café já estava na mesa. Max
puxou a cadeira para mim, como um
perfeito cavalheiro. -Obrigada. – Eu sorri.
Max me serviu um pouco se café e
um pão de queijo. E depois se serviu
também. Estávamos comendo em silêncio
até que seu telefone tocou e ele olhou para a
mensagem com um olhar inexpressível.
- Desculpe, eu tenho que atender. –
Ele se levantou rapidamente e saiu da sala.
Isso me deixou um pouco curiosa.
Max parecia visivelmente afetado pelo que
tinha visto em seu telefone.

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Uma sensação ruim começou a se


espalhar pelo meu corpo. Eu não tinha
certeza do que se tratava, mas algo me dizia
que não era nada bom.
A minha fome de repete se
transformou em ânsia de vômito. Eu não me
movi. Ele terminou a sua chamada e voltou
para a mesa em silêncio.
- Está tudo bem? – Eu perguntei
encontrando os seus olhos.
Ele fez uma careta e continuou
tomando o seu café. – Vai ficar. Não se
preocupe com isso.
- Max. – Eu o adverti.
- Não foi nada, querida. Apenas
negócios. – Ele respondeu sem emoção.

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Eu tentei encontrar seus olhos, mas


ele me privou. Com a cabeça baixa ele
continuou tomando o seu café.
Quando terminamos o nosso café,
nós caminhamos até o quarto. Eu precisava
ficar pronta para o trabalho, assim como ele.
E como de costume, ele estava pronto antes
de mim.
Marco estava esperando por nós
quando saímos. Max ficou quieto e um
pouco distante de casa até o trabalho. Ele
me manteve perto, a sua mão estava no meu
joelho.
Max só retornou a mundo real,
quando Marco parou em frente à Vision. Ele
afastou o olhar preocupado e esmagou a sua

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boca contra a minha, em um beijo faminto e


urgente.
- Está tudo bem? – Perguntei sem
fôlego, quando nos afastamos.
A preocupação era evidente em seu
olhar, mas ele acenou com a cabeça.
- Eu vejo você mais tarde. – Eu disse
dando- lhe um beijo suave.
Eu saí do carro e me dirigi para o
elevador. Quando cheguei todos estavam
me esperando com uma grande salva de
palmas. Eu sorri agradecida e cumprimentei
a minha equipe maravilhosa.
Era bom estar de volta. Eu senti
muita falta dessa energia. E não poderia
estar mais grata por fazer parte de algo tão

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lindo.
- Obrigada pela recepção. É muito
bom estar de volta. – Eu falei para Erica que
estava na minha frente sorrindo de uma
orelha a outra.
- Ah, não me agradeça. A ideia foi
toda de Louis. Ele queria estar aqui, mas ele
precisou cobrir uma entrevista com um
soldado que acabou de ser solto pelos
Talibãs.
- Oh, isso vai ser grande.
- Sim. Eu não sei como eles têm
tanta coragem para defender o nosso País.
Eu morreria antes mesmo de tentar. Essas
pessoas merecem muito reconhecimento.
- Não se esqueça das mulheres

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também, Erica. Elas também têm um papel


muito importante na defesa do nosso País.
-É verdade. Então, você e o senhor
bonitão fizeram as pazes? – Ela sorriu
maliciosamente.
- Você é muito curiosa, Erica. – Eu
ri tentando mudar o rumo da conversa.
- Ah, não seja má. Você tem o
homem mais gostoso do mundo, e ainda não
quer compartilhar os detalhes.
Eu ri da sua escolha de palavras para
definir Max. – Foi tudo muito bom. Ele é
incrível. – Eu falei um pouco tímida.
- Oh meu Deus! – Ela gritou e
depois fez um gesto de quem estava se
abanando.

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- Vamos começar? Eu preciso me


atualizar de tudo.
******
O restante da manhã e tarde passou
como um borrão. Eu aproveitei para colocar
o trabalho em dia. E fazer algumas ligações.
A Vision estava tomando um rumo
surpreendente. O que não era uma surpresa
com o time que nós temos aqui, não poderia
ser diferente.
No final da tarde Max me enviou
uma mensagem informando que chegaria
tarde, e que não precisava me esperar para
jantar, porque ele teria uma reunião muito
importante, e que não sabia a que horas
estaria em casa.

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Eu fiquei um pouco decepcionada,


mas logo afastei esse pensamento da minha
cabeça. Eu gostaria de poder passar mais
tempo com Max, eu sabia que ambos
tínhamos compromissos e muito trabalho
que às vezes necessitava muito mais atenção
do que o normal.
Encerrando o dia, eu encontrei
Marco me esperando do lado de fora da
Vision. Ele era sempre tão pontual. Às
vezes eu me perguntava o que ele fazia
quando não estava trabalhando. Ele era
sempre tão reservado que nunca tive
coragem de perguntar.
- Boa noite, Marco. – Eu falei
quando me aproximei do carro.

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- Boa noite, senhora Grant.


- Marco, por favor, me chame de
Talula.
- Eu não poderia senhora.
- E por que não?
- Não seria adequado. – Ele
respondeu um pouco envergonhado.
- Besteira. Eu ficaria mais feliz se
você me chamasse pelo meu nome.
- Tudo bem, senhora.
- Marco?
- Desculpe, Talula.
- Assim soa muito melhor. Agora
me leve para casa, por favor.
- Sim, senhora. – Ele sorriu e fechou
a porta. Seria uma grande mudança para ele,

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mas ele vai se acostumar.


Como era de se esperar, a casa
estava silenciosa. As luzes estavam acesas.
A senhora Levi deve ter deixando assim
para quando chegássemos.
Eu fui para o nosso quarto, e direto
para o chuveiro. Eu iria passar um bom
tempo sob o jato escaldante. O dia tinha
sido bastante agitado e eu precisava relaxar
todos os meus músculos doloridos.
Eu não podia acreditar que eu estava
de volta a essa apartamento. Parecia surreal.
E Max estava tão carinhoso, apesar de ter
algo o preocupando, ele foi um perfeito
cavalheiro. E eu não poderia estar mais
feliz.

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Eu terminei o meu banho e optei por


usar um vestido de verão simples e leve. Eu
ainda não estava pronta para ir dormir, e
decidi passar um tempo no terraço lendo um
pouco. E não queria fazer isso em uma
roupa íntima.
Eu andei até o andar de baixo
procurando o livro que eu estava louca para
terminar de ler. Era um romance
contemporâneo de uma das minhas autoras
favoritas, Whitney G. O livro era sobre um
piloto e uma aeromoça. Os dois se
conheceram em uma situação muito
estranha, e depois de uma noite de sexo
alucinante, ambos não conseguiam para de
pensar no outro.

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Eu estava muito interessada em


saber o que aconteceria com o casal sexy.
Assim que eu encontrei o livro em cima da
mesinha de centro na sala, eu ouvi um
barulho dentro do apartamento. E logo senti
o meu couro cabeludo arrepiar.
Algo estava errado.
Eu andei até a cozinha para pegar
alguma coisa para me defender. Uma faca
seria a minha escolha, mas não tive tempo,
pois uma mão agarrou o meu braço e
pressionou um pano na minha boca. Eu não
tive como reagir, em questão de segundos o
mundo ficou preto.

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24

Acordei com um gosto horrível na


boca. Eu imediatamente me lembrei do o
que aconteceu. A minha garganta estava
irritada, e o meu corpo estava dolorido.
- Há um copo com água em cima da
mesa ao lado da cama. – Uma voz falou na
escuridão.
- Onde estou? Quem é você? E o que
eu estou fazendo aqui? – Perguntei
assustada.
- São muitas perguntas, Talula. Uma
coisa de cada vez.

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- Você me conhece? – Perguntei


confusa.
A luz do quarto acendeu, e eu fechei
os meus olhos para me acostumar com a
claridade. Quando abri novamente, eu me
surpreendi com a pessoa sentada a minha
frente. Era Sebastian, o primo de Maxwell.
- O que eu estou fazendo aqui,
Sebastian?
Ele riu, mas parecia um riso
amigável. Ele parecia diferente, mais
sombrio. E confesso que me deixou com
muito medo.
Olhei ao redor e vi que estávamos
em algum lugar afastado da cidade, porque
dava para ouvir os sons dos grilos.

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Eu estava deitada em uma cama.


Havia poucos móveis no quarto. Apenas
uma cama, a que eu estava sentada no
momento. A cadeira em que Sebastian
estava e uma mesinha de cabeceira ao lado
da cama. Uma porta aberta que mostrava ser
um banheiro.
- Por que estou aqui, Sebastian?
- Eu precisava falar com você.
- Teria sido mais fácil marcar um
encontro.
- O seu marido não teria permitido. –
Ele falou passando as mãos pelo cabelo,
estudando o meu rosto.
- Então você me drogou e me trouxe
a força? – Acusei.

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Eu coloquei as minhas pernas para


fora da cama e levantei. Sebastian não fez
qualquer movimento. E quando eu alcancei
a porta, estava trancada na chave. Eu tentei
abri, mas ela não se moveu do lugar. Eu bati
contra a madeira e gritei por socorro, mas
eu sabia que era inútil.
Estamos muito longe. E as únicas
pessoas que podem ouvi-la foram muito
bem pagas para não ouvir nada.
Eu não me importei e continuei
batendo e gritando. Sebastian deve ter
cansado de me ver perder a compostura. Ele
se levantou e andou em minha direção.
Agarrando o meu braço, ele me puxou para
longe da porta.

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- Você não precisa se preocupar.


Nada de mal vai acontecer com você. Como
eu disse, eu só quero conversar.
Eu saio do seu agarre, e fico o mais
longe possível dele.
Sebastian inclinou a cabeça contra a
porta, e olhou para mim. Havia algo sobre a
forma como ele me olhava. Ele parecia
assustador. E isso causou arrepios por toda a
minha espinha dorsal.
- O que Maxwell contou sobre mim?
- Nada. Ele não fala sobre você. Na
verdade ele ignora o fato de você existir.
Sebastian olhou pensativo durante
alguns segundos. – Acho difícil de acreditar
em você. Eu conheço o meu primo. E sei

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quanto ele me odeia.


- Você pode culpá-lo?
- Ela não vale tudo isso. Se você
quer saber.
Eu dei de ombros. – Isso não é da
minha conta.
- Deveria. Por que se eu bem
conheço Cassidy. E ela vai tentar de todas
as formas, recuperar o seu marido. – Ele
cuspiu e a sua intenção de me fazer ciúme
estava funcionando.
Eu tentei fingir indiferença,
empurrando os ombros. Mas ele não
engoliu, e um sorriso sarcástico se alargou
no seu rosto.
- Você não pode mentir, Talula.

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- Eu não sei do que você está


falando.
- Tem certeza?
Sebastian veio em minha direção. E
eu senti o meu coração disparar ainda mais.
Eu estava prestes a fazer um buraco na
parede para não ficar próximo a ele. Ele
retirou um envelope e estendeu para mim.
- Veja por si mesma. – Ele estendeu
o envelope para mim.
Relutantemente eu peguei o
envelope. E abri. Havia algumas fotografias.
Quando eu virei, o rosto de Cassidy e Max
apareceu na minha frente.
Havia várias fotos deles juntos. E eu
reconheci o local em que eles estavam. As

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fotos foram tiradas durante a nossa lua de


mel. Quando Max me deixou sozinha em
um quarto de hotel, e só voltou no dia de
irmos embora.
Na verdade havia fotos em todos os
lugares. Em seu escritório. Na casa dos seus
pais em Londres.
- Elas foram tiradas por um detetive
particular.
- E por que isso?
- Para descobrir com quem eu estava
dividindo a minha cama. Eu sempre soube
que Cassidy não prestava, mas ela está
brincando com o cara errado.
Olhei novamente para as fotos
tentando encontrar alguma coisa que

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indicasse qualquer coisa romântica, mas


todas elas eram muito formais. Como dois
amigos tendo uma conversa amigável.
Mesmo assim, eu senti uma pontada no meu
coração.
Eles não estavam trocando carícias,
mas doeu ver o nível de intimidade que eles
compartilhavam.
Eu estava confusa e irritada. Ele me
deixou durante a nossa lua de mel, mesmo
que fosse um casamento de fachada, eu
merecia mais respeito da sua parte.
- O que tudo isso significa?
- Max é o responsável pela morte da
minha filha.
A minha cabeça se ergueu tão rápido

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que quase distendi um músculo do meu


pescoço. – O que?
- É isso mesmo que você ouviu. –
Sebastian recuou, caindo sobre a cadeira.
Ele parecia derrotado. Então ele olhou para
cima, seus olhos injetados com sangue.
Havia dor e muito ódio.
Eu não sabia o que dizer. Ou se tudo
isso era verdade. Ele queria conversar
comigo onde não pudéssemos ser
interrompidos. Ele estava tentando culpar
alguém para aliviar a sua dor, que nem
mesmo se deu conta, ou não se importou
que isso fosse me destruir.
E ele estava obtendo muito sucesso.
O meu coração estava esmagado, e eu não

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sabia o que pensar. Será que Max é


realmente culpado de tudo isso?

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25

Eu não sabia o que dizer. Sebastian


queria compartilhar a sua dor, e eu não
entendia por que ele me escolheu. Talvez
fosse para machucar Max se alguma forma.
- Cassidy estava com ele. E embora
tudo tenha começado como uma forma de
conquistá-lo para obter as informações que
eu precisava, ela se apaixonou por ele. – Ele
riu sem emoção.
Tanta coisa estava passando pela
minha cabeça nesse momento. E tudo que
eu gostaria era de correr para longe de toda

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essa sujeira.
- Você não acha que o tiro saiu pela
culatra? – Acusei. – Afinal de contas, você
estava tramando contra ele.
- Ele é um mulherengo ingrato. Ele
sempre teve tudo e nunca deu o devido
valor. Quando ela descobriu que estava
grávida eu sabia que o bebê era meu. E no
dia que Max descobriu o que estávamos
juntos, eles tiveram uma briga muito feia. E
ela saiu de carro e sofreu um acidente. O
bebê não resistiu.
- Oh meu Deus! – As lágrimas
começaram a cair em cascata. Eles tinham
vivido algo terrível. Embora eu tenha que
admitir que o destino lhes pregasse uma

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peça.
- Ele nem se preocupou em saber
sobre o bebê. – Ele balançou a cabeça
lentamente. E eu senti a dor e a escuridão
encher os seus olhos.
Sebastian era um homem frio e
calculista, mas vê-lo sofrer partiu o meu
coração. Ninguém merecia passar por algo
assim. Nem mesmo eles.
- Eu sinto muito.
Sebastian balançou a cabeça
novamente, a frustação endureceu os seus
ombros, e eu pude sentir a tensão que
emana no quarto.
Sebastian levantou e começou a
andar. A tensão no seu corpo era visível. Ele

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parecia prestes a explodir. Uma parte de


mim sentia pena dele.
- Eu não entendo o que isso tem a
ver comigo?
- Você está casada com um monstro.
E eu posso não ser o cordeiro, mas você tem
o direito de saber com quem vive.
- Max não me machucaria.
-Você acha? – Sebastian riu. – Então
você não conhece o seu marido muito bem.
Mais eu o conheço muito bem. E você deve
achar que é o sujo falando do mal lavado,
mas eu nunca escondi quem eu sou.
- Você não pode fazer justiça com as
próprias mãos.
- Ele tem que pagar.

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- Max não é assim. Ele protege a


todos que ama.
- Será? E você?
Eu fiquei vermelha, não soube como
responder a sua pergunta. Para ser honesta,
eu não sabia.
Sebastian se aproximou. Ele chegou
tão perto que a sua respiração me deu
arrepios. – Será que ele enlouqueceria se
você e eu... – Sua mão deslizou pelo meu
braço, e imediatamente eu me afastei
sentindo náuseas. Eu queria arrancar a pele
fora onde ele havia tocado.
Ele riu quando eu me afastei. – Não
tenha medo. Eu vou fazer você se sentir tão
bem.

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- Você está errado. Eu não sou


Cassidy. E Max se importa comigo.
- Besteira. Tudo teatro para enganar
os tolos.
Senti-me doente. Eu queria correr,
mas não havia como sair daqui tão fácil.
Sebastian destrancou a porta e saiu.
Eu corri para tentar passar, mas ela se
fechou antes que eu tivesse a chance de
chegar perto.
Merda.
O que eu vou fazer agora?
Como eu vou sair daqui?
Será que Max está me procurando?

******

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Eu precisava arranjar um meio de


sair desse lugar antes que Sebastian tentasse
alguma coisa comigo. Só de pensar nisso o
meu estômago embrulha, e um arrepio
percorre o meu corpo.
Sebastian parecia tão convencido de
que Max tinha sido o culpado pela morte do
bebê que Cassidy carregava, mas eu não
acredito nisso. Max tem um temperamento
difícil, e muitas vezes eu nunca sei como
agir ao seu redor, porém não acredito que
ele tenha feito nada de mal para Cassidy e
seu bebê. Mesmo com toda a raiva que ele
deveria estar no momento.
Eu não entendo por que ele

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escondeu esse fato de mim quando contou


sobre o seu passado com Cassidy. Mas
tenho certeza de que há uma explicação
lógica para isso. Eu odiaria pensar que o
homem que eu estou apaixonada é um
monstro sem alma ou coração.
Meus olhos se voltaram para as
fotos. Não havia dúvidas de que eles tinham
um tipo de ligação. Mas será que eles ainda
são amantes? E que tipo de relação doentia
é essa de Cassidy com Sebastian?
Tudo era demais para absorver.
Depois de pensar por horas o meu
corpo estava cansado. Eu não tive tempo de
jantar, e minha barriga roncou com fome.
Eu me arrastei para a cama e me enrolei em

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posição fetal. Eu precisava encontrar uma


maneira de sair desse lugar, mas antes eu
precisava descansar um pouco.
Talvez Max fosse me encontrar mais
cedo do que eu imaginava.
Talvez.
Eu devo ter adormecido, porque
acordei com um barulho do outro lado da
porta. Sebastian estava discutindo com
alguém, mas não dava para entender sobre o
que era a discussão. Eu fingi estar
dormindo, quando a porta do quarto se
abriu.
- É melhor você se sentar para
comer, ou eu vou deixá-la sem até o dia
amanhecer.

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Eu decidi não testá-lo. Levantei e


havia uma bandeja com um hambúrguer e
batatas fritas. A minha boca salivou, e o
meu estômago roncou.
Sebastian sentou na mesma cadeira
me observando como um leão pronto para
atacar a sua presa. Havia algo estranho na
maneira que ele me olhava.
- Eu trouxe também algumas roupas
e produtos de higiene pessoal. Sinta-se livre
para usá-los.
- Por quanto tempo você pretende
me manter aqui.
- Tempo o suficiente para nos
conhecermos melhor.
O meu corpo ficou tenso. Eu perdi

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quase todo o meu apetite com essa


afirmação.
- Por que eu?
- Por que isso vai matá-lo. Não saber
onde você está ou com quem está vai
corroê-lo de dentro para fora. E quando
chegar a hora ele vai saber onde e com
quem você esteve todo esse tempo.
Eu engoli em seco, incapaz de
pronunciar alguma coisa.
Sebastian se moveu para a borda da
cama, e sentou diante de mim. Ele tocou o
meu rosto de leve, e eu me afastei. O que
provocou um flash de raiva em seus olhos
sombrios. Então ele sorriu.
- Você é muito bonita, Talula.

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- Você não pode me manter a força


com você, Sebastian.
- Você vai se acostumar com a
minha companhia. Não se preocupe.
Eu balancei a cabeça, tentando
segurar as lágrimas que ameaçavam cair,
mas ele agarrou o meu rosto com força para
provar o seu ponto. Ele queria que eu
tivesse medo. E estava conseguindo.
- Será mais fácil se você apenas
aceitar.
- Você está louco se pensa que eu
vou ficar com você. Eu prefiro a morte.
- Não me tente, Talula. – Ele
levantou- se abruptamente e parou perto da
porta.

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- Eu vejo você pela manhã. E


Talula? Esteja pronta.
- Eu não vou a lugar algum com
você. Assim que eu tiver uma chance, eu
vou fugir.
Ele riu. – Não se atreva. Eu não sou
tão paciente quanto o seu marido. E eu não
vou pensar duas vezes antes de mandar os
meus homens atirarem em você e filmar
tudo para mostrar ao seu precioso marido.
O meu rosto empalideceu. Como
alguém poderia ser tão cruel?
Sebastian viu a minha reação e só
riu novamente.
- Ninguém vai te salvar, Talula.
Nem mesmo o poderoso bilionário,

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Maxwell Grant.
Meu coração afundou com medo e
desgosto. Eu mordi o meu lábio enquanto
assisti as lágrimas que tanto segurei caírem
sobre a bandeja no meu colo.
Uma sensação terrível se espalhou
pelo meu corpo. Era o fim. Ninguém
poderia me salvar desse maluco doentio.
- Coma. – Sebastian gritou antes de
sair.
Eu não estava mais com fome. E
então algo me ocorreu. Ele poderia ter
colocado algo na comida. Drogas, para me
manter presa com ele.
Eu sabia que ele me faria comer
caso eu não fizesse de boa vontade. Então

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eu levantei e despejei o conteúdo da bandeja


dentro do vaso sanitário.
Eu não ia desistir sem lutar.

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26

A manhã chegou rapidamente. O


meu corpo estava cansado. Eu não consegui
pregar o olho com medo de Sebastian tentar
alguma coisa enquanto eu estava dormindo.
Revirando a bolsa que Sebastian trouxe na
noite passada, eu encontrei coisas que eu
normalmente costumo comprar para mim
mesma. Eu não deixei de pensar como ele
sabia o que comprar. Será que ele teve ajuda
de alguém que conheço?
Eu fui para o banheiro e fechei a
porta atrás de mim. Eu precisava de um

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banho, mas estava com medo que Sebastian


entrasse quando eu estava nua e vulnerável.
Então decidi tomar banho de roupa. Eu não
ficaria muito limpa, mas serviria.
Eu não poderia pensar no que
aconteceria se Sebastian me tocasse. Só de
pensar o meu estômago deu um nó, e eu
senti ânsia de vômito. Ele era um homem
muito bonito, mas o seu caráter era pútrido.
Eu me vesti em tempo recorde, e
então voltei para o quarto. Eu tentei
encontrar alguma forma de sair daqui, mas
não houve sucesso.
Eu tinha tido aula de defesa pessoal
quando fui morar com Martina. Ela me
aconselhou a participar da aula, por que

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houve uma série de ataques a mulheres na


época. Muitas delas foram estupradas e
mortas, outras feridas gravemente.
Eu não sabia quanta gente Sebastian
tinha envolvido nesse sequestro sem noção.
Eu poderia distrair um, talvez dois, mas não
mais que isso.
Tudo parecia tão arriscado, mas eu
teria que tentar algo.
Um sentimento impotente se
instalou no meu peito.
E tudo que eu conseguia pensar era
em Max. O que ele faria ao descobrir que
Sebastian me tinha presa em seu cativeiro?
Será que ele já descobriu que eu sumi? Será
que ele virá em meu socorro?

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Eu nunca me perdoaria se algo


acontece com ele. Sebastian guardava um
rancor por Max que poderia custar a sua
vida. E eu não poderia deixar que ele tivesse
sucesso na sua missão.
A maçaneta da porta sacudiu, e eu
me virei para enfrentar Sebastian. O meu
coração batendo forte contra o meu peito.
Era isso.
Havia dois homens, vestidos com
terno. Eles pareciam dois armários
humanos. Mas de muita classe.
Um deles jogou um casaco preto
para mim. – Vista. – Ordenou.
Eu peguei o casaco e deslizei por
cima da minha blusa.

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O homem tirou uma arma fora de


algum lugar atrás de suas costas e fez um
gesto com a arma, me incentivando a
caminhar para fora do quarto.
O casaco tinha um capuz, e ao
passar por eles. O segundo homem puxou o
capaz e colocou sobre a minha cabeça
rudemente. Eu quase caí com o puxão.
Um dos homens agarrou o meu
braço e me puxou para fora. Eu tentei fingir
estar tonta. Eu não sabia o que eles haviam
colocado na comida, mas tenho certeza de
que eles havia drogas. E era suposto eu estar
sob efeito das drogas que eles colocaram na
comida.
Eu aproveitei para estudar o local.

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Nós estávamos em um tipo de galpão. E


havia carros despedaçados. Era como um
ferro velho, mas com carros eram de luxo. E
logo me ocorreu que esse lugar era usado
como desmanche de carros roubados. Eu
comecei a tremer, e o cara que estava
segurando o meu braço me deu um
empurrão.
- Você está me machucando seu
idiota. – Gritei tentando soltar de seu agarre,
mas ele aperrou mais forte, me fazendo
curvar com a dor.
- Mova-se, se não quiser levar uma
bala nessa sua cara de princesa. – Ele
rosnou.
Andamos até um elevador e o outro

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cara apertou o botão do térreo.


Quando chegamos ao andar de baixo
havia um senhor de cabelos grisalhos e com
um uniforme. Ele parecia assustado. Ele
parecia tão nervoso ou mais que eu.
Os seus olhos colados em nós. – Por
favor, me ajude. - Sussurrei, e o cara que
estava apertando o meu braço colocou a
arma na minha cabeça.
- Eu não tenho nenhum problema em
puxar o gatilho. – Ele rosnou, e meu corpo
congelou. O pobre homem a nossa frente
parecia prestes a vomitar.
Caminhamos em direção ao pobre
senhor assustado, e ele abriu a porta do
carro para que entrássemos.

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As minhas mãos estavam tremendo.


Eu me perguntei o que aconteceria se eu
começasse a gritar. Não havia ninguém na
rua. O local parecia deserto.
Eu entrei no carro e o cara
segurando o meu braço entrou em seguida.
O outro deu a volta e sentou do meu lado
esquerdo.
Eu fiquei rígida. Pressionando
contra dois monstros. Medo escorria pelos
meus poros. O senhor deu a volta e entrou
no carro.
O carro ganhou vida e logo
estávamos no tráfego de Boston. Havia
pessoas e carros por todos os lados. Eu
poderia tentar escapar, mas não havia como

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passar por eles sem me machucar.


O carro parou duas quadras depois e
Sebastian subiu no banco da frente. Ele
olhou para o banco de trás e deu um sorriso
diabólico. – Eu ficarei muito feliz em
compartilhar o quarto do avião com você,
Talula.
Eu funguei e afundei mais no banco
de trás. Orei para que Deus me ajudasse a
sair dessa viva e sem sequelas.
O motorista conduziu o carro para o
aeroporto. Assim que chegamos ele dirigiu
para uma pista privada, onde havia um
elegante jato particular. O que fez eu me
lembrar de Max.
O carro parou e os dois capangas

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desceram, assim como Sebastian. Um dos


brutamontes me puxou para fora do carro
com um movimento brusco.
Eu não conseguia respirar. Esse seria
o meu fim. Assim que eu entrasse nesse
avião. O meu coração estava batendo
freneticamente no meu peito.
Tudo que eu conseguia pensar era
como eu queria que Max viesse me salvar.
Eu queria sentir o seu cheiro. Eu queria a
segurança dos seus braços.
Eu fui empurrada para frente em
direção ao avião.
- Aonde você vai me levar?
Sebastian encolheu os ombros. –
Será uma surpresa.

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Eu sentei em uma das cadeiras e


virei o rosto para a janela. Eu podia sentir
Sebastian perto de mim como um falcão
pronto para dar o bote na cobra.
Eu me encolhi mais sobre o acento,
tentando evitar o seu toque imundo. Eu
queria arrancar as suas mãos do seu corpo
para que ele nunca mais me tocasse. .
A minha mente estava uma bagunça.
Então eu tentei focar em Max, e na nossa
vida. Fechei os olhos e imaginei que
estávamos em nosso quarto. Max me
dobrava em seus braços. A sua boca
devorando a minha com urgência. Eu
imaginei o seu corpo atlético pressionado
contra o meu, enquanto ele me levava uma e

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outra vez.
Eu faria tudo que estivesse ao meu
alcance para estar em seus braços
novamente.
Lágrimas arderam nos meus olhos.
Sebastian deslizou a mão sobre o meu
queixo, fazendo-me encara-lo.
- Por que você está fazendo isso
comigo? – As lágrimas escorreram pelo
meu rosto.
- Você se casou com o meu maior
inimigo.
Sebastian agarrou o meu pescoço
forçando eu me curva para que ele pudesse
me beijar. Eu lutei para sair do seu agarre,
mas ele era muito forte. E sem pensar duas

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vezes eu bati a minha cabeça contra a sua.


Foi instintivo. Eu não queria que ele me
tocasse.
- Sua puta de merda! – Ele gritou me
empurrando. A sua mão bateu forte contra o
meu rosto, me fazendo virar o pescoço com
o impacto. A minha visão ficou turva, os
meus ouvidos zumbiram e eu senti o gosto
de sangue preencher a minha boca.
Sebastian se inclinou e agarrou o
meu cabelo em um aperto de morte. – Você
gosta duro? Por que eu vou ter muito prazer
em satisfazer os seus desejos, Talula.
Eu tremia da cabeça aos pés. Como
alguém pode ser tão cruel a ponto de sentir
prazer na dor alheia?

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Sebastian soltou o meu cabelo e se


ajeitou na poltrona. – Seja uma boa menina,
enquanto nós decolamos.
Eu estava muito afetada para
perceber o que estava acontecendo, mas
algo chamou a minha atenção. Os capangas
de Sebastian estavam nervosos. Eles
pareciam agitados. Algo não estava certo.
Um dos homens veio até Sebastian e
falou algo em seu ouvido que o deixou
tenso. Ele se levantou rapidamente e me
puxou com ele. – Vamos?
Eu tremia sob o seu toque.
Sebastian me puxou com ele para
fora do avião. Eu estava confusa. Havia
viaturas dirigindo em nossa direção. Todas

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com as sirenes ligadas.


Algo estava muito errado.
As viaturas cercaram o avião, e de
repente policias começaram a apontar armas
em nossa direção.
- Fique quieta, ou eu atiro em você
antes mesmo de você piscar. – Sebastian
rosnou ao meu lado.
- Vocês estão cercados. Levantem as
mãos no ar. – Um dos policias gritou de um
mega fone.
- Essa é uma pista particular. –
Sebastian gritou.
Os policiais avençaram em nossa
direção. E eu estava em choque. Meu corpo
paralisado.

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- Sebastian Volpe? Você está preso


pelo sequestro contra a senhora Grant. – O
policial tirou as algemas do bolso e as
colocou em Sebastian.
- Você entendeu tudo errado. A
senhora Grant é minha convidada.
Eu não sabia o que fazer ou falar. Eu
vi quando um dos policias se aproximou de
mim com cautela. Ele sabia que eu estava
em choque.
- Senhora Grant? – O policial
chamou, mas eu estava com muito medo de
mover qualquer músculo que fosse. Na
minha cabeça, eu imaginava Sebastian
atirando em mim assim que eu abrisse a
boca.

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- Está tudo bem, a senhora está a


salvo agora. O seu marido está a caminho. –
O policial tentou.
Lágrimas começaram a cair dos
meus olhos. Não poderia ser real. Parecia
um sonho.
Max veio me salvar.
Eu caí de joelhos na frente do
policial que me segurou bem a tempo. – Vai
ficar tudo bem. Ele não pode mais machuca-
la. – O homem bondoso tentou me acalmar.
Pelo canto do olho eu vi quando
Sebastian e seus capangas foram colocados
em viaturas. O seu olhar estava focado em
mim. Ele parecia ainda mais sombrio do que
nunca. E eu tremi

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Depois que as viaturas com


Sebastian e seus capangas saíram, o homem
me ajudou a sentar em uma ambulância da
policial para que fosse feito alguns testes.
Eu não sei quanto tempo fiquei lá,
ou o que eles fizeram no meu corpo. A
minha mente estava presa no cativeiro. E na
ideia de que tudo isso era um sonho, e
quando eu acordasse eles desapareciam.
Eu não queria acordar.
Tanta coisa tinha acontecido nesses
últimos meses.
Eu deveria deixar tudo isso para trás
e viajar pelo mundo para superar tudo isso.
Eu ainda tinha aquela conta com o dinheiro
que Max me deu, e eu usei muito pouco

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apenas para doar ao orfanato.


Eu poderia usar esse dinheiro para ir
embora de toda essa sujeira. Mas eu não
poderia deixar Max.
O meu coração estava partido com a
ideia de que ele me chutaria para fora para
ficar com Cassidy. A memória das fotos que
Sebastian mostrou-me fez a dor aumentar.
Eu não estava pronta para isso.
O meu coração não iria suportar.
Eu o amo muito.
De repente ocorreu-me de que
Sebastian poderia atrás de mim. Pânico
estava começando a se instalar no meu
peito.
Eu estava com dificuldade de

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respirar.
- Sra. Grant? – A enfermeira que
estava cuidando de mim chamou
suavemente.
Eu olhei para cima. Louise e Max
estavam há alguns centímetros da
ambulância.
Eu não me lembro de ter me
movido. A próxima coisa que eu sabia era
que estava em seus braços. Max me segurou
apertado, e eu relaxei contra o seu abraço.
O sentimento de segurança
preencheu todo o meu ser.
Eu enterrei o rosto no seu ombro, e
me permiti chorar. Eu queria arrancar tudo
isso de mim. Lavar toda a dor e medo que

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eu tinha sentido nas últimas horas.


- Eu tenho você. – Max sussurrou,
enquanto sua mão corria pelas minhas
costas suavemente.
- Eu estou aqui, querida. Acabou.

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27

Os policiais queriam perguntas sobre


Sebastian. Perguntas que eu não poderia
responder. Eu já tinha falado tudo que eu
sabia, mas eles pareciam não acreditar
nisso.
Os advogados de Max estavam
tendo muito trabalho para me liberar, e Max
não parecia feliz com isso. Na verdade ele
estava pronto p me arrastar para fora da
delegacia.
Eu entendia que a polícia estava
fazendo o seu trabalho, mas eu não queria

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ficar mais um minuto aqui nesse lugar.


Louise estava sentada ao meu lado,
enquanto Max estava do outro. Ele não me
largou um só segundo. E quando foi a
minha vez de dar o meu depoimento, ele foi
comigo.
Poucos segundos se passaram, e
então um dos advogados veio nos informar
que eu poderia ir para casa. – Você é livre
para ir, Sra. Grant.
Marco estava nos esperando no lado
de fora. Quando nos aproximamos ele me
deu um sorriso de boas vindas. Eu acenei
em agradecimento.
Caleb estava logo atrás. Ele estava
preso no trabalho, e só pôde chegar agora.

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Louise parecia não querer me soltar, mas eu


insisti que estava bem e que ela fosse para
casa com Caleb.
- Você tem certeza? Eu posso ficar
com você, Caleb não vai se importar.
- Eu agradeço a sua preocupação
irmãzinha, mas eu cuido da minha mulher. –
Max falou puxando para um abraço.
- Cuide dela, por favor. – Ela fungou
e me abraçou.
- Eu vou.
- Obrigada. – Eu a apertei mais
forte.
-Não seja boba. – Ela sorriu e foi
para os braços de Caleb.
- Liguem se precisar de alguma

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coisa. – Isso foi Caleb.


- Eu vou. Obrigado, irmão.

******

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Max me ajudou a entrar no carro, e


seguiu logo atrás de mim.
Eu me agarrei a ele como se a minha
vida dependesse disso. E eu precisava.
Max não me levou para casa. Eu só
percebi isso quando estávamos a caminho
do aeroporto. O meu corpo estava esgotado,
e eu acabei adormecendo durante o trajeto.
Eu não sei como eu cheguei ao
avião, mas acredito que Max tenha me
carregado nos braços. Eu estava deitada, as
luzes do quarto estavam acesas.
Eu abri o meus olhos, e com cuidado
tentando me ajustar a claridade. Eu procurei
por Max, e o encontrei sentado em uma

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cadeira logo a frente da cama. Eu nunca


tinha visto essa cadeira antes. Esse não era o
seu jato particular.
- Onde estamos?
Ele me olhou por alguns minutos
antes de falar. – No nosso novo avião. –
Respondeu sem emoção.
- Quanto tempo eu dormi?
- Poucas horas. – Ele se levantou e
veio em minha direção.
- Eu preciso de um banho. – Falei.
Cuidadosamente Max me ajudou a
chegar ao banheiro. Ele me sentou em um
banco dentro da pequena cabine. E ligou a
banheira. Apesar de ser pequeno, o banheiro
tinha tudo.

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As minhas mãos tremiam quando eu


estava me despindo. Sem dizer uma só
palavra. Max me ajudou. Lágrimas jorraram
dos meus olhos ao assisti-lo cuidar de mim
com tamanha devoção.
Eu não poderia me conter.
Havia muita coisa para ser
esclarecida. E Max parecia muito
perturbado com a ideia de Sebastian ter
colocado as mãos me mim. Eu sabia que ele
estava com medo de fazer a pergunta, mas
estava lá de qualquer maneira.
Será que ele pensa que eu fui com
Sebastian voluntariamente? E como ele
descobriu onde eu estava? Será que ele
ainda me quer?

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Eu não conseguia para as lágrimas


que caiam livremente pelo meu rosto. Eu
estava com medo. Medo de enfrentar a
realidade. Medo de ser desprezada pelo
homem que eu amo.
- Eu sinto muito. – Sussurrei,
enquanto ele deslizava a calça fora das
minhas pernas.
Os seus olhos encontraram os meus
com espanto. A áurea sombria que tinha se
apoderado do seu ser tinha se espalhado do
seu corpo por alguns instantes.
- Você não tem nada para se
desculpar, Talula. – Ele falou com um tom
profundo e cheio de dor. – Isso tudo foi
minha culpa. Eu deveria ter protegido você

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melhor. – Ele balançou a cabeça. – Isso não


foi culpa sua.
Eu não sabia o que dizer, então
apenas não disse nada.
Tomando cuidado, ele me ajudou a
entrar na banheira. Sebastian não tinha me
machucado fisicamente. Com exceção do
soco que ele me deu, não havia ferimentos
ou machucados, mas eu podia sentir os
meus músculos doloridos, como se eu
tivesse feito horas de exercício.
Eu não conseguia entender.
Max lavou o meu corpo. Ele não fez
nenhum movimento para me tocar
sexualmente. Tudo foi muito puro e sem
pressa. Doía o ver exercitando tanto

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controle, mas eu também compreendia a


extensão dos danos que Sebastian tinha nos
causado. E tudo isso me fez pensar se nós
nunca poderíamos passar por isso.
Depois de ensaboar todo o meu
corpo, Max começou a enxaguar. A água
quente relaxando os meus músculos
doloridos.
Max olhou para cima, o seu rosto a
centímetros do meu. – Eu pensei que
Sebastian não fosse tão louco. Nunca me
ocorreu que ele viria atrás de você.
- O que você quer dizer?
Ele encolheu os ombros, e me
ajudou a sair da banheira. Os seus olhos
percorreram o meu corpo, e ele resmungou

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quando alguns machucados começaram a


aparecer na minha pele clara. A maior parte
deles eram marcas de mãos nos meus
braços.
- Ele me falou que você foi o
culpado pela morte do seu bebê.
- Eu não sabia sobre o bebê até a
noite de ontem.
- Ele parecia muito convencido de
que você era a única pessoa culpada por
isso.
- É uma longa e complicada história.
- Eu preciso saber.
- Eu sei. Mas hoje não.
Eu concordei. Eu não estava pronta
para descobrir os detalhes desse triangulo

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amoroso horrendo.
Max me enrolou em uma toalha
felpuda, e me ajudou a escovar os dentes.
Na verdade ele fez quase todo o trabalho, eu
apenas cuspi o creme dental fora da minha
boca e depois enxaguei.
Alcançando uma escova, ele penteou
o meu cabelo e o secou com a ajuda de um
secador de cabelo que ele encontrou em
uma das gavetas da pia.
Quando terminou, ele me conduziu
de volta para o quarto. O avião estava
balançando, estávamos passando por uma
turbulência. Ele me levou até a cama, e
depois pegou uma camiseta e um short de
dormir de dentro de uma mala que estava

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encostada ao lado da cama.


Ele me ajudou a vestir, e depois me
cobriu com um lençol. Eu fechei os olhos e
tentei relaxar, mas o barulho da porta
abrindo me deixou alerta. Max estava me
deixando sozinha, e eu não queria ficar
sozinha. Nunca mais.
- Por favor, não vá. – Implorei.
Ele hesitou, as suas costas estavam
tensas.
- Você precisa descansar, e eu tenho
algumas coisas para fazer.
Eu balancei a cabeça. – Eu preciso
de você. – Minhas lágrimas rolando
novamente pelo meu rosto.
Suspirando, ele correu em minha

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direção. Eu estava agora sentada, e suas


mãos me agarraram possessivamente. O
meu amante dominante estava de volta.
As suas mãos deslizaram na minha
cintura. Os seus lábios encontraram os
meus, e eu gemi em sua boca.
Ele me levantou e me encaixou em
sua cintura. Suas mãos apertando a minha
bunda, criando um atrito da minha buceta
contra o seu pau. A sua boca começou a
explorar o meu pescoço, era um dos meus
pontos mais sensíveis, e ele sabia disso.
Max plantou beijos e pequenas mordidas ao
longo da minha clavícula e pescoço,
fazendo-me esfregar mais contra o seu pau.
O meu corpo estava em puro êxtase.

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As suas carícias enviando ondas de prazer


ao longo do meu corpo, e direto para a
minha buceta.
Todos os pensamentos ruins foram
desligados da minha mente. As minhas
mãos estavam em toda parte no seu corpo,
puxando os seus cabelos, e arranhando a sua
carne.
Eu precisava dele dentro de mim.
Eu precisava da segurança familiar
do seu toque contra a minha pele.
Eu precisava dele.
Max deve ter sentido a minha
urgência. Ele começou a retirar a sua roupa,
empurrando-as para fora do seu corpo muito
rapidamente. E logo foi a minha vez.

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Eu amei sentir a sua pele contra a


minha.
O seu comprimento rígido contra o
meu estômago. Ele estava tão pronto para
mim quanto eu estava para ele.
Essa era a conexão que eu precisava
sentir.
Eu enrolei o meu corpo ao seu redor,
quando ele bateu dentro de mim com um
impulso. Nossos corpos se movendo em
sincronia. As minhas unhas rasgando a
carne das suas costas, para puxá-lo para
mais perto de mim.
Estávamos selvagens.
Apaixonados.
Max bateu em mim uma e outra vez

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como se não pudesse obter o suficiente de


mim, e mesmo quando o meu orgasmo
lavou através do meu corpo, eu queria mais.
Eu não poderia soltá-lo.
Com um rugido feroz e cru, ele veio
dentro de mim. Nós estávamos loucos,
saciados. Ele me rolou para o lado, me
encaixando em seu corpo perfeito. As
minhas costas contra o seu peito esculpido.
Eu podia sentir o seu coração batendo
fortemente contra o seu peito.
Os seus braços fortes me rodearam,
e eu permiti que o sono me levasse.
- Não me solte nunca. – Sussurrei.
- Jamais. – Ele respondeu,
segurando-me. Os nossos corpos alinhados,

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a sua respiração fazendo cócegas no meu


pescoço.
E assim nós adormecemos.

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28

Eu sabia que Max tinha ido embora.


Eu serpenteei o colchão e não
encontrei nada.
Eu abri os meus olhos para
confirmar o que tinha acabado de sentir.
O local estava vazio, mas o seu lado
estava desarrumado. Uma prova se que eu
não tinha sonhado.
Eu fiquei mais um tempo antes de
levantar. Tanta coisa para pensar, mas eu
não queria estragar o meu dia pensando em
coisas que poderiam me deixar triste.
Eu tomei um banho bem rápido e fui

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à busca de Max. Eu o encontrei em uma das


poltronas falando em seu telefone. Ele
parecia cansado e muito irritado.
Eu fiquei ali por um longo minuto,
apreciando a vista.
Maxwell Grant é realmente um
homem muito bonito. Não que essa palavra
faça jus a sua beleza.
Como se sentisse a minha presença,
ele olhou para cima, e estendeu a mão para
que eu me juntasse a ele. Eu sentei-me ao
seu lado.
- Onde estamos?
- Sicília.
Eu assenti. Max como ninguém
sabia do meu desejo de conhecer a Itália.

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- Você conseguiu descansar?


- Sim. Obrigada.
- Com fome?
- Morrendo.
Eu mexi com os meus dedos
enquanto ele fazia o pedido para a
aeromoça.
- Nós precisamos conversar.
Eu encontrei os seus olhos e vi a
tristeza por trás desses belos olhos.
- Eu preciso da verdade, Max.
- Eu sei. – Ele suspira
pesadamente.

Eu não sabia o que dizer. E não


sabia se eu queria ouvir o que ele tinha a

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dizer sobre toda essa situação esdrúxula. E


se a história dele fosse diferente da que
Sebastian havia me contado? Haviam
muitas perguntas não respondidas, e eu
precisava acabar logo com isso, mesmo que
a verdade me doesse mais do que a mentira.
Max se ajeitou na poltrona, e ficou
de frente para mim.
- Sebastian sempre teve inveja de
mim. Mesmo quando nós éramos pequenos
eu percebia, mas nunca dei muito valor
porque não queria perder a amizade do meu
primo e melhor amigo. Mas o tempo foi
passando, e ele ficou cada vez mais
invejoso. E a situação ficou ainda pior
quando o meu pai insistiu em me treinar

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para seguir os seus passos. – Ele fez uma


pausa observando a minha reação, mas eu
não tinha o que dizer. Tudo parecia mais
uma rixa velha entre parentes. Mas ele
continuou.
- Como você sabe, eu renunciei ao
trabalho de cuidar da empresa do meu pai.
Eu não queria ser o seu peão. Eu queria
fazer alguma coisa por mim mesmo. E então
investi o meu fundo fiduciário para abrir a
minha primeira empresa. E obtive muito
sucesso. O que ofuscou a empresa do meu
pai. Sebastian por outro lado, foi trabalhar
com ele. E tudo que ele sempre fazia era
tentar prejudicar as empresas Grant.
- E como Cassidy entra nessa coisa

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toda? – Perguntei.
- Cassidy foi usada por Sebastian
para tentar sabotar as empresas Grant.
Como você sabe. Quando eu descobri o
caso deles, eu a empurrei fora da minha
vida.
- E o bebê?
- Essa criança não era minha. E eu
só tive conhecimento disso ontem. Quando
Cassidy veio me procurar para contar os
planos de Sebastian.
A minha boca se abriu com espanto.
– Eu não entendo. Como assim? – Perguntei
um pouco tonta com a sua confissão.
- Cassidy e Sebastian estavam
juntos, mas ela não compartilhava dessa

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ideia de vingança dele. Ela o ouviu


planejando o seu sequestro, e pegou o
primeiro voo para Boston. Mas quando ela
veio me procurar, eu não a recebi. Eu a
coloquei para fora do meu escritório antes
mesmo que ela pudesse falar alguma coisa.
- E como você ficou sabendo?
- Ela sabia que Louise estava em
Boston, e entrou em contato com ela. Que
me ligou apavorada. Nós percorremos todos
os lugares que você costuma frequentar, e
nada. Então Cassidy teve a ideia de
rastrearmos o seu telefone. Ela sabia que ele
não ficaria sem o celular, mas quando
chegamos ao local você já não estava mais.
Eu quase morri pensando que tinha te

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perdido para sempre.


- Oh, Max. – Eu acariciei o seu
rosto.
- Eu fui ao inferno e voltei quando
não consegui te achar. Mas algo me fez
pensar que se ele pretendia fugir com você,
ele optaria por usar um voo para fazer sua
fuga. Eu alertei as autoridades, e corri o
mais rápido que pude para o aeroporto. –
Ele para e seus olhos encontram os meus. E
eu posso ver a dor por trás deles. – Eu
pensei que não fosse conseguir chegar a
tempo. Eu... – A sua voz tremeu, e ele me
puxou para o seu colo, enterrando o rosto no
arco do meu pescoço.
- Acabou, querido. – Eu o confortei.

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- Eu sinto tanto que você tenha sido


pega no meio dessa sujeira toda. E eu sei
que sou egoísta por te manter ao meu lado,
mas eu não posso viver sem você, Talula. –
Seus braços me apertaram, e o seu corpo
tremeu.
Ele estava chorando.
O bilionário frio e sem coração
estava chorando por mim. Eu não conseguia
entender o que eu fiz para merecer alguém
como ele em minha vida.

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29

Quando descemos do avião há um


carro nos esperando. O sol está se pondo, e
é uma das coisas mais lindas de se ver.
Max está logo atrás de mim. Ele
descansa uma mão em meu quadril me
incentivando a andar em direção ao carro.
Max me ajuda a entrar no carro, e o
motorista coloca nossa bagagem no porta-
malas. Ele desliza ao meu lado e o motorista
fecha a porta, indo pela estrada uma vez que
os carros começam a andar.
- É lindo. – Eu falo observando a

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bela Itália ao entardecer.


- Sim, é. – Ele fala olhando para
mim. E eu sei que ele não falando da
cidade.
Um arrepio percorre o meu corpo, e
eu sinto o desejo se construir.
E nunca tive a oportunidade e nem
dinheiro para viajar antes. É surreal, encaro
a janela, assistindo as pessoas nas ruas
rindo, conversando. Tudo parece tão
normal. Eu quero tudo isso para mim, para
nós.
O carro para em um lindo hotel. Eu
saio do carro e encaro com os olhos
arregalados, o edifício de cores quentes e
brilhantes. É incrível.

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Eu sinto como se estivesse pisando


em outro mundo. Como se esse fosse o
nosso recomeço. E eu quero que seja.
Max vem ao meu lado, enquanto
alguém vem carrega as nossas malas. A
recepção é elegante, o tipo de lugar que
apenas pessoas com muito dinheiro pode se
hospedar.
Tudo parecia tranquilo e requintado.
Max faz o check-in e somos levados para os
elevadores, onde um homem que carrega as
nossas malas aperta o botão do último
andar.
Quando chegamos ao nosso quarto,
ou melhor, dizendo suíte presidencial. Os
meus olhos se arregalam. O lugar é

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diferente de tudo que eu já vi antes.


Toda a suíte é coberta por muito
luxo. Os tons dourados contrastando com a
mobília cara. Há portas francesas que levam
a uma sacada que tem uma jacuzzi.
O concierge nos deixa sozinhos. Eu
viro para encontrar Max, encostado nas
minhas costas. – Você gostou?
- Você está de brincadeira? É
maravilhoso, Max. Obrigada.
- Esse é apenas um dos locais que
vamos visitar. – Ele fala se afastando e
tirando o seu casaco.
Eu o encaro. – Locais?
- Claro. – Ele diz casualmente. – A
Sicília é apenas um dos lugares que vamos

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visitar pelos próximos dias.


- Eu não entendo. E os nossos
trabalhos?
- Eu já cuidei de tudo isso. E você
precisa de um tempo para descansar,
querida.
Eu sorrio. É tudo que eu preciso.
Max está tirando as roupas e
jogando-as em qualquer lugar. Eu sorrio da
sua audácia. O homem não tem jeito.
- Você está com fome?
- Um pouco.
- Que tal irmos a algum lugar para
jantar?
- Onde?
- Qualquer lugar que você queira. –

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Ele diz alcançando o seu telefone que está


tocando.
Ele atende no segundo toque, a
conversa é curta e não há muito conteúdo,
apenas uns sins e outros nãos. Ele desliga
logo em seguida, e se vira para mim.
- Eu tenho uma chamada para fazer
para o exterior. Não levará muito tempo.
Enquanto isso por que você não toma um
banho e se arruma?
- Você não vai tomar banho?
- Sim. Eu vou, no outro quarto. – Ele
diz apontando para uma porta ao final do
corredor.
- Oh. – Eu falo decepcionada.
- Não me olhe assim, querida. Eu só

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estou indo tomar banho lá, porque se nós


entrarmos nesse banheiro juntos, eu não
tenho certeza se sairemos pelos próximos
dois dias. – Ele fala com os olhos em
chamas.
- Tudo bem. – Eu sorrio.
- Eu fui negligente com você, e não
vou me perdoar nunca por isso, mas eu
quero fazer as coisas direito. Eu quero que o
nosso casamento seja muito real. E eu farei
tudo que estiver ao meu alcance para te
fazer feliz.
- Você já me faz muito feliz.
Ele se inclina para frente, e me beija
antes de virar e sair.
Max sai e eu vasculho as malas

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procurando o que vestir. Eu quero ligar para


Louise, mas não vejo o meu celular em
nenhum lugar a vista. E volto a minha busca
do que vestir. Eu acabo decidindo usar um
vestido longuete de renda coral que abraça
as minhas curvas perfeitamente.
Vou para o banheiro e tiro as minhas
roupas. Ajusto a água e entro no box de
vidro. A água cai como uma benção em
meus músculos doloridos.
Eu levo o meu tempo apreciando
água quente massageando o meu corpo.
Ensaboou o meu corpo com um sabonete de
jasmim. Fecho os meus olhos, e absorvo a
sensação de serenidade.
Tantos cenários passam pela minha

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cabeça. E se Sebastian tivesse conseguido


fugir comigo? E se Max não tivesse vindo
em meu socorro? Tanta coisa poderia ter
acontecido, e eu não sei como agradecer por
estar viva e ao lado do homem que eu amo.
Quando eu abro os meus olhos, Max
está lá parado na porta, me encarando.
O meu corpo acende. Eu posso
sentir o seu olhar faminto percorrendo todo
o meu corpo. E isso me agrada mais do que
eu pensei que fizesse.
Eu dou um passo hesitante, e corro
as minhas mãos pelo meu corpo,
espalmando os meus seios para provocá-lo.
E eu sei que estou conseguindo quando um
sorriso atinge o seu rosto. Mas ele não se

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rende, ele se vira e vai embora me deixando


ofegante e necessitada.
Eu termino o meu banho frustrada e
muito excitada. Eu vou para o quarto e me
arrumo, adicionando um pouco de
maquiagem. Eu deixo o meu cabelo solto e
faço alguns cachos para dar um ar leve e
sensual.
Max volta e para trás de mim, uma
mão no meu quadril, e se inclina para
mordiscar o meu pescoço. – Você é uma
provocação, esposa.
- E você é um voyeur.
- Culpado. – Ele ri.
Eu não sei como, mas ele já está
tomado banho e pronto. É muito fácil ser

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homem, eles nem se esforçam para parecer


melhor. E Max parece cada vez melhor a
cada dia que passa. Não sei como ele
consegue, mas ele parece uma obra de arte
todos os dias do mês, faça chuva ou faça
sol.
Eu termino de me arrumar e Max
pega a minha mão enquanto nos leva pela
suíte para o andar de baixo.
Quando saímos, há um homem
parado em frente a um carro luxuoso. Max
acena com a cabeça e me ajuda a entrar no
carro.
O motorista nos leva direto para um
restaurante muito luxuoso.
Max diz o seu sobrenome, e somos

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levados para uma pequena mesa na parte de


trás.
Um garçom aparece para receber os
nossos pedidos para beber. Max fala com
ele em italiano fluente, o que me deixa de
boca aberta. O homem é o sexo ambulante
em todas as línguas.
- Você sabe falar italiano?
- Sim. Eu precisei quando fiz
parceria com um grande investidor italiano.
- Uau!
Max faz os nossos pedidos para
beber. Ele escolheu um champanhe rose, e
eu não me opus. O sabor é divino, e é uma
das minhas bebidas favoritas.
Max pediu para o nosso jantar uma

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deliciosa pasta ao molho de tomate fresco,


com um cordeiro cozido ao molho de peras.
A comida estava deliciosa. Eu nunca comi
nada mais delicioso na vida. Comer
macarrão na Itália parece clichê, mas eu não
me importo.
A conversa fluiu amigavelmente.
Nós realmente relaxamos saboreando uma
refeição deliciosa e aproveitando a
companhia do outro.
Eu me inclino no encosto da cadeira
para observá-lo. Max é muito lindo, numa
maneira sombria. Ele parece bruto, mas de
valor inestimável. Uma beleza natural.
Ele pode ser frio e distante quando
quer, ou até mesmo sem perceber, mas ele

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não deixa de ser fascinante. Eu nunca pensei


que poderia cair no amor por alguém tão
intenso.
- Você está quieta. – Ele diz.
- Estou aproveitando a vista. –
Sorrio.
Ele me dá um sorriso, e chama o
garçom para pedir a conta. E nem mesmo
olha quando o garçom trás. Ele apenas
coloca um maço de dinheiros em cima da
mesa. O garçom arregala os olhos, assim
como eu. O que ele colocou em cima da
mesa era o suficiente para cobrir o que
devemos e ainda dá uma gorda gorjeta para
o garçom.
Max fica de pé, ajeitando o seu

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paletó. Ele estende a mão para mim, e eu


vou de bom grado. Nós caminhamos pelas
ruas como dois adolescentes apaixonados. E
para ser sincera, eu não prestei atenção em
nada, com exceção dos beijos de Max.
Quando chegamos à suíte havia
morangos, champanhe e rosas vermelhas
por todo o quarto. Ele tinha planejado tudo
perfeitamente.
- Você fez tudo isso?
- Eu quero que você tenha a lua de
mel que merece. A que eu deveria ter te
dado quando nos casamos. – Diz ele com a
voz baixa.
- Eu te amo. – As palavras saem
suavemente.

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Ele coloca as mãos no meu rosto. –


Diga isso de novo.
- Eu te amo.
- Mais uma vez. – Implora.
- Eu te amo, Maxwell Grant.
Sua expressão é de pura felicidade.
Ele suspira, e eu sei que ele estava
segurando isso por muito tempo.
As suas mãos derivam para baixo,
pelo meu peito, e para a minha cintura. A
sua mão sobe para lateral onde ele sabe que
está o zíper do meu vestido. Agarrando-o
ele desliza para baixo, fazendo-o cair aos
meus pés. E eu saio dele.
Os seus olhos exploram o meu
corpo, dos pés à cabeça. Ele encontra o meu

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olhar, e eu posso sentir o calor que emana


dele.
É inebriante.
Arrebatador.

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30

Max dá um passo em volta de mim,


parando atrás de mim como um falcão. Ele
varre o meu cabelo para o lado, sua mão
agarra o meu quadril, puxando-me para
encontrá-lo, e beija toda a pele ao longo do
meu pescoço.
- Você parece tão perfeita. – Diz ele
contra a minha pele.
Eu tremo, e um gemido sai de dentro
da minha garganta.
Max me agarra e me leva para a
cama. O seu corpo pesado sobre mim. Ele

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puxa a minha calcinha de lado, sem se


preocupar em tirá-la. E ele empurra para
dentro de mim o seu pau tão duro e
profundo que eu grito com a intrusão.
Max nem mesmo tirou as suas
roupas.
Ele bate em mim, empurrando
profundamente e puxa trás, retardando os
seus movimentos.
Adrenalina percorre o meu corpo
como uma chama quente na gasolina. Max
agarra bate sua boca na minha. A sua língua
procurando a minha. O beijo é feroz e
urgente.
O seu aperto é tão forte sobre o meu
corpo que provavelmente deixará marcas,

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mas eu não me importo. Tudo que eu quero


e preciso é tê-lo dentro de mim.
Eu encontro os seus movimentos, e
ele geme. Seus lábios saqueando os meus.
É intenso.
- Oh meu Deus! – Eu grito quando a
minha visão fica turva. Sinto como se
estivesse prestes a explodir. A pressão
crescendo dentro de mim.
É enervante.
Eu fecho os meus olhos, arqueando
as costas e empurrando os meus seios contra
o seu peito quando as convulsões rasgam
violentamente através de mim.
O orgasmo vem como um trem de
carga desenfreado. O meu corpo sucumbe

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ao prazer extasiante. E eu caio no abismo da


luxuria.
Isso é o que ele me faz.
Com Max eu posso ser quem eu
quiser. Ele me faz ousada e selvagem. Eu
sei que ao seu lado eu nunca terei um
momento de tédio.
Esse homem lindo tem tudo de mim.
E eu sei que ele é meu também. Eu sinto o
seu corpo tenso e com um rugido ele
derrama a sua semente dentro de mim,
gritando o meu nome como uma oração.
Isso é o que somos. Estamos
conectados em um nível jamais
compreendido.
- Eu te amo, Talula. – Ele me beija

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apaixonadamente, e eu acredito nele.


Hoje eu sei nada e nem ninguém
jamais poderá nos separar.
******
Fiel à sua palavra Max me deu a
melhor lua de mel que alguém poderia
desejar. Nós fomos à Paris, Suíça, Holanda,
Austrália, Irlanda e finalmente voltamos
para casa. Eu estava extasiada. Eu nunca fui
tão feliz na minha vida. Mas era hora de
voltar para casa.
Hoje era o nosso último dia em
Dingle, Irlanda. A cidade é linda e
pitoresca. Eu poderia viver aqui para
sempre. Eu estava encantada com o lugar.
Eu acordo e o quarto está escuro,

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mas uma espécie de brilho através da janela


do nosso quarto. Sento-me, estremecendo
um pouco. As minhas partes de menina
estão deliciosamente doloridas da sessão de
sexo que tivemos mais cedo.
Eu me levanto, e minhas pernas
amolecem.
Parece que eu corri uma maratona
do Japão até a Rússia.
Eu vejo Max do outro lado do
quarto. Ele está contra a janela, olhando
para fora, mas eu tenho certeza de que o seu
pensamento está muito longe daqui.
- Max? – Eu chamo, mas ele parece
não me ouvir.
- Maxwell? – Ele se vira. Os seus

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olhos encontrando os meus. Ele caminha em


minha direção. Ele não está usando nada
além de sua cueca boxer.
Quando ele se aproxima e me puxa
para os seus braços. Ele se aninha em meu
pescoço, e me levanta sobre os seus quadris.
Eu quero dizer-lhe para parar por
que estou dolorida, mas eu não posso. Eu o
quero tanto ou mais do que ele me quer. O
desejo corre como sangue nas minhas veias.
Max me coloca sobre a cama,
estabelecendo-se entre as minhas pernas, e
desliza para dentro de mim.
Os movimentos são suaves e sem
pressa. Ele está fazendo amor comigo.
Eu sinto cada estocada em cada

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célula do meu ser. Os seus gemidos contra o


meu pescoço me deixam mais excitada.
Envolvo os meus braços em torno
dele. A sua boca encontra a minha e ele
explora cada centímetro com precisão.
É tão suave.
Tão lindo.
É amor.
Max adora o meu corpo como uma
coisa rara e preciosa. E eu me perco em suas
carícias. Absolvendo cada toque, cada beijo,
cada grama de amor que está me dando.
Max e eu estamos em uma sincronia
perfeita. Fundidos em um só.
Não há separação.
Eu sei que ele está perto quando as

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suas pálpebras se separam, e ele sussurra o


meu nome com um gemido. – Talula.
Eu encontro a minha libertação e
ficamos lá. Max me move para ficar com as
costas coladas em seu peito. Ele ainda está
dentro de mim.
Estou meio dormindo, satisfeita e
exausta.
As suas mãos acariciam a minha
pele, e eu sorrio.
- Você é tão linda. – Sussurra contra
o meu ouvido.
- Você também, querido.
- Não como você. Antes de te
conhecer eu estava vazio e sem rumo. Você
é a minha luz, a minha salvação. A minha

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vida. E eu vou dedicar todos os dias da


minha vida para te adorar.
Eu quero chorar, mas não quero
estragar esse momento. Eu nunca pensei
que poderia amar alguém assim.
- Eu também te amo, querido.
- Eu quero bebês. – Ele fala
baixinho.
O meu corpo fica tenso, mas o seu
toque logo me acalma.
- Ainda é muito cedo. – Eu falo.
- Não para mim.
Eu sorrio com o pensamento de
bebês rabugentos correndo pela casa. E eu
sei que também os quero.
- Então vamos praticar. – Eu rio, e

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movimento os meus quadris contra os seus.


Não demora muito para ele estar duro
novamente, e nós começamos o trabalho de
popular o nosso lar.
Um lar que será preenchido com
muito amor.

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Epílogo

Quando eu aceitei o acordo de


Maxwell eu não pensei jamais no que
poderia acontecer em um futuro distante. O
nosso acordo era apenas de um ano, e
depois disso cada um seguiria o seu
caminho, mas o destino tinha outros planos
para nós.
Depois de passar por tantas
situações conflitantes, eu me vi em um
futuro distante com Max.
Eu já não pensava em nós como algo
temporário, mas com um final feliz. Embora

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isso não seja um conto de fadas, e que finais


felizes sejam raros. Eu me reservo o direito
de acreditar que isso é o que teremos.
Sebastian foi preso e julgado a vinte
e cinco anos de prisão. Não apenas pelo
meu sequestro, mas por porte ilegal de
armas e formação de quadrilha.
Tudo isso me deixou um pouco mais
aliviada. Eu não estava feliz por ele estar na
pior, mas que tudo teve um desfecho.
Max contratou seguranças para me
seguir em todos os lugares. Eles eram as
minhas sombras. No começo eu me senti
estranha, mas era necessário.
Quando voltamos da nossa lua de
mel improvisada, recebemos a notícia do

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casamento de Louise e Caleb. Eles


finalmente decidiram oficializar a união, e
estavam esperando o seu primeiro bebê. E o
melhor foi saber que eles estavam se
mudando para Boston definitivamente.
Dizer que eu amei é pouco. Louise é
a melhor cunhada, amiga e irmã que eu
poderia querer. E estou muito feliz em tê-la
por perto.
Hoje era o meu primeiro dia de volta
ao trabalho depois de quase um mês de
férias.
Eu entrei no meu escritório e lá
estava um lindo arranjo de lírios brancos.
Eu não precisava ler o cartão para saber a
quem pertenciam. Max sabia quais eram as

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minhas flores favoritas, e fazia questão de


sempre me presentear com elas.
Eu sorri agradecida, e caminhei para
a minha mesa.
Eu cheirei as flores e peguei o cartão
para ler.
Tenha um ótimo dia de trabalho.
Ansioso para que esse dia acabe
logo.
Eu preciso estar dentro de você.
Eu te amo, M.
Sorrindo eu coloco as flores na
mesinha ao lado. Elas combinam
perfeitamente com a decoração do
ambiente.
Eu estou ansiosa para voltar ao

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trabalho.
Uma batida na porta me tira da
minha névoa romântica. – Pode entrar. – Eu
falo.
Erica entra com um largo sorriso no
rosto, e eu me levanto para abraçá-la. –
Bem-vinda de volta. Estou tão feliz que
você está bem. Como foi a viagem?
Eu sorri. – Obrigada. Eu também
estou muito feliz por estar de volta. A
viagem foi maravilhosa, mas eu também
muita falta de todos vocês.
- Todo mundo queria vir para lhe dar
um abraço, mas tive que fazer um acordo
com eles.
- É mesmo? Que tipo de acordo? –

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Perguntei sorrindo.
- Que você iria pagar uma bebida
para todos nós depois do trabalho.
- Você é maluca. Mas funciona para
mim. Eu ficarei muito feliz em rever todos.
– Sorri.
- Tudo certo. Eu já reservei o Zaad
para nós por volta das 19h00min. Está bem
para você?
- Está perfeito. Agora vamos
começar o dia, que eu tenho muito trabalho
para fazer.
- Ok. Louis ainda não voltou de
viagem, mas ele vai pegar o voo das nove e
chegar aqui às seis da tarde. Ele vai nos
encontrar lá no Zaad.

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- Perfeito.
O resto da manhã passou
rapidamente. Eu assinei um monte de
papéis, e pedi a Erica para comprar o meu
almoço. Eu iria comer no escritório mesmo,
tinha muita coisa para fazer e não queria me
atrasar.
Ao meio dia, Erica me avisou que eu
tinha uma visita. Quando eu perguntei quem
era, ela ficou um pouco tensa, e me disse
que Cassidy estava esperando para falar
comigo.
- O que ela quer? – Perguntei tensa.
- Ela só disse que precisa falar com
você. Você quer que eu chame a segurança?
- Não. Está tudo bem, pode deixá-la

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entrar.
Eu não tinha a intensão de falar com
Cassidy, mas eu devia isso a ela. Afinal de
contas foi ela que me salvou ao contar para
Max os planos de Sebastian. E eu ainda
seria grata a ela pelo resto da minha vida.
Erica bateu antes de abrir a porta e
Cassidy deu um passo para dentro do
escritório. Como sempre, ela estava muito
bem vestida. E eu não poderia deixar de
notar o sorriso no seu rosto.
- Obrigada, Erica. Você pode nos
trazer um café, por favor?
Erica assentiu. – Claro. Eu já volto.
– E então saiu.
- Por favor, sente-se. – Eu indiquei

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as cadeiras a minha frente.


- Eu pensei que você não fosse me
receber. – Cassidy falou ao tomar um
assento na minha frente.
- E por que não? Afinal de contas,
eu te devo a minha vida. E nunca poderei
ser grata o suficiente.
- Você não me deve nada, Talula. Eu
sinto muito que Sebastian foi tão longe com
tudo isso, mas eu tinha que fazer alguma
coisa. Ele estava completamente fora de si.
- Obrigada.
- Eu suponho que você saiba tudo
que aconteceu entre Max e eu? – Perguntou.
- Sim. Ele me contou tudo.
- Não é algo que eu me orgulhe, mas

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eu me iludi com as promessas de Sebastian


e acabei perdendo o melhor homem que eu
já conheci na minha vida. – Ela falou com
remorso, e eu senti o meu corpo ficar tenso.
Onde ela queria chegar com isso?
- Maxwell é um homem difícil de
lidar, mas ele também é maravilhoso. –
Falei.
- Eu sei. Eu o amava, mas quando eu
percebi já tinha feito muito mal para ele,
para nós. Eu lamento muito tê-lo enganado.
Lamento ter deixado Sebastian me
convencer a fazer o que eu fiz.
Eu não esperava isso dela. Mas
Cassidy parecia realmente arrependida de
tudo que tinha feito contra Max.

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- Você deveria dizer isso para ele, e


não para mim.
- Eu já tentei, mas ele não quer me
receber. E eu não o culpo. Eu só queria
pedir perdão por tudo de mal que eu o fiz.
- Cassidy, eu agradeço o que você
fez por mim, mas isso não significa que
seremos amigas.
- Eu sei. Eu cometi um erro. E eu
sabia desde o início. Mas eu só quero
reconstruir a minha vida sem pesar.
- Eu fico feliz por você. – Falei
sinceramente.
- Ele te ama muito.
- O que te faz pensar que sabe
alguma coisa sobre o meu casamento?

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- Por que eu conheço Maxwell. Eu


estive com ele muito antes de você, e vi a
maneira como ele te olha. Como ele toca
você. Ele nunca foi assim comigo. Nem
uma vez.
Eu balancei a minha cabeça. – Você
não sabe de nada sobre nós.
Cassidy riu. – Eu sei mais do que
você pensa. Mas não foi por isso que eu vim
aqui. Eu só quero que você saiba que o filho
que eu estava esperando não era de Max. E
que ele não teve nada a ver com o meu
aborto.
- Por que você está me dizendo tudo
isso? Por que agora?
Cassidy estudou o meu rosto por um

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longo minuto. Então suspirou. – Por que eu


o amo. E eu quero que ele seja muito feliz.
Ele merece ser feliz.
- Obrigada por ser honesta comigo,
Cassidy. Mas saiba que eu não vou deixá-la
se aproximar do meu marido.
- Eu sei que sim. Ele merece alguém
como você, que possa cuidar e amá-lo como
ele merece.
- E você acha que nós precisamos da
sua aprovação? – Eu zombei da sua audácia.
- Não. Eu sei que vocês não
precisam, mas eu queria dar mesmo assim.
Eu me arrependo de muita coisa que fiz. E
desejo que vocês sejam muito felizes.
Eu me levantei, e estendi a mão para

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ela. – Obrigada. Eu desejo o mesmo para


você.
Cassidy tomou a minha mão, e
depois de um aperto civilizado, ela saiu sem
dizer mais nada. Eu senti como se um peso
tivesse sido retirado das minhas costas.
Eu sabia que Cassidy ainda era
apaixonada por Maxwell, mas nunca
imaginei que ela fosse nos deixar em paz.
Eu pensei que teria que lutar pelo meu
homem, mas ela me provou que está
realmente arrependida de todo mal que
causou. E eu não tenho mais nada a fazer a
não ser desejar que ela seja muito feliz onde
quer que ela vá.

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Capítulo 1

Eu entrei em casa nervosa.


Eu não sabia o que fazer se
acontecesse o que eu estava prevendo, mas
decidi me preocupar com uma coisa de cada
vez.
Max ainda estava no trabalho, mas
logo estaria em casa.
Corri para o banheiro e retirei o teste
da caixinha.
Max queria bebês, eu já sabia disso,
mas o nervosismo e a ansiedade estavam
tomando conta de mim.

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Eu tinha sido criada em um orfanato


a maior parte da minha vida. E se eu fosse
uma mãe terrível?
Ignorando os pensamentos
negativos, eu fiz xixi no bastão e coloquei
sobre a pia para dar o tempo necessário.
Mil coisas se passaram pela minha
cabeça durante esses cinco minutos de
espera. Eu fui do céu ao inferno. E isso
estava me deixando com ânsia de vômito.
O relógio apitou informando o final
do tempo.
Com as minhas mãos tremendo, eu
peguei o bastão, e as lágrimas caindo do
meu rosto. O sinal de positivo estava
marcado no bastão.

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Max escolheu chegar naquele


momento. Parecia que ele estava ali fora
esperando a confirmação. E quando ele me
viu chorando de joelhos no nosso banheiro,
o seu rosto ficou branco como uma folha de
papel.
- Talula? O que está errado? Você se
machucou? – Perguntou ao me abraçar.
Eu enterrei a cabeça na curva do seu
pescoço e me permiti chorar. Eu estava
soluçando. E não conseguia parar.
- Baby, o que está errado? –
Perguntou preocupado.
Eu me afastei e estendi o bastão para
ele. A princípio ele não entendeu bem, mas
quando os seus olhos perceberam o que eu

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estava segurando, os seus olhos se


arregalaram.
Max me levantou rapidamente, e
beijou a minha barriga. Ele estava
tremendo, e os seus olhos estavam cheios de
lágrimas. Lágrimas de felicidade eu
suponho.
- De quanto tempo você está?
- Seis semanas.
Ele me segurou forte. Plantando
beijos ao longo da minha barriga e quadril.
Eu estava uma bagunça chorosa.
Amor e felicidade estavam descrito
em seu rosto. E eu sabia que eu faria isso
mil vezes só para ver a mesma alegria no
seu rosto a cada vez que eu tivesse o nosso

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bebê em meu ventre.


- Eu preciso marcar uma consulta
com o médico para saber como está o bebê.
– Falei.
- Sim, mas primeiro eu preciso estar
dentro de você. – Ele tirou a minha
calcinha, e empurrou o vestido que eu usava
para fora do meu corpo, jogando-o no canto
do banheiro.
Max fez amor comigo
excessivamente.
Ele me adorou com a sua boca, mãos
e com o seu pau. Eu nunca estive tão feliz
na minha vida.
Nós éramos três agora. E o meu
coração estava repleto de amor e felicidade.

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Capítulo 2

O meu corpo tinha mudado muito ao


longo dos meses. Eu estava agora com nove
meses, e a minha barriga estava gigante.
Max e eu quase tivemos um ataque
quando a médica nos informou que
seríamos pais de gêmeos.
Um menino e uma menina. Max
estava tão feliz que quase me sufocou com
tantos cuidados. Eu tive uma luta a cada dia,
por que ele queria que eu ficasse em casa
todo o tempo.
Dizer que eu fiquei furiosa é pouco.

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Eu entendia a sua preocupação, mas era


irracional que ele quisesse me trancar em
casa durante toda a minha gravidez.
A minha luta foi vencida, e eu
continuei trabalhando normalmente até o
sétimo mês. A minha barriga estava muito
grande, e o peso era quase demais para
suportar tantas idas e vindas, então eu decidi
fazer Erica minha assistente pessoal em
tempo integral, e contratei uma secretária
para ocupar o seu lugar na Vision.
Erica já era a minha assistente, mas
apenas na empresa. Ela agora estava onde
eu estivesse, e isso era uma coisa boa, por
que eu nunca estava sozinha.
Louise teve o seu bebê no mês

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passado. Era um menino lindo, Reese. Ele


parecia muito com Caleb, mas eu tenho
certeza que ele seria um destruidor de
corações assim como o seu tio.
Hoje estávamos em casa. Era sábado
à noite, e Max estava me fazendo uma
massagem nos pés. Eles estavam bastante
doloridos ultimamente, e Max adorava ter
as mãos em mim sempre que podia. O
homem transformava tudo em sexo.
Os meus seios estavam enormes, e
muito sensíveis. E a minha libido tinha
aumentado ainda mais com os hormônios.
Eu gemi quando Max esfregou a
curva do meu tornozelo. Era quase erótico o
seu toque. E eu senti a minha calcinha ficar

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molhada.
Ele começou a plantar beijos ao
longo do meu corpo, demorando mais sobre
o v das minhas coxas. Eu estava ofegante, e
precisava da sua boca lá.
Em questão de segundos a minha
calcinha foi retirada. Os seus lábios contra a
minha entrada fumegante. Ele me levou
duro, chupando, lambendo e mordendo o
meu broto sensível.
Um suspiro saiu da minha boca. Eu
não conseguia pensar direito quando ele me
tocava. Inclinei-me para o seu toque. Eu
precisava dele dentro de mim.
- Eu quero você dentro de mim. –
Murmurei.

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Ele me arrastou para a cama,


agarrando os meus quadris, ele entrou em
mim abruptamente. Eu agarrei os seus
ombros para me equilibrar. Max me fodia
duro e rápido, e eu não iria durar muito
tempo.
Os seus olhos nunca deixaram os
meus. Eu senti o seu corpo tenso, quando
ele veio dentro de mim com um grunhido
feroz.
Deus ele era tão lindo.
O nosso desejo não diminuiu com a
gravidez. Toda vez era mais intenso.
Necessitado. Selvagem.
Quando ele saiu de mim, eu senti a
perda da sua pele contra a minha.

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Max me limpou com carinho, e me


puxou contra o seu peito firme, onde eu
adormeci feliz em seus braços.
******
Algo frio e molhado me acordou. Eu
ainda estava meio grogue por causa do
sono, mas consegui me sentar na cama. Max
dormia tranquilamente ao meu lado, com
um braço protetoramente na minha barriga.
Ele gostava de dizer que nós quatro sempre
estaríamos juntos.
Eu amei ver a sua mudança ao longo
dos meses. Max tinha mudado muito e para
melhor. Ele se tornou o marido dos sonhos
de qualquer mulher. E eu sou muito grata
por estar ao seu lado compartilhando uma

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vida.
Talvez o destino tenha nos unido em
circunstâncias bizarras para nos presentear
com algo tão maravilhoso como isso que
estamos vivendo agora.
Eu nunca pensei que poderia ser tão
feliz na minha vida. E sei que tudo isso é
apenas o começo. Os nossos pequenos estão
fortes e saudáveis em meu ventre, e eu não
vejo a hora de ver os seus rostinhos.
- Max, querido. – Eu o chamei.
- Hmm. – Ele resmungou em seu
sono. E eu sorri.
- Querido, você precisa acordar, está
na hora. – Eu falei baixinho para não
assustá-lo.

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- O que? Como? – Ele saltou da


cama como um louco. E eu sorri.
- A minha bolsa estourou, nós
precisamos ir para o hospital. – Eu falei me
levantando.
- Você tem certeza? Quero dizer...
- Sim. Eu vou trocar de roupa e você
vai chamar Marco. – Eu tentei guia-lo.
- Marco? Certo. Quem é Marco? –
Ele parecia tão fora de si.
- Querido, relaxe. Respire e expire. –
Eu comandei.
- Certo. Marco. – Ele saiu do quarto,
e eu me troquei.
Eu vesti um vestido rosa lindo que
Max tinha comprado para mim dias atrás.

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Ele era lindo, e muito confortável. A minha


barriga gigante se encaixava muito bem
nele, por que ele era de amarrar. Calcei um
chinelo e desci para encontrar Max falando
ao telefone.
- Sim. Nós estamos a caminho do
hospital. Vejo vocês lá. – Ele falou, e depois
desligou.
- Louise? – Perguntei.
- Sim. Ela e Caleb vão nos encontrar
lá. Você está pronta? Marco já levou a mala
para o carro.
- Estou pronta. Vamos buscar os
nossos bebês.
A minha gravidez foi muito
tranquila. Apesar de serem gêmeos, os meus

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bebês não me deram quaisquer trabalho.


Eu tive um pouco de enjoou no
começo, mas nada muito exagerado. Com a
ajuda da minha nutricionista, eu consegui
equilibrar o meu peso.
Eu queria estar saudável, assim
como os meus bebês.
E para a minha surpresa, não estava
doendo como eu achei que doeria. Pelo
menos até agora. Havia um pequeno
desconforto, mas nada que eu não pudesse
suportar.
Marco me cumprimenta com um
sorriso. Eu sorrio de volta e entro no carro.
Uma fisgada rasga através de mim, e eu me
contorço nos braços de Max.

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Meia hora depois eu estou gritando a


plenos pulmões. A dor é insuportável. Nada
tinha me preparado para isso. Eu sempre
tive cólicas menstruais, mas nada muito
forte. Isso que eu estou sentindo está me
rasgando de dentro para fora. Parece que
tem mil facas te furando na barriga.
- Oh meu Deus! – Eu grito quando
outra contração me atinge. A dor está me
deixando sem forças. Eu preciso da epidural
para sobreviver, mas essa maldita
enfermeira não vai me dar até a hora que ela
achar conveniente.
- Maxwell Grant, nós nunca mais
faremos sexo. Eu juro. – Eu berro, e vejo a
preocupação no seu rosto. Eu sei que ele

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não tem culpa da dor, mas eu não estou


pensando claramente.
Eu começo a chorar. – Me desculpe
meu amor, eu sou uma megera.
- Respire meu amor. – Ele tenta me
acalmar. – E você não é uma megera,
apenas está sentindo muita dor. E eu sinto
muito, se eu pudesse trocar de lugar com
você eu faria. Eu te amo demais para te ver
sentir tanta dor assim, e não poder fazer
nada. Você pode me xingar, bater, ou o que
você quiser para se sentir melhor.
- Estou com medo.
- Eu estarei com você o tempo todo.
Finalmente depois do que se
passaram horas, pelo menos foi o que

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pareceu para mim. A enfermeira me aplicou


a epidural, e me levou para o centro
cirúrgico.
Eu estava com medo, mas o alívio
que senti foi muito grande. A dor não estava
mais me rasgando ao meio. E eu pude ver o
quão maravilhoso o meu marido realmente
era.
Max não saiu do meu lado um só
minuto. Ele aguentou calado, todos os
xingamentos, e beliscões que eu lhe dei por
causa das dores.
A minha médica era ótima. Max
teve a certeza de contratar a melhor obstetra
que o dinheiro poderia comprar. E ela não
era boa apenas por isso, mas ela tinha um

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cuidado extra com todas as suas pacientes.


E acompanhava de perto toda a gravidez.
O que era uma coisa muito boa,
principalmente para mães de primeira
viagem. O medo e a insegurança poderiam
assustar muito uma futura mamãe. E Helena
cuidava disso muito bem.
Eu me senti muito segura por estar
aos seus cuidados, e tinha certeza de que ela
traria os meus bebês ao mundo com muito
carinho e cuidado.

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Capítulo 3

Esse é um dos momentos mais


lindos e mágicos que eu já vivi na minha
vida. O momento em que a criatura vira
criador. Homem e mulher se tornam pais. O
nascimento é um momento de renovação, de
esperança e de muita felicidade.
O momento singular na vida de duas
pessoas que compartilharam algo de mais
intimo e especial. E quando o primeiro
choro invade a sala, eu não consigo conter
as lágrimas. O meu primeiro bebê veio ao
mundo.

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Max está ao meu lado, segurando a


minha mão. Os seus olhos estão brilhando
com amor, orgulho e muita felicidade.
- É um menino. – Max fala com a
voz embargada. Ele está tentando segurar a
emoção, mas eu sei que ele não vai
conseguir por muito tempo.
Eu me perco nesse olhar sonhador. E
então o segundo choro vem, mais alto, mais
forte. O choro de alguém determinado. E eu
vejo as lágrimas caírem pelo seu rosto. Max
é o homem mais durão que eu conheço, mas
hoje ele é apenas um pai orgulho.
- É uma linda menininha. A minha
princesa. – Ele chora e me beija castamente
na testa.

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Os nossos bebês são colocados um


de cada lado. E eu não consigo parar de
chorar. Eles são tão lindos. Perfeitos.
A minha menina é a cara do pai. E
tem o seu temperamento difícil. O meu
menino lindo tem a cara do pai também,
mas tem a minha cor de cabelo. E é bem
mais calmo.
- Eu te amo. Obrigado por me dar
uma linda família.
- Eu também te amo, Max.
A médica fala que os bebês são
bastante saudáveis, mas que eles precisam
passar pelos procedimentos padrão, exames
e outras coisas, e que logo estarão conosco.
- Quem diria que um acordo poderia

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acabar assim? – Eu brinco feliz.


- Ainda não acabou. Estamos apenas
começando, querida. Eu ainda quero muitos
bebês depois desses.
- E eu terei o maior prazer em fazê-
los.
******
Uma voz sussurrada me acorda. E os
meus olhos encontram Max com a nossa
menina no colo. Ele não cabe em si de tanta
felicidade. Eu sorrio e observo pai e filha
em sua primeira conversa. Estou encantada.
Ser mãe é a melhor e mais bonita das coisas.
Eu faria isso mil vezes apenas para sentir a
mesma emoção a cada vez.
- A mamãe acordou. – Ele sussurrou

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para a nossa pequena.


- Onde está ele? – Pergunto ao ver
que o nosso menino não está à vista.
- Ele está terminando os exames,
mas logo estará aqui.
- Ela é tão linda, Talula. É uma
versão de mim feminina. – Ele sorri
balançando nossa menina.
- Sim, ela é. E tem o seu gênio
também. – Eu sorrio. O meu corpo retorce,
o local do corte está dolorido.
- E o nosso menino é a minha cara
também, mas ele é mais calmo como a
mamãe. Não é minha princesa? – Ele fala
para a nossa menina.
A enfermeira volta com o nosso

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menino logo em seguida. – Com licença,


entrega especial. O meu bebê está dormindo
em seus braços com um bico.
- Eles são lindos, parabéns. – A
enfermeira me entrega o nosso menino.
- Obrigada. – Eu sorri agradecida.
- Você já decidiu os nomes? – A
enfermeira perguntou.
- Sim, nós já temos os nomes. –
Respondeu Max muito orgulhoso. – Ashley
e Matteo.
- São lindos, parabéns. – A
enfermeira sorriu e depois saiu.
Ashley começa a chorar, e logo
Matteo segue a irmã. Ambos estão com
fome, e é a minha função alimentar os meus

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bebês lindos. A primeira refeição fora do


meu ventre.
Max coloca um bebê de cada lado, e
ambos atacam os meus seios. Assim como o
seu pai, os bebês são muito exigentes. Eles
comeram por pelo menos meia hora antes
de pegarem no sono. E os segui. Eu estava
muito cansada e precisava de um pouco
mais de sono.
******
- Onde estão os meus sobrinhos
lindos? – Louise fala ao entrar no quarto. Eu
tinha acabado de acordar para alimentar os
gêmeos, eles já tinham arrotado, e Max
estava segurando Matteo enquanto Ashley
dormia tranquilamente nos meus braços.

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Louise se aproxima de Matteo e lhe


dá um beijo na sua cabecinha. E depois
caminha em direção à cama, e beija Ashley.
- Eles são tão lindos, Talula. – Ela
sorri emocionada.
- Porque você não segura a sua
sobrinha. Ela é tão geniosa quanto o papai.
– Eu falo entregando Ashley em seus
braços.
- Isso vai ser tão legal. Nossos filhos
vão crescer juntos. E terão sempre um ao
outro para contar.
- É verdade. – Eu falo sorrindo. –
Onde está o meu sobrinho? – Pergunto.
- Caleb viu uma loja de brinquedos
do outro lado da rua, e não perdeu tempo. O

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homem vai encher a nossa casa de


brinquedos. Quando Reese tiver cinco anos
nós seremos capazes de abrir uma loja de
brinquedos apenas com o que seu pai lhe
compra todos os dias.
- Ele está feliz. Deixe o homem ser o
pai legal. – Max falou balançando Matteo
para frente e para trás.
- Ele está estragando o menino. Isso
sim. – Ela bufou divertida.
Alguns minutos depois um Reese
muito feliz atravessa a porta do quarto nos
braços do seu pai com um boneco que canta
e dança. Reese não para de sorrir toda vez
que apertava a barriga do boneco.
- Ele adorou esse boneco, e eu não

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resisti. – Falou Caleb ao ver a expressão no


rosto da sua esposa.
- Você é um caso perdido, Caleb. –
Max murmurou sorrindo.
- Olha quem fala. Querido, você está
tão tomado pelos bebês quanto Caleb. – Eu
falei.
- Que seja. – Ele deu de ombros
sorrindo. E estava mesmo. Max estava
completamente encantado pelos nossos
filhos. Eles deram um novo significado a
palavra felicidade.
- Como você está Talula? – Caleb
perguntou balançando Reese que agora
estava chorando.
- Maravilhosamente bem. Eu não

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poderia estar mais grata. Eu tenho bebês


lindos, uma família maravilhosa, com um
sobrinho lindo, e o melhor marido do
mundo. Eu não tenho como agradecer tanta
coisa maravilhosa.
- Precisamos de uma foto para
registrar esse momento. Eu vou chamar
alguém para tirar. – Caleb falou e depois
saiu.
Caleb volta alguns segundos depois
com a enfermeira que estava cuidando dos
bebês. Max lhe entrega a câmera para que
ela possa registrar esse momento mágico.
Eu queria poder engarrafar e guardar
esse momento para sempre. Ao meu lado
estão as pessoas mais importantes da minha

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vida. Os meus filhos, o meu marido, a


minha cunhada e sua linda família. Então
agradeci a Deus por esse milagre.
Eu cresci sem uma família, sem
ninguém para me apoiar ou me acalentar
nos momentos mais difíceis, mas Deus foi
generoso comigo, e me presenteou com
pessoas maravilhosas, e com os filhos mais
lindos que uma mãe poderia desejar.
Apesar de todos os altos e baixos,
Max e eu conseguimos vencer os obstáculos
que foram impostos em nossos caminhos.
Hoje somos mais fortes e felizes.
Amor e cumplicidade reinam em
nosso lar.
Esse é o nosso acordo.

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EXTRA
Alguns anos depois

Hoje está fazendo muito frio. Faltam


dois dias para o natal, e eu estou atrasada
para fazer os biscoitos e doces que as
crianças amam nessa época do ano.
Matteo entra na cozinha e me
cumprimenta com um sorriso sapeca. Eles
estão ficando tão grandes.
- Onde está a sua irmã, querido?

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- Ash tá no quarto, mamãe. – Ele


responde sorrindo.
- E o que você aprontou Matteo? –
Eu tento fazer cara de séria, mas é quase
impossível quando ele me olha com esses
olhinhos de menino travesso.
- Nada, mamãe. – Ele dá uma
risadinha e puxa a cadeira para sentar.
- Tem certeza, querido? – Pergunto
novamente.
- Mamãe? – Ashley vem correndo e
se senta ao lado do irmão. – Nós vamos
fazer biscoitos? – Pergunta.
- Sim. Vocês querem biscoitos de
que?
- Eu quero de chocolate. – Matteo

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grita animado.
- Eu quero de morango com gotas de
chocolate. – Ashley grita em seguida.
Eu sorrio para os meus pequenos
com alegria. Essa é sempre uma época de
muita alegria em nossa casa. Todos os anos
nós comemoramos o natal em nossa casa, e
passamos o ano novo na casa de Aspen –
CO, que Caleb comprou há cinco anos.
- Eu vou ligar para Reese. – Ashley
salta do banquinho e corre de volta para a
sala. Alguns segundos depois eu a ouço
conversando com o priminho.
A porta da frente se abre, e Max
adentra a casa falando ao telefone. – Sim,
mas eu quero as projeções do mês de

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Janeiro para segunda-feira na minha mesa. –


Ele fala. – Certo, tenha um bom feriado,
Rachel. – Ele desliga, e vem de encontro às
risadas das crianças que estão brincando
com a massa de biscoito.
Os nossos olhos se encontram e eu
sorrio. – Oi. – Falo.
- Olá, querida. – Diz ele caminhando
em minha direção e me dá um beijo
apaixonado.
Os gêmeos estavam tão absortos que
nem perceberam que o seu pai estava em
casa. – E eu não ganho um beijo dos meus
bebês?
- Papai! – Eles gritam e se jogam em
cima do pai.

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- Vamos fazer biscoitos, papai. –


Ashley pede em seu colo.
- Claro, minha princesa. – Ele diz
dando um beijo e abraço em cada.
O meu coração se enche de orgulho
e amor. A paternidade caiu muito bem em
Maxwell, ele é um pai incrível. E eu não
poderia estar mais feliz em tê-lo como
companheiro de uma vida inteira.
- Vão ajudar o papai lavar as mãos
para que possamos começar a moldar os
biscoitos. – Eu falo, e eles puxam Max para
a pia.
Pelo resto da tarde, nós ficamos
presos na cozinha fazendo toneladas de
biscoitos de natal. As crianças me

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convenceram a fazer também uma casinha


de doces.
******
Vejo Max sair do quarto das
crianças, ele está sorrindo e eu sorrio ao ver
a sua alegria em colocar os nossos filhos
para dormir.
Ashley e Matteo tinham quartos
separados, e cada um decorado de acordo
com os seus gostos, mas quando tinham três
anos, eles começaram a dormir um no
quarto do outro. Então eu decidi transformar
os dois quartos em um só. E decorei com
tons neutros.
Eles não se separam, nem mesmo
quando estão dormindo. E isso é uma das

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coisas mais lindas sobre os meus bebês.


Eles têm essa cumplicidade de gêmeos que
é inseparável.
Todas as noites, Max os coloca para
dormir e conta duas histórias. É o ritual
deles. Basta Ashley fazer bico, que o papai
babão vai lá e faz tudo que a menina pede.
Ela o tem amarrada em seus dedinhos
pequenos.
- Eles estavam exaustos, e nem
conseguiram aguentar até a segunda
história. – Ele fala subindo na nossa cama.
Ele me beija apaixonadamente.
Tomando a minha boca como uma benção.
– Eu já disse que te amo hoje? – Ele brinca
beijando o meu pescoço.

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- Sim, mas eu amo quando você faz.


– Eu gemo com as mordidas que ele está me
dando ao longo do meu pescoço.
- Minha. – Ele rosna agarrando os
meus seios fartos. Ele geme e eu o quero
dentro de mim. Eu posso sentir a minha
calcinha encharcar apenas com o seu toque.
- Eu quero você. – Eu gemo, quando
ele arrasta a minha calcinha para fora do
meu sexo molhado.
A minha camisola é branca de
rendas, assim como a minha calcinha. Ele as
tira, e as joga no canto do quarto. O sinto
duro contra as minhas coxas, e isso me
deixa mais excitada.
As suas mãos acariciam os meus

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seios doloridos. Ele desce a sua boca e os


suga. Eu gemo e me remexo. O meu corpo
fica à beira da explosão.
Eu removo as suas roupas
rapidamente. E ele se coloca entre as
minhas pernas. Eu me abro para ele. A sua
respiração faz cócegas na minha entrada, e
eu arfo. A sua língua desliza suavemente
pelas minhas dobras doloridas.
Eu agarro o seu cabelo, enquanto ele
me devora, lambendo, chupando e sugando
o meu broto sensível. Eu estou desesperada
por mais, eu preciso de mais. E como se
soubesse o que eu preciso, ele coloca um
dedo dentro de mim e eu explodo em mil
pedaços.

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Max não para, a sua língua mantém


o ritmo. Ele se levanta com o rosto molhado
da minha essência, e toma os meus lábios.
Eu o beijo também, experimentando o meu
gosto em seus lábios.
Eu agarro o seu membro pulsante, e
começo a trabalhar para cima e para baixo.
Escorrego por entre as suas pernas, e o levo
à minha boca.
Max me move para cima dele. A
nossa posição nos permite dar e receber
prazer. Ele está devorando a minha buceta,
enquanto eu o levo em minha boca.
A sensação é demais, e ambos
explodimos.
Eu não tenho tempo de me recuperar

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de mais um orgasmo explosivo quando ele


me vira e entra em mim com um impulso.
Ele entra e saí de mim mais forte.
- Porra! Você está mais gostosa,
querida. – Ele diz e me beija. – Eu te amo,
Talula.
- Eu também te amo. – Eu digo. Ele
bate em mim mais forte. Nós estamos
unidos em um só. Como se nada mais
existisse.

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Capítulo 2

Amanhã é natal. A casa está


decorada com uma linda árvore no canto da
sala. E há uma grande variedade de
presentes embaixo dela. Max fazia questão
de ser exagerado nessa época do ano.
Louise me ajudou a cozinhar toda a
comida deliciosa que teremos hoje. Ela está
em uma fase muito domestica, e me pediu
para lhe ajudar a aprender a cozinhar. Eu
amo cozinhar, então o prazer foi todo meu.
Louise é uma boa ouvinte, ela absorve tudo
com muito cuidado e aplica com perfeição.

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Reese e as crianças estão brincando


no andar de cima, enquanto os homens estão
no escritório falando de trabalho.
Os pais de Max conheceram os
gêmeos, mas eles não têm muito contato
com eles. Eles gostam de viver isolados em
seu mundinho fútil, e eu sinto muito que os
meus bebês e meu querido sobrinho Reese
não tenham eles presentes em suas vidinhas.
Ao contrário dos pais de Caleb, que amam
tanto Reese como os gêmeos, eles os
chamam de vô e vó. E eu estou muito feliz
que eles tenham isso.
O nosso jantar vai ser apenas
familiar mesmo. Os pais de Caleb estão em
Dubai, então seremos apenas Louise, Caleb,

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Reese, Max, eu e as crianças.


Max deu folga para Marco e a
senhora Levi que foram passar com as suas
famílias. Eles são como parte da nossa
família, mas entendemos que eles têm
parentes para visitar. Mas eu gostaria que
eles ficassem e compartilhasse conosco.
Louise me ajuda a arrumar a mesa,
enquanto conversamos sobre os projetos
para o próximo ano.
- Então, você vai abrir uma nova
filial da Vision em Seattle? – Louise
pergunta arrumando os pratos.
- Eu ainda não sei. Eu gosto de
manter o controle, e Seattle fica um pouco
distante. Eu teria que ir constantemente para

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supervisionar de perto tudo, pelo menos nos


primeiros meses.
- E isso é uma coisa ruim?
- Não. Talvez. Eu não gosto de
deixar Max sozinho. E viajar com os
meninos pode ser bem trabalhoso.
- Eu sei como é. Reese é apenas um,
e eu já me sinto louca com as suas
travessuras. Duas crianças são problemas
dobrados. – Ela ri.
- Nem me fale. E eu preciso de uma
pouco de descanso agora. Preciso trabalhar
menos, e ver os meus bebês crescerem.
Andamos em direção à cozinha, e
lavamos a comida para a mesa. Depois que
tudo foi arrumado, Louise sobe para chamar

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os meninos. E eu vou chamar os homens.


A porta está aberta, então eu não
preciso bater. Nós mudamos para uma casa
assim que voltamos da nossa lua de mel
improvisada. Ela é enorme, têm oito
quartos, dez banheiros, uma piscina
olímpica nos fundos, seguido por um
quintal muito bem cuidado, onde Max
instalou um playground para as crianças.
O lugar todo é lindo. E fica a cinco
minutos da casa de Louise. O que é uma
coisa boa. Os meninos vão e vem o tempo
todo de cá para lá.
- A mesa está servida. – Eu digo, e
os homens se levantam.
Matteo e Reese vêm descendo as

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escadas correndo. Ashley e Louise vêm


logo atrás.
- Sem correr, meninos. – Eu falo, e
eles diminuem os passinhos.
Todos se sentam à mesa, e começam
a conversar e sorrir. Essa é uma cena linda
de se ver todos os anos.
Louise está brilhando. Ela tem esse
sorriso bobo no rosto, e eu sei que algo
maravilhoso está prestes a ser revelado.
Ela segura a mão de Caleb, e os dois
trocam um olhar sonhador. – Então, nossa
vida ficou completa quando Deus nos
presenteou com Reese. E nós fomos
presenteados novamente. E agora, nós
seremos quatro! – Ela fala emocionada, e eu

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me levanto para abraçá-la.


- Oh meu Deus! Estou tão feliz por
você. – Eu a abraço, enquanto Max abraça
Caleb.
- Parabéns irmão. – Ele fala para
Caleb que tem os olhos marejados.
Abraço Caleb, enquanto Max
cumprimenta a sua irmã. A nossa família
acaba de ganhar mais um membro. Estamos
todos muito felizes. Esse será um natal
inesquecível.
Caleb agarra a sua esposa, e a beija
apaixonadamente. O que deixa Reese e
Matteo enjoados. – Eca, papai. – Reese
protesta, e Matteo o segue. – Nojento, tio
Cal.

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A vida é a mistura de todas as


escolhas que fazemos ao longo dos tempos.
Quando eu assinei aquele acordo eu não
sabia que tudo isso poderia ser possível. Eu
sei que tivemos altos e baixos, mas o
melhor estava guardado para mais tarde.
Deus nos presenteou com os melhores filhos
do mundo. E eu não poderia estar mais feliz.
Às vezes me pego pensando como
teria sido a minha vida se Max não estivesse
nela, mas logo percebo que não teria
sentido. Ele me deu as melhores coisas do
mundo. Um lar para amar e cuidar.
Eu sou muito feliz no meu trabalho.
A Vision está cada dia melhor. Louis está
gerenciando a filial de Portland - OR. E

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estamos pensando em abrir uma nova filial


em Seattle – WA, mas tudo ao seu tempo.
Eu quero mais tempo para aproveitar
ao lado dos meus filhos, e marido. Eu quero
fazer novos bebês, e sentir a mesma emoção
ao dar à luz aos gêmeos. Eu quero ser a
melhor mãe do mundo para eles. E tudo isso
é apenas o começo.
Finais felizes são raros, mas todos
nós temos direito. Nunca desista dos seus
sonhos. Persista. Não deixe que qualquer
coisa te impeça de ser feliz.

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Capítulo 3

O cheiro da neve caindo lá fora me


acorda.
É como se ela estivesse me
chamando.
Eu amo a neve. É a minha época
favorita do ano.
Eu me levanto, me enrolo em um
coberto grosso, e vou até a sacada. A neve
está caindo lentamente. Eu sorrio e
agradeço por tudo de bom que Deus me
deu.
- A melhor visão do mundo. – Ouço

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Max falar atrás de mim. Ele se aproxima e


me beija na testa.
- Eu amo a neve. – Eu me
aconchego em seus braços, que estão
envoltos por outro cobertor maior que o
meu.
- Eu sei meu amor. – Ele me aperta
contra o seu peito.
- A que horas nós vamos sair? –
Pergunto.
- Às nove. – Ele responde.
- Você avisou a Low?
- Sim, eles vão vir para cá às oito e
meia da manhã.
- Estou tão feliz que ela vai ter outro
bebê.

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- Eu também. Eu sempre soube que


ela seria uma mãe incrível, assim como
você. A maternidade lhes caiu muito bem.
- Obrigada. – Eu sorrio agradecida
por suas palavras. Ele sempre faz questão de
exaltar o quão sortudo as crianças são por
terem as melhores mães do mundo.
- Eu quero outro bebê. – Eu falo
aproveitando o momento mágico.
- E eu estarei mais do que feliz em
lhe dar outro Grant, querida.
- Você é um homem maravilhoso.
Obrigada por tudo.
- Você me fez um homem melhor.
Eu devo tudo a você. Antes de você estar na
minha vida, eu estava perdido. E tudo

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mudou quando eu coloquei os meus olhos


em você.
Eu começo a tremer, não sei se de
frio ou por emoção. Max sempre diz que eu
mudei a sua vida, mas a verdade é que nós
mudamos a vida um do outro. O destino nos
uniu e nos deu a melhor coisa do mundo.
Uma família, alguém para amar e cuidar.
Todo ser humano deveria ser capaz
de experimentar desse tipo de felicidade.
Deveria ser lei.
- Vamos entrar. Você está
congelando. – Ele me conduz para dentro do
quarto, e me deita sobre a nossa cama. O
calor do seu corpo aquecendo o meu.
As nossas bocas se encontram,

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nossas línguas se enroscam, e eu desejo que


o tempo não passe nunca. Peço que os meus
filhos e sobrinhos cresçam felizes e
saudáveis. E que a nossa família seja
abençoada com muito amor, saúde e paz.
- Eu te amo. – Sussurro.
- Eu te amo daqui até o céu de ida e
volta... – Ele responde contra os meus
lábios.
- Para sempre?
- Infinitamente. – Ele diz e faz amor
comigo, lento a apaixonadamente.
E eu sei que ainda não será o
suficiente.

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FIM

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NOTA DA AUTORA

Para saberem mais sobre esse e


outros livros de Ava G. Salvatore, acessem

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