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Resumo

Neste Capítulo é descrita a situação de Lisboa e o sofrimento


da sua população, durante o cerco castelhano.
As privações que o cerco provocava são descritas de forma
pormenorizada, salientando-se os vários aspetos do sacrifício
a que o referido obriga.
Fala-se então da falta de mantimentos que se observava na
cidade provocada pela proibição da entrada de alimentos, o que
levou a uma falta de mantimentos dentro da cidade.
Ainda assim durante a noite, muitos embarcavam secretamente em
bateis e iam buscar trigo ao ribatejo para abastecer a cidade, correndo
enorme perigo, pois alguns acabavam sempre por ser atacados pelos
castelhanos.
No entanto sempre que os sinos tocavam eles obedeciam
Sempre que os sinos
repicam e tocam a rebate, a
população vai em socorro das
galés. Esta recolha de
mantimentos obedece,
aparentemente, a um plano
prévio, dado que parece existir
uma partilha de tarefas e funções
distribuídas.
Mas acabam sempre alguns por ser atacados pelos castelhanos

Constatam-se também os elevados preços da comida e a


incapacidade de dar esmola aos pobres. A subida absurda de
preços, leva a um decréscimo daqueles que podiam adquiri-los.
Consequentemente a falta de alimentos e de água levava a que as
pessoas morressem à sede, à fome, ou consumissem alimentos
estragados e água não potável, o que causava doenças e, muitas vezes, a
morte.

A uma certa altura o Mestre de Avis decide expulsar os


incapazes mais específico aqueles que não podiam lutar ,ou
seja, não podiam contribuir para a defesa da cidade para que
esses não consumissem os mantimentos dos defensores.
Ao início, os castelhanos acolheram os expulsos, fornecendo-
lhes mantimentos, procurando que se juntassem ao seu lado.
Mais tarde, quando o rei castelhano apercebe-se que lisboa
está a sair beneficiada com esta atitude, dado que haveria
menos pessoas para alimentar, ordena que não fosse
acolhido mais ninguém, e que todos os que já tinham sido
acolhidos voltassem para a cidade, para "gastá-la".
E todos os que se recusassem a partir seriam açoitados e
obrigados a retornar a Lisboa. E o desespero destes lisboetas
é total, pois certamente não seriam acolhidos de volta.
o
patriotismo e a solidariedade da
população – apesar da situação
extrema de penúria e de
desespero, do ambiente de
tristeza e de conflitos ocasionais
banais, permanece.

De facto, apesar de famintos e


extenuados, são solidários uns
com os outros e corajosos contra
os castelhanos, continuando a
manifestar uma identidade
coletiva que os une num propósito
comum : superar as dificuldades.

Muitos rezam desesperadamente, pedindo a deus que os ajude, mas ,ao verem que as
suas preces não são atendidas e que a sua dor é cada vez maior, chegam a pedir a morte.
O mestre e os seus ao saberem que nada podem fazer sentem-se impotentes e ignoram
os lamentos que os rodeiam. Neste passo são criticados por Fernão lopes.

Nos últimos dois parágrafos, Fernão Lopes felicita os que


viverão no futuro, porque não passarão pelos sofrimentos
que os habitantes de Lisboa tiveram de passar durante o
cerco castelhano.
Este cap. ocupa-se dos tempos de sofrimento da população de Lisboa,
sujeita ao cerco castelhano. As privações que ele provoca são descritas de forma
pormenorizada, salientando-se os vários aspetos do sacrifício a que o referido
cerco obriga: a escassez de alimentos e o seu preço elevado, a falta de esmolas, o
recurso a produtos de baixa qualidade, etc.
E, contudo, sempre que o inimigo ameaçava era visível o esforço
coletivo para superar as dificuldades

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