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Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Filosofia e Ciências Humanas - Departamento de História


Disciplina: Historiografia
Professora: Regina
Aluna : Layssa Cibelly Nunes de Lima

FICHAMENTO: Pele negra, máscara branca- cap 4, 5 e conclusão, FANON,Frantz;

O complexo de dependência colonial mencionado por Frantz Fanon em seu quarto


capítulo refere-se à dinâmica psicológica e sociopolítica entre colonizador e colonizado. Ele
descreve como o colonizado internaliza e adota as visões e estruturas de poder do colonizador,
resultando em uma dependência psicológica, cultural e econômica. Essa dependência cria uma
relação de inferioridade percebida e, muitas vezes, impede a busca pela libertação e
autonomia, mantendo assim a dominação colonial. Desta maneira é de importância para
falarmos sobre alguns aspectos do texto, assim como: uma análise Psicológica:Fanon explora
a psique do colonizado e como a colonização afeta sua identidade, destacando os efeitos
psicológicos da opressão. Uma assimilação Cultural: Ele discute como a assimilação cultural
pode levar à alienação do próprio eu do colonizado, influenciando sua autoimagem e
identidade. Ele examina os efeitos da colonização na psique dos colonizados, explorando suas
experiências pessoais, juntamente com observações e análises clínicas para ilustrar como a
dinâmica de poder colonial influencia a identidade e a autoimagem dos indivíduos
colonizados. Fanon também se baseia em teorias psicológicas e sociais para fundamentar sua
análise e argumentação.

Contudo Fanon argumenta que a colonização não apenas subjuga politicamente os povos
colonizados, mas também tem um profundo impacto psicológico. O complexo de dependência
colonial é uma condição na qual o colonizado internaliza a dominação do colonizador,
afetando sua identidade, autoestima e visão de mundo. E como o complexo de dependência
colonial descrito por Fanon no quarto capítulo é uma construção psicológica que emerge da
dinâmica de poder entre colonizador e colonizado, influenciando a identidade, a autoimagem
e a visão de si mesmo do indivíduo colonizado, perpetuando assim a dominação e a
dependência cultural.

No quinto capítulo, Fanon discute a alienação do negro em relação à cultura e identidade.


Ele explora como a sociedade colonizada absorve a cultura do colonizador, adotando seus
valores e padrões como superiores aos seus próprios. Ele destaca a busca por aceitação e
reconhecimento, mostrando como essa adoção acarreta uma negação da própria identidade e
gera conflitos internos na busca por pertencimento. Além disso, ele aborda a questão do
complexo de inferioridade internalizado pelo colonizado em relação ao colonizador,
revelando as implicações psicológicas desse fenômeno na construção da identidade negra.

Os fenômenos discutidos pelo têm um impacto profundo no homem de cor, afetando sua
identidade e autoestima. A absorção da cultura do colonizador leva a uma negação da própria
cultura e história, criando um conflito interno entre a identidade pessoal e a imposta pela
sociedade dominante. Isso gera um sentimento de inferioridade, afetando a autoconfiança e as
relações pessoais. Essa negação da identidade pode resultar em um constante estado de busca
por aceitação e validação, prejudicando a saúde mental e emocional do homem de cor. Fanon
conclui enfatizando a complexidade psicológica da identidade negra em uma sociedade
colonizada. Ele destaca a necessidade de reconhecimento e aceitação cultural genuínos para
superar a alienação e a inferiorização. A busca por uma identidade autêntica e a valorização
da própria cultura são fundamentais para a construção de uma autoestima sólida e para a
superação dos conflitos internos causados pela imposição da cultura do colonizador. O autor
ressalta a importância do reconhecimento e da valorização das identidades étnicas para uma
verdadeira libertação psicológica e social dos povos colonizados.

Em finalidade, Frantz Fanon encerra o livro fazendo uma chamada à ação para a
descolonização das mentes e para a emancipação dos povos colonizados. Ele aponta a
necessidade urgente de rejeitar a subjugação psicológica imposta pela colonização,
incentivando a busca por uma identidade autêntica e a valorização da cultura própria. Fanon
conclui enfatizando a importância da luta coletiva contra a opressão colonial e social, visando
à libertação das amarras psicológicas e à conquista da verdadeira independência, tanto
individual quanto coletiva. O autor também aborda vários aspectos importantes, destacando a
psicologia da colonização, explorando como a cultura do colonizador é internalizada pelos
colonizados, levando à negação da própria identidade e à busca por aceitação. Fanon também
discute a questão do racismo internalizado, evidenciando os efeitos psicológicos da
discriminação racial na construção da autoimagem e autoestima dos indivíduos negros. Além
disso, ele enfatiza a importância da luta coletiva contra a opressão colonial e social,
defendendo a necessidade de uma verdadeira descolonização mental e cultural para alcançar a
emancipação.

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