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Ter o status de sujeito significa que, por um lado, indivíduos podem se encontrar e
se apresentar e, esferas diferentes de intersubjetividade e realidade sociais, e por
outro lado, podem participar em suas sociedades, isto é, podem determinar os
tópicos e anunciar os temas e agendas das sociedades em que vivem. Em outras
palavras, elas/eles podem ver seus interesses individuais e coletivos reconhecidos,
validados e representados oficialmente na sociedade – o status absoluto de sujeito.
O racismo, no entanto, viola cada uma dessas esferas, pois pessoas negras e pessoas
de cor não veem seus interesses políticos, sociais e individuais como parte de uma
agenda comum. (KILOMBA, 2019, p.74)
E como pode a pessoa negra, no âmbito da sua psique, subverter esse silenciamento e
alienação do próprio eu e “[…] se conscientizar de sua negritude e de sua realidade vivida
com o racismo cotidiano […]”? (KILOMBA, 2019, p.235) Bom, kilomba afirma que existem
mecanismos de defesa do ego com os quais as pessoas podem proteger-se “dos conflitos com
o mundo exterior.” (KILOMBA, 2019, p.235)
Existem, segundo a autora, cinco desses mecanismos de defesa do ego: a negação, a
frustação, ambivalência, a identificação e a descolonização.
FANON, Frantz. “Pele negra, máscaras brancas” / Frantz Fanon; tradução de Renato da
Silveira . - Salvador : EDUFBA, 2008.
FAUSTINO, Deivison Mendes. “Colonialismo, racismo e luta de classes: a atualidade de
Frantz Fanon.” Anais do V Simpósio Internacional Lutas Sociais na América Latina
“Revoluções nas Américas: passado, presente e futuro”. 10 a 13/09/2013
KILOMBA, Grada. “Memórias da Plantação: Episódios de racismo cotidiano”. Tradução
de jess oliveira. Rio de janeiro: Cobogó, 2019
SOUZA, Neusa Santos. “Tornar-se negro: as vicissitudes da identidade do negro
brasileiro em ascenção social”. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1983.