Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O promotor de justiça da época solicitou sua retirada do caso por temer por
sua segurança, tendo em vista que membros da Comissão Especial de Promotores,
instituída para investigar a prática de aproximadamente 30 (trinta) homicídios,
perpetrado pelo grupo de extermínio, estariam ligados a pessoas da polícia.
Necessário salientar que havia indícios de que o assassinato de Gilson,
possuía ligação com questões políticas, tráficos de drogas e compra de animais,
questões sensíveis a qualquer investigação, posto que questões como essas
normalmente envolvem nomes influentes, e assim quase nunca há materialidade, o
que resultou em desconsiderações de tais fatos no processo.
O inquérito policial foi dirigido pela Polícia Federal e acompanhado por uma
comissão constituída por três Promotores de Justiça. Também intervieram
representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, na qualidade de observadores.
Todas as decisões do processo judicial foram devidamente fundamentadas e
contaram com parecer do Ministério Público.
DA SENTENÇA BRASILEIRA
O Brasil também afirmou que o fato de não haver uma condenação no caso
não significava uma violação às regras do devido processo legal.
A Corte não poderia abordar a morte da vítima Gilson, pois ocorreu antes de o
Brasil aceitar a jurisdição da Corte IDH em 10/12/1998.
APÓS A SENTENÇA
1
“Caso Nogueira de Carvalho e outro versus Brasil, 2006”. Disponível em:
http://www.eduardorgoncalves.com.br/2016/12/caso-gilson-nogueira-de-carvalho-vs.html
Em março de 2010, o processo foi encaminhado ao STF. A PGR apoiou
parcialmente o recurso no STF em julho de 2010, pedindo a anulação da decisão
sobre o desaforamento. Em março de 2016, o caso foi considerado encerrado pelo
STF.
Há outro recurso dos pais de Gilson em andamento no STJ, mas sua última
movimentação foi em abril de 2016.2
CONCLUSÃO
2
"Caso Nogueira de Carvalho e outro versus Brasil”. Disponível em: https://reubrasil.jor.br/gilson-
nogueira-de-carvalho/
acusará uma figura de poder do cometimento de um crime, ou uma figura de poder
condenará a outra, assim como faria com um civil.