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Assim como as
árvores são diferentes, as palavras precisam se combinar da mesma forma apenas
ocasionalmente. Seu pensamento e escrita buscam alcançar a naturalidade das cores, embora
não o consiga. Os pensamentos o impedem de “ser todo” no seu “exterior”. Para isso, seu
interior precisaria calar. Assim, seu ato de olhar o comove, não os pensamentos, aproximando-
o da poesia natural pretendida.
Analise :
Ao escrever isto (tendo em conta a escrita inocente de Caeiro) o poeta quer dizer, de facto, que não há
duas árvores iguais seguidas, que nada é igual a nada.
''Penso e escrevo como as flores têm cor / Mas com menos perfeição no meu modo de
exprimir-me /Porque me falta a simplicidade divina /De ser todo só o meu exterior ''
''Olho e comovo-me, / Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado, / E a minha
poesia é natural como o levantar-se o vento... ''
No final deste poema o poeta mostra-se comovido pelo facto da sua poesia ser tão natural como o
levantar do vento.
Olho e comovo-me,