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Revisão de Instalação
Embarcações
180448
Prefácio
O objetivo deste manual é aumentar o conhecimento dos produtos Yamaha.
Embora o pessoal de Serviços continuamente adquiram conhecimentos e habilidades em função
de sua experiência com motores, também é necessário acumular conhecimentos sobre as particu-
laridades das embarcações.
Além de aumentar o conhecimento dos produtos, este manual também explana o relacionamento
entre motores de popa (O/B), motores de centro-rabeta (I/O) e motores de centro e pé de galinha
(I/B) com os barcos onde são usados, enfatizando a seleção do melhor motor para cada tipo parti-
cular de barco.
Você poderia imaginar que diferentes tipos de motor significam embarcações completamente dife-
rentes, todavia isso não é verdade.
Esperamos que este manual forneça não somente informações sobres as embarcações com as
quais você lida regularmente, mas também informações que propiciem a conhecimento das rela-
ções entre a instalação e a estrutura das embarcações, bem como a um aprofundamento do seu
conhecimento sobre pequenas embarcações.
A nomenclatura dos tipo de motores (O/B, I/O e I/B), seções, peças e outros termos usados neste
manual, são baseados nos guias domésticos dos usuários da Yamaha no Japão.
Setembro de 2007.
Primeiros passos................................................................................................................. 1
Marketing de Serviços e Conhecimento do Produto......................................................... 2
Pontos Principais deste Manual........................................................................................ 4
Sobre a Organização deste Manual.................................................................................. 5
Usando este Manual......................................................................................................... 6
1
Primeiros passos
Suporte às discussões
contratuais
Inspeção Pré-Entrega
Treinamento ao Usuário
Efetivação do Teste
Consultoria de Serviços
Entrega Técnica
Diagnóstico de Falhas
Teste de Otimização e
Personalização
Coleta e Apresentação de
Informações de Mercado
Manutenções Preventivas
Diagnóstico de Falhas
Reparos em Geral
2
Primeiros passos
A atividade mais importante é a seleção do barco, motor, e instalação, que é parte do suporte às
discussões pré-contratuais.
Casco, motor e escolha de acessórios deverão ser decididos durante a investigação das tarefas
mostradas abaixo, de modo simultâneo e repetitivo.
Ainda que a configuração da embarcação já tenha sido definida, o mesmo processo de revisão deve
ser repetido de modo a selecionar o motor e instrumentação.
Requisitos de
Requisitos de Custo Desempenho do Barco
Requisitos de
Desempenho do Motor Tipo de Embarcação O/B,I/O,I/B
O/B,I/O,I/B
Motor de Popa, Centro-Rabeta, Pé-de-galinha,
4 Tempos, 2 Tempos, Gasolina, Diesel
Falhas no desempenho cuidadoso desta revisão causará sérios problemas e resultará em pesadas
perdas materiais e financeiras e de imagem para o produto.
3
Primeiros passos
4
Primeiros passos
1. Requisitos pré-contratuais
O tipo e envergadura do barco e o motor requerido devem ser decididos após a determinação
de um numero de diferentes fatores.
Esta seção introduz e discute três itens de investigação que são fundamentais no processo
decisório: local de instalação, ambiente de instalação e desempenho requerido.
Falhas na correta avaliação desses fatores antes do estagio do contrato, acarretará em perdas
posteriores irrecuperáveis.
O Capítulo 1 refere-se a este tema e forma a base para os Capítulos 2 e 3. Certifique-se de ler
e entender o conteúdo do capítulo 1.
2. Configuração
Barco e motor não são equipamentos independentes. O produto final não estará completo até
que o trabalho final seja realizado.
O capítulo 2 fornece um numero representativo de itens que requerem extremo cuidado na
sua execução, somado a exemplos de configuração.
Falhas na correta avaliação desses fatores antes do estagio do contrato, acarretará em perdas
posteriores irrecuperáveis.
As explicações fazem referência aos pontos apresentados no capítulo 1.
Apêndices
Os Apêndices contêm procedimentos, esquemas e materiais de referência que não estão
incluídos no corpo principal do texto.
5
Primeiros passos
Algumas informações se aplicam a determinados tipos de casco e motor, enquanto outras não.
Os símbolos a seguir são ilustrações indicativas da aplicabilidade da informação.
: Motor de popa
: Motor de centro-rabeta
: Motor de Centro e Pé-de-galinha
Este Manual inclui alguns itens de difícil entendimento. Busque outras publicações técnicas para
estudo adicional conforme suas próprias necessidades.
6
capítulo 1
Requisitos pré-contratuais
O tipo e tamanho do barco e o motor requerido devem ser decididos após a determina-
ção de um numero de diferentes fatores.
Esta seção introduz e discute três itens de investigação que são fundamentais no pro-
cesso decisório: local de instalação, ambiente de instalação e desempenho requerido.
Falhas na correta avaliação desses fatores antes do estagio do contrato, acarretará em
perdas posteriores irrecuperáveis.
O Capítulo 1 refere-se a este tema e forma a base para os Capítulos 2 e 3.
Certifique-se de ler e entender o conteúdo do capítulo 1.
1-1
1. Requisitos pré-contratuais
1-2
1. Requisitos pré-contratuais
1-3
1. Requisitos pré-contratuais
Projetada de Arrefecimento
1.3.3 Velocidade/Nível 1.4.4 Satisfação do
de Arrefecimento Cliente
1.3.1 Velocidade/Nível
de Arrefecimento 1.4.2 Medição da Ve-
1.3.2 Velocidade/Nível locidade, Relação da
Deslocamento
de Arrefecimento Transmissão, Seleção
1.3.3 Velocidade/Nível de Hélice
de Arrefecimento
Tipo de Barco
Potência Máxima 1.4.2 Medição da Velocidade Relação da Trans-
Potência Normal missão Seleção de Hélice
Relação de Transmissão
Tamanho e Dimensões 1.2.1 Compartimento do Motor
Tamanho e Dimensões 1.2.2 Berço e Espaço do Motor
Regime de Potência 1.4.2 Regime do Motor/Cond.Severas
Consumo de Potência
1.3.2 Ventilação do Motor
MOTOR
Temperatura de Escape
1.3.3 Velocidade/Nível da Água
Capacidade de Carga 1.3.4 Capacidade de Geração/Carga
Altura
Altura da Rabeta 1.2.1 Altura da Rabeta
Angulo
Dimensões do Suporte 1.2.1 Altura da Rabeta
Angulo
Unidade intermediaria 1.2.2 Altura da Rabeta
Dimensões
Dimensão C 1.2.2 Placa anti-cavitação/Altura
1.2.2; 1.3.1 Altura do Escape/Sistema de adm.
Tubo de elevação Alto
/ esc. água e ar
1-4
1. Requisitos pré-contratuais
Tipo de Motor
Classe Propósito/Aplicação Unidade Referência
O/B I/O I/B
Altura
Espelho de Popa 1.2.1 Altura da Rabeta
Angulo
Espessura 1.2.2 Altura da Rabeta
Espessura 1.2.1 Altura da Rabeta
Espelho de Popa
Dimensões
1.2.2 Altura da Rabeta
Planicidade
Espaço 1.2.2 Espaço no Compartimento do Motor
Compartimento do Motor Temperatura 1.3.2 Ventilação no Compartimento do Motor
1.3.3 Ventilação no Compartimento do Motor
Berço do Motor 1.2.2 Berço do Motor
Posição 1.2.1 Posição da Placa anti-cavitação
Placa Anti-cavitação
1.2.2 Posição da Placa anti-cavitação e Motor
Altura da Rabeta e Efeito Quilha (barco
Formato do Casco comercial) conf. 1.2.1 Posição da placa anti-
cavitação e 1.4.3 Formato do Casco
Compartimento do Motor Dimensões 1.2.1 Compartimento do Motor
1.2.2; 1.3.1 Altura da Conexão de Escape
Riser Alto
Sistemas de Adm. / Esc. de Ar e Água
Conexão de Mistura
1.3.3 Sistema de Adm. / Esc. de Água e Ar
de Água e Escape
Arranjo da Área de Popa 1.2.3 Configuração da Área da Popa
Diâmetro Máx. do Hélice
1.2.3 Diâmetro máximo do Hélice e Diâmetro
Diâmetro Máx. do Eixo
Máximo do Eixo
Folga de Ponta do Hélice
CASCO DA EMBARCAÇÃO
Tipo
Material
Diâmetro
Passo
Área de 1.4.2 Medição da Velocidade do Barco e Sele-
Hélice
Expansão ção da Relação da Transmissão
Número
de Pás
Sentido
de Giro
1.3.1 Entrada e Saída d’água e Sistema de
Sistema de Adm. / Esc.
Admissão e Escape, nível d’água em função
de Água e Ar
da velocidade do barco
Nível de Água
Válvula de Entrada
Tubo de Escape
1.3.2 Ventilação do Compartimento do Motor
Ventilador/Soprador
1.3.3 Ventilação do Compartimento do Motor
1.3.1 Tanque e Tubulação de Combustível
Tanque de Combustível 1.3.2 Tanque e Tubulação de Combustível
1.3.3 Tanque e Tubulação de Combustível
Tubo de Combustível
Filtro de Combustível 1.3.5 Filtro de Combustível
Unidade de Direção 1.3.5 Unidade de Direção
Comando Remoto 1.3.5 Comando Remoto
Cabo do Comando Remoto 1.3.5 Cabo do Comando Remoto
Medidores 1.3.5 Medidores e Instrumentos do Painel
1.4.3 Mudança de Altura / Efeito Quilha
Flutuação Trimada (Barcos Comerciais)/ Trimado na Flutuação e
Navegação /Perda de Torque nas curvas
Equilíbrio de Pesos
Altura de borda livre
Flapes
1-5
1. Requisitos pré-contratuais
1.3.1 Combustível
Tanque/Tubulação
Filtro de Comb.
1-6
1. Requisitos pré-contratuais
(Montagem Dupla)
Combustível 1.3.1
Tanque e Tubulação
Filtro de Combustível
Compartimento do Motor 1.2.1
Tamanho e Dimensões 1.3.1
Entrada e Saída d’água
Espelho de Popa Altura, Nível de Arrefecimento
1.2.1
Inclinação, Espessura Velocidade do Barco
Nível da Linha d’água
Suporte de Fixação 1.2.1 1.4.2
Dimensões
Seleção de Hélice
Posição da Placa Anti-cavitação, 1.2.1 Medição da Velocidade do Barco,
Forma do Casco Relação da Transmissão, Tipo,
Placa Anti-cavitação, 1.2.2 Material, Diâmetro, Passo, Numero
Posição do Motor de Pás, Sentido de Rotação, Potência
Máxima, Potência Normal
1-7
1. Requisitos pré-contratuais
1.3.4
Desenho do Casco
Distribuição de Peso
Postura de Flutuação
Postura de Navegação
Perda de Torque nas Curvas 1.2.2
1.3.4
Flapes
Capacidade de Espelho de Popa
Carga do Motor Planicidade, Espessura,
1.2.2 Dimensões
1.2.2 Altura da Placa de Escape 1.2.2
Berço do Motor Unidade Intermediária
1.2.1 Dimensões, Angulo
1.2.2
Compartimento do Motor Placa Anti-cavitação Forma
Espaço – Temperatura – do Casco - Posição
Ventilação 1.2.2
1.3.2 Placa Anti-cavitação 1.4.2
Compartimento do Motor Dimensão C – Posição do Hélice
Ventilação Motor, Altura do Escape Medição da velocidade
Relação da Transmissão
1.3.2 Seleção de Hélice: Tipo,
Combustível Material, Diâmetro, Passo,
Tanque Tubulação # pas, Sentido de Rotação,
Filtro Potência Máxima ou
Normal
1-8
1. Requisitos pré-contratuais
(Montagem Dupla)
Regime de Potência
Condições Severas
1.4.1
1-9
1. Requisitos pré-contratuais
1.3.4
Desenho do Casco
Distribuição de Peso
Postura de Flutuação
Navegação
Perda de Torque 1.3.4
Flapes Capacidade de Carga do Motor
1.2.2
Berço do Motor
1.2.2 1.3.4
Compartimento Diâmetro Max. Hélice
Espaço, Temperatura, 1.2.3 Arranjo da
Diâmetro Max. Eixo
Ventilação Área de Popa
Folga entre - pontas
1.2.1
1.3.2
Posição da Placa Anti-cavitação,
Compartimento 1.4.2
Forma do Casco
Ventilação Hélice: Medição da
1.3.2 Velocidade, Relação da 1.2.2
Transmissão, Tipo, Placa Anti-cavitação
Combustível
Material, Diâmetro, Passo, Posição do Motor
Tanque, Tubulação,
Área de Expansão,
Filtro
Número de Pás, Sentido de
Rotação, Potência de Saída
1-10
1. Requisitos pré-contratuais
(Montagem Dupla)
Capacidade de
Carga do Motor
1.3.4
1-11
1. Requisitos pré-contratuais
PP Altura da Rabeta
A instalação do motor de popa é baseada
na posição da placa anti-cavitação. Após a
determinação da altura da rabeta, encon-
Altura do Altura do
tre a altura correspondente no espelho de espelho espelho
popa. Observe que as posições de medi- de popa na rabeta
Se o ângulo do espelho do barco não for compatível com o do motor de popa, será
impossível navegar com a inclinação adequada. Pequenas correções podem ser feitas
através do ajustes dos pinos e do comando de inclinação, porem de alcance limitado.
CUIDADO
Assegure-se, portanto, de trabalhar com os ângulos corretos.
1-12
1. Requisitos pré-contratuais
3. Formado Casco 3
Quando o motor se afasta do fundo do
Casco:
A placa anti-cavitação deve ser levantada
na razão de 1:10.
A melhor regulagem deve ser definida no
testes pratico da embarcação.
10
1-13
1. Requisitos pré-contratuais
Fundo do Casco
Cilindro Hidráulico e
guia da Direção
Espaço
Largura
1-14
1. Requisitos pré-contratuais
Posição da placa
anti-cavitação
1. Dimensão C
Ângulo do Espelho de Popa
(Altura ao centro do Virabrequim)
Os motores de Centro-rabeta possuem Variação
Angular
especificação da dimensão C que usada
para o posicionamento correto da placa Variação
anti-cavitação Centro do
Virabrequim
Angular
1-15
1. Requisitos pré-contratuais
PP Berço do Motor
O posicionamento e especificações do
berço do motor devem ser conforme o tipo Tipo A
de motor a ser instalado.
Tipo B
Tipo A: Configuração Vertical
Tipo B: Configuração Horizontal
Alerta
Determine a posição do motor conforme
a Dimensão C (altura do centro do motor).
A altura do centro do motor é fundamental
Centro do
para determinação do espaço para o motor. Virabrequim
1-16
1. Requisitos pré-contratuais
Orientação ao Cliente
A parada repentina do motor pode causar um
refluxo de água contra o espelho de popa,
resultando em entrada de água no motor. O
Cliente deve ser instruído a desacelerar o mo- ME372/ME422/ME432 = 315 mm
tor gradualmente, exceto em caso de emer-
gência.
Referência Motor Diesel Yamaha ME421
Distância do centro do Virabrequim à linha dá-
gua
Dimensão Padrão...................172 mm Máximo
Dimensão com Prolongador...360 mm Máximo
Dimensão Padrão
Máxima Linha dágua
1-17
1. Requisitos pré-contratuais
Caixa Selada
Suporte
Junta Universal
Caixa Selada
Suporte
Motor
Quilha ou Coifa
1-18
1. Requisitos pré-contratuais
}
A Mínimo 0,15 D
B Mínimo 0,05 D Recomendações para folgas do Hélice,
C Mínimo 0,12 D onde D = Diâmetro do Hélice
D Mínimo 0,15 D
1-19
1. Requisitos pré-contratuais
1-20
1. Requisitos pré-contratuais
PP Berço do Motor
Quando se tratar de repotenciamento, o berço Pista de Aço
do motor deve ser verificado quanto à necessi-
dade de reparos.
Cantoneiras
Centro do Virabrequim
Eixo Rebaixado
Topo do Berço
FRP: Fibra
reforçada com A: Distância entre centros dos parafusos
polímeros * Podem ser assimétricas
Berço em B: Dimensões internas do Berço
Cantoneira
C: Dimensões externas do Berço
*Requer folga para ajuste de centragem
Se a altura do berço do motor for muito baixa, um espaçador pode ser adicionado de
modo a elevar o motor à altura conveniente. Entretanto, se a altura for muito baixa, a
estrutura do berço deve ser reconstruída, visto que não é permitido o corte do suporte
CUIDADO
do motor.
1-21
1. Requisitos pré-contratuais
(Exemplo de Instalação)
Qualquer protuberância, tais como co- 1,5 m mínimo
1-22
1. Requisitos pré-contratuais
Tanque de
Gasolina
Filtro do barco
Filtro primário Válvula de Bomba manual
combustível
* O esquema acima mostra um diagrama simplificado para o sistema de combustível. Para a tu-
bulação real, veja o item 2.3.2 – Tubulações.
* Para os motores de Popa Yamaha, a restrição (pressão negativa) é mantida antes da Bomba
Alimentadora A
Marcha Lenta: 0 kPa a10.7 kPa (80 mmHg)
Acelerador Totalmente Aberto: 10,7 kPa (80 mmHg) 20 kPa (150 mmHg)
1-23
1. Requisitos pré-contratuais
Escapamento
Bomba dágua
Água do mar Água
Válvula
Kingston Escape
1-24
1. Requisitos pré-contratuais
Tubulação (comprimento,
diâmetro, curvas, material)
Altura do Tanque
(variação de nível)
Tanque de Diesel
Filtro de Diesel
(montado no barco)
Válvula de Combustível
* O esquema acima mostra um diagrama simplificado para o sistema de combustível. Para a tu-
bulação real, veja o item 2.3.2 – Tubulações.
• Para os motores Diesel Yamaha (Modelos ME372, ME422 e ME432), a restrição (pressão nega-
tiva) deve ser medida na entrada da bomba [A].
• Veja o item 2.2.1 – Sistema de Combustível.
1-25
1. Requisitos pré-contratuais
Escapamento Úmido
Escapamento Úmido
O sistema de escape úmido deve misturar a
descarga de água ao gás do escape e enviar
esta mistura em direção à popa do barco. Os Mistura
Exemplo
Veja esquema abaixo.
Água do mar
Água do mar
Gás de escape
Água do mar
Silencioso
O uso de um silencioso acarreta em aumen-
to da restrição do escapamento.
CUIDADO Cuidados extremos devem ser tomados na
escolha e instalação de um silencioso.
1-26
1. Requisitos pré-contratuais
1-27
1. Requisitos pré-contratuais
Uma grade ou porta pode indicar se existe pressão negativa no compartimento do mo-
tor. Portas ou grades difíceis de abrir ou com tendência a vazamento de água para o
interior do compartimento podem ser indicativos de ventilação insuficiente. Motores as-
CUIDADO
piram enormes volumes de ar e emitem enormes volumes de gases de escape, portanto
o sistema de ventilação deve ser analisado cuidadosamente.
1-28
1. Requisitos pré-contratuais
Diagrama simplificado do sistema de combustível. Para a tubulação real veja o item “2.3.2 – Tubulações”.
* Nos motores Diesel Yamaha (bomba injetora em linha), a restrição deve se medida (pressão
negativa) no ponto A da entrada da bomba.
Veja o item “ 2.2.1 – Sistema de Combustível”.
1-29
1. Requisitos pré-contratuais
Corrente Produzida
uso. Na prática os sistemas do motor conso-
mem potência ((sistema EFI, etc.), fazendo a
capacidade de carga menor que a capacidade
de gerada. Na maioria dos casos a potência Corrente Disponível
consumida não é publicada de modo que é ne-
cessário medí-la ou usar de sua experiência
para determiná-la.
A capacidade de carga de um motor é função
de sua velocidade.Na determinação dos níveis Rotação do Motor (r/min)
de carga e descarga do motor completo, e ne-
cessário levar em consideração as condições
de uso esperadas.
Exemplo de Motor Diesel (Corrente do Alternador)
Veja o “Apêndice 11 – Estimativa para Balan-
ceamento de Carga e Consumo”. Características de Saída
(27,5 V Standard)
Temperatura Normal
Corrente de Saída (A)
Cabo da Bateria
A partida será muito difícil se os cabos que conectam a bateria e o motor de partida fo-
CUIDADO rem muito reduzidos. Um diâmetro insuficiente de cabo também pode causar danos ao
motor e risco de incêndio. Certifique-se de selecionar cabos de diâmetro e comprimento
adequados.
1-30
1. Requisitos pré-contratuais
PP Comando Remoto
Vários tipos de comando remoto estão disponí-
veis conforme a aplicação.
1-31
1. Requisitos pré-contratuais
Cabo de Engate
Motor
Sinais Digitais
1-32
1. Requisitos pré-contratuais
1-33
1. Requisitos pré-contratuais
PP Instrumentos do Painel
Modernos motores podem ser instrumentados
com vários tipos de instrumentos, porem nem
sempre as características de um instrumento
são compatíveis com os sinais gerados pelo
motor.
Tendo em vista essas diferenças de compati-
bilidade de sinais, incluindo os tipos de cabos,
certifique-se de analisar todos os detalhes da
fiação e dos medidores, antes de concluir a se-
leção.
Arruela
Porca
1-34
1. Requisitos pré-contratuais
1-35
1. Requisitos pré-contratuais
PP Filtro de Combustível
Existe grande variedade de filtros de combustível, diferindo pelo tipo e volume de combustível, es-
trutura construtiva e qualidade. Além disso, a qualidade do combustível varia em função do ambien-
te, condições de estocagem, etc. Selecione um filtro compatível com a estrutura do barco, limitações
do motor, qualidade do combustível e condições de mercado.
1. Seleção do Filtro
Filtro de
Selecione um filtro com os seguintes requi- Combustível
sitos:
Mangueira de
• Deve ser compatível com o combustí- Combustível
vel do motor.
• A máxima vazão do filtro deve ser igual
Tipo
ou maior que a vazão máxima do motor. Cartucho
• A capacidade de filtragem deve ser
igual ou melhor que o recomendado
para o motor.
• O interior da caneca do filtro deve ser
facilmente examinado quanto a conta-
minantes.
• O elemento filtrante deve ser facilmen-
te limpo e substituído.
3. Cuidados na Instalação
• Instale o filtro em local de fácil inspe-
ção da sujeira interna.
• Assegure espaço suficiente para per-
mitir a substituição do elemento.
• Instale o filtro o mais baixo possível,
de modo a facilitar a purga de ar e evi-
tar bolsões de ar.
1-36
1. Requisitos pré-contratuais
PP Sistema de Direção
Sistemas de direção variam em tipo e tamanho. Embora possa ser fornecido como componente ori-
ginal, muitos são selecionados pelo estaleiro ou pelo instalador. Selecione corretamente, com base
em cuidadoso estudo das informações do motor e do fabricante do conjunto de direção.
CUIDADO
Numa instalação de parelhas, a manobra
tem que ser possível mesmo com um motor
totalmente elevado. Certifique-se de usar um
sistema que permita manobras mesmo com
um dos motores na máxima elevação.
1-37
1. Requisitos pré-contratuais
1-38
1. Requisitos pré-contratuais
1-39
1. Requisitos pré-contratuais
1-41
1. Requisitos pré-contratuais
Exemplo de Estimativa
Velocidade (kt)
1-42
1. Requisitos pré-contratuais
1-43
1. Requisitos pré-contratuais
1-44
1. Requisitos pré-contratuais
A curva de potência real do motor não tem uma variação puramente linear devido às condições do
desenho do casco e outros fatores. Entretanto, na troca de motores é possível um boa estimativa
usando este método. Das equações acima, decorre a próxima:
Com isso em mente, podemos determinar a curva exponencial correspondente ao barco em ques-
tão. As curvas abaixo são mostradas somente como referência, visto que os valores reais variam
conforme cada casco e velocidade. A contínua coleta de dados de barcos para uma região especí-
fica é a única ferramenta para melhorar a precisão.
Velocidade
1-45
1. Requisitos pré-contratuais
1-46
1. Requisitos pré-contratuais
Os termos “leve” e “pesado” são usados freqüentemente nesta sessão, mas não têm
relação com a massa do hélice. Hélice pesado é aquele que impõe uma carga no motor.
Um hélice que impossibilita o aumento da velocidade do motor porque seu diâmetro e
CUIDADO
passo são muito grandes, é denominado hélice “pesado”. Inversamente, um hélice tão
pequeno que permite ao motor atingir rotações acima da faixa especificada, é conside-
rado um hélice “leve”.
1-47
1. Requisitos pré-contratuais
1. Motor de Popa
Visto que a relação de transmissão do motor de popa é fixada, será necessário somente selecionar
o hélice adequado. Existem diferentes tipos de hélice, com diferentes passos para objetivos espe-
cíficos.
Não existem opções de diâmetro, somente opções com diferentes passos. Com relação ao material,
é possível selecionar entre alumínio e aço inoxidável.
Séries com aplicações específicas:
Navegação em água doce Hélice VMAX
Navegação em alto mar Hélice SWS
Navegação mista Hélice Reliance
Alta propulsão
Processo de Seleção
A seleção de um hélice otimizado é baseado em resultados reais de navegação.
1 – Calcule o passo estimado, incluindo o fator de escorregamento na velocidade esperada do barco.
Para informações sobre o fator de escorregamento, veja o Apêndice 2 – Rotação do Hélice e Es-
corregamento
CUIDADO
Certifique-se de ter em mãos o hélice com passo que se espera ser usado ou hélices com
passos aproximados. A falta de hélices com passos adequados pode levar a problemas irrecu-
peráveis. Certifique-se de definir todos os detalhes até este ponto, antes de assinar o contrato.
(Exemplo de seleção 1)
Potência
Rotação do motor: 5000 a 6000 rpm Máxima Curva de
a. Passo 18 pol.: 5300 rpm Potência
b. Passo 16 pol.: 5800 rpm
c. Passo 14 pol.: 6200 rpm (ativa o limitador) Governador
de sobrerotação
Neste caso, selecione B
Rotações
Considere o aumento do peso do barco e es- Potência
Especificadas
colha a mais alta rotação dentro da faixa espe-
cificada.
(Ver “Seleção de Hélice”). É fundamental ob- Rotação do Motor
servar a ativação do limitador de sobre-rotação
quando navegar com cargas baixas.
(Exemplo de seleção 2)
Potência
Rotação do motor: 5000 a 6000 rpm Máxima Curva de
a. Passo 16 pol. : 5600 rpm (carga leve) Potência
: 4800 rpm (carga pesada)
b. Passo 14 pol. : 6200 rpm (carga leve)
(ativação do limitador)
Rotações
: 5400 rpm (carga pesada) Potência Especificadas
No caso de barcos comerciais que são sujeitos
a grande variação de cargas, o hélice escolhi-
do pode ser muito leve para cargas leves, de Rotação do Motor
modo a evitar sobrecargas em baixas rotações.
Neste caso o usuário deve estar sempre alerta
contra a operação na faixa de sobre-rotação.
1-48
1. Requisitos pré-contratuais
2. Motores de Centro-rabeta
O procedimento de seleção de motor de cen- Potência
tro-rabeta é idêntico ao de popa. Com motores Máxima
Curva de
Diesel utiliza-se um governador para proteção Potência
Rotação normal
contra sobre-rotação e se seleciona um hélice do motor (Veja
relativamente leve, conforme as informações Seleção de Hélice)
em “Seleção de Hélice”. Rotações
Potência Especificadas
Na ilustração à direita, um hélice com passo
de 15 pol. seria selecionado, considerando o
mar calmo. Rotação do Motor
CUIDADO
Certifique-se de ter em mãos o hélice com passo que se espera ser usado ou hélices com
passos aproximados. A falta de hélices com passos adequados pode levar a problemas
irrecuperáveis. Certifique-se de definir todos os detalhes até este ponto, antes de assinar o
contrato.
1-49
1. Requisitos pré-contratuais
Com motores Diesel, usa-se o governador para proteção contra sobre-rotação e selecio-
na-se o hélice mais leve conforme previsto em “Seleção do Hélice”.
CUIDADO
1-50
1. Requisitos pré-contratuais
PP Otimização do Hélice
Seleção e Velocidade Operacional
O arrasto do casco aumenta com o tempo, devido ao acúmulo de craca, danos no casco, peso de
acessórios, abertura de janelas, etc., tornando o hélice mais pesado. Portanto, o hélice inicial deve
ser selecionado um pouco mais leve, de modo a compensar isso no decorrer do tempo.
*Um hélice pesado prejudica a velocidade, consumo de combustível, fumaça negra e a vida do motor
3a5%
Potência
máxima
Otimização do hélice
Curva de
potência máxima
Ponto de
uso normal
Curva do
Potência do motor (kW)
Hélice
Tempo
Hélice leve
(no lançamento)
Rotação de
máxima potência
O usuário deve ser instruído a usar uma velocidade de cruzeiro menor que 90% da rotação de oti-
mização (rotação do motor com acelerador totalmente aberto). A operação neste ponto, resulta em
melhor economia e durabilidade do motor (maior intervalo para reforma).
1-51
1. Requisitos pré-contratuais
1-52
1. Requisitos pré-contratuais
PP Flapes
Quando trim estacionário e a distribuição da carga não são suficientes para adequar a postura de
navegação à velocidade do barco e às condições do mar é necessário a instalação de flapes regu-
láveis.
2. Tipos de Flapes
• Flapes Fixos
Flape
• Flapes reguláveis mecânicos regulável
mecânico
• Flapes reguláveis hidráulicos
Flape
regulável
mecânico
Flape
fixo
1-53
1. Requisitos pré-contratuais
1-54
1. Requisitos pré-contratuais
PP Elevação Estacionaria
Embora a postura de flutuação não influencie
diretamente no desempenho, afeta a drena- Furo de dreno Convés
gem do convés e a postura de navegação.
Certifique-se de verificar a distribuição e efei-
tos do peso do motor, bateria, tanques de com-
bustível e outros equipamentos.
• Verifique a relação entre a localização do
dreno e o ângulo do convés.
Se o ângulo do convés e a posição do dre-
no não são adequados na flutuação, água
de chuva pode se acumular e vazar para o
compartimento interno.
• Existe algum problema com a postura de
navegação?
Ainda que a postura de navegação seja
inadequada, a postura na arrancada pode
ser corrigida pela regulagem dos flaps ou
por modificação no fundo do casco. En-
tretanto, a postura da proa não pode ser
corrigida por flapes ou por modificações no
casco, de modo que a distribuição adequa-
da do peso deve ter atenção especial evi-
tando postura inadequada da proa. Obser-
ve que trim extremo incrementa o caturro.
• Existe algum problema de balanço lateral
durante a navegação?
Verifique se há balanço lateral na flutua-
ção, tendo em mente a perda de torque na
direção.
1-55
1. Requisitos pré-contratuais
1-56
capítulo 2
Configuração e Ajustes
O casco e o motor não são produtos isolados. O produto final não está completo en-
quanto toda a instalação e o teste final não forem executados.
O capítulo 2 fornece uma lista de detalhes representativos que requerem extremo cuida-
do na sua instalação e alguns exemplos.
As explicações consideram os pontos já apresentados na seção 1, de modo que a mes-
ma servira de referência e deve ser consultada para maiores esclarecimentos.
2-1
2. Configuração e Ajustes
2-2
2. Configuração e Ajustes
2-3
2. Configuração e Ajustes
PP Altura
Geralmente a altura de instalação do motor de
popa deve ser ajustada de modo que a placa
anti-cavitação esteja em nível ou dentro de 25
mm (1 pol.) com o fundo do casco. Esta altura
de instalação depende de vários fatores.
Veja item “1.2.1 Barcos com Motor de Popa –
Posição e Espaço”.
2-4
2. Configuração e Ajustes
PP Instalação de Parelha
Na instalação de parelha, os motores devem
ficar eqüidistantes da linha de centro do espe-
lho de popa.
• As distâncias (e) e (f) são iguais.
• A distância T1 (soma de (e) e (f) deve ser a
menor possível, porém deve ser suficiente
para que não haja contato entre os moto-
res durante as manobras.
Verifique no manual do fabricante do motor
qual é a distância mínima recomendada.
Mantendo-se a menor distância possível entre
os motores otimiza a eficiência da propulsão
sem provocar ventilação nas curvas acentua-
das.
2-5
2. Configuração e Ajustes
PP Altura
1. Determine a posição do motor, baseado na dimensão C.
Veja “2.1.2 – Barco com Motor de Centro-rabeta”.
PP Procedimento
Use uma ferramenta especial (SST) para de- Altura do virabrequim
terminar a posição do berço e ajustar o motor. ao berço
SST Distância do
Usando uma ferramenta especial, determina- espelho ao berço Centro do
virabrequim
se a distância de referência entre o espelho
de popa e o centro da longarina dianteira, e
entre a linha de centro do virabrequim a altura Dimen-
são C
da longarina.
Coxim dianteiro
PP Instalação de Parelha
As linhas de centro de cada unidade deve ser
eqüidistante da linha de centro do espelho de
popa.
A distância entre as unidades deve ser a me-
nor possível, entretanto permitindo facilidade
de manutenção e impedindo interferência en-
tre as unidades.
2-6
2. Configuração e Ajustes
mais importante.
H2: Altura do anteparo traseiro do motor
A altura da caixa de rolamentos não
pode ter grandes variações. Quando de-
terminar as dimensões H1 e H3, faça um
furo para confirmação das dimensões.
h: Altura do eixo central ao topo do berço
do motor.
Veja item “1.2.3 – Motor de Centro e Pé de Ga-
linha – Posição e Espaço”.
Veja item “1.3.3 – Ambientes de Operação para
Motores de Centro e Pé de Galinha”.
2-7
2. Configuração e Ajustes
apertada.
3 – Com um calibrador de laminas meça a Superior
PP Instalação de Parelha
As linhas de centro de cada motor (e) e (f) de-
vem ser eqüidistantes da linha de centro do
casco. Essas distâncias devem ser as menores
possíveis, desde que haja espaço para manu- Motor Motor
tenção.
Motor Motor
2-8
2. Configuração e Ajustes
Defensa
Blindagem
Tampa de gaxeta
Retentores
Gaxetas
2-9
2. Configuração e Ajustes
Consumo
15L/H Consumo
50 L/H 50 L/H
15 L/H
2-10
2. Configuração e Ajustes
2. Instalação no Casco
• O orifício de ventilação deve ser posi- (mínimo)
Respiro
cionado para baixo, num ângulo de 45
graus. Proa
2-11
2. Configuração e Ajustes
Motor operando
Ao desligar..
o sistema de 24V. Isso evita que haja 12V entre INCORRETO Bocal de
os negativos das 2 baterias e entre o negativo Comando Aterramento enchimento
CUIDADO
Tome 12V de uma das baterias somente em casos de buzinas ou outros dispositivos que
pequenos picos de potência.
2-12
2. Configuração e Ajustes
Exemplo:
Não dobrar a área de vedação
Cabo do comando remoto (33HPC): R100 mm
mínimo.
O raio mínimo de curvatura é diferente para
Em linha reta
cada cabo do comando remoto.
R100 mm mínimo
3 – Ângulo de curvatura
• O ângulo total não pode exceder 450 graus.
• O número máximo de curvas não pode exceder a 5.
CORRETO INCORRETO
Motor
5ª dobra de popa
de 900
2-13
2. Configuração e Ajustes
Aterramento
O aterramento protege contra choques elétricos, fuga de corrente, risco de incêndios, descargas
eletrostáticas e supressão de ruídos eletromagnéticos.
PP Proteção contra Corrosão
A corrosão nas embarcações é eletroquímica e
ocorre devido à diferença de potencial elétrico
dos metais. Para se proteger contra ela, usa-se
a proteção galvânica (ânodos de sacrifício) e
dispositivos de alimentação externos.
1. Sistema de Proteção Galvânica
Este sistema usa o zinco como ânodo de
sacrifício. Na água salgada, o bronze do
hélice, aço das escadas, e o ferro de ou-
tras peças têm potencial elétrico mais alto
que o zinco. A corrente galvânica flui des-
sas ligas metálicas para o zinco, que se
dissolve, protegendo as outras peças da
corrosão, sendo portanto conhecido como
ânodo de sacrifício ou galvânico. Além do
zinco, existem também ânodos fabricados
com ligas de alumínio e magnésio.
CUIDADO
O ânodo de zinco devem ser montado na
peça a ser protegida. Quando isso não for
possível, a peça deve ser conectada através
de um fio condutor, cuja continuidade deve
ser verificada periodicamente.
2-14
2. Configuração e Ajustes
2-15
2. Configuração e Ajustes
Motores de Popa
Os terminais negativos das baterias devem ser Motores conectados
por cabo de bateria
conectados com um cabo de mesma bitola
2-16
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
PP Aterramento
A tabela abaixo mostra os objetivos dos aterramentos e conexões.
Material
Descrição do Aterramen- Objeto Ponto de
Objetivo do Aterramento e diâmetro
to aterrado aterramento
do cabo
1. Proteção contra choque Protege contra picos de Dispositivos Cabos VCT Placa de
devido a fuga de cor- tensão ao terra gerados elétricos ali- de mesma aterramento.
rente por instrumentos elétricos mentados por bitola do dis- *3
devido a baixa isolação. 55 V ou mais positivo a ser
2. Proteção 1. Proteção Protege contra fugas de (Exemplo: aterrado ou
contra contra corrente, faíscas e ex- geradores) cabo IV *2
fogo e fogo devi- plosões devido a baixa
explosão do a faís- isolação de equipamento
cas devido ou cabo.
a baixa
isolação
2. Proteção Protege contra faíscas Linhas de AV-1.25 mm Motor ou
contra devido a descargas de ele- combustível Cabo AV 1,25 placa de
fogo tricidade extática em linhas metálicas, mm2 mínimo aterramento
devido a de combustível, causado- bicos de
descargas ras de incêndio e explosão. abastecimen-
Aterramento Geral
ruídos na recepção gem do cabo da antena sem fio, ante- Cabo AV 3 aterramento
reduz interferências na nas de radio mm2 mínimo *4
recepção
7. Melhoria da eficiência Aterramento similar ao de Antena AV-3 mm Placa de
na emissão de onda de placas de aterramento de sem fio Cabo AV 3 aterramento
radio antenas (ground plane) mm2 mínimo
2-17
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
Antena
Antena do radio do GPS Antena sem fio 1 – Áudio
2 – GPS, Sonar
3 – Sem fio
4 – Equipamento em CA
5 – Gerador auxiliar
Condensador
Alimentação externa
Bocal de abastecimento
Tanque
de Diesel
Motor Bateria
Placa de Válvula
Suporte do casco
aterramento
do eixo
Anel de zinco
2-18
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
1 – Áudio
2 – Sem fio
Condensador
Abastecimento
Tanque
Bateria de Diesel
Placa de Válvula do
aterramento casco (cobre)
Antena Antena
sem fio do rádio Antena
do GPS
1 – Áudio
2 – Sem fio
3 – Sonar, GPS
Condensador
Motor
Rabeta Bateria Tanque
de Diesel
2-19
2. Configuração e Ajustes
O significado do “Terra”
A palavra “terra” pode se referir ao planeta, a locais ou ao solo. Nós usamos expressões
aterramento, circuito de aterramento, linha de aterramento, etc. A teoria sobre aterra-
mento pode ser de difícil compreensão, por isso recomendamos o estudo dos manuais
técnicos sobre eletromagnetismo para um melhor aprofundamento. Aqui cobriremos somente os
aspectos que poderiam levar a confundir o técnico.
Veja o item “2.2.4 – Proteção contra Corrosão e Aterramento.
CUIDADO
A maioria dos barcos são aterrados pelo lado negativo, e existem locais a bordo onde o lado
negativo da bateria é exposto através do cabo de comando remoto, berço do motor, cabos
de aterramento, etc. Este tipo de instalação é altamente propício a choques elétricos e curto-
circuitos pela água do mar, portanto demandam grande cuidado na instalação da fiação. Veja
o item “2.2.2 Sistema Elétrico.”
2-20
2. Configuração e Ajustes
• Capacitância
Não é o termo correto. Em nosso contexto, expressa a capacidade de receber e dissipar correntes
de fuga, interferência eletromagnética (ruído), eletricidade estática e outras cargas elétricas.
O estudo do eletromagnetismo usa grande variedade de termos, tais como elétrons, carga elétrica,
elétron livre, íon positivo (cátion) íon negativo (ânion), eletricidade estática, capacitância, quanti-
dade de eletricidade ou carga elétrica, corpo carregado, condutor, isolante e campo elétrico para
explicar a teoria do aterramento. É um teoria muito complexa que não será coberta por este manual.
Veja o item “2.2.4 – Proteção Contra Corrosão e Aterramento”.
2-21
2. Configuração e Ajustes
1. Tomada de Força
Em grandes barcos usa-se motores auxi-
liares para a operação de equipamentos
periféricos. Em barcos pequenos, devido
ao espaço, a potência para uso em equipa-
mentos periféricos é tomada diretamente
do motor principal.
Principais periféricos
Periférico Aplicação Tomada por caixa de rolamentos
2-22
2. Configuração e Ajustes
)
lice
hé
(sem
to
Potência do FPTO (HP)
en
am
r rol
po
rça
e fo
ad
ad e
Tom hélic
Com
or polia
d e força p
Tomada
Rotação do Motor
• A potência na tomada de força é a disponível no motor. Deve ser descontados a eficiência das
correias, perdas no virabrequim e outros fatores para se chegar no valor liquido.
• Somente a carga imposta pelo casco é considerada durante a operação do hélice. Quando uma
rede de arrasto está sendo usada, a potência de entrega é a soma do arrasto do casco e da
rede, de modo que a potência disponível no tomada de força é menor.
• Tomada de força por eixo em balanço não é disponível. Recomenda-se o uso da tomada com
polia em caso de necessidade.
2-23
2. Configuração e Ajustes
2.3.1 Fiação
Porque você precisa observar os princípios básicos da fiação?
Se você ignorar esses princípios
• RUIM: Fiação não confiável
Se você seguir esses princípios
• BOM: Fiação de alta qualidade mesmo sem instruções detalhadas
• BOM: Melhora a eficiência do estaleiro
• BOM: Conhecimentos especiais não são necessários
Danificado
Correto Incorreto
Fiação
Porão
2-24
2. Configuração e Ajustes
Linha energizada
Furo de broca
Fiação
Conexão
Tubulação
Correto
Braçadeira
Incorreto
2-25
2. Configuração e Ajustes
2.3.2 TubulaçÕES
Porque você precisa observar os princípios básicos da tubulação?
Se você ignorar esses princípios
• RUIM: Montar e apertar e está pronto.
• RUIM: O resultado do serviço mal feito não aparece durante o teste.
• RUIM: O problema é repassado ao cliente.
2-26
2. Configuração e Ajustes
2-27
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
2.3.3 Instalação
Parafusos, prisioneiros, roscas soberbas, etc., são utilizados na fixação de peças e componentes.
Esta seção fornece informações sobre “Localização de furação”e “Diâmetros de furos para monta-
gem de parafusos auto atarrachantes”.
Observe que o método e o processo de instalação, dependem dos objetivos, materiais,etc..
PP Localização da Furação
2-28
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
CUIDADO
Use selante elétrico (não corrosivo) para a vedação de componentes elétricos e vibração.
2-29
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
• Pó de FRP
O FRP é constituído de fibras de vidro com Óculos
• Solventes Orgânicos
Grandes quantidades de solventes orgâni-
cos são usadas no reparo e construção de
barcos de FRP.
Estes solventes orgânicos são substân-
cias perigosas que devem ser manusea-
das com os cuidados adequados.
2-30
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
3. Sobreposição de compensado
Em juntas de reforço de 2 folhas ou mais,
use o seguinte método de superposição
com deslocamento.
A variação de espessura pode ser re-
MM duzida no limite da junta, melhorando
a aparência e resistência.
Este método é preferencial, pois a
MRM
área de solda é maximizada
2-31
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
5. Acabamento de sobreposição
Incorreto
Não espalhe o adesivo excedendo a junta
soldada, de modo a ultrapassar a região
Sobreposição
lixada, após o tempo de cura. A área lixa-
da deve exceder a junta em 5 a 10 mm de Correto
largura 5 a 10 mm Área lixada
Área lixada
Massa
2-32
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
Posição da placa
Posição da placa
Altura do espelho
anti-cavitação
anti-cavitação Altura ao fundo do casco
Altura ao fundo do casco
Distância do motor
Distância do motor à à linha de quilha
linha de quilha
2-33
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
2-34
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
Espaçador
Espaçador
Espaçador
Posição da placa
Posição da placa anti-cavitação
anti-cavitação Altura ao fundo do casco
Altura ao fundo do casco
Vão livre
2-36
2. Configuração e Ajustes
Dados de Desempenho
2-37
2. Configuração e Ajustes
2-38
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
Especificações do barco
Comprimento total 9.78 mm Deslo- Velocidade
Velocidade
Largura total 3.20 m camento do motor
(knots)
(tons) (r/min)
Calado 1.82 m
L: 4128
Especificações VOLVO D3 Carga leve 5.8 31.8
R: 4130
Especificações da direção DPS-A
Carga L: 4123
Potência máxima 2 motores 6.1 31.3
média R: 4118
190 HP
Relação da transmissão 1.95 L: 4108
Total – 30.6
Hélice DPS D5 R: 4083
2-39
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
2-40
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
Especificações do barco
Comprimento total 10.50 mm Deslo- Velocidade
Velocidade
Largura total 3.00 m camento do motor
(knots)
(tons) (r/min)
Calado 1.27 m
Máximo diâmetro do hélice 680 mm Carga leve 4.64 2840 34.9
Diâmetro do eixo ø65 mm Carga
5.44 2820 33.9
média
Especificações MD750KUH
Potência Máxima 462 HP a 2800 rpm Total 6.16 2750 31.9
Relação da transmissão 2.45
Hélice 680 x 1140 x 0.55 x 3
Eixo Bronze de alta resis-
tência (TSI) Ø65
Largura do berço do motor 580 mm
Centro menor 45 mm
2-41
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
2-42
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
Especificações do barco
Comprimento total 10.84 mm Deslo- Velocidade
Velocidade
Largura total 3.65 m camento do motor
(knots)
(tons) (r/min)
Calado 2.21 m
Diâmetro máximo do hélice 430 mm L: 3580
Carga leve 8.13 31.7
Diâmetro máximo do eixo ø45 mm R: 3555
Especificação do Motor VOLVO D6 HS62AE Carga L: 3570
8.50 31.3
Potência Máxima 2 motores de 310 HP média R: 3533
a 3500 rpm
L: 3550
Relação da transmissão 1.56 Total 8.88 31.0
R: 3510
Hélice 430 x 550 x 0.XX x 3
Eixo ø45
Largura do berço do motor 572 mm
Centro baixo 45 mm
2-43
2. Configuração e Ajustes
Exemplo de Barco Yamaha no Japão
2-44
2. Configuração e Ajustes
Transmissão de Potência
Simplificando, a transmissão de potência pode ser entendida como o hélice empurrando
o barco que se desloca na água.
Mas onde exatamente a força é aplicada para propelir o barco para a frente? A seguir
ilustramos simplificadamente o fluxo de força a partir do hélice. Força de várias toneladas é aplicada
no barco, e o conhecimento deste fluxo é extremamente útil.
Motor de Popa
1 - Hélice 5 - Coxins
2 - Eixo 6 - Suporte
Motor de Centro-Rabeta
1 - Hélice 5 - Transmissão
2 - Eixo 6 - Intermediário
Motor de Centro
1 - Hélice 7 - Motor
2 - Eixo
8 - Coxins
3 - Acoplamento
9 - Suportes
4 - Engrenagens
do reversor 10 - Berço do motor
5 - Rolamentos 11 - Barco
6 - Reversor
2-45
capítulo 3
Prova de Mar e
Diagnóstico de Falhas
Ainda que se complete as investigações antes do contrato e a montagem esteja correta,
a prova de mar pode revelar problemas de desempenho e outros.
Embora o capítulo 3 explique como lidar com estes problemas, a maioria dele são cau-
sados por insuficiente investigação e falta de informações nas fases iniciais.
Para gerenciar os problemas é necessário revisar as informações apresentadas nos
capítulos 1 e 2 e analisar cuidadosamente cada informação.
3-1
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-2
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3.1 Teste
Dependendo do local e do cliente, a cerimônia de lançamento e entrega são realizadas na seguinte
seqüência: lançamento, partida imediata.
Tanto quanto possível esta prática deve ser eliminada e substituida por um plano de instalação e
entrega com as fases mostradas abaixo:
Teste Correção de problemas Entrega Otimização
PP Outros
Devem tambem ser verificados os itens abaixo, que normalmente são necessários durante a nave-
gação:
• Permissão para navegação, licença, inspeção
• Informações sobre o local de navegação, previsão do tempo e meteorologia
• Notificação do plano de cruzeiro
• Equipamento de comunicação e salvatagem
• Coletes salva-vidas para todos os tripulantes e passageiros
• Combustível
• Ferramentas para inspeção e serviço
• Telefone celular
Faça tantos testes em terra quantos forem necessários. Se for necessário partir o motor
imediatamente após o lançamento, teste primeiro o motor em terra. Um teste em terra
reduz os riscos imediatos ao lançamento.
CUIDADO
3-3
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
PP Ajuste do Alinhamento
Reajuste da posição de alinhamento do motor (somente motores de centro pé de galinha)
Imediatamente após o assentamento do barco na água, verifique o alinhamento do motor e hélice.
Um alinhamento incorreto pode provocar acidente
Veja o item “2.1.3 Barco com Motor de Centro e Pé de Galinha”.
3-4
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-5
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-6
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-7
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-8
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-9
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
CUIDADO
Quando o deslocamento é maior que o pre-
visto, não é necessario aumentar a veloci-
dade do barco. Mude para o hélice adequa-
do para a velocidade do barco.
3-10
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
PP Ventilação do hélice
Apesar de aumentar a velocidade do motor,
o ar que é sugado pelo hélice impossibilita o
aumento da velocidade do barco. A ventilação
provoca um fluxo branco de água saindo do
hélice. Certifiquese de que a placa anti-cavita-
ção está na altura correta.
Veja o item “1.2 – Determinando a Posição de
Instalação”.
PP Substituição do Hélice
3-11
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-12
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3-13
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
PP Popa Baixa
A correção da inclinação da popa é muito mais
fácil. Os melhores resultados são obtidos com
a correção do trim durante a navegação. O ex-
cessivo levantamento da proa provoca grande
arfagem e batidas que prejudica a dirigibilida-
de.
A propulsão deve ser rebaixada para que haja
a submersão da proa. Alguns motores de popa
permitem o ajuste usando o pino do elevação
do trim.
Flapes
Flapes podem hidráulicos, ajustáveis, ou fixos.
Os flapes fixos podem ser comparados a
cunhas.
Veja o item “1.4.3 – Flapes”.
3-14
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
PP Correção do Adernamento
Traseira Lateral
Devido à influencia do balanço estacionário e
da perda de torque em curvas este tipo não
deve ser afixado.
Flapes (positivos)
O efeito produzido pelo flape depende do ân-
gulo, tamanho e posição.
Flapes Reversos
A eficiência dos flapes reversos na correção Traseira Lateral
do balanço transversal é aproximadamente um
terço quando comparado com os flapes positi-
vos. São uma boa escolha quando a correção
do barco for muito sensível
3-15
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
Redução do Caturro
Os seguintes métodos podem ser usados para
reduzir a arfagem ou caturro:
• Deslocamento do peso em direção à proa
• Fundo do casco com formato âncora
• Instalação de flapes
• Ajustar do trim (Popa e centro-rabeta)
A instalação de flapes acarreta em redução da
velocidade máxima. Em função disso deve-se
usar flapes hidráulicos, que são baixados para
correção do caturro e levantados no planeio.
3-16
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
PP Outros Problemas
Caturro
Caturro
O caturro é mais pronunciado quando o centro
de gravidade está muito próximo da popa. A
arfagem não para, e vai aumentando gradual-
mente. Em situações limite há restrição da po-
tência do motor.
Veja o item “1.4.3 – Postura de Flutuação e Na-
vegação.”
Excesso de Respingos
Excesso de respingos podem ser reduzidos
através da mudança do placa anti-cavitação
(para cima, na maioria dos casos).
Ruidos do Hélice
Em raros casos um som agudo e metálico
como um assobio pode ser gerado na faixa de Seção do Hélice Vórtices de
baixa velocidade. Pessoal inexperiente atribui o Fluxo da água Karman
ruido ao motor. Na realidade este ruido é cau-
sado pela turbulência da água em torno das
pontas das pás do hélice (fenômeno conhecido Fluxo da água
como “Vórtices de Karman”), que normalmente
é eliminado pelo esmerilhamento das pontas
do hélice em ângulo.
3-17
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
Direcionamento
a bombordo Correção
Cracas
Resultado:
adernamento a boreste
Arrasto
aumentado
O piloto agindo inconscientemente gira o leme para boreste e mantém
a embarcação em linha reta. Este giro para boreste resulta no mesmo
adernamento da manobra a boreste.
3-18
3. Prova de Mar e Diagnóstico de Falhas
3.3.1 Entrega
Existem varias atividades na fase de entrega. Além da obtenção da aprovação do cliente e entrega
do certificado de garantia, é necessário que hajam explicações e instruções ao cliente. Para mais
detalhes, deve-se estudar os manuais de serviço, manual do proprietário, certificado de garantia,
plano de manutenção, etc.
PP Objetivos e Importância
As peças usinadas apresentam rugosidades que são eliminadas pelo assentamento a baixas car-
gas e velocidades. A operação sob baixas velocidades e cargas propiciam um assentamento gradu-
al que visa o aumento da vida útil das partes móveis, daí sua grande importância.
Negligenciar esta fase de amaciamento pode provocar danos irreversíveis aos componentes mó-
veis, portanto esta fase é fator determinante na vida do produto.
PP Procedimento (Exemplo)
O procedimento a seguir é um método geral de amaciamento
1 – Nos primeiros 10 minutos, mantenha o motor em marcha lenta
2 – Nos 50 minutos seguintes operar a 3000 rpm ou a meio acelerador
3 – Nos 60 minutos seguintes operar a 4000 rpm ou a ¾ do acelerador
4 – Nas 8 horas seguintes, não operar o motor continuamente com o acelerador totalmente aberto
por mais de 5 minutos.
2 horas
10 horas
8 horas
50 60
min. min.
10 minutos
3-19
capítulo 4
APÊNDICE
O apêndice contem procedimentos, desenhos e materiais de referência que não estão
incluídos no texto principal.
4-1
4. APÊNDICE
vidro)
11 Substituição do filtro de Inspeção periódica Área pode ser inspeciona-
combustivel (ambos os da visualmente
lados do casco)
12 Drenagem da água do Serviço menor Mangueira de dreno pode
tanque de combustivel ser conectada
13 Substituição da bomba Serviço menor Área pode ser inspeciona-
manual e medidor da visualmente
14 Substituição do amortece- Serviço menor Área pode ser inspeciona-
dor do tanque da visualmente
15 Desaerar o combustivel Serviço menor Área pode ser inspeciona-
(motor e filtro) da visualmente
16 Aperto e substituição da Serviço menor Área pode ser inspeciona-
mangueira e da conexão da visualmente
de combustível
17 Substituição do tanque de Serviço maior Tanque deve ser substi-
combustivel tuível
18 Inspeção do nível de óleo Inspeção préope- Área pode ser inspeciona-
do motor ração da visualmente
Lubrificação
Sistema de
4-2
4. APÊNDICE
4-3
4. APÊNDICE
4-4
4. APÊNDICE
hidráulico.
75 Cabos da direção: substitui- Menor Cabos e mangueiras subs-
ção da mangueira, reposi- tituíveis
ção da graxa.
76 Substituição do cilindro Menor Reparo pode ser feito sem
hidráulico, bomba e da dire- remoção do motor
ção mecânica.
77 Inspeção e substituição do Menor Substituição pode ser feita
Acopla-
mento
do volume de dreno.
82 Inspeção da função do sen- Inspeção de pré Área de trabalho pode ser
sor de bóia e do alarme de operação vista.
nível alto.
83 Inspeção do nível de óleo Inspeção periódica Níveis de água e óleo
do gerador, água de arrefe- podem ser vistos na repo-
cimento, vazão de descar- sição. Taxa de descarga
ga do ar condicionado. pode ser avaliada..
84 Inspeção, ajustes e trocas Inspeção periódica Área de trabalho pode ser
de correias, ventilador e vista. Gerador pode ser
escova do gerador suple- removido para troca de
mentar Correias V.
4-5
4. APÊNDICE
Linha d’água
4-8
4. APÊNDICE
3. Calculando o Volume
Após determinar a área da superfície, apli-
case a regra de Simpson da mesma ma-
neira que na direção horizontal.
Para se determinar o volume de A até C:
V = ℓ/3 (AS + 4SB + SC)
Este cálculo pode ser repetido para se de-
terminar o volume total, que então pode
ser usado em combinação com a densi-
dade da água e a aceleração da gravida-
de para se determinar o deslocamento do
casco.
4-9
4. APÊNDICE
7 2.60
8 Relação do passo Curva usada: GAWN 0.5 1.25
do gráfico
9 Constante do diâmetro(δ) 31.5
do gráfico
10 Diâmetro D = δ x Va 0.720
N
11 Passo do hélice P = P’ x D P = 1.25 x 0.720 = 0.900 0.900
4-10
4. APÊNDICE
4-11
4. APÊNDICE
Diâmetro (D)
x
Passo (P)
Diâmetro do Hélice
4-12
4. APÊNDICE
4-13
4. APÊNDICE
Resultado:
2 ânodos de zinco ø 45 mm para o hélice
4-14
4. APÊNDICE
4-15
4. APÊNDICE
Problemas Potenciais
• Restrição ao fluxo devido a curvas e do-
bras nas mangueiras
• Desgaste das mangueiras devido vibra-
ções.
1 – Posicionamento das braçadeiras:
• Nunca espaçar mais que 500mm
• Manter raio de curvatura que evite do-
bras
• Curvar mangueiras com curvas bem
abertas
• Sempre que houver possibilidade de
dobra pelo envelhecimento, use bra-
çadeiras.
4-16
4. APÊNDICE
Problemas Potenciais
A instalação de mangueiras muito próximas ou
Tubo corrugado
em torno de cantos vivos no casco podem re-
sultar em danos.
• Proteja do contato com cantos vivos usan-
Tubo espiral
do tubos corrugados Canto vivo
4-17
4. APÊNDICE
Movimento
5. Fixações ao Motor
4-18
4. APÊNDICE
4-19
4. APÊNDICE
4-20
4. APÊNDICE
4-21
4. APÊNDICE
Motor
Corrente Navegação à Navegação dia Festa à noite Ancorado
Quant.
(Consumo) noite/neblina (Baixa Veloc.) (ancorado) à Noite
Acessório ou
Equipamento
Taxa Uso Taxa Uso Taxa Uso Taxa Uso
Luz a bombordo
Luz a boreste
Luz de âncora
Luz de proa
Luz de cabine
Luz de convés
Luz do sanitário
Ventil. sanitário
Toalete elétrico
Bba. água doce
Bba. de convés
Iluminação da
bússola
Flape hidráulico
Áudio
GPS
Ecobatímetro
Radar Furuno
modelo 851
Sistema wireless
Saída CC
Veloc. alternador
Gerador
Corrente do
alternador
Outras
Unidade
cargas
Corrente de descarga total*
Fator de carga: Corrente de Carga /
corrente de descarga total
Bom! Bom! Ruim! Ruim!
Análise do Resultado Carrega Carrega Não carrega Não Carrega
4-22
4. APÊNDICE
Motor parado
Estimativa para Balanceamento de Carga e Consumo durante uma festa
Nome do Tipo de Motor Tensão
barco casco modelo (V)
Reserva de capacidade(AH)
1. Tempo de operação em protótipos
Modo de empregado Rotação Tempo médio (H) Tempo médio (H) Cálculo
Viagem de ida Máxima Médio X 0,9
2) Calculo da condição da bateria no local da pesca (Verificação se a bateria irá ou não descarregar)
1 – A bateria tem 2/3 de carga: estimativa antes da partida da capacidade da bateria.
2 – A bateria tem ½ da carga: estimativa onde a partida do motor não é possível.
a: Capacidade remanescente da bateria antes da partida
b: Carga (ou descarga) enquanto navega para o local de pesca.
c: Carga (ou descarga) no local de pesca.
d: Carga (ou descarga) para o deslocamento entre os locais de pesca
e: Bateria com ½ carga
Critério de decisão: a+b+c+d>e
1 – Antes da partida a bateria tem 2/3 de carga 2 – Antes da partida a bateria tem ½ carga
(modo empregado para pesca de corrico) (modo empregado para pesca de corrico)
Resultado: a+b+c+d (Ah) Resultado: a+b+c+d (Ah)
Resultado: e (Ah) Resultado: e (Ah)
Decisão a+b+c+c > e:OK Decisão a+b+c+d >e OK
Modo empregado na festa Modo empregado na festa
Resultado a+b+c+d (Ah) Resultado: a+b+c+d (Ah)
Resultado e (Ah) Resultado: e (Ah)
Decisão A+b+c+d< e Não OK Decisão a+b+c+d < e Não OK
4-23
4. APÊNDICE
PP Dinâmica do Barco
Exatamente como qualquer outro corpo rígido, o casco é capaz de girar em torno e ao longo dos
eixos ortogonais que passam pelo seu centro de gravidade
1. Movimentos Rotativos
1.1 – Rolagem (Balanço Transversal):
Vibração giratória em torno da linha de centro longitudinal do centro de gravidade do barco.
Produz sensação desagradável e afeta a estrutura do barco
1.3 – Ziguezague:
Vibração giratória em torno da linha vertical do centro de gravidade do barco. Tem grande influencia
no controle da direção do barco.
4-24
4. APÊNDICE
2. Movimentos Paralelos
2.1 – Balanço Vertical (Sobe e Desce):
O Casco oscila para baixo e para cima mas permanece na horizontal (paralelo à linha d’água).
4-25
4. APÊNDICE
2 - Planeio
Condição de mínima resistência que permite ao barco deslizar sobre a superfície da água e o hélice
com mínimo de escorregamento.
3 – Ondulação e batida
Este é um fenômeno típico de excesso de potência que elimina a estabilidade dinâmica do barco,
causando movimentos de sobe e desce na proa, muito parecido com o nado tipo “golfinho”.
* Para se eliminar este movimento, ou se reduz a potência do motor, instala-se flapes para
baixar a proa, ou se desloca os pesos para a proa. Observe-se, entretanto que as condições
que levam a esta situação são as melhores em termos de características de velocidade
4-26
4. APÊNDICE
4 – Rabeio
Causado pelo excesso de potência, este perigoso fenômeno é uma combinação dos movimentos de
arfagem, rolamento e guinada.
* Para se eliminar este movimento é necessário reduzir a potência do motor e verificar o ajuste do
leme e conjunto de direção.
5 – Adernamento
Inclinação do barco para um dos bordos durante a flutuação ou navegação.
* O adernamento estacionário (na flutuação) é causado pela distribuição inadequada de pesos a
bordo.
* O adernamento dinâmico (na navegação) é causado pela força de reação do hélice e por ventos
laterais.
6 – Inclinação Lateral
Inclinação do barco durante a navegação em curva.
* Basicamente um barco de planeio inclina para dentro da curva e um barco de deslocamento
inclina para fora da curva.
Inclinação
4-27
4. APÊNDICE
7 – Rabeio
Saída de traseira do barco durante uma curva.
8 – Inclinação
Inclinação do barco na direção oposta da curva.
* A instalação de um motor com excessiva potência em um barco muito leve pode provocar um
inclinação súbita durante a navegação em alta velocidade, jogando os passageiros na água.
Curva a
bombordo
9 – Submersão
Causado pelo formato do fundo do casco, a água sobe lentamente e inunda o barco enquanto des-
liza pela superfície da água.
* Uma lateral do casco mal desenhada pode emborcar o barco ao cruzar um onda originada por
outra embarcação. Um espelho de popa mal desenhado também pode provocar o afundamento
da popa durante a aceleração e mesmo virar o barco na navegação contra o vento.
4-28
4. APÊNDICE
Marina
Vento
11 – Guinada
É o giro lateral da proa quando vai de encontro a ondas muito crespas, à medida que passa sobre a
crista de uma onda e escorrega pela sua encosta. Isso dificulta as manobras do barco emparelhan-
do-o com as ondas e criando uma situação perigosa que pode até emborcar o barco.
* Causas
• Navegação em locais em que sinais de perigo foram emitidos, com ventos extremos e ondas
que excedem a capacidade de desempenho do barco.
• Navegar na mesma direção que as ondas.
• Formato do fundo casco com proa muito viva e popa muito rasa.
• Excesso de peso nos acessórios das obras mortas.
• Proa muito pesada (carga frontal).
• Leme de mancal único, (motores de centro) que tem tendência a guinar.
• Leme sub-dimensionado ou sistema de direção com retardo.
• Velocidade do barco menor que a velocidade da onda.
4-29
4. APÊNDICE
4-30
4. APÊNDICE
4-31
4. APÊNDICE
4-32
YAMAHA MOTOR da Amazônia Ltda.