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2º TRABALHO–RECURSOS PROCESSUAIS
2º Semestre de 2023
Turma:6º período.
Professor Wanderson
2. Insatisfeita com eventual decisão proferida pelo magistrado, poderá a parte impugná-
la através de diversas espécies recursais, sendo fundamental que a defesa técnica tenha
conhecimento sobre as hipóteses de cabimento de cada recurso e suas principais
características.Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) o Tribunal, câmara ou turma, no julgamento das apelações, de acordo com o Código de
Processo Penal, não poderá proceder a novo interrogatório do acusado ou reinquirir
testemunhas, devendo decidir de acordo com as provas até então apresentadas;
b) a renúncia do réu ao direito de recorrer da sentença condenatória, ainda que manifestada
sem o conhecimento do seu defensor constituído, impede o conhecimento da apelação
interposta pelo seu patrono;
c) o ofendido somente poderá interpor recurso em caso de omissão do Ministério Público, se
anteriormente habilitado como assistente de acusação;
d) o recurso de agravo em execução, segundo entendimento dos Tribunais Superiores, deve
seguir o rito procedimental do recurso em sentido estrito, havendo, então, efeito regressivo;
e) o recurso em sentido estrito poderá ser apresentado para combater a decisão de
impronúncia do réu durante a primeira fase do procedimento no Tribunal do Júri.
6. Nos termos do artigo 593 do CPP, caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias da
sentença
a) que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição.
b) definitiva de condenação ou absolvição proferida por juiz singular.
c) homologatória ou denegatória da proposta de acordo de não persecução penal.
d) denegatória da ordem de habeas corpus.
e) que revogar medida de segurança.
7. Gianluigi, vítima do delito de roubo praticado por Manuel, não se habilitou em juízo
como assistente no processo em que o acusado acabou sendo absolvido por falta de
provas, em razão de Gianluigi não ter sido ouvido em juízo. Inconformado, porém, com
a absolvição de Manuel, Gianluigi ingressou em juízo, por intermédio de advogado, e
manifestou a vontade de recorrer em face da absolvição. Nessa hipótese, é correto
afirmar que:
a) poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no prazo de vinte dias, que correrá do dia
em que terminar o do Ministério Público, se este igualmente recorrer de todo o conteúdo
impugnável da sentença;
b) não poderá Gianluigi interpor recurso de apelação em razão de não se ter habilitado como
assistente durante a fase instrutória processual;
c) poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no prazo de trinta dias, que correrá do dia
em que terminar o do Ministério Público, sendo o recurso arrazoado por este, em razão de
Gianluigi não se ter habilitado como assistente;
d) não poderá Gianluigi interpor recurso de apelação em razão de não ter sido ouvido em
juízo como vítima durante a fase instrutória processual;
e) poderá Gianluigi interpor recurso de apelação, no prazo de quinze dias, se o Ministério
Público deixar de fazê-lo, correndo o referido prazo do dia em que terminar o do Ministério
Público.
10. Sobre recursos, habeas corpus e revisão criminal, de acordo com a jurisprudência do
Superior Tribunal de Justiça,
a) caberá apelação da decisão judicial que recusar homologação à proposta de acordo de não
persecução penal.
b) em atenção à paridade de armas, o Ministério Público também possui prazo em dobro para
recorrer em âmbito penal.
c) os Embargos Infringentes, interpostos por acusação ou defesa, possuem efeito devolutivo
amplo.
d) a superveniência da sentença condenatória prejudica o pedido de trancamento da ação
penal por falta de justa causa feito em habeas corpus.
e) a soberania dos vereditos impede o juízo rescisório em revisão criminal interposta contra
decisão do Tribunal do Júri.
11. Analise o caso abaixo mencionando se o mesmo está correto ou não. Justifique sua
resposta.
Juca foi condenado em primeira instância pela prática de crime de corrupção, sendo
aplicada em sentença pena de cinco anos de reclusão a ser cumprida em regime inicial
fechado. Em recurso de apelação, exclusivo da defesa, o advogado de Juca requereu a
anulação da sentença por falta de fundamentação, a absolvição do réu e,
subsidiariamente, a redução da pena e aplicação de regime inicial semiaberto. Em
julgamento, a sentença foi parcialmente mantida, alterando-se apenas o regime de
cumprimento da sanção imposta. Por unanimidade, foi afastada a alegação de nulidade
e mantida a condenação. Por maioria de votos, foi mantida a pena aplicada, tendo um
Desembargador votado pela sua redução, e afastado o regime inicial fechado, fixando-se
o semiaberto.Intimada da decisão, a defesa de Juca poderá interpor recurso de
embargos infringentes em busca do reconhecimento de nulidade, absolvição e redução
da pena aplicada, enquanto o Ministério Público somente poderá buscar a aplicação de
regime inicial fechado em recurso de embargos infringentes.
R: A matéria apresentada está em conformidade com o Código de Processo Penal pátrio. A equipe de
defesa de Juca utilizou seu direito de apelar da decisão do tribunal de primeira instância, solicitando a
revogação da sentença, a absolvição e a redução da penalização, além da modificação para o regime de
cumprimento de pena semiaberto. A determinação do tribunal de segunda instância de manter a
condenação, mas modificar o regime de execução da pena para o semiaberto, está em conformidade
com a jurisprudência nacional. A capacidade da defesa para apresentar recurso de embargos
infringentes é válida, visto que a decisão não foi unânime. O Ministério Público não pode pleitear a
adoção do regime de cumprimento inicial fechado em um recurso de embargos infringentes, uma vez
que a decisão acerca do regime foi unânime em favor do semiaberto. Portanto, o caso segue os
procedimentos legais estipulados no código.