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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA ISO/IEC
Exemplar para uso exclusivo - Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança - ABIMDE - 55.616.429/0001-08 (Pedido 791049 Impresso: 22/04/2021)

17067
Primeira edição
22.04.2015

Válida a partir de
22.05.2015

Avaliação da conformidade — Fundamentos


para certificação de produtos e diretrizes de
esquemas para certificação de produtos
Conformity assessment — Fundamentals of product certification and
guidelines for product certification schemes

ICS 03.120.20 ISBN 978-85-07-05540-2

Número de referência
ABNT NBR ISO/IEC 17067:2015
14 páginas

© ISO/IEC 2013 - © ABNT 2015


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Sumário Página

Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Certificação de produto......................................................................................................2
4.1 Conceito da certificação de produto.................................................................................2
4.2 Objetivos da certificação de produto................................................................................2
5 Esquemas para certificação de produto...........................................................................2
5.1 Princípios básicos...............................................................................................................2
5.2 Funções e atividades em esquemas para certificação de produto................................3
5.3 Tipos de esquemas para certificação de produto............................................................5
5.3.1 Generalidades......................................................................................................................5
5.3.2 Esquema tipo 1a..................................................................................................................5
5.3.3 Esquema tipo 1b..................................................................................................................5
5.3.4 Esquema tipo 2....................................................................................................................5
5.3.5 Esquema tipo 3....................................................................................................................6
5.3.6 Esquema tipo 4....................................................................................................................6
5.3.7 Esquema tipo 5....................................................................................................................6
5.3.8 Esquema tipo 6....................................................................................................................6
6 Desenvolvimento e operação de um esquema para certificação de produto...............7
6.1 Generalidades......................................................................................................................7
6.2 Relacionamento entre o esquema para certificação de produto e o sistema para
certificação de produto.......................................................................................................7
6.3 Proprietário do esquema....................................................................................................8
6.4 Desenvolvimento de esquemas para certificação de produto.......................................9
6.5 Conteúdo de um esquema.................................................................................................9
6.5.1 Generalidades......................................................................................................................9
6.5.2 Amostragem...................................................................................................................... 11
6.5.3 Aceitação dos resultados da avaliação da conformidade............................................ 11
6.5.4 Terceirização das atividades de avaliação da conformidade....................................... 11
6.5.5 Reclamações e apelações ao proprietário do esquema................................................ 11
6.5.6 Licenciamento e controle da marca................................................................................12
6.5.7 Supervisão.........................................................................................................................12
6.5.8 Produtos não conformes..................................................................................................12
6.5.9 Relatório ao proprietário do esquema............................................................................12
6.5.10 Subcontratação da operação do esquema.....................................................................12
6.5.11 Marketing...........................................................................................................................12
6.5.12 Reivindicação fraudulenta da certificação.....................................................................12
6.6 Manutenção e melhoria de um esquema........................................................................13
6.6.1 Análise da operação do esquema...................................................................................13

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6.6.2 Alteração nos requisitos especificados..........................................................................13


6.6.3 Outras alterações no esquema........................................................................................13
6.7 Documentação do esquema.............................................................................................13
Bibliografia..........................................................................................................................................14

Figura
Figura 1 – Relacionamento entre o esquema para certificação de produto e o sistema para
certificação de produto.......................................................................................................7

Tabela
Tabela 1 – Construindo um esquema para certificação de produto................................................4

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Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR ISO/IEC 17067 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25), pela
Comissão de Estudo de Avaliação da Conformidade (CE-25:000.04). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 03, de 10.03.2015 a 12.04.2015, com o número de Projeto 25.000.04-021.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO/IEC 17067:2013,
que foi elaborada pelo Technical Committee on conformity assessment (ISO/CASCO), conforme
ISO/IEC Guide 21-1:2005.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard describes the fundamentals of product certification and provides guidelines for
understanding, developing, operating or maintaining certification schemes for products, processes and
services.

It is intended for use by all with an interest in product certification, and especially by certification
scheme owners.

NOTE 1 In this Standard the term “product” can also be read as “process” or “service”, except in those
instances where separate provisions are stated for “processes” or “services”. Definitions of product, process
and service are given in ABNT NBR ISO/IEC 17065.

NOTE 2 The certification of products, processes and services is a third-party conformity assessment activity
(see ABNT NBR ISO/IEC 17000) carried out by product certification bodies. The requirements for product
certification bodies are specified in ABNT NBR ISO/IEC 17065.

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Introdução

Esta Norma descreve os fundamentos para certificação de produto e fornece diretrizes para esquemas
de certificação de produto. Nesta Norma as referências ao termo “produto” também podem significar
“serviços” ou “processos”.

Conforme os produtos são projetados, produzidos, distribuídos, utilizados e, finalmente, descartados,


eles podem dar origem a preocupações com compradores, usuários e com a sociedade em geral.
Tais preocupações podem se relacionar à segurança, saúde ou impactos ambientais, durabilidade,
compatibilidade, adequação para os fins pretendidos ou para condições estabelecidas.

Geralmente, estas preocupações são tratadas especificando os atributos requeridos do produto


em um documento normativo, como uma norma.

Em seguida, o fornecedor do produto tem a tarefa de demonstrar que o produto está em conformidade
com os requisitos do documento normativo.

Pode ser suficiente para o fornecedor avaliar e declarar sua conformidade do produto, porém,
em outros casos, o usuário ou um órgão regulamentador pode requerer que a conformidade seja
avaliada por uma terceira parte competente e imparcial.

A avaliação e a atestação de terceira parte imparcial de que o atendimento dos requisitos especificados
foi demonstrado para o produto são denominadas como certificação do produto.

Esta Norma descreve como os esquemas para a certificação de produto podem ser estruturados
e gerenciados. Ela identifica as técnicas de avaliação comuns que são utilizadas como base para
a certificação de produto, como ensaio, inspeção e auditoria do produto.

Esta Norma destina-se ao uso por aqueles que estão envolvidos com a certificação de produto,
especialmente os que são, ou que estão pensando em se tornar, proprietários do esquema
de certificação de produtos. Os proprietários do esquema de certificação de produtos podem incluir:

a) organismos de certificação de produtos;

b) governo e órgãos reguladores;

c) agências de compra;

d) organizações não governamentais;

e) indústria e associações de varejo; e

f) organizações de consumidores.

Esta Norma fornece somente orientações e não contém requisitos. Ela é compatível com
a ABNT NBR ISO/IEC 17065, que especifica os requisitos para organismos de certificação de produtos.

Nesta Norma, as seguintes formas verbais são utilizadas:

—— “convém que” indica uma recomendação;

—— “pode” as vezes indica uma permissão, as vezes indica uma possibilidade ou uma capacidade.

O verbo modal “deve”, que indica um requisito, não é utilizado porque esta Norma fornece somente
diretrizes.

Detalhes adicionais podem ser encontrados na Diretiva ABNT, Parte 2.

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Avaliação da conformidade — Fundamentos para certificação de produtos


e diretrizes de esquemas para certificação de produtos

1 Escopo
Esta Norma descreve os fundamentos para certificação de produto e fornece diretrizes para
a compreensão, desenvolvimento, operação ou manutenção de esquemas de certificação de produtos,
processos e serviços.

Esta Norma destina-se ao uso por todos com interesse na certificação de produto e, principalmente,
por proprietários de esquemas de certificação.
NOTA 1 Nesta Norma, o termo “produto” também pode significar “processo” ou “serviço”, exceto nos casos
onde prescrições separadas são estabelecidas para “processos” ou “serviços”. As definições de produto,
processo e serviço são fornecidas na ABNT NBR ISO/IEC 17065.

NOTA 2 A certificação de produtos, processos e serviços é uma atividade de avaliação da conformidade


de terceira parte (ver ABNT NBR ISO/IEC 17000), realizada por organismos de certificação de produtos.
Os requisitos para os organismos de certificação de produtos são especificados na ABNT NBR ISO/IEC 17065.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, Avaliação da conformidade – Vocabulário e princípios gerais

ABNT NBR ISO/IEC 17065:2013, Avaliação da conformidade – Requisitos para organismos


de certificação de produtos, processos e serviços

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR ISO/IEC 17000
e ABNT NBR ISO/IEC 17065, e os seguintes.

3.1
sistema de certificação
regras, procedimentos e gestão para a realização da certificação

[FONTE: ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 2.7, modificado]

3.2
esquema de certificação
sistema de certificação (3.1) relacionado a produtos específicos, aos quais aplicam-se os mesmos
requisitos especificados, regras específicas e procedimentos

NOTA As regras, procedimentos e gestão para a implementação da certificação de produtos, processos


e serviços são estipulados pelo esquema de certificação.

[FONTE: ABNT NBR ISO/IEC 17065:2013, 3.9, modificado]

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3.3
proprietário do esquema
pessoa ou organização responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um esquema de certifi-
cação (3.2) específico

NOTA O proprietário do esquema pode ser o próprio organismo de certificação, uma órgão governamental,
uma associação comercial, um grupo de organismos de certificação ou outros.

[FONTE: ABNT NBR ISO/IEC 17065:2013, 3.11]

4 Certificação de produto
4.1 Conceito da certificação de produto

4.1.1 A certificação de produto é a avaliação e a atestação de terceira parte imparcial de que


o atendimento aos requisitos especificados foi demonstrado. A certificação de produto é realizada
por organismos de certificação de produto, os quais convém que estejam em conformidade com a
ABNT NBR ISO/IEC 17065. Os requisitos especificados para produtos geralmente estão contidos
em normas ou outros documentos normativos.

4.1.2 A certificação de produto é uma atividade de avaliação da conformidade estabelecida


que fornece confiança aos consumidores, reguladores, indústria e outras partes interessadas
de que os produto estão em conformidade com os requisitos especificados, incluindo, por exemplo,
desempenho, segurança, interoperabilidade e sustentabilidade do produto.

4.1.3 A certificação de produto pode facilitar o comércio, o acesso ao mercado, a concorrência leal
e a aceitação do consumidor de produtos em níveis nacional, regional e internacional.

4.2 Objetivos da certificação de produto


4.2.1 Os objetivos fundamentais para certificação de produto são:

a) tratar das necessidades dos consumidores, usuários e, de modo geral, de todas as partes
interessadas, fornecendo confiança relativa ao atendimento de requisitos especificados;

b) permitir que os fornecedores demonstrem ao mercado que seu produto foi atestado para atender
aos requisitos especificados por um organismo de terceira parte imparcial.

4.2.2 Convém que a certificação de produto forneça:

—— confiança para aqueles que têm interesse no atendimento de requisitos, e

—— valor suficiente, de modo que os fornecedores possam efetivamente comercializar seus produtos.

5 Esquemas para certificação de produto


5.1 Princípios básicos
5.1.1 Convém que os esquemas para certificação de produto implementem a abordagem funcional,
conforme descrito na ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, Anexo A. As funções são:

—— seleção, que inclui atividades de planejamento e preparação, a fim de coletar ou produzir todas
as informações e dados de entrada necessários para a função de determinação subsequente;

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—— determinação, que pode incluir atividades de avaliação da conformidade, como ensaio, medição,
inspeção, avaliação de projeto, avaliação de serviços e processos e auditoria para fornecer
informações sobre os requisitos do produto, como dados de entrada para as funções de análise
e atestação;

—— análise, que significa a verificação da adequação, suficiência e efetividade das atividades de


seleção e determinação, e os resultados dessas atividades relativos ao atendimento de requisitos
especificados (ver ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 5.1);

—— decisão sobre a certificação;

—— atestação, que significa a emissão de uma declaração de conformidade, com base em uma
decisão após a análise, de que o atendimento dos requisitos especificados foi demonstrado
(ver ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 5.2);

—— supervisão (quando necessário), que significa a repetição sistemática de atividades de avaliação


da conformidade como uma base para a manutenção da validade da declaração de conformidade
(ver ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 6.1).

NOTA 1 Informações adicionais sobre as funções são fornecidas na ABNT NBR ISO/IEC 17000.

NOTA 2 Na ABNT NBR ISO/IEC 17065, as funções de “seleção” e “determinação” foram combinadas
e são referidas como “avaliação”.

NOTA 3 Na ABNT NBR ISO/IEC 17065, a função de “atestação” está relacionada à subseção sobre
“documentação de certificação” (ver ABNT NBR ISO/IEC 17065:2013, 7.7).

5.1.2 Sempre que a certificação de produto é realizada, um esquema de certificação (ver 3.2)
é atribuído.

5.2 Funções e atividades em esquemas para certificação de produto

5.2.1 Os esquemas para certificação de produto são desenvolvidos através da definição de atividades
específicas para cada uma das funções aplicáveis descritas em 5.1.1. A Tabela 1 mostra como
construir um esquema para certificação de produto, utilizando essas funções, e descreve algumas
das combinações de atividades em uso em uma ampla gama de campos onde certificação de produto
é empregada. Os tipos de esquemas para certificação de produto na Tabela 1 são também descritos
em 5.3.

5.2.2 A Seção 6 descreve o processo de decisão sobre quais atividades utilizar em uma determinada
situação e os fatores a serem levados em consideração na tomada de decisão.

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Tabela 1 – Construindo um esquema para certificação de produto

Tipos de esquemas para


Funções e atividades de avaliação da conformidade a certificação de produto b
dentro de esquemas para certificação de produto
1a 1b 2 3 4 5 6 N c,d
Seleção, incluindo atividades de planejamento e preparação,
I especificação de requisitos, por exemplo, documentos normativos e x x x x x x x x
amostragem, conforme aplicável
Determinação de características, conforme aplicável, por meio de:
a) ensaio
b) inspeção
II x x x x x x x x
c) avaliação de projeto
d) avaliação de serviços ou processos
e) outras atividades de determinação, por exemplo, verificação
Análise
III Exame das evidências de conformidade obtidas durante o estágio x x x x x x x x
de determinação para estabelecer se os requisitos especificados
foram atendidos
Decisão sobre a certificação
IV Concessão, manutenção, extensão, redução, suspensão, x x x x x x x x
cancelamento da certificação
Atestação, licenciamento
a) emissão de um certificado de conformidade ou outra declaração
x x x x x x x x
de conformidade (atestação)
b) concessão dos direitos de uso de certificados ou outras
x x x x x x x
declarações de conformidade
V
c) emissão de um certificado de conformidade para um lote de
x
produtos
d) concessão dos direitos de uso de marcas de conformidade
(licenciamento) com base na supervisão (VI) ou certificação de um x x x x x x
lote
Supervisão, conforme aplicável (ver 5.3.4 a 5.3.8), por meio de:
a) ensaio ou inspeção de amostras do mercado aberto x x x
b) ensaio ou inspeção de amostras da fábrica x x x
VI
c) avaliação da produção, da entrega do serviço ou da operação do
x x x x
processo
d) auditorias do sistema de gestão combinadas com ensaios ou
x x
inspeções aleatórios
a Quando aplicável, as atividades podem ser ligadas com a auditoria inicial e a auditoria de supervisão do sistema
de gestão do requerente (um exemplo é fornecido no ABNT ISO/IEC Guia 53), ou avaliação inicial do processo
de produção. A ordem em que as avaliações são realizadas pode variar e será definida dentro do esquema.
b Um modelo frequentemente utilizado e bem ensaiado para um esquema de certificação de produtos é descrito
no ABNT ISO/IEC Guia 28; ele é um esquema de certificação de produto que corresponde ao esquema tipo 5.
c Um esquema para certificação de produto inclui pelo menos as atividades I, II, III, IV e V a).
d O símbolo N foi adicionado para mostrar um número indefinido de outros possíveis esquemas que podem ser baseados
em diferentes atividades.

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5.3 Tipos de esquemas para certificação de produto

5.3.1 Generalidades

Os exemplos fornecidos em 5.3.2 a 5.3.8 não representam todos os tipos possíveis de esquemas
para certificação de produto. Eles podem ser utilizados com muitos tipos de requisitos e podem utilizar
uma ampla variedade de declarações de conformidade (ver ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 5.2,
Nota 1). Todos os tipos de esquemas para certificação de produto envolvem a seleção, determinação,
análise, decisão e atestação. Convém que uma ou mais atividades de determinação sejam selecionadas
entre as apresentadas na Tabela 1, levando em consideração o produto e os requisitos especificados.
Os tipos de esquemas referidos na Tabela 1 diferem conforme as atividades de supervisão
(se aplicável) são realizadas. Para os esquemas tipos 1a e 1b, nenhuma supervisão é requerida, uma
vez que a atestação refere-se somente aos itens do produto que foram submetidos às atividades
de determinação. Para os outros tipos de esquemas, 5.3.4 a 5.3.8 descrevem a maneira em que
as diferentes atividades de supervisão podem ser utilizadas e as circunstâncias em que elas podem
ser aplicáveis.

5.3.2 Esquema tipo 1a

Nesse esquema, uma ou mais amostras do produto são submetidas às atividades de determinação.
Um certificado de conformidade ou outra declaração de conformidade (por exemplo, uma carta)
é emitido para o tipo de produto, as características que são detalhadas no certificado ou um docu-
mento referido no certificado. Itens de produção subsequentes não são abrangidos pela atestação
de conformidade do organismo de certificação.

As amostras são representativas dos itens de produção subsequentes que poderiam ser referidas
pelo fabricante como sendo fabricadas de acordo com o tipo certificado.

O organismo de certificação pode conceder ao fabricante o direito de utilizar o certificado de tipo


ou outra declaração de conformidade (por exemplo, carta) como base para que o fabricante declare
que os itens de produção subsequentes estão em conformidade com os requisitos especificados.

5.3.3 Esquema tipo 1b

Esse tipo de esquema envolve a certificação de todo um lote de produtos, após a seleção e determinação
conforme especificado no esquema. A proporção a ser ensaiada, que pode incluir ensaio de todas
as unidades do lote (ensaio de 100 % do lote), seria baseada, por exemplo, na homogeneidade
dos itens do lote e na aplicação de um plano de amostragem, quando apropriado. Se o resultado
da determinação, análise e decisão for positivo, todos os itens do lote podem ser descritos como
certificados e podem ter uma marca de conformidade afixada, se isto for incluído no esquema.

5.3.4 Esquema tipo 2

A parte da supervisão desse esquema envolve a retirada periódica de amostras do produto do mercado
e submetendo-as às atividades de determinação para checar se os itens subsequentes produzidos
à atestação inicial atendem aos requisitos especificados.

Enquanto esse esquema pode identificar o impacto do canal de distribuição sobre a conformidade,
os recursos que ele requer podem ser extensos. Além disso, quando não conformidades significativas
forem encontradas, as medidas corretivas efetivas podem ser limitadas, uma vez que o produto já foi
distribuído para o mercado.

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5.3.5 Esquema tipo 3

A parte da supervisão desse esquema envolve a retirada periódica de amostras do produto do ponto
de produção, submetendo-as às atividades de determinação para checar se os itens subsequentes
produzidos à atestação inicial atendem aos requisitos especificados. A supervisão inclui a avaliação
periódica do processo de produção.

Esse esquema não fornece qualquer indicação do impacto que o canal de distribuição desempenha
sobre a conformidade. Quando graves não conformidades forem encontradas, a oportunidade pode
existir para resolvê-las antes de ocorrer a distribuição generalizada ao mercado.

5.3.6 Esquema tipo 4

A parte da supervisão desse esquema permite a escolha entre a retirada periódica de amostras
do produto do ponto de produção, ou do mercado, ou ambos, e submetendo-as às atividades
de determinação para checar se os itens subsequentes produzidos à atestação inicial atendem
aos requisitos especificados. A supervisão inclui a avaliação periódica do processo de produção.

Esse esquema pode indicar o impacto do canal de distribuição sobre a conformidade e fornece
um mecanismo de pré-mercado para identificar e resolver graves não conformidades. Duplicações
significativas de esforços podem ocorrer para esses produtos cuja conformidade não é afetada durante
o processo de distribuição.

5.3.7 Esquema tipo 5

A parte da supervisão desse esquema permite a escolha entre a retirada periódica de amostras
do produto do ponto de produção, ou do mercado, ou ambos, e submetendo-as às atividades
de determinação para checar se os itens subsequentes produzidos à atestação inicial atendem
aos requisitos especificados. A supervisão inclui a avaliação periódica do processo de produção
ou auditoria do sistema de gestão, ou ambos. A extensão pela qual as quatro atividades de supervisão
são conduzidas pode ser variada para uma determinada situação, conforme definido no esquema.
Se a supervisão incluir a auditoria do sistema de gestão, uma auditoria inicial do sistema de gestão
será necessária.

5.3.8 Esquema tipo 6

Esse esquema aplica-se principalmente à certificação de serviços e processos.

Embora os serviços sejam considerados geralmente como intangíveis, as atividades de determinação


não são limitadas à avaliação de elementos intangíveis (por exemplo, a efetividade dos procedimentos,
atrasos e capacidade de resposta da administração de uma organização). Em algumas situações,
os elementos tangíveis de um serviço podem suportar a evidência de conformidade indicada
pela avaliação de processos, recursos e controles envolvidos. Por exemplo, inspeção da limpeza
de veículos para a qualidade do transporte público.

Na medida em que os processos são tratados, a situação é muito similar. Por exemplo, as atividades
de determinação para processos de soldagem podem incluir ensaio e inspeção de amostras das soldas
resultantes, se aplicável.

Para ambos os serviços e processos, convém que a parte da supervisão desse esquema inclua
auditorias periódicas do sistema de gestão e a avaliação periódica do serviço ou processo.

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6 Desenvolvimento e operação de um esquema para certificação de produto


6.1 Generalidades

Esta Seção fornece diretrizes sobre como desenvolver e operar um esquema para certificação
de produto. Ela é particularmente relevante para as pessoas e organizações que estão considerando
o estabelecimento de um esquema ou que atuam como uma parte interessada (por exemplo, fabricante,
prestador de serviços, organismo de certificação, cliente ou órgão público).

6.2 Relacionamento entre o esquema para certificação de produto e o sistema para


certificação de produto

O esquema de certificação de produtos utilizará regras, procedimentos e gestão definidos,


que poderiam ser exclusivos para o esquema ou poderiam ser definidos em um sistema para
certificação de produto aplicável a um número de esquemas. É sempre necessário ter um esquema
para certificação de produtos, porém somente necessário para definir separadamente um sistema
para certificação de produto se as mesmas regras, procedimentos e gestão forem utilizados em mais
de um esquema. A Figura 1 ilustra a relação entre um esquema para certificação de produto e um
sistema para certificação de produto.

Sistema de certificação
de produto

Regras, procedimentos,
gestão
Esquema de certificação de
produto
Esquema A de
certificação de produto
Regras, procedimentos e
gestão relativos a grupo
particular de requisitos Aplicação de sistema a
especificados grupo particular de requisitos
especificados A

Esquema B de
certificação de produto

Aplicação de sistema a
grupo particular de requisitos
especificados B

a) Esquema único para certificação b) Sistema para certificação de produto


de produto relativo a diversos esquemas

Figura 1 – Relacionamento entre o esquema para certificação de produto


e o sistema para certificação de produto

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6.3 Proprietário do esquema

6.3.1 Os seguintes tipos principais de proprietários do esquema podem ser identificados:

a) organismos de certificação que desenvolvem um esquema para certificação de produto para uso
exclusivo de seus clientes;

b) organizações, como um organismo regulamentador ou uma associação comercial, que não sejam
um organismo de certificação, que desenvolvam um esquema para certificação de produtos
em que um ou mais organismos de certificação participem.

NOTA Um grupo de organismos de certificação, talvez em diferentes países, pode junto estabelecer
um esquema de certificação. Nesse caso, seria necessário para os organismos de certificação,
como proprietários em comum do esquema, criar uma estrutura de gestão de modo que o esquema possa
ser operado de forma efetiva por todos os organismos de certificação participantes.

6.3.2 Se um proprietário do esquema operar vários esquemas, o proprietário do esquema pode


combinar procedimentos e gestão comuns em um sistema para certificação de produto. Nesse caso,
o proprietário do esquema torna-se o proprietário do sistema e será responsável pela gestão
do sistema e dos esquemas que operam dentro dele.

6.3.3 Convém que o proprietário do esquema seja uma entidade legal.

NOTA Um proprietário do esquema governamental é considerado uma pessoa jurídica, com base no seu
status governamental.

6.3.4 Convém que o proprietário do esquema seja capaz de assumir total responsabilidade para
os objetivos, o conteúdo e a integridade do esquema.

6.3.5 Convém que o proprietário do esquema mantenha o esquema e forneça orientações quando
requerido.

6.3.6 Convém que o proprietário do esquema estabeleça uma estrutura para a operação e gestão
do esquema.

6.3.7 Convém que o proprietário do esquema documente o conteúdo do esquema.

6.3.8 Convém que o proprietário do esquema assegure que o esquema seja desenvolvido
por pessoas competentes em ambos os aspectos técnicos e de avaliação da conformidade.

6.3.9 Convém que o proprietário do esquema tome providências para proteger a confidencialidade
das informações fornecidas pelas partes envolvidas no esquema.

6.3.10 Convém que o proprietário do esquema estime e gerencie os riscos/responsabilidades


decorrentes de suas atividades.

NOTA A estimativa de riscos não significa avaliações de risco, de acordo com a ABNT NBR ISO 31000.

6.3.11 Convém que o proprietário do esquema tenha disposições adequadas (por exemplo,
seguros ou fundo de reserva) para abranger as responsabilidades decorrentes de suas atividades.
Convém que as disposições sejam apropriadas, por exemplo, para a faixa de atividades e esquemas
realizados e nas regiões geográficas em que o esquema opera.

6.3.12 Convém que o proprietário do esquema tenha estabilidade e recursos financeiros requeridos
para que ele atenda à sua função na operação do esquema.

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6.4 Desenvolvimento de esquemas para certificação de produto

6.4.1 Os esquemas para certificação de produto podem ser desenvolvidos para diferentes finali-
dades. Tais finalidades podem incluir esquemas estabelecidos pelos órgãos reguladores para atingir
os resultados de saúde, segurança ou ambientais. Outros esquemas podem ter a finalidade de auxiliar
os clientes e os consumidores a diferenciarem os produtos no mercado a tomarem decisões
de compra informadas.

6.4.2 Independentemente da finalidade, convém que os proprietários do esquema compreendam


as hipóteses, influências e consequências envolvidas no estabelecimento, operação e manutenção
de um sistema em uma base contínua.

6.4.3 No desenvolvimento de um esquema, convém que o proprietário do esquema tenha uma


compreensão clara dos objetivos do esquema e das hipóteses que fundamentam a necessidade
e a aceitação do esquema. Para auxiliar nisso, convém que o proprietário do esquema identifique
as partes interessadas e busque suas opiniões e participação no desenvolvimento do esquema.

6.4.4 Antes de desenvolver o conteúdo específico do esquema (ver 6.5), convém que os princípios
fundamentais do esquema sejam acordados entre as partes interessadas. Tais princípios podem
incluir:

—— confirmação da propriedade,

—— confirmação da governança e dos mecanismos de tomada de decisão que podem fornecer


ou não o envolvimento direto das partes interessadas,

—— confirmação do modelo fundamental de negócios e de financiamento, e

—— fornecimento de uma descrição para o monitoramento e análise periódica do esquema.

6.4.5 Uma vez desenvolvido, convém que o proprietário do esquema assegure que as informações
sobre o esquema sejam disponibilizadas publicamente para garantir a transparência, compreensão
e aceitação. Convém que o proprietário do esquema assegure que o esquema seja regularmente
revisado, incluindo a confirmação de que ele está atendendo aos seus objetivos de acordo com um
processo que inclui as partes interessadas.

6.5 Conteúdo de um esquema

6.5.1 Generalidades

Convém que um esquema para certificação de produtos especifique os seguintes elementos:

a) o escopo do esquema, incluindo o tipo de produto abrangido;

b) os requisitos em que os produtos são avaliados, referenciando-se a normas ou outros documentos


normativos; quando for necessário elaborar mediante os requisitos para remover a ambiguidade,
convém que as explicações sejam formuladas por pessoas competentes e convém que sejam
disponibilizadas a todas as partes interessadas;

NOTA Orientações adicionais sobre como formular os requisitos especificados são fornecidas na
ABNT NBR ISO/IEC 17007.

c) a seleção das atividades (ver Tabela 1) apropriada à finalidade e ao escopo do esquema; no mínimo,
convém que um esquema de certificação inclua as funções e as atividades I, II, III, IV e V a);

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d) outros requisitos a serem atendidos pelo cliente, por exemplo, a operação de um sistema de gestão
ou atividades de controle do processo para assegurar que a demonstração do atendimento
dos requisitos especificados é válida para a produção contínua de produtos certificados;

e) os requisitos para os organismos de certificação e outros organismos de avaliação da conformidade


envolvidos no processo de certificação; convém que estes requisitos não estejam em contradição
com os requisitos das normas aplicáveis para organismos de avaliação da conformidade;

f) se os organismos de avaliação da conformidade envolvidos no esquema (por exemplo, laboratórios


de ensaio, organismos de inspeção, organismos de certificação de produtos, organismos que
auditam os sistemas de gestão dos fabricantes) forem acreditados, participar na avaliação
de pares ou qualificados de outra maneira; se o esquema for o de requerer que os organismos
de avaliação da conformidade sejam acreditados, convém que as referências adequadas sejam
especificadas, por exemplo, de que o organismo de acreditação é membro de um acordo
de reconhecimento mútuo entre organismos de acreditação;

g) os métodos e procedimentos a serem utilizados pelos organismos de avaliação da conformidade


e outras organizações envolvidas no processo de certificação, de modo a assegurar a integridade
e a consistência do resultado do processo de avaliação da conformidade;

h) as informações a serem fornecidas ao organismo de certificação por um requerente para


certificação;

i) o conteúdo da declaração de conformidade (por exemplo, certificado) que identifique


inequivocamente o produto ao qual se aplica;

j) as condições sob as quais o cliente pode utilizar a declaração de conformidade ou marcas


de conformidade;

k) quando marcas de conformidade podem ser utilizadas, a propriedade, uso e controle das marcas;
convém que os requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17030 sejam aplicados;

l) os recursos requeridos para a operação do esquema, incluindo a imparcialidade e a competência


do pessoal (interno e externo), os recursos da avaliação e o uso de subcontratados;

m) como os resultados dos estágios de determinação (avaliação) e supervisão devem ser reportados
e utilizados pelo organismo de certificação e pelo proprietário do esquema;

n) a questão de como as não conformidades com os requisitos de certificação, que incluem


os requisitos do produto, devem ser tratadas e resolvidas;

o) os procedimentos de supervisão, quando esta for parte do esquema;

p) os critérios para o acesso de organismos de avaliação da conformidade ao esquema e para


o acesso de clientes ao esquema;

q) o conteúdo, condições e responsabilidade pela publicação da lista de produtos certificados pelo


organismo de certificação ou pelo proprietário do esquema;

r) a necessidade e o conteúdo de contratos, por exemplo, entre o proprietário do esquema


e o organismo de certificação, o proprietário do esquema e os clientes, o organismo de certificação
e os clientes; convém que os direitos, responsabilidades e obrigações das várias partes sejam
definidos em contratos;
NOTA Um exemplo de contrato entre um organismo de certificação e seus clientes pode ser encontrado
no ABNT ISO/IEC Guia 28:2005, Anexo B.

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s) as condições gerais para a concessão, manutenção, continuidade, extensão do escopo, redução


do escopo, suspensão e cancelamento da certificação; isto inclui os requisitos para a suspensão
da publicidade e devolução de documentos de certificação e qualquer outra ação, se a certificação
for suspensa, cancelada ou rescindida;

t) a maneira como os registros de reclamações dos clientes devem ser verificados, se essa
verificação fizer parte do esquema;

u) a maneira como os clientes fazem referência ao esquema em seu material de publicidade;

v) a retenção de registros pelo proprietário do esquema e organismos de certificação.

6.5.2 Amostragem

Quando aplicável, convém que o esquema defina a extensão em que a amostragem do produto
a ser certificado é requerida, e em qual base é conveniente que essa amostragem seja realizada nos
estágios de seleção e supervisão. Convém que o esquema defina quando a amostragem é requerida
e quem é autorizado para realizá-la.

NOTA Informações úteis sobre este tópico são fornecidas nas ISO 10576-1, ISO 2859-10, ISO 3951-1 e
ISO 22514-1.

6.5.3 Aceitação dos resultados da avaliação da conformidade

Em alguns casos, os clientes podem ter obtido os resultados das atividades de determinação,
como ensaio, inspeção ou auditoria, antes de realizar uma solicitação para certificação. Nessa situ-
ação, o resultado da avaliação da conformidade pode ser de uma fonte fora do controle contratual
do organismo de certificação. Convém que o esquema defina se, e em quais condições, esses resul-
tados da avaliação da conformidade podem ser considerados no processo de certificação.

6.5.4 Terceirização das atividades de avaliação da conformidade

Se o esquema permitir a terceirização (subcontratação) das atividades de avaliação da conformidade,


como ensaio, inspeção ou auditoria, então convém que o esquema requeira que esses organismos
atendam aos requisitos aplicáveis das Normas pertinentes. Para o ensaio, convém que eles atendam
aos requisitos aplicáveis da ABNT NBR ISO/IEC 17025; para a inspeção, convém que eles atendam
aos requisitos aplicáveis da ABNT NBR ISO/IEC 17020; e para a auditoria do sistema de gestão,
convém que eles atendam aos requisitos aplicáveis da ABNT NBR ISO/IEC 17021. Convém que
o esquema declare o grau em que um acordo prévio para a terceirização precisa ser obtido
do proprietário do esquema ou do cliente cujos produtos estão sendo certificados mediante o esquema.

6.5.5 Reclamações e apelações ao proprietário do esquema

Convém que o proprietário do esquema defina o processo de reclamações e apelações, e quem


é responsável em realizar este processo.

Convém que as apelações contra a decisão do organismo de certificação e as reclamações sobre


o organismo de certificação sejam dirigidas ao organismo de certificação na primeira instância.

As apelações e reclamações que não foram, ou não há possibilidade de serem, resolvidas pelo
organismo de certificação podem ser dirigidas ao proprietário do esquema.

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6.5.6 Licenciamento e controle da marca

Quando o esquema fornece o uso de certificados, marcas ou outras declarações de conformidade,


convém que haja uma licença ou outra forma de acordo obrigatório para controlar esse uso.
As licenças podem incluir prescrições relacionadas ao uso do certificado, marca ou outra declaração
de conformidade em comunicações sobre o produto certificado e os requisitos a serem atendidos
quando a certificação não for mais válida. Essas licenças podem ser entre dois ou mais dos seguintes:

—— proprietário do esquema;

—— organismo de certificação;

—— cliente do organismo de certificação.

6.5.7 Supervisão

Se a supervisão for incluída, convém que o esquema defina o conjunto de atividades (ver função 6
da Tabela 1) que compõem as funções de supervisão. Ao decidir sobre as atividades de supervisão
adequadas, convém que o proprietário do esquema considere a natureza do produto, as consequências
e a probabilidade de produtos não conformes, e a frequência das atividades.

6.5.8 Produtos não conformes

Convém que o esquema defina os requisitos que se aplicam quando um produto não mais atende
aos requisitos de certificação, como recall de produtos ou fornecimento de informações ao mercado.

NOTA Ver também o ABNT ISO/IEC Guia 27.

6.5.9 Relatório ao proprietário do esquema

Quando relatório ao proprietário do esquema for requerido, convém que o seu conteúdo e a sua
frequência sejam definidos. Este relatório pode ser para fins de melhoria do esquema, controle
e monitoramento da extensão da conformidade pelos clientes.

6.5.10 Subcontratação da operação do esquema

Se o proprietário do esquema subcontratar toda ou parte da operação do esquema para outra parte,
convém que ele tenha um contrato legalmente vinculativo que defina os deveres e as responsabilidades
de ambas as partes. Um proprietário do esquema governamental pode subcontratar a operação
do esquema por disposições regulamentares.

6.5.11 Marketing

Convém que o esquema defina as políticas e os procedimentos relativos ao marketing, incluindo


a extensão em que os organismos de certificação e os clientes podem fazer referência ao esquema.

6.5.12 Reivindicação fraudulenta da certificação

Convém que ações e responsabilidades para situações onde a certificação sob o esquema está sendo
reivindicada de forma fraudulenta sejam descritas.

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6.6 Manutenção e melhoria de um esquema

6.6.1 Análise da operação do esquema

Convém que o proprietário do esquema defina um processo de análise periódica da operação


do esquema, a fim de confirmar a sua validade e identificar aspectos que requeiram melhorias,
levando em consideração a resposta das partes interessadas. Convém que a análise inclua prescrições
para assegurar que os requisitos do esquema estão sendo aplicados de forma consistente.

6.6.2 Alteração nos requisitos especificados

Convém que o proprietário do esquema monitore o desenvolvimento das normas e outros documentos
normativos que definem os requisitos especificados utilizados no esquema. Quando ocorrerem
alterações nesses documentos, convém que o proprietário do esquema tenha um processo
para efetuar as alterações necessárias no esquema e gerenciar a implementação das alterações
(por exemplo, período de transição) pelos organismos de certificação, clientes e, quando necessário,
outras partes interessadas.

6.6.3 Outras alterações no esquema

Convém que o proprietário do esquema defina um processo para gerenciar a implementação de outras
alterações nas regras, procedimentos e gestão do esquema.

6.7 Documentação do esquema

Convém que o proprietário do esquema crie, controle e mantenha documentação adequada quanto
à operação, manutenção e melhoria do esquema. Convém que a documentação especifique as regras
e os procedimentos de operação do esquema e, particularmente, as responsabilidades quanto à gover-
nança do esquema.

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Bibliografia

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de diferentes tipos de organismos que executam inspeção

[2]  ABNT NBR ISO/IEC 17021, Avaliação da conformidade – Requisitos para organismos que
fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão

[3]  ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio
e calibração

[4]  ABNT NBR ISO/IEC 17030, Avaliação da conformidade – Requisitos gerais para marcas
da conformidade de terceira parte

[5]  ABNT NBR ISO 31000, Gestão de riscos – Princípios e diretrizes

[6]  ISO 2859-10, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 10: Introduction to the ISO
2859 series of standards for sampling for inspection by attributes

[7]  ISO 3951-1, Sampling procedures for inspection by variables – Part 1: Specification for single
sampling plans indexed by acceptance quality limit (AQL) for lot-by-lot inspection for a single
quality characteristic and a single AQL

[8]  ISO 10576-1, Statistical methods – Guidelines for the evaluation of conformity with specified
requirements – Part 1: General principles

[9]  ABNT NBR ISO/IEC 17007, Avaliação da conformidade – Orientações para a redação
de documentos normativos adequados ao uso na avaliação da conformidade

[10]  ISO 22514-1, Statistical methods in process management – Capability and performance – Part 1:
General principles and concepts

[11]  ABNT ISO/IEC Guia 27:1993, Diretrizes para ações corretivas a serem adotadas por um organismo
de certificação no caso de uso indevido de sua marca da conformidade

[12]  ABNT ISO/IEC Guia 28:2005, Avaliação da conformidade – Diretrizes sobre o sistema
de certificação de produtos por terceira parte

[13]  ABNT ISO/IEC Guia 53, Avaliação da conformidade – Orientação sobre o uso de sistema
de gestão da qualidade de uma organização na certificação de produto

[14]  ABNT ISO/IEC Guia 68, Convênios para reconhecimento e aceitação de resultados de avaliação
da conformidade

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