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BRASILEIRA ISO/IEC
Exemplar para uso exclusivo - Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança - ABIMDE - 55.616.429/0001-08 (Pedido 791049 Impresso: 22/04/2021)
17067
Primeira edição
22.04.2015
Válida a partir de
22.05.2015
Número de referência
ABNT NBR ISO/IEC 17067:2015
14 páginas
© ISO/IEC 2013
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
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Sumário Página
Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Certificação de produto......................................................................................................2
4.1 Conceito da certificação de produto.................................................................................2
4.2 Objetivos da certificação de produto................................................................................2
5 Esquemas para certificação de produto...........................................................................2
5.1 Princípios básicos...............................................................................................................2
5.2 Funções e atividades em esquemas para certificação de produto................................3
5.3 Tipos de esquemas para certificação de produto............................................................5
5.3.1 Generalidades......................................................................................................................5
5.3.2 Esquema tipo 1a..................................................................................................................5
5.3.3 Esquema tipo 1b..................................................................................................................5
5.3.4 Esquema tipo 2....................................................................................................................5
5.3.5 Esquema tipo 3....................................................................................................................6
5.3.6 Esquema tipo 4....................................................................................................................6
5.3.7 Esquema tipo 5....................................................................................................................6
5.3.8 Esquema tipo 6....................................................................................................................6
6 Desenvolvimento e operação de um esquema para certificação de produto...............7
6.1 Generalidades......................................................................................................................7
6.2 Relacionamento entre o esquema para certificação de produto e o sistema para
certificação de produto.......................................................................................................7
6.3 Proprietário do esquema....................................................................................................8
6.4 Desenvolvimento de esquemas para certificação de produto.......................................9
6.5 Conteúdo de um esquema.................................................................................................9
6.5.1 Generalidades......................................................................................................................9
6.5.2 Amostragem...................................................................................................................... 11
6.5.3 Aceitação dos resultados da avaliação da conformidade............................................ 11
6.5.4 Terceirização das atividades de avaliação da conformidade....................................... 11
6.5.5 Reclamações e apelações ao proprietário do esquema................................................ 11
6.5.6 Licenciamento e controle da marca................................................................................12
6.5.7 Supervisão.........................................................................................................................12
6.5.8 Produtos não conformes..................................................................................................12
6.5.9 Relatório ao proprietário do esquema............................................................................12
6.5.10 Subcontratação da operação do esquema.....................................................................12
6.5.11 Marketing...........................................................................................................................12
6.5.12 Reivindicação fraudulenta da certificação.....................................................................12
6.6 Manutenção e melhoria de um esquema........................................................................13
6.6.1 Análise da operação do esquema...................................................................................13
Figura
Figura 1 – Relacionamento entre o esquema para certificação de produto e o sistema para
certificação de produto.......................................................................................................7
Tabela
Tabela 1 – Construindo um esquema para certificação de produto................................................4
Prefácio Nacional
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos.
Nestes casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas
para exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
A ABNT NBR ISO/IEC 17067 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Qualidade (ABNT/CB-25), pela
Comissão de Estudo de Avaliação da Conformidade (CE-25:000.04). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº 03, de 10.03.2015 a 12.04.2015, com o número de Projeto 25.000.04-021.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO/IEC 17067:2013,
que foi elaborada pelo Technical Committee on conformity assessment (ISO/CASCO), conforme
ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This Standard describes the fundamentals of product certification and provides guidelines for
understanding, developing, operating or maintaining certification schemes for products, processes and
services.
It is intended for use by all with an interest in product certification, and especially by certification
scheme owners.
NOTE 1 In this Standard the term “product” can also be read as “process” or “service”, except in those
instances where separate provisions are stated for “processes” or “services”. Definitions of product, process
and service are given in ABNT NBR ISO/IEC 17065.
NOTE 2 The certification of products, processes and services is a third-party conformity assessment activity
(see ABNT NBR ISO/IEC 17000) carried out by product certification bodies. The requirements for product
certification bodies are specified in ABNT NBR ISO/IEC 17065.
Introdução
Esta Norma descreve os fundamentos para certificação de produto e fornece diretrizes para esquemas
de certificação de produto. Nesta Norma as referências ao termo “produto” também podem significar
“serviços” ou “processos”.
Em seguida, o fornecedor do produto tem a tarefa de demonstrar que o produto está em conformidade
com os requisitos do documento normativo.
Pode ser suficiente para o fornecedor avaliar e declarar sua conformidade do produto, porém,
em outros casos, o usuário ou um órgão regulamentador pode requerer que a conformidade seja
avaliada por uma terceira parte competente e imparcial.
A avaliação e a atestação de terceira parte imparcial de que o atendimento dos requisitos especificados
foi demonstrado para o produto são denominadas como certificação do produto.
Esta Norma descreve como os esquemas para a certificação de produto podem ser estruturados
e gerenciados. Ela identifica as técnicas de avaliação comuns que são utilizadas como base para
a certificação de produto, como ensaio, inspeção e auditoria do produto.
Esta Norma destina-se ao uso por aqueles que estão envolvidos com a certificação de produto,
especialmente os que são, ou que estão pensando em se tornar, proprietários do esquema
de certificação de produtos. Os proprietários do esquema de certificação de produtos podem incluir:
c) agências de compra;
f) organizações de consumidores.
Esta Norma fornece somente orientações e não contém requisitos. Ela é compatível com
a ABNT NBR ISO/IEC 17065, que especifica os requisitos para organismos de certificação de produtos.
—— “pode” as vezes indica uma permissão, as vezes indica uma possibilidade ou uma capacidade.
O verbo modal “deve”, que indica um requisito, não é utilizado porque esta Norma fornece somente
diretrizes.
1 Escopo
Esta Norma descreve os fundamentos para certificação de produto e fornece diretrizes para
a compreensão, desenvolvimento, operação ou manutenção de esquemas de certificação de produtos,
processos e serviços.
Esta Norma destina-se ao uso por todos com interesse na certificação de produto e, principalmente,
por proprietários de esquemas de certificação.
NOTA 1 Nesta Norma, o termo “produto” também pode significar “processo” ou “serviço”, exceto nos casos
onde prescrições separadas são estabelecidas para “processos” ou “serviços”. As definições de produto,
processo e serviço são fornecidas na ABNT NBR ISO/IEC 17065.
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR ISO/IEC 17000
e ABNT NBR ISO/IEC 17065, e os seguintes.
3.1
sistema de certificação
regras, procedimentos e gestão para a realização da certificação
3.2
esquema de certificação
sistema de certificação (3.1) relacionado a produtos específicos, aos quais aplicam-se os mesmos
requisitos especificados, regras específicas e procedimentos
3.3
proprietário do esquema
pessoa ou organização responsável pelo desenvolvimento e manutenção de um esquema de certifi-
cação (3.2) específico
NOTA O proprietário do esquema pode ser o próprio organismo de certificação, uma órgão governamental,
uma associação comercial, um grupo de organismos de certificação ou outros.
4 Certificação de produto
4.1 Conceito da certificação de produto
4.1.3 A certificação de produto pode facilitar o comércio, o acesso ao mercado, a concorrência leal
e a aceitação do consumidor de produtos em níveis nacional, regional e internacional.
a) tratar das necessidades dos consumidores, usuários e, de modo geral, de todas as partes
interessadas, fornecendo confiança relativa ao atendimento de requisitos especificados;
b) permitir que os fornecedores demonstrem ao mercado que seu produto foi atestado para atender
aos requisitos especificados por um organismo de terceira parte imparcial.
—— valor suficiente, de modo que os fornecedores possam efetivamente comercializar seus produtos.
—— seleção, que inclui atividades de planejamento e preparação, a fim de coletar ou produzir todas
as informações e dados de entrada necessários para a função de determinação subsequente;
—— determinação, que pode incluir atividades de avaliação da conformidade, como ensaio, medição,
inspeção, avaliação de projeto, avaliação de serviços e processos e auditoria para fornecer
informações sobre os requisitos do produto, como dados de entrada para as funções de análise
e atestação;
—— atestação, que significa a emissão de uma declaração de conformidade, com base em uma
decisão após a análise, de que o atendimento dos requisitos especificados foi demonstrado
(ver ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 5.2);
NOTA 1 Informações adicionais sobre as funções são fornecidas na ABNT NBR ISO/IEC 17000.
NOTA 2 Na ABNT NBR ISO/IEC 17065, as funções de “seleção” e “determinação” foram combinadas
e são referidas como “avaliação”.
NOTA 3 Na ABNT NBR ISO/IEC 17065, a função de “atestação” está relacionada à subseção sobre
“documentação de certificação” (ver ABNT NBR ISO/IEC 17065:2013, 7.7).
5.1.2 Sempre que a certificação de produto é realizada, um esquema de certificação (ver 3.2)
é atribuído.
5.2.1 Os esquemas para certificação de produto são desenvolvidos através da definição de atividades
específicas para cada uma das funções aplicáveis descritas em 5.1.1. A Tabela 1 mostra como
construir um esquema para certificação de produto, utilizando essas funções, e descreve algumas
das combinações de atividades em uso em uma ampla gama de campos onde certificação de produto
é empregada. Os tipos de esquemas para certificação de produto na Tabela 1 são também descritos
em 5.3.
5.2.2 A Seção 6 descreve o processo de decisão sobre quais atividades utilizar em uma determinada
situação e os fatores a serem levados em consideração na tomada de decisão.
5.3.1 Generalidades
Os exemplos fornecidos em 5.3.2 a 5.3.8 não representam todos os tipos possíveis de esquemas
para certificação de produto. Eles podem ser utilizados com muitos tipos de requisitos e podem utilizar
uma ampla variedade de declarações de conformidade (ver ABNT NBR ISO/IEC 17000:2005, 5.2,
Nota 1). Todos os tipos de esquemas para certificação de produto envolvem a seleção, determinação,
análise, decisão e atestação. Convém que uma ou mais atividades de determinação sejam selecionadas
entre as apresentadas na Tabela 1, levando em consideração o produto e os requisitos especificados.
Os tipos de esquemas referidos na Tabela 1 diferem conforme as atividades de supervisão
(se aplicável) são realizadas. Para os esquemas tipos 1a e 1b, nenhuma supervisão é requerida, uma
vez que a atestação refere-se somente aos itens do produto que foram submetidos às atividades
de determinação. Para os outros tipos de esquemas, 5.3.4 a 5.3.8 descrevem a maneira em que
as diferentes atividades de supervisão podem ser utilizadas e as circunstâncias em que elas podem
ser aplicáveis.
Nesse esquema, uma ou mais amostras do produto são submetidas às atividades de determinação.
Um certificado de conformidade ou outra declaração de conformidade (por exemplo, uma carta)
é emitido para o tipo de produto, as características que são detalhadas no certificado ou um docu-
mento referido no certificado. Itens de produção subsequentes não são abrangidos pela atestação
de conformidade do organismo de certificação.
As amostras são representativas dos itens de produção subsequentes que poderiam ser referidas
pelo fabricante como sendo fabricadas de acordo com o tipo certificado.
Esse tipo de esquema envolve a certificação de todo um lote de produtos, após a seleção e determinação
conforme especificado no esquema. A proporção a ser ensaiada, que pode incluir ensaio de todas
as unidades do lote (ensaio de 100 % do lote), seria baseada, por exemplo, na homogeneidade
dos itens do lote e na aplicação de um plano de amostragem, quando apropriado. Se o resultado
da determinação, análise e decisão for positivo, todos os itens do lote podem ser descritos como
certificados e podem ter uma marca de conformidade afixada, se isto for incluído no esquema.
A parte da supervisão desse esquema envolve a retirada periódica de amostras do produto do mercado
e submetendo-as às atividades de determinação para checar se os itens subsequentes produzidos
à atestação inicial atendem aos requisitos especificados.
Enquanto esse esquema pode identificar o impacto do canal de distribuição sobre a conformidade,
os recursos que ele requer podem ser extensos. Além disso, quando não conformidades significativas
forem encontradas, as medidas corretivas efetivas podem ser limitadas, uma vez que o produto já foi
distribuído para o mercado.
A parte da supervisão desse esquema envolve a retirada periódica de amostras do produto do ponto
de produção, submetendo-as às atividades de determinação para checar se os itens subsequentes
produzidos à atestação inicial atendem aos requisitos especificados. A supervisão inclui a avaliação
periódica do processo de produção.
Esse esquema não fornece qualquer indicação do impacto que o canal de distribuição desempenha
sobre a conformidade. Quando graves não conformidades forem encontradas, a oportunidade pode
existir para resolvê-las antes de ocorrer a distribuição generalizada ao mercado.
A parte da supervisão desse esquema permite a escolha entre a retirada periódica de amostras
do produto do ponto de produção, ou do mercado, ou ambos, e submetendo-as às atividades
de determinação para checar se os itens subsequentes produzidos à atestação inicial atendem
aos requisitos especificados. A supervisão inclui a avaliação periódica do processo de produção.
Esse esquema pode indicar o impacto do canal de distribuição sobre a conformidade e fornece
um mecanismo de pré-mercado para identificar e resolver graves não conformidades. Duplicações
significativas de esforços podem ocorrer para esses produtos cuja conformidade não é afetada durante
o processo de distribuição.
A parte da supervisão desse esquema permite a escolha entre a retirada periódica de amostras
do produto do ponto de produção, ou do mercado, ou ambos, e submetendo-as às atividades
de determinação para checar se os itens subsequentes produzidos à atestação inicial atendem
aos requisitos especificados. A supervisão inclui a avaliação periódica do processo de produção
ou auditoria do sistema de gestão, ou ambos. A extensão pela qual as quatro atividades de supervisão
são conduzidas pode ser variada para uma determinada situação, conforme definido no esquema.
Se a supervisão incluir a auditoria do sistema de gestão, uma auditoria inicial do sistema de gestão
será necessária.
Na medida em que os processos são tratados, a situação é muito similar. Por exemplo, as atividades
de determinação para processos de soldagem podem incluir ensaio e inspeção de amostras das soldas
resultantes, se aplicável.
Para ambos os serviços e processos, convém que a parte da supervisão desse esquema inclua
auditorias periódicas do sistema de gestão e a avaliação periódica do serviço ou processo.
Esta Seção fornece diretrizes sobre como desenvolver e operar um esquema para certificação
de produto. Ela é particularmente relevante para as pessoas e organizações que estão considerando
o estabelecimento de um esquema ou que atuam como uma parte interessada (por exemplo, fabricante,
prestador de serviços, organismo de certificação, cliente ou órgão público).
Sistema de certificação
de produto
Regras, procedimentos,
gestão
Esquema de certificação de
produto
Esquema A de
certificação de produto
Regras, procedimentos e
gestão relativos a grupo
particular de requisitos Aplicação de sistema a
especificados grupo particular de requisitos
especificados A
Esquema B de
certificação de produto
Aplicação de sistema a
grupo particular de requisitos
especificados B
a) organismos de certificação que desenvolvem um esquema para certificação de produto para uso
exclusivo de seus clientes;
b) organizações, como um organismo regulamentador ou uma associação comercial, que não sejam
um organismo de certificação, que desenvolvam um esquema para certificação de produtos
em que um ou mais organismos de certificação participem.
NOTA Um grupo de organismos de certificação, talvez em diferentes países, pode junto estabelecer
um esquema de certificação. Nesse caso, seria necessário para os organismos de certificação,
como proprietários em comum do esquema, criar uma estrutura de gestão de modo que o esquema possa
ser operado de forma efetiva por todos os organismos de certificação participantes.
NOTA Um proprietário do esquema governamental é considerado uma pessoa jurídica, com base no seu
status governamental.
6.3.4 Convém que o proprietário do esquema seja capaz de assumir total responsabilidade para
os objetivos, o conteúdo e a integridade do esquema.
6.3.5 Convém que o proprietário do esquema mantenha o esquema e forneça orientações quando
requerido.
6.3.6 Convém que o proprietário do esquema estabeleça uma estrutura para a operação e gestão
do esquema.
6.3.8 Convém que o proprietário do esquema assegure que o esquema seja desenvolvido
por pessoas competentes em ambos os aspectos técnicos e de avaliação da conformidade.
6.3.9 Convém que o proprietário do esquema tome providências para proteger a confidencialidade
das informações fornecidas pelas partes envolvidas no esquema.
NOTA A estimativa de riscos não significa avaliações de risco, de acordo com a ABNT NBR ISO 31000.
6.3.11 Convém que o proprietário do esquema tenha disposições adequadas (por exemplo,
seguros ou fundo de reserva) para abranger as responsabilidades decorrentes de suas atividades.
Convém que as disposições sejam apropriadas, por exemplo, para a faixa de atividades e esquemas
realizados e nas regiões geográficas em que o esquema opera.
6.3.12 Convém que o proprietário do esquema tenha estabilidade e recursos financeiros requeridos
para que ele atenda à sua função na operação do esquema.
6.4.1 Os esquemas para certificação de produto podem ser desenvolvidos para diferentes finali-
dades. Tais finalidades podem incluir esquemas estabelecidos pelos órgãos reguladores para atingir
os resultados de saúde, segurança ou ambientais. Outros esquemas podem ter a finalidade de auxiliar
os clientes e os consumidores a diferenciarem os produtos no mercado a tomarem decisões
de compra informadas.
6.4.4 Antes de desenvolver o conteúdo específico do esquema (ver 6.5), convém que os princípios
fundamentais do esquema sejam acordados entre as partes interessadas. Tais princípios podem
incluir:
—— confirmação da propriedade,
6.4.5 Uma vez desenvolvido, convém que o proprietário do esquema assegure que as informações
sobre o esquema sejam disponibilizadas publicamente para garantir a transparência, compreensão
e aceitação. Convém que o proprietário do esquema assegure que o esquema seja regularmente
revisado, incluindo a confirmação de que ele está atendendo aos seus objetivos de acordo com um
processo que inclui as partes interessadas.
6.5.1 Generalidades
NOTA Orientações adicionais sobre como formular os requisitos especificados são fornecidas na
ABNT NBR ISO/IEC 17007.
c) a seleção das atividades (ver Tabela 1) apropriada à finalidade e ao escopo do esquema; no mínimo,
convém que um esquema de certificação inclua as funções e as atividades I, II, III, IV e V a);
d) outros requisitos a serem atendidos pelo cliente, por exemplo, a operação de um sistema de gestão
ou atividades de controle do processo para assegurar que a demonstração do atendimento
dos requisitos especificados é válida para a produção contínua de produtos certificados;
k) quando marcas de conformidade podem ser utilizadas, a propriedade, uso e controle das marcas;
convém que os requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17030 sejam aplicados;
m) como os resultados dos estágios de determinação (avaliação) e supervisão devem ser reportados
e utilizados pelo organismo de certificação e pelo proprietário do esquema;
t) a maneira como os registros de reclamações dos clientes devem ser verificados, se essa
verificação fizer parte do esquema;
6.5.2 Amostragem
Quando aplicável, convém que o esquema defina a extensão em que a amostragem do produto
a ser certificado é requerida, e em qual base é conveniente que essa amostragem seja realizada nos
estágios de seleção e supervisão. Convém que o esquema defina quando a amostragem é requerida
e quem é autorizado para realizá-la.
NOTA Informações úteis sobre este tópico são fornecidas nas ISO 10576-1, ISO 2859-10, ISO 3951-1 e
ISO 22514-1.
Em alguns casos, os clientes podem ter obtido os resultados das atividades de determinação,
como ensaio, inspeção ou auditoria, antes de realizar uma solicitação para certificação. Nessa situ-
ação, o resultado da avaliação da conformidade pode ser de uma fonte fora do controle contratual
do organismo de certificação. Convém que o esquema defina se, e em quais condições, esses resul-
tados da avaliação da conformidade podem ser considerados no processo de certificação.
As apelações e reclamações que não foram, ou não há possibilidade de serem, resolvidas pelo
organismo de certificação podem ser dirigidas ao proprietário do esquema.
—— proprietário do esquema;
—— organismo de certificação;
6.5.7 Supervisão
Se a supervisão for incluída, convém que o esquema defina o conjunto de atividades (ver função 6
da Tabela 1) que compõem as funções de supervisão. Ao decidir sobre as atividades de supervisão
adequadas, convém que o proprietário do esquema considere a natureza do produto, as consequências
e a probabilidade de produtos não conformes, e a frequência das atividades.
Convém que o esquema defina os requisitos que se aplicam quando um produto não mais atende
aos requisitos de certificação, como recall de produtos ou fornecimento de informações ao mercado.
Quando relatório ao proprietário do esquema for requerido, convém que o seu conteúdo e a sua
frequência sejam definidos. Este relatório pode ser para fins de melhoria do esquema, controle
e monitoramento da extensão da conformidade pelos clientes.
Se o proprietário do esquema subcontratar toda ou parte da operação do esquema para outra parte,
convém que ele tenha um contrato legalmente vinculativo que defina os deveres e as responsabilidades
de ambas as partes. Um proprietário do esquema governamental pode subcontratar a operação
do esquema por disposições regulamentares.
6.5.11 Marketing
Convém que ações e responsabilidades para situações onde a certificação sob o esquema está sendo
reivindicada de forma fraudulenta sejam descritas.
Convém que o proprietário do esquema monitore o desenvolvimento das normas e outros documentos
normativos que definem os requisitos especificados utilizados no esquema. Quando ocorrerem
alterações nesses documentos, convém que o proprietário do esquema tenha um processo
para efetuar as alterações necessárias no esquema e gerenciar a implementação das alterações
(por exemplo, período de transição) pelos organismos de certificação, clientes e, quando necessário,
outras partes interessadas.
Convém que o proprietário do esquema defina um processo para gerenciar a implementação de outras
alterações nas regras, procedimentos e gestão do esquema.
Convém que o proprietário do esquema crie, controle e mantenha documentação adequada quanto
à operação, manutenção e melhoria do esquema. Convém que a documentação especifique as regras
e os procedimentos de operação do esquema e, particularmente, as responsabilidades quanto à gover-
nança do esquema.
Bibliografia
[1] ABNT NBR ISO/IEC 17020, Avaliação da conformidade – Requisitos para o funcionamento
de diferentes tipos de organismos que executam inspeção
[2] ABNT NBR ISO/IEC 17021, Avaliação da conformidade – Requisitos para organismos que
fornecem auditoria e certificação de sistemas de gestão
[3] ABNT NBR ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio
e calibração
[4] ABNT NBR ISO/IEC 17030, Avaliação da conformidade – Requisitos gerais para marcas
da conformidade de terceira parte
[6] ISO 2859-10, Sampling procedures for inspection by attributes – Part 10: Introduction to the ISO
2859 series of standards for sampling for inspection by attributes
[7] ISO 3951-1, Sampling procedures for inspection by variables – Part 1: Specification for single
sampling plans indexed by acceptance quality limit (AQL) for lot-by-lot inspection for a single
quality characteristic and a single AQL
[8] ISO 10576-1, Statistical methods – Guidelines for the evaluation of conformity with specified
requirements – Part 1: General principles
[9] ABNT NBR ISO/IEC 17007, Avaliação da conformidade – Orientações para a redação
de documentos normativos adequados ao uso na avaliação da conformidade
[10] ISO 22514-1, Statistical methods in process management – Capability and performance – Part 1:
General principles and concepts
[11] ABNT ISO/IEC Guia 27:1993, Diretrizes para ações corretivas a serem adotadas por um organismo
de certificação no caso de uso indevido de sua marca da conformidade
[12] ABNT ISO/IEC Guia 28:2005, Avaliação da conformidade – Diretrizes sobre o sistema
de certificação de produtos por terceira parte
[13] ABNT ISO/IEC Guia 53, Avaliação da conformidade – Orientação sobre o uso de sistema
de gestão da qualidade de uma organização na certificação de produto
[14] ABNT ISO/IEC Guia 68, Convênios para reconhecimento e aceitação de resultados de avaliação
da conformidade