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SUMÁRIO

CONHECENDO OS INVERTEBRADOS .............................................................................................. 1


CARACTERISTICAS GERAIS ............................................................................................................. 1
CONHECENDO OS FILOS ................................................................................................................... 2
FILO PORÍFERA .................................................................................................................................. 3
ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS PORÍFEROS ........................................................... 3
A REPRODUÇÃO DOS PORÍFEROS ............................................................................................... 4
Reprodução assexuada ........................................................................................................................ 4
Reprodução sexuada ........................................................................................................................... 4
FILO CNIDARIA ................................................................................................................................... 5
PLATELMINTOS .................................................................................................................................. 8
AS PLANÁRIAS ................................................................................................................................. 8
DOENÇAS .......................................................................................................................................... 9
Esquistossomose: ............................................................................................................................. 9
Hidatidose ou Equinococose: ........................................................................................................... 9
Teníase: ........................................................................................................................................... 9
NEMATELMINTOS ............................................................................................................................ 10
FISIOLOGIA.................................................................................................................................... 10
Embriologia .................................................................................................................................. 10
Tegumento .................................................................................................................................... 10
Digestão ........................................................................................................................................ 11
Circulação .................................................................................................................................... 11
Excreção ....................................................................................................................................... 11
Sistema Nervoso ........................................................................................................................... 11
Reprodução .................................................................................................................................. 11
DOENÇAS ........................................................................................................................................ 11
Ascaridíase .................................................................................................................................... 11
Ancilostomíase (amarelão)............................................................................................................. 11
Filariose ou elefantías .................................................................................................................... 11
Bicho-geográfico (Larva migrans cutânea) .................................................................................... 11
ANELÍDIOS ......................................................................................................................................... 12
CLASSIFICAÇÃO DOS ANELÍDEOS............................................................................................. 12
REPRESENTANTES ........................................................................................................................ 12
MOLUSCOS......................................................................................................................................... 14
IMPORTÂNCIA DOS MOLUSCOS ................................................................................................ 14

ESTUDO DOS INVERTEBRADOS


FUNCIONAMENTO DOS MOLUSCOS .......................................................................................... 15
EQUINODERMOS............................................................................................................................... 16
CLASSIFICAÇÃO DOS EQUINODERNOS .................................................................................... 16
Asteroides – Estrela do mar........................................................................................................... 16
Ofiuroides – Serpente do mar ........................................................................................................ 16
Crinoides - Lírio do mar ................................................................................................................ 16
Holoturoides – Pepino do mar ....................................................................................................... 16
Equinóides – Ouriço do mar e bolacha do mar .............................................................................. 16
REPRESENTANTES ........................................................................................................................ 16
Estrela do mar .................................................................................................................................. 16
Serpente do mar ................................................................................................................................ 17
Lírio do mar ...................................................................................................................................... 17
Pepino do mar ................................................................................................................................... 17
Ouriço do mar................................................................................................................................... 17
ARTRÓPODES .................................................................................................................................... 18
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ARTRÓPODES..................................................................... 18
OS DIVERSOS GRUPOS DE ARTRÓPODES ................................................................................. 19
Crustáceos ..................................................................................................................................... 19
Aracnídeos ..................................................................................................................................... 19
Quilópodes .................................................................................................................................... 21
Diplópodes ..................................................................................................................................... 21
Insetos ........................................................................................................................................... 21
FISIOLOGIA ........................................................................................................................................ 22
Digestão ......................................................................................................................................... 22
Circulação ..................................................................................................................................... 22
Respiração ..................................................................................................................................... 22
Reprodução ................................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 24

ESTUDO DOS INVERTEBRADOS


1

CONHECENDO OS INVERTEBRADOS

Os animais invertebrados, pertencentes ao reino animal,


correspondem aqueles que não possuem crânio, nem coluna
dorsal. Em muitos casos, possuem corpo mole, entretanto há
alguns, como os artrópodes, que são conhecidos por possuírem
um exoesqueleto de calcário, associado às funções do esqueleto
interno dos vertebrados, com o objetivo de sustentação, maior
facilidade para locomoção,
bem como o de proteção. Os invertebrados somam 97% das
espécies que existem em todo mundo, ou seja, quase todos os
animais que existem no planeta são invertebrados, num total de 1,5
milhão de espécies. No processo de evolução, alguns cientistas
acreditam que os invertebrados se originaram a partir de um
ancestral unicelular primitivo, enquanto outros acham que tiveram
diferentes origens.

CARACTERISTICAS GERAIS

Segundo a estrutura corpórea dos animais invertebrados, suas principais características são:

 Aeróbicos, pois retiram o oxigênio do ar ou da água conforme o meio em que vivem (há
diversos tipos de sistema respiratório);
 Têm o corpo formado por muitas células, são assim pluricelulares;
 São eucariontes, pois suas células tem núcleo envolvido por membrana;
 Heterótrofos: necessitam ingerir outros seres vivos, uma vez que não possuem clorofila e não
são capazes de produzir o próprio alimento;
 A maioria se reproduz de forma sexuada, ou seja, através de gametas, embora haja quem faça
reprodução assexuada;
 Possuem tecidos e órgãos, com exceções dos filos mais simples como os Poríferos;
 A maioria tem simetria bilateral, ou seja, duas metades do corpo simétricas. Todavia, os
equinodermos têm simetria radial (vários planos longitudinais a partir do centro do corpo) e as
esponjas não têm nenhuma simetria.

De acordo com o local onde vivem, alguns invertebrados são terrestres (formiga, caracóis, minhocas),
muitos voam (moscas, joaninhas, gafanhotos), há ainda os aquáticos, tanto de água doce como salgada
(camarão, siri, polvo e estrela do mar). Além disso, alguns vivem no corpo humano e de outros animais:
são chamados parasitas (pulga e piolho).
2

CONHECENDO OS FILOS

Os animais invertebrados são divididos em diversos filos, são eles: poríferos, cnidários, platelmintos,
nematelmintos, moluscos, anelídeos, artrópodes e equinodermos.
 Poríferos - Esponjas-do-mar.
 Cnidários e Ctenóforos - corais, águas-vivas e anêmonas-do-mar.
 Platelmintos - vermes com corpo achatado, por exemplo. Tênia e esquistossomos.
 Nematódeos ou Nematelmintos - vermes com corpo cilíndrico, por exemplo, a lombriga.
 Anelídeos - vermes divididos em "anéis", por exemplo, minhocas e sanguessugas.
 Moluscos - polvos, lulas, lesmas, caramujos, ostras, mariscos, mexilhões.
 Equinodermos - pepinos-do-mar, estrelas-do-mar, ouriços-do-mar
 Artrópodes - são um filo muito diverso, representam cerca de 99% do reino animal, divididos
no seguintes grupos:
o Insetos: cigarras, borboletas, gafanhotos, percevejos, besouros, formigas, abelhas,
libélulas, cupins, baratas, moscas, traças, pernilongos, pulgas, baratas.
o Aracnídeos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos.
o Miriápodes ou Unirremes: centopéias, lacraias.
o Crustáceos: caranguejos, lagostas, camarões, siris, cracas.

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FILO PORÍFERA

Poríferos (filo Porífera) também chamados de


esponjas, ou espongiários, são animais aquáticos, fixos,
possuem o corpo formado por milhares de células e são
dotados de poros. Não têm sistemas nem órgãos.
Apesar disso, apresentam alguma divisão de trabalho
em nível celular e executam as tarefas básicas de
manutenção da vida, como respiração, excreção e
digestão. Os poríferos possuem as mais variadas
formas, tamanhos e cores. Apresentando um padrão
básico com o formato de vaso, tubo ou barril.
Esses animais não possuem tecidos bem definidos e não apresentam órgãos e nem sistemas. São
exclusivamente aquáticos, predominantemente marinhos, mas existem algumas espécies que vivem
em água doce.

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS PORÍFEROS

O corpo de um porífero possui células que apresentam uma certa divisão de trabalho. Algumas dessas
células são organizadas de tal maneira que formam pequenos orifícios, denominados poros, em todo o
corpo do animal. É por isso que esses seres recebem o nome de poríferos (do latim porus: 'poro'; ferre:
'portador').
Observe no esquema em que a
água penetra no corpo do
animal através dos vários poros
existentes em seu corpo. Ela
alcança então uma cavidade
central denominada átrio.
Observe também que a parede
do corpo é revestida
externamente por células
achatadas que formam a
epiderme. Já internamente, a
parede do corpo é revestida por
células denominadas
coanócitos.
Cada coanócito possui um longo flagelo. O batimento dos flagelos promove um contínuo fluxo de
água do ambiente para o átrio do animal. A essa água estão misturados restos orgânicos e
microorganismos, que são capturados e digeridos pelos coanócitos. O material digerido é então
distribuído para as demais células do animal. Como a digestão ocorre no interior de células, diz-se que
os poríferos apresentam digestão intracelular.

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Os poríferos são animais filtradores, já que filtram a água que penetra


em seu corpo, retirando dela alimento e gás oxigênio. Depois disso, a
água com resíduos do metabolismo desses animais é eliminada para o
ambiente por meio de uma abertura denominada ósculo.
O esqueleto das esponjas é formado por diversos tipos de substâncias.
Entre elas destacam-se as espícolas de calcário ou de sílica, com formas
variadas, e uma rede de proteína chamada espongina.
Espículas que sustentam o corpo dos poríferos.

A REPRODUÇÃO DOS PORÍFEROS

Reprodução assexuada
Brotamento ou gemiparidade - ocorre em algumas esponjas, que ocupando um ambiente
adequado em termos de temperatura, de oferta de oxigênio e de alimento, crescem bastante e podem
desenvolver brotos laterais.
Gemulação – ocorre quando algumas esponjas de água doce ficam sujeitas à escassez de água,
geram pequenas bolsas, que contêm células com atividades metabólica quase nula, protegidas por um
revestimento resistente. Quando a disponibilidades de água volta, forma-se nova esponja.
Regeneração – as esponjas possuem enorme capacidade de regeneração. Quando cortadas em
vários fragmentos e colocadas em condições favoráveis, cada fragmento pode originar um novo
indivíduo
Reprodução sexuada
No mesênquima (porção gelatinosa de seu interior) as esponjas podem formar células
reprodutoras. Em uma esponja, os espermatozoides são produzidos a partir de amebócitos e lançados
na cavidade central. Esses espermatozoides podem entrar em outra esponja através dos poros e
capturados pelos coanócitos, que auxiliam na fecundação do óvulo. Forma-se então um zigoto que
forma uma larva móvel, que nada até se fixar em um substrato, dando origem a nova esponja.

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FILO CNIDARIA

O filo Cnidária (cnidários) está representado pelas hidras, medusas ou águas-vivas, corais e
anêmonas-do-mar.

Os cnidários são os primeiros animais a apresentarem uma cavidade digestiva no corpo, fato que
gerou o nome celenterado, destacando a importância evolutiva dessa estrutura, que foi mantida nos
demais animais. A presença de uma cavidade digestiva permitiu aos animais ingerirem porções
maiores de alimento, pois nela o alimento pode ser digerido e reduzido a pedaços menores, antes de
ser absorvido pelas células.

Com base no aspecto externo do corpo, os cnidários apresentam simetria radial. Eles são os primeiros
animais na escala evolutiva a apresentarem tecidos verdadeiros, embora ainda não cheguem a formar
órgãos.

No filo cnidária existem basicamente dois tipos morfológicos de indivíduos: as medusas, que são
natantes e os pólipos, que são sésseis. Eles podem formar colônias, como é o caso dos corais (colônias
sésseis) e das caravelas (colônias flutuantes).

Os polipos e as medusas, formas aparentemente


muito diferentes entre si, possuem muitas
características em comum e que definem o filo, como
veremos.

Nos cnidários existe um tipo especial de célula


denominada cnidócito, que apesar de ocorrer ao
longo de toda a superfície do animal, aparece em
maior quantidade nos tentáculos. Ao ser tocado o
cnidócito lança o nematocisto, estrutura penetrante
que possui um longo filamento através do qual o
líquido urticante contido em seu interior é eliminado.
Esse líquido pode provocar sérias queimaduras no
homem.

Essas células participam da defesa dos cnidários


contra predadores e também da captura de presas.
Valendo-se das substâncias produzidas pelos
cnidócitos, eles conseguem paralisar imediatamente
os pequenos animais capturados por seus tentáculos.

Foi a presença do cnidócito que deu o nemo ao filo


Cnidaria (que têm cnida = urtiga)

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Tanto o pólipo como a medusa apresentam uma boca que se


abre na cavidade gastrovascular, mas não possuem ânus. O
alimento ingerido pela boca, cai na cavidade gastrovascular,
onde é parcialmente digerido e distribuido (daí o nome
gastro, de alimentação, e vascular, de circulação).
Após a fase extracelular da digestão, o alimento é absorvido
pelas células que revestem a cavidade gastrovascular,
completando a digestão.
A digestão é portanto, em parte extracelular e em parte intracelular. Os restos não-aproveitáveis são
liberados pela boca. Na região oral, estão os tentáculos, que participam na captura de alimentos.
As camadas de célula que ocorrem nos cnidários são: a epiderme, que reveste o corpo externamente,
e a gastroderme, que reveste a cavidade gastrovascular. Entre a epiderme e a gastroderme existe uma
camada gelatinosa denominada mesogléia. Essa camada é mais abundante nas medusas do que nos
pólipos e, por isso, as medusas têm aspecto gelatinoso, fato que lhes rendeu a denominação popular de
"águas-vivas".

A epiderme e a gastroderme são duas camadas


celulares derivadas de tecidos embrionários
denominados genericamente folhetos germinativos.
A epiderme deriva do folheto germinativo chamado
ectoderme (ecto = externo, derme = tecido de
revestimento), que reveste externamente o corpo do
embrião; a gastroderme deriva do folheto
denominado endoderme (endo=interno), que
reveste o tubo digestivo do embrião. Os cnidários
são considerados animais diblásticos.
Os poriferos, apesar de não formarem tecido verdadeiros, são considerados animais diblásticos, pois
durante o desenvolvimento embrionário surgem apenas duas camadas de células - uma externa e outra
interna -, que corresponde às duas camadas de células que formam o corpo do adulto: a externa formada
pelos pinacócitos e a interna formada pelos coanócitos ou coanócitos e pinacócitos internos.
Os demais animais são triblásticos ou triploblasticos, pois possuem três folhetos germinativos: a
ectoderme, a endoderme e a mesoderme (meso=no meio), que se desenvolve entre a ecto e a
endoderme.

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Os cnidários são os primeiros animais a


apresentarem células nervosas (neurônios).
Nesses animais, os neurônios dispõem-se de
modo difuso pelo corpo, o que é uma condição
primitiva entre os animais.
Os cnidários apresentam movimentos de
contração e de extensão do corpo, além de
poderem apresentar deslocamentos. São, portanto,
os primeiros animais a realizarem essas funções.

Os poríferos são animais que vivem


fixos ao substrato, não apresentando
deslocamentos.
Nos pólipos, a capacidade de
locomoção é reduzida, podendo ser do
tipo "mede-palmos" ou "cambalhota".
Nas medusas, a locomoção é mais
ativa, sendo realizada por um
mecanismo denominado jato
propulsão: os bordos do corpo se
Deslocamento tipo mede-palmos contraem, e a água acumulada na fase
oral da medusa é expulsa em jato,
provocando o deslocamento do animal
no sentido oposto.

A capacidade de alterar a forma do corpo, determinando movimentos e deslocamentos, deve-se à


presença de células especiais com funções de contração e distensão, mas que não são células
musculares verdadeiras, na medida em que estas surgem a partir da mesoderme, que só ocorre em
animais triblásticos.
A respiração e a excreção ocorrem por difusão através de toda a superfície do corpo. Não existem
estruturas especiais relacionadas a esses processos, como também é o caso das esponjas.

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PLATELMINTOS

Os platelmintos são vermes que surgiram na Terra há provavelmente cerca de 600 milhões de anos.
Esses animais têm o corpo geralmente achatado, daí o nome do grupo: platelmintos (do grego platy:
'achatado'; e helmin: 'verme').

Os platelmintos, que compreendem em torno de 15 mil espécies, vivem principalmente em ambientes


aquáticos, como oceanos, rios e lagos; são encontrados também em ambientes terrestres úmidos.
Alguns têm vida livre, outros parasitam animais diversos, especialmente vertebrados.

Medindo desde alguns milímetros até metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo
digestório incompleto, ou seja, têm apenas uma abertura - a boca-, por onde ingerem alimentos e
eliminam as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestório têm e vivem adaptados à
vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo organismo
hospedeiro.

AS PLANÁRIAS

Medindo cerca de 1,5 cm de comprimento, esses platelmintos


podem ser encontrados em córregos, lagos e lugares úmidos.
Locomovem-se com ajuda de cílios e alimentam-se de moluscos,
de outros vermes e de cadáveres de animais maiores, entre outros
exemplos.

Na região anterior do corpo da planária localizam-se a cabeça e


os órgãos dos sentidos: ocelos, estruturas capazes de detectar
contrastes entre claro e escuro, mas que não formam imagens;
órgãos auriculares, expansões laterais da cabeça capazes de
perceber sensações gustatórias e olfatórias, auxiliando o animal
na localização do alimento.

O corpo é achatado dorsiventral mente e


possui a boca localizada na região ventral
do corpo. O intestino da planária é
bastante ramificado e atua digerindo os
alimentos e distribuindo para as demais
partes do corpo.

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A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o


sistema genital feminino quanto masculino. Quando duas
planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas
podem copular.

Após a troca de espermatozóides através dos poros genitais,


os animais se separam e os ovos são eliminados para o meio
externo. No interior de cada ovo, encerrado em cápsulas,
desenvolve-se um embrião, que se transforma em uma
jovem planária.

As planárias tem grande poder de regeneração. Cortando-se o animal


em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária
inteira. Observe o esquema ao lado

DOENÇAS

Esquistossomose:

Parasita - Shistosoma mansoni


Sintomas - Alojam-se nos vasos do sistema porta – hepático, promovendo
hemorragias e conseqüente edema (barriga d’água); urrose hepática.
Transmissão - infestação passiva ou ativa.

Hidatidose ou Equinococose:

Parasita - Echinococcus granulosus


Sintomas - Formação de cisto hidático
Transmissão - Ingestão acidental de ovos

Teníase:

Parasita - Taenia solium e Taenia signata


Sintomas - Náuseas, diarréia, letargia, etc.
Transmissão - ingestão de carne com cisticercos

O ciclo começa quando o porco engole os ovos, da boca esses ovos vão para o estômago onde se
tornam larvas oncosféricas, então migram para o delgado e para a musculatura em forma de cisticercos.
Comendo a carne contaminada, o verme vai para o delgado do homem, onde se torna adulto, por auto
fecundação ou por fecundação cruzada, dão se origem aos proglotes grávidos, que serão futuramente
ou ovos.A cisticercose caracteriza-se quando o homem faz o papel de hospedeiro intermediário (do
porco) , devido a ingestão de alimentos contaminados por ovos.

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NEMATELMINTOS

Os nematódeos, ou nematelmintos, são vermes de corpo cilíndrico,


afilado nas extremidades, semelhantes a um fio (nema = fio). São
parasitas de seres humanos, animais e plantas, tendo grande
importância em saúde.

Antigamente nematoda era uma classe do filo dos Asquelmintos. As


classes foram elevadas a Filo, porém, como o Filo Nematoda é o que
possui mais parasitas de seres humanos, são os mais estudados no
Ensino Médio. Existem cerca de 10.000 espécies descritas. Podem
ser encontrados em grande quantidade no solo, na água e como
parasitas.

FISIOLOGIA

Embriologia - São animais triblásticos (possuem os 3 folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme


e endoderme), pseudocelomados (cavidade do corpo é delimitada pelos tecidos da mesoderme e
tecidos da endoderme), protostômios (quando o blastóporo dá origem à boca) e possuem simetria
bilateral.
Tegumento - O corpo desses vermes é coberto por uma cutícula protetora muito resistente,
produzida pela epiderme, composta principalmente de colágeno. Essa cutícula protege contra as
enzimas produzidas pelo sistema digestório do organismo hospedeiro. A epiderme é composta por
uma camada de células simples.
Musculatura - A musculatura dos nematódeos é composta por uma única camada de células que se
distribui longitudinalmente pelo corpo. Essa musculatura lisa é responsável pelos movimentos desses
animais. Provocam flexões dorsoventrais. A movimentação também vai depender da elasticidade da
cutícula e do esqueleto hidrostático, líquido presente no pseudoceloma.

Respiração - Os nematódeos não possuem sistema


respiratório, e a respiração é cutânea ou tegumentar, feita
através de difusão.

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Digestão - Os nematódeos são os primeiros animais a apresentarem sistema digestório completo, ou


seja, possuem boca e ânus. A boca possui lábios ao redor. Esses lábios possuem papilas sensoriais,
dentes ou placas cortantes. Os parasitas alimentam-se de produtos pré-digeridos pelo hospedeiro,
mas há também espécies fitófagas e carnívoras.
Circulação - Não possuem sistema circulatório. A circulação de gases, nutrientes e substâncias
tóxicas é feita pelo pseudoceloma.
Excreção - Possuem uma célula especializada, com um formato que lembra a letra H. Possuem dois
canais longitudinais, que percorrem a lateral do corpo do verme, unidas por um canal transversal, que
emite um ducto que elimina excretas pelo poro excretor. A principal excreta desses animais é a
amônia.
Sistema Nervoso - Possuem dois cordões nervosos que percorrem o corpo do animal, ventral ou
longitudinalmente. Da faringe partem os cordões nervosos. O cordão nervoso dorsal é responsável
pela função motora, enquanto a ventral é sensorial e motora, sendo considerada a mais importante.
Reprodução - São animais dióicos, em sua grande maioria, possuem sexos separados. Apresentam
dimorfismo sexual. Ou seja, a fêmea é diferente do macho. Normalmente os machos são menores e
sua porção posterior é afilada e curva, para facilitar a cópula. A fecundação é cruzada e o
desenvolvimento é indireto.

DOENÇAS

Ascaridíase – o parasita é o Ascaris lumbricoides, que mede, 15 cm a 30 cm. Habita no intestino


delgado, onde vive dos alimentos ingeridos pela pessoa parasitada. O ser humano infectado elimina
ovos para o meio ambiente. A infecção ocorre pela ingestão de água e de alimentos, principalmente
verduras contendo ovos embrionários.
Ancilostomíase (amarelão) – os parasitas são o Ancylostoma duodenale e Necator americanos, que
medem cerca de 10 mm. Vivem aderidos à mucosa do intestino delgado da pessoa parasitada, onde
se alimentam do sangue. Os ovos são eliminados pela pessoa parasitada, se transformam em larvas.
Penetram através da pele, alcançam as veias e chegam ao coração, daí seguem para os pulmões. A
anemia é o sinal maior dessa parasitose.
Filariose ou elefantíase – o parasita é o Wuchereria bancrofti. Os vermes adultos provocam
inflamação dos vasos linfáticos, impedindo a drenagem de linfa. O acúmulo de linfa produz inchaço
nos pés, pernas, mamas e bolsa escrotal. É transmitida pelo mosquito, que ao picar uma pessoa
infectada, espalha as larvas para outras pessoas.
Bicho-geográfico (Larva migrans cutânea) – transmitida pelo parasita Ancylostoma brasiliense.
Parasita do intestino de gatos e cães. Os ovos eclodem na areia e podem penetrar na pele humana
sem, contudo atingir a circulação. A larva provoca lesão de contorno irregular, semelhante a um
mapa.

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ANELÍDIOS

Anelídeos são animais (filo annelida) de corpo mole, relativamente alongado, dividido em blocos bem
definidos, apresentando uma nítida segmentação. Muitas espécies vivem na água, outras, em solo
úmido. Os principais exemplos são a minhocas e a sanguessuga. Além dos anelídeos, estes tipos de
vermes estão distribuídos ainda entre os platelmintos e os nematelmintos.

CLASSIFICAÇÃO DOS ANELÍDEOS

Oligoquetas – cerdas curtas, hermafroditas, meio terrestre úmido ou aquático. Exemplos: minhocas,
tubifex e minhocuçu;

Hirudíneos ou aquetas – meio aquático ou terrestre úmido, parasitas, hermafroditas, sem cerdas.
Exemplo: sanguessuga;

Poliquetas – meio aquático, sexos separados, parapódios com cerdas evidentes. Exemplos: nereis e
tubícolas.

REPRESENTANTES

Minhoca – a espécie Pheretima hawayana é encontrada


com frequência no Brasil. Quando retirada da terra
movimenta-se rapidamente, contorcendo-se. Possui pele
fina e úmida. Alguns anéis, mais próximos da boca
apresentam cloração mais clara e constitui o clitelo,
utilizado na reprodução. É possível observar uma linha
vermelha na superfície dorsal do corpo. Trata-se de um
vaso sanguíneo componente do sistema circulatório.
Realiza respiração cutânea. Na parte ventral da minhoca
percebe-se certa aspereza, pela presença de cerdas
minúsculas, que servem de ponto de apoio quando o
animal se desloca no solo.

As minhocas são hermafroditas e apresentam fecundação cruzada. Na época da reprodução, saem da


terra à noite e, emparelhando seus corpos em sentido contrário, prendem-se com o auxílio de cerdas e
do clitelo, realizando a troca simultânea do espermatozoide.

Importância ecológica da minhoca - as minhocas vivem no solo, especialmente em áreas com


cobertura vegetal, matéria orgânica abundante e muita umidade. São conhecidas pela sua importância
no solo, pois cavam túneis e galerias, que permitem a penetração do ar e da água no solo, facilitando
o desenvolvimento das raízes das plantas. Além de ingerirem material orgânico do solo e eliminarem
fezes, contribuindo para a fertilidade da terra, com a produção do húmus.

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Minhocuçu – espécie bastante grande de minhoca, que pode alcançar até dois metros de comprimento.

Tubifex – anelídeos de água doce utilizado na alimentação de peixes ornamentais. Pode ser encontrado
mesmo em águas poluídas e pouco oxigenadas. Alimenta-se de detritos que se depositam no fundo
dessas águas.

Sanguessuga – vive no meio aquático e se alimentam do sangue de outros animais. Pode alimentar-se
por bastante tempo sem ser notada, pois produz uma substância de ação anestésica. Possui duas
ventosas, uma na região da boca e outra na região anal, que garantem fixação enquanto se alimenta.

Importância medicinal da sanguessuga – as


sanguessugas já foram utilizadas para realizar sangrias.
Costumavam ser aplicadas durante um tempo na pele
dos pacientes, a fim de que sugassem uma quantidade
suficiente de sangue e depois eram retiradas. Usava-se
para o tratamento de hipertensão arterial e do enfisema
pulmonar.

Nereis – é um predador que se desloca no fundo do mar,


por movimentos laterais, a procura de pequenos animais.
Têm na cabeça várias estruturas sensoriais e um par de
mandíbulas, localizadas próximo à faringe.

Tubícolas – vivem em tubos, no fundo do mar, cavados na areia. Alimentam-se de detritos orgânicos
em suspensão. Alguns têm penachos branquiais na região da cabeça, de função respiratória e na coleta
de animais.

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MOLUSCOS

Os moluscos (filo Mollusca) são animais de corpo mole, geralmente envoltos por uma concha, como
a ostra, o marisco, o caracol e o caramujo. Em alguns, como a lula, a concha é interna, em outros,
como o polvo, é ausente. Entre os moluscos há espécies marinhas e outras que ocupam a água doce e
o meio terrestre úmido. Na boca, existe a rádula, um tipo de "língua raspadora" que facilita a
alimentação desses animais.

A concha é importante para proteger esses animais e evitar a perda de água. Ela é produzida por
glândulas localizadas sob a pele, uma região chamada de manto. Ela não é uma parte viva do corpo do
molusco; conforme o animal aumenta de tamanho, novo material é acrescentado à concha, que pode
variar de forma e tamanho e ser formada por uma ou mais peças.

IMPORTÂNCIA DOS MOLUSCOS

Os moluscos participam de cadeias alimentares, as ostras, mariscos, polvos, lulas e escargot, são
utilizados como alimento e consomem outros seres, como plantas e animais.

A produção de pérolas, pelas ostras, tem grande importância econômica. As conchas podem servir para
a fabricação de botões, pentes e outros objetos.

Os moluscos são animais que apresentam grande diversidade de formas, tamanhos e ambientes. O
número de espécies conhecidas é muito grande.
Distribuem-se em três classes principais:

Gastrópodes - são os moluscos que têm concha


constituída por uma única peça. Ex: os caracóis. A
massa visceral fica no interior da concha, constituindo
uma única peça. São hermafroditas e apresentam
fecundação cruzada, que dá origem a ovos, que depois
de algumas semanas, liberam os filhotes.

Pelecípodes ou bivalves - são os moluscos formados


por duas conchas articuladas e unidas por um ligamento.
Ex: os mariscos, ostras e as vieiras. Entre as duas
conchas fica o corpo do animal, constituído pelo pé e
pela massa visceral.

ESTUDO DOS INVERTEBRADOS


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Cefalópodes - não têm concha e possuem sistema nervoso


bastante desenvolvido. Ex: o polvo e lula. São os
moluscos mais complexos, dotados de sistema nervoso
bastante desenvolvido e de olhos semelhantes aos dos
vertebrados. Da cabeça partem tentáculos, em número de
oito nos polvos e de dez nas lulas. Os tentáculos têm
ventosas que podem servir para capturar uma presa ou
prender o animal a um substrato, como uma rocha. O
polvo possui, ligada ao intestino, a glândula de tinta.
Quando o animal é atacado, a glândula expele tinta
confundindo o perseguidor. A reprodução é sexuada.

FUNCIONAMENTO DOS MOLUSCOS

Os moluscos possuem um sistema digestivo completo, com boca e ânus. Nos cefalópodes, a glândula
salivar secreta uma substância tóxica utilizada durante a caça, que auxilia a matar a presa. O alimento
é conduzido pelo tubo digestivo, onde sofre a ação de enzimas. Os nutrientes são absorvidos e
distribuídos pelo corpo por meio do sangue. As trocas gasosas e a eliminação dos excretas não são
feitas apenas por difusão, mas são realizadas por sistemas especializados.

O sistema circulatório distribui os nutrientes e oxigênio dos sistemas digestivo e respiratório. O sistema
excretor retira resíduos metabólicos e os elimina. O sistema circulatório é aberto, e o coração situa-se
dorsalmente na massa visceral. As contrações do coração enviam para o corpo, sangue que flui para
os vasos e depois por lacunas situadas entre os tecidos.

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EQUINODERMOS

Os Equinodermos (filo Eschinodermata) são animais exclusivamente marinhos e têm o corpo


organizado geralmente em cinco partes simétricas, que se distribuem na forma dos raios de uma
circunferência. Apresentam uma grande diversidade de formas, tamanhos e modos de vida. Quase
todos os sistemas de um equinodermo, como o digestivo, o nervoso e o reprodutor, ficam dentro do
esqueleto calário, que é recoberto por uma fina camada de epiderme.

Os equinodermos são, em sua maioria, animais dióicos. Através dos orifícios das placas genitais, os
gametas saem para a água. Os zigotos formados geram larvas, que nadam durante algum tempo,
fixando-se a um substrato e, por meio de metamorfose, originam os adultos.

CLASSIFICAÇÃO DOS EQUINODERNOS

Asteroides – Estrela do mar


Ofiuroides – Serpente do mar
Crinoides - Lírio do mar
Holoturoides – Pepino do mar
Equinóides – Ouriço do mar e bolacha do mar

REPRESENTANTES

Estrela do mar

A estrela do mar possui cinco braços dispostos como


raios. Algumas chegam a ter quarenta braços. Na parte
que fica em contato com o substrato, os braços são
formados por duas fileiras de pequenos
prolongamentos, os pés ambulacrários, que permitem
sua movimentação e fixação. Na extremidade de cada
braço se encontram olhos rudimentares, que permitem
localizar suas presas, como anelídeos, crustáceos e
ostras.

As estrelas do mar podem realizar autotomia, ou seja, a recuperação de um braço perdido, como
também a regeneração de um braço cortado, que pode formar nova estrela do mar

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Serpente do mar

A serpente do mar tem um disco central do qual partem


cinco braços dotados de movimentos ondulantes, que
facilitam o deslocamento. Como a maioria dos
equinodermos, a serpente do mar tem a boca na parte
inferior, que fica em contato com o substrato, sobre o qual
se apoia, enquanto o ânus se localiza na face oposta. Seu
alimento é constituído por moluscos, pequenos crustáceos e
detritos sedimentares do fundo do mar.

Lírio do mar

O lírio do mar possui uma base presa a um substrato,


de onde saem cinco braços ramificados que dão ao
animal o aspecto de planta. Utiliza como alimento os
detritos que permanentemente caem em seus braços, que
são cobertos por prolongamentos capazes de levar as
partículas até a sua boca.

Pepino do mar

O pepino do mar ou holotúria tem o corpo cilíndrico, dotado


de minúsculas placas não unidas, que lhe dão uma
consistência menos rígida. A maioria tem entre 5 e 30 cm,
com alguns exemplares podendo chegar a dois metros de
comprimento. Quando atacado, pode eliminar parte de suas
vísceras, como o intestino e as gônadas. O predador distraído
permite a fuga do pepino do mar, que depois de um tempo
tem suas partes regeneradas.

Ouriço do mar

O ouriço do mar ou pindá, apresenta corpo recoberto


por espinhos venenosos, móveis, que são usados para
seu deslocamento. Tem, junto à boca uma armação de
cinco dentes chamada lanterna de Aristóteles, com que
raspa as rochas em busca de algas, formando buracos
onde esses animais se alojam. Apesar dos espinhos pode
ser atacado por diversos predadores como peixes, estrela
do mar e caranguejos.

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ARTRÓPODES

Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra, camarão, escorpião,
abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão bem adaptado aos diferentes ambientes
que, atualmente, representa mais de 70% das espécies animais conhecidas.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ARTRÓPODES

A principal característica que diferencia os astrópodes dos demais invertebrados são as patas
articuladas. Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas articuladas vem
do grego: artro, que significa "articulação", e podos, "patas".

As patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos diferentes, muitos deles
bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas articuladas apresentam
outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e na captura de alimento. No dia-a-dia, é
fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que essas patas permitem.

Além das patas articuladas, outra característica


importante dos artrópodes é a presença de um
reforço externo: o exoesqueleto. Ele é resistente,
impermeável e é constituído de sais de quitina,
que é um tipo de "açúcar".

O exoesqueleto reveste e protege o corpo desses


animais de muitos perigos externos e também
evita que eles percam água. É uma importante
adaptação ao ambiente terrestre.

Embora ofereça proteção, o exoesqueleto limita o


tamanho do animal, pois não acompanha o
crescimento do corpo. Quando esse exoesqueleto
Inseto saindo do seu exoesqueleto antigo. fica pequeno, ocorre a muda. Nesse fenômeno, o
exoesqueleto antigo se desprende do corpo do
animal e é trocado pelo novo, que já está formado.

Até se tornarem adultos, os artrópodes podem fazer essa troca várias vezes. Por isso, podemos
encontrar exoesqueletos de artrópodes soltos em árvores.

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OS DIVERSOS GRUPOS DE ARTRÓPODES

Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do corpo
e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas etc.).

Entre as classes de artrópodes, podemos citar: crustáceos, aracnídeos, quilópodes, diplópodes e


insetos.

Crustáceos

A maioria dos crustáceos é marinha, ou


seja, vive nos mares e oceanos.
Algumas espécies, porém, têm seu
hábitat na água doce, e outras, ainda,
são terrestres, como o tatuzinho-de-
jardim. Podemos citar como exemplos
de crustáceos mais conhecidos:
Camarão, lagosta, siri, caranguejo e
craca. O tamanho desses animais varia
bastante de uma espécie para outra.

O corpo dos crustáceos, é dividido em


cefalotórax, parte do corpo formada
por cabeça e tórax fundidos, e abdome.

Esses animais possuem um número variável de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de
antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância que
forma a carapaça dura dos siris e caranguejos.

Aracnídeos

A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e carrapatos. Algumas espécies peçonhentas de
aranhas e escorpiões podem causar a morte, principalmente de crianças pequenas. O número de
acidentes envolvendo o veneno desses animais é grande no Brasil.

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O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais têm quatro pares de
patas e não possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos (palpos), que são apêndices
sensoriais, e também um par de quelíceras, apêndices em forma de pinça.

A maioria dos aracnídeos é carnívora. Alguns desses animais são parasitas do sangue de vertebrados,
como os carrapatos. A sarna ou escabiose é causada por um aracnídeo, um ácaro.

A aranha apresenta no abdome as suas glândulas fiandeiras, que produzem os fios utilizados para
construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem.

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Quilópodes

Quilópode é uma palavra de origem grega que


significa "aquela que tem mil patas" (quilo
significa "mil", e podos "patas"). Esse grupo é
representado pela lacraia e pela centopéia.

O corpo dos quilópodes é formado por uma


cabeça e muitos segmentos. Em cada um
desses segmentos, existe um par de pernas.
Esses animais têm um par de antenas longas na
cabeça.

Esses seres terrestres vivem na sombra, em regiões quentes e em locais bastante úmidos. São ovíparos,
carnívoros e predadores. Eles possuem veneno, que é inoculo no inimigo ou na presa.

Diplópodes

Um representante desse grupo é o piolho-de-cobra, conhecido também como embuá ou gongolo. O


corpo dos diplópodes possui uma cabeça com uma par de antenas curtas e tem também vários
segmentos.

Em cada segmento do seu corpo, há dois pares


de pernas, daí o nome diplópodes - que vem do
grego e significa "patas duplas" (di significa
"duplo", e podos, "patas").

Os diplópodes gostam de lugares escuros e terra


úmida. Vivem embaixo de pedras e folhas
mortas ou dentro de troncos de árvores
apodrecidos. Assim como os quilópodes, eles
procuram sombra e umidade.

Quando atacados, enrolam-se e liberam uma


secreção que afugenta os inimigos. Os
diplópodes são ovíparos, isto é, pões ovos.
Insetos

Os principais representantes dessa classe são os artrópodes que encontram com mais facilidade no dia-
a-dia; por exemplo: formiga, barata, mosquito, borboleta, mosca, besouro, joaninha, abelha, gafanhoto,
entre muitos outros.

A classe dos artrópodes com maior variedade e número de espécies é a dos insetos. Com grande
capacidade reprodutiva, os insetos formam a única classe de invertebrados com representantes
dotados de asas, o que contribui para o sucesso na ocupação de todos os ambientes do planeta exceto
as águas oceânicas mais profundas. Na cabeça há um par de antenas e uma par de olhos, além do
aparelho bucal. O tipo de aparelho bucal relaciona-se ao tipo de alimentação do inseto e é utilizado
pelos cientistas como um dos principais critérios de classificação.

ESTUDO DOS INVERTEBRADOS


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As tão doloridas picadas de abelhas não são feitas pelo aparelho bucal, mas sim pelo ferrão localizado
na extremidade do abdome, ligado a uma glândula que produz veneno.

FISIOLOGIA

Digestão

Vários artrópodes são carnívoros, mas há também os herbívoros, que se alimentam de diferentes
partes das plantas.

O sistema digestório dos artrópodes é completo, e os resíduos alimentares, isto é, as fezes, são
eliminados pelos ânus.

Circulação

A circulação dos artrópodes é aberta, isto é, o "sangue" não circula apenas dentro dos vasos, mas
banha espaços do corpo do animal. Esse "sangue" é incolor ou ligeiramente azulado e não transporta
gases, apenas os nutrientes.

Respiração

Nas diversas classes de artrópodes, o tipo de respiração varia.

Muitos artrópodes são terrestres, como os insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando
oxigênio do ambiente por estruturas denominadas traquéias.

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A traquéia está ligada a fibras


musculares que se contraem e
estimulam o ar a entrar pelos
espiráculos da traquéia.

Os artrópodes aquáticos, como os


crustáceos, podem ter respiração
branquial. As brânquias são
estruturas que retiram oxigênio
dissolvido na água para a
respiração animal. Estão
presentes em grande parte dos
invertebrados aquáticos e nos
peixes. Os microcrustáceos
(crustáceos muito pequenos)
fazem respiração cutânea, isto é,
respiram pela pele.

Reprodução

Na maioria dos artrópodes, o sexo são separados e a fecundação é interna, isto é, o macho lança os
gametas masculinos dentro do corpo da fêmea.

O desenvolvimento pode ser direto: os filhotes já nascem semelhantes aos pais, como é o caso de
muitos aracnídeos, e portanto esses animais não passam por metamorfose.

No desenvolvimento indireto, como ocorre com grande parte dos


insetos, o animal que sai do ovo passa por uma metamorfose antes
de atingir a vida adulta.

A metamorfose pode ser completa ou incompleta. Na


metamorfose completa, o animal passa pelas fases de larva, pupa
e adulto - isso ocorre, por exemplo, nas borboletas e moscas. Na
metamorfose incompleta, não há a fase de larva ou a de pupa - é o
que ocorre, por exemplo, com as baratas e os gafanhotos.

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REFERÊNCIAS

http://www.todabiologia.com/zoologia/animais_invertebrados.htm

https://www.todamateria.com.br/animais-invertebrados/

http://www.suapesquisa.com/resumos/filos_invertebrados.htm

http://escolakids.uol.com.br/invertebrados.htm

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Biokids/Biokids2_2.php

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