Tal como todos sabemos, as placas litosféricas contactam entre si em
zonas de fronteira que constituem os seus limites. No caso dos limites convergentes ocorre a colisão e a destruição contínua de placas litosféricas nas zonas de subducção, razão pela qual estes limites são também classificados de limites destrutivos O comportamento das placas litosféricas na zona de convergência é determinado pela sua densidade, uma característica que depende do tipo de materiais que as constituem. Nessas zonas, verifica-se, geralmente, o afundamento da placa mais densa, ou seja, a sua subducção, por baixo da menos densa. No caso de um limite entre duas placas continentais, a colisão resulta no espessamento crusta e na formação de montanhas. Neste tipo de limite é muito comum existir atividade sísmica que acontece devido à colisão das placas. Resumindo as duas placas movem-se e colidem uma contra a outra, acabando por formar uma espessura dupla. Isso ocorre porque as placas continentais são menos densas do que o manto terrestre subjacente e, portanto, não conseguem submergir uma sob a outra. À medida que as placas continentais colidem, a resistência das rochas no limite da placa impede o movimento suave. Isso leva ao acúmulo de tensão à medida que as placas tentam se mover, mas são impedidas pela fricção e pela resistência das rochas. É desta forma que compressão resultante leva à deformação da litosfera, causando dobramentos e falhas nas camadas de rocha, originando cordilheiras montanhosas.
Mais tarde vai haver uma libertação porque a energia acumulada
torna-se insustentável, e as rochas ao longo do limite da placa vão se romper. Quando este rompimento ocorre, a energia acumulada é libertada na forma de ondas sísmicas, causando um terremoto. Para além da formação de cordilheiras montanhosas, pode haver ainda, apesar de muito raro, a formação e o desenvolvimento de atividade vulcânica. Isto pode ocorrer porque quando as placas colidem, pode ocorrer a formação de cones vulcânicos, e devido às falhas e dobras criadas, pode haver a ascensão de magma. O melhor exemplo para este tipo de convergência é a colisão das placas Indiana e Euroasiática. A placa Euroasiática ascende sobre a Placa Indiana, porém, devido à baixa densidade das duas placas litosféricas em colisão que não facilita a subducção, vai haver um empilhamento das placas, criando uma espessura dupla da crosta e formando a cordilheira montanhosa mais alta do mundo, os Himalaias. A este fenómeno dá-se o nome de obducção continental.