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PARA O QUE SERVE?

O tacrolimo é recomendado depois que você é submetido a um transplante de rim, fígado


ou coração, a fim de evitar que o seu organismo rejeite o órgão transplantado.
Recomenda-se que o tacrolimo seja utilizado concomitantemente com corticosteroides.
O tacrolimo é um medicamento que reduz a resposta do sistema imunológico e atua como
medicamento antirrejeição, evitando que o organismo rejeite o órgão recebido.
Não se deve tomar este medicamento se for alérgico ao tacrolimo (ingrediente ativo) ou a
qualquer componente da fórmula do medicamento
As cápsulas devem ser ingeridas com líquido (de preferência água) e com o estômago
vazio, ou pelo menos 1 hora antes ou 2 a 3 horas depois das refeições, para a máxima
absorção do medicamento
O tacrolimo pode ser administrado por via intravenosa ou oral. De forma geral, a
administração pode iniciar-se por via oral; se necessário, através da administração do
conteúdo da cápsula em suspensão em água, por sonda nasogástrica.
O tacrolimo não é compatível com plástico PVC. Tubos, seringas e outros equipamentos
usados para preparar ou administrar a suspensão do conteúdo das cápsulas de tacrolimo,
não devem conter PVC em sua composição.
Com base nos efeitos imunossupressores do tacrolimo, inalação ou contato direto com a
pele ou as membranas mucosas do pó contido nos produtos de tacrolimo deve ser evitado
durante a preparação. Se esse contato ocorrer, lavar a pele e os olhos
No Brasil, que possui o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, o
tacrolimo – também recomendado para doenças autoimunes como artrite reumatoide, asma
brônquica e desordens dermatológicas como o vitiligo – está incluído na lista de
medicamentos de alto custo do SUS (Sistema Único de Saúde).
Um grupo de pesquisadores da Unicamp trabalha nos últimos anos para reverter este
cenário, produzindo o tacrolimo em laboratório, recorrendo a fontes alternativas que
aumentem a produção do fármaco e barateiem o custo para o sistema de saúde.
Pesquisa feita em Campinas, onde fica o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, um dos
principais centros de transplantes do país, levantou preços do tacrolimo no mercado
variando de R$ 680 a R$ 1.234 para 100 cápsulas de 1 mg – o alto custo é atribuído, entre
outras questões, a uma produção ainda não consolidada no Brasil, a uma baixa produção
de tacrolimo na fermentação e ao processo de purificação complexo.
O tacrolimo é um metabólito secundário, produzido via fermentação de várias bactérias do
gênero Streptomyces, em particular da S. tsucubaensis. Esse fármaco foi descoberto na
década de 1980 por pesquisadores da Farmacêutica Fujisawa, liderados pelo professor
[Tohru] Kino, que verificaram sua atividade imunossupressora para rim e depois para fígado.
Em 1994, a FDA [Food and Drug Administration] aderiu à medicação. Antes, os
transplantados utilizavam a ciclosporina na prevenção de rejeição de enxertos, mas se
descobriu que o tacrolimo é cerca de dez vezes mais eficaz, o que traz uma vantagem
enorme, como a redução da dose.”
Efeitos colaterais - As reações adversas mais comumente relatadas (ocorrendo em > 10%
dos pacientes) são tremores, comprometimento renal, hiperglicemia, diabetes mellitus,
hiperpotassemia, infecções, hipertensão e insônia.

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