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CAPÍTULO 02 SEMÂNTICA 9
1. Conceitos básicos 9
2. Denotação e conotação 9
3. Aspectos semânticos 9
CAPÍTULO 05 VERBO 37
1. Definição 37
2. Classificação 37
3. Flexões verbais 38
GABARITO 232
Teoria
4
SOUZA, Maurício de. [Chico Bento]. O Globo, Rio de Janeiro, Segundo Caderno, 19 dez. 2008, p. 7.
Os personagens Chico Bento e Zé Lelé podem ser considerados típicos habitantes da zona rural,
comumente chamados de “caipiras”. Essa tipicidade é confirmada não só pela indumentária – pé
descalço, calça xadrez desfeita na barra, chapéu de palha –, mas também por traços da fala de
Chico Bento – Num fica aí parado! Faiz arguma coisa! – que tem num em lugar de não, faiz em
lugar de faz e arguma em lugar de alguma.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Fuvest-SP 03. Encceja
Leia atentamente o texto a seguir. Leia:
Essa vida por aqui 12 de outubro
é coisa familiar; 12 de outubro de 2001
mas diga-me retirante, Dia das Criança
sabe benditos rezar? Várias festa espalhada na periferia
sabe cantar excelências, No Parque Santo Antônio hoje teve
defuntos encomendar? [uma festa
sabe tirar ladainhas, Foi bancada pela irmandade, uma
sabe mortos enterrar? [organização
NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina. Tavam confeccionando roupa lá no
Nesse contexto, o verso "defuntos encomendar" [Parque Santo
significa: Antônio lá
a. ordenar a morte de alguém. Lutando
b. lavar e vestir o defunto. Remando contra a maré
c. matar alguém. Mas tá lá tá firme
d. preparar a urna funerária. Tinha umas 300 pessoa
e. orar pelo defunto.
Resolução No, na festa das criança
(...)
As excelências e as ladainhas, muito comuns na cul- E o moleque era mó revolta, vai vendo
tura nordestina, são cânticos religiosos entoados Moleque revolta
no momento da encomendação (espécie de veló- E ele tava friozão
rio) do morto, em que se ora pela alma do defunto. Jogando bola lá, tal
Resposta Como se nada tivesse acontecido
E Ali marcou pra ele
02. Fuvest-SP Talvez ele tenha se transformando
Leia atentamente a frase a seguir. [numa outra pessoa
“Você pode dar um rolê de bike, la- aquele dia.
pidar o estilo a bordo de um skate, curtir Vai vendo o barato
o sol tropical, levar sua gata para surfar.” Dia das criança
Racionais MC´S
Considerando-se a variedade linguística que
se pretendeu reproduzir nessa frase, é correto O rap é um gênero de música popular em que
afirmar que a expressão proveniente da varie- os versos são declamados rapidamente. A lin-
dade diversa é: guagem segue o padrão falado predominante-
a. "dar um rolê de bike". mente pelos jovens de periferias urbanas. Na
b. "lapidar o estilo". composição dos Racionais, os termos destaca-
c. "a bordo de um skate". dos indicam uma tendência dessa variedade
d. "curtir o sol tropical". linguística, que é:
e. "levar sua gata para surfar". a. marcar uma só palavra para indicar o
Resolução plural.
Essa é a única alternativa em que se utilizou a va- b. conjugar o verbo na segunda pessoa.
riante padrão da língua. Nas demais, encontra- c. transformar a pronúncia "lh" em "i".
mos exemplos de variante popular característica d. usar palavras em sentidos figurados.
de grupos mais jovens de determinado segmen-
to socioeconômico da população paulistana. e. fazer comparações.
Resposta Resposta
B A
CAPÍTULO 02 SEMÂNTICA
1. Conceitos básicos 3.1. Os homônimos mantêm identidade gráfica
Semântica é o estudo do significado das uni- e/ou fônica e podem ser:
dades linguísticas, dos vocábulos, quanto às • homógrafos (mesma grafia): Eu apenas jogo
transformações que sofreram ao longo do o jogo.
tempo – semântica diacrônica – ou quanto a • homófonos (mesmo som): Todo dia eu passo
seu estágio atual de significação – semântica pelo paço municipal.
sincrônica. • homônimos perfeitos (homógrafos homófo-
A língua é um organismo vivo, em constante nos): Se você chegar cedo, eu lhe cedo meu
lugar.
mutação, e os vocábulos, além de guardarem
seu significado etimológico, de origem, adqui- 3.2. Os sinônimos mantêm identidade semân-
rem, pelo uso que se faz deles, significações tica total ou quase total. É consensual que a
sinonímia perfeita é ocorrência bastante rara:
variadas. apto/capaz – ébrio/bêbado – sofrer/padecer
– axila/sovaco.
2. Denotação e conotação 3.3. Os antônimos mantêm entre si relação
Com efeito, ao ler “Estávamos no coração da de oposição semântica: lembrar/esquecer –
floresta amazônica”, não seremos remetidos cedo/tarde – anão/gigante – contente/des-
ao significado primeiro da palavra coração – contente – feliz/infeliz – explícito/implícito
“órgão muscular dos vertebrados”, segundo o – progressão/regressão.
Dicionário Houaiss. 3.4. Os parônimos guardam entre si alguma
Da mesma forma, quem diz que “o passeio foi semelhança gráfica e fônica, mas têm signifi-
legal ” não está lembrando que legal é, ori- cados diferentes:
ginariamente, “o que está em conformidade ratificar (confirmar) / retificar (corrigir) – imi-
com a lei”. nente (para acontecer) / eminente (ilustre)
A esse significado primeiro a que a palavra 3.5. Chamamos polissemia ao fato de um
descontextualizada remete dá-se o nome de mesmo vocábulo ter mais de uma significação.
sentido denotativo.
Exemplo expressivo é o vocábulo linha.
O sentido conotativo de um vocábulo é o que
ele adquire ao se lhe agregarem, pelo con- linha de costura – linha de pescar – linha de
texto, valores significativos para além de sua transmissão – linha de chegada – linha de ôni-
acepção primeira. bus – linha de produtos – as linhas inimigas
– linha de pensamento – linhas da mão etc.
3. Aspectos semânticos Importante: polissemia e homonímia estão
em oposição. Homônimos perfeitos são dois
Ao observarmos os vocábulos, notaremos vocábulos diferentes, de origem e etimologia
que, entre dois ou mais deles, por vezes, é distintas. É o caso de cedo. Embora coinciden-
estabelecida ou alguma forma de identidade tes no som e na grafia, o advérbio tem uma
ou uma relação de oposição semântica ou de raiz latina (cito) e o verbo tem outra (cedere).
Já a palavra linha, apesar das variadas acep-
semelhança gráfica e fônica.
ções, tem uma única raiz latina (linea).
feminino: relva
grama
masculino: unidade de massa
MORFOSSEMÂNTICA EXEMPLOS
ao invés de
loc. prepositiva (= ao contrário de) Ao invés de subir, desceu.
em vez de loc. prepositiva (= no lugar de) Em vez de estudar, escreveu uma carta.
MORFOSSEMÂNTICA EXEMPLOS
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
ENEM b. Há homônimos perfeitos apenas nos
Observe o anúncio publicitário abaixo, publi- itens I, II e III.
cado na revista Le Lis Blanc e responda às duas c. Há homônimos perfeitos apenas nos
próximas questões. itens II, III, IV.
d. Há homônimos perfeitos apenas nos
itens I, II e IV.
saia de saia e. Há homônimos perfeitos em todos os
itens.
Sim, elas estão com tudo: com flores Resolução
imensas ou bem miúdas, lisas, com III. “passo” e “paço” apresentam grafia e sig-
pregas, rodadas e muito balanço. nificados diferentes;
V. “descriminação” e “discriminação” apre-
sentam grafia e significados diferentes.
01. Resposta
No anúncio publicitário acima, ocorreu um D
caso de homonímia perfeita, ou seja, palavras 02.
de mesma grafia, mesma pronúncia e sentidos
Tendo como referência o anúncio publicitário
diferentes.
anterior, marque (V) – verdadeiro – ou (F) –
Assinale, dentre os itens seguintes, aqueles falso – para as afirmativas abaixo.
que possuem a mesma caracterização semân- I. A preposição com, utilizada no texto
tica e depois marque a alternativa adequada. publicitário, orienta para uma relação
I. A dança de acasalamento do animal semântica de conteúdo, sendo que a
lembra a maneira como o jovem dança expressão estão com tudo pode ser
neste momento. substituída por possuem sem prejuízo
II. A taxa cobrada pelo serviço taxa ape- para a coerência e a correção gramati-
nas as pessoas de baixa renda. cal do texto.
III. O primeiro passo é dirigir-se ao paço II. No texto, o termo rodadas foi mal em-
municipal para receber as orientações. pregado, uma vez que não mantém o
paralelismo da enumeração introduzi-
IV. Os devotos de São Tomás de Aquino da pelos dois-pontos, não admitindo
são extremamente fervorosos. a preposição com na ligação com seu
V. Na Capital Federal, a descriminação do termo regente.
senador gerou manifestações contra a III. No texto, os termos imensas e miú-
discriminação das pessoas. das são considerados antônimos, já
a. Há homônimos perfeitos apenas nos que expressam características opostas,
itens I e II.
em que um pode ser empregado pelo Considerando a polissemia do verbo dar, as-
oposto do outro. sinale a alternativa em que este verbo foi em-
Assinale a alternativa correta. pregado com a mesma significação da frase
apresentada.
a. Apenas a proposição I é verdadeira.
a. Ele deu três exemplos discutíveis.
b. Apenas a proposição III é verdadeira.
b. Quem dá aos pobres empresta a Deus.
c. Apenas as proposições II e III são ver-
dadeiras. c. Deram com a cara na porta.
d. Apenas as proposições I e III são verda- d. Não dá para comparar uma coisa com
deiras. outra.
e. Todas as proposições são verdadeiras. e. Dá pena o estado em que se encontra a
educação no país.
Resolução
Resolução
A expressão “estão com tudo” não equivale
semanticamente a “possuem”. O trecho "Não dá para" apresenta como signi-
ficado não ser possível tanto no slogan quanto
Resposta na frase da alternativa D.
C Resposta
03. D
O jornal Folha de S. Paulo utilizou em certa
época o seguinte slogan: “Folha, não dá pra
não ler”.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Leia atentamente o texto a seguir. sciencia regula o livramento condicional e
ao mesmo tempo aconselha a euthanasia;
Grammatica logo, salva daqui e mata dacolá, ella não
Grammatica é a arte de fallar e augmenta nem diminue o coefficiente de
escrever incorrectamente uma lingua. segurança do genero humano, e assim não
Segundo affirmam os grammaticos, a modifica nem altera as condições deste
grammatica é o conjunto de regras mundo sub-lunar. Já o mesmo não aconte-
tiradas do modo pelo qual um povo falla ce com relação á grammatica. Esta provo-
usualmente uma lingua. Ora, o povo falla ca insomnias ás creanças, derrama a neu-
sempre muito mal, e escreve ainda rasthenia na alma dos adolescentes, e vicia
peiormente; logo, não é de estranhar que o temperamento dos velhos e complica a
seja a grammatica a arte de fallar e simplicidade de toda a gente. Logo, gram-
escrever incorrectamente uma lingua. matica não é positivamente uma sciencia.
É a grammatica uma arte ou uma Mas si não é arte nem sciencia, que vem a
sciencia? ser então grammatica? A grammatica... A
Para que se chegue a uma conclusão grammatica... A grammatica é assim uma
segura a esse respeito faz-se mister preci- especie de Republica no Brasil, que está
sar bem o que vem a ser arte e o que vem ahi, sem que ninguem saiba de facto o que
a ser sciencia. ella é, nem mesmo porque veio parar nes-
Arte é tudo quanto consegue emo- ta terra.
cionar; ora, grammatica paulifica, enfas- Mendes Fradique. In: Grammatica portugueza
tia, caceteia, encrespa o discurso, enteiriça pelo methodo confuso. 1928.
a phrase, mechanisa a expressão, mumi- 01.
fica a idéa, e faz ainda mil e uma coisas
mais, qual dellas entretanto menos capaz a. Reescreva o primeiro período confor-
de emocionar. Logo grammatica não é me as normas vigentes de ortografia.
arte. Em resumo: arte é o talento de quem b. Para você, a gramática é uma arte, uma
tem talento; grammatica é o talento de ciência ou nada disso? Por quê?
quem não tem talento. c. Explique o último período do texto.
Será então a grammatica uma sciencia?
Não parece. Resolução
A sciencia é o trabalho da intelligen- a. Gramática é a arte de falar e escrever in-
cia tendente ao conhecimento e simplifi- corretamente uma língua. Segundo afirmam
cação dos phenomenos; ora, grammatica os gramáticos, a gramática é o conjunto de re-
principia por não ser um trabalho da in- gras tiradas do modo pelo qual um povo fala
telligencia, porque quem é intelligente usualmente uma língua. Ora, o povo fala sem-
não perde tempo em carrancismos gram- pre muito mal e escreve ainda pior; logo, não
maticaes. Além disso a grammatica, longe é de estranhar que seja a gramática a arte de
de tender à simplificação dos phenome- falar e escrever incorretamente uma língua.
nos, complica tudo: a lingua, a linguagem
b. Resposta livre
e todas as fórmas de enunciar-se uma idéa.
A sciencia se caracterisa pela sua ab- c. Assim como ocorre em relação à Repúbli-
soluta inocuidade. A sciencia descobre a ca Velha do tempo em que o texto foi publica-
vaccina do crupp e inventa ao mesmo tem- do, 1928, ninguém conhece a razão e a função
po a metralhadora; a sciencia constróe da gramática.
uma ponte pensil, e ao mesmo tempo
torpedeia transatlanticos indefesos; a
02.
Isolada do contexto, a frase do segundo balão é ambígua. Explique por quê.
Resolução
A frase do segundo balão, se descontextualizada, tanto pode significar que a personagem levará o
milho das galinhas de volta para outro lugar ou que ele voltará a alimentar, com milho, as galinhas.
2. Noções de fonologia
A. Letra
Letra é cada um dos caracteres gráficos de que se compõe o alfabeto utilizado para a representa-
ção escrita de fonemas. O alfabeto português constitui-se de 26 letras, que, isoladas ou combina-
das entre si, representam graficamente a maioria dos fonemas.
Letras de imprensa
Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn Oo Pp Qq Rr Ss Tt Uu Vv Ww Xx Yy Zz
B. Fonema
Fonema é cada unidade sonora que possibilita distinções de significado entre as palavras.
C. Classificação dos fonemas
Os fonemas classificam-se em:
a. vogais: sons que resultam da livre passagem da corrente de ar pela boca. Funcionam sem-
pre como base da sílaba. Lembre-se de que não existe sílaba sem vogal. Exemplos: elefan-
te, bule, saci, tomate etc.
b. consoantes: são ruídos que resultam de algum obstáculo encontrado pela corrente de ar.
Só formam sílaba quando junto de uma vogal. Exemplos: luva, rato, dúvida etc.
c. semivogais: são fonemas de caráter vocálico que se juntam a uma vogal para com ela for-
mar sílaba. As semivogais nunca funcionam como base de sílaba. Exemplos: cárie, coisa,
tábua, lousa etc.
D. Encontros vocálicos e consonantais
I. Ditongo
Encontro de semivogal e vogal (ditongo crescente) e de vogal e semivogal (ditongo decrescente).
a. Crescentes: lírio, régua etc.
b. Decrescentes: pai, chapéu, herói etc.
c. Orais: eficácia, boi, cílios etc.
d. Nasais: põe, dão, mão, vem /vẽi/, bem /bẽi/ etc.
II. Centrais
/v/ vala /vala/
/a/ casa /kaza/
III. Linguodentais
/ã/ cansa /kãsa/
/t/ tato /tatu/
b. Til (~): estilização da letra n; indica a na- como aguar, averiguar, apaziguar, desa-
salização das vogais, como em cãibra, guar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.
irmã, ímã, órfão, órfã, põe, dispõem etc. Esses verbos admitem duas pronúncias
c. Cedilha ( ): estilização da letra s; confe- em algumas formas do presente do in-
re à letra c, seguida de a, o ou u, o valor dicativo, do presente do subjuntivo e
do fonema [s]. Compare: faca / faça. também do imperativo. Veja:
d. Apóstrofo ('): indica que uma vogal áto- a. se forem pronunciadas com a ou i tôni-
na foi suprimida, como em copo d’água, cos, essas formas devem ser acentua-
galinha d’angola, barata d’água etc. das. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas,
e. Hífen (-): além de estar presente em
enxágua, enxáguam; enxágue, enxá-
vocábulos compostos por justaposição
gues, enxáguem.
(arranha-céu) e em alguns formados
verbo delinquir: delínquo, delínques,
por prefixação (sub-reptício), une aos
delínque, delínquem; delínqua, delín-
verbos pronomes enclíticos (fazê-lo) e
quas, delínquam.
mesoclíticos (fá-lo-ei) e indica a trans-
lineação das palavras (sua partição no b. se forem pronunciadas com u tônico,
final de uma linha e passagem das sí- essas formas deixam de ser acentua-
labas restantes para a linha seguinte). das. Exemplos:
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas,
C. Acentuação gráfica (regras gerais) enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
gues, enxaguem.
I. Acentuam-se os monossílabos tônicos
verbo delinquir: delinquo, delinques,
terminados em a(s), e(s), o(s): má, dás,
delinque, delinquem; delinqua, delin-
fé, mês, nó, pôs etc.
quas, delinquam.
II. Acentuam-se os oxítonos terminados Observação: no Brasil, a pronúncia mais cor-
em a(s), e(s), o(s), em(ens): cajá, mara- rente é a com a e i tônicos.
jás, você, cafés, cipó, propôs, também, III. Usa-se acento agudo no I e U tônicos,
armazéns etc. quando antecedidos de uma vogal com
III. Dos paroxítonos, recebem acento grá- que formem hiato, desde que não cons-
fico aqueles que terminam de forma tituam sílaba com a eventual consoan-
diversa dos oxítonos acentuados, isto te seguinte, excetuando-se o caso de
é, levam acento os terminados em: re- s, e não sejam seguidos de nh: raízes,
vólver, tórax, amável, fórceps, hífen, reúno, egoísmo, baús etc. Porém: raiz,
próton, prótons, álbum, álbuns, júri, ruir, rainha (sem acento).
lápis, lótus, dólmã, ímãs, bênção, ór- IV. Muitas vezes, ao juntarmos pronome
gãos, pônei, úteis. oblíquo átono a uma forma verbal oxí-
Recebem acento, também, os paroxítonos tona ou monossilábica tônica, ela assu-
terminados em ditongo crescente: trégua, me algumas das terminações que obri-
tênues, espontâneo. gam a acentuação gráfica. Veja:
IV. Acentuam-se todos os vocábulos pro- dar + o = dá-lo
paroxítonos: lâmpada, exército, gra- fez + as = fê-las
mática etc. pôs + a = pô-la
D. Acentuação gráfica (casos especiais) dará + os = dá-los-á
I. Acentuam-se os oxítonos e os monos- farei + o = fá-lo-ei
sílabos tônicos terminados nos diton- tratarei + as = tratá-las-ei
gos abertos, orais e tônicos éis, éu, éus, satisfazer + as = satisfazê-las
ói, óis: papéis, herói, heróis, troféu,
compor + o = compô-lo
troféus, dói, céu etc.
II. Há uma variação na pronúncia dos ver- comandar + o = comandá-los
bos terminados em guar, quar e quir,
E. Acentos diferenciais Ele tem dois anos. / Eles têm dois anos.
O acento diferencial é usado nos seguintes ca- Ele vem da Europa. / Eles vêm da Europa.
sos: As formas de terceira pessoa do presente do
a. pôde/pode: pôde é a forma do passa- indicativo dos verbos derivados de VIR e TER
do (pretérito perfeito do indicativo) do
são oxítonas e, por isso, devem ser acentuadas
verbo poder, na terceira pessoa do sin-
gular. Pode é a forma do presente do graficamente tanto no singular (acento agudo)
indicativo, na terceira pessoa do singu- como no plural (acento circunflexo). Exemplos:
lar. Exemplo: Ontem, ele não pôde es-
Ele mantém a calma. / Eles mantêm a calma.
tudar muito, mas hoje ele pode.
b. pôr/por: pôr é verbo; por é preposição. Ele intervém nas discussões. / Eles intervêm
Exemplo: Vou pôr o caderno no armá- nas discussões.
rio que foi feito por mim.
Observação: É facultativo o uso do acento cir-
c. na terceira pessoa do plural do presen- cunflexo para diferenciar as palavras forma/
te do indicativo dos verbos ter e vir, fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa
assim como de seus derivados (manter, a frase mais clara: Pode fazer o bolo na forma/
deter, reter, conter, convir, intervir, ad- fôrma que você quiser.
vir etc.). Exemplos:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Leia a tirinha.
01. FGV-SP
Na tirinha, a palavra C-A-R-I-N-H-O tem uma relação equivalente entre o número de letras e fo-
nemas? Justifique a sua resposta.
Resolução
A relação não é de equivalência. Há 7 letras (CARINHO) e 6 fonemas (k, a, r, i, nh, o). Observe-se
que “nh” corresponde a uma unidade fonológica.
02. FGV-SP
Considerando as palavras recondito, femur, hifens, paul, bacharel e aljofar, transcreva e acentue
aquelas que, a exemplo de estéril, devem receber acento gráfico por serem paroxítonas.
Resolução
São acentuadas, por serem paroxítonas, fêmur e aljôfar.
Tais palavras descendem de um vocábulo em comum e formam uma família. São denominadas
cognatas ou termos cognatos. Observe que, embora tenham em comum o vocábulo cabeça na
sua origem, elas possuem significados relativamente distintos em função dos diferentes elemen-
tos acrescidos à palavra geratriz. Confronte cabeção / cabecinhas, encabeçar (“liderar”, "chefiar”) /
escabeçar (“decapitar”).
Detenha-se, por exemplo, na palavra cabecinhas. Você pode depreender quatro “partes” na sua for-
mação, cada qual com papéis e significados distintos:
cabeç inha a s
cabec – é a base significativa do vocábulo, a partir da qual se criam as demais: cabeçada, cabe-
çote, cabeçudo, encabeçar, cabeceira etc.
• – inh – indica uma variação de grau (diminutivo)
• – a – indica uma flexão de gênero (feminino)
• – s – indica uma flexão de número (plural)
A cada uma dessas unidades, responsáveis pela distinção semântica de uma palavra em relação
às outras cognatas, dá-se o nome de morfema. Morfema é, pois, cada uma das formas mínimas
significativas que constituem uma palavra.
Se você decompuser os termos cognatos, depreenderá outros morfemas:
Você observa claramente a existência, nessas palavras, de um morfema comum a todas e que
as identifica como pertencentes à mesma família de cognatos. Esse morfema comum, cabeç-, é
denominado radical.
Relendo a lista de cognatos acima, você observa que ao radical agregou-se uma série de outros
morfemas, todos incapazes, porém, de se constituir em matrizes para a formação de novas pa-
lavras.
Em escabeçar, por exemplo, ao radical cabeç- adicionaram-se dois morfemas: es- e -ar. O mor-
fema es- traduz a ideia de extirpação, extração, privação, ao passo que o morfema -ar nos leva
a identificar escabeçar como um verbo da primeira conjugação. A esse tipo de morfema capaz
de operar modificações semânticas no radical a que se agrega dá-se o nome genérico de afixo.
Colocado antes do radical, chama-se prefixo; depois do radical, sufixo.
Nos cognatos da lista anterior, você observa a presença de alguns prefixos (des-, en-, es-) e sufi-
xos (-ada, -al, -alho, -ão, -ear, -eira, -eiro, -ote, -udo, -ar, -mento). Você pode constatar também
que os prefixos e os sufixos, além de alterações de significado, acarretam mudanças de classe
gramatical, já que há verbos, substantivos e adjetivos entre os cognatos.
Como escabeçar é verbo, podemos flexioná-lo em número, pessoa, tempo e modo. Tais flexões
são indicadas por morfemas denominados desinências verbais. É por meio delas que identifica-
mos, por exemplo, escabeçavas e escabeçássemos como formas, respectivamente, de segunda
pessoa singular do pretérito imperfeito do modo indicativo e de primeira pessoa do plural do
pretérito imperfeito do modo subjuntivo. O morfema a chama-se vogal temática e possibilita a
conexão entre o radical e as desinências, além de identificar o verbo como pertencente à primeira
conjugação.
Vogais de ligação
silvícola, gasômetro, gasoduto,
Morfemas atípicos, já que são acrescidos
Vogal e consoante de gaseificar, cacauicultor, raticida
por motivo de eufonia, e não por uma
ligação Consoante de ligação
razão semântica.
cafeteira, pezinho, chaleira,
pobretão, paulada, capinzal, cafezal.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
Mackenzie-SP Resolução
Assinale a alternativa incorreta. Panteísmo é a doutrina filosófica que relacio-
a. Panteísmo significa o ato de comer in- na Deus a tudo o que existe.
distintamente qualquer tipo de alimento. Resposta
b. Xenofobia significa horror a estrangeiros. A
c. Sincrônico significa o que é relativo a
fatos simultâneos.
d. Oligarquia significa o governo de pou-
cos, pertencentes a um mesmo grupo.
e. Fotofobia significa horror à luz.
2. Formação de palavras
Há dois processos básicos por meio dos quais se criam novos vocábulos: a derivação e a compo-
sição. A derivação, geradora de vocábulos ditos derivados, implica alguma forma de alteração
numa única palavra primitiva, seja por acréscimo de fonema (gota – gotícula, gotejar), seja por
supressão de fonema (combater – combate, chorar – choro), seja por mudança de (ou na) classe
gramatical (alto – alto, Xerox – xérox, xerox). A composição, da qual resultam vocábulos compos-
tos, consiste da junção de dois ou mais vocábulos (burocracia, otorrinolaringologista, psiquiatria,
amor-perfeito, arranha-céu, planalto etc.).
Estudaremos, a seguir, esses dois processos básicos de modo mais minucioso. Depois disso, vere-
mos outras formas de enriquecimento do léxico.
A. Derivação
I. Derivação prefixal (ou prefixação)
Ocorre com o acréscimo de prefixo ao radical. Exemplos:
– ver: antever, prever, rever etc.
– vir: advir, convir, desavir-se, intervir, provir etc.
– pôr: apor, antepor, compor, dispor, indispor, repor etc.
– ter: ater-se, abster-se, conter, deter, entreter, manter, reter etc.
– infeliz, descontente, administrar, antebraço, impuro, semimorto, anfíbio, antítese, disenteria
Note que num mesmo derivado pode haver mais de um prefixo. Tal é o caso, por exemplo, de
desencabeçar, desencaminhar, desinfeliz.
II. Derivação sufixal (ou sufixação)
Ocorre com o acréscimo de sufixo ao radical, o que acarreta alteração semântica e/ou mudança
de classe da palavra primitiva. É o caso, por exemplo, do substantivo felicidade e do advérbio
felizmente, derivados do adjetivo feliz.
Na exemplificação abaixo, atente nas palavras primitivas, a fim de constatar alterações semânti-
cas e morfológicas.
punhalada, noviciado, baronato, plumagem, politicalha, vasilhame, dinheirama, sorveteria,
pancadaria, comissário, cabeleira, reitoria, poderio, enterite, ferrugem, umidade, gratidão, pe-
quenez, largura, esperança, constância, diferença, regência, amante, fluente, ouvinte, roedor,
tradutor, gotícula etc.
III. Derivação prefixal e sufixal O mesmo não ocorre, por exemplo, com ân-
Como você pôde constatar, há vocábulos de- cora, perfume e arquivo, que são substantivos
rivados formados pelo acréscimo de prefixo e concretos e palavras primitivas em relação a
de sufixo. É o que acontece, por exemplo, com ancorar, perfumar e arquivar, verbos resul-
infelizmente (in + feliz + mente) e configuração tantes de derivação sufixal.
(con + figura + ção). VI. Derivação imprópria (ou conversão)
IV. Derivação parassintética (ou parassíntese) Consiste em, pelo simples emprego que se faz
Diz-se que um vocábulo é derivado parassin- de uma palavra, mudar-lhe a classe gramatical
tético quando o prefixo e o sufixo se agregam a que originalmente pertence, sem que a ela
concomitantemente à palavra primitiva. Esse se acrescente ou dela se subtraia fonema algum.
caso não pode ser confundido com o anterior, Exemplos:
já que um derivado parassintético não subsis- • olho azul (adj.)
te à retirada de um dos afixos, ao contrário de • o azul dos seus olhos (subst.)
um derivado formado por derivação prefixal e
• homem alto (adj.)
sufixal não simultâneas. Observe:
• falar alto (adv.)
• feliz: infeliz, felizmente, infelizmente;
• não iremos (adv.)
• contente: descontente, contentamen-
to, descontentamento. • não aceito esse não (subst.)
Entretanto: • viva melhor (verbo)
• tarde: entardecer (não existe entarde • viva! (interjeição)
nem tardecer) • viver (verbo)
• verde: esverdear (não existe esverde • o viver (subst.)
nem verdear) • oh! (interjeição)
A derivação parassintética é geradora de ver- • um poema cheio de ohs (subst.)
bos a partir de substantivos (atraiçoar, ape- • Você quer? (verbo)
drejar, apreçar, entardecer, anoitecer, expa-
triar) ou de adjetivos (engordar, emagrecer, • você virá quer chova quer faça sol (con-
amarelecer, amolecer, empalidecer). junção)
V. Derivação regressiva (ou deverbal) Devemos ressaltar que tais exemplos não são
propriamente casos de derivação (daí o nome),
A supressão de um segmento final da palavra já que não supõem alterações mórficas, senão
primitiva resulta numa redução denominada semânticas. Ademais, nem sempre a deriva-
regressiva, também chamada deverbal (ou ção imprópria resulta de mudança de classe,
pós-verbal), uma vez que a derivada é subs- mas de conversões dentro de uma mesma
tantivo proveniente de verbo. Os substanti- classe. É o caso, por exemplo, de substantivos
vos deverbais são criados com a substituição comuns que se transformam em próprios:
da terminação verbal (-ar, -er, -ir) por uma das Rocha, Pereira, Oliveira, Neves.
três vogais temáticas nominais (-a, -e, -o):
Ou de certas marcas registradas (substan-
• Estudar: estudo tivos próprios) que, em dada época ou região,
• Perder: perda consagram-se no mercado e se convertem em
• atacar: ataque substantivos comuns:
• Fugir: fuga Chiclets • chiclete (goma de mascar)
Observe que os substantivos deverbais são Gillette • gilete (lâmina de barbear)
sempre abstratos e nomeiam ações. Assim, Maizena • maisena (amido de milho)
estudo, perda, ataque e fuga nomeiam, res- Xerox • xérox, xerox (fotocópia)
pectivamente, o ato de estudar, de perder, de Catupiry • catupiry (requeijão)
atacar e de fugir.
Durex • durex (fita adesiva)
III. Siglonimização
BIG BANG BANG – Adão Iturrusgarai
A utilidade prática das siglas é óbvia: conferem concisão e rapidez ao discurso. Imagine se, na tira
acima, TPM fosse substituída por tensão pré-menstrual.
A sigla constitui-se da combinação de duas ou IV. Onomatopeia
mais palavras, em geral representadas por ini- As onomatopeias têm por fim a imitação de
ciais (BEG, Banco do Estado de Goiás) ou por sons, vozes de animais, ruídos de pessoas, coi-
iniciais e segmentos Unicamp (Universidade sas ou fenômenos naturais. Trata-se, na ver-
de Campinas). Outros exemplos: dade, de tentativas de imitação, já que nem
o aparelho fonador nem o sistema alfabético
modem (Modulator-Demodulator) dispõem de recursos fonológicos ou gráficos
PC (personal computer) capazes de reproduzir todos os sons. Tomem-
pixel (picture element) se, por exemplo, plim-plim e cocoricó: são
RAM (Random Access Memory) meramente convenções socialmente introje-
tadas, que não reproduzem com fidelidade o
SVGA (Super Video Graphics Array) som metálico das vinhetas da TV Globo nem
Usenet (User network) os sons emitidos por galináceos.
WWW (World Wide Web) Prova dessa convenção cultural é o fato de
Observe que várias siglas atuam como palavras que as representações humanas dos ruídos
geradoras de derivadas e compostas: aidéti- dos animais distinguem-se de um idioma para
outro, ainda que uma espécie animal produza
co, celetista (de CLT), laserterapia, pedetista, basicamente o mesmo som em qualquer parte
peemedemista, petista, ufólogo, uspiano. do mundo. Observe a lista a seguir:
estadunidense, sobretudo após a Segunda Hebraico: aleluia, Páscoa, sábado, Jesus, Maria
Guerra Mundial, a influência do inglês tornou-se etc.
avassaladora. Italiano: maestro, piano, pastel, lasanha, espa-
Alguns exemplos de empréstimos lexicais: guete, salsicha, adágio, pizza, parmesão, mila-
Alemão: elmo, lança, espeto, gás, guerra, gan- nesa, gazeta, carnaval etc.
so, norte, sul, hambúrguer, realengo, Ricardo, Inglês: bife, clube, esporte, futebol, voleibol,
zinco etc. basquete, jóquei, surfe, tênis, náilon, vagão,
Árabe: arroz, azeite, açucareira, alface, almo- shopping, show, xampu, pedigree, gol, pênalti
fada, açúcar, arrabalde, até, algodão, alfaiate, etc.
armazém, algema, oxalá, nácar, muçulmano Japonês: biombo, jiu-jitsu, judô, quimono, nis-
etc. sei, samurai, gueixa etc.
Celtibero: arnês, brisa, bacalhau etc. Línguas indígenas: tatu, araponga, saci, pitan-
Chinês: chá, chávena, nanquim, pequinês etc. ga, Iracema, Itu, Iguaçu, jiboia, pajé, caboclo,
Basco: cachorro, modorra (e muitas palavras caipira, capiau, capixaba, tapioca, moqueca,
em arro, arra, orro). mingau, paçoca, pamonha, pipoca, cumbuca,
Espanhol: castanhola, cavalheiro, caudilho, ni- cajá, caju, jacá, arapuca, biboca, maloca, pe-
nharia, ojeriza, bolero etc. teca, tocaia, piteira, capão, tapera, catapora,
Fenício: Lusitânia, Espanha, barca. jururu, sarará, cutucar, pitar, sapecar etc.
Francês: elite, greve, avenida, detalhe, pose, Línguas africanas: corcunda, cafundó, camun-
toalete, tricô, guichê, garçom, matinê, menu, dongo, curinga, dengue, fubá, farofa, quiabo,
bom-tom, abajur, chance, gafe, costume, quilombo, mulango, bamba, cafuné, banguela,
boné, buquê, crochê etc. mambembe, acarajé, vatapá, xinxim, xingar,
fungar etc.
Grego: anjo, apóstolo, bíblia, nostalgia, telefo-
ne, microscópio, balada, batismo, cemitério e Russo e línguas eslavas: mazurca, estepe, vodca,
palavras presentes nas listas de radicais e pre- mujique, rublo, soviete, politburo etc.
fixos gregos. Turco: divã, sultão, algoz, horda, lacaio etc.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Leia atentamente a tira abaixo.
01.
No segundo quadro, o personagem apõe o prefixo anti- à palavra guru. Explique por que o segun-
do e o terceiro quadro compõem uma contradição.
Resolução
Ao se dizer um antiguru, Rhalah Rikota condena a atitude mitificadora e laudatória das outras perso-
nagens, que parecem não entender, todavia, o sentido da aposição do prefixo grego anti-.
CAPÍTULO 05 VERBO
1. Definição Os verbos terminados em -zer (dizer, fazer,
Verbo expressa ação, estado e fenômenos na- trazer etc.) e -zir (traduzir, produzir etc.), no
turais, em relação a um tempo. imperativo afirmativo, admitem a perda do e
final da segunda pessoa do singular: dize ou
diz tu, traduze ou traduz tu.
2. Classificação
V. Defectivos
A. Quanto à vogal temática São os verbos que, por razões diversas, não
• Primeira conjugação – A: amar, cha- são conjugados em todas as pessoas, tempos
mar, estar ou modos. São exemplos os verbos reaver e
precaver, que, no presente do indicativo, só
• Segunda conjugação – E: tremer, cor- se conjugam na 1ª e 2ª pessoas do plural, não
rer, fazer, pôr (poer) possuindo as demais formas desse tempo,
nem as que se originam de alguma delas.
• Terceira conjugação – I: partir, fugir, sentir
Presente do indicativo:
B. Quanto ao paradigma a. reavemos, reaveis
I. Regulares b. precavemos, precaveis
São os verbos que mantêm inalterado o seu Presente do subjuntivo:
radical em todas as etapas da conjugação e se- c. não existe
guem fielmente os paradigmas. d. não existe
II. Irregulares Imperativo afirmativo:
São os verbos cujo radical ou desinência so- e. reavei vós
fre alteração em alguma etapa da conjugação f. precavei vós
verbal; não obedecem precisamente, pois, ao Imperativo negativo:
paradigma da respectiva conjugação.
g. não existe
III. Anômalos h. não existe
Não há consenso entre os gramáticos em torno
dos verbos anômalos. Alguns autores conside- C. Verbos auxiliares – Locução verbal
ram apenas os verbos ser e ir como anômalos, Os verbos auxiliares participam da conjuga-
assim definidos por se constituírem de mais de ção de outros verbos, chamados principais, os
quais se apresentam no gerúndio ou no infini-
um radical primário (ser: sou, era, fui; ir: vou,
tivo (nas locuções verbais) e no particípio (nos
ia, fui). Outros acrescentam a esses todos os tempos compostos).
que sofrem acentuadas alterações no radical: – Tenho viajado muito nas últimas semanas.
dizer (digo, disse, direi, dito); fazer (faço ,fiz,
– Nós havíamos trabalhado juntos anterior-
farei, feito); caber (caibo, coube; cabia); pôr mente.
(ponho, põe, punha, pus) etc. – Eu estava descansando quando ele chegou.
IV. Abundantes – Você pretende sair da empresa?
São os verbos que apresentam mais de uma
forma para a mesma flexão. É o caso dos ver- D. Formas rizotônicas e arrizotônicas
bos haver (havemos ou hemos, haveis ou heis), Rizotônicas (do grego rizo, “raiz”, e tonôs, “força”)
construir (constrói ou construi, constroem ou são as formas verbais cujo acento tônico ocorre
construem) e dos verbos que apresentam mais
de uma forma no particípio, caso de pagar (pa- dentro do radical: ando, corres, partem etc.
gado, pago), aceitar (aceitado, aceito, aceite) etc.
Presente ando
perfeito andei
do presente andarei
Futuro
do pretérito andaria
afirmativo andemos
Imperativo (Presente)
negativo não andemos
Presente ande
Apresentamos a seguir os paradigmas (ou modelos) de conjugação. Para você conjugar os verbos
regulares, basta trocar os radicais and-, corr- e part- pelos radicais dos verbos que serão conjugados.
Tempos simples
Modo indicativo
Primeira conjugação Segunda conjugação Terceira conjugação
Presente
Modo subjuntivo
Presente
Modo imperativo
Afirmativo
Negativo
Formas nominais
Infinitivo pessoal
Infinitivo impessoal
Gerúndio
Particípio
Modo indicativo
Presente
Pretérito perfeito
Pretérito imperfeito
Pretérito mais-que-perfeito
Futuro do presente
Futuro do pretérito
Modo subjuntivo
Presente
Pretérito imperfeito
Futuro
Modo imperativo
Afirmativo
Negativo
não sejas (tu) não vás (tu) não estejas (tu) não tenhas (tu) não hajas (tu)
não seja (você) não vá (você) não esteja (você) não tenha (você) não haja (você)
não sejamos (nós) não vamos (nós) não estejamos (nós) não tenhamos (nós) não hajamos (vós)
não sejais (vós) não vades (vós) não estejais (vós) não tenhais (vós) não hajais (vós)
não sejam (vocês) não vão (vocês) não estejam (vocês) não tenham (vocês) não hajam (vocês)
Formas nominais
Gerúndio
Particípio
Infinitivo
Verbos regulares
Tempo verbal importantíssimo, apresenta a letra “E” no lugar da vogal temática nos verbos regu-
lares da 1ª conjugação, e a letra “A” no lugar da vogal temática nos verbos regulares da 2ª e da
3ª conjugações.
↵
↵
Verbos irregulares
Primeira conjugação
DAR
dou dê
dás dês
dá dê
damos demos
dais deis
dão deem
Observação
Atente para a grafia das formas de terceira pessoa do plural: dão e deem. A forma deem se asse-
melha à do presente do indicativo dos verbos crer, ler e ver (creem, leem, veem).
ESTAR
estou esteja
estás estejas
está esteja
estamos estejamos
estais estejais
estão estejam
Observação
Tanto dar quanto estar fogem à regra de formação do presente do subjuntivo, a partir da primeira
pessoa do singular do presente do indicativo.
PASSEAR
passeio passeie
passeias passeies
passeia passeie
passeamos passeemos
passeais passeeis
passeiam passeiem
Observações
a) Passear serve de modelo a todos os verbos terminados em -ear: arrear, barbear, bloquear,
cear, folhear, homenagear, nomear, frear, pontear, recear, titubear etc.
b) Repare na irregularidade das formas da primeira e da segunda pessoas do plural.
ANSIAR
Eu anseio Eu anseie
Tu anseias Tu anseies
Ele anseia Ele anseie
Nós ansiamos Nós ansiemos
Vós ansiais Vós ansieis
Eles anseiam Eles anseiem
Observações
• Os verbos irregulares terminados em - iar, que formam a sigla MARIO (mediar, ansiar, reme-
diar, incendiar e odiar) e seus derivados, apresentam irregularidades na primeira e na segunda
pessoas do plural.
• Os demais verbos terminados em - iar são regulares.
ANUNCIAR
Eu anuncio Eu anuncie
Tu anuncias Tu anuncies
Ele anuncia Ele anuncie
Nós anunciamos Nós anunciemos
Vós anunciais Vós anuncieis
Eles anunciam Eles anunciem
Pelo verbo anunciar conjugam-se adiar, comerciar, copiar, negociar, renunciar, vadiar, variar e os
demais terminados em “iar”.
Segunda conjugação
CRER LER
Observações
• São verbos regulares em outros tempos.
• Repare na semelhança entre as segundas e as terceiras pessoas do plural dos dois verbos.
CABER SABER
QUERER REQUERER
Observação
Repare no fato de que, no verbo querer, o radical do presente do indicativo e o do presente do
subjuntivo apresentam diferenças.
PERDER VALER
DIZER FAZER
TRAZER PODER
PÔR VER
Observações
• A terceira pessoa do singular do presente do indicativo de poder (pode) é homógrafa de
pôde (pretérito perfeito).
• Atente na grafia da terceira pessoa do presente do indicativo de pôr (põe, põem) e de
ver (vê, veem).
Observações
• Os verbos haver e ser têm presente do subjuntivo que não se forma a partir do radical do
presente do indicativo.
• As formas do presente do subjuntivo de haver são homófonas com as do verbo agir: aja,
ajas, aja, ajamos, ajais, ajam.
• O verbo haver é abundante no presente do indicativo: havemos ou hemos, haveis ou heis.
• Atente nas formas de terceira pessoa do singular e do plural do verbo ter: ele tem e eles
têm. Nos verbos derivados, as formas de singular e de plural são acentuadas: mantém,
mantêm; detém, detêm; contém, contêm etc.
Terceira conjugação
Observações
• Repare que a irregularidade desses verbos está na primeira pessoa do singular do pre-
sente do indicativo: o radical do infinitivo (ader- , compet- , prefer-) é trocado por adir- ,
compit-, prefir-.
• Outros verbos têm a mesma irregularidade: advertir, conferir, despir, digerir, discernir,
divergir, divertir, expelir, ferir, inserir, investir, referir, repelir, repetir, seguir, sentir, servir,
sugerir, vestir etc.
AGREDIR PREVENIR
Observação
Atente-se ao fato de que as formas de primeira e de segunda pessoas do plural do presente
do subjuntivo não trocam o e por i. É o que também ocorre com denegrir, progredir, regredir,
transgredir.
Observações
• Conjugam-se semelhantemente a engolir os derivados de cobrir (descobrir, encobrir, re-
cobrir), além de dormir e tossir.
• Seguem o modelo de medir os verbos pedir, despedir, impedir.
IR VIR
Observações
• Observe que o verbo ir é anômalo; confronte as formas de segunda pessoa do plural: ides
e vades.
• São idênticas as formas de primeira e terceira pessoas do plural, nos dois presentes de ir:
vamos e vão.
• Não confunda as formas de terceira pessoa do singular e do plural do presente do indica-
tivo de ver (vê, veem) e de vir (vem, vêm).
• Seguem a conjugação de vir os derivados: advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
Nesses verbos, as terceiras pessoas do singular e do plural do presente do indicativo são
acentuadas graficamente: advém, advêm; convém, convêm; desavém-se, desavêm-se; in-
tervém, intervêm; provém, provêm; sobrevém, sobrevêm.
Observação
Têm o mesmo tipo de irregularidade os verbos: bulir, consumir, cuspir, fugir, sacudir e subir.
Observações
• Repare que a irregularidade desses verbos se manifesta na terceira pessoa do singular do
presente do indicativo, que tem a desinência i, e não e.
• Seguem esses modelos, respectivamente: decair, sair; roer.
• Concluir, contribuir, diminuir, distribuir, possuir e retribuir seguem o modelo de atribuir.
• Imperativo afirmativo
Não se conjuga a primeira pessoa do singular. A segunda pessoa do singular e do plural são ex-
traídas do presente do indicativo com supressão do -s final. As demais formas são obtidas do
presente do subjuntivo, sem nenhuma alteração.
• Imperativo negativo
É extraído diretamente do presente do subjuntivo. Assim, temos:
DAR
dou – dê –
dá dê dê não dê
ESTAR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
estou – esteja –
PERDER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
perco – perca –
VALER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
valho – valha –
DIZER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
digo – diga –
dizes (-s) diz/dize digas não digas
diz diga diga não diga
dizemos digamos digamos não digamos
dizeis (-s) dizei digais não digais
dizem dizem digam não digam
PÔR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
ponho – ponha –
pões (-s) põe ponhas não ponhas
põe ponha ponha não ponha
pomos ponhamos ponhamos não ponhamos
pondes (-s) ponde ponhais não ponhais
põem ponham ponham não ponham
vou – vá –
vais (-s) vai vás não vás
vai vá vá não vá
vamos vamos vamos não vamos
ides (-s) ide vades não vades
vão vão vão não vão
ouço – ouça –
ouves (-s) ouve ouças não ouças
ouve ouça ouça não ouça
ouvimos ouçamos ouçamos não ouçamos
ouvis (-s) ouvi ouçais não ouçais
ouvem ouçam ouçam não ouçam
VIR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo
venho – venha –
vens (-s) vem venhas não venhas
vem venha venha não venha
vimos venhamos venhamos não venhamos
vindes (-s) vinde venhais não venhais
vêm venham venham não venham
– – – –
colores – colore –
colore – – –
colorimos – – –
coloris – colori –
colorem – – –
– – – –
– – – –
– – – –
reavemos – – –
reaveis – reavei –
– – – –
FALIR
– – – –
– – – –
– – – –
falimos – – –
falis – fali –
– – – –
PRECAVER
Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo
– – – –
– – – –
– – – –
precavemos – – –
precaveis – precavei –
– – – –
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Ufla-MG Tudo é cinema.
Na frase "É improvável que algo assim possa Ninguém precisa de problema.
existir!", o emprego do modo subjuntivo do Arnaldo Antunes
verbo destacado justifica-se porque: Assinale a opção que explicita a atitude comu-
a. expressa ordem, conselho, pedido. nicativa do eu lírico no texto.
b. expressa um fato certo, uma certeza. a. O texto apresenta uma atitude comuni-
c. expressa um fato situado no tempo cativa quanto à percepção do tempo, lin-
presente. guisticamente centrada na predominân-
cia do presente do indicativo.
d. exprime um fato provável, duvidoso,
hipotético. b. O texto explicita atitudes comunicativas,
centradas em um tempo da memória
e. assume, nesse contexto, função de realce.
que se expressa linguisticamente no pre-
Resolução sente do indicativo com valor de pretéri-
O modo subjuntivo exprime um fato hipotéti- to perfeito.
co, duvidoso. c. O texto apresenta uma atitude comu-
nicativa centrada linguisticamente no
Resposta presente do indicativo, empregado no
D lugar do pretérito perfeito, para expres-
02. UFF-RJ sar uma comparação.
Cada lugarzinho tem d. O texto explicita uma atitude comunicati-
um canto escondido. va de um tempo de memória centrada na
Um ao meio-dia, um às três da tarde. expressão representativa de movimento.
Cada passarinho tem e. O texto apresenta uma atitude comunica-
um canto exclusivo. tiva centrada em fatos de memória que se
Às vezes passa um carro, mas só às vezes. expressam no emprego do presente do in-
E as ondas do mar não param de passar. dicativo, com valor de futuro do pretérito.
Quem tem medo de cobra
põe sapato. Resolução
Quem não tem, a mãe A percepção do tempo está centrada predomi-
obriga a pôr. nantemente em verbos no presente do indica-
O mormaço apazigua a cor. tivo (tem, passa, tem, obriga, apazigua, chove,
Às vezes chove, mas só às vezes. estende, deita, é, precisa).
Estende a esteira pra ver as estrelas. Resposta
Sobre a areia deita-se também. A
F. Desdobramentos do infinitivo
No infinitivo impessoal podemos encontrar a forma que origina o pretérito imperfeito do indica-
tivo, o futuro do presente do indicativo, o futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal,
o gerúndio e o particípio. Basta suprimir do infinitivo impessoal sua vogal temática e a desinência
-r para se obter o radical: andar – ar = and, correr – er = corr –, partir – ir = part –.
Segunda conjugação
Terceira conjugação
Verbos problemáticos
Pretérito imperfeito Formas
Verbo Futuro do presente Futuro do pretérito
do indicativo nominais
Tempos compostos
Modo indicativo
Modo subjuntivo
Futuro do presente
tiver (houver)
tiveres (houveres)
tiver (houver) andado
tivermos (houvermos) corrido
tiverdes (houverdes) partido
tiverem (houverem)
Formas nominais
G. Verbos especiais
I. Verbos abundantes
São chamados de abundantes os verbos que possuem mais de uma forma equivalente, ou seja,
duas ou mais formas para uma mesma flexão. Em geral, a abundância ocorre no particípio, mas
pode ser encontrada também fora dele. Tal é o caso de haver (havemos ou hemos, haveis ou
heis), querer e requerer (quer ou quere, requer ou requere), dizer, fazer, trazer (no imperativo:
dize ou diz tu, faze ou faz tu, traze ou traz tu) etc.
Veja, a seguir, os verbos abundantes cujas formas de particípio podem ser regulares (-ado, -ido)
ou irregulares.
Observações
• O verbo chegar admite, na língua culta, somente o particípio regular chegado. Condena-se,
pois, a forma “chego” com valor de particípio, comum na linguagem oral, como em “eu
tenho chego cedo”. O certo seria “eu tenho chegado cedo”.
• Os verbos matar e morrer têm o mesmo particípio irregular: morto
• Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados só admitem
o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo (particípio
igual ao gerúndio).
• O uso das formas regulares e irregulares do particípio depende do verbo auxiliar que a elas
se anteponha. Com os auxiliares ter e haver emprega-se, em geral, o particípio regular; o
sentido da construção é ativo. O particípio irregular é precedido de ser, estar ou ficar e o
sentido é passivo. Observe:
A população tinha elegido aquele candidato. (sentido ativo)
Aquele candidato tinha sido eleito pela população. (sentido passivo)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 02.
Preencha as lacunas com o particípio do verbo Observando as seguintes frases, como distin-
dos parênteses adequadamente flexionado. guir o particípio do gerúndio nos verbos des-
a. A polícia havia ___________________ tacados?
a multidão. a. As equipes têm vindo completamente
A multidão encontrava-se __________. despreparadas para o torneio.
(dispersar) b. As equipes estão vindo completamente
b. O mestre havia ___________________ despreparadas para o torneio.
todas as dúvidas. Resolução
A raça humana teria sido ___________
pela catástrofe nuclear. (extinguir) O verbo vir e seus derivados (advir, convir, in-
c. Elas haviam _________________ todas tervir) têm a mesma forma para o particípio e
as ordens. o gerúndio. O que nos permite distinguir uma
Todas as ordens haviam sido ________. da outra é o contexto. Acompanhando o verbo
(aceitar) ter, vindo é particípio; acompanhando o verbo
d. Os estrangeiros haviam ___________ estar, é gerúndio.
caro pela liberdade. Forma prática de descobrir-se isso é trocar o
O preço que havia sido _____________ verbo vir por outro verbo qualquer. Como em
era alto demais. (pagar) nenhum outro essa coincidência acontece, as
e. Uma ordem do juiz havia formas verbais substitutivas serão necessaria-
_________________ o réu.
mente diferentes e fáceis de ser reconhecidas
O réu havia sido __________________
como particípio ou gerúndio.
por ordem do juiz. (soltar)
a. As equipes têm comparecido completa-
Resolução
mente despreparadas para o torneio. (particípio)
a. dispersado e disperso; b) extinguido e ex-
b. As equipes estão comparecendo comple-
tinto; c) aceitado e aceito; d) pagado e pago;
tamente despreparadas para o torneio. (ge-
e. soltado e solto (nessa ordem). Com os au-
rúndio)
xiliares ter e haver, na formação dos tempos
compostos, usa-se o particípio regular; com os
auxiliares ser e estar, em frases de sentido pas-
sivo ou na função de predicativo, com valor de
adjetivo, usa-se o particípio irregular.
03.
Leia atentamente o texto abaixo
Outros substantivos podem ter significados diferentes, dependendo do gênero. Alguns dos mais
comuns são:
II. Número
Regra geral
Na língua portuguesa, a maioria dos substantivos pode assumir as duas formas de flexão numéri-
ca: o singular e o plural. Em geral, acrescenta-se -s ao substantivo terminado em vogal e ditongo
(oral ou nasal) para a formação de plural:
Não obstante, encontram-se, tanto na literatura brasileira quanto na portuguesa, exemplos que
corroboram a tendência popular de contrariar tal orientação:
“... voltou depois do infante estar proclamado regedor” (Alexandre Herculano, Fragmentos, 44)
“... apesar das couves serem uma das espécies” (Rui Barbosa, apud Pedro A. Pinto)
3. Numeral
O numeral é uma classe de palavras que, relacionadas explícita ou implicitamente ao substantivo
(ou pronome substantivo, ou palavra substantivada), servem para quantificá-lo (um, dois, três; dobro,
duplo, triplo; meio, um terço, três quartos) ou para ordená-lo (primeiro, segundo, terceiro).
—
um primeiro (simples)
meio
dois segundo dobro, duplo
terço
três terceiro triplo, tríplice
quarto
quatro quarto quádruplo
quinto
cinco quinto quíntulo
sexto
seis sexto sêxtuplo
sétimo
sete sétimo sétuplo
oitavo
oito oitavo óctuplo
nono
nove nono nônuplo
décimo
dez décimo décuplo
onze avos
onze décimo primeiro undécuplo
doze avos
doze décimo segundo duodécuplo
treze avos
treze décimo terceiro —
quatorze avos
quatorze, catorze décimo quarto —
quinze avos
quinze décimo quinto —
dezesseis avos
dezesseis décimo sexto —
dezessete avos
dezessete décimo sétimo —
dezoito avos
dezoito décimo oitavo —
dezenove avos
dezenove décimo nono —
vinte avos
vinte vigésimo —
trinta avos
trinta trigésimo —
quarenta avos
quarenta quadragésimo —
cinquenta avos
cinquenta quinquagésimo —
sessenta avos
sessenta sexagésimo —
setenta avos
setenta septuagésimo —
oitenta avos
oitenta octogésimo —
noventa avos
noventa nonagésimo —
centésimo
cem centésimo cêntuplo
ducentésimo
duzentos ducentésimo —
trecentésimo
trezentos trecentésimo —
quadringentésimo
quatrocentos quadringentésimo —
quingentésimo
quinhentos quingentésimo —
sexcentésimo
seiscentos sexcentésimo —
septingentésimo
setecentos septingentésimo —
octingentésimo
oitocentos octingentésimo —
nongentésimo
novecentos nongentésimo —
milésimo
mil milésimo —
milionésimo
milhão milionésimo —
bilionésimo
bilhão (bilião) bilionésimo —
A. Numeral cardinal
Os numerais cardinais designam a quantidade em si mesma (numerais substantivos) ou a quan-
tidade relacionada a substantivos (numerais adjetivos):
Flexionam-se em gênero os cardinais um, dois, ambos e as centenas a partir de duzentos: uma,
duas, ambas, duzentas, trezentas, oitocentas etc.
Os cardinais milhão, bilhão (ou bilião), trilhão etc. flexionam-se em número: milhões, bilhões (ou
biliões), trilhões etc. Os outros numerais cardinais são invariáveis.
Os numerais quatorze, dezesseis, dezessete e dezenove apresentam as formas variantes catorze,
dezasseis, dezassete e dezanove, as três últimas empregadas, normalmente, em Portugal. São
desnecessárias ou condenadas as formas: “douze”, “cincoenta”, “hum” e “treis”.
Em princípio, os cardinais designam quantidade precisa, mas frequentemente são empregados
em hipérboles, exprimindo indeterminação exagerada:
Intercala-se a conjunção e nas centenas, dezenas e unidades, mas deve ser omitida entre as
sequências de três algarismos, isto é, não deve ser empregada no intervalo que coincide com o
ponto de separação:
46 = quarenta e seis
146 = cento e quarenta e seis
1.146 = mil cento e quarenta e seis
(Mas: mil e cem, mil e duzentos, mil e trezentos etc.)
845.916.336.146 = oitocentos e quarenta e cinco bilhões, novecentos e dezesseis milhões, tre-
zentos e trinta e seis mil cento e quarenta e seis.
B. Numeral ordinal
O numeral ordinal designa a ordem de sucessão ocupada numa série pelos objetos, seres etc.
Podem ser substantivos (geralmente determinados pelos artigos definidos) ou adjetivos (quando
acompanham um substantivo):
Primeirão!
Ela foi a primeirinha a chegar.
Isto é de primeiríssima qualidade!
Agora o seu time disputará a Segundona (Segunda Divisão de Futebol).
Os ordinais até décimo devem ser usados na designação de séculos, papas, soberanos, partes de
obras etc., quando pospostos ao substantivo. A partir de onze, empregam-se os cardinais:
Uma pequena diferença ocorre na numeração de artigos de portarias, decretos, leis: usam-se os
ordinais até o nono; daí em diante, empregam-se os cardinais:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Leia atentamente o texto a seguir:
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales
Resolução
Nas duas ocorrências, homem tem valores semânticos distintos: corajoso, valente (na primei-
ra) e ser humano (na segunda). O fato decorre basicamente pelo não uso/uso de artigos.
03.
04.
Coloque corretamente um artigo para que o sentido da frase fique adequado.
a. Havia uma fila enorme n_ caixa do supermercado. E tudo porque você me pediu ____
guaraná!
b. Ele quebrou __ omoplata, mas depois comemorou a saída do pronto-socorro tomando
____ champanha.
c. A cerveja está escondida na geladeira, atrás de ____ alface.
d. Senti ___ baita dó do menino, quando ele teve de operar __ apêndice.
e. ___ cal pode queimar as mãos?
Resolução
a. no caixa; um guaraná
b. a omoplata; um champanha
c. uma alface
d. um baita dó; o apêndice
e. a cal
4. Adjetivo
A. Conceitos fundamentais
Adjetivo é a classe variável em gênero, número e grau que modifica substantivo ou palavra subs-
tantivada, atribuindo-lhes característica, aspecto, estado, modo de ser, origem. Semelhante-
mente à classe dos substantivos, constitui também um conjunto de palavras em constante cres-
cimento para suprir necessidades de natureza antropocultural ou político-social. Assim é que
surgiram palavras como aloprado, bombado, popozuda, maneiro, antenado etc.
Perceba como o adjetivo pode aparecer justa- fissional sem futuro, piada sem graça, jovens
posto ao substantivo ou relacionado a ele, em sem perspectivas, por exemplo.
posição distante na frase:
Muitas locuções adjetivas equivalem a adjeti-
Bruna sempre foi muito nervosa. vos eruditos, que significam “relativo a”, “pró-
prio de”, “da cor de”, “semelhante a”. É o caso,
Os macacos saíram do carro despenteados. por exemplo, de esplênico (relativo ao baço),
É lamentável a situação em que ela se encontra. pueril (próprio de criança), plúmbeo (da cor
A mãe era italiana e o pai, espanhol. de chumbo) etc.
Grandes cavalos azuis. C. Adjetivo pátrio (ou gentílico)
Constituem uma categoria especial os adjeti-
Quanto ao significado, os adjetivos podem ser vos pátrios ou gentílicos, que indicam origem
classificados basicamente como explicativos relacionada a cidades, estados, regiões, paí-
e restritivos. Adjetivo explicativo é o que ex- ses: carioca, fluminense, nordestino, brasilei-
prime característica inerente ao substantivo a ro, sul-americano etc.
que se refere (fogo quente). Adjetivo restritivo
é o que particulariza o significado do substan- D. Flexões
tivo (fogo verde). I. Gênero
Quanto à formação, os adjetivos podem ser Quanto aos gêneros masculino e feminino, o
simples ou compostos, primitivos ou derivados: adjetivo pode ser uniforme ou biforme. O ad-
• simples é o adjetivo formado por um só jetivo uniforme é o que apresenta uma única
radical: feliz, chinês, amarela; forma para os dois gêneros: produção agríco-
• composto é o adjetivo formado por la/investimento agrícola, mercado persa/ ta-
mais de um radical: belo-horizontino, peçaria persa, gesto suave/paisagem suave, o
luso-brasileiro, afrodescendente, socio- pior aluno/a pior aluna, programa ruim/filme
cultural, amarelo-claro; ruim etc.
• primitivo é o adjetivo que não deriva O adjetivo biforme é o que apresenta uma
de verbo ou substantivo: triste, peque- forma diferente para cada gênero: belo/
no, leve; bela, nu/nua, gaulês/gaulesa, são/sã, he-
• derivado é o adjetivo que provém de breu/hebreia, judeu/judia, ilhéu/ilhoa,
verbo ou substantivo: pensante, liberal, mau/má etc.
paulistano, profundo.
Nos adjetivos compostos formados por dois ad-
B. Locução adjetiva e adjetivo erudito jetivos, somente o segundo elemento é variável:
Chama-se locução adjetiva o agrupamento
de duas ou mais palavras que, ao modificar guerra franco-alemã
substantivo ou palavra substantivada, exerce o intervenção médico-cirúrgica
papel próprio de adjetivo. Em geral, a locução
comemoração cívico-religiosa
adjetiva resulta do encontro de preposição e
substantivo (como em teor de açúcar, expres- roupa azul-escura
são de macaco), ou preposição e advérbio
(como em cardápio de hoje, pneus de trás).
Entretanto, são invariáveis os adjetivos com-
À locução adjetiva pode corresponder ou não postos cujo segundo elemento é substantivo:
um adjetivo. Às locuções adjetivas de verdade,
de açúcar, de macaco, de hoje e de trás, por
exemplo, correspondem, respectivamente, os terno verde-garrafa
adjetivos verdadeiro, sacarino, simiesco, ho- blusa amarelo-limão
dierno e traseiro. Entretanto, não há adjetivos
que substituam as locuções adjetivas em: pro-
São exceções:
Valéria é mais inteligente
(do) que Luciana.
azul-marinho e azul-celeste: invariáveis Superioridade
Valéria é mais inteligente
ternos azul-marinho
(do) que estudiosa.
vestidos azul-celeste
surdo-mudo: flexão nos dois elementos Valéria é tão inteligente
meninos surdos-mudos quanto (como) Luciana.
Igualdade
meninas surdas-mudas Valéria é tão inteligente
quanto (como) estudiosa.
Observe que as formas menor e pior são comparativas de superioridade. Nos exemplos, menor sig-
nifica que a pequenez de Samanta é superior à pequenez de Ariana, e pior significa que a maldade de
Tiago é superior à de Gustavo.
Alguns autores admitem como correta a expressão mais pequeno a par de menor:
Mais adiante, ao estudarmos o advérbio, veremos que melhor e pior são formas comparativas de
advérbio, com o sentido de mais bem e mais mal, respectivamente:
Grau superlativo
O superlativo é o grau mais intenso da característica atribuível a um substantivo. Essa caracterís-
tica pode estar relacionada a um único substantivo, sem referência a qualquer outro, ou atribuída
ao substantivo tomado em relação a outro. No primeiro caso, tem-se o grau superlativo absoluto
e, no segundo, o grau superlativo relativo:
Bruna é hipersensível.
Ela sempre foi superlegal comigo.
Meu irmão é inteligente demais.
Sempre fui bastante exigente com ela.
Isto será demasiadamente penoso para todos.
Temos sido extremamente compreensivos com você.
Ela é feia que dói.
O (fato) mais estranho (dentre todos os fatos) é que ela não voltou.
As expressões o/a mais ... de (dentre) e o/a menos ... de (dentre) caracterizam o superlativo re-
lativo na sua forma analítica. Há alguns adjetivos, porém, que admitem a forma sintética no grau
superlativo relativo de superioridade: bom (o melhor), mau (o pior), grande (o maior), pequeno
(o menor). Os adjetivos grande e pequeno admitem as formas o máximo e o mínimo, respecti-
vamente.
Observe que esses adjetivos afastam-se, na sua formação de grau comparativo e superlativo, dos
demais adjetivos:
Comparativo de superioridade Superlativo
Adjetivo Absoluto Relativo de
Analítico Sintético Absoluto sintético
analítico superioridade
bom mais bom melhor ótimo, boníssimo muito bom o melhor
mau mais mau pior péssimo, malíssimo muito mau o pior
muito o maior
grande mais grande maior máximo, grandíssimo
grande o máximo
muito o menor
pequeno mais pequeno menor mínimo, pequeníssimo
pequeno o mínimo
o supremo
alto mais alto superior supremo, sumo, altíssimo muito alto
o sumo
baixo mais baixo inferior ínfimo, baixíssimo muito baixo o ínfimo
5. Advérbio
A. Conceitos fundamentais
Advérbio designa uma classe de palavras, invariáveis em gênero e número, que modifica geral-
mente o verbo, exprimindo a circunstância (modo, tempo, lugar etc.) em que seu processo ocorre.
Podem ainda referir-se a um adjetivo (indicando intensidade ou modo), a um advérbio (indi-
cando intensidade) ou mesmo a toda uma oração. Sintaticamente exercem apenas função de
adjunto adverbial:
B. Classificação
Os advérbios classificam-se semanticamente conforme a circunstância que exprimem. Eis alguns
advérbios e locuções adverbiais:
sim, certamente, efetivamente, realmente, seguramente, indubitavelmente, in-
Afirmação questionavelmente, sem dúvida, decerto, por certo, com certeza etc.
de medo, de fome, de pavor, à míngua, com o calor, com a escassez, com a
Causa aprovação, etc.
Dúvida acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, quem sabe etc.
Finalidade para + substantivo (para o exame, para o sucesso etc.)
mui, muito, pouco, assaz, bastante, deveras, mais, menos, tão, tanto,
demasiado, demasiadamente, meio, todo, completamente, profundamente,
Intensidade excessivamente, extremamente, demais, nada ("Isto não é nada fácil"),
ligeiramente, levemente, que ("Que fácil é este exercício"), quão, como
("Como reclamam!"), quanto, bem, mal, quase etc.
abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, além, aquém, algures (em algum
lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em lugar algum), atrás, fora,
Lugar afora, dentro, perto, longe, adiante, onde, aonde, donde, avante, através,
defronte, detrás, em cima, de cima, ao lado, de dentro, de fora, de perto,
de longe, de frente, lado a lado, para trás, por trás etc.
bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, alerta, melhor
(mais bem), pior (mais mal), às pessoas, à toa, às claras, às escuras, à vonta-
de, de mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às cegas, a pé, a cavalo,
Modo de carro, às escondidas, às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de propó-
sito, de viva voz, de uma assentada, de soslaio, passo a passo, cara a cara,
mal e mal etc. Também exprimem modo a maioria dos advérbios termina-
dos em -mente: suavemente, corajosamente, selvagemente.
Negação não, absolutamente, tampouco, de modo algum etc.
agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca,
jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, outrora, afinal, então, breve, aqui
(neste momento), nisto, aí (neste momento), nisso, entrementes, brevemen-
Tempo te, imediatamente, raramente, finalmente, comumente, frequentemente, con-
comitantemente, simultaneamente, à noite, à tarde, não raro, de quando em
quando, de vez em quando, de manhã, em breve, vez por outra, às vezes etc.
Na sintaxe, o advérbio exerce unicamente a função de adjunto adverbial, embora este nem sem-
pre seja representado por advérbio ou locução adverbial. É por isso que, na classificação específi-
ca do adjunto adverbial, o número de circunstâncias é bem maior que o número de circunstâncias
dos advérbios listados no item B. Desse modo, além dos adjuntos adverbiais de afirmação, causa,
dúvida, finalidade, intensidade, lugar, modo, negação e tempo, pode haver na oração adjuntos
adverbiais de assunto, companhia, concessão, condição, conformidade, distância, exclusão, fim,
inclusão, limitação, matéria, medida, meio, instrumento, origem, peso, preço etc.
Advérbio interrogativo
Os advérbios onde, aonde, donde, quanto, quando, como, por quê ocorrem em orações inter-
rogativas diretas e indiretas:
Onde ele estava ontem? Perguntei onde ele estava ontem. (adv. lugar)
Aonde ele foi ontem? Quero saber aonde ele foi ontem. (adv. lugar)
Donde você veio? Diga donde você veio. (adv. lugar)
Quanto custa isso? Revele quanto custa isso. (adv. preço)
Quando ela voltará? Indaguei quando ela voltaria. (adv. tempo)
Como você o encontrou? Não sei como você não o encontrou. (adv. modo)
Por que você não veio? Diga por que você não veio. (adv. causa)
C. Grau
Alguns advérbios – sobretudo os de modo, lugar, tempo e intensidade – apresentam variação de
grau semelhante à dos adjetivos.
I. Grau comparativo
Os advérbios bem e mal possuem formas sintéticas para a gradação comparativa de superioridade:
Colamos melhor/pior (do) que eles. (superioridade)
Atenção: antes de particípios com valor de adjetivos, usam-se as formas analíticas mais bem
e mais mal:
Assine o jornal com o espaço interno mais bem planejado do país.
Quando pospostos aos adjetivos particípios, usam-se tais advérbios na forma sintética:
Aquela empresa é administrada melhor/pior (do) que a nossa.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Leia atentamente o trecho de texto publicitário a seguir:
Aqui você pode assistir on-line direto no seu computador ou conectá-lo à sua TV para
uma sessão com a família. Escolha seus filmes favoritos quando quiser e experimente como
é bom ser um assinante boa-vida. Ou seria um boa-vida assinante?
a. Identifique os advérbios e a circunstância que eles indicam. A que elemento do texto eles
se referem?
b. No jogo com as palavras assinante e boa-vida, qual delas funciona como substantivo e
qual como adjetivo? A mudança de posição entre elas altera também o sentido?
Resolução
a. Os advérbios são: aqui (indicando lugar), on-line/direto (indicando modo). Os três relacio-
nam-se ao verbo “assistir”.
b. A posição característica do adjetivo na língua portuguesa é a posterior ao substantivo. E,
como algumas dessas palavras podem ser usadas como substantivo ou adjetivo, dependendo do
contexto, é a posição no par nominal que determina a sua classe morfológica. Assim, em “um
assinante boa-vida”, temos substantivo + adjetivo, e em ”um boa-vida assinante”, temos também
a mesma sequência. Esse é um dos fatos em nossa língua que se explicam morfossintaticamente,
isto é, associando-se um fator de natureza morfológica a outro de natureza sintática.
02.
Leia atentamente os textos a seguir.
Texto I
Texto II
d. Retire uma interjeição das historietas e diga que emoção ela exprime.
e. No segundo quadrinho, na fala de Helga, a palavra “bem” está sendo usada como subs-
tantivo. Por quê?
f. Na mesma fala, a palavra “pesado” está sendo usada como adjetivo. Essa mesma palavra
poderia ser empregada como advérbio? Dê um exemplo.
Resolução
a. Em I: “tarde”, “mais”, “cedo”, “mais”, “cedo”, “tarde”, “ontem”
Em II: “longe”, “cedo”, “não”, “bem”
b. Em I: “tarde” e “cedo” referem-se a “acordar”; “mais” (nas duas ocorrências) refere-se a “cedo”; “cedo”
(2ª ocorrência) refere-se a “começo a brigar”; “tarde” e “ontem” referem-se a “chegar”.
Em II: “longe” refere-se a “fique”; “cedo”, “durma”; “não”, a “coma”; “bem” refere-se ao
verbo implícito estar (está tudo bem ou tudo está bem).
c. Proporção: “quanto mais cedo ele acorda...”; causa: “por chegar tarde ontem”.
d. É a interjeição “puxa”. Ela exprime espanto ou admiração.
e. Porque está antecedida por um pronome possessivo (um determinante). Tem o sentido de
“pessoa querida”.
f. Sim, poderia, desde que passasse a se referir a um verbo. Por exemplo, “trabalhar pesado”,
“treinar pesado”etc.
O ser humano é um indivíduo social por na- eles, elas se, os si, eles, elas
tureza. Eles não podem e não devem viver
as, lhes
isolados, pois isto lhe traria até problemas
de natureza psicoemocional. O próprio orga-
nismo eles podem acabar afetando. Pronomes de tratamento: você, senhor, se-
nhora, senhorita, Vossa Excelência, Vossa Se-
nhoria etc.
Observe como os pronomes em destaque não I. Caso reto
cumprem a sua função de substituir e relacionar
corretamente o elemento substantivo corres- Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu,
pondente. ele, ela, nós, vós, eles, elas) são, em geral,
identificados como subjetivos, ou seja, de-
sempenham o papel de sujeito. Todavia, há
casos em que podem exercer as funções de
predicativo do sujeito e vocativo (tu e vós).
II. Caso oblíquo Orações como “gosto muito de si” ou “vou sair
O pronome pessoal será oblíquo quando exer- consigo” estão em desacordo com a norma
cer a função de complemento verbal ou tiver culta. Deve-se usar, nesses casos, o pronome
outra função sintática, exceto a de sujeito. de tratamento você.
Veja: III. Pronomes de tratamento
O pronome você – aglutinação da antiga for-
Meu pai me deu um carro de presente. (me ma Vossa Mercê – é hoje muito mais utilizado
equivale ao objeto indireto para mim.) como pronome reto/sujeito do que tu. Nessa
função, representa a segunda pessoa do dis-
Levei-o para o paraíso. (o é um objeto direto.)
curso (com quem se fala). Entretanto, os ver-
O vestibular pareceu-lhe fácil? (lhe é um bos e os pronomes que com ele concordam
complemento nominal.) flexionam-se na terceira pessoa.
O marido cortou-lhe a mesada. (lhe é um
adjunto adnominal.) Você já viu o que lhe fizeram?
Vocês já viram o que lhes fizeram?
Dependendo da tonicidade, os pronomes pes- As demais expressões de tratamento (em que
soais oblíquos dividem-se em átonos (me, te, se usam Vossa ou Sua), ainda que estejam re-
se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes) e tônicos lacionadas à segunda pessoa (com quem se
(mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas). Os fala), podem também referir-se à terceira pes-
pronomes oblíquos átonos nunca vêm prece- soa do discurso (de quem se fala). Entretan-
didos de preposição, ao contrário dos tônicos, to, em qualquer um dos empregos, verbos e
que sempre vêm precedidos de preposição, pronomes possessivos devem permanecer em
como bem exemplificam as frases a seguir, terceira pessoa. Perceba apenas a diferença
com pronomes oblíquos de primeira pessoa, de se usar Vossa ou Sua:
átono e tônico, respectivamente:
Vossa Excelência está equivocada. (falando
Você me causou muita dor. a uma autoridade)
Ela nunca olha para mim. Sua Excelência já chegou? (falando sobre
uma autoridade)
Os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, Vossa Alteza está preocupada com seus sú-
quando precedidos de preposição, são oblí- ditos? (dirigindo-se ao príncipe)
quos tônicos. Exercem a função de comple-
mento (lembramos que o sujeito nunca vem Sua Alteza está sabendo que sua comitiva irá
precedido de preposição): com ele ao evento. (referindo-se ao príncipe)
C. Pronomes possessivos
Os pronomes possessivos estabelecem uma relação de posse entre, de um lado, as pessoas do
discurso e, de outro, seres, coisas, fatos, conceitos.
singular meu, minha, meus, minhas
Primeira pessoa
plural nosso, nossa, nossos, nossas
singular teu, tua, teus tuas
Segunda pessoa
plural vosso, vossa, vossos, vossas
singular seu, sua, seus, suas
Terceira pessoa
plural seu, sua, seus, suas
Nesses exemplos, ambos os possessivos concordam em gênero e número com o elemento possu-
ído (porta e nota), referindo-se, porém, ao possuidor tu e você, respectivamente.
Usualmente colocado antes do substantivo, o pronome possessivo pode aparecer após o substantivo
em sentenças interrogativas diretas ou quando não precedido de artigo definido:
Pode-se também colocar o pronome possessivo depois do substantivo, quando este está deter-
minado por pronome demonstrativo ou indefinido, por numeral ou por artigo indefinido:
D. Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos atuam na frase para localizar (no tempo ou no espaço) coisas,
pessoas, fatos em relação às pessoas do discurso. Podem ter função anafórica, retomando o que
já se mencionou, ou catafórica, anunciando o que será mencionado.
Outros pronomes: o, a, os, as; semelhante, semelhantes; tal, tais; mesmo, mesma,
mesmos, mesmas; próprio, própria, próprios, próprias.
I. Demonstrativos o, a, os, as
No singular, o demonstrativo o tem o valor de isto, isso, aquilo, aquele. Os demais – a, os, as
– equivalem, respectivamente, a aquela, aqueles, aquelas.
Observe, nos exemplos dados, que esses demonstrativos vêm seguidos de oração adjetiva. Tal
relação, porém, pode não ocorrer com o demonstrativo o, que desempenha o papel de objeto
direto ou predicativo do sujeito em estruturas como:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 03.
Leia atentamente o enunciado a seguir: Leia atentamente o texto a seguir.
“Este livro não é para você ler. É
para você reler.” O novo capítulo da guerra dos brasões
a. Reescreva as frases, substituindo você Foram nove meses de casamento.
pelo pronome equivalente em 1ª pes- A troca de farpas já dura quase o mesmo
soa do singular. período. Na semana passada, a “princesa”
Carola Scarpa decidiu tornar público um
b. Reescreva tais frases, substituindo você
fax mal-educado do ex-marido, o conde
pelo pronome equivalente na 2ª pes-
Chiquinho. Carola diz ser vítima de ameaças
soa do singular.
e mandou para os jornais a suposta pro-
c. Reescreva tais frases, substituindo você va: um bilhete em que Chiquinho reclama
pelo pronome equivalente na 1ª pes- que ela não retorna suas ligações. O papel,
soa do plural. também um fax, foi escrito em 6 de mar-
d. Reescreva tais frases, substituindo você ço e nele o conde usa palavras de baixo
por Vossa Senhoria. calão. No final, conclui: “Me ligue (sic).
Resolução Senão, você vai se dar mal”. As brigas
continuam, mas Carola já perdeu o direito
a. Este livro não é para eu ler. É para eu reler. à pensão alimentícia de R$ 100 mil, que
b. Este livro não é para tu leres. É para tu re- pedia na justiça.
leres. Revista Época
c. Este livro não é para nós lermos. É para
nós relermos.
d. Este livro não é para Vossa Senhoria ler. É a. Justifique o emprego de sic no final da
para Vossa Senhoria reler. notinha sobre o conde Chiquinho e a
“princesa” Carola.
02. b. Reescreva a frase entre aspas de acor-
Num anúncio publicitário de uma conhecida do com a norma culta (mantendo o
revista semanal, lia-se: pronome você).
“O pior de ficar boiando é que quan- c. Reescreva tal frase, de acordo com a
to mais você afunda menos as pessoas te norma culta, mas substituindo você por tu.
dão a mão”
Resolução
a. Reescreva essa frase de acordo com a
norma culta, substituindo você por tu. a. Usa-se a expressão latina sic entre parên-
Faça apenas as alterações necessárias. teses, numa citação, para indicar que o tre-
cho mencionado foi reproduzido exatamente
b. Reescreva-a novamente, substituindo como foi dito ou escrito no original, por mais
te por lhe. Faça apenas as alterações estranho ou errado que pareça. Na notinha
necessárias. publicada na revista, acertadamente o redator
Resposta usou sic para enfatizar que a conclusão de um
a. O pior de ficar boiando é que, quanto mais bilhete apresentava colocação pronominal em
tu afundas, menos as pessoas te dão a mão. desacordo com a norma culta, e que o “erro”
não era dele, redator.
b. O pior de ficar boiando é que, quanto mais
você afunda, menos as pessoas lhe dão a mão. b. Ligue-me. Senão, você vai se dar mal.
c. Liga-me. Senão, tu vais te dar mal.
04.
Leia atentamente as tirinhas a seguir.
a. Nas duas tirinhas, comete-se o mesmo tipo de infração à norma culta. Justifique a afirma-
ção e elimine esse desvio.
b. Refaça as falas em que o pronome você esteja expresso, trocando-o por tu.
Resolução
a. Nas duas tirinhas, não há uniformidade de tratamento, dada a coexistência de pronomes de
1ª e 3ª pessoas. Na primeira tirinha: É você quem... e Quem te disse... . Na segunda tirinha: Você
faz... e Então faz qualquer...
De acordo com a norma culta, as frases deveriam ficar assim: É você quem... e Quem lhe disse...
. Na segunda tirinha: Você faz... e Então faça qualquer...
b. És tu quem anda espalhando que o nosso imaculado Deus não existe?
Tu fazes praco-praco-prum e eu entro com tudo.
05.
Leia atentamente este enunciado de um texto de propaganda:
Falar inglês te dá pânico? Sente tremedeira e dor de barriga quando pedem para você fa-
lar? Já tentou todo tipo de remédio e os sintomas persistem? Suspenda o uso imediatamente!
Procura um especialista!
E. Pronomes relativos
Os pronomes relativos executam basicamente duas operações: referem-se a termos antecedentes
explícitos ou não numa oração principal (ou anterior) e introduzem orações subordinadas adjeti-
vas. Alguns são variáveis em gênero e número, outros são invariáveis:
quanto, como
I. Que
É um pronome relativo que se refere a coisas, pessoas ou processos, no singular ou no plural –
daí o seu largo uso.
III. Quem
Relaciona-se a pessoas ou coisas personificadas. É sempre preposicionado.
Foi bem-sucedido o candidato a quem ajudei. Elas devem ser assim reconstruídas:
F. Pronomes indefinidos
Os pronomes indefinidos, com os quais os interrogativos mantêm estreita relação, referem-se
de modo impreciso ou genérico à terceira pessoa do discurso. Alguns são variáveis em gênero e
número e outros são invariáveis.
Variáveis
Masculino Feminino
Invariáveis
Atenção
Jamais classifique o sujeito da oração representado por um pronome indefinido substantivo
como indeterminado. Esse tipo de pronome corresponderá a um sujeito simples.
Alguém mexeu no meu queijo.
Tudo acabou entre nós.
G. Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas) são,
na verdade, pronomes indefinidos empregados em frases interrogativas (diretas e indiretas), e
mesmo exclamativas:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Resolução
Leia atentamente o texto a seguir. a. Que: interrogativo
Essas mulheres vivem derrapando nos
cuidados com a saúde e a beleza. Mas ago- você: pessoal de tratamento
ra querem dar um basta nos maus hábitos estas: demonstrativo
e salvar a própria pele. E nesta empreitada
vão contar com a nossa ajuda, claro. própria: demonstrativo
essa (nessa): demonstrativo
nossa: possessivo
Sempre Como muito
esqueço de e depois malho Nunca b. No primeiro cartaz: Sempre esqueço de
tomar a pílula feito louca fui ao tomar a pílula.
ginecologista
Reescritura: Sempre me esqueço de to-
mar a pílula.
a. Identifique os pronomes do texto aci- c. “Essas mulheres vivem ...”: se as mulheres
ma das fotos.
estão sendo apresentadas a seguir na propa-
b. Identifique um desvio de regência ver- ganda, o pronome deveria ser “estas”.
bal no anúncio. Reescreva a frase de
acordo com a norma gramatical. “E nesta empreitada...”: se o pronome re-
c. No texto acima das fotos, dois pronomes toma algo já apresentado no texto, deveria ser
demonstrativos estão empregados de “nessa” (função anafórica).
maneira incorreta. Corrija esse defeito.
02.
Leia atentamente o texto a seguir.
Eu vou ganhar da raça lá todinha. Não tem um tucano lá que eu não serre o bico dele.
MAGALHÃES, Juraci. Candidato do PMDB à prefeitura de Fortaleza, que lidera as
pesquisas à frente da candidata tucana Patrícia Gomes – Veja, 13 set. 2000.
Na declaração do candidato, ocorrem alguns desvios gramaticais.
a. Identifique uma inadequação relacionada a emprego de verbo.
b. Identifique uma inadequação relacionada a emprego de pronome.
c. Reescreva a declaração de acordo com a norma culta.
Resolução
a. O verbo ter foi empregado na acepção de “haver, existir”, muito frequente na língua informal,
mas condenada pela norma culta.
b. Como há relação de posse entre tucano e bico, seria mais adequado (num texto de acordo
com a norma culta) o emprego do pronome relativo cujo.
c. Lá vencerei toda a família Gomes (ou: Lá vencerei o PSDB). Lá não há um tucano cujo bico eu
não serre.
03.
Leia atentamente o texto a seguir.
Atenção
a. Os verbos de ligação constituem um pequeno grupo em nossa língua, como ser, estar, pare-
cer, continuar, permanecer, ficar, tornar-se. Há, ainda, alguns, como andar, viver, que ora são
de ligação, ora são significativos de fato, dependendo do contexto. Veja a diferença:
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Mackenzie-SP a. A forma plural de “já havia o poeta
parnasiano” corresponde, de acordo
Leia atentamente o texto a seguir.
com a norma culta, a “já haviam poe-
Houve um fenômeno de democrati-
tas parnasianos”.
zação estética nas cinco partes sábias do
mundo. Instituíra-se o naturalismo. Co- b. A forma passiva analítica de “Instituí-
piar. Quadro de carneiros que não fosse ra-se o naturalismo” é “O naturalismo
de lã mesmo, não prestava. (...) Veio a era instituído”.
pirogravura. As meninas de todos os la- c. “As meninas de todos os lares ficaram
res ficaram artistas. Apareceu a máquina artistas” tem como pressuposto que elas
fotográfica. E com todas as prerrogati- já eram artistas, mas não consagradas.
vas do cabelo grande, da caspa e da mis- d. Em “Veio a pirogravura” e “Apareceu
teriosa genialidade de olho virado – o a máquina fotográfica”, os verbos re-
artista fotográfico. gem objeto direto.
Só não se inventou uma máquina
de fazer versos – já havia o poeta par- e. O travessão, no final do primeiro pa-
nasiano. rágrafo (– o artista fotógrafico), mar-
ca elipse de verbo.
Manifesto da poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade.
Resolução
Assinale a alternativa correta. Omissão do verbo (apareceu, por exemplo).
Resposta
E
02.
Leia atentamente o texto a seguir.
3. Vozes verbais
Dá-se o nome de voz verbal à forma que o verbo assume para denotar se a ação verbal é prati-
cada e/ou sofrida pelo sujeito.
São três as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.
A. Voz ativa
Ocorre quando o sujeito é agente (ativo) da ação expressa pelo verbo.
B. Voz passiva
Ocorre quando a forma verbal indica que ação praticada por outro agente recai sobre o sujeito
(passivo).
Repare que, na transposição da VA para a VPA, sempre aparecerá um verbo a mais (o verbo
auxiliar ser):
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Leia atentamente o texto a seguir.
4. Sujeito
Chama-se sujeito, nas orações bimembres, o termo a que se refere o processo verbal do predica-
do. Nesse caso, o sujeito pode ser determinado (explícito ou implícito) ou indeterminado.
A. Sujeito determinado
I. Explícito (claro)
Quando expresso na oração, o sujeito pode apresentar um núcleo substantivo (ou substantiva-
do) – sujeito simples – ou mais de um núcleo substantivo (ou substantivado) – sujeito composto:
Nada acontece aqui.
SS VI AADV
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. UPM-SP modificado 03.
Leia: Em relação aos enunciados (a) e (c) das alter-
nativas do exercício anterior, responda:
Destino atroz
a. Qual o sujeito de “cabe” em (a)?
Um poeta sofre três vezes: primeiro
b. Como se deduz que o sujeito do verbo
quando ele os sente, depois quando os es-
chegar, em (c), é “eu” oculto?
creve e, por último, quando declamam os
seus versos. Resolução
Mário Quintana a. O sujeito é “alcançar aquela peça do ma-
leiro”. Colocando-se o enunciado na ordem di-
No texto, o sujeito do verbo declamam é: reta, temos: “Alcançar aquela peça do maleiro
a. ele (elíptico). cabe a você.” (equivale a “isso cabe a você”).
b. indeterminado. b. A oração “Ao chegar” é reduzida de infi-
c. “eles” (oculto). nitivo. Se fôssemos desenvolvê-la, e em fun-
d. os seus versos (simples). ção do sujeito da oração seguinte, teríamos:
“Quando cheguei...”
e. os poetas (simples).
04. PUC-SP
Resolução
Indique a alternativa correta no que se refere
O autor quis indeterminar o sujeito do verbo, ao sujeito da oração: “Da chaminé da usina su-
referindo-se a leitores desconhecidos. Por isso biam para o céu nuvens de fumaça”.
o verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência
a termos anteriormente expressos. a. Simples, tendo por núcleo chaminé.
b. Simples, tendo por núcleo nuvens.
Resposta
c. Composto, tendo por núcleo nuvens de
B fumaça.
02. FGV-SP d. Simples, tendo por núcleo fumaça.
Assinale a alternativa em que o pronome você e. Simples, tendo por núcleo usina.
exerça a função de sujeito do verbo destacado.
Resolução
a. Cabe a você alcançar aquela peça do
maleiro. Basta transpor a oração para a ordem direta
para que se evidencie o termo que exerce a
b. Não enchas o balão de ar, pois ele pode função de sujeito “... nuvens de fumaça su-
ser levado pelo vento. biam para o céu”. Tanto é assim que também
c. Ao chegar, vi você perambulando pelo fica evidenciada a concordância do verbo com
shopping center da Mooca. o núcleo substantivo do sujeito.
d. Ei, você, posso entrar por esta rua? Resposta
e. Na estação Trianon-Masp desceu a An- B
gelina; na Consolação, desceu você.
Resposta
E
C. Aposto
O aposto (AP) tem sempre uma natureza morfológica substantiva e refere-se a um outro ter-
mo sintático também de natureza substantiva (um substantivo, pronome substantivo ou palavra
substantivada). O aposto serve para ampliar, desenvolver ou restringir o significado do termo a
que se refere.
II. Enumerativo
“Meu canto de morte, guerreiros,
guerreiros ouvi.” (G.
O aposto enumerativo costuma aparecer após Dias)
o sinal de dois pontos.
Ô cara, sai dessa!
!” (Quino)
“O almoço está pronto, gordo inútil!”
Perdi os meus dois livros mais queridos: o de
português e o de anatomia. Entre já, menino, porque vai chover!
Nossa vida compõe-se de muitas aspirações:
sucesso, amor, dinheiro, saúde. O vocativo é bastante usado na linguagem de
todos os dias. Até quando redigimos e-mails
usamos o vocativo:
III. Resumitivo (ou recapitulativo ou resu-
midor) Olá, Pedro, ...
Este tipo de aposto é geralmente representa- Querida amiga, ...
do por um pronome indefinido substantivo.
Cuidado para não confundir sujeito e vocativo.
Diretores, professores, alunos, ninguém foi Observe:
à festa de formatura. Vera, faça toda a lição!
Dólares, muitas namoradas, iates, nada o “Vera” é vocativo; o sujeito do verbo “faz”
animava. (imperativo) é você (oculto).
E. Predicativo do sujeito
IV. Especificativo
É o termo que atribui ao sujeito uma carac-
Esse tipo de aposto integra outro termo sin- terística, um estado, um modo de ser. O PS é
tático, individualizando o sentido genérico sempre um termo sintático “isolado”. Geral-
de um substantivo comum. Pode ser prepo- mente é representado por um adjetivo, por
sicionado. qualquer palavra de natureza adjetiva ou por
uma expressão preposicionada também com
característica adjetiva. No predicado nominal,
O rio Pardo transbordou naquele ano. relaciona-se ao sujeito por meio de um verbo
Esse livro de Manuel Bandeira já está esgo- de ligação.
tado nas livrarias.
Não consegui achar a Praça dos Cajus. Ficaram calados durante horas.
Você viu se o professor Joel já chegou? Sujeito indeterminado; VL: ficaram; PS: cala-
dos; adj. adv. de tempo: durante horas.
D. Vocativo
Todos andam apreensivos com a alta dos juros.
Isolado do restante da oração por meio de
vírgulas, travessões ou parênteses, o vocativo Sujeito: todos; VL: andam (empregado em
(Voc) é, a rigor, um termo sintaticamente in- sentido genérico = estão); PS: apreensivos
dependente: não participa do sujeito nem do com a alta de juros; CN: com a alta de juros.
predicado.
Meus amigos não deveriam ser tão crianças. Perceba, no segundo exemplo, que, se o adjetivo
“desesperada” fizesse parte do sujeito (e, desta
Sujeito: meus amigos; locução verbal forma, não haveria as vírgulas), esse adjetivo
de ligação: deveriam ser; PS: tão crianças. passaria a ter a função sintática de adjunto adno-
minal, alterando-se, inclusive, o sentido da frase:
Meu cachorro era de muito boa índole.
Sujeito: meu cachorro; VL: era: PS: de muito A professora desesperada salvou as provas
boa índole. da enchente.
F. Predicativo do objeto
Outros exemplos: Semelhantemente ao PS, também o PO é ter-
mo sintático “isolado”, nunca integrando ou-
tro termo internamente. Também é em geral
Nessa disputa, eu sou mais ele. representado por um adjetivo, por palavra
de natureza adjetiva ou por uma expressão
O resto é nada.
preposicionada também com característica
Eram vinte e dois na mesma cela. adjetiva. Entretanto, diferentemente do PS, o
PO só aparece com certo tipo de verbo cujo
sentido indique a interveniência do sujeito na
No predicado verbo-nominal, o PS refere-se atribuição daquilo que o PO representa.
ao sujeito por meio de verbo transitivo ou in-
transitivo. Nesse caso, é como se o predicado A bruxa transformou o príncipe em sapo.
pudesse ser desdobrado em dois: um verbal e O tribunal declarou culpados o réu e a ré.
outro, nominal: O amor torna os namorados cegos.
A preocupação deixava-me sem sono.
Dois candidatos chegaram atrasados. Os fatos sagraram aquele jogador o ídolo de
(= Dois candidatos chegaram e estavam uma geração.
atrasados.) Sempre a víamos melancólica.
A mãe recebeu-o ansiosa. Faça duas crianças felizes.
(= A mãe recebeu-o e estava ansiosa.)
a. Confirma-se a autonomia sintática do
Os vizinhos assistiam a tudo transtornados. PO quando substituímos o objeto direto
(= Os vizinhos assistiam a tudo e estavam pelo pronome oblíquo correspondente:
transtornados.)
A bruxa transformou-o em sapo.
O tribunal declarou-os culpados.
Atenção
O amor torna-os cegos.
Note a mobilidade de posicionamento na ora-
ção que o PS tem: isso demonstra que é ter- Os fatos sagraram-no o ídolo de uma geração.
mo não integrante de outro termo sintático. Faça-as felizes.
Quando se posiciona o PS no início do período
ou “no meio”, essa independência é assinala- b. Embora sejam mais comuns os predi-
da (deve ser assinalada) por meio de vírgulas. cativos de objeto direto, há os que se
Esse tipo de posicionamento é mais usual com referem ao objeto indireto:
verbos transitivos e intransitivos. Veja:
Chamaram-lhe (de) desertor.
Desesperada, a professora salvou as provas
da enchente. Precisamos desse bandido vivo. (= Precisa-
mos dele vivo)
A professora, desesperada, salvou as provas Não gosto de Mariana triste. (= Não gosto
da enchente. dela triste)
VTI prep.
OI paciente d. Predicativo e ambiguidade
VTDI
Em orações fora de um contexto maior, pode
haver ambiguidade, confundindo-se um ad-
Não gostei da declaração do ex-presidente. (OI) junto adnominal com um predicativo. Observe:
Não gostei da declaração do ex-presidente. (AADN)
O professor dirigiu-se ao aluno desanimado.
A declaração do ex-presidente à jornalista... (CN)
Nessa oração isolada, é possível entender duas
b. Oração predicativa
coisas: o professor estava desanimado quando
A função do predicativo do sujeito pode ser se dirigiu ao aluno ou o aluno é uma pessoa
exercida por uma oração (subordinada subs- desanimada. Semanticamente, no primeiro
tantiva predicativa). Observe a equivalência: caso, a atribuição é eventual e, no segundo,
própria do aluno.
O fato é que nós perderemos tudo. (= O fato Para resolver essa dubiedade de sentido, não
é a nossa perda de tudo) há outra maneira a não ser reposicionar o ter-
mo ou reestruturar o período. Assim:
Um grande transtorno seria se o metrô não
funcionasse. (= Um grande transtorno seria
o não funcionamento do metrô.)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Leia atentamente o excerto a seguir.
Uma conhecida mensagem colocada em pro- Daniel na cova dos leões
paganda de cigarros diz:
Aquele gosto amargo do teu corpo
"O Ministério da Saúde adverte: fumar é pre- Ficou na minha boca por mais tempo:
judicial à saúde." De amargo e então salgado ficou doce,
Identifique a função sintática dos termos. Assim que o teu cheiro forte e lento [...]
Renato Russo e Renato Rocha (fragmento)
Resolução 02.
a. O Ministério da Saúde: sujeito No fragmento, os substantivos gosto e cheiro
b. da Saúde: aposto especificativo são modificados por vários adjetivos. Identifi-
c. adverte: VTD que-os e classifique-os sintaticamente.
d. fumar é prejudicial à saúde: objeto direto Resolução
de “adverte” Adjetivos: “amargo”, “salgado”, “doce”, “for-
e. fumar: sujeito de “é” te”, “lento”. Os três primeiros são adjuntos
f. é: VL adnominais de gosto e os outros, adjuntos
g. prejudicial à saúde: PS adnominais de cheiro.
h. à saúde: CN
A. Adjunto adverbial
É o termo que exprime alguma circunstância, isto é, um pormenor, um detalhe que pode acom-
panhar os fatos relatados pelos verbos. Geralmente é termo sintático acessório.
A função de adjunto adverbial é representada por advérbio, expressão adverbial ou oração adverbial:
Atenção
a. Também o adjetivo e o próprio advérbio podem ser modificados por um adjunto adverbial
(geralmente de modo ou intensidade):
C. Objeto direto
III. Objeto direto pleonástico
O objeto direto é o complemento obrigatório
pedido pelo sentido incompleto de um verbo Como o próprio nome indica, consiste na repe-
significativo transitivo direto ou transitivo di- tição de um OD já expresso na oração. Normal-
reto e indireto. É uma função sintática desem- mente constituído de pronome ou numeral,
penhada por substantivo, pronome, numeral, também tem emprego estilístico, pois é termo
palavra substantivada ou oração substantiva: descartável na oração.
Sua redação, corrigi-a ontem à noite.
Resolvemos todas as questões. O dinheiro, o secretário sempre o trazia na cueca.
Nomeei-a minha procuradora.
Percebi tudo naquele momento.
D. Objeto indireto
O objeto indireto é o complemento obrigató-
Remeti dois para Nova York.
rio, sempre preposicionado, pedido pelo sen-
Não condenamos o talvez. tido incompleto de um VTI ou VTDI. O objeto
Exijo que você não volte! indireto não se transforma em sujeito paciente
na passagem para a voz passiva.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. b. É possível perceber que o texto repre-
Leia atentamente o texto de propaganda a senta a fala coloquial de uma adolescente. E
seguir e responda ao que se pede. para manter semelhança a esse fato, os des-
vios à norma culta são aceitáveis e até mesmo
coerentes com a situação em que se insere o
anúncio. É o que se pode chamar de “adequa-
ção linguística” do texto.
c. OI: “num presente pro Flávio” ou “para
aquela sirigaita” ou “com coisas boas“; VTDI:
dar e surpreender.
d. Funciona como adjunto adverbial de
modo. Equivale a “novamente”.
02.
Observe atentamente as frases a seguir e res-
ponda ao que se pede:
“Eu sei de tudo isso muito bem.”
“Sei que meus direitos terminam quando co-
meça o dos outros.”
“É culpa minha se os direitos dos outros come-
çam tão longe?”
a. Identifique no texto três desvios em re- a. Identifique e classifique os sujeitos das
lação à norma culta. formas verbais sei (nas duas ocorrên-
b. Como você justifica a presença desses cias), começa e é .
desvios no texto? b. Identifique e classifique os objetos de
c. Retire do texto um objeto indireto e sei nas duas ocorrências.
dois verbos transitivos direto e indireto. Resolução
d. A expressão “de novo” tem qual função a. sujeito simples (“eu”), sujeito elíptico
sintática no texto? (“eu”), sujeito simples (“o direito dos outros”)
Resolução e sujeito oracional (“se os direitos dos outros
a. Vou investir num presente pro Flávio. começam tão longe?”)
Mas quem garante que eu vou namorar com b. “de tudo isso”: objeto direto preposicionado
ele? (namorar é VTD: ... vou namorá-lo)
“que meus direitos terminam onde come-
Se eu não pegar ele (a norma culta não per- ça o direito dos outros”: oração subordinada
mite usar pronome reto como objeto direto: substantiva objetiva direta
... pegá-lo)
7. Tipos de predicado
A. Predicado nominal
Tem verbo de ligação e, como núcleo significativo, um predicativo do sujeito.
B. Predicado verbal
Apresenta verbo significativo intransitivo ou transitivo, acompanhado de seu(s) respectivo(s)
objeto(s) (direto/indireto).
Os pássaros cantaram na floresta orvalhada.
sujeito verbo adjunto adverbial
intransitivo
A prova sumiu.
S VI
Tipologia do predicado
Todos receberam a prova.
S VT O
PN = VL + PS PVN1 = VI + PS
PV1 = VI PVN2 = VT + O + PS Todos chegaram cansados.
PV2 = VT + O PVN3 = VT + O + PO S VI PS
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. FMU-SP 3. Conteve-se, notou que os meninos esta-
vam perto, com certeza iam admirar-se
Identifique a alternativa em que aparece um
predicado verbo-nominal. ouvindo-o falar só. E, pensando bem,
ele não era um homem: era apenas um
a. Os viajantes chegaram cedo ao destino. cabra ocupado em guardar coisas dos
b. Demitiram o secretário da instituição. outros. (...) Olhou em torno, com receio
c. Nomearam as novas ruas da cidade. de que, fora os meninos, alguém tivesse
d. Compareceram todos atrasados à reunião. percebido a frase imprudente.Corrigiu-
a, murmurando:
e. Estava irritado com as brincadeiras.
4. Você é um bicho, Fabiano.
Resolução
5. Isto para ele era motivo de orgulho. Sim
O predicado apresenta um verbo significativo senhor, um bicho capaz de vencer difi-
(compareceram) e um predicativo do sujeito culdades.
(atrasados).
Observe a oração: "Fabiano ia satisfeito". O
Resposta termo em destaque assume a função de:
D a. predicativo do sujeito.
02. FEI-SP b. objeto direto.
1. Fabiano ia satisfeito. Sim, senhor, arru- c. adjunto adverbial.
mara-se. Chegara naquele estado, com
a família morrendo de fome, comendo d. adjunto adnominal.
raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo e. agente da passiva.
de um juazeiro, depois tomara conta da Resolução
casa deserta. Ele, a mulher e os filhos
tinham-se habituado à camarinha escu- O adjetivo "satisfeito" refere-se ao sujeito Fa-
ra, pareciam ratos – e a lembrança dos biano, exercendo, então, a função de predica-
sofrimentos passados esmorecera (...) tivo do sujeito.
2. Fabiano, você é um homem, exclamou Resposta
em voz alta. A
Capítulo 01
01. ENEM 02. UFRR
Entre ideia e tecnologia O teor do enunciado contido no subtítulo do
texto reproduzido anteriormente está corre-
O grande conceito por trás do Museu tamente apontado em qual das alternativas
da Língua é apresentar o idioma como algo abaixo?
vivo e fundamental para o entendimento do
que é ser brasileiro. Se nada nos define com a. Admite de modo irrestrito o uso de
clareza, a forma como falamos o português abreviações.
nas mais diversas situações cotidianas é b. Combate veementemente o uso de
talvez a melhor expressão da brasilidade. abreviações.
SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. c. É neutro quanto ao uso de abreviações.
São Paulo: Segmento, Ano II, nº 6, 2006.
d. Admite o uso contextualizado de abre-
O texto propõe uma reflexão acerca da língua viações.
portuguesa, ressaltando para o leitor a: e. Nega a existência do uso de abrevia-
a. inauguração do museu e o grande in- ções.
vestimento em cultura no país. 03. UFRR
b. importância da língua para a constru-
Considerando a estrutura, o modo de organi-
ção da identidade nacional.
zação da linguagem e o conteúdo expresso, o
c. afetividade tão comum ao brasileiro, gênero do texto anterior está corretamente
retratada através da língua. classificado na alternativa:
d. relação entre o idioma e as políticas pú- a. Poético
blicas na área de cultura.
b. Informativo
e. diversidade étnica e linguística existen-
c. Filosófico
te no território nacional.
d. Narrativo
e. Descritivo
Texto para as questões 02 e 03
04. ENEM
Leia atentamente o trecho de texto abaixo, reti-
rado de uma publicação de circulação semanal: Não tem tradução
Código virtual [...]
A linguagem dos chats não é tão absur- Lá no morro, se eu fizer uma falseta
da quanto parece, desde que seja usada A Risoleta desiste logo do francês e
na hora e no lugar certo [do inglês
A gíria que o nosso morro criou
Para a geração que cresceu em frente Bem cedo a cidade aceitou e usou
ao computador, escrever por códigos é tão [...]
natural quanto falar. Abreviações como vc
Essa gente hoje em dia que tem
(você) e pq (porque) são usadas dezenas de
vezes enquanto os internautas batem papo. [mania de exibição
As abreviações assustam os puristas do idio- Não entende que o samba não tem
ma. E até entre os viciados em Internet há [tradução no idioma francês
quem abomine esse linguajar. Um grupo de Tudo aquilo que o malandro
fóruns PCs, uma comunidade de discussão [pronuncia
virtual, lançou a campanha "Eu sei escre- Com voz macia é brasileiro, já
ver", a fim de moralizar a língua portugue- [passou de português
sa. A turma tem uma comunidade no Orkut Amor lá no morro é amor pra chuchu
destinada a combater o que ela chama de As rimas do samba não são I love you
“analfabetismo virtual”(...).
E esse negócio de alô, alô boy e alô a. A pergunta de Helga, no primeiro qua-
[Johnny drinho, revela que ela quer pedir o di-
Só pode ser conversa de telefone vórcio.
ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos b. O humor da tira se constrói a partir da
bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, nº 54.
São Paulo: Segmento, abr. 2010. (Fragmento).
possibilidade de Helga ter se casado
por duas vezes.
As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro c. A pergunta de Eddie Sortudo, no segun-
de Vila Isabel, apesar de revelarem uma agu- do quadrinho, evidencia a ideia de que
çada preocupação do artista com seu tempo e Hagar é um bom marido.
com as mudanças político-culturais no Brasil,
d. A graça da tira está no fato de Eddie
no início dos anos 1920, ainda são modernas.
Sortudo partir da pressuposição de que
Nesse fragmento do samba Não tem tradução,
Helga não estivesse se referindo a Ha-
por meio do recurso da metalinguagem, o poe-
gar, seu único marido.
ta propõe:
e. A fisionomia de Hagar, nos dois quadri-
a. incorporar novos costumes de origem
nhos, denota sua irritação com o fato
francesa e americana, juntamente com
de Helga ter se lembrado de seu ex-
vocábulos estrangeiros.
-marido.
b. respeitar e preservar o português pa-
drão como forma de fortalecimento do 06. Fatec-SP modificado
idioma do Brasil. Então Macunaíma pôs reparo numa
criadinha com um vestido de linho amare-
c. valorizar a fala popular brasileira como lo pintado com extrato de tatajuba. Ela já
patrimônio linguístico e forma legítima ia atravessando o corgo pelo pau. Depois
de identidade nacional. dela passar o herói gritou pra pinguela:
d. mudar os valores sociais vigentes à — Viu alguma coisa, pau?
época, com o advento do novo e quen- — Vi a graça dela!
te ritmo da música popular brasileira. — Quá! quá! quá quáquá!...
e. ironizar a malandragem carioca, acultu- Macunaíma deu uma grande garga-
rada pela invasão de valores étnicos de lhada. Então seguiu atrás do par. Eles já
sociedades mais desenvolvidas. tinham brincado e descansavam na beira
da lagoa. A moça estava sentada na bor-
05. Ibmec-SP da duma igarité encalhada na praia. Toda
nua inda do banho comia tambiús vivos,
se rindo pro rapaz. Ele deitara de bruços
na água rente dos pés da moça e tirava os
lambarizinhos da lagoa pra ela comer. A
crilada das ondas amontoava nas costas
dele porém escorregando no corpo nu mo-
lhado caía de novo na lagoa com risadi-
nhas de pingos. A moça batia com os pés
n’água e era feito um repuxo roubado da
Luna espirrando jeitoso, cegando o rapaz.
Então ele enfiava a cabeça na lagoa e
trazia a boca cheia de água. A moça aperta-
va com os pés as bochechas dele e recebia
o jato em cheio na barriga, assim. A brisa
fiava a cabeleira da moça esticando de um
em um os fios lisos na cara dela. O moço
pôs reparo nisso. Firmando o queixo no
Dik Browne. O melhor de Hagar, o Horrível. L&PM. joelho da companheira ergueu o busto da
Levando-se em conta os aspectos textuais e vi- água, estirou o braço pro alto e principiou
suais da tirinha, assinale a alternativa correta. tirando os cabelos da cara da moça para
que ela pudesse comer sossegada os tam- A partir da leitura do excerto apresentado, in-
biús. Então pra agradecer ela enfiou três ferimos tratar-se de uma variante linguística
lambarizinhos na boca dele e rindo muito que denota, sobretudo nos termos sublinha-
fastou o joelho depressa. O busto do rapaz dos e na sintaxe:
não teve apoio mais e ele no sufragante a. nacionalidade portuguesa.
focinhou n’água até o fundo, a moça inda
forçando o pescoço dele com os pés. Ele b. baixa escolaridade.
ia escorregando sem perceber de tanta c. nacionalidade brasileira.
graça que achava na vida. Ia escorregan- d. atividade profissional ligada à economia.
do e afinal a canoa virou. Pois deixai ela e. faixa etária jovem.
virar! A moça levou um tombo engraçado
por cima do rapaz e ele enrolou-se nela 08. ENEM
talqualmente um apuizeiro carinhoso. To- No Brasil, a condição cidadã, embo-
dos os tambiús fugiram enquanto os dois ra dependa da leitura e da escrita, não se
brincavam n’água outra vez. basta pela enunciação do direito, nem pelo
Mário de Andrade. Macunaíma – O herói sem nenhum caráter. domínio desses instrumentos, o que, sem
dúvida, viabiliza melhor participação so-
Assinale a alternativa que transcreve e conver- cial. A condição cidadã depende, segura-
te, correta e respectivamente, a frase do regis- mente, da ruptura com o ciclo da pobreza,
tro coloquial da linguagem, extraída do texto, que penaliza um largo contingente popu-
em seu correspondente na modalidade culta. lacional.
a. “Pois deixai ela virar”/ “Pois deixa-a vi- Formação de leitores e construção da cidadania, memória
rar”. e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008.
b. “Ele deitara de bruços na água” / “Ele Ao argumentar que a aquisição das habilida-
tinha deitado de bruços na água”. des de leitura e escrita não são suficientes
c. “Depois dela passar” / “Depois de ela para garantir o exercício da cidadania, o autor:
passar”. a. critica os processos de aquisição da lei-
d. “ele enrolou-se nela talqualmente um tura e da escrita.
apuizeiro carinhoso” / “ele enrolou-se b. fala sobre o domínio da leitura e da es-
nela mesmo sendo um apuizeiro cari- crita no Brasil.
nhoso”.
c. incentiva a participação efetiva na vida
e. “Ia escorregando e afinal a canoa vi- da comunidade.
rou” / “Ia escorregando e até que enfim
a canoa virou”. d. faz uma avaliação crítica a respeito da
condição cidadã do brasileiro.
07.
Partilho com a imensa maioria dos e. define instrumentos eficazes para elevar
meus compatriotas o mau hábito de deixar a condição social da população do Brasil.
para amanhã o que podemos fazer hoje, 09.
em que nos viciamos ainda catraios (pa- Fizemo a uúrtima viage
gando com pingas nas cuecas o pecado de Foi lá pro sertão de Goiás.
deixar para a última a ida à casa de banho) Fui eu e o Chico Mineiro
e depois transportamos pela vida fora, também foi u capatais.
estudando só nas vésperas dos exames e Viajemo muitos dia
fazendo noitadas para cumprir os prazos. pra chegá em Ouro Fino
Disponível em: <http://www.jn.pt/Opiniao/default. aonde nois passemo a noite
aspx?content_id=2023195&opiniao=Jorge%20 numa festa do Divino
Fiel>. Acesso em: 30 out. 2011. [...]
Glossário Tonico e Francisco Ribeiro
catraios = crianças; pingas = pingos; casa de A canção sertaneja Chico Mineiro, imortalizada
banho = banheiro. pela dupla Tonico e Tinoco, apesar de compos-
? Coluna A
(1) abancar
Coluna B
( ) conversar
a. anedota, pelo enredo e humor caracte- ao mesmo tempo, permite inferir que a
rísticos. charge foi feita depois de algum desas-
b. crônica, pela abordagem literária de fa- tre aéreo.
tos do cotidiano. 31. ENEM
c. depoimento, pela apresentação de ex- A escrita é uma das formas de ex-
periências pessoais. pressão que as pessoas utilizam para co-
d. relato, pela descrição minuciosa de fa- municar algo e tem várias finalidades:
tos verídicos. informar, entreter, convencer, divulgar,
descrever. Assim o conhecimento acerca
e. reportagem, pelo registro impessoal de das variedades linguísticas sociais, re-
situações reais. gionais e de registro torna-se necessário
30. UCB-DF modificado para que se use a língua nas mais diversas
situações comunicativas.
TEM Considerando as informações acima, imagine
ALGUM LUGAR que você está à procura de um emprego e en-
VAGO NA controu duas empresas que precisam de no-
CAIXA-PRETA? vos funcionários. Uma delas exige uma carta
de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você:
a. fará uso da linguagem metafórica.
b. apresentará elementos não verbais.
c. utilizará o registro informal.
d. evidenciará a norma-padrão.
e. fará uso de gírias.
32. ENEM
Depois de analisar a figura acima, coloque V, Cuitelinho
para as alternativas verdadeiras, e F, para as Cheguei na bera do porto
falsas. Onde as onda se espaia.
( ) A figura é uma charge, cujo tema ver- As garça dá meia volta,
sa sempre sobre algum acontecimento Senta na bera da praia.
que já foi veiculado na mídia. Dessa E o cuitelinho não gosta
forma, a charge não é responsável por Que o botão da rosa caia.
uma nova notícia, mas é uma releitura Quando eu vim da minha terra,
de uma notícia ou de um fato. Despedi da parentaia.
( ) Observando os elementos que com- Eu entrei em Mato Grosso,
põem a charge, é correto afirmar que Dei em terras paraguaia.
ela se refere a alguma notícia sobre Lá tinha revolução,
aviação. Isso é comprovado pelos ele- Enfrentei fortes bataia.
mentos icônicos, pois nenhum elemen- A tua saudade corta
to verbal faz referência à aviação. Como o aço de navaia.
( ) O verbo ter, utilizado na fala do passa- O coração fica aflito,
geiro, poderia ser substituído pelo ver- Bate uma e outra faia.
bo haver, o que configuraria o uso do E os oio se enche d’ água
nível formal da linguagem. Que até a vista se atrapaia.
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio
( ) A opção de reserva de um lugar na Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em
caixa-preta, que, em caso de sinistro lingua materna. São Paulo: Parábola, 2004.
com a aeronave, é um instrumento que
pode ajudar a identificar as causas, é a Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho
responsável pelo humor na charge e, manifesta aspectos culturais de um povo, nos
quais se inclui sua forma de falar, além de re- a. A frase não deveria ser usada hoje, pois
gistrar um momento histórico. perdeu o significado original.
Depreende-se disso que a importância em b. A expressão só é usada para explicar a
preservar a produção cultural de uma nação manufatura das telhas do museu.
consiste no fato de que produções como a can- c. O autor do texto acredita que a língua
ção Cuitelinho evidenciam a: é estática, não aceitando modificações.
a. recriação da realidade brasileira de for- d. Usada hoje com sentido geral, a frase
ma ficcional. revela peculiaridades da história do
b. criação neológica na língua portuguesa. Brasil.
c. formação da identidade nacional por e. Somente Angela Gutierrez conhece a
meio da tradição oral. origem da expressão “fazer nas coxas”.
d. incorreção da língua portuguesa que é 34. ENEM
falada por pessoas do interior do Brasil. Leia o texto a seguir.
e. padronização de palavras que variam
regionalmente, mas possuem mesmo O ABC do internetês
significado.
Um pequeno glossário das abreviações mais
33. ENEM populares na Internet
Leia o texto para responder à questão. vc: você
Fazer nas coxas? blz: beleza
kd: cadê
Ignácio de Loyola Brandão
fds: final de semana
(...) Percorri o museu que Ângela net: Internet
Gutierrez, obstinada, montou, peça por tb: também
peça, ao longo das décadas. (...) Caminhei tah: tá
entre velhas ferramentas (...) de carpintei-
tc: teclar, digitar, conversar
ros, ferreiros, funileiros, ourives, tecelões.
flw: falou
Os ofícios se sucedem: transporte, am-
bulantes, comércio, energias, mineração, fmz: firmeza
fogo, madeira, cerâmica (...). tdo: tudo
Diante de telhas antiquíssimas, Fáti- qdo: quando
ma Dias, que me acompanhava, acentuou pq: porque
com um sorriso: “Aqui você tem a origem eai: oi
da expressão fazer nas coxas!” Como? Fa- qnt: quantos
zer nas coxas? “Olhe aí. As telhas primiti- alg: alguém
vas eram moldadas nas coxas dos escravos. ans: anos
Colocava-se o barro sobre a coxa e eram axo: acho
dados os arremates. Claro, as alturas dos
q: que
homens eram variáveis e as coxas tinham
nd: nada
grossuras diversas, então cada telha acaba-
va saindo com um tamanho. Quando colo- ñ: não
cadas no telhado, resultavam interstícios naum: não
pelos quais a água penetrava. Daí a expres- a v: a ver
são fazer nas coxas para algo malfeito.” A xau: tchau
língua se faz e refaz no cotidiano. att: atualizar
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Fazer nas coxas? O Estado add: adicionar
de S.Paulo, São Paulo, 10 abr. 2009, Caderno 2, p. 10. acc: aceitar
Assinale a alternativa que melhor analisa o uso bjs: beijos
abs: abraços
da expressão “fazer nas coxas”, de acordo com
o texto. Revista Língua Portuguesa – 2/2009 – Edição 40.
IBRAPEM - PREPARAÇÃO
141 É A MISSÃO Português
139
NO ERRO
c. a atenção para a imagem da parte do
ITE R
T
corpo humano selecionada aleatoria-
SD
O mente.
QUEM É MORTO SEMPRE APARECE. d. o reconhecimento do intertexto entre a
publicidade e um dito popular.
Disponível em: <http://www.ccsp.com.br>. e. a percepção do sentido literal da ex-
Acesso em: 26 jul. 2010. (Adaptado) pressão “noites do terror”, equivalente
à expressão “noites de terror”.
O anúncio publicitário está internamente liga-
do ao ideário de consumo quando sua função
é vender um produto. No texto apresentado,
utilizam-se elementos linguísticos e extralin-
guísticos para divulgar a atração “Noites do
Terror”, de um parque de diversões. O enten-
dimento da propaganda requer do leitor:
Capítulo 02
41. b. Esses artigos aos quais você se
Para cada uma das frases a seguir, encontram- refere, poderá encontrá-los na
-se duas palavras entre parênteses. A essas ___________________ de importados.
palavras chamamos parônimas. Escolha aque- (cessão / sessão / seção)
la que, por seu significado, preenche adequa- c. Na ___________________ da meia-noite
damente a lacuna. vocês só encontrarão os notívagos.
a. Os jornalistas premiados receberam os (cessão / sessão / seção)
___________________ de todos os pre- 44.
sentes. (comprimentos / cumprimen- Nos parênteses, há duas palavras homófonas
tos) heterógrafas. Use aquela que preenche corre-
b. Os ___________________ da rainha per- tamente a lacuna.
filaram-se para saudá-la. (cavaleiros / a. Ao ___________________ os olhos, escor-
cavalheiros) reu-lhe uma lágrima. (cerrar / serrar)
c. Não conseguia ___________________ ne- b. Antes de ___________________ as árvo-
nhuma informação nova. (absolver / res da propriedade, informe-se da pos-
absorver) sibilidade de fazê-lo. (cerrar / serrar)
d. O nosso ___________________ era não
45.
tomar informações sobre o candidato
antes da entrevista. (mau / mal) Utilize o vocábulo que preenche com correção
e. Uma das maiores qualidades de um as- as lacunas das frases a seguir.
sessor é a ___________________. (discri- a. Ao beber e dirigir, o motorista comete
ção / descrição) uma ___________________ gravíssima.
f. Para ___________________ a dívida ne- (inflação / infração)
cessitávamos de quase meio milhão. b. O melhor termômetro para os econo-
(saldar / saudar) mistas são as taxas de ________________.
(inflação / infração)
42.
c. ___________________ estudarmos muito,
Sabemos que homófonas heterógrafas são não entraremos em Medicina. (Se não /
aquelas palavras com grafias diversas, apesar Senão)
de terem o mesmo som. Complete as lacunas
com o vocábulo adequado. d. O trabalho estava tão bem feito que
não conseguiram apontar um único
a. O detento usava a ___________________ ___________________. (se não / senão)
como escritório para novos crimes.
(cela / sela) e. A delegada é uma ___________________
da lei. (a gente / agente)
b. Fabiano saltou sobre o animal sem
_______________, sem nada. (cela / sela) f. Eles queriam que ___________________
fosse visitá-los na casa da praia. (a gen-
c. Em sua estada em São Paulo, o papa te / agente)
hospedou-se na ___________________
do monge beneditino. (cela / sela) 46. PUC-MG
43. Assinale a alternativa em que a mudança de po-
sição do termo destacado não implique a possi-
Preencha os espaços com a homófona heteró- bilidade de mudança de sentido do enunciado.
grafa adequada.
a. Belo Horizonte já foi uma linda cidade.
a. O compositor fez a ___________________
dos direitos autorais em favor daquela Belo Horizonte já foi uma cidade linda.
entidade beneficente. (cessão / sessão / b. Filho meu não irá para o exército.
seção) Meu filho não irá para o exército.
ganha sua última versão no âmbito da As formas asso (do verbo assar) e aço (liga de
informática, em que o termo navegar ad- ferro e carbono) são o que chamamos vocábu-
quire outro e preciso sentido. los homófonos. ( )
Na nova acepção, em tempos de In-
ternet, o lema parece mais afirmativo do Coser (costurar) e cozer (cozinhar) são consi-
que nunca. Os olhos que hoje vagueiam derados homógrafos. ( )
pela tela iluminada do monitor já não pre- Sexta (de sexta-feira) e sesta (descanso após o
cisam nem de velas, nem de ventos, nem almoço) são tidos como parônimos. ( )
de fados: da vida só querem o cantinho e
um quarto, de onde fazem o mundo flutu- a. F, F, V, F d. F, V, F, V
ar em mares de virtualidades nunca dantes
navegados. b. V, V, V, F e. V, F, V, F
c. V, V, F, V
Considere as seguintes afirmações:
I. A significação das palavras constitui um 65.
processo dinâmico e supõe o reconhe- Observe as frases:
cimento histórico do seu emprego.
• As mangas que ela serviu estavam de-
II. As expressões “velas”, “fados” e “nunca liciosas.
dantes navegados” ligam-se ao contex-
to primitivo do velho lema. • No afã de angariar dinheiro para a lua
de mel, depois de fatiarem a gravata do
III. Desligando-se de suas raízes históricas, noivo, agora era a vez das mangas da
as palavras apresentam-se esvaziadas camisa.
de qualquer sentido.
Os vocábulos destacados são:
Conforme se pode deduzir do texto, está cor-
reto o que se afirma: a. Parônimos d. Homógrafos
a. apenas em I e II. b. Antônimos e. Sinônimos
b. apenas em I e III. c. Cognatos
c. apenas em II e III. 66.
d. apenas em I. Assinale a alternativa que apresenta erro de
e. em I, II e III. classificação.
64. a. efêmera / breve = sinônimos
Assinale (F) para falso e (V) para verdadeiro e b. retificar / ratificar = homônimos homó-
marque a alternativa correta. grafos
Os substantivos banco (instituição financeira) c. calma / agitada = antônimos
e banco (assento) são considerados homôni- d. sessão / seção = homônimos homófonos
mos perfeitos. ( ) e. inflação / infração = parônimos
67.
ENGENHEIROS DE VENDAS
VOU PERGUNTAR
DE OUTRA
NÃO! UMA
SEU VENDEDOR DISSE FORMA...
CLARO, É VERDADE... FORMA PARA
QUE SEU PRODUTO QUE ELE DISSE ISSO. CADA
SE CONSERTA SOZINHO.
PERGUNTA!
É VERDADE?
Com base na tira apresentada, é correto afirmar: Dobra o sino... Soluça um verso de
01. A tira demonstra que afirmar que algo [Dirceu...
foi dito implica, necessariamente, afir- Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos
mar que o que foi dito é verdadeiro. [astros chove.
Olavo Bilac
02. A resposta dada no segundo quadrinho
mostra que a pergunta feita no primei- *Glossário:
ro quadrinho é ambígua.
fulvo: de cor alaranjada.
03. A resposta do segundo quadrinho per-
mite concluir que o produto em ques- laivos: marcas; manchas; desenhos estreitos e
tão se conserta sozinho. coloridos nas pedras; restos ou vestígios.
Assinale a alternativa correta. Considerado o contexto, é correto afirmar que
a polissemia (multiplicidade de sentidos de
a. Somente a afirmativa 1 é verdadeira. uma palavra) está presente em “laivos” e, de
b. Somente as afirmativas 1 e 2 são ver- modo mais acentuado, na palavra
dadeiras.
a. casas. d. urbe.
c. Somente as afirmativas 1 e 3 são ver-
dadeiras. b. minas. e. astros.
d. Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c. ouro.
e. Somente as afirmativas 2 e 3 são ver- 69. PUC-MG
dadeiras. Em todas as alternativas, a mudança proposta
68. FGV-SP modificado para o período em destaque alterou o seu sen-
tido, exceto em:
Vila Rica a. Ele levantou lentamente os olhos para
O ouro fulvo* do ocaso as velhas ver o céu. / Ele levantou os olhos para
[casas cobre; ver o céu lentamente.
Sangram, em laivos* de ouro, as b. Devo encontrá-lo apenas no
[minas, que ambição shopping. / Devo apenas encontrá-lo no
Na torturada entranha abriu da terra shopping.
[nobre: c. O meu pedido foi só que ele estives-
E cada cicatriz brilha como um se aqui no horário marcado. / O meu
[brasão. pedido foi que ele estivesse aqui só no
horário marcado.
O ângelus plange ao longe em
[doloroso dobre, d. Ele disse que necessariamente conse-
O último ouro de sol morre na guiria resultados para a pesquisa. / Ele
[cerração. disse que conseguiria necessariamente
E, austero, amortalhando a urbe resultados para a pesquisa.
[gloriosa e pobre, e. Carmen gosta de pensar muito antes
O crepúsculo cai como uma de agir. / Carmen gosta muito de pen-
[extrema-unção. sar antes de agir.
72. UEL-PR
SABE QUAL É
A COISA
MAIS IMPORTANTE
A REFLEXÃO!
NA VIDA?
CERTO!
01. existe a esperança de que seja reco- E se os russos atacassem agora?, per-
nhecido o valor secundário da riqueza guntou certa ocasião […] Judith Exner,
material. uma das incontáveis amantes de Kennedy,
02. ideias ingênuas são aquelas que, uma que, simultaneamente, mantinha um caso
vez impressas, levam a monstruosida- com o chefão mafioso Sam Giancana.
des. Revista Veja no 1.002
Capítulo 03
81. d. selvageria – massagem – vertigem
Em qual das alternativas todas as palavras es- e. viagem – garagem – mensajem
tão corretamente grafadas? 86. ITA-SP modificado
a. herege – álgebra – refújio Em que caso todos os vocábulos são grafados
b. folhagem – viagem – vertijem com "X" ?
c. fuligem – ferrugem – ágio a. __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
d. forgem – falange – miragem b. __enófobo, en__erido, en__erto, __
e. frigir – esbange – giz epa
82. c. li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
Assinale a alternativa em que todas as pala- d. ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
vras devam ser completadas por “S”. e. Hiro__ima, __angai, ca__umba, Ca__
a. Prince__a, safade__a, finlande__a alote
b. Japone__a, delicade__a, marque__a 87. IBGE
c. Gentile__a, bra__ileira, tailande__a Entre as opções abaixo, somente uma com-
d. Holande__a, despe__a, duque__a pleta corretamente as lacunas apresentadas a
seguir. Assinale-a.
e. Barone__a, defe__a, grande__a
Na cidade carente, os _____________ resol-
83. veram ___________ seus direitos, fazendo um
Marque a alternativa em que há erro na grafia _______________ assustador.
de alguma palavra. a. mendingos; reivindicar; rebuliço
a. Ascensão – assunção – assentamento b. mindigos; reinvidicar, rebuliço
b. Exceção – excesso – exceto c. mindigos; reivindicar, reboliço
c. Ascensorista – asceta – compreensão d. mendigos; reivindicar, rebuliço
d. Acento – exumação – repercussão e. mendigos; reivindicar, reboliço
e. Intercessão – progreção – repercussão 88. IBGE
84. Assinale a opção em que todas as palavras se
Aponte a alternativa em que não há erro de completam adequadamente com a letra entre
ortografia. parênteses.
a. Menina, não balance assim que você a. en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
cae no chão. b. exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
b. Como sói acontecer nesta época do
c. mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
ano, o trânsito vira um inferno.
c. Sempre que viam um animal na pista, d. búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
freiavam bruscamente. e. .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
d. Ela só me verá de novo na antivéspera 89. UFRGS
da formatura.
Instrução: utilize o texto a seguir para respon-
e. Ceiaram bem tarde ontem à noite. der à questão.
85. Ulbra-RS Língua é caráter. O português bra-
sileiro é mais anasalado do que o de
Assim como viagem, são grafadas:
Portugal. Eles dizem “ao” onde nós
a. selvageria – ageitar – nogento ________________ “ão”, por isso a nos-
b. geitoso – vertigem – cafageste sa “corrupção” _____________ maior,
c. geito – selvagem – genipapo tem a força descritiva de um superlativo.
(...) Nosso português, liberado pelo nosso e. Grafa-se com “S” o sufixo –oso, –osa:
tamanho, nos __________ só aos grandes idosa, raivosa, gostoso.
pecados. A culpa não é nossa, é da geo- 93. FGV-SP
grafia. Espaço é destino. Ditongo nasal é
destino. (L.F. Veríssimo) Assinale a alternativa em que não haja erro de
grafia.
Assinale a alternativa que completa correta-
mente as lacunas. a. Não tinha feito a prova no dia regular
a. dizemos – paresse – compeliria nem tão pouco a substitutiva.
b. dizemos – parece – compeliria b. Afim de que as soluções pudessem ser
adotadas por todos, José de Arimateia
c. dizemos – paresce – compiliria havia distribuído cópias do relatório no
d. dissemos – parece – compiliria dia anterior.
e. dissemos – paresce – compeliria c. Porventura, meu Deus, estarei louco?
90. UFRGS d. Assinalou com um asterístico a necessi-
Em qual dos slogans abaixo se encontra erro dade de notas informativas adicionais.
de grafia? e. Com frequência, os médicos falam de
a. Previna-se! Viaje sempre em boa com- AVC, Acidente Vascular Celebral. Poris-
panhia. so, os próprios pacientes já estão fami-
b. Adquira aqui seu novo guia de viagem. liarizados com esse termo.
c. Estenda sua capacidade de atuar. 94. Mackenzie-SP
d. Nossa assistência técnica é uma exten- Assinale a alternativa que preenche os espa-
são de sua garantia. ços corretamente:
e. Chegou a sua vez! Participe dos movi- Com o intuito de ______ o trabalho, o aluno
mentos contextatórios. recebeu algumas incumbências: ______ datas,
91. UEL-PR ______ o conteúdo e ______ um estilo mais
A punição à _________ no erro é um dos moderno.
_____________ da pauta da reunião. a. finalisar – pesquisar – analisar – impro-
a. Reincidência – itens visar
b. Reicindência – itens b. finalizar – pesquisar – analisar – impro-
c. Reicidência – itens visar
d. Reincidência – ítens c. finalizar – pesquisar – analisar – impro-
vizar
e. Reincindência – itens
d. finalizar – pesquisar – analizar – impro-
92. UFMG visar
Assinale a afirmativa incorreta: e. finalizar – pesquizar – analisar – impro-
a. Os substantivos abstratos derivados de visar
adjetivos devem ser grafados com “Z”:
95. Fuvest-SP
beleza, lucidez, limpeza.
b. Devem ser grafados com “Z” estas pa- A frase em que a grafia está inteiramente cor-
lavras que têm formas verbais que lhes reta é:
correspondem: defeza, aceza, surpreza. a. A rescessão asiática, o colapso russo e
c. A indicação de origem ou título nobili- a perda de vultuosas quantias rouba-
árquico deve ser grafada com “S”: japo- ram a expontaneidade do mercado de
nesa, duquesa, marquesa. investidores.
d. Grafam-se com Z apenas os verbos for- b. Nessas inserções, todas as disfunções
mados com o sufixo –izar ou aqueles familiares, sem exceção, vêm à tona,
cujo radical já apresentava “Z”: ameni- sempre acompanhadas de forte des-
zar, enraizar, oficializar. carga emocional.
108. 110.
I. Tu, Bauru e Jau não são acentuadas Assinale a alternativa em que nem todas as
por terminarem em “u”. palavras estão corretamente acentuadas.
II. Lambisgoia, colmeia e celuloide deixa- a. Itaú, Bauru, Luís, Barrabás
ram de ser acentuadas pela Nova Refor- b. Célia, Márcia, André, Paris
ma Ortográfica, no entanto mói, céus e
herói continuam a ser acentuadas. c. Brucutu, fósseis, láctea, pastéis
III. Têm, intervêm e contêm continuam d. Goias, Brasília, bíceps, Luísa
acentuadas, mas veem, voo e enjoo e. Quiproquó, órfãos, rapapé, Jacareí
deixaram de ser acentuadas pelo Novo 111.
Acordo Ortográfico da Língua Portu-
guesa. Desencanto
Analisando as afirmações I, II e III, à luz do Manuel Bandeira
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue-
Eu faço versos como quem chora
sa, podemos concluir que:
De desalento... de desencanto...
a. I, II e III estão corretas. Fecha o meu livro, se por agora
b. I e III estão corretas. Não tens motivo nenhum de pranto.
c. II e III estão corretas.
Meu verso é sangue. Volupia
d. apenas I está correta. [ardente...
e. I e II estão corretas. Tristeza esparsa... remorso vão...
109. Doi-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
Observe as regras a seguir mencionadas e co-
loque (F) para falso ou (V) para verdadeiro. E nestes versos de angustia rouca
( ) Os ditongos ‘éi’, ‘ói’ e ‘éu’ só continu- Assim dos labios a vida corre,
am a ser acentuados no final da pala- Deixando um acre sabor na boca.
vra. Atenção: o acento será mantido
em destróier e Méier, conforme a re- — Eu faço versos como quem morre.
gra que manda acentuar os paroxíto-
nos terminados em ‘r’, mas céu, dói,
chapéu, anéis, lençóis não mudam. Cometemos propositalmente alguns erros de
( ) Não se acentuam mais o ‘u’ e o ‘i’ tôni- acentuação no poema Desencanto, de Ma-
cos precedidos de ditongo em palavras nuel Bandeira. A fim de corrigi-los, será ne-
paroxítonas: feiura, bocaiuva, baiuca, cessário acentuar todas as palavras contidas
Sauipe. Atenção: feiíssimo e cheiís- na alternativa:
simo continuam acentuados porque a. tens, remorso, gota, sabor
são proparoxítonos, bem como Piauí e b. volupia, doi, angustia, lábios
teiú, que são oxítonos. c. de, gota, labios, sabor
( ) A acentuação das palavras proparoxí- d. tens, volupia, doi, labios
tonas depende de sua terminação. As
proparoxítonas terminadas em ‘e’ e e. de, remorso, gota, cai
’es’, por exemplo, não devem ser acen- 112.
tuadas: arvore, arvores.
Eis uma tirinha do Níquel Náusea, do car-
( ) Os hiatos ‘oo’ e ‘ee’ não recebem mais tunista Fernando Gonsales, especialmen-
acento. Abençoo, perdoo, magoo, en- te adaptada para este exercício. Observe-a
joo, leem, veem, deem, creem. Aten- atentamente e assinale a alternativa correta.
ção: continuam acentuados (ele) vê,
(eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc.
PUTZ! OS A ESPERE SÓ
CAI
RATOS SÃO IMPLA- MONGOLIA A PROXIMA
FORA DAI,
CAVEIS NA DEFESA E MINHA! JOGADA!
MALANDRÃO!
DOS TERRITORIOS!
a segunda, no entanto, já anda bastante di- As palavras do texto que são acentuadas de
vulgada lá fora, sem que, direta ou sistema- acordo com as normas de acentuação ante-
ticamente, o corpo diplomático contribua riores são, respectivamente:
para isso. a. único e país.
Aquilo que alguns autores ingleses di-
ziam apenas por humorismo (nunca se fa- b. última e possível.
zer amanhã aquilo que se pode fazer depois c. inevitável e também.
de amanhã) não é no Brasil uma deliberada d. estímulo e aniversário.
norma de conduta, uma diretriz fundamen-
tal. Não, é mais, é bem mais forte do que e. agrária e espontânea.
qualquer princípio da vontade: é um ins- 117. TALCRIM-RJ
tinto inelutável, uma força espontânea da
estranha e surpreendente raça brasileira. No texto abaixo:
Para o brasileiro, os atos fundamen- Sei de uma que está fazendo serviço
tais da existência são: nascimento, repro- de escritório, proibida de voar por motivo
dução, adiamento e morte (esta última, se de saúde, e me pergunto que podem sig-
possível, também protelada). nificar para ela esses papéis, esses telefo-
Adiamos em virtude dum verdadeiro nemas, esses recados que circulam num
e inevitável estímulo inibitório, do mesmo plano de cimento invariável, enquanto,
modo que protegemos os olhos com as mãos sobre a plataforma das nuvens, suas irmãs
ao surgir na nossa frente um foco luminoso caminham, ao mesmo tempo singelas e
intenso. A coisa deu em reflexo condiciona- majestáticas.
do: proposto qualquer problema a um bra- I. “escritório” e “invariável” recebem
sileiro, ele reage de pronto com as palavras: acento por idêntica razão.
logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-
-feira; depois do carnaval; no ano que vem. II. “papéis” recebe acento gráfico porque
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom é oxítona terminada em ditongos.
e o mau, que não se confundem, mas tantas III. “está” é acentuada graficamente por-
vezes se desemparelham. Adiamos o traba- que todas as oxítonas devem ser acen-
lho, o encontro, o almoço, o telefonema, tuadas.
o dentista, o dentista nos adia, a conversa
séria, o pagamento do imposto de renda, a. Estão corretas as afirmações I e II.
as férias, a reforma agrária, o seguro de b. Estão corretas as afirmações II e III.
vida, o exame médico, a visita de pêsames, c. Estão corretas as afirmações I e III.
o conserto do automóvel, o concerto de
d. Todas as afirmativas estão corretas.
Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de
aniversário da criança, as relações com a e. Todas as afirmativas estão incorretas.
China, tudo. Até o amor. 118. ESAF-TCU-AFC
Só a morte e a promissória são mais
ou menos pontuais entre nós. Mesmo as- Aponte o trecho com acentuação gráfica total-
sim, há remédio para a promissória: o adia- mente correta.
mento bi ou trimestral da reforma, uma a. Em meio aos produtos agricolas, desta-
instituição sacrossanta no Brasil. ca-se, dentre as essências plantadas, o
O brasileiro adia; logo existe. A única eucalipto, que tem na vinculação com a
palavra importante para ele é amanhã. indústria de celulose seu maior susten-
O resto eu adio para a semana que táculo econômico.
vem.
b. O documento propõe que, além da Mú-
Paulo Mendes Campos – Adaptação
sica e da Ginástica, o Desenho seja en-
Leia as regras de acentuação gráfica a seguir. sinado em todas as séries, do curso de
bacharelado propedeutico às carreiras
I. Todos os vocábulos proparoxítonos são
profissionalizantes.
graficamente acentuados.
c. Não cabe discutir se a legislação é boa
II. São acentuados os vocábulos paroxíto-
ou ruim; deve-se cumprí-la e honrá-la.
nos terminados em ditongo.
Capítulo 04
121. d. Destrancou
Assinale a opção em que nem todos os vocá- e. Destelhar
bulos possuem o mesmo radical. 126.
a. Noite, anoitecer, noitada Em qual das alternativas nem todos os vocá-
b. Luz, luzeiro, alumiar bulos são cognatos?
c. Incrível, crente, crer a. Ferro, ferreiro, ferrugem
d. Festa, festeiro, festejar b. Livro, livraria, livreiro
e. Riqueza, ricaço, enriquecer c. Crime, criminoso, discriminar
122. d. Gasômetro, gasolina, gasoduto
A alternativa em que todos os vocábulos se e. Letra, letreiros, iletrado
relacionam porque provêm da mesma raiz é: 127.
a. Pousada, aposentado, cômodo É o radical o responsável pelas palavras da
b. Reger, regulamento, regra mesma família e é ele que lhes atribui uma
c. Corte, percurso, correr base comum de significação. Partindo desse
d. Angústia, ângulo, anjo pressuposto, podemos afirmar que as palavras
oriundas de um mesmo radical encontram-se
e. Florescer, flandres, florear na alternativa:
123. a. Considerar, constelação, conspirar
Assinale a alternativa que apresenta vocábulo b. Júri, perjúrio, jurados
com desinência de gênero. c. Solidariedade, solidarizar-se, solidéu
a. Segredo d. Condizente, condutor, irredutível
b. Capacidade e. Delação, delatar, delegar
c. Força
128.
d. Verbo
Associe corretamente as colunas:
e. Alheia
(A) conversávamos ( ) vogal temática
124.
(B) conversávamos ( ) desinência
Os elementos mórficos destacados estão cor-
retamente classificados nos parênteses, exce- número-pessoal
to em: (C) conversar ( ) desinência
a. aluna (desinência de gênero) modo-temporal
b. gasômetro (vogal de ligação) (D) conversar ( ) sufixo
c. reanimava (desinência número-pesso-
(E) conversação ( ) radical
al)
d. deslealdade (sufixo) 129.
e. agitar (vogal temática) Assinale a alternativa em que todas as pa-
lavras são formadas pelo prefixo da palavra
125. “imigrante”.
Assinale a alternativa em que o trecho em a. Importação, imersão, implantação
destaque não é um prefixo.
b. Invasão, ingresso, insatisfação
a. Desfeito
c. Ingestão, incineração, imoderação
b. Descer
d. Intubação, interpretação, incorreção
c. Desnaturado
e. Intromissão, inserção, imobilização
Assinale a alternativa que apresenta a nume- b. São verdadeiros apenas os itens I e II.
ração em sequência correta. c. É verdadeiro apenas o item I.
a. 5, 3, 1, 2, 4 d. É verdadeiro apenas o item II.
b. 4, 2, 3, 5, 1 e. São verdadeiros todos os itens.
c. 4, 3, 5, 2, 1 141.
d. 1, 4, 3, 5, 2
Assinale a alternativa em que não há perfeita
e. 1, 3, 4, 2, 5 correspondência entre a palavra e o processo
140. Fuvest-SP de formação por que ela passou:
E não há melhor resposta a. Planalto = aglutinação
que o espetáculo da vida: b. Sexta-feira = justaposição
vê-la desfiar seu fio,
c. Aids = siglonimização
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma, d. Rebu = redução
teimosamente, se fabrica, e. Antebraço = derivação por sufixação
vê-la brotar como há pouco 142.
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena Em “Alguns países da Europa adotaram o cami-
a explosão, como a ocorrida; nho da descriminalização da maconha como
mesmo quando é uma explosão forma de combate ao tráfico de drogas.”, po-
como a de há pouco, franzina; demos afirmar que as palavras em destaque
mesmo quando é a explosão são formadas, respectivamente, por:
de uma vida severina. a. derivação por prefixação e sufixação /
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. derivação regressiva
b. derivação regressiva / composição por
Observe as considerações apresentadas abaixo aglutinação
e confira se são verdadeiras ou falsas. Depois,
assinale a alternativa adequada. c. derivação por prefixação / derivação
imprópria
I. A fim de obter um efeito expressivo,
o poeta utiliza, em “a fábrica” e “se d. derivação por sufixação / composição
fabrica”, um substantivo e um verbo por aglutinação
que têm o mesmo radical. Nota-se o e. composição por justaposição / deriva-
mesmo recurso em “fio” e “desfiar”, ou ção regressiva
seja, substantivo e verbo formados a 143.
partir de um mesmo radical.
Associe as colunas levando em conta o pro-
II. A expressividade dos seis últimos ver- cesso de formação das palavras destacadas do
sos decorre, em parte, do jogo de opo- texto:
sições entre palavras. Exemplo dessa Quem entregou, na quarta-feira, as
oposição semântica se dá entre os ter- fotos de integrantes do partido ao Minis-
mos explosão e franzina ou explosão tério Público foi justamente o presidente
e pequena. A palavra “explosão” cria da ONG que estava sendo investigada por
a expectativa de potência, amplitude, assessores do Planalto.
grandiosidade; os adjetivos franzina
(1) quarta-feira ( ) Derivação por sufixação
(o mesmo que enfraquecida, débil) e
pequena contrariam essa expectativa, (2) fotos ( ) Redução
configurando a oposição semântica. (3) justamente ( ) Siglonimização
III. João Cabral de Melo Neto usa repetida- (4) ONG ( ) Composição por
mente, na segunda metade do poema, justaposição
o vocábulo mesmo com a intenção re-
tórica de reforçar o enunciado anterior. (5) Planalto ( ) Composição por
a. São verdadeiros apenas os itens I e III. aglutinação
157. Mackenzie-SP
De acordo com os conceitos e as regras propostas pelo menino, é correto afirmar que:
a. formas nominais passam a ser usadas como formas verbais e vice-versa; daí a sua esqui-
sitice.
b. “esquisita “ e “foi verbado” mostram que as formas verbais criadas obedecem ao paradig-
ma da primeira conjugação, a dos verbos terminados em “-ar”.
c. do nome “substantivo” pode ser formado o verbo “substantivar” e do nome “adjetivo”, o
verbo "adjetivizar”.
d. o processo de formação de palavras citado é o derivação parassintética, que corresponde
ao acréscimo simultâneo de prefixos e sufixos aos nomes.
e. “Verbar esquisita o idioma” é uma frase com predicado nominal, cujo núcleo é um adje-
tivo.
Capítulo 05
Texto para as questões de 161 a 169 165.
Casamento Separe em duas colunas as formas verbais ex-
traídas do texto, conforme se trate de formas
Adélia Prado rizotônicas ou arrizotônicas: dizem, quiser,
Há mulheres que dizem: pescar, pesque, limpe, levanto, ajudo, prateou,
Meu marido, se quiser pescar, atravessa, dormir, espocam.
3 [pesque, 166.
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me Retire da segunda metade do texto um exem-
6 [levanto, plo de locução verbal.
ajudo a escamar, abrir, retalhar e 167.
[salgar.
9 É tão bom, só a gente sozinhos na Retire do texto o único exemplo existente de
[cozinha, verbo anômalo.
de vez em quando os cotovelos se 168.
12 [esbarram, Retire do texto os únicos dois exemplos exis-
ele fala coisas como "este foi difícil" tentes de verbo que tem “i” como vogal temá-
"prateou no ar dando rabanadas" tica no infinitivo.
15 e faz o gesto com a mão.
169.
O silêncio de quando nos vimos a Reescreva o poema de Adélia Prado, começan-
[primeira vez do por “Havia mulheres que diziam:”
18 atravessa a cozinha como um rio
170.
[profundo.
Por fim, os peixes na travessa, Associe as colunas levando em conta o modo
21 vamos dormir. em que estão os verbos em destaque e depois
Coisas prateadas espocam: assinale a alternativa que traz a sequência cor-
somos noivo e noiva. reta.
Disponível em: <http://www.releituras.com>.
( ) Não creia em tudo
(1) Indicativo
161. o que lhe dizem!
Retire do texto de Adélia Prado as 12 formas ( ) Levantar-me-ia
verbais no presente do indicativo. bem cedo se necessário (2) Subjuntivo
162. fosse.
IBRAPEM - PREPARAÇÃO
170 É A MISSÃO Português
168
175. 180.
Numere uma coluna pela outra, associando Reescreva o período, colocando o verbo na
teoria e exemplos. primeira pessoa do plural, sem alterar-lhe
tempo e modo.
Coluna 1
“Senhor Presidente, venho hoje à sua presen-
1. O presente do indicativo expressa ação
ça pedir que me desculpe.”
concomitante com o momento da fala.
2. O pretérito perfeito do indicativo ex- 181. FAURGS-RS
pressa ação já concluída no passado em O futuro do pretérito foi usado para exprimir
relação ao momento da fala. um ato futuro dependente de condição em:
3. O pretérito imperfeito do indicativo ex- a. Prometeu que não repetiria aquilo.
pressa ação concomitante a outra no b. Ele não estaria sendo enganado?
passado. c. Quando muito, teria seus trinta anos.
4. O pretérito mais que perfeito do indica- d. Sua caneta teria pertencido ao presi-
tivo expressa ação anterior a outra no dente.
passado. e. Perderia menos tempo cuidando de
Coluna 2 sua vida.
( ) Quando Alice chegou, ele já dera sua 182. PUC-PR
resposta. Assinale a alternativa em que a forma verbal co-
( ) Estive na casa ontem bem cedo. locada entre parênteses não preenche correta-
( ) O país vive hoje uma crise sem prece- mente as lacunas.
dentes. a. Quando nós o ___________, dar-lhe-
( ) Ele falava de você quando nós chega- -emos o recado. (virmos)
mos b. Em pouco tempo, meu pai___________
tudo o que tinha perdido. (reouve)
Nas duas próximas questões, reescreva os c. Não sei como eles ___________ os pro-
períodos substituindo a forma composta do blemas ecológicos. (vêm)
verbo por uma forma simples de mesmo valor d. Se o guarda tivesse visto, com certeza
semântico. teria _________ a tempo. (intervindo)
176. e. Meus amigos, nós ___________ trazer-
lhes uma ótima notícia. (vimos)
Quando os paramédicos chegaram, ele já ti-
nha tomado as providências cabíveis. 183.
177. Observe atentamente as frases que seguem.
Identifique o tempo e o modo em que estão
Abandonei o recinto porque o juiz havia dito os verbos e identifique a diferença de sentido
que a sessão seria suspensa. entre eles.
a. Levanto-me todos os dias às seis horas
Nas duas próximas questões, preencha as la- da manhã.
cunas com o verbo sugerido no presente do b. Levantava-me todos os dias às seis ho-
indicativo. ras da manhã.
178. 184. USF-SP
Esse perfume _________________ na roupa As aves que _______ aqui beber água são tão
da gente e não sai mais. (impregnar) mansas que não _______ defesa à ação de
predadores.
179. a. vêem – têm d. veem – tem
Em situações como essa, eu sempre b. vêm – tem e. vêm – têm
_______________ por ficar calado. (optar)
c. vem – têm
c. passadas, mas que têm validade per- c. haja – prevê-se – ocorrerão – se prepa-
manente. rou
d. que vão se realizar num futuro bem d. concorram – preveem-se – haja – se
próximo. preparou
e. passadas que negam o aspecto durati- e. se tratem – prevê-se – ocorram – se
vo do verbo. preparou
197. UEL-PR 199. UFC-CE
Assinale a letra correspondente à alternativa Assinale a opção que contém frase imperativa.
que preenche corretamente as lacunas da fra- a. Persegue o gado a ousada Luzia.
se apresentada.
b. Atalha a rapariga o gado de uma só vez.
Assim como as pupilas não______tudo o c. Não tem vergonha de seu ofício Luzia.
que______, minhas memórias______apenas
do que pude amar. d. Não deixe o gado ganhar a caatinga,
Luzia.
a. retêm – vêm – alimentar-se-ão
e. Posso deixar o gado passar, pai.
b. retêm – vêem – alimentar-se-ão
200. UEL-PR
c. retêm – vêm – alimentarão-se
d. retém – vêem – alimentarão-se O professor só ______________ a matéria se
os alunos ______________ atentos.
e. retêm – veem – alimentar-se-ão
a. explica – permanecerão
198. ITA-SP
b. explicou – permaneceram
Embora _____ muitos candidatos, _______ c. explicara – permaneciam
que _____ poucas aprovações, visto que ape-
nas 1% deles ______ adequadamente. d. explicaria – permanecessem
a. haja – prevêem-se – deva haver – pre- e. explicará – teriam permanecido
param-se
b. sejam – prevê-se – hajam – prepararam-se
Nos exercícios de 201 a 205, a partir de formas primitivas, conjugue os verbos nos tempos pedi-
dos.
201.
Optar
202.
Perder
203.
Sumir
204.
Demolir
205.
Reaver
224. FAAP-SP a. Sai daí! Você não deve ficar nessa parte
Cale-se ou expulso a senhora da sala. do circo, que é muito perigosa. Chegue
Assinale a alternativa em que se conjuga erra- mais perto do palco. Aproxime-se sem
damente o imperativo: medo.
a. Cala-te. / Não te cales. b. Saia daí! Você não deve ficar nessa par-
te do circo, que é muito perigosa. Che-
b. Cale-se. / Não se cale. ga mais perto do palco. Aproxime-se
c. Calemo-nos. / Não nos calemos. sem medo.
d. Calai-vos. / Não vos calais. c. Sai daí! Tu não deves ficar nessa parte
e. Calem-se. / Não se calem. do circo, que é muito perigosa. Chega
mais perto do palco. Aproxima-te sem
225. FAAP-SP medo.
Veem o que lá não está. d. Sai daí! Vós não deveis ficar nessa parte
Assinale a forma errada do imperativo afirma- do circo, que é muito perigosa. Chegai
tivo. mais perto do palco. Aproximai-vos
a. Vê tu o que lá está. sem medo.
b. Veja você o que lá está. e. Sai daí! Tu não deve ficar nessa parte
c. Vejamos nós o que lá está. do circo, que é muito perigosa. Chega
mais perto do palco. Aproxime-se sem
d. Vejais vós o que lá está. medo.
e. Vejam vocês o que lá está. 228. FGV-SP
226. Fuvest-SP O tratamento utilizado no diálogo a seguir cor-
Assinale a alternativa em que a relação de responde à segunda pessoa do plural. As mar-
tempos e modos verbais não é adequada ao cas desse tratamento aparecem destacadas.
contexto. — Vosso passado vos condena. Saí daqui
a. Ainda aparecerá no Congresso alguém antes que eu vos mate.
disposto a apresentar um projeto que — Esperai, que já vos mostro. Não tenteis
fixe consequências para aqueles que amedrontar-me!...
enganem a sociedade.
Se utilizarmos o tratamento correspondente à
b. Tudo leva a crer que, nesses cruzamen- segunda pessoa do singular, obteremos, res-
tos de culturas, a situação das áreas pectivamente:
coloniais apresente um convívio de ex-
tremos. a. Seu passado o condena. Saia daqui an-
tes que eu o mate. / Espere, que já lhe
c. Não há dúvida de que, nos traumas so- mostro. Não tente amedrontar-me!...
ciais, os sujeitos da cultura popular so-
frem abalos graves. b. Teu passado te condena. Sai daqui an-
tes que eu te mate. / Espera, que já te
d. More alguém nos bairros pobres da mostro. Não tente amedrontar-me!...
periferia de uma cidade grande e verá
no que resultou essa condição do mi- c. Teu passado te condena. Sai daqui an-
grante. tes que eu te mate. / Espera, que já te
mostro. Não tentes amedrontar-me!...
e. A sua conduta será de inconformismo
e violência, até que um dia certas con- d. Seu passado lhe condena. Saia daqui
dições poderiam reconstituir sua vida antes que eu o mate. / Espere, que já te
familiar. mostro. Não tente amedrontar-me!...
227. FGV-SP e. Teu passado o condena. Saí daqui an-
tes que eu te mate. / Espera, que já te
Dentre as alternativas a seguir, aponte aquela mostro. Não tentes amedrontar-me!...
em que haja uniformidade de tratamento.
250.
Observando as formas verbais Fora, Aborrece- c. Um dos seus projetos de lei exigia que
ra-se e viera, é correto afirmar que represen- os professores e servidores das univer-
tam ações: sidades fizessem exames antidoping.
a. simultâneas, por essa razão expressas d. Na discussão do projeto, o deputado
todas no mesmo tempo e modo verbal. duvidou que o colega era o autor da
b. inconclusas em um tempo anterior ao emenda.
plano das ações narradas no pretérito e. A Câmara Municipal aprovou a lei que
imperfeito. concede descontos a multas e juros
c. simultâneas e frequentes no tempo que estão em atraso.
passado, daí a opção pelo pretérito im- 253. Mackenzie-SP
perfeito.
Assinale a alternativa que completa correta-
d. situadas em diferentes momentos, por mente as lacunas a seguir:
isso expressas em diferentes tempos
verbais. “Como __________ mais de mil desentendi-
mentos entre __________ e ele, um amigo
e. situadas num tempo anterior ao plano __________, __________ de nos reconciliar.
das ações narradas no pretérito perfeito.
a. aconteceu; eu; interveio; afim
251. ITA-SP
b. aconteceram; mim; interveio; a fim
Assinale a opção que preenche correta e res- c. aconteceu; mim; interveio; a fim
pectivamente as lacunas.
d. houveram; eu; interviu; a fim
Quando os dirigentes ________________ às
e. houve; mim; interviu; a fim
funcionárias que se ___________________
________________ das cervejinhas e que 254. Fuvest-SP
________________________ seus passatem- Considerando a necessidade de correlação
pos e diversões ___________________, mui- entre tempos e modos verbais, assinale a al-
tas delas não se ________________; pegaram ternativa em que ela foge às normas da língua
seus pertences e retiraram-se. escrita padrão.
a. proporam – abstessem – revessem – a. A redação de um documento exige que
preferidas – contiveram a pessoa conheça a fraseologia comple-
b. propuseram – abstivessem – revissem – xa e arcaizante.
preferidos – conteram b. Para alguns professores, o ensino de
c. proporam – abstenham – revejam – língua portuguesa será sempre me-
preferidas – conteram lhor, se houver o domínio das regras
d. proporem – abstenhem – revejam – de sintaxe.
preferidos – contêm c. O ensino de Português tornou-se mais
e. propuseram – abstivessem – revissem – dinâmico depois que textos de autores
preferidos – contiveram modernos foram introduzidos no currí-
culo.
252. Fuvest-SP
d. O ensino de Português já sofrera pro-
A única frase em que a correlação de tempos e fundas modificações, quando se orga-
modos não foi corretamente observada é: nizou um Simpósio Nacional para discu-
a. Segundo os Correios, se a greve termi- tir o assunto.
nar amanhã, as entregas serão norma- e. Não fora a coerção exercida pelos de-
lizadas em 13 dias. fensores do purismo linguístico, todos
b. Para que o agricultor não se limitasse teremos liberdade de expressão.
aos recursos oficiais, as fábricas tam- 255. FGV-SP
bém criaram suas próprias linhas de
crédito. Assinale a alternativa em que é incorreto o
uso do particípio regular ou irregular.
a. Não haveria mais o que discutir, pois o d. predissesse – teria intervido – se abste-
mancebo havia entregado o livro para Íris. ve – interveio
b. Aquiles sentiu um puxão nas fraldas da e. previsse – se intrometeria – titubiou –
camisa, que estavam soltas. O ajudante interferiu
do delegado aproximou-se e cochichou 258. Efoa-MG
que ele seria solto em poucos minutos. Mais de dois terços dos funcionários
c. Era verdade que a fruta parecia pas- da empresa Richesse (provir) de famí-
sada, que recendia a podre. Lozardo lias abastadas e (deter) cerca de vinte por
provocou o pároco, mas percebeu que cento das suas ações; por isso, na semana
logo todas as luzes seriam acesas. Afas- passada, (intervir) nas decisões adminis-
tou-se da fruteira. trativas.
d. A lei tinha já extinto qualquer penalida- Assinale a alternativa correta com relação à
de para aquele ato, que não mais era forma que todos os verbos dentro dos parên-
considerado ilícito. teses deverão assumir no texto acima.
e. José Américo tinha soltado o freio a. provinham – detinham – interviram
da motocicleta, para evitar acidente
maior. Mesmo assim, as consequências b. provinham – detinham – intervieram
da queda foram bastante sérias. c. provém – detém – intervieram
256. FGV-SP d. proviam – detinham – interviram
e. proviram – deteram – interviram
Em qual das alternativas não há a necessária
correlação temporal das formas verbais? 259. USF-SP
a. A festa aconteceu no mesmo edifício em Se realmente se _____ a trabalhar mais e não
que transcorrera o passamento de José se _____ diante dos obstáculos, acabaria ven-
Mateus, vinte anos antes. cendo.
b. Quando Estela descer da carruagem, po- a. dispuzesse – detesse
deria acontecer-lhe uma desgraça se o b. disposse – detivesse
cocheiro não dispuser adequadamente
o estribo. c. dispusesse – detesse
c. Tendo visto o pasto verde, o cavalo d. dispusesse – detivesse
pôs-se a correr sem que alguém pu- e. disposse – detesse
desse controlá-lo. 260. PUC-PR
d. Pelo porte, pelo garbo, todos percebe- Assinale a alternativa que preenche correta-
ram que Antônio Sé fora militar de alta mente os espaços abaixo.
patente.
• ___ agora-lhe pedir que interfira em
e. Se o policial não tivesse intervindo a tem- favor do rapaz.
po, teria ocorrido a queda do canhão.
• Se o diretor ____, conseguiríamos o
257. ITA-SP documento hoje.
Assinale a opção que completa corretamente • Se alguém ____ as crianças, podere-
as lacunas. mos trabalhar sossegados.
Se ________________ as consequências, não • Se ____ todos, poderemos fazer o tra-
______________ na discussão. Entretanto, balho.
não ______________, e _________________. • Se você____ meu irmão, avise-me.
a. previsse – teria intervindo – titubeou – a. Viemos – intervisse – entretiver – vie-
interveio rem – vir
b. prevesse – interviria – se conteve – in- b. Vimos – intervisse – entreter – vierem
terviu. – vir
c. tivesse previsto – interferiria – hesitou c. Vimos – interviesse – entretiver – vie-
– interviu rem – vir
267. 270.
Preencha com os derivados do verbo vir, como Conjugue o verbo precaver nas terceiras pes-
na primeira sequência. soas (singular e plural) no pretérito perfeito do
a. vim – advim – convim – intervir – provir indicativo e no pretérito imperfeito do subjun-
– sobrevir tivo, lembrando-se de que, nas formas rizotô-
b. veio nicas, ele é um verbo regular e não deriva do
verbo ver.
c. viemos
d. vieram 271. PUC-RS
e. vier Assinale a sequência que substitui, correta-
mente, as formas verbais dos parênteses:
f. viermos
– Se tu (ver) seu amigo em dificuldades,
g. vierem
(ajudar)-o!
h. viesse
– Ele (reaver) algumas das provas.
i. viéssemos
– Se você (saber) de alguma notícia,
j. viessem (telefonar)-me!
k. vindo – Eu leio, mas eles (ler) melhor.
268. – (Crer) no poder de tua mente.
O verbo vir tem a mesma forma para o gerún- a. ver, ajuda, reouve, souber, telefona,
dio e o particípio: vindo. Consequentemente, lêm, crê;
os verbos dele derivados mantêm essa carac-
b. veres, ajuda, reviu, saberes, telefone,
terística. Sendo assim, de cada dupla de fra-
leem, creia;
ses, preencha a 1ª com o gerúndio e a segunda
com o particípio do verbo sugerido. c. vires, ajude, reouve, saber, telefona,
1. a) Aguarde um pouco que o gerente lem, crês;
está ____________________. d. veres, ajude, reviu, souber, telefone,
b) Esse moço tem ______________ leem, creia;
_________ aqui todos os dias. (vir) e. vires, ajuda, reouve, souber, telefone,
2. a) Ele estava sempre ___________ leem, crê.
_____________ em assunto que não 272. FGV-SP
lhe dizia respeito.
Assinale a alternativa que não apresenta erro
b) Você não acha que tem de conjugação de verbo.
___________________ em demasia na
vida dos outros? (intervir) a. Em pouco mais de três meses, a lesão
do jogador poderá estar curada, se ele
3. a) Esse problema estava manter adequadamente o tratamento.
____________________ da falta de en-
trosamento da equipe. b. O moderador interviu assim que ficou a
par dos problemas técnicos.
b) Dessa falta de diálogo entre as partes
tinha ____________________ uma sé- c. Se a Patrícia previr tempo seco para o
rie de problemas (advir) litoral, haveremos de descer a serra an-
tes de o sol nascer.
269.
d. Leocádia estava terrivelmente irritada.
Sabendo que o verbo precaver é defectivo, só Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o
podendo ser conjugado nas formas arrizotôni- que ele merecia; mas se deteu, espe-
cas, conjugue-o em todas as formas existentes rando oportunidade melhor.
do presente do indicativo, do presente do sub-
juntivo, do imperativo afirmativo e do impera- e. Quando o negociador propor uma saí-
tivo negativo. da honrosa, será o momento de todos
o aplaudirmos.
Capítulo 06
281. a. Omoplata, apendicite, cal e ferrugem.
Leia o enunciado e assinale a alternativa em b. Cal, faringe, dó, alface e telefonema.
que a afirmação está correta. c. Criança, cônjuge, champanha, dó e afã.
Chega às bancas o volume seis da co- d. Cólera, agente, pianista, guaraná e vi-
leção “Grandes Músicos”. O sétimo será trina.
dedicado a Chopin, com CDs duplos.
e. Jacaré, ordenança, sofisma, análise e
a. No trecho existem dois numerais adje- nauta.
tivos e um numeral substantivo.
285. UFU-MG
b. No trecho existem três numerais adje-
tivos. Em uma destas frases, o artigo definido está
empregado erradamente. Em qual?
c. No trecho existem dois numerais subs-
tantivos e um numeral adjetivo. a. A velha Roma está sendo modernizada.
d. O trecho apresenta cinco substantivos. b. A “Paraíba” é uma bela fragata.
e. Todos os substantivos do trecho são co- c. Não reconheço agora a Lisboa de meu
muns e concretos. tempo.
d. O gato escaldado tem medo de água
282. fria.
Assinale a alternativa em que o substantivo e. O Havre é um porto de muito movi-
está flexionado em grau, indicando aumento mento.
ou diminuição.
286. Fuvest-SP
a. Hoje está bem friozinho, não acha? O diminutivo é uma maneira ao mes-
b. Ele sempre para naquele bar para to- mo tempo afetuosa e precavida de usar a
mar uma cachacinha. linguagem. Afetuosa porque geralmente o
c. Vou enganar a fome com uma barrinha usamos para designar o que é agradável,
de chocolate. aquelas coisas tão afáveis que se deixam
diminuir sem perder o sentido. E preca-
d. Passo mal nesse calorão que está fazen- vida porque também o usamos para de-
do. sarmar certas palavras que, por sua forma
e. Você também é da terrinha? original, são ameaçadoras demais.
283. Luis Fernando Veríssimo – Diminutivos.
Assinale a alternativa em que não ocorre pala- A alternativa inteiramente de acordo com a
vra substantivada. definição do autor sobre diminutivos é:
a. Não lhe saía da cabeça aquele não ines- a. O iogurtinho que vale por um bifinho.
perado. b. Ser brotinho é sorrir aos homens e rir
b. Havia medo de que tudo terminasse interminavelmente das mulheres.
bem. c. Gosto muito de te ver, Leãozinho.
c. Em São Paulo convivem vários falares d. Essa menininha é terrível.
de várias regiões do Brasil. e. Vamos bater um papinho.
d. É a sua vez: já joguei meu dois de copas 287. Vunesp
na mesa.
Assinale o caso em que não haja expressão nu-
e. Só quero saber o porquê de tudo isso. mérica de sentido indefinido.
284. a. Ele é o duodécimo colocado.
Assinale a alternativa em que todas as pala- b. Quer que veja este filme pela milésima
vras são do gênero feminino. vez?
c. “Na guerra os meus dedos disparam a. A única testemunha disse ao juiz que
mil mortes.” nada vira.
d. “A vida tem uma só entrada; a saída é b. Aquela jovem conservava ainda a mei-
por cem portas.” ga e dócil ingenuidade de criança.
288. c. A intérprete morreu mantendo-se
1. Cães vira-latas e pombos-correios eram como um ídolo indestrutível na memó-
empregados no serviço de patrulhamen- ria de seus admiradores.
to e comunicação na zona conflagrada. d. As famílias desestruturam-se quando
2. Os novos carros estavam aparelhados os cônjuges agem intempestivamente.
com eficientes pegas-ladrão e faroizi- e. A cordialidade foi nosso algoz por mui-
nhos. to tempo.
3. Pratos de saborosos pé de moleques e 292.
pães de ló enchiam as mesas.
Vintém de cobre (Freudiana)
4. A receita manda tomar duas colherezi-
nhas do remédio. Cora Coralina
O plural de todos os nomes sublinhados está cor- [...]
retamente formado: Fui menina do tempo do vintém.
a. na 1ª e na 4ª alternativa. Do timão de restos de baeta.
Fiquei sempre no tempo do
b. em nenhuma. [cinquinho.
c. na 2ª e na 3ª alternativa. No tempo dos adágios que os velhos
d. só na 2ª alternativa. sentenciavam
e. em todas. enfáticos e solenes:
“ — Quem nasce pra derréis não chega
289. Unirio-RJ [a vintém”.
Assinale o item onde não temos artigo defini- Pessimismo recalcando
do. aquele que pensava em evoluir.
a. ... revolvia-me as tripas.
“Vintém poupado, vintém ganhado.”
b. ... as juntas doídas. Estatuto econômico. Mote gravado
c. ... iluminado a cera de carnaúba. no corpo de algumas emissões.
d. ... atrasaram a marcha... “Na pataca da miséria, o diabo tem
[sempre um vintém.”
e. ... perceberiam de longe a existência
Isto se dizia, quando moça pobre se
dele...
[perdia.
290. ITA-SP “Quem compra o extraordinário
Dadas as palavras: 1. esforços, 2. portos, 3. vê-se obrigado a vender o
impostos, verificamos que o timbre da vogal [necessário.”
tônica é aberto: Doía... impressionava.
Era a Sabedoria que falava.
a. apenas na palavra 1.
b. apenas na palavra 2. [...]
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e
c. apenas na palavra 3. estórias mais. Círculo do Livro, 1991, p. 25.
d. apenas nas palavras 1 e 3. Glossário:
e. em todas as palavras.
Vintém: antiga moeda brasileira do século XIX
291.
Baeta: tecido rústico de lã ou algodão com fios
Assinale o período em que o substantivo em nas duas faces
destaque não é sobrecomum.
Cinquinho: antiga moeda portuguesa de valor
equivalente a um vintém
Derréis: dez réis ou reais (antiga moeda bra- “vale-tudo” na língua. Esse é mais um
sileira) dos muitos argumentos falaciosos que
Assinale a alternativa que contém erro. eles utilizam para desqualificar os re-
sultados das pesquisas científicas”.
a. Em “No tempo dos adágios que os
velhos sentenciavam enfáticos e so- b. Afinal, como nada na língua é por aca-
lenes...”, há um adjetivo com valor de so, então toda e qualquer manifesta-
substantivo. ção linguística do falante de uma língua
está sujeita a regras e tem sua lógica
b. Em “Vintém poupado, vintém ganha- interna justificada pela tradição.
do.”, a palavra vintém é um numeral
cardinal. c. “Mais relevante do que saber em que
classe gramatical uma palavra se en-
c. Em “Na pataca da miséria, o diabo tem quadra é saber que função essa palavra
sempre um vintém.”, há três substanti- desempenha no texto e que efeito de
vos concretos e um abstrato. sentido provoca no discurso”.
d. Em “Quem compra o extraordinário vê- d. “existem formas linguísticas que gozam
-se obrigado a vender o necessário.”, há de maior prestígio na sociedade, en-
dois adjetivos empregados com valor quanto outras – infelizmente – são alvo
de substantivos. de estigma, discriminação e até de ridi-
e. Em “Era a Sabedoria que falava.”, há um cularização.”.
substantivo abstrato. e. “Mas o linguista consciente também
293. Fuvest-SP sabe que a língua está sujeita a avalia-
Segundo a ONU, os subsídios dos ções sociais, culturais, ideológicas”.
ricos prejudicam o Terceiro Mundo de vá- 295.
rias formas: 1. mantêm baixos os preços
internacionais, desvalorizando as expor- Assinale a alternativa em que não ocorre pala-
tações dos países pobres; 2. excluem os vra substantivada.
pobres de vender para os mercados ricos; a. Nas provas mensais eles conseguiram
3. expõem os produtores pobres à concor- muitos seis e nenhum dez.
rência de produtos mais baratos em seus b. Prós e contras foram avaliados pelos
próprios países. funcionários da empresa.
Folha de S. Paulo
c. Ouviam-se durante a palestra psius de
Nesse texto, as palavras destacadas ricos e po- censura.
bres pertencem a diferentes classes de pala- d. Estudiosos, vestibulandos daquela ci-
vras, conforme o grupo sintático em que estão dadezinha do interior, conseguiram o
inseridas. que queriam.
a. Obedecendo à ordem em que apare- e. O ginasta executou um duplo fantásti-
cem no texto, identifique a classe a que co.
pertencem, em cada ocorrência em
destaque, as palavras ricos e pobres. 296. Fuvest-SP
Chamar o dicionário de pai dos bur-
b. Escreva duas frases com a palavra bra- ros é que é burrice. Reconhecer um des-
sileiro, empregando-a cada vez em conhecimento não é uma virtude? Se a
uma dessas classes. burrice costuma vir sempre acompanhada
294. UFC modificado da insolência, a inteligência não dispensa
a força da humildade.
Assinale a alternativa em que a afirmação não
se ajusta a uma visão mais atualizada dos es- a. Reescreva os dois primeiros períodos,
tudos gramaticais. substituindo os verbos “chamar” e “re-
conhecer” por substantivos que não
a. “Não acredite nos puristas que andam
sejam da mesma família desses verbos.
declarando nos meios de comunicação
Faça apenas as adaptações necessárias,
que os linguistas são defensores do
mantendo o sentido original.
303. FGV-SP
Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada não tem valor de adjetivo.
a. A malha azul estava molhada.
b. O sol desbotou o verde da bandeira.
c. Tinha os cabelos branco-amarelados.
d. As nuvens tornavam-se cinzentas.
e. O mendigo carregava um fardo amarelado.
304.
Observe a tirinha do Níquel Náusea, de Fernando Gonsales, e responda ao que se pede.
347.
Observe a tirinha da Mônica, de Maurício de Sousa, e responda ao que se pede.
PUXA, CEBOLINHA!
FICOU MUITO LEGAL MAS SÓ TÁ FALTANDO É VOCÊ LEMBRAR
ESSE PAPEL DE PAREDE UMA COISA PRA FICAR ONDE FICA A PORTA!
QUE VOCÊ COLOCOU NO PERFEITO!
SEU QUARTO!
O QUÊ?
351.
Observe a tirinha de Fernando Gonsales e assinale a alternativa em que se analisa corretamente
o pronome destacado.
354. Unicamp-SP
Leia a tira e responda em seguida às perguntas.
Dik Browne
a. A história contém no total cinco falas. Transcreva aquela que instaura o impasse do diá-
logo.
b. O dono do bar propõe-se a satisfazer qualquer desejo dos clientes. Transcreva a frase que
indica essa disponibilidade.
c. O raciocínio que leva Eddie Sortudo a responder "Ok, vou querer isso", no segundo qua-
dro, não é totalmente insensato. Por quê?
Capítulo 07
361. 364.
Observe as alternativas abaixo e assinale Levando em consideração a transitividade
aquela que não corresponde à correta classi- dos verbos a seguir, assinale a alternativa que
ficação do período. apresenta erro no uso do complemento em
a. Cala-te! (Período simples) destaque.
b. O rei da Espanha mandou que o presi- a. Quero falar-lhe uma coisa.
dente da Venezuela se calasse. (Perío- b. Nós lhe vimos ontem na sala de cine-
do composto) ma.
c. Os meninos suplicavam ao pai que se c. Elas já lhe devolveram os livros?
calasse. (Período composto) d. Nunca lhe diga nada de que não tenha
d. Manda que eu cumprirei tua ordem! certeza.
(Período simples) e. Assim que lhe apresentarmos a conta,
e. Cumpra-se a ordem! (Período simples) você vai perder o humor.
362. 365. Unifor-CE
Classifique os verbos das orações a seguir, fa- Dinheiro é a coisa mais importante
zendo a correta associação das colunas. do mundo.
Tanto a frase acima quanto a das alternativas
(VL) para verbo de a. ( ) Quem não gosta de têm a mesma estrutura sintática, exceto em:
ligação um bom papo? a. Homens ricos têm enormes apetites
(VI) para verbo b. ( ) Elas pareciam muito
sociais.
intransitivo calmas. b. Toda mulher não é um romance.
c. A vida deveria ser boa para toda gente.
(VTD) para verbo c. ( ) O assassino mandou-
transitivo direto -lhe aquela caixa. d. Esse apetite social é raríssimo.
e. Um amigo meu estava ofendido.
(VTI) para verbo d. ( ) Chegaram cedo de-
transitivo indireto mais para o lanche. 366.
(VTDI) para verbo Na oração “Chamaram às pressas todos os va-
e. ( ) Ela recebeu o em- queiros da fazenda vizinha”, o núcleo do com-
transitivo direto e
brulho assustada. plemento verbal é:
indireto
a. todos.
363. b. fazenda.
Assinale a alternativa que apresenta a classi- c. vizinha.
ficação incorreta dos verbos quanto à transi- d. vaqueiros.
tividade. e. pressas.
a. Ela corria apressada. (Verbo intransitivo) 367. Fuvest-SP
b. O cão corria atrás dele. (Verbo intran-
Assinale a alternativa que não apresenta ver-
sitivo)
bo de ligação.
c. Eles corriam desesperadamente. (Ver-
a. As pessoas ficaram desapontadas.
bo intransitivo)
b. Importante é a sabedoria.
d. Nenhum brasileiro correrá no Grande
Prêmio de Interlagos. (Verbo transitivo c. Ficamos encantados com o seu sorriso.
indireto) d. Fiquei no interior até o início das aulas.
e. O queniano correu os cem metros ra- e. A lua estava bela e vaidosa.
sos. (Verbo transitivo direto)
c. A loucura existe, meus amigos, embora c. Alguns episódios estão mexendo com
seja muito difícil de percebê-la. as emoções do público.
d. Deve haver uma saída, isto é, uma solu- d. O autor extrai alguns detalhes do per-
ção para o problema da loucura. sonagem de pessoas conhecidas.
e. Não tem havido, ultimamente, um tra- e. O público aplaudiu muito o espetáculo.
balho social voltado para os loucos. 385.
381. O seguinte período apresenta duas formas
A locução verbal que constitui voz passiva ana- verbais na voz passiva analítica: "Se fôssemos
lítica é: ouvidos, muitos aborrecimentos seriam evita-
a. Vais fazer essa operação? dos". Qual a alternativa que apresenta a pri-
meira oração na voz ativa e a segunda na voz
b. Você teria realizado tal cirurgia?
passiva sintética?
c. Realizou-se logo a intervenção.
a. ouvíssemos – evitaríamos
d. A operação foi realizada logo.
b. formos ouvidos – serão evitados
e. O rapaz operou-se às pressas.
c. nos ouvissem – evitariam
382. d. nos ouvissem – evitar-se-iam
O seguinte período apresenta uma forma ver- e. nos ouvisse – evitar-se-ia
bal na voz passiva: "as pessoas envolvidas em
casos de corrupção deveriam ser punidas de 386.
forma bastante rigorosa". Qual a alternativa Aponte o item em que há erro na escolha do
que apresenta a forma verbal ativa correspon- particípio do verbo abundante na voz ativa:
dente? a. O presidente tinha expressado sua opi-
a. deveria punir nião.
b. puniria b. Os fiéis já tinham aceso suas velas.
c. deveriam punir c. Os policiais haviam expulsado os ba-
d. devia punir derneiros.
e. puniriam d. A reunião foi suspensa à tarde.
383. e. Foi eleito por unanimidade o líder do
partido.
A oração "Da estação rodoviária, o engenheiro
podia controlar todos os empregados" está na 387. Unifei-MG
voz ativa. Assinale a voz passiva analítica cor- Transforme as frases a e b segundo o modelo:
respondente. – Foi socorrido por amigos.
a. seriam controlados – Amigos socorreram-no.
b. podiam ser controlados a. Foste ajudado por muitos.
c. podia ser controlado b. Fomos aconselhados por mestres.
d. controlavam-se 388. Fuvest-SP
e. controlaria Quanto à concordância verbal, a frase inteira-
384. mente correta é:
a. Cada um dos participantes, ao inscre-
Assinale a oração que não tem condições de
ver-se, deverão receber as orientações
ser transposta para a voz passiva.
necessárias.
a. As novelas substituíram os folhetins do
b. Os que prometem ser justos, em geral,
passado.
não conseguem sê-lo sem que se pre-
b. O diretor reuniu para esta novela um judiquem.
elenco especial.
c. Já deu dez horas e a entrega das meda-
lhas ainda não foram feitas.
429.
ESPELHO, ESPELHO QUEM CALA
MEU... EXISTE GAROTA
CONSENTE!
MAIS BONITA QUE EU?
466.
Observe a tirinha de Laerte e responda ao que se pede.
... não me dão nunca a verdadeira fi- III. O candidato saiu do exame cansadíssi-
sionomia ... mo.
desempenham, respectivamente, a função Os predicados assinalados nas três frases são:
sintática de: a. respectivamente, verbo-nominal, no-
a. objeto direto, objeto direto e objeto minal e verbal.
indireto. b. respectivamente, nominal, verbal e
b. objeto indireto, objeto direto e objeto verbo-nominal.
indireto. c. todos nominais.
c. objeto direto, objeto indireto e objeto d. todos verbais.
direto.
e. todos verbo-nominais.
d. objeto direto, objeto indireto e objeto
indireto. 491. Cesgranrio-RJ
e. objeto indireto, objeto indireto e obje- Assinale a opção em que o pronome me tem
to direto. valor reflexivo.
a. Não fumava, e nenhum livro com força
488. UEL-PR
de me prender.
Assinale a alternativa em que a função sintáti- b. O ar frio da madrugada dava-me sono.
ca do termo em negrito está incorreta.
c. Um incidente qualquer me desviava
Faltavam algumas respostas (a) para que o deles.
trabalho fosse completo (b) e os meninos se
d. Trancava-me no quarto fugindo do
dispuseram a outras tarefas (c) mais adapta-
aperreio.
das (d) a seu nível (e).
e. Era a única coisa que me seduzia ali.
a. Objeto direto
b. Predicativo do sujeito 492.
c. Objeto indireto Em “Se descobrissem a desmoralização que
reina dentro de mim”, temos, respectivamen-
d. Adjunto adnominal te, verbos:
e. Complemento nominal a. transitivo direto e transitivo indireto.
489. b. transitivo direto e de ligação.
Aponte a alternativa em que ocorre sujeito in- c. transitivo indireto e intransitivo.
determinado. d. transitivo direto e intransitivo.
a. Na prova, havia, pelo menos, quatro e. intransitivo e intransitivo.
questões difíceis.
493. ESPM-SP
b. Revelou-se a necessidade de auxílio aos
desabrigados. Qual a alternativa que contém objeto pleonás-
c. Aconteceram, naquela casa, fenôme- tico?
nos inexplicáveis. a. Venceram aos espanhóis os atletas bra-
d. Come-se bem naquele restaurante de sileiros de vôlei.
beira de estrada. b. A ponte, levou-a o horrível vendaval de
e. Resolvemos não apoiar o candidato an- ontem à noite.
tidemocrático. c. Amar a Deus sobre todas as coisas é o
primeiro dos mandamentos da fé cris-
490. FCMSC-SP tã.
Examine as três frases a seguir. d. Este prêmio não trouxe a Norberto
I. As questões de física são difíceis. muita surpresa, pois ele já o esperava.
II. O examinador deu uma entrevista ao e. O técnico tem a mais absoluta confian-
repórter do jornal. ça em seus jogadores.
o mesmo olhar de sempre, que indicava a. ”Betsy esperou a volta do homem para
o conforto e o prazer produzidos pela morrer”, na linha 1.
presença e pelos carinhos dele. Co- b. “Antes da viagem ele notara que Betsy
meçou a tremer e ele a abraçou com mostrava um apetite incomum”, nas
30 mais força. Sentindo que os membros linhas 3 e 4.
dela estavam frios, o homem arranjou
para Betsy uma posição confortável na c. “O único problema de Betsy até então
cama. Então ela estendeu o corpo, pare- era a catarata numa das vistas”, linha
cendo se espreguiçar, e virou a cabeça 8.
35 para trás, num gesto cheio de langor. d. “Os especialistas consultados disseram
Depois esticou o corpo ainda mais e que não havia nada a fazer”, linha 8.
suspirou, uma exalação forte. O ho- e. “Antes de abri-la e sair, enxugou os
mem pensou que Betsy havia morrido. olhos”, linhas 68 e 69.
Mas alguns segundos depois ela emitiu
511.
40 novo suspiro. Horrorizado com sua me-
ticulosa atenção o homem contou, um a Assinale a única alternativa em que há erro na
um, todos os suspiros de Betsy. Com o classificação do termo sublinhado.
intervalo de alguns segundos ela exalou a. “Mas alguns segundos depois ela emi-
nove suspiros iguais, a língua para fora, tiu novo suspiro.” (objeto direto)
45 pendendo do lado da boca. Logo ela b. “Horrorizado com sua meticulosa aten-
passou a golpear a barriga com os dois ção, o homem contou, um a um, todos
pés juntos, como fazia ocasionalmen- os suspiros de Betsy.” (predicativo do
te, apenas com mais violência. Em se- objeto)
guida, ficou imóvel. O homem passou
50 a mão de leve no corpo de Betsy. Ela c. “De manhã, ele a deixou na cama e foi
se espreguiçou e alongou os membros até a cozinha e preparou um café puro.”
pela última vez. Estava morta. Agora, o (objeto direto)
homem sabia, ela estava morta. d. “A casa nunca estivera tão vazia e tris-
A noite inteira o homem passou te.” (predicativo do sujeito)
55 acordado ao lado de Betsy, afagando-a e. “A noite inteira o homem passou acor-
de leve, em silêncio, sem saber o que dado ao lado de Betsy.” (predicativo do
dizer. Eles haviam vivido juntos dezoi- sujeito)
to anos.
512.
De manhã, ele a deixou na cama
60 e foi até a cozinha e preparou um café Assinale a única alternativa incorreta.
puro. Foi tomar o café na sala. A casa Em: “Felizmente o homem não jogara fora a
nunca estivera tão vazia e triste. caixa de papelão do liquidificador. Voltou para
Felizmente o homem não jogara o quarto. Cuidadosamente, colocou o corpo
fora a caixa de papelão do liquidifica- de Betsy dentro da caixa. Com a caixa debai-
65 dor. Voltou para o quarto. Cuidadosa- xo do braço caminhou para a porta. Antes de
mente, colocou o corpo de Betsy dentro abri-la e sair, enxugou os olhos. Não queria
da caixa. Com a caixa debaixo do braço que o vissem assim.” , os termos destacados
caminhou para a porta. Antes de abri- exercem a função de:
la e sair, enxugou os olhos. Não queria
70 que o vissem assim. a. objeto direto em um caso, objeto dire-
to preposicionado em dois casos e ad-
Rubem Fonseca: "Histórias de amor" (contos), – São
Paulo: Companhia das Letras, 1997. Disponível em: juntos adverbiais nos demais casos.
<http://www.releituras.com/i_natalia_rfonseca.asp>. b. objeto indireto em um caso, objeto
direto preposicionado em dois casos
510.
e adjuntos adverbiais nos demais ca-
Assinale a única alternativa em que o termo sos.
destacado não exerce a função sintática de ob- c. adjuntos adverbiais em todos os casos.
jeto direto.
533.
Destaque e classifique o predicado do 1º quadrinho em: “Meu nome é Níquel Náusea!”
534.
Qual a classificação do predicado em: “Sou um rato, e não um camundongo!”?
não sumamos, não sumais, b) Eu rapto, tu raptas, ele 267. adveio, conveio, inter-
não sumam rapta, nós raptamos, vós rap- veio, proveio, sobreveio, advie-
204. Pres. do indic.– —, demo- tais, eles raptam. mos, conviemos, interviemos
les, demole, demolimos, de- 231. B 240. C etc.
molis, demolem; Imp. af.– de- 232. B 241. B 268. vindo/vindo; intervindo/
mole, demoli; Pres. subj.– não intervindo; advindo/advindo
há; Imp. neg.– não há 233. D 242. E
269. Pres. ind.– precavemos,
205. Pres. do indic.– —, —, —, 234. A 243. C precaveis; Imp. af.– precavei;
reavemos, reaveis, —; Imp. 235. D 244. B Pres. subj.– não há; Imp. neg.–
af.– Reavei; Pres. subj.– não há; 236. B 245. D não há
Imp. neg.– não há 270. precaveu, precaveram; pre-
237. E 246. A
206. E 208. A 210. A cavesse, precavessem.
238. D 247. B
207. A 209. D 271. E 276. E
239. A 248. D
211. a) ... que eu vá... b) ... pu- 272. C 277. B
desse vir... c) ... Não me venhas 249. a) dispersado/disperso;
273. D 278. A
b) extinguido/extinta; c) acei-
212. Não faça versos..., Não 274. A 279. B
tado/aceitas; d) pagado/pago;
faça poesias..., Não cante...,
e) soltado/solto 275. A 280. E
Não dramatize, não invoque,
não indague. Não perca... Não 250. E 256. B
recomponha sua... Penetre... 251. E Capítulo 06
257. A
Conviva com seus... Tenha pa- 281. A 287. A
ciência... se o provocam... Es- 252. D 258. B
pere... Chegue... contemple... 253. B 259. D 282. C 288. A
e lhe pergunte... que lhe der: 283. B 289. C
254. E 260. C
Trouxe...
255. D 284. A 290. E
213. E 215. B 285. D 291. C
214. C 216. D 261. FS, I, FS, I, I, FS, I, I, FS
286. C 292. B
262. D
217. a) Não sejais prudentes, 293. a) Em “(...) dos ricos (...)”
nunca vos previnais e não va- 263. reouve, reouve, reou-
vemos, reouveram, reouver, é substantivo. “Pobres” é ad-
des em frente. jetivo em “países pobres”. Em
b) Sede prudentes, preve- reouvermos, reouverem, reou-
vesse, reouvéssemos, reouves- “os pobres”, temos um subs-
ni-vos sempre e ide em frente. tantivo.
sem
218. A Os outros dois casos
264. compuseram, depuseram, são adjetivos.
“enviem“ concorda com “os impuseram, opuseram, repuse-
convites“. b) (várias possibilidades)
ram, supuseram, compuser, de-
puser, impuser, opuser, repuser, I. O brasileiro adora
219. D 224. D futebol. (substantivo)
supuser etc.
220 D 225. D II. O povo brasileiro é
265. conteve, deteve, entre- importante para nossa econo-
221. D 226. E teve, manteve, obteve, reteve, mia. (adjetivo)
222. D 227. C susteve, contivemos,detivemos,
entretivemos, mantivemos, ob- 294. B
223. V, F, F, V, V 228. C
tivemos, retivemos etc. 295. D
229. "novas" (adjetivo com va-
266. anteviu, entreviu, previu, 296. a) A denominação pai
lor de substantivo)
reviu, antevimos, entrevimos, dos burros para o dicionário é
230. a) Eu adapto, tu adaptas, previmos, revimos, anteviram, que é burrice.
ele adapta, nós adaptamos, entreviram, previram, reviram,
vós adaptais, eles adaptam. antevir etc.