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CAPÍTULO 01 VARIANTES LINGUÍSTICAS 4

1. Cultura, linguagem e língua 4

CAPÍTULO 02 SEMÂNTICA 9
1. Conceitos básicos 9
2. Denotação e conotação 9
3. Aspectos semânticos 9

CAPÍTULO 03 ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA 16


1. Ortografia 16
2. Noções de fonologia 20
3. Sinais diacríticos 22

CAPÍTULO 04 PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 26


1. Estrutura mórfica 26
2. Formação de palavras 30

CAPÍTULO 05 VERBO 37
1. Definição 37
2. Classificação 37
3. Flexões verbais 38

CAPÍTULO 06 OUTRAS CLASSES GRAMATICAIS 69


1. Substantivo 69
2. Artigo 72
3. Numeral 73
4. Adjetivo 77
5. Advérbio 82
6. Interjeição 85
7. Pronome 87

CAPÍTULO 07 PERÍODO SIMPLES 104


1. Frase, oração e período 104
2. Transitividade dos verbos 104
3. Vozes verbais 109
4. Sujeito 111
5. Termos associados ao nome 114
6. Termos ligados ao verbo 118
7. Tipos de predicado 121

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS 124
Capítulo 01 126
Capítulo 02 141
Capítulo 03 151
Capítulo 04 159
Capítulo 05 163
Capítulo 06
Capítulo 07 203

GABARITO 232

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3

Teoria
4

Capítulo 01 VARIANTES LINGUÍSTICAS


1. Cultura, linguagem e língua um adolescente de origem árabe, por exem-
plo. E expressa essa visão de mundo em for-
Há uma relação direta entre linguagem e cul-
mas de linguagem diversas também. Um ado-
tura, já que a língua portuguesa não pode mais
lescente de classe média, escolarizado, tem
ser vista como uma herança pronta ou apenas
uma forma de expressão bem diferente da
um instrumento, mas sim como um produ-
de um adolescente marginalizado em ruas de
to histórico-social, fruto de seus usuários, os
grandes centros. E os exemplos multiplicam-se
brasileiros. Partindo desse princípio, a base de
mais e mais, confirmando e reiterando o fato
trabalho passa a ser melhorar a capacidade de
de que linguagem e cultura estão indissocia-
expressão, sabendo, cada vez mais e melhor,
velmente ligadas, o que faz da língua o meio e
manusear esse instrumento que é a língua.
o instrumento de expressão dessa cultura di-
Tudo o que dizemos ou escrevemos, ou seja, versa, variada e rica da humanidade em geral.
todos os textos produzidos apresentam uma
finalidade. Essa finalidade é que vai interferir A. Cultura
Cultura s.f.
no modo como se fala ou se escreve. Pode-se
(…)
dizer que a forma do que se diz está vinculada 6. Antropol. Conjunto de padrões de
profundamente à função, ou seja, ao alvo que comportamento, crenças, conhecimentos,
se deseja atingir, seja com a palavra, seja com costumes etc. que distinguem um grupo social.
a frase, a expressão, o período etc., enfim, o 7. Forma ou etapa evolutiva das tra-
texto. dições e dos valores intelectuais, morais,
espirituais (de um lugar ou período espe-
Decorrente desse princípio, constata-se que cífico); civilização.
não há apenas uma língua portuguesa ou 8. Complexo de atividades, institui-
apenas uma forma de se usar a língua. Cada ções, padrões sociais ligados à criação e à
difusão das belas-artes, das ciências huma-
situação, cada lugar, cada meio, cada interlo-
nas e afins.
cutor, todos esses elementos são variáveis que Cultura alternativa
levam ao uso diferenciado da língua. Na sociedade de consumo, tendência a
A língua varia no tempo, no espaço, nas dife- assumir atitudes, linguagens, costumes etc.
que contrariam real ou supostamente (espe-
rentes classes sociais. Uma história contada cialmente do ponto de vista da produção ou do
por uma criança ou por um adulto terá uma consumo) os padrões culturais estabelecidos
apresentação linguística diferente. Um espe- (por exemplo, os hippies dos anos 1960).
cialista em economia elaborando um editorial Cultura de massa
e uma dona de casa esperando ser atendida 1. Universo de formas culturais (por
exemplo, música, literatura, cinema) se-
em uma fila de padaria comentam de forma
lecionadas, interpretadas e popularizadas
diferente um pacote econômico do governo. pela indústria cultural e pelos meios de
A forma como se expressava afetivamente um comunicação para disseminação junto ao
casal no século XII é fundamentalmente di- maior público possível; indústria cultural.
ferente da forma como se expressa hoje, em 2. pej. Conjunto de atitudes, lingua-
pleno século XXI. Além disso, em termos de gens, conhecimentos e costumes assim
induzidos, que tendem frequentemente à
regiões e de níveis de instrução percebem-se estereotipagem e à simplificação e buscam
diferenças. Um adolescente de origem sueca satisfazer indiretamente interesses de deter-
apresenta uma visão de mundo diversa da de minados grupos sociais; indústria cultural.

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Cultura erudita 4. Meio de comunicação natural pró-


Conjunto de conhecimentos acu- prio de uma espécie animal (linguagem
mulados e socialmente valorizados, que dos golfinhos).
constituem patrimônio da sociedade. 4.1. O meio de comunicação por
Cultura física meio de signos orais articulados, próprio
Aprimoramento regular do organismo da espécie humana.
mediante a prática do esporte, da ginás- 4.2. A capacidade inata da espécie
tica. humana de aprender a comunicar-se por
Cultura oficial meio de uma língua.
Conjunto de atitudes, linguagens, co- 5. O mesmo que língua.
nhecimentos, costumes etc., explícita ou 6. Emprego particular de uma língua
implicitamente difundidos e estimulados considerada do ponto de vista da relação
pelos meios de comunicação mantidos ou entre o modo de expressão e o seu conteú-
estimulados pelo Estado e suas autorida- do (linguagem ambígua).
des constituídas. 6.1. Maneira de exprimir-se própria
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa de um povo, de uma área geográfica, lingua-
jar, falar, fala, dialeto (linguagem nordestina).
Como se vê, o termo é amplo e passa a englo- 6.2. Maneira de expressar-se pró-
bar qualquer tipo de intervenção do homem pria de um grupo social, profissional ou
na natureza. Sob esse prisma, a pintura de um disciplinar (linguagem científica, lingua-
quadro, o trabalho de um tear, a construção gem jurídica).
de um prédio ou de uma casa, os avanços na 7. Inf. Conjunto de símbolos, pala-
área da medicina, da informática ou da en- vras e regras usadas na construção de sen-
genharia, tudo é cultura. A cultura resulta de tenças que expressam e processam instru-
uma criação social, e seus ensinamentos são ções para computadores.
transmitidos de geração a geração. Apenas o 8. Lóg. Sistema formal de símbolos
homem é capaz de criar e manter uma cultura estabelecidos em função de axiomas, re-
e participar dela. O fato de partir de um ponto gras e leis que estruturam um enunciado.
em que seu antepassado parou, continuando (…)
o processo de conhecimento, seja ele qual for, Linguagem artificial
permite que o homem evolua no sentido de Aquela projetada especificamente para
aperfeiçoar e aprofundar todas as informa- facilitar a comunicação em determinada
ções que recebe. O homem que investiga hoje área, como as línguas artificiais e as lingua-
o genoma humano dependeu das primeiras gens científicas (lógica, da matemática etc.).
investigações da área, ocorridas há muitos e Linguagem corporal
muitos séculos. O fato de estar no ponto em Modo de se mover e de gesticular
que está deve-se ao processo de continuidade próprio de cada pessoa ou animal, usado
que caracteriza o percurso evolutivo da huma- para intercomunicação com outras pessoas
nidade. ou animais.
Linguagem familiar
B. Linguagem Variante linguística falada no âmbito
Linguagem s.f. doméstico, cujas palavras ou expressões
1. Ling. Qualquer meio sistemático são empregadas na literatura, no teatro
de comunicar ideias ou sentimentos atra- ou em atividades afins, quando é preciso
vés de signos convencionais, sonoros, grá- recriar com realismo a atmosfera familiar.
ficos, gestuais etc. (linguagem humana). Linguagem figurada
2. Qualquer sistema de símbolos ou Linguagem que se caracteriza pelo
objetos instituídos como signos; código emprego sistemático de figuras de pala-
(linguagem das cores). vras, especialmente das que comportam
3. Sistema secundário de sinais ou mudança de sentido, como a metáfora, a
símbolos criado a partir de uma dada lín- metonímia etc.
gua (linguagem cifrada). (…)

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Linguagem natural C. Língua


Aquela que surge e se desenvolve a
partir de uma capacidade natural de uma Língua s.f.
espécie, como as línguas humanas e as (...)
linguagens animais. 5. Ling. Sistema de representação
Linguagem simbólica constituído por palavras e por regras que
Aquela que emprega símbolos, es- as combinam em frases que os indivíduos de
pecialmente no sentido de tornar claras uma comunidade linguística usam como
e precisas as formulações (da lógica, da principal meio de comunicação e de ex-
matemática etc.). pressão, falado ou escrito.
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
5.1. O idioma nacional.
6. O sistema abstrato de signos inter-
Quando o homem cria um novo sentido para -relacionados, de natureza social e psíqui-
uma palavra, desenvolve novas maneiras ca, obrigatório para todos os membros de
uma comunidade linguística (Ferdinand
para expressar significados, traduz em texto de Saussure).
suas experiências e o mundo em que vive, e 7. Estilo de expressão particular a
usando a linguagem, está criando cultura. Por um grupo social, profissional ou cultural;
isso, pode-se dizer que a linguagem também linguagem.
é uma manifestação cultural. Sob esse prisma 7.1. Estilo de expressão caracterís-
tico de um escritor, uma escola, um movi-
de construção da cultura, diz-se que a lingua-
mento, uma época; linguagem.
gem é a faculdade humana de poder comuni- Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
car pensamentos. Para isso, os seres humanos
Língua escrita
valem-se de diferentes linguagens, com o uso 1. Representação de natureza visual
de gestos, sinais de trânsito, símbolos mate- de uma língua, mediante o emprego de um
máticos, lógicos ou químicos, palavras, cores, dos diversos sistemas de escrita existentes.
sons etc. 2. O conjunto das formas e constru-
ções que caracterizam o estilo dos textos
É por causa da linguagem que o ser humano que ocorrem por escrito (diferentemente
acumula e transmite experiências, partilha-as da língua falada, cujo vocabulário e modo
com seus semelhantes, assegurando, dessa de uso são próprios de determinada ativi-
forma, a continuidade do aprendizado, ele- dade ou de determinado grupo de pessoas
mento imprescindível à criação e à manutenção – língua dos médicos etc.).
da cultura. Língua falada
Entre os vários tipos de linguagem, destaca-se, A língua empregada na modalida-
por sua potencialidade criativa quase inco- de falada da comunicação, considerada
mensurável, a linguagem verbal – a capacidade a língua por excelência, ou seja, a língua
de o homem comunicar-se por meio de um viva. (É marcada por várias características
sistema de signos vocais: a língua. que a diferenciam da língua escrita, como
A linguagem verbal apresenta três característi- maior informalidade, mais redundância e
cas fundamentais: menos conservadorismo, com espaço para
a renovação e a criatividade.)
1. funcionamento simbólico; (…)
2. organização articulada; Língua padrão
3. produção de discursos a partir de de- A variante de uma língua que é pres-
terminados conteúdos. tigiada pela comunidade falante e que su-
prarregionalmente se torna o meio unifi-
A linguagem verbal, com sua multiplicidade cado de comunicação, usada na mídia, no
de funções, permite uma participação social ensino etc.
interativa, num contexto sociocultural que via-
biliza essa troca e que concretiza a linguagem Estabelecendo a ponte entre linguagem e cul-
com o elemento formador de uma comunidade. tura, a linguagem verbal realiza-se sob a forma

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de determinada língua. O fato de o ser huma- ou situação, à idade, à escolaridade, ao grupo


no dispor de inúmeras possibilidades para efe- social de que se faz parte, à profissão que se
tivar o processo da comunicação leva ao fato exerce. Observe os exemplos.
de que cada língua corresponde à expressão A – Vou dar um rolê. (jovem)
de uma escolha entre essas possibilidades, Vou dar uma volta. (adulto)
apresentando variações significativas em fun-
B – Parar no farol ou semáforo (em São Paulo)
ção dos valores sociais, regionais, da idade, da
Parar no sinaleiro (no Rio de Janeiro)
situação de comunicação etc.
C – A gente precisa se ver mais vezes. (in-
Pode-se afirmar, portanto, que a língua, da formal, para um amigo)
mesma forma que as concepções religiosas, a Espero vê-lo em breve. (formal, para
culinária, as vestimentas, é um fato de cultura, pessoa de quem não se é íntimo)
integra-se na cultura. Funcionando na socie- D – Ficar na fila do trem. (no Brasil)
dade como elemento disponível para a comu- Pegar a bicha para o comboio. (em Por-
nicação de seus integrantes, a língua depende tugal)
da cultura e, ao mesmo tempo, tem a tarefa E – O paciente foi a óbito. (médico)
primeira de expressar todas as outras manifes- O doente morreu. (leigo)
tações culturais. F – O ladrão fugiu. (nas ruas)
… a língua é uma parte da cultura, O elemento se evadiu do local do crime.
mas uma parte que se destaca do todo e (nas delegacias)
com ele se conjuga dicotomicamente. (…) O poeta Oswald de Andrade deixou-nos um
a língua só existe justamente para esse registro da fala dos trabalhadores braçais da
fim; não tem finalidade em si mesma. A cidade de São Paulo do seu tempo, no breve
sua função é expressar a cultura para per- poema “Vício na fala”.
mitir a comunicação social. (…) as aqui- Para dizerem milho, dizem mio
sições culturais são ensinadas e transmiti- Para melhor, dizem mió
das em grande parte pela língua. Para pior, pió
Mattoso Câmara Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
As variantes linguísticas, manifestadas prin- E vão fazendo telhados.
cipalmente, mas não apenas, na linguagem Observe a tirinha a seguir, de autoria de Mau-
falada, denunciam preferências associadas à rício de Souza, retirada de uma questão do
nacionalidade, aos regionalismos, à ocasião ENEM de 2009.

SOUZA, Maurício de. [Chico Bento]. O Globo, Rio de Janeiro, Segundo Caderno, 19 dez. 2008, p. 7.

Os personagens Chico Bento e Zé Lelé podem ser considerados típicos habitantes da zona rural,
comumente chamados de “caipiras”. Essa tipicidade é confirmada não só pela indumentária – pé
descalço, calça xadrez desfeita na barra, chapéu de palha –, mas também por traços da fala de
Chico Bento – Num fica aí parado! Faiz arguma coisa! – que tem num em lugar de não, faiz em
lugar de faz e arguma em lugar de alguma.

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Fuvest-SP 03. Encceja
Leia atentamente o texto a seguir. Leia:
Essa vida por aqui 12 de outubro
é coisa familiar; 12 de outubro de 2001
mas diga-me retirante, Dia das Criança
sabe benditos rezar? Várias festa espalhada na periferia
sabe cantar excelências, No Parque Santo Antônio hoje teve
defuntos encomendar? [uma festa
sabe tirar ladainhas, Foi bancada pela irmandade, uma
sabe mortos enterrar? [organização
NETO, João Cabral de Melo. Morte e vida severina. Tavam confeccionando roupa lá no
Nesse contexto, o verso "defuntos encomendar" [Parque Santo
significa: Antônio lá
a. ordenar a morte de alguém. Lutando
b. lavar e vestir o defunto. Remando contra a maré
c. matar alguém. Mas tá lá tá firme
d. preparar a urna funerária. Tinha umas 300 pessoa
e. orar pelo defunto.
Resolução No, na festa das criança
(...)
As excelências e as ladainhas, muito comuns na cul- E o moleque era mó revolta, vai vendo
tura nordestina, são cânticos religiosos entoados Moleque revolta
no momento da encomendação (espécie de veló- E ele tava friozão
rio) do morto, em que se ora pela alma do defunto. Jogando bola lá, tal
Resposta Como se nada tivesse acontecido
E Ali marcou pra ele
02. Fuvest-SP Talvez ele tenha se transformando
Leia atentamente a frase a seguir. [numa outra pessoa
“Você pode dar um rolê de bike, la- aquele dia.
pidar o estilo a bordo de um skate, curtir Vai vendo o barato
o sol tropical, levar sua gata para surfar.” Dia das criança
Racionais MC´S
Considerando-se a variedade linguística que
se pretendeu reproduzir nessa frase, é correto O rap é um gênero de música popular em que
afirmar que a expressão proveniente da varie- os versos são declamados rapidamente. A lin-
dade diversa é: guagem segue o padrão falado predominante-
a. "dar um rolê de bike". mente pelos jovens de periferias urbanas. Na
b. "lapidar o estilo". composição dos Racionais, os termos destaca-
c. "a bordo de um skate". dos indicam uma tendência dessa variedade
d. "curtir o sol tropical". linguística, que é:
e. "levar sua gata para surfar". a. marcar uma só palavra para indicar o
Resolução plural.
Essa é a única alternativa em que se utilizou a va- b. conjugar o verbo na segunda pessoa.
riante padrão da língua. Nas demais, encontra- c. transformar a pronúncia "lh" em "i".
mos exemplos de variante popular característica d. usar palavras em sentidos figurados.
de grupos mais jovens de determinado segmen-
to socioeconômico da população paulistana. e. fazer comparações.
Resposta Resposta
B A

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CAPÍTULO 02 SEMÂNTICA
1. Conceitos básicos 3.1. Os homônimos mantêm identidade gráfica
Semântica é o estudo do significado das uni- e/ou fônica e podem ser:
dades linguísticas, dos vocábulos, quanto às • homógrafos (mesma grafia): Eu apenas jogo
transformações que sofreram ao longo do o jogo.
tempo – semântica diacrônica – ou quanto a • homófonos (mesmo som): Todo dia eu passo
seu estágio atual de significação – semântica pelo paço municipal.
sincrônica. • homônimos perfeitos (homógrafos homófo-
A língua é um organismo vivo, em constante nos): Se você chegar cedo, eu lhe cedo meu
lugar.
mutação, e os vocábulos, além de guardarem
seu significado etimológico, de origem, adqui- 3.2. Os sinônimos mantêm identidade semân-
rem, pelo uso que se faz deles, significações tica total ou quase total. É consensual que a
sinonímia perfeita é ocorrência bastante rara:
variadas. apto/capaz – ébrio/bêbado – sofrer/padecer
– axila/sovaco.
2. Denotação e conotação 3.3. Os antônimos mantêm entre si relação
Com efeito, ao ler “Estávamos no coração da de oposição semântica: lembrar/esquecer –
floresta amazônica”, não seremos remetidos cedo/tarde – anão/gigante – contente/des-
ao significado primeiro da palavra coração – contente – feliz/infeliz – explícito/implícito
“órgão muscular dos vertebrados”, segundo o – progressão/regressão.
Dicionário Houaiss. 3.4. Os parônimos guardam entre si alguma
Da mesma forma, quem diz que “o passeio foi semelhança gráfica e fônica, mas têm signifi-
legal ” não está lembrando que legal é, ori- cados diferentes:
ginariamente, “o que está em conformidade ratificar (confirmar) / retificar (corrigir) – imi-
com a lei”. nente (para acontecer) / eminente (ilustre)
A esse significado primeiro a que a palavra 3.5. Chamamos polissemia ao fato de um
descontextualizada remete dá-se o nome de mesmo vocábulo ter mais de uma significação.
sentido denotativo.
Exemplo expressivo é o vocábulo linha.
O sentido conotativo de um vocábulo é o que
ele adquire ao se lhe agregarem, pelo con- linha de costura – linha de pescar – linha de
texto, valores significativos para além de sua transmissão – linha de chegada – linha de ôni-
acepção primeira. bus – linha de produtos – as linhas inimigas
– linha de pensamento – linhas da mão etc.
3. Aspectos semânticos Importante: polissemia e homonímia estão
em oposição. Homônimos perfeitos são dois
Ao observarmos os vocábulos, notaremos vocábulos diferentes, de origem e etimologia
que, entre dois ou mais deles, por vezes, é distintas. É o caso de cedo. Embora coinciden-
estabelecida ou alguma forma de identidade tes no som e na grafia, o advérbio tem uma
ou uma relação de oposição semântica ou de raiz latina (cito) e o verbo tem outra (cedere).
Já a palavra linha, apesar das variadas acep-
semelhança gráfica e fônica.
ções, tem uma única raiz latina (linea).

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3.6. Alguns substantivos notáveis

feminino: parte do corpo; pessoa inteligente; extremidade dilatada


cabeça
masculino: líder, chefe, dirigente

feminino: sede do Poder Executivo de país ou região administrativa


capital
masculino: patrimônio, bens

feminino: relva
grama
masculino: unidade de massa

feminino: planície com vegetação herbácea


estepe
masculino: pneu sobressalente

feminino: honestidade, bons costumes, ética


moral
masculino: ânimo, brio, autoestima

feminino: fonte, nascedouro


nascente
masculino: lado onde "nasce" o Sol

feminino: estação retransmissora


rádio
masculino: elemento químico; aparelho radiofônico; osso do antebraço

3.7. Alguns homônimos e parônimos

ante-histórico – anterior aos tempos


absolver – perdoar históricos
absorver – aspirar anti-histórico – contrário aos fatos
acedente – que acede históricos
acidente – acontecimento casual aparte – interrupção
ascendente – que ascende à parte – locução adverbial
incidente – desentendimento
apóstrofe – figura de linguagem
acento – inflexão da voz, sinal gráfico apóstrofo – sinal gráfico
assento – lugar onde se senta
aprender – obter conhecimento
acerto – ajuste apreender – assimilar
asserto – afirmação
apreçar – avaliar
acessório ou accessório – não essencial apressar – acelerar
assessório – relativo a assessor
caçar – perseguir para matar ou capturar
acético – relativo ao vinagre cassar – suspender direito
ascético – místico
cavaleiro – que cavalga
asséptico – isento de germes
cavalheiro – homem cortês

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cela – aposento de religiosos; quarto de deferir – atender


presos diferir – retardar, discordar
sela – arreio
degradado – rebaixado, danificado
censo – recenseamento degredado – exilado
senso – juízo claro
delação – denúncia
céptico – incrédulo dilação – adiamento, prazo
séptico – que provoca infecção
delatar – denunciar
cerração – nevoeiro dilatar – estender, retardar
serração – ato de serrar
descrição – ato de descrever; exposição
cerrar – fechar, unir discrição – qualidade de quem é discreto
serrar – cortar com serra
descriminar – tirar a culpa
cessão – ato de ceder, de doar discriminar – discernir
seção – departamento
sessão – reunião descritivo – em que há descrição
discritivo – próprio para discernir
cheque – ordem de pagamento
xeque – lance no jogo de xadrez despensa – cômodo onde se guardam
alimentos
cidra – fruto da cidreira dispensa – ato de dispensar
sidra – vinho de maçãs
despercebido – não percebido
cilício (adj. e subst.) – cinto para desapercebido – desprevenido,
penitência despreparado
silício – metaloide
dessabor – falta de sabor
comprimento – extensão dissabor – desgosto
cumprimento – saudação; ato de cumprir
comprido – de longo comprimento (adj. dessecar – secar completamente
e subst.) dissecar – cortar, dividir em partes
cumprido – levado a efeito; realizado
(adj. e verbo) destratar – insultar
distratar – desfazer contrato
concelho – circunscrição administrativa,
em Portugal devagar – sem pressa
conselho – opinião, parecer, juízo divagar – vaguear, sair do assunto
concertar – ajustar emigrante – quem sai
consertar – reparar, emendar imigrante – quem entra
concerto – sessão musical; harmonia
conserto – reparo, retificação emigrar – sair
imigrar – entrar
conjectura – hipótese
conjuntura – situação eminência – altura, excelência
iminência – o que está iminente
coser – costurar
cozer – cozinhar
eminente – alto, excelente
costear – navegar junto à costa iminente – próximo
custear – arcar com as despesas
espectador – que assiste
deferente – que defere expectador – que espera
diferente – que difere

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esperto – sagaz, ativo intercessão – ato de interceder


experto – perito, experimentado intersecção – ato de cortar; corte

espiar – olhar mandado – ordem judicial


expiar – sofrer pena mandato – gestão, procuração
espirar – soprar óptico – relativo à visão
expirar – expelir o ar; morrer ótico – relativo ao ouvido
estada – permanência em algum lugar
paço – palácio
estadia – permanência por tempo
passo – passada
limitado

estasiado – ressequido peão – quem anda a pé; peça de xadrez;


extasiado – arrebatado vaqueiro
pião – brinquedo de crianças
estático – parado
extático – em êxtase ratificar – confirmar
retificar – corrigir
estrato – tipo de nuvem; camada
extrato – coisa tirada de outra; resumo recrear – divertir
recriar – criar novamente
estrear – usar pela primeira vez
estriar – fazer estrias, sulcos refogar – ferver em gordura
refugar – rejeitar
fatorar – decompor
faturar – tirar fatura reincidir – recair
rescindir – anular
fineza – delicadeza
russo – da Rússia
finesa – mulher habitante da Finlândia
ruço – pardacento
flagrante – evidente serrado – cortado com serra
fragrante – perfumado cerrado – fechado, unido, apertado
fluir – correr servo – criado
fruir – desfrutar cervo – veado
fúsil – que pode ser fundido
fuzil – certo tipo de carabina soar – produzir som
fusível – aquilo que funde; dispositivo suar – transpirar
eletrônico

imergir – mergulhar sortir – abastecer


emergir – erguer-se acima da água surtir – resultar

imersão – ato de mergulhar sustar – suspender


emersão – ato de emergir suster – sustentar
incerto – o que não é certo
inserto – particípio de inserir; introduzido tacha – prego, brocha, defeito, mancha
taxa – imposto
incipiente – principiante
insipiente – ignorante tachar – censurar
taxar – regular a taxa, lançar o imposto
inflação – alta dos preços
infração – violação
tráfego – trânsito
infringir – violar tráfico – comércio ilegal
infligir – aplicar pena

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3.8. Homônimos e parônimos notáveis

MORFOSSEMÂNTICA EXEMPLOS

a fim Fizemos de tudo a fim de (para) você


a fim de (loc. prepositiva; para)
saber.

Fizemos de tudo a fim de que (para


a fim de que (loc. conjuntiva; para que)
que) você soubesse.

adjetivo (= semelhante, similar,


afim Tinha uma opinião afim a respeito dela.
parecido)

à toa adjetivo (= inútil, desprezível) Não se tratava de uma cantorazinha à toa.

à toa loc.adv.modo (= inutilmente, a esmo) Corríamos à toa pelas avenidas.

acerca de loc. prepositiva (a respeito de, sobre) Polemizamos acerca da conjuntura.

A cerca de madeira rompeu com o


a cerca de substantivo + adjuntos adnominais
estouro.

há cerca de haver: fazer (tempo decorrido) Saíram há cerca de quatro horas.

Minha opinião vai ao encontro da sua.


ao encontro de loc. prepositiva (= a favor de) (= minha opinião é afim, semelhante ou
convergente).

Minha opinião vai de encontro à sua. (=


de encontro a loc. prepositiva (= contra)
minha opinião é contrária à sua).

ao invés de
loc. prepositiva (= ao contrário de) Ao invés de subir, desceu.

em vez de loc. prepositiva (= no lugar de) Em vez de estudar, escreveu uma carta.

advérbio de intensidade Esta cidade é grande demais.


demais
pronome indefinido (= outros) Os demais alunos podem ficar.

de mais loc. prepositiva ( ≠ de menos) Não fiz nada de mais.

verbo haver (auxiliar) Ele há de se arrepender.

Sempre há (= existem) possibilidades


há verbo haver (= existir)
de sucesso.

verbo haver (= fazer) Chegamos há (= faz) duas horas.

artigo Agora é a minha vez.

substantivo Não diga um a.

pronome ablíquo átono (= ela) Você sempre a encontra aqui.


a
Não é a (= aquela) que você
pronome demonstrativo (= aquela)
cumprimentou?

preposição Já custou demais a todos.

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MORFOSSEMÂNTICA EXEMPLOS

contração (preposição + art.def.) Aludimos à candidata que chegou.

à contração (preposição + pron.dem.) Aludimos à (= àquela) que chegou.

contração (preposição + pron. relativo) A candidata à qual aludimos chegou.

ah! interjeição Ah! Que bom que você veio!

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
ENEM b. Há homônimos perfeitos apenas nos
Observe o anúncio publicitário abaixo, publi- itens I, II e III.
cado na revista Le Lis Blanc e responda às duas c. Há homônimos perfeitos apenas nos
próximas questões. itens II, III, IV.
d. Há homônimos perfeitos apenas nos
itens I, II e IV.
saia de saia e. Há homônimos perfeitos em todos os
itens.
Sim, elas estão com tudo: com flores Resolução
imensas ou bem miúdas, lisas, com III. “passo” e “paço” apresentam grafia e sig-
pregas, rodadas e muito balanço. nificados diferentes;
V. “descriminação” e “discriminação” apre-
sentam grafia e significados diferentes.
01. Resposta
No anúncio publicitário acima, ocorreu um D
caso de homonímia perfeita, ou seja, palavras 02.
de mesma grafia, mesma pronúncia e sentidos
Tendo como referência o anúncio publicitário
diferentes.
anterior, marque (V) – verdadeiro – ou (F) –
Assinale, dentre os itens seguintes, aqueles falso – para as afirmativas abaixo.
que possuem a mesma caracterização semân- I. A preposição com, utilizada no texto
tica e depois marque a alternativa adequada. publicitário, orienta para uma relação
I. A dança de acasalamento do animal semântica de conteúdo, sendo que a
lembra a maneira como o jovem dança expressão estão com tudo pode ser
neste momento. substituída por possuem sem prejuízo
II. A taxa cobrada pelo serviço taxa ape- para a coerência e a correção gramati-
nas as pessoas de baixa renda. cal do texto.
III. O primeiro passo é dirigir-se ao paço II. No texto, o termo rodadas foi mal em-
municipal para receber as orientações. pregado, uma vez que não mantém o
paralelismo da enumeração introduzi-
IV. Os devotos de São Tomás de Aquino da pelos dois-pontos, não admitindo
são extremamente fervorosos. a preposição com na ligação com seu
V. Na Capital Federal, a descriminação do termo regente.
senador gerou manifestações contra a III. No texto, os termos imensas e miú-
discriminação das pessoas. das são considerados antônimos, já
a. Há homônimos perfeitos apenas nos que expressam características opostas,
itens I e II.

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em que um pode ser empregado pelo Considerando a polissemia do verbo dar, as-
oposto do outro. sinale a alternativa em que este verbo foi em-
Assinale a alternativa correta. pregado com a mesma significação da frase
apresentada.
a. Apenas a proposição I é verdadeira.
a. Ele deu três exemplos discutíveis.
b. Apenas a proposição III é verdadeira.
b. Quem dá aos pobres empresta a Deus.
c. Apenas as proposições II e III são ver-
dadeiras. c. Deram com a cara na porta.
d. Apenas as proposições I e III são verda- d. Não dá para comparar uma coisa com
deiras. outra.
e. Todas as proposições são verdadeiras. e. Dá pena o estado em que se encontra a
educação no país.
Resolução
Resolução
A expressão “estão com tudo” não equivale
semanticamente a “possuem”. O trecho "Não dá para" apresenta como signi-
ficado não ser possível tanto no slogan quanto
Resposta na frase da alternativa D.
C Resposta
03. D
O jornal Folha de S. Paulo utilizou em certa
época o seguinte slogan: “Folha, não dá pra
não ler”.

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CAPÍTULO 03 ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1. Ortografia VII. Em todos os verbos da primeira conju-


gação no presente do modo subjuntivo
A ortografia é o domínio da gramática que se
(exceto estar):
ocupa da escrita dos vocábulos. O sistema or-
tográfico vigente no Brasil fundamenta-se no estude, estudemos; viaje, viajemos;
Pequeno Vocabulário Ortográfico da Língua medeie, mediemos (exceto: esteja, es-
Portuguesa (PVOLP), concebido pela Acade- tejamos).
mia Brasileira de Letras em 1943, atualizado
(incorporação do Novo Acordo Ortográfico) B. Usa-se i, não e
com a publicação do Vocabulário Ortográfi- I. Nos verbos em -uir, -air, -oer, na ter-
co da Língua Portuguesa (VOLP) em 2009, da ceira pessoa do singular do presente do
mesma instituição. indicativo:
A representação gráfica dos vocábulos é cons- sai, cai; dói, mói, rói; contribui, consti-
tituída de um alfabeto e de um sistema de sinais tui, distribui, constrói, destrói, possui,
diacríticos (ou notações léxicas). restitui etc.
II. No prefixo grego anti (“contra”) e de-
A. Usa-se e, não i rivados:
I. Em verbos terminados em -oar e -uar anticristo, antipatia, anticlerical, anti-
no presente do subjuntivo: -herói, antimonarquista, antirrábica,
abençoe, coe, destoe, doe, magoe, antiofídico etc.
perdoe, soe (soar) etc.; atue, atenue, III. Como vogal de ligação:
apazigue, averigue, continue, habitue, camoniano, machadiano, drummondiana,
oblique, recue etc. weberiano etc.
II. No prefixo latino ante (“anterioridade”)
e derivados: C. Usa-se o, não u
antebraço, antecâmara, anteontem, an- I. Em verbos em -oar:
te-histórico, antediluviano, antevéspera. abençoo, amaldiçoo, atraiçoo, voo,
III. Nas terceiras pessoas do plural do pre- destoo, soo (soar);
sente do indicativo: magoo, magoas, magoa, magoamos,
caem, saem, constroem, destroem etc. magoais, magoam.
IV. Nos vocábulos derivados de outros II. Em palavras derivadas que mantêm o o
com é final e o ditongo ei: da primitiva:
café, cafeeiro; Daomé, daomeano; pé, feijão, feijoada; tom, toada; som, soar,
apear etc.; passeio, passear; receio, rece- ressoar; boteco (botequim), mosquito
oso, recear; ceia, cear etc. (mosca), sortimento (sorte) etc.
V. Nos verbos terminados em -ear:
grampeio, grampeamos; bloqueio, blo-
D. Usa-se u, não o
queamos; passeio, passeamos; freio, I. Nas terminações -ua, -ula, -ulo:
freamos; ceio, ceamos; apeio-me, apea- água, íngua, cábula, cálculo, glóbulo,
mo-nos; nomeio, nomeamos; penteio, tentáculo etc.
penteamos etc. II. Para aportuguesar palavras inglesas
VI. Em alguns verbos em -iar (mediar, an- com w:
siar, remediar, incendiar, odiar): sanduíche, suéter, uísque, Uílson.
medeio, anseio, remedeio, incendeio,
odeio, intermedeio.

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E. Usa-se g, não j H. Usa-se ss, não c ou ç


I. Nas terminações -ágio, -égio, -ígio, I. Nos derivados dos verbos com -ced,
-ógio, -úgio: -gred, -prim, -tir:
adágio, ágio, estágio, egrégio, régio, re- ceder, cessão; conceder, concessão; in-
mígio, relógio, refúgio etc.
terceder, intercessão; exceder, excesso,
II. Nas terminações -agem, -igem, -ugem,
excessivo; agredir, agressão; progre-
-ege, -oge:
dir, progresso, progressão; regredir,
folhagem, viagem, vertigem, fuligem,
ferrugem, frege, sege, paragoge etc. regressão; transgredir, transgressão;
imprimir, impressão, impresso, impres-
III. Nas palavras de origem estrangeira, la-
tina ou grega: sionista; oprimir, opressão; reprimir,
álgebra, algeroz, ginete, girafa, giz (ára- repressão; admitir, admissão; discu-
bes) tir, discussão; repercutir, repercussão;
agiotagem, geleia, herege, sargento, percutir, percussão.
sege (francesas) II. Nas correlações rs-ss, x-ss, ps-ss:
ágio, adágio, doge, gelosia (italianas) persona, pessoa; adverso, avesso, tra-
agir, falange, frigir, gesto, tigela (gregas vesso; revesso, travessa; laxo, lasso;
e latinas) gípseo, gesso.

F. Usa-se j, não g I. Usa-se s, não z


I. Palavras de origem tupi, africana e árabe: I. Nos títulos nobiliárquicos, nos gentíli-
jê, jerivá, jiboia, jenipapo, Moji, pajé; cos (procedência) e nos femininos em
caçanje; alfanje, alforje etc. geral:
II. Nos subjuntivos dos verbos em -jar: baronesa, dogesa, duquesa, marquês,
marquesa, princesa etc.; francesa, fin-
arranje, despeje, esbanje, suje, trajem, landesa, holandesa, inglesa, chinesa,
ultrajem, viajem. japonesa, tailandesa, javanesa etc.
G. Usa-se s, não c ou ç II. Após ditongos:
I. Em derivados de verbos com nd (nd-ns): causa, lousa, maisena, ousar etc.
ascender, ascensão, ascensorista; con- III. Nas correlações d-s, nd-ns-s:
tender, contensão (exceto conter, con- aludir, alusão; defender, defesa; iludir,
tenção); ilusão; pesar, pêsames etc.; defender,
estender, extensão; suspender, suspen- defensor; despender, despensa, despe-
são, suspenso; pender, pensão; preten- sa; senso, siso, sisudo etc.;
der, pretensão, pretensioso; expandir, IV. Nas formas verbais de querer e pôr (e
expansão etc. derivados):
II. Nas correlações pel-puls, rg-rs, rt-rs: quis, quisera, quisesse; pus, pôs, pu-
compelir, compulsão; expelir, expul- ser, pusesse; repuser, dispuser, com-
são; impelir, impulsão; repelir, re- pusesse etc.
pulsão, repulsa; aspergir, aspersão;
divertir, diversão; emergir, emersão; J. Usa-se z, não s
imergir, imersão; inverter, inversão I. Nos substantivos abstratos derivados
etc. de adjetivos:
III. Nas correlações corr-curs e sent-sens: ácido, acidez; ávido, avidez; grávida,
correr, curso, percurso, discurso, incur- gravidez, gravidezes; grandeza, peque-
so, incursão, excursão, recurso, trans- nez etc.
curso; sentir, senso, sensível, consen-
so, dissensão etc.

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II. Nos sufixos -izar IV. Em vocábulos provenientes do árabe


ameno, amenizar; abalizar, ajuizar, e russo: azeviche, alperche; babucha,
hospitalizar; civilizar etc. bolchevique etc.

K. Usa-se c ou ç, não s, ss ou sc N. Usa-se x, não ch


I. Em palavras de origem tupi, africana e I. Em vocábulos de origem tupi e africana:
árabe: oxalá, xadrez; abacaxi, muxoxo, xavan-
açafate, açafrão, açaí, açaimar, açúcar, te, xingar etc.
açucena, araçá, caçula, cacimba, cetim,
II. Para, no aportuguesamento, substituir
muçum, muçurana, paçoca, miçanga,
o sh inglês e o j espanhol:
muçulmano etc.
II. Nos sufixos -aça, -aço, -ação, -ecer, xampu, xelim, Hiroxima, Xangai, xerez,
-iça, -iço, -nça, -uça, -uço: lagartixa, Truxilho etc.
barcaça, panelaço, dentição, anoitecer, III. Após a inicial en-, desde que a palavra
inteiriça, movediço, criança, dentuça não seja derivada de outra com ch:
etc. enxada, enxame, enxergar, enxerto,
III. Nas correlações t-c e ter-tenção: enxotar, enxugar etc.
adotar, adoção; alto, alçar; assunto, (Exceto: charco, encharcar; cheio, en-
assunção; ereto, ereção; torto, torcer,
torção (exceções: dissentir, dissensão; cher, enchente; choça, enchoçar etc.)
eletrocutar, eletrocussão etc.); abster, IV. Após a inicial me-, exceto mecha e de-
abstenção; ater, atenção; deter, deten- rivados:
ção; conter, contenção etc. mexer, mexerico, mexicano, mexilhão,
IV. Após ditongos: mexilho, mexinflório, México etc.
feição, foice, louça, atraiçoar, traição V. Após ditongos:
etc.
baixa, baixela, feixe, frouxo, gueixa,
L. Usa-se sc, não c trouxa etc.
O uso do sc ou c relaciona-se à etimologia. Ba- Observação
sicamente, sc encontra-se em termos eruditos
latinos e o c, em formas populares e vernáculas. Ortoépia (ou ortoepia)
A ortoépia trata da “pronúncia correta” dos
M. Usa-se ch, não x fonemas. Juntamente com a prosódia, que
I. Em vocábulos provenientes do latim: indica a “correta” acentuação tônica das síla-
chave, cheirar, chumbo, chão, chuva bas, a ortoépia faz parte da ortofonia (do gre-
etc. go ortos, “reto, direito” + phoné, “som, voz”),
II. Em vocábulos provenientes do francês, que trata da “pronúncia correta” das palavras,
italiano e espanhol: brocha, broche, tendo em vista o padrão da língua considerado
chalé, deboche, chatô, chefe, flecha;
culto.
apetrecho, bombacha, cachucha, mo-
chila; charlatão, chusma, salsicha etc. Na linguagem oral, são frequentes muitos des-
III. Em vocábulos provenientes do inglês vios em relação ao padrão culto.
e alemão: chope, cheque, sanduíche;
chucrute etc.

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Leia atentamente o texto a seguir. sciencia regula o livramento condicional e
ao mesmo tempo aconselha a euthanasia;
Grammatica logo, salva daqui e mata dacolá, ella não
Grammatica é a arte de fallar e augmenta nem diminue o coefficiente de
escrever incorrectamente uma lingua. segurança do genero humano, e assim não
Segundo affirmam os grammaticos, a modifica nem altera as condições deste
grammatica é o conjunto de regras mundo sub-lunar. Já o mesmo não aconte-
tiradas do modo pelo qual um povo falla ce com relação á grammatica. Esta provo-
usualmente uma lingua. Ora, o povo falla ca insomnias ás creanças, derrama a neu-
sempre muito mal, e escreve ainda rasthenia na alma dos adolescentes, e vicia
peiormente; logo, não é de estranhar que o temperamento dos velhos e complica a
seja a grammatica a arte de fallar e simplicidade de toda a gente. Logo, gram-
escrever incorrectamente uma lingua. matica não é positivamente uma sciencia.
É a grammatica uma arte ou uma Mas si não é arte nem sciencia, que vem a
sciencia? ser então grammatica? A grammatica... A
Para que se chegue a uma conclusão grammatica... A grammatica é assim uma
segura a esse respeito faz-se mister preci- especie de Republica no Brasil, que está
sar bem o que vem a ser arte e o que vem ahi, sem que ninguem saiba de facto o que
a ser sciencia. ella é, nem mesmo porque veio parar nes-
Arte é tudo quanto consegue emo- ta terra.
cionar; ora, grammatica paulifica, enfas- Mendes Fradique. In: Grammatica portugueza
tia, caceteia, encrespa o discurso, enteiriça pelo methodo confuso. 1928.
a phrase, mechanisa a expressão, mumi- 01.
fica a idéa, e faz ainda mil e uma coisas
mais, qual dellas entretanto menos capaz a. Reescreva o primeiro período confor-
de emocionar. Logo grammatica não é me as normas vigentes de ortografia.
arte. Em resumo: arte é o talento de quem b. Para você, a gramática é uma arte, uma
tem talento; grammatica é o talento de ciência ou nada disso? Por quê?
quem não tem talento. c. Explique o último período do texto.
Será então a grammatica uma sciencia?
Não parece. Resolução
A sciencia é o trabalho da intelligen- a. Gramática é a arte de falar e escrever in-
cia tendente ao conhecimento e simplifi- corretamente uma língua. Segundo afirmam
cação dos phenomenos; ora, grammatica os gramáticos, a gramática é o conjunto de re-
principia por não ser um trabalho da in- gras tiradas do modo pelo qual um povo fala
telligencia, porque quem é intelligente usualmente uma língua. Ora, o povo fala sem-
não perde tempo em carrancismos gram- pre muito mal e escreve ainda pior; logo, não
maticaes. Além disso a grammatica, longe é de estranhar que seja a gramática a arte de
de tender à simplificação dos phenome- falar e escrever incorretamente uma língua.
nos, complica tudo: a lingua, a linguagem
b. Resposta livre
e todas as fórmas de enunciar-se uma idéa.
A sciencia se caracterisa pela sua ab- c. Assim como ocorre em relação à Repúbli-
soluta inocuidade. A sciencia descobre a ca Velha do tempo em que o texto foi publica-
vaccina do crupp e inventa ao mesmo tem- do, 1928, ninguém conhece a razão e a função
po a metralhadora; a sciencia constróe da gramática.
uma ponte pensil, e ao mesmo tempo
torpedeia transatlanticos indefesos; a

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Leia atentamente o texto abaixo.


NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales

02.
Isolada do contexto, a frase do segundo balão é ambígua. Explique por quê.
Resolução
A frase do segundo balão, se descontextualizada, tanto pode significar que a personagem levará o
milho das galinhas de volta para outro lugar ou que ele voltará a alimentar, com milho, as galinhas.

2. Noções de fonologia
A. Letra
Letra é cada um dos caracteres gráficos de que se compõe o alfabeto utilizado para a representa-
ção escrita de fonemas. O alfabeto português constitui-se de 26 letras, que, isoladas ou combina-
das entre si, representam graficamente a maioria dos fonemas.
Letras de imprensa
Aa Bb Cc Dd Ee Ff Gg Hh Ii Jj Kk Ll Mm Nn Oo Pp Qq Rr Ss Tt Uu Vv Ww Xx Yy Zz
B. Fonema
Fonema é cada unidade sonora que possibilita distinções de significado entre as palavras.
C. Classificação dos fonemas
Os fonemas classificam-se em:
a. vogais: sons que resultam da livre passagem da corrente de ar pela boca. Funcionam sem-
pre como base da sílaba. Lembre-se de que não existe sílaba sem vogal. Exemplos: elefan-
te, bule, saci, tomate etc.
b. consoantes: são ruídos que resultam de algum obstáculo encontrado pela corrente de ar.
Só formam sílaba quando junto de uma vogal. Exemplos: luva, rato, dúvida etc.
c. semivogais: são fonemas de caráter vocálico que se juntam a uma vogal para com ela for-
mar sílaba. As semivogais nunca funcionam como base de sílaba. Exemplos: cárie, coisa,
tábua, lousa etc.
D. Encontros vocálicos e consonantais
I. Ditongo
Encontro de semivogal e vogal (ditongo crescente) e de vogal e semivogal (ditongo decrescente).
a. Crescentes: lírio, régua etc.
b. Decrescentes: pai, chapéu, herói etc.
c. Orais: eficácia, boi, cílios etc.
d. Nasais: põe, dão, mão, vem /vẽi/, bem /bẽi/ etc.

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II. Tritongo IV. Alveolares


Encontro de semivogal-vogal-semivogal. /s/ assa /asa/
a. Orais: Paraguai, averiguei, enxaguou asa /aza/
/z/
etc.
b. Nasais: saguão, enxáguam, águem etc. /l/ laça /lasa/

III. Hiato /r/ arado /aradu/


Duas vogais contíguas em sílabas diferentes:
V. Palatais
hi-a-to, Ta-ís, sa-ú-de, re-ú-no etc.
IV. Encontros consonantais /∫/ acho /a ∫ u/
Junção imediata de duas consoantes. Os en-
contros consonantais podem ser: /ჳ/ jiló /ჳilↄ/
a. perfeitos: quando as consoantes perten- alho /aλu/
/λ/
cem à mesma sílaba. Nesse caso, a segun-
da consoante é geralmente l ou r. Exem- /η/ ninho /niηu/
plos: bloco, brinco, cloro, psicologia etc.
b. imperfeitos: quando as consoantes VI. Velares
pertencem a sílabas diferentes. Exem-
plos: arte, apto, ritmo, digno etc. /k/ calo /kalu/

V. Dígrafo /g/ galo /galu/


Encontro de duas letras que representam um só
fonema. Exemplos: chave, malha, ninho, carro, /R/ raio /Raju/
assado, guerra, quilo, sombra, limpo etc.
F. Fonemas vocálicos
E. Fonemas consonantais
I. Anteriores
I. Bilabiais
/i/ mito /m i tu/
/p/ pato /patu/
/ĩ/ minto /m ĩ tu/
/b/ bato /batu/
/e/ vedar /vedar/
/m/ mato /matu/
/ẽ/ vender /vẽder/
II. Labiodentais

/f/ fala /fala/ /ε/ veto /vεtu/

II. Centrais
/v/ vala /vala/
/a/ casa /kaza/
III. Linguodentais
/ã/ cansa /kãsa/
/t/ tato /tatu/

/d/ dedo /dedu/

/n/ nada /nada/

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III. Posteriores Os monossílabos podem ser átonos (me, te,


se, lhe etc.) ou tônicos (mim, ti, si etc.).
/u/ tudo /tudu/
I. Divisão silábica
/u/ tundra /tũdra/ A divisão das sílabas de uma palavra é feita
pela soletração, e não pelos elementos que
/o/ pôde /podi/ a constituem segundo a etimologia (parte da
gramática que estuda a origem das palavras).
/õ/ ponte /põti/ É necessário, no entanto, observar as regras a
seguir:
/ↄ/ pote /pↄti/ I. Não se separam as vogais que formam
os ditongos e os tritongos. Exemplos:
G. Semivogais au-ro-ra, ai-ro-so, U-ru-guai.
II. Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu,
/j/ mais /majs/ qu. Exemplos: fi-lho, ma-nhã, fo-gue-te.
III. Não se separam encontros conso-
/w/ maus /maws/ nantais perfeitos (consoante + l ou r).
Exemplos: a-bra-ço, li-vrei-ro, a-plau-so.
Observação: Nem sempre os grupos consoante
H. Sílaba e tonicidade + l ou consoante + r formam encontros conso-
Sílaba é o conjunto de um ou mais de um fonema nantais perfeitos. Se o l e o r se pronunciarem
pronunciado numa só expiração. A sílaba apoia- separadamente, deverão ser separados na divi-
se somente em uma vogal. Quanto ao número são silábica. Exemplos: sublingual (sub-lin-gual),
de sílabas, os vocábulos classificam-se como: sublegenda (sub-le-gen-da)
a. monossílabos (uma sílaba): já, mês, nó, IV. Separam-se as vogais que formam hia-
ti, tu etc. tos. Exemplos: sa-í-da, ba-ú, mi-ú-do.
b. dissílabos (duas sílabas): cajá, tomei, V. Sempre se separam as vogais idênticas
saí etc. e os dígrafos rr, ss, sc, xc, sç . Exemplos:
c. trissílabos (três sílabas): aplaudiu, Pa- ca-a-tin-ga, vo-o, com-pre-en-der, ex-
raguai etc. ce-ção, as-cen-são, car-ro-ça, pas-so.
d. polissílabos (mais de três sílabas): lam- VI. Além das regras citadas, é importante
buzado, bipolaridade etc. lembrar que toda consoante interna não
seguida de vogal pertence à sílaba ante-
As palavras da Língua Portuguesa possuem
rior. Exemplos: rit-mo, ap-to, in-dig-no.
uma sílaba tônica, que é a pronunciada com
mais intensidade que as demais. Todas as
outras são denominadas de sílabas átonas. 3. Sinais diacríticos
Quanto à posição da sílaba tônica, os vocábulos A. Acentuação gráfica
classificam-se como:
a. Acento agudo ('): indica, em geral, o
a. oxítonos: quando a sílaba tônica é a úl- timbre aberto das vogais. Compare:
tima sílaba da palavra. Exemplos: con- medo / médico.
dor, recém, sutil, ruim etc. b. Acento circunflexo (ˆ): indica, em geral,
b. paroxítonos: quando a sílaba tônica é a o timbre fechado das vogais. Compare:
penúltima sílaba da palavra. Exemplos: êxodo / Édipo.
sótão, tulipa etc.
B. Outros sinais gráficos
c. proparoxítonos: quando a sílaba tônica a. Acento grave (`): indica o fenômeno
é a antepenúltima da palavra. Exemplos: de fusão de dois AA, denominado cra-
ápode, ávido, ômega, estômago etc. se. Veja: Dirigi-me a aquela farmácia.
Dirigi-me àquela farmácia.

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b. Til (~): estilização da letra n; indica a na- como aguar, averiguar, apaziguar, desa-
salização das vogais, como em cãibra, guar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.
irmã, ímã, órfão, órfã, põe, dispõem etc. Esses verbos admitem duas pronúncias
c. Cedilha ( ): estilização da letra s; confe- em algumas formas do presente do in-
re à letra c, seguida de a, o ou u, o valor dicativo, do presente do subjuntivo e
do fonema [s]. Compare: faca / faça. também do imperativo. Veja:
d. Apóstrofo ('): indica que uma vogal áto- a. se forem pronunciadas com a ou i tôni-
na foi suprimida, como em copo d’água, cos, essas formas devem ser acentua-
galinha d’angola, barata d’água etc. das. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas,
e. Hífen (-): além de estar presente em
enxágua, enxáguam; enxágue, enxá-
vocábulos compostos por justaposição
gues, enxáguem.
(arranha-céu) e em alguns formados
verbo delinquir: delínquo, delínques,
por prefixação (sub-reptício), une aos
delínque, delínquem; delínqua, delín-
verbos pronomes enclíticos (fazê-lo) e
quas, delínquam.
mesoclíticos (fá-lo-ei) e indica a trans-
lineação das palavras (sua partição no b. se forem pronunciadas com u tônico,
final de uma linha e passagem das sí- essas formas deixam de ser acentua-
labas restantes para a linha seguinte). das. Exemplos:
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas,
C. Acentuação gráfica (regras gerais) enxagua, enxaguam; enxague, enxa-
gues, enxaguem.
I. Acentuam-se os monossílabos tônicos
verbo delinquir: delinquo, delinques,
terminados em a(s), e(s), o(s): má, dás,
delinque, delinquem; delinqua, delin-
fé, mês, nó, pôs etc.
quas, delinquam.
II. Acentuam-se os oxítonos terminados Observação: no Brasil, a pronúncia mais cor-
em a(s), e(s), o(s), em(ens): cajá, mara- rente é a com a e i tônicos.
jás, você, cafés, cipó, propôs, também, III. Usa-se acento agudo no I e U tônicos,
armazéns etc. quando antecedidos de uma vogal com
III. Dos paroxítonos, recebem acento grá- que formem hiato, desde que não cons-
fico aqueles que terminam de forma tituam sílaba com a eventual consoan-
diversa dos oxítonos acentuados, isto te seguinte, excetuando-se o caso de
é, levam acento os terminados em: re- s, e não sejam seguidos de nh: raízes,
vólver, tórax, amável, fórceps, hífen, reúno, egoísmo, baús etc. Porém: raiz,
próton, prótons, álbum, álbuns, júri, ruir, rainha (sem acento).
lápis, lótus, dólmã, ímãs, bênção, ór- IV. Muitas vezes, ao juntarmos pronome
gãos, pônei, úteis. oblíquo átono a uma forma verbal oxí-
Recebem acento, também, os paroxítonos tona ou monossilábica tônica, ela assu-
terminados em ditongo crescente: trégua, me algumas das terminações que obri-
tênues, espontâneo. gam a acentuação gráfica. Veja:
IV. Acentuam-se todos os vocábulos pro- dar + o = dá-lo
paroxítonos: lâmpada, exército, gra- fez + as = fê-las
mática etc. pôs + a = pô-la
D. Acentuação gráfica (casos especiais) dará + os = dá-los-á
I. Acentuam-se os oxítonos e os monos- farei + o = fá-lo-ei
sílabos tônicos terminados nos diton- tratarei + as = tratá-las-ei
gos abertos, orais e tônicos éis, éu, éus, satisfazer + as = satisfazê-las
ói, óis: papéis, herói, heróis, troféu,
compor + o = compô-lo
troféus, dói, céu etc.
II. Há uma variação na pronúncia dos ver- comandar + o = comandá-los
bos terminados em guar, quar e quir,

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E. Acentos diferenciais Ele tem dois anos. / Eles têm dois anos.
O acento diferencial é usado nos seguintes ca- Ele vem da Europa. / Eles vêm da Europa.
sos: As formas de terceira pessoa do presente do
a. pôde/pode: pôde é a forma do passa- indicativo dos verbos derivados de VIR e TER
do (pretérito perfeito do indicativo) do
são oxítonas e, por isso, devem ser acentuadas
verbo poder, na terceira pessoa do sin-
gular. Pode é a forma do presente do graficamente tanto no singular (acento agudo)
indicativo, na terceira pessoa do singu- como no plural (acento circunflexo). Exemplos:
lar. Exemplo: Ontem, ele não pôde es-
Ele mantém a calma. / Eles mantêm a calma.
tudar muito, mas hoje ele pode.
b. pôr/por: pôr é verbo; por é preposição. Ele intervém nas discussões. / Eles intervêm
Exemplo: Vou pôr o caderno no armá- nas discussões.
rio que foi feito por mim.
Observação: É facultativo o uso do acento cir-
c. na terceira pessoa do plural do presen- cunflexo para diferenciar as palavras forma/
te do indicativo dos verbos ter e vir, fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa
assim como de seus derivados (manter, a frase mais clara: Pode fazer o bolo na forma/
deter, reter, conter, convir, intervir, ad- fôrma que você quiser.
vir etc.). Exemplos:

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Leia a tirinha.

01. FGV-SP
Na tirinha, a palavra C-A-R-I-N-H-O tem uma relação equivalente entre o número de letras e fo-
nemas? Justifique a sua resposta.
Resolução
A relação não é de equivalência. Há 7 letras (CARINHO) e 6 fonemas (k, a, r, i, nh, o). Observe-se
que “nh” corresponde a uma unidade fonológica.
02. FGV-SP
Considerando as palavras recondito, femur, hifens, paul, bacharel e aljofar, transcreva e acentue
aquelas que, a exemplo de estéril, devem receber acento gráfico por serem paroxítonas.
Resolução
São acentuadas, por serem paroxítonas, fêmur e aljôfar.

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Sobre a reforma ortográfica, Diogo Mainardi português. Ou seja, indica-se ironicamente


escreveu o seguinte: que há problemas muito mais sérios de aces-
Eu sou um ardoroso defensor da re- so à escrita do que as eventuais diferenças na
forma ortográfica. A perspectiva de ser forma de grafar uma dada palavra. Essa ironia
lido em Bafatá, no interior da Guiné-Bissau, é construída por meio de uma alusão a duas ci-
da mesma maneira que sou lido em Cari- dades, pouco conhecidas, em regiões com di-
nhanha, no interior da Bahia, me enche de ficuldade em múltiplos aspectos (sociais, eco-
entusiasmo. Eu sempre soube que a maior nômicos etc.). A escolha dos nomes de ambas
barreira para o meu sucesso em Bafatá era as cidades também contribui na construção da
o C mudo [como em facto na ortografia de ironia, uma vez que sua forma gráfica e sonora
Portugal] (...) remete a relações específicas da história da lín-
MAINARDI, D. Uma reforma mais gua no país colonizado (Brasil e Guiné-Bissau).
radical. VEJA, p. 129, 8 out. 2008. Mesmo que não saibamos especificamente
seu significado, temos uma memória de língua
03. Unicamp-SP
que nos faz remeter ‘Carinhanha’ a uma língua
O excerto anterior apresenta uma ironia. Em indígena e ‘Bafatá’ a uma língua africana ou,
que consiste essa ironia? Justifique. ao menos, as tomamos como palavras estra-
Resposta nhas à língua portuguesa. A ironia está presen-
te também na afirmação do autor do excerto
A ironia consiste no pressuposto de que a uni- de que é “um ardoroso defensor da reforma
ficação ortográfica bastaria para promover ortográfica”, ou, ainda, de que a maior barrei-
maior inserção geográfica das publicações em ra para o seu sucesso seria o C mudo.

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CAPÍTULO 04 PROCESSOS DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

1. Estrutura mórfica III. Tema


É o radical acrescido da vogal temática:
A. Análise mórfica das formas verbais
anda – tema de andar
A estrutura das formas verbais é constituída
por morfemas lexicais (radical) e gramaticais corre – tema de correr
(vogal temática, tema e desinências). Pode, parti – tema de partir
ainda, apresentar afixos (prefixos e sufixos).
IV. Desinências verbais
I. Radical
Indicam flexões de número e pessoa (desinên-
É o núcleo significativo do verbo e ao qual se
cias número-pessoais) e de tempo e modo
agregam os demais morfemas:
(desinências modo-temporais):
and – é o radical de andar and – á – va – mos
corr – é o radical de correr • radical: and –
part – é o radical de partir • tema: anda –
• vogal temática: – a –
II. Vogal temática
• desinência modo-temporal: – va –
Morfema que torna possível a ligação entre o • desinência número-pessoal: – mos
radical e as desinências. Além disso, a vogal
temática indica a que conjugação pertence B. Análise mórfica das
um verbo: formas nominais
– a – primeira conjugação (andar, amar, cantar) Um certo texto publicitário contém, entre as
– e – segunda conjugação (correr, vender, beber) dezenas de vocábulos, a palavra cabeceira,
usada por Pedro Bial em “Aurélio: o livro de
– i – terceira conjugação (partir, dormir, subir) cabeceira dos livros” e pertencente à mesma
família de outras, tais como:

cabeç – ada cabec – eir – o des – cabeç – ar

cabeç – al cabec – ilha des – en – cabeç – ar

cabeç – alho cabec – inh – a – s en – cabeç – ad – o

cabeç – ão cabeç – o en – cabeç – a – mento

cabec – ear cabeç – ote en – cabeç – ar

cabec – eira cabeç – udo es – cabeç – ar

Tais palavras descendem de um vocábulo em comum e formam uma família. São denominadas
cognatas ou termos cognatos. Observe que, embora tenham em comum o vocábulo cabeça na
sua origem, elas possuem significados relativamente distintos em função dos diferentes elemen-
tos acrescidos à palavra geratriz. Confronte cabeção / cabecinhas, encabeçar (“liderar”, "chefiar”) /
escabeçar (“decapitar”).
Detenha-se, por exemplo, na palavra cabecinhas. Você pode depreender quatro “partes” na sua for-
mação, cada qual com papéis e significados distintos:

cabeç inha a s

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cabec – é a base significativa do vocábulo, a partir da qual se criam as demais: cabeçada, cabe-
çote, cabeçudo, encabeçar, cabeceira etc.
• – inh – indica uma variação de grau (diminutivo)
• – a – indica uma flexão de gênero (feminino)
• – s – indica uma flexão de número (plural)
A cada uma dessas unidades, responsáveis pela distinção semântica de uma palavra em relação
às outras cognatas, dá-se o nome de morfema. Morfema é, pois, cada uma das formas mínimas
significativas que constituem uma palavra.
Se você decompuser os termos cognatos, depreenderá outros morfemas:

cabeç – ada cabec – eir – o des – cabeç – ar

cabeç – al cabec – ilha des – en – cabeç – ar

cabeç – alho cabec – inh – a – s en – cabeç – ad – o

cabeç – ão cabeç – o en – cabeç – a – mento

cabec – ear cabeç – ote en – cabeç – ar

cabec – eira cabeç – udo es – cabeç – ar

Você observa claramente a existência, nessas palavras, de um morfema comum a todas e que
as identifica como pertencentes à mesma família de cognatos. Esse morfema comum, cabeç-, é
denominado radical.
Relendo a lista de cognatos acima, você observa que ao radical agregou-se uma série de outros
morfemas, todos incapazes, porém, de se constituir em matrizes para a formação de novas pa-
lavras.
Em escabeçar, por exemplo, ao radical cabeç- adicionaram-se dois morfemas: es- e -ar. O mor-
fema es- traduz a ideia de extirpação, extração, privação, ao passo que o morfema -ar nos leva
a identificar escabeçar como um verbo da primeira conjugação. A esse tipo de morfema capaz
de operar modificações semânticas no radical a que se agrega dá-se o nome genérico de afixo.
Colocado antes do radical, chama-se prefixo; depois do radical, sufixo.
Nos cognatos da lista anterior, você observa a presença de alguns prefixos (des-, en-, es-) e sufi-
xos (-ada, -al, -alho, -ão, -ear, -eira, -eiro, -ote, -udo, -ar, -mento). Você pode constatar também
que os prefixos e os sufixos, além de alterações de significado, acarretam mudanças de classe
gramatical, já que há verbos, substantivos e adjetivos entre os cognatos.
Como escabeçar é verbo, podemos flexioná-lo em número, pessoa, tempo e modo. Tais flexões
são indicadas por morfemas denominados desinências verbais. É por meio delas que identifica-
mos, por exemplo, escabeçavas e escabeçássemos como formas, respectivamente, de segunda
pessoa singular do pretérito imperfeito do modo indicativo e de primeira pessoa do plural do
pretérito imperfeito do modo subjuntivo. O morfema a chama-se vogal temática e possibilita a
conexão entre o radical e as desinências, além de identificar o verbo como pertencente à primeira
conjugação.

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es cabeç a va s Considerando-se as oposições descabeçado/


Desinência número- descabeçada e cabeçudinhos/cabeçudinhas,
-pessoal (segunda você constata a mais comum das oposições de
pessoa do singular) gênero em português: o morfema o para o gê-
Desinência modo- nero masculino e o morfema a para o gênero
-temporal (pretérito feminino.
imperfeito do indica- Decompondo-se os vocábulos descabeçado e
tivo) cabeçudinhas, depreendem-se os seguintes
Vogal temática morfemas:
Radical
des cabeç ad o
Prefixo
Morfema zero
es cabeç á sse mos (número singular)
Desinência nominal
Desinência número-
de gênero
-pessoal (primeira
Sufixo
pessoa do plural)
Radical
Desinência modo-
Prefixo
-temporal (pretérito
imperfeito do cabeç ud inh a s
subjuntivo) Desinência nominal
Vogal temática de número
Radical Desinência nominal
Prefixo de gênero
Sufixo diminutivo
Tomemos agora, como exemplos, os vocábu- Sufixo
los descabeçado e cabeçudinhas, que são dois Radical
adjetivos. No primeiro caso, acrescentaram-se
os afixos des- e -ado ao radical. Em cabeçudi- Você provavelmente percebeu um fato inte-
nhas, porém, além do acréscimo de dois afixos ressante na formação das palavras-exemplo:
(os sufixos -udo e -inh), ocorrem os morfemas nelas, os afixos, de certo modo, neutralizam-se
-a e -s, indicadores respectivamente das fle- mutuamente. Em descabeçado, o prefixo des-
xões de gênero e número, e que são chamados significa privação, negação, ao passo que o
de desinências nominais. sufixo -ado tem o sentido de provido, cheio
de. Já em cabeçudinhas, enquanto o sufixo
Se você atentar nas oposições descabeçado/ -udo(a) traduz uma ideia de desproporção
descabeçadas e cabeçudinha/cabeçudinhas, (afinal, cabeçudo é o que tem a cabeça des-
ficará fácil concluir nesses casos que é signifi- proporcionalmente grande), o sufixo -inho(a)
cativa também a ausência do morfema -s, pois é diminutivo – uma prova das infinitas possibi-
ela denota o número singular. Tal “ausência” é lidades e nuanças da língua portuguesa.
denominada morfema zero (Æ).

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Quadro classificatório dos morfemas

Morfemas Características Exemplos

Núcleo mais significativo de uma narrar, narrável, inenarrável,


palavra, o radical é a base sobre a qual narrador, narradorazinha,
Radical
se cria uma família de vocábulos, os narrávamos, narrativas,
(semantema ou lexema)
cognatos. É ao radical que se agregam narrassem, narração,
os demais morfemas. narratividade

Prefixos: inenarrável, abdicar,


Morfemas que, antepostos (prefixos)
ou pospostos (sufixos) ao radical, admirar, cisandino, depor,
modificam-lhe o significado,acrescendo- desfolhar, difundir, predizer, epílogo
Afixos (prefixos e sufixos)
lhe nuanças de sentido. Além disso, Sufixos: narrar, narrável,
podem acarretar mudanças de classe narrador, narradorazinha,
gramatical.
narração, narratividade

São morfemas indicadores das flexões. Desinências verbais: narraremos,


Subclassificam-se em verbais e nominais. narráveis, narravas, narrássemos,
As desinências verbais indicam o tempo narráveis, narríveis, narraste,
Desinências (nominais e e o modo (desinência modo-temporal) narrastes
verbais) e o gênero e o número (desinência Desinências nominais: narradora,
número-pessoal) do verbo. As narradorazinhas, aluno, aluna, livros,
desinências nominais indicam o gênero e mesmo, mesmas, algumas, quais,
o número de nomes e pronomes. cujas, estudioso, estudiosas

Vogais temáticas nominais


Morfema que propicia a ligação entre o -a: casa, carta, luta, dentista
radical e as desinências. Adicionada ao -e: alegre, fase, embarque, mote
radical, constitui o tema, base sobre a -o: choro, livro, disco, muro
qual se agregam as desinências. As vogais Vogais temáticas verbais
Vogal temática temáticas subclassificam-se em nominais -a: estudava, chegará, viajássemos
e verbais. As vogais temáticas nominais (primeira conjugação)
são -a, -e, -o, em sílabas átonas finais. As -e: vendem, pões, escrevesse
vogais temáticas verbais são -a, -e, -i, (segunda conjugação)
que indicam as conjugações verbais. -i: definiria, sentisse, pedimos
(terceira conjugação)

Vogais de ligação
silvícola, gasômetro, gasoduto,
Morfemas atípicos, já que são acrescidos
Vogal e consoante de gaseificar, cacauicultor, raticida
por motivo de eufonia, e não por uma
ligação Consoante de ligação
razão semântica.
cafeteira, pezinho, chaleira,
pobretão, paulada, capinzal, cafezal.

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EXERCÍCIO RESOLVIDO
Mackenzie-SP Resolução
Assinale a alternativa incorreta. Panteísmo é a doutrina filosófica que relacio-
a. Panteísmo significa o ato de comer in- na Deus a tudo o que existe.
distintamente qualquer tipo de alimento. Resposta
b. Xenofobia significa horror a estrangeiros. A
c. Sincrônico significa o que é relativo a
fatos simultâneos.
d. Oligarquia significa o governo de pou-
cos, pertencentes a um mesmo grupo.
e. Fotofobia significa horror à luz.

2. Formação de palavras
Há dois processos básicos por meio dos quais se criam novos vocábulos: a derivação e a compo-
sição. A derivação, geradora de vocábulos ditos derivados, implica alguma forma de alteração
numa única palavra primitiva, seja por acréscimo de fonema (gota – gotícula, gotejar), seja por
supressão de fonema (combater – combate, chorar – choro), seja por mudança de (ou na) classe
gramatical (alto – alto, Xerox – xérox, xerox). A composição, da qual resultam vocábulos compos-
tos, consiste da junção de dois ou mais vocábulos (burocracia, otorrinolaringologista, psiquiatria,
amor-perfeito, arranha-céu, planalto etc.).
Estudaremos, a seguir, esses dois processos básicos de modo mais minucioso. Depois disso, vere-
mos outras formas de enriquecimento do léxico.
A. Derivação
I. Derivação prefixal (ou prefixação)
Ocorre com o acréscimo de prefixo ao radical. Exemplos:
– ver: antever, prever, rever etc.
– vir: advir, convir, desavir-se, intervir, provir etc.
– pôr: apor, antepor, compor, dispor, indispor, repor etc.
– ter: ater-se, abster-se, conter, deter, entreter, manter, reter etc.
– infeliz, descontente, administrar, antebraço, impuro, semimorto, anfíbio, antítese, disenteria
Note que num mesmo derivado pode haver mais de um prefixo. Tal é o caso, por exemplo, de
desencabeçar, desencaminhar, desinfeliz.
II. Derivação sufixal (ou sufixação)
Ocorre com o acréscimo de sufixo ao radical, o que acarreta alteração semântica e/ou mudança
de classe da palavra primitiva. É o caso, por exemplo, do substantivo felicidade e do advérbio
felizmente, derivados do adjetivo feliz.
Na exemplificação abaixo, atente nas palavras primitivas, a fim de constatar alterações semânti-
cas e morfológicas.
punhalada, noviciado, baronato, plumagem, politicalha, vasilhame, dinheirama, sorveteria,
pancadaria, comissário, cabeleira, reitoria, poderio, enterite, ferrugem, umidade, gratidão, pe-
quenez, largura, esperança, constância, diferença, regência, amante, fluente, ouvinte, roedor,
tradutor, gotícula etc.

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III. Derivação prefixal e sufixal O mesmo não ocorre, por exemplo, com ân-
Como você pôde constatar, há vocábulos de- cora, perfume e arquivo, que são substantivos
rivados formados pelo acréscimo de prefixo e concretos e palavras primitivas em relação a
de sufixo. É o que acontece, por exemplo, com ancorar, perfumar e arquivar, verbos resul-
infelizmente (in + feliz + mente) e configuração tantes de derivação sufixal.
(con + figura + ção). VI. Derivação imprópria (ou conversão)
IV. Derivação parassintética (ou parassíntese) Consiste em, pelo simples emprego que se faz
Diz-se que um vocábulo é derivado parassin- de uma palavra, mudar-lhe a classe gramatical
tético quando o prefixo e o sufixo se agregam a que originalmente pertence, sem que a ela
concomitantemente à palavra primitiva. Esse se acrescente ou dela se subtraia fonema algum.
caso não pode ser confundido com o anterior, Exemplos:
já que um derivado parassintético não subsis- • olho azul (adj.)
te à retirada de um dos afixos, ao contrário de • o azul dos seus olhos (subst.)
um derivado formado por derivação prefixal e
• homem alto (adj.)
sufixal não simultâneas. Observe:
• falar alto (adv.)
• feliz: infeliz, felizmente, infelizmente;
• não iremos (adv.)
• contente: descontente, contentamen-
to, descontentamento. • não aceito esse não (subst.)
Entretanto: • viva melhor (verbo)
• tarde: entardecer (não existe entarde • viva! (interjeição)
nem tardecer) • viver (verbo)
• verde: esverdear (não existe esverde • o viver (subst.)
nem verdear) • oh! (interjeição)
A derivação parassintética é geradora de ver- • um poema cheio de ohs (subst.)
bos a partir de substantivos (atraiçoar, ape- • Você quer? (verbo)
drejar, apreçar, entardecer, anoitecer, expa-
triar) ou de adjetivos (engordar, emagrecer, • você virá quer chova quer faça sol (con-
amarelecer, amolecer, empalidecer). junção)
V. Derivação regressiva (ou deverbal) Devemos ressaltar que tais exemplos não são
propriamente casos de derivação (daí o nome),
A supressão de um segmento final da palavra já que não supõem alterações mórficas, senão
primitiva resulta numa redução denominada semânticas. Ademais, nem sempre a deriva-
regressiva, também chamada deverbal (ou ção imprópria resulta de mudança de classe,
pós-verbal), uma vez que a derivada é subs- mas de conversões dentro de uma mesma
tantivo proveniente de verbo. Os substanti- classe. É o caso, por exemplo, de substantivos
vos deverbais são criados com a substituição comuns que se transformam em próprios:
da terminação verbal (-ar, -er, -ir) por uma das Rocha, Pereira, Oliveira, Neves.
três vogais temáticas nominais (-a, -e, -o):
Ou de certas marcas registradas (substan-
• Estudar: estudo tivos próprios) que, em dada época ou região,
• Perder: perda consagram-se no mercado e se convertem em
• atacar: ataque substantivos comuns:
• Fugir: fuga Chiclets • chiclete (goma de mascar)
Observe que os substantivos deverbais são Gillette • gilete (lâmina de barbear)
sempre abstratos e nomeiam ações. Assim, Maizena • maisena (amido de milho)
estudo, perda, ataque e fuga nomeiam, res- Xerox • xérox, xerox (fotocópia)
pectivamente, o ato de estudar, de perder, de Catupiry • catupiry (requeijão)
atacar e de fugir.
Durex • durex (fita adesiva)

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B. Composição goiabeira (tupi e português)


I. Composição por justaposição goleiro (inglês e português)
Resulta da aproximação de duas ou mais pa- Itápolis (tupi e grego)
lavras primitivas que se justapõem, ou seja, quixotesco (espanhol e português)
colocam-se lado a lado, sem que haja alteração
fônica em qualquer dos elementos formadores: sambódromo (quimbundo e grego)
guarda-civil, arranha-céu, girassol, pontapé, sociologia (latim e grego)
bem-te-vi, terça-feira, vaivém surfista (inglês e português)
Note que o hífen nem sempre aparece nos taoísmo (chinês e português)
compostos por justaposição.
televisão (grego e latim)
II. Composição por aglutinação
voltímetro (alemão e grego)
Ocorre quando ao menos uma das palavras pri-
mitivas sofre queda ou substituição de fonema: II. Redução
aguardente (água + ardente) A abreviação consiste na supressão de parte
de um vocábulo, normalmente polissílabo. É
planalto (plano + alto) um processo de largo uso na linguagem coti-
alvinegro (alvo + negro) diana. Observe os exemplos a seguir:
pernalta (perna + alta) apê (apartamento)
auriverde (auro + verde) cine (cinema, cinematógrafo)
fidalgo (filho + de + algo) comuna (comunista)
embora (em + boa + hora) estéreo (esterofônico)
vinagre (vinum + acre) ex (ex-namorado, ex-marido, ex-esposa)
C. Processos especiais Floripa (Florianópolis)
Além da derivação e da composição, há Flu (Fluminense)
alguns processos especiais geradores de novos fax (fac-símile)
vocábulos, ou de novos sentidos para o léxico
já empregado na língua. fone (telefone)
I. Hibridismo fono (fonoaudiologia)
Chama-se híbrida a palavra em cuja formação foto (fotografia)
se combinam elementos de línguas diferen- hétero (heterossexual)
tes. Entre outros, são híbridos os compostos e
derivados seguintes: hidro (hidromassagem)
abreugrafia (português e grego) lipo (lipoaspiração)
alcoômetro (árabe e grego) metrô (metropolitano)
automóvel (grego e latim) micro (microcomputador)
bígamo (latim e grego) mina (menina, mina de ouro)
bramanista (hindu e português) moto (motocicleta)
burocracia (francês e grego) neuro (neurologia)
cafeicultura (árabe e português) neura (neurose)
cartódromo (inglês e grego) noia (paranoia)
chaleira (chinês e português) oftalmo (oftalmologia)
dostoieviskiano (russo e português) otorrino (otorrinolaringologista)
fumódromo (português e grego) Pinda (Pindamonhangaba)

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pneu (pneumático) quilo (quilograma)


pornô (pornográfico) rebu (rebuliço)
portuga (português) Sampa (São Paulo)
Psico (Psicologia) táxi (taxímetro)

III. Siglonimização
BIG BANG BANG – Adão Iturrusgarai

A utilidade prática das siglas é óbvia: conferem concisão e rapidez ao discurso. Imagine se, na tira
acima, TPM fosse substituída por tensão pré-menstrual.
A sigla constitui-se da combinação de duas ou IV. Onomatopeia
mais palavras, em geral representadas por ini- As onomatopeias têm por fim a imitação de
ciais (BEG, Banco do Estado de Goiás) ou por sons, vozes de animais, ruídos de pessoas, coi-
iniciais e segmentos Unicamp (Universidade sas ou fenômenos naturais. Trata-se, na ver-
de Campinas). Outros exemplos: dade, de tentativas de imitação, já que nem
o aparelho fonador nem o sistema alfabético
modem (Modulator-Demodulator) dispõem de recursos fonológicos ou gráficos
PC (personal computer) capazes de reproduzir todos os sons. Tomem-
pixel (picture element) se, por exemplo, plim-plim e cocoricó: são
RAM (Random Access Memory) meramente convenções socialmente introje-
tadas, que não reproduzem com fidelidade o
SVGA (Super Video Graphics Array) som metálico das vinhetas da TV Globo nem
Usenet (User network) os sons emitidos por galináceos.
WWW (World Wide Web) Prova dessa convenção cultural é o fato de
Observe que várias siglas atuam como palavras que as representações humanas dos ruídos
geradoras de derivadas e compostas: aidéti- dos animais distinguem-se de um idioma para
outro, ainda que uma espécie animal produza
co, celetista (de CLT), laserterapia, pedetista, basicamente o mesmo som em qualquer parte
peemedemista, petista, ufólogo, uspiano. do mundo. Observe a lista a seguir:

Idioma Cão Galo Porco

português auau cocoricó oinque-oinque


inglês bow-wow cock-adoodle-doo oink-oink
francês ouah-ouah cocorico groin-groin
italiano bau-bau chichirichi gru-gru
espanhol jau-jau quiquiriquí tru-tru
alemão haft-haft kikerike quick-quick
russo gaf-gaf kukuriku kroo-kroo
chinês wu-wu kong-shi oh-ee oh-ee
japonês wau-wau kokekoko bu-bu

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A onomatopeia gera basicamente substantivos, VI. Neologismo


interjeições e verbos chamados de onomato- Num sentido amplo, neologismo designa
paicos. Alguns exemplos: qualquer palavra ou expressão recém-criadas,
• Substantivos: bangue-bangue, bem-te- mas que não se incorporaram definitiva ou
-vi, pingue-pongue, plim-plim, pife-pafe,
reco-reco, teco-teco, tique-taque, zun- oficialmente ao léxico de uma língua. Nesse
-zum, zunzunzum etc. sentido, os vocábulos derivados e compostos
• Interjeições: catapimba! pá! poft! (bem como hibridismos, reduções, palavras-
pum! pumba! zás! zape! etc. -centauro, onomatopeias) foram neologismos
• Verbos: sussurrar, zumbir, zunir, piar, em algum momento da evolução da língua.
mugir, balir, blaterar, ganir, rosnar, ui-
var, relinchar, cacarejar, ronronar, coa- Os neologismos podem ter vida efêmera ou
xar, zurrar, rugir, urrar etc. duradoura, ou seja, podem ser usados por
algum tempo e cair em desuso (caso, por
V. Palavra-valise exemplo, de elefantal e imexível, criados por
Também chamada de palavra-centauro, é o um ex-ministro da República) ou passam a ser
resultado da junção de duas ou mais palavras usados com maior frequência por segmentos
quando ao menos uma delas sofre supressão amplos da população (deletar, disponibilizar,
de fonemas. priorizar etc.).
Algumas, vindas do mundo das transmis- O caráter polissêmico das palavras relaciona-se
sões de futebol, nomeiam jogos entre clubes estreitamente a esse processo – é o chamado
de grande rivalidade: neologismo semântico. Nesse caso, tem-se o
• Atletiba (Atlético Paranaense e Coritiba) adicionamento de novos sentidos a palavras
há muito incorporadas ao léxico. Tome-se
• Bavi (Bahia e Vitória)
como exemplo esta série de expressões oriundas
• Comefogo (Comercial e Botafogo de Ri- de uma paixão nacional, o futebol:
beirão Preto)
• Flaflu (Flamengo e Fluminense) entrar de sola – agir de modo ríspido, tosco,
violento.
• Grenal (Grêmio e Internacional de
Porto Alegre) pisar na bola – cometer uma gafe.
• Sansão (Santos e São Paulo) ir para a marca do pênalti – estar em perigo
Há as que nos foram legadas por escritores e iminente, tomar decisão.
intelectuais: chutar para o alto – deixar de resolver um pro-
• copoanheiro, elefantástico, fraternura blema.
(criações de Guimarães Rosa) marcar um gol de placa – fazer algo bem-feito.
• proesia (prosa e poesia – criação de Dé- jogada – trama, acordo.
cio Pignatari)
VII. Empréstimos lexicais
• Belíndia (Bélgica e Índia – criação de
Edmar Bacha) Os empréstimos linguísticos devem-se ao
contato entre os povos, às influências que
• noitícia (noite e notícia – criação de
as culturas exercem umas sobre as outras. O
Carlos Drummond de Andrade)
português, uma língua proveniente do latim
A política deixou sua contribuição: vulgar introduzido na Península Ibérica alguns
• carreata (carro e passeata), séculos antes de Cristo, ao longo de sua histó-
• showmício (show e comício) ria, tomou de empréstimo vocábulos gregos,
celtas, germânicos, árabes, neolatinos (es-
As de origem popular são muitas e continuam
panhol, italiano, francês). A partir da era das
a surgir no dia a dia das ruas:
grandes navegações, enriqueceu-se também
• bebemorar (beber e comemorar) com o contato com línguas africanas, amerín-
• brasiguaio (brasileiro e paraguaio) dias e asiáticas, além das línguas modernas da
• cantatriz (cantora e atriz) Europa. Até meados do século XX, a grande
• portunhol (português e espanhol) influência foi francesa. Com a hegemonia

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estadunidense, sobretudo após a Segunda Hebraico: aleluia, Páscoa, sábado, Jesus, Maria
Guerra Mundial, a influência do inglês tornou-se etc.
avassaladora. Italiano: maestro, piano, pastel, lasanha, espa-
Alguns exemplos de empréstimos lexicais: guete, salsicha, adágio, pizza, parmesão, mila-
Alemão: elmo, lança, espeto, gás, guerra, gan- nesa, gazeta, carnaval etc.
so, norte, sul, hambúrguer, realengo, Ricardo, Inglês: bife, clube, esporte, futebol, voleibol,
zinco etc. basquete, jóquei, surfe, tênis, náilon, vagão,
Árabe: arroz, azeite, açucareira, alface, almo- shopping, show, xampu, pedigree, gol, pênalti
fada, açúcar, arrabalde, até, algodão, alfaiate, etc.
armazém, algema, oxalá, nácar, muçulmano Japonês: biombo, jiu-jitsu, judô, quimono, nis-
etc. sei, samurai, gueixa etc.
Celtibero: arnês, brisa, bacalhau etc. Línguas indígenas: tatu, araponga, saci, pitan-
Chinês: chá, chávena, nanquim, pequinês etc. ga, Iracema, Itu, Iguaçu, jiboia, pajé, caboclo,
Basco: cachorro, modorra (e muitas palavras caipira, capiau, capixaba, tapioca, moqueca,
em arro, arra, orro). mingau, paçoca, pamonha, pipoca, cumbuca,
Espanhol: castanhola, cavalheiro, caudilho, ni- cajá, caju, jacá, arapuca, biboca, maloca, pe-
nharia, ojeriza, bolero etc. teca, tocaia, piteira, capão, tapera, catapora,
Fenício: Lusitânia, Espanha, barca. jururu, sarará, cutucar, pitar, sapecar etc.
Francês: elite, greve, avenida, detalhe, pose, Línguas africanas: corcunda, cafundó, camun-
toalete, tricô, guichê, garçom, matinê, menu, dongo, curinga, dengue, fubá, farofa, quiabo,
bom-tom, abajur, chance, gafe, costume, quilombo, mulango, bamba, cafuné, banguela,
boné, buquê, crochê etc. mambembe, acarajé, vatapá, xinxim, xingar,
fungar etc.
Grego: anjo, apóstolo, bíblia, nostalgia, telefo-
ne, microscópio, balada, batismo, cemitério e Russo e línguas eslavas: mazurca, estepe, vodca,
palavras presentes nas listas de radicais e pre- mujique, rublo, soviete, politburo etc.
fixos gregos. Turco: divã, sultão, algoz, horda, lacaio etc.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Leia atentamente a tira abaixo.

01.
No segundo quadro, o personagem apõe o prefixo anti- à palavra guru. Explique por que o segun-
do e o terceiro quadro compõem uma contradição.
Resolução
Ao se dizer um antiguru, Rhalah Rikota condena a atitude mitificadora e laudatória das outras perso-
nagens, que parecem não entender, todavia, o sentido da aposição do prefixo grego anti-.

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02. Fuvest-SP II. A expressividade dos seis últimos ver-


E não há melhor resposta sos decorre, em parte, do jogo de opo-
que o espetáculo da vida: sições entre palavras. Exemplo dessa
vê-la desfiar seu fio, oposição semântica se dá entre os ter-
que também se chama vida, mos explosão e franzina ou explosão
ver a fábrica que ela mesma, e pequena. A palavra “explosão” cria
teimosamente, se fabrica, a expectativa de potência, amplitude,
vê-la brotar como há pouco grandiosidade; os adjetivos franzina
em nova vida explodida; (o mesmo que enfraquecida, débil) e
mesmo quando é assim pequena pequena contrariam essa expectativa,
a explosão, como a ocorrida; configurando a oposição semântica.
mesmo quando é uma explosão III. João Cabral de Melo Neto usa repetida-
como a de há pouco, franzina; mente, na segunda metade do poema,
mesmo quando é a explosão o vocábulo mesmo com a intenção re-
de uma vida severina. tórica de reforçar o enunciado anterior.
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. a. São verdadeiros apenas os itens I e III.
Observe as considerações apresentadas abai- b. São verdadeiros apenas os itens I e II.
xo e confira se são verdadeiras ou falsas. De- c. É verdadeiro apenas o item I.
pois, assinale a alternativa adequada. d. É verdadeiro apenas o item II.
I. A fim de obter um efeito expressivo, e. São verdadeiros todos os itens.
o poeta utiliza, em “a fábrica” e “se Resolução
fabrica”, um substantivo e um verbo
que têm o mesmo radical. Nota-se o O vocábulo “mesmo” reforça características da
mesmo recurso em “fio” e “desfiar”, ou vida severina: “pequena” e “franzina”.
seja, substantivo e verbo formados a Resposta
partir de um mesmo radical.
B

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CAPÍTULO 05 VERBO
1. Definição Os verbos terminados em -zer (dizer, fazer,
Verbo expressa ação, estado e fenômenos na- trazer etc.) e -zir (traduzir, produzir etc.), no
turais, em relação a um tempo. imperativo afirmativo, admitem a perda do e
final da segunda pessoa do singular: dize ou
diz tu, traduze ou traduz tu.
2. Classificação
V. Defectivos
A. Quanto à vogal temática São os verbos que, por razões diversas, não
• Primeira conjugação – A: amar, cha- são conjugados em todas as pessoas, tempos
mar, estar ou modos. São exemplos os verbos reaver e
precaver, que, no presente do indicativo, só
• Segunda conjugação – E: tremer, cor- se conjugam na 1ª e 2ª pessoas do plural, não
rer, fazer, pôr (poer) possuindo as demais formas desse tempo,
nem as que se originam de alguma delas.
• Terceira conjugação – I: partir, fugir, sentir
Presente do indicativo:
B. Quanto ao paradigma a. reavemos, reaveis
I. Regulares b. precavemos, precaveis
São os verbos que mantêm inalterado o seu Presente do subjuntivo:
radical em todas as etapas da conjugação e se- c. não existe
guem fielmente os paradigmas. d. não existe
II. Irregulares Imperativo afirmativo:
São os verbos cujo radical ou desinência so- e. reavei vós
fre alteração em alguma etapa da conjugação f. precavei vós
verbal; não obedecem precisamente, pois, ao Imperativo negativo:
paradigma da respectiva conjugação.
g. não existe
III. Anômalos h. não existe
Não há consenso entre os gramáticos em torno
dos verbos anômalos. Alguns autores conside- C. Verbos auxiliares – Locução verbal
ram apenas os verbos ser e ir como anômalos, Os verbos auxiliares participam da conjuga-
assim definidos por se constituírem de mais de ção de outros verbos, chamados principais, os
quais se apresentam no gerúndio ou no infini-
um radical primário (ser: sou, era, fui; ir: vou,
tivo (nas locuções verbais) e no particípio (nos
ia, fui). Outros acrescentam a esses todos os tempos compostos).
que sofrem acentuadas alterações no radical: – Tenho viajado muito nas últimas semanas.
dizer (digo, disse, direi, dito); fazer (faço ,fiz,
– Nós havíamos trabalhado juntos anterior-
farei, feito); caber (caibo, coube; cabia); pôr mente.
(ponho, põe, punha, pus) etc. – Eu estava descansando quando ele chegou.
IV. Abundantes – Você pretende sair da empresa?
São os verbos que apresentam mais de uma
forma para a mesma flexão. É o caso dos ver- D. Formas rizotônicas e arrizotônicas
bos haver (havemos ou hemos, haveis ou heis), Rizotônicas (do grego rizo, “raiz”, e tonôs, “força”)
construir (constrói ou construi, constroem ou são as formas verbais cujo acento tônico ocorre
construem) e dos verbos que apresentam mais
de uma forma no particípio, caso de pagar (pa- dentro do radical: ando, corres, partem etc.
gado, pago), aceitar (aceitado, aceito, aceite) etc.

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Arrizotônicas, ao contrário, são as formas B. Tempo e modo


verbais cujo acento tônico ocorre fora do ra-
Exclusivas do verbo, as flexões de tempo e
dical (na vogal temática ou nas desinên-
modo podem indicar, respectivamente, o mo-
cias): andamos, correrá, partiríeis etc.
mento em que ocorrem os processos verbais e
a atitude do emissor da mensagem com rela-
3. Flexões verbais
ção a eles. Há três tempos básicos (presente,
A. Número e pessoa pretérito e futuro) e três modos: o indicativo,
O verbo flexiona-se em número (singular e plu- que denota certeza (ando, andei, andarei); o
ral) e em pessoa: primeira (o emissor), segunda subjuntivo, que exprime alguma possibilida-
(o receptor) e terceira (o referente). de, dúvida, incerteza quanto à realização do
ANDAR
fato (talvez eu ande, se andássemos, quando
andarem); e o imperativo, por meio do qual
Número se dão ordens ou se fazem pedidos, sugestões,
Pessoa
Singular Plural súplicas (Ande rápido. Não andem por lá).
1ª ando andamos Além dos modos e tempos, há as formas no-
minais: gerúndio (andando), infinitivo (andar)
2ª andas andais
e particípio (andado).
3ª anda andam

Modo Formas simples Exemplos

Presente ando

perfeito andei

Pretérito imperfeito andava


Indicativo mais-que-perfeito andara

do presente andarei
Futuro
do pretérito andaria

afirmativo andemos
Imperativo (Presente)
negativo não andemos

Presente ande

Subjuntivo Pretérito imperfeito andasse

Futuro do presente andar

Apresentamos a seguir os paradigmas (ou modelos) de conjugação. Para você conjugar os verbos
regulares, basta trocar os radicais and-, corr- e part- pelos radicais dos verbos que serão conjugados.

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Tempos simples
Modo indicativo
Primeira conjugação Segunda conjugação Terceira conjugação
Presente

ando corro parto


andas corres partes
anda corre parte
andamos corremos partimos
andais correis partis
andam correm partem
Pretérito perfeito

andei corri parti


andaste correste partiste
andou correu partiu
andamos corremos partimos
andastes correstes partistes
andaram correrem partiram
Pretérito imperfeito

andava corria partia


andavas corrias partias
andava corria partia
andávamos corríamos partíamos
andáveis corríeis partíeis
andavam corriam partiam
Pretérito mais-que-perfeito

andara correra partira


andaras correras partiras
andara correra partira
andáramos corrêramos partíramos
andáreis corrêreis partíreis
andaram correram partiram
Futuro do pretérito
andaria correria partiria
andarias correrias partirias
andaria correria partiria
andaríamos correríamos partiríamos
andaríeis correríeis partiríeis
andariam correriam partiriam

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Modo subjuntivo
Presente

ande corra parta


andes corras partas
ande corra parta
andemos corramos partamos
andeis corrais partais
andem corram partam
Pretérito imperfeito

andasse corresse partisse


andasses corresses partisses
andasse corresse partisse
andássemos corrêssemos partíssemos
andásseis corrêsseis partísseis
andassem corressem partissem
Futuro

andar correr partir


andares correres partires
andar correr partir
andarmos corrermos partirmos
andardes correrdes partirdes
andarem correrem partirem

Modo imperativo
Afirmativo

anda (tu) corre (tu) parte (tu)


ande (você) corra (você) parta (você)
andemos (nós) corramos (nós) partamos (nós)
andai (vós) correi (vós) parti (vós)
andem (vocês) corram (vocês) partam (vocês)

Negativo

não andes (tu) não corras (tu) não partas (tu)


não ande (você) não corra (você) não parta (você)
não andemos (nós) não corramos (nós) não partamos (nós)
não andeis (vós) não corrais (vós) não partais (vós)
não andem (vocês) não corram (vocês) não partam (vocês)

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Formas nominais

Infinitivo pessoal

andar andarmos correr corrermos partir partirmos


andares andardes correres correrdes partires partirdes
andar andarem correr correrem partir partirem

Infinitivo impessoal

andar correr partir

Gerúndio

andando correndo partindo

Particípio

andado corrido partido

C. Verbos auxiliares e anômalos (ser, ir, estar, ter, haver)


Em virtude de seu largo uso na língua, é fundamental conhecer bem a conjugação dos verbos
auxiliares. Nas locuções verbais e nos tempos compostos, eles antecedem o verbo principal, que
se apresenta numa forma nominal (gerúndio, particípio ou infinitivo).
Vejamos a conjugação dos auxiliares mais comuns, entre os quais estão os verbos ser e ir, classi-
ficados como anômalos, conforme estudaremos mais adiante.

Modo indicativo

Presente

sou vou estou tenho hei


és vais estás tens hás
é vai está tem há
somos vamos estamos temos havemos (hemos)
sois ides estais tendes haveis (heis)
são vão estão têm hão

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Pretérito perfeito

fui fui estive tive houve


foste foste estiveste tiveste houveste
foi foi esteve teve houve
fomos fomos estivemos tivemos houvemos
fostes fostes estivestes tivestes houvestes
foram foram estiveram tiveram houveram

Pretérito imperfeito

era ia estava tinha havia


eras ias estavas tinhas havias
era ia estava tinha havia
éramos íamos estávamos tínhamos havíamos
éreis íeis estáveis tínheis havíeis
eram iam estavam tinham haviam

Pretérito mais-que-perfeito

fora fora estivera tivera houvera


foras foras estiveras tiveras houveras
fora fora estivera tivera houvera
fôramos fôramos estivéramos tivéramos houvéramos
fôreis fôreis estivéreis tivéreis houvéreis
foram foram estiveram tiveram houveram

Futuro do presente

serei irei estarei terei haverei


serás irás estarás terás haverás
será irá estará terá haverá
seremos iremos estaremos teremos haveremos
sereis ireis estareis tereis havereis
serão irão estarão terão haverão

Futuro do pretérito

seria iria estaria teria haveria


serias irias estarias terias haverias
seria iria estaria teria haveria
seríamos iríamos estaríamos teríamos haveríamos
seríeis iríeis estaríeis teríeis haveríeis
seriam iriam estariam teriam haveriam

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Modo subjuntivo
Presente

seja vá esteja tenha haja


sejas vás estejas tenhas hajas
seja vá esteja tenha haja
sejamos vamos estejamos tenhamos hajamos
sejais vades estejais tenhais hajais
sejam vão estejam tenham hajam

Pretérito imperfeito

fosse fosse estivesse tivesse houvesse


fosses fosses estivesses tivesses houvesses
fosse fosse estivesse tivesse houvesse
fôssemos fôssemos estivéssemos tivéssemos houvéssemos
fôsseis fôsseis estivésseis tivésseis houvésseis
fossem fossem estivessem tivessem houvessem

Futuro

for for estiver tiver houver


fores fores estiveres tiveres houveres
for for estiver tiver houver
formos formos estivermos tivermos houvermos
fordes fordes estiverdes tiverdes houverdes
forem forem estiverem tiverem houverem

Modo imperativo
Afirmativo

sê (tu) vai (tu) está (tu) tem (tu) há (tu)


seja (você) vá (você) esteja (você) tenha (você) haja (você)
sejamos (nós) vamos (nós) estejamos (nós) tenhamos (nós) hajamos (nós)
sede (vós) ide (vós) estai (vós) tende (vós) havei (vós)
sejam (vocês) vão (vocês) estejam (vocês) tenham (vocês) hajam (vocês)

Negativo

não sejas (tu) não vás (tu) não estejas (tu) não tenhas (tu) não hajas (tu)
não seja (você) não vá (você) não esteja (você) não tenha (você) não haja (você)
não sejamos (nós) não vamos (nós) não estejamos (nós) não tenhamos (nós) não hajamos (vós)
não sejais (vós) não vades (vós) não estejais (vós) não tenhais (vós) não hajais (vós)
não sejam (vocês) não vão (vocês) não estejam (vocês) não tenham (vocês) não hajam (vocês)

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Formas nominais
Gerúndio

sendo indo estando tendo havendo

Particípio

sido ido estado tido havido

Infinitivo

ser ir estar ter haver

D. Desdobramentos do presente do indicativo e do subjuntivo


A partir do presente do indicativo formam-se o presente do subjuntivo e o modo imperativo.
Esses dois tempos presentes têm várias implicações gramaticais, por isso são destacadamente
importantes.
I. Presente do subjuntivo

Verbos regulares
Tempo verbal importantíssimo, apresenta a letra “E” no lugar da vogal temática nos verbos regu-
lares da 1ª conjugação, e a letra “A” no lugar da vogal temática nos verbos regulares da 2ª e da
3ª conjugações.

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo


and - o and - e corr - o corr - a part - o part - a


andas and - es corres corr - as partes part - as
anda and - e corre corr - a parte part - a
andamos and - emos corremos corr - amos partimos part - amos
andais and - eis correis corr - ais partis part - ais
andam and - em correm corr - am partem part - am

Verbos irregulares
Primeira conjugação

DAR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

dou dê
dás dês
dá dê
damos demos
dais deis
dão deem

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Observação
Atente para a grafia das formas de terceira pessoa do plural: dão e deem. A forma deem se asse-
melha à do presente do indicativo dos verbos crer, ler e ver (creem, leem, veem).

ESTAR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

estou esteja
estás estejas
está esteja
estamos estejamos
estais estejais
estão estejam

Observação
Tanto dar quanto estar fogem à regra de formação do presente do subjuntivo, a partir da primeira
pessoa do singular do presente do indicativo.

PASSEAR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

passeio passeie
passeias passeies
passeia passeie
passeamos passeemos
passeais passeeis
passeiam passeiem

Observações
a) Passear serve de modelo a todos os verbos terminados em -ear: arrear, barbear, bloquear,
cear, folhear, homenagear, nomear, frear, pontear, recear, titubear etc.
b) Repare na irregularidade das formas da primeira e da segunda pessoas do plural.

ANSIAR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

Eu anseio Eu anseie
Tu anseias Tu anseies
Ele anseia Ele anseie
Nós ansiamos Nós ansiemos
Vós ansiais Vós ansieis
Eles anseiam Eles anseiem

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Observações
• Os verbos irregulares terminados em - iar, que formam a sigla MARIO (mediar, ansiar, reme-
diar, incendiar e odiar) e seus derivados, apresentam irregularidades na primeira e na segunda
pessoas do plural.
• Os demais verbos terminados em - iar são regulares.

ANUNCIAR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo

Eu anuncio Eu anuncie
Tu anuncias Tu anuncies
Ele anuncia Ele anuncie
Nós anunciamos Nós anunciemos
Vós anunciais Vós anuncieis
Eles anunciam Eles anunciem

Pelo verbo anunciar conjugam-se adiar, comerciar, copiar, negociar, renunciar, vadiar, variar e os
demais terminados em “iar”.
Segunda conjugação

CRER LER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

crei - o crei - a lei - o lei - a


crês crei - as lês lei - as
crê crei - a lê lei - a
cremos crei - amos lemos lei - amos
credes crei - ais ledes lei - ais
creem crei - am leem lei - am

Observações
• São verbos regulares em outros tempos.
• Repare na semelhança entre as segundas e as terceiras pessoas do plural dos dois verbos.

CABER SABER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

caib - o caib - a sei saib - a


cabes caib - as sabes saib - as
cabe caib - a sabe saib - a
cabemos caib - amos sabemos saib - amos
cabeis caib - ais sabeis saib - ais
cabem caib - am sabem saib - am

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QUERER REQUERER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

quero queir - a requeir - o requeir - a


queres queir - as requeres requeir - as
quer queir - a requer requeir - a
queremos queir - amos requeremos requeir - amos
quereis queir - ais requereis requeir - ais
querem queir - am requerem requeir - am

Observação
Repare no fato de que, no verbo querer, o radical do presente do indicativo e o do presente do
subjuntivo apresentam diferenças.

PERDER VALER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

perc - o perc - a valh - o valh - a


perdes perc - as vales valh - as
perde perc - a vale valh - a
perdemos perc - amos valemos valh - amos
perdeis perc - ais valeis valh - ais
perdem perc - am valem valh - am

DIZER FAZER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

dig - o dig - a faç - o faç - a


dizes di - as fazes faç - as
diz dig - a faz faç - a
dizemos dig - amos fazemos faç - amos
dizeis dig - ais fazeis faç - ais
dizem dig - am fazem faç - am

TRAZER PODER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

trag - o trag - a poss - o poss - a


trazes trag - as podes poss - as
traz trag - a pode poss - a
trazemos trag - amos podemos poss - amos
trazeis trag - ais podeis poss - ais
trazem trag - am podem poss - am

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PÔR VER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

ponh - o ponh - a vej - o vej - a


pões ponh - as vês vej - as
põe ponh - a vê vej - a
pomos ponh - amos vemos vej - amos
pondes ponh - ais vedes vej - ais
põem ponh - am veem vej - am

Observações
• A terceira pessoa do singular do presente do indicativo de poder (pode) é homógrafa de
pôde (pretérito perfeito).
• Atente na grafia da terceira pessoa do presente do indicativo de pôr (põe, põem) e de
ver (vê, veem).

HAVER SER TER

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo

hei haj - a sou sej - a tenh - o tenh - a


hás haj - as és sej - as tens tenh - as
há haj - a é sej - a tem tenh - a
havemos (hemos) haj - amos somos sej - amos temos tenh - amos
haveis (heis) haj - ais sois sej - ais tendes tenh - ais
hão haj - am são sej - am têm tenh - am

Observações
• Os verbos haver e ser têm presente do subjuntivo que não se forma a partir do radical do
presente do indicativo.
• As formas do presente do subjuntivo de haver são homófonas com as do verbo agir: aja,
ajas, aja, ajamos, ajais, ajam.
• O verbo haver é abundante no presente do indicativo: havemos ou hemos, haveis ou heis.
• Atente nas formas de terceira pessoa do singular e do plural do verbo ter: ele tem e eles
têm. Nos verbos derivados, as formas de singular e de plural são acentuadas: mantém,
mantêm; detém, detêm; contém, contêm etc.

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49

Terceira conjugação

ADERIR COMPETIR PREFERIR

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo

adir - o adir - a compit - o compit - a prefir - o prefir - a


aderes adir - as competes compit - as preferes prefir - as
adere adir - a compete compit - a prefere prefir - a
aderimos adir - amos competimos compit - amos preferimos prefir - amos
aderis adir - ais competis compit - ais preferis prefir - ais
aderem adir - am competem compit - am preferem prefir - am

Observações
• Repare que a irregularidade desses verbos está na primeira pessoa do singular do pre-
sente do indicativo: o radical do infinitivo (ader- , compet- , prefer-) é trocado por adir- ,
compit-, prefir-.
• Outros verbos têm a mesma irregularidade: advertir, conferir, despir, digerir, discernir,
divergir, divertir, expelir, ferir, inserir, investir, referir, repelir, repetir, seguir, sentir, servir,
sugerir, vestir etc.

AGREDIR PREVENIR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

agrid - o agrid - a previn - o previn - a


agrides agrid - as prevines previn - as
agride agrid - a previne previn - a
agredimos agrid - amos prevenimos previn - amos
agredis agrid - ais prevenis previn - ais
agridem agrid - am previnem previn - am

Observação
Atente-se ao fato de que as formas de primeira e de segunda pessoas do plural do presente
do subjuntivo não trocam o e por i. É o que também ocorre com denegrir, progredir, regredir,
transgredir.

ENGOLIR MEDIR OUVIR

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo

engul - o engul - a meç - o meç - a ouç - o ouç - a


engoles engul - as medes meç - as ouves ouç - as
engole engul - a mede meç - a ouve ouç - a
engolimos engul - amos medimos meç - amos ouvimos ouç - amos
engolis engul - ais medis meç - ais ouvis ouç - ais
engolem engul - am medem meç - am ouvem ouç - am

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50

Observações
• Conjugam-se semelhantemente a engolir os derivados de cobrir (descobrir, encobrir, re-
cobrir), além de dormir e tossir.
• Seguem o modelo de medir os verbos pedir, despedir, impedir.

IR VIR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Presente do indicativo Presente do subjuntivo

vou vá venho venh - a


vais vás vens venh - as
vai vá vem venh - a
vamos vamos vimos venh - amos
ides vades vindes venh - ais
vão vão vêm venh - am

Observações
• Observe que o verbo ir é anômalo; confronte as formas de segunda pessoa do plural: ides
e vades.
• São idênticas as formas de primeira e terceira pessoas do plural, nos dois presentes de ir:
vamos e vão.
• Não confunda as formas de terceira pessoa do singular e do plural do presente do indica-
tivo de ver (vê, veem) e de vir (vem, vêm).
• Seguem a conjugação de vir os derivados: advir, convir, desavir-se, intervir, provir, sobrevir.
Nesses verbos, as terceiras pessoas do singular e do plural do presente do indicativo são
acentuadas graficamente: advém, advêm; convém, convêm; desavém-se, desavêm-se; in-
tervém, intervêm; provém, provêm; sobrevém, sobrevêm.

ACUDIR ENTUPIR SUMIR

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo

acud - o acud - a entup - o entup - a sum - o sum - a


acodes acud - as entopes entup - as somes sum - as
acode acud - a entope entup - a some sum - a
acudimos acud - amos entupimos entup - amos sumimos sum - amos
acudis acud - ais entupis entup - ais sumis sum - ais
acodem acud - am entopem entup - am somem sum - am

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51

Observação
Têm o mesmo tipo de irregularidade os verbos: bulir, consumir, cuspir, fugir, sacudir e subir.

CERZIR FUGIR SORTIR

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo

cirz - o cirz - a fuj - o fuj - a surt - o surt - a


cirzes cirz - as foges fuj - as surtes surt - as
cirze cirz - a foge fuj - a surte surt - a
cerzimos cirz - amos fugimos fuj - amos sortimos surt - amos
cerzir cirz - ais fugis fuj - ais sortis surt - ais
cirzem cirz - am fogem fuj - am surtem surt - am

CAIR MOER (2ª conjugação) ATRIBUIR

Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do Presente do


indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo indicativo subjuntivo

cai - o cai - a mo - o mo - a atribu - o atribu - a


cais cai - as móis mo - as atribuis atribu - as
cai cai - a mói mo - a atribui atribu - a
caímos cai - amos moemos mo - amos atribuímos atribu - amos
caís cai - ais moeis mo - ais atribuís atribu - ais
caem cai - am moem mo - am atribuem atribu - am

Observações
• Repare que a irregularidade desses verbos se manifesta na terceira pessoa do singular do
presente do indicativo, que tem a desinência i, e não e.
• Seguem esses modelos, respectivamente: decair, sair; roer.
• Concluir, contribuir, diminuir, distribuir, possuir e retribuir seguem o modelo de atribuir.

II. Formação do imperativo

• Imperativo afirmativo
Não se conjuga a primeira pessoa do singular. A segunda pessoa do singular e do plural são ex-
traídas do presente do indicativo com supressão do -s final. As demais formas são obtidas do
presente do subjuntivo, sem nenhuma alteração.
• Imperativo negativo
É extraído diretamente do presente do subjuntivo. Assim, temos:

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Presente do Imperativo Presente do Imperativo


indicativo afirmativo subjuntivo negativo
ando ∅ ande ∅ (Não)
andas (-s) anda andes andes
anda ande ande ande
andamos andemos andemos andemos
andais (-s) andai andeis andeis
andam andem andem andem

Presente do Imperativo Presente do Imperativo


indicativo afirmativo subjuntivo negativo
corro ∅ corra ∅ (Não)
corres (-s) corre corras corras
corre corra corra corra
corremos corramos corramos corramos
correis (-s) correi corrais corrais
correm corram corram corram

Presente do Imperativo Presente do Imperativo


indicativo afirmativo subjuntivo negativo
parto ∅ parta ∅ (Não)
partes (-s) parte partas partas
parte parta parta parta
partimos partamos partamos partamos
partis (-s) parti partais partais
partam partam partam partam

DAR

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

dou – dê –

dás (-s) dá dês não dês

dá dê dê não dê

damos demos demos não demos

dais (-s) dai deis não deis

dão deem deem não deem

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53

ESTAR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

estou – esteja –

estás (-s) está estejas não estejas

está esteja esteja não esteja

estamos estejamos estejamos não estejamos

estais (-s) estai estejais não estejais

estão estejam estejam não estejam

PERDER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

perco – perca –

perdes (-s) perde percas não percas

perde perca perca não perca

perdemos percamos percamos não percamos

perdeis (-s) perdei percais não percais

perdem percam percam não percam

VALER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

valho – valha –

vales (-s) vale valhas não valhas

vale valha valha não valha

valemos valhamos valhamos não valhamos

valeis (-s) valei valhais não valhais

valem valham valham não valham

DIZER
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

digo – diga –
dizes (-s) diz/dize digas não digas
diz diga diga não diga
dizemos digamos digamos não digamos
dizeis (-s) dizei digais não digais
dizem dizem digam não digam

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PÔR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

ponho – ponha –
pões (-s) põe ponhas não ponhas
põe ponha ponha não ponha
pomos ponhamos ponhamos não ponhamos
pondes (-s) ponde ponhais não ponhais
põem ponham ponham não ponham

• O imperativo afirmativo de ser obedece apenas parcialmente às regras de formação vistas.


IR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

vou – vá –
vais (-s) vai vás não vás
vai vá vá não vá
vamos vamos vamos não vamos
ides (-s) ide vades não vades
vão vão vão não vão

• Os imperativos afirmativo e negativo de ir, em virtude de suas anomalias, apresentam


várias formas coincidentes.
OUVIR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

ouço – ouça –
ouves (-s) ouve ouças não ouças
ouve ouça ouça não ouça
ouvimos ouçamos ouçamos não ouçamos
ouvis (-s) ouvi ouçais não ouçais
ouvem ouçam ouçam não ouçam

VIR
Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

venho – venha –
vens (-s) vem venhas não venhas
vem venha venha não venha
vimos venhamos venhamos não venhamos
vindes (-s) vinde venhais não venhais
vêm venham venham não venham

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III. Verbos defectivos


1º grupo: não possuem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo e, por conse-
guinte, apresentam lacunas nos seus desdobramentos. Entre outros, pertencem a este grupo os
seguintes verbos: abolir, aturdir, banir, brandir, brunir, carpir, colorir, demolir, emergir, exaurir,
fremir, fulgir, haurir, imergir, jungir, retorquir, ungir.
COLORIR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

– – – –
colores – colore –
colore – – –
colorimos – – –
coloris – colori –
colorem – – –

2º grupo: só se conjugam nas formas arrizotônicas do presente do indicativo. Consequentemen-


te, apresentam mais lacunas que os verbos do 1º grupo. Fazem parte do 2º grupo: aguerrir,
combalir, comedir-se, delinquir, descomedir-se, embair, empedernir, falir, foragir-se, fornir,
precaver-se, reaver, renhir.
REAVER

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

– – – –
– – – –
– – – –
reavemos – – –
reaveis – reavei –
– – – –

FALIR

Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

– – – –
– – – –
– – – –
falimos – – –
falis – fali –
– – – –

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56

PRECAVER
Presente do indicativo Presente do subjuntivo Imperativo afirmativo Imperativo negativo

– – – –
– – – –
– – – –
precavemos – – –
precaveis – precavei –
– – – –

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Ufla-MG Tudo é cinema.
Na frase "É improvável que algo assim possa Ninguém precisa de problema.
existir!", o emprego do modo subjuntivo do Arnaldo Antunes
verbo destacado justifica-se porque: Assinale a opção que explicita a atitude comu-
a. expressa ordem, conselho, pedido. nicativa do eu lírico no texto.
b. expressa um fato certo, uma certeza. a. O texto apresenta uma atitude comuni-
c. expressa um fato situado no tempo cativa quanto à percepção do tempo, lin-
presente. guisticamente centrada na predominân-
cia do presente do indicativo.
d. exprime um fato provável, duvidoso,
hipotético. b. O texto explicita atitudes comunicativas,
centradas em um tempo da memória
e. assume, nesse contexto, função de realce.
que se expressa linguisticamente no pre-
Resolução sente do indicativo com valor de pretéri-
O modo subjuntivo exprime um fato hipotéti- to perfeito.
co, duvidoso. c. O texto apresenta uma atitude comu-
nicativa centrada linguisticamente no
Resposta presente do indicativo, empregado no
D lugar do pretérito perfeito, para expres-
02. UFF-RJ sar uma comparação.
Cada lugarzinho tem d. O texto explicita uma atitude comunicati-
um canto escondido. va de um tempo de memória centrada na
Um ao meio-dia, um às três da tarde. expressão representativa de movimento.
Cada passarinho tem e. O texto apresenta uma atitude comunica-
um canto exclusivo. tiva centrada em fatos de memória que se
Às vezes passa um carro, mas só às vezes. expressam no emprego do presente do in-
E as ondas do mar não param de passar. dicativo, com valor de futuro do pretérito.
Quem tem medo de cobra
põe sapato. Resolução
Quem não tem, a mãe A percepção do tempo está centrada predomi-
obriga a pôr. nantemente em verbos no presente do indica-
O mormaço apazigua a cor. tivo (tem, passa, tem, obriga, apazigua, chove,
Às vezes chove, mas só às vezes. estende, deita, é, precisa).
Estende a esteira pra ver as estrelas. Resposta
Sobre a areia deita-se também. A

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57

03. Sistema COC


Leia o anúncio publicitário a seguir e responda à questão.

Disponível em: <http://www.talent.com.br/blog/?p=498>.

Na frase “Saia da Sibéria e vem pra NET já”, não Resolução


há uniformidade de tratamento, pois a forma Deve-se identificar, no anúncio publicitário,
verbal “saia” está no imperativo afirmativo da 3ª marca linguística comum na oralidade: falta de
pessoa do singular (você) e “vem” está no impe- uniformidade de tratamento no uso da formas
rativo afirmativo da 2ª pessoa do singular (tu). verbais no imperativo, como pode ser visto na
Sabendo disso, encontre a alternativa em que a mensagem da propaganda, que, de uma só
uniformidade de tratamento na frase da propa- vez, usou "saia" (imperativo afirmativo da 3ª
ganda é mantida. pessoa do singular: você) e "vem" (imperativo
a. Saia da Sibéria e venha pra NET já. afirmativo da2ª pessoa do singular: tu).
b. Sai da Sibéria e venha pra NET já. Resposta
c. Sais da Sibéria e vem pra NET já. A
d. Saias da Sibéria e vem pra NET já. 04. ENEM
e. Saias da Sibéria e venha pra NET já.
A chuva capou o gato
Resolução
Capar o gato no cearencês significa ir
Deve-se identificar, no anúncio publicitário, embora. Não é à toa que, historicamente,
marca linguística comum na oralidade: falta em julho, o índice pluviométrico no Ceará
de uniformidade de tratamento no uso das é o menor em relação à Bahia, às Alagoas,
formas verbais no imperativo, como pode ser Pernambuco e ao Rio Grande do Norte. Isso
visto na mensagem da propaganda, que, de quer dizer que, quando assistimos a uma
uma só vez, usou “saia” (imperativo afirmativo previsão do tempo na TV, afirmando que vai
da 3ª pessoa do singular: você) e “vem” (impe- chover no litoral do Nordeste, a gente diz
rativo afirmativo da 2ª pessoa do singular: tu). logo: “arre égua, no Ceará mesmo não”.

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58

Portanto, se você quer aproveitar de Resolução


verdade o sol do Nordeste em julho, faça A única alternativa em que a uniformidade de
como o próprio sol: escolha o Ceará como tratamento foi mantida, ou seja, todos os verbos
destino e venha conferir a nova atração do estão na segunda pessoa do singular (tu), é a E.
Beach Park, o Ramubrinká.
Propaganda do Beach Park, em Resposta
Fortaleza. In: Folha de S. Paulo. E
No segundo parágrafo do texto, empregou-se 05. Fuvest-SP
o tratamento de terceira pessoa do singular Os verbos estão corretamente empregados
com o uso do pronome você. No entanto, é
apenas na frase:
comum no falar corrente do nordestino o em-
prego do pronome tu. a. No cerne de nossas heranças culturais,
encontram-se os idiomas que as trans-
Assinale a única alternativa em que o segundo mitem de geração em geração e que as-
parágrafo foi corretamente reescrito, trocan- segurem a pluralidade das civilizações.
do-se o pronome “você” pelo pronome “tu”.
b. Se há episódios traumáticos em nosso
a. Portanto, se tu queres aproveitar de
verdade o sol do Nordeste em julho, passado, não poderemos avançar a não
faça como o próprio sol: escolhe o Cea- ser que os encaramos.
rá como destino e vem conferir a nova c. Estresse e ambiente hostil são apenas
atração do Beach Park, o Ramubrinká. alguns dos fatores que possam desen-
b. Portanto, se tu queres aproveitar de cadear uma explosão de fúria.
verdade o sol do Nordeste em julho, d. A exigência interdisciplinar impõe a
faça como o próprio sol: escolha o Cea- cada especialista que transcenda sua
rá como destino e vem conferir a nova própria especialidade e que tome cons-
atração do Beach Park, o Ramubrinká. ciência de seus próprios limites.
c. Portanto, se tu queres aproveitar de e. O que hoje talvez possa vir a tornar-se
verdade o sol do Nordeste em julho, uma técnica para prorrogar a vida, sem
faze como o próprio sol: escolhe o Cea- dúvida, amanhã, possa vir a tornar-se
rá como destino e venha conferir a nova uma ameaça.
atração do Beach Park, o Ramubrinká.
Resolução
d. Portanto, se tu quer aproveitares de
verdade o sol do Nordeste em julho, Os verbos foram utilizados coerentemente na
faz como o próprio sol: escolhe o Cea- alternativa D, que apresenta correlação verbal
rá como destino e vem conferir a nova adequada às conjunções presentes no perío-
atração do Beach Park, o Ramubrinká. do, tanto que as demais opções teriam as se-
e. Portanto, se tu queres aproveitar de guintes correções: a – asseguram; b – encare-
verdade o sol do Nordeste em julho, mos; c – podem; e – poderá.
faz como o próprio sol: escolhe o Cea- Resposta
rá como destino e vem conferir a nova
atração do Beach Park, o Ramubrinká. D

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59

E. Desdobramentos do pretérito perfeito do indicativo


No pretérito perfeito do indicativo, podemos encontrar a forma verbal geratriz do pretérito
mais-que-perfeito, do futuro do subjuntivo e do pretérito imperfeito do subjuntivo. Esses três
desdobramentos podem ser feitos de duas maneiras: através da observância dos morfemas espe-
cíficos desses tempos ou por meio de um processo mais prático. Você poderá, portanto, escolher
o que mais lhe convier. Neste livro, optamos pelo segundo.
Verbos regulares
Pretérito perfeito Pretérito mais-que- Futuro do Pretérito imperfeito
do indicativo -perfeito do indicativo subjuntivo do subjuntivo
Primeiro esquema

andei anda ra anda r anda sse


anda ste anda ras anda res anda sses
andou anda ra anda r anda sse
andamos andá ramos anda rmos andá ssemos
andastes andá reis anda rdes andá sseis
andaram anda ram anda rem anda ssem

Pretérito perfeito Pretérito mais-que- Futuro do Pretérito imperfeito


do indicativo -perfeito do indicativo subjuntivo do subjuntivo

andei anda ra anda r anda sse


andaste anda ras anda res anda sses
Segundo esquema

andou anda ra anda r anda sse


andamos andá ramos anda rmos andá ssemos
andastes andá reis anda rdes andá sseis
andaram anda ram anda rem anda ssem
andaram andara andar anda
+ sse

corri correra correr corresse


correste correra s correr es corresse s
correu correra correr corresse
corremos corrêra mos correr mos corrêsse mos
correstes corrêre is correr des corrêsse is
correram correra m correr em corresse m
correram correra correra corre
+ sse

parti partira partir partisse


partiste partira s partir es partisse s
partiu partira partir partisse
partimos partíra mos partir mos partísse mos
partistes partíre is partir des partísse is
partiram partira m partir em partisse m
partiram partira partir parti
+ sse

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60

Verbos irregulares e anômalos (ser, ir)


Verbo Pretérito Pretérito Futuro do Pretérito imperfeito
(derivados) perfeito mais-que-perfeito subjuntivo do subjuntivo

VER vi vimos viram viram viram + sse


viste vistes
(antever, viu viram vira víramos vir virmos visse víssemos
entrever, viras víreis vires virdes visses vísseis
prever, rever) vira viram vir virem visse vissem
viram

VIR vim viemos vieram vieram vieram + sse


(advir, convir, vieste viestes
desavir-se, veio vieram viera viéramos vier viermos viesse viéssemos
intervir, vieras viéreis vieres vierdes viesses viésseis
provir, sobrevir) viera vieram vier vierem viesse viessem
vieram

pus pusemos puseram puseram puseram + sse


PÔR puseste pusestes
(apor, depor, pôs puseram pusera puséramos puser pusermos pusesse puséssemos
dispor, propor puseras puséreis puseres puserdes pusesses pusésseis
etc.) puseram
pusera puseram puser puserem pusesse pusessem

pude pudemos puderam puderam puderam + sse


pudeste pudestes
pôde puderam pudera pudéramos puder pudermos pudéssemos
PODER puderas pudéreis puderes puderdes pudesse pudésseis
pudera puderam puder puderem pudesses pudessem
puderam pudesse

dei demos deram deram deram + sse


deste destes
deu deram dera déramos der dermos desse déssemos
DAR deras déreis deres derdes desses désseis
dera deram der derem desse dessem
deram

tive tivemos tiveram tiveram tiveram + sse


TER tiveste tivestes
(ater-se, conter, teve tiveram tivera tivéramos tiver tivermos tivesse tivéssemos
deter, entreter-se, tiveras tivéreis tiveres tiverdes tivesses tivésseis
manter etc.) tivera tiveram tiver tiverem tivesse tivessem
tiveram

estive estivemos estiveram estiveram estiveram + sse


estiveste estivestes
ESTAR esteve estiveram estivera estivéramos estiver estivermos estivesse estivéssemos
(sobrestar) estiveras estivéreis estiveres estiverdes estivesses estivésseis
estivera estiveram estiver estiverem estivesse estivessem
estiveram

fui fomos foram foram foram + sse


foste fostes
SER foi foram fora fôramos for formos fosse fôssemos
IR foras fôreis fores fordes fosses fôsseis
fora foram for forem fosse fossem
foram

HAVER houve houvemos houveram houveram houveram + sse


(seguem houveste houvestes
esse modelo houve houveram houvera houvéramos houver houvermos houvesse houvéssemos
aprazer, houveras houvéreis houveres houverdes houvesses houvésseis
comprazer etc.) houveram
houvera houveram houver houverem houvesse houvessem

reouve reouvemos reouveram reouveram reouveram + sse


REAVER reouveste reouvestes
(derivado de reouve reouveram reouvera reouvéramos reouver reouvermos reouvesse reouvéssemos
haver) reouveras reouvéreis reouveres reouverdes reouvesses reouvésseis
reouveram reouvera reouveram reouver reouverem reouvesse reouvessem

coube coubemos couberam couberam couberam + sse


coubeste coubestes
CABER coube couberam coubera coubéramos couber coubermos coubesse coubéssemos
couberas coubéreis couberes couberdes coubesses coubésseis
coubera couberam couber couberem coubesse coubessem
couberam

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61

Verbo Pretérito Pretérito Futuro do Pretérito imperfeito


(derivados) perfeito mais-que-perfeito subjuntivo do subjuntivo

soube soubemos souberam souberam souberam + sse


soubeste soubestes
SABER soube souberam soubera soubéramos souber soubermos soubesse soubéssemos
souberas soubéreis souberes souberdes soubesses soubésseis
soubera souberam souber souberem soubesse soubessem
souberam

DIZER disse dissemos disseram disseram disseram + sse


(bendizer, disseste dissestes
condizer, disse disseram dissera disséramos disser dissermos dissesse disséssemos
contradizer, disseras disséreis disseres disserdes dissesses dissésseis
maldizer, dissesse dissessem
predizer) dissera disseram disser disserem
disseram

FAZER fiz fizemos fizeram fizeram fizeram + sse


(desfazer, fizestes fizestes
liquefazer, fez fizeram fizera fizéramos fizer fizermos fizesse fizéssemos
perfazer, fizeras fizéreis fizeres fizerdes fizesses fisésseis
satisfazer, fizesse fizessem
refazer) fizera fizeram fizer fizerem
fizeram

trouxe trouxemos trouxeram trouxeram trouxeram + sse


trouxeste trouxestes
TRAZER trouxe trouxeram trouxera trouxéramos trouxer trouxermos trouxesse trouxéssemos
(retrazer) trouxeras trouxéreis trouxeres trouxerdes trouxesses trouxésseis
trouxera trouxeram trouxer trouxerem trouxesse trouxessem
trouxeram

quis quisemos quiseram quiseram quiseram + sse


quiseste quisestes
QUERER quis quiseram quisera quiséramos quiser quisermos quisesse quiséssemos
(confronte com quiseras quiséreis quiseres quiserdes quisesses quisésseis
REQUERER) quisera quiseram quiser quiserem quisesse quisessem
quiseram

Atente na regularidade e nas formas problemáticas dos verbos abaixo.


Verbo Pretérito Pretérito Futuro do Pretérito imperfeito
(derivados) perfeito mais-que-perfeito subjuntivo do subjuntivo
cri cremos creram creram creram + sse
creste crestes
creu creram crera crêramos crer crermos cresse crêssemos
CRER creras crêreis creres crerdes cresses crêsseis
(descrer) crera creram crer crerem cresse cressem
creram

provi provemos proveram proveram proveram + sse


PROVER proveste provestes
(confronte com proveu proveram provera provêramos prover provermos provesse provêssemos
prever e provir) proveras provêreis proveres proverdes provesses provêsseis
provera proveram prover proverem provesse provessem
proveram

precavi precavemos precaveram precaveram precaveram + sse


PRECAVER precaveste precavestes
(confronte com precaveu precaveram precavera precavêramos precaver precavermos precavesse precavêssemos
haver e reaver) precaveras precavêreis precaveres precaverdes precavesses precavêsseis
precavera precaveram precaver precaverem precavesse precavessem
precaveram

requeri requeremos requereram requereram requereram + sse


requereste requerestes
REQUERER requereu requereram
(confronte com requerera requerêramos requerer requerermos requeresse requerêssemos
querer) requereras requerêreis requereres requererdes requeresses requerêsseis
requerera requereram requerer requererem requeresse requeressem
requereram

F. Desdobramentos do infinitivo
No infinitivo impessoal podemos encontrar a forma que origina o pretérito imperfeito do indica-
tivo, o futuro do presente do indicativo, o futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal,
o gerúndio e o particípio. Basta suprimir do infinitivo impessoal sua vogal temática e a desinência
-r para se obter o radical: andar – ar = and, correr – er = corr –, partir – ir = part –.

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62

• Pretérito imperfeito do indicativo: ao radical acrescentam-se -ava, -avas, -ava, -ávamos,


-áveis,- avam (para os verbos da primeira conjugação) e -ia, -ias, -ia, -íamos, -íeis, -iam
(para os da segunda e da terceira conjugação).
• Futuro do presente: ao radical acrescenta-se a vogal temática seguida de -rei, -rás, -rá,
-remos, -reis, -rão.
• Futuro do pretérito: ao radical acrescenta-se a vogal temática seguida de -ria, -rias, -ria,
-ríamos, -ríeis, -riam.
• Infinitivo pessoal: ao infinitivo impessoal adiciona-se -es (segunda pessoa do singular),
-mos, -des, -em (no plural).
• Gerúndio: ao radical acrescenta-se a vogal temática seguida de -ndo.
• Particípio: ao radical acrescenta-se -ado (para os verbos da primeira conjugação) e ido
(para os verbos da segunda e da terceira conjugação).
Verbos regulares
Primeira conjugação

Infinitivo Pretérito imperfeito


Infinitivo impessoal Futuro do presente Futuro do pretérito
pessoal do indicativo

and ar andar and ava and arei and aria


Gerúndio andar es and avas and arás and arias
andar and ava and ará and aria
and ando
andar mos and ávamos and aremos and aríamos
Particípio andar des and áveis and areis and aríeis
and ado andar em and avam and arão and ariam

Segunda conjugação

Infinitivo Infinitivo Pretérito imperfeito


Futuro do presente Futuro do pretérito
impessoal pessoal do indicativo

corr er correr corr ia corr erei corr eria


Gerúndio correr es corr ias corr erás corr erias
correr corr ia corr erá corr eria
corr endo
correr mos corr íamos corr eremos corr eríamos
Particípio correr des corr íeis corr ereis corr eríeis
corr ido correr em corr iam corr erão corr eriam

Terceira conjugação

Infinitivo Infinitivo Pretérito imperfeito


Futuro do presente Futuro do pretérito
impessoal pessoal do indicativo

part ir partir part ia part irei part iria

Gerúndio partir es part ias part irás part irias


partir part ia part irá part iria
part indo partir mos part íamos part iremos part iríamos
Particípio partir des part íeis part ireis part iríeis
partir em part iam part irão part iriam
part ido

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63

Verbos problemáticos
Pretérito imperfeito Formas
Verbo Futuro do presente Futuro do pretérito
do indicativo nominais

via víamos verei veremos veria veríamos ver


VER vias víeis verás vereis verias veríeis vendo
via viam verá verão veria veriam visto

vinha vínhamos virei viremos viria viríamos vir


vindo
VIR vinhas vínheis virás vireis virias viríeis
vindo (igual ao
vinha vinham virá virão viria viriam gerúndio)

punha púnhamos porei poremos poria poríamos pôr


PÔR punhas púnheis porás poreis porias poríeis pondo
punha punham porá porão poria poriam posto

era éramos serei seremos seria seríamos ser


SER eras éreis serás sereis serias seríeis sendo
era eram será serão seria seriam sido

ia íamos irei iremos iria iríamos ir


IR ias íeis irás ireis irias iríeis indo
ia iam irá irão iria iriam ido

tinha tínhamos terei teremos teria teríamos ter


TER tinhas tínheis terás tereis terias teríeis tendo
tinha tinham terá terão teria teriam tido

cria críamos crerei creremos creria creríamos crer


CRER crias críeis crerás crereis crerias creríeis crendo
cria criam crerá crerão creria creriam crido
quererei
queria queríamos quereria quereríamos querer
quereremos
QUERER querias queríeis quererias quereríeis querendo
quererás querereis
queria queriam quereria quereriam querido
quererá quererão

dizia dizíamos direi diremos diria diríamos dizer


DIZER dizias dizíeis dirás direis dirias diríeis dizendo
dizia diziam dirá dirão diria diriam dito

fazia fazíamos farei faremos faria faríamos fazer


FAZER fazias fazíeis farás fareis farias faríeis fazendo
fazia faziam fará farão faria fariam feito

trazia trazíamos trarei traremos traria traríamos trazer


TRAZER trazias trazíeis trarás trareis trarias traríeis trazendo
trazia traziam trará trarão traria trariam trazido

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64

Tempos compostos
Modo indicativo

Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito

tenho (hei) tinha (havia)


tens (hás) tinhas (havias) andado
tem (há) andado tinha (havia) corrido
temos (havemos) corrido tínhamos (havíamos) partido
tendes (haveis) partido tínheis (havíeis)
têm (hão) tinham (haviam)

Futuro do presente Futuro do pretérito

terei (haverei) teria (haveria)


terás (haverás) terias (haverias)
terá (haverá) andado teria (haveria) andado
teremos (haveremos) corrido teríamos (haveríamos) corrido
tereis (havereis) partido teríeis (haveríeis) partido
terão (haverão) teriam (haveriam)

Modo subjuntivo

Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito

tenha (haja) tivesse (houvesse)


tenhas (hajas) tivesses (houvesses) andado
tenha (haja) andado tivesse (houvesse) corrido
tenhamos (hajamos) corrido tivéssemos (houvéssemos) partido
tenhais (hajais) partido tivésseis (houvésseis)
tenham (hajam) tivessem (houvessem)

Futuro do presente

tiver (houver)
tiveres (houveres)
tiver (houver) andado
tivermos (houvermos) corrido
tiverdes (houverdes) partido
tiverem (houverem)

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65

Formas nominais

Infinitivo pessoal Infinitivo impessoal

ter (haver) andado


ter (haver)
corrido
teres (haveres)
partido
ter (haver) andado
Gerúndio
termos (havermos) corrido
tendo (havendo) andado
terdes (haverdes) partido
corrido
terem (haverem)
partido

G. Verbos especiais
I. Verbos abundantes
São chamados de abundantes os verbos que possuem mais de uma forma equivalente, ou seja,
duas ou mais formas para uma mesma flexão. Em geral, a abundância ocorre no particípio, mas
pode ser encontrada também fora dele. Tal é o caso de haver (havemos ou hemos, haveis ou
heis), querer e requerer (quer ou quere, requer ou requere), dizer, fazer, trazer (no imperativo:
dize ou diz tu, faze ou faz tu, traze ou traz tu) etc.
Veja, a seguir, os verbos abundantes cujas formas de particípio podem ser regulares (-ado, -ido)
ou irregulares.

Infinitivo Particípio regular Particípio irregular

aceitar aceitado aceito, aceite


entregar entregado entregue
enxugar enxugado enxuto
expulsar expulsado expulso
fartar fartado farto
findar findado findo
ganhar ganhado ganho
gastar gastado gasto
1ª conjugação isentar isentado isento
juntar juntado junto
limpar limpado limpo
matar matado morto
ocultar ocultado oculto
salvar salvado salvo
pagar pagado pago
segurar segurado seguro
soltar soltado solto

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66

acender acendido aceso


benzer benzido bento
eleger elegido eleito
2ª conjugação morrer morrido morto
nascer nascido nato, nado
prender prendido preso
suspender suspendido suspenso

corrigir corrigido correto


emergir emergido emerso
erigir erigido ereto (erecto)
exaurir exaurido exausto
expelir expelido expulso
extinguir extinguido extinto
3ª conjugação frigir frigido frito
imergir imergido imerso
impelir impelido impulso
imprimir imprimido impresso
inserir inserido inserto
tingir tingido tinto
submergir submergido submerso

Observações
• O verbo chegar admite, na língua culta, somente o particípio regular chegado. Condena-se,
pois, a forma “chego” com valor de particípio, comum na linguagem oral, como em “eu
tenho chego cedo”. O certo seria “eu tenho chegado cedo”.
• Os verbos matar e morrer têm o mesmo particípio irregular: morto
• Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados só admitem
o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo (particípio
igual ao gerúndio).
• O uso das formas regulares e irregulares do particípio depende do verbo auxiliar que a elas
se anteponha. Com os auxiliares ter e haver emprega-se, em geral, o particípio regular; o
sentido da construção é ativo. O particípio irregular é precedido de ser, estar ou ficar e o
sentido é passivo. Observe:
A população tinha elegido aquele candidato. (sentido ativo)
Aquele candidato tinha sido eleito pela população. (sentido passivo)

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67

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. 02.
Preencha as lacunas com o particípio do verbo Observando as seguintes frases, como distin-
dos parênteses adequadamente flexionado. guir o particípio do gerúndio nos verbos des-
a. A polícia havia ___________________ tacados?
a multidão. a. As equipes têm vindo completamente
A multidão encontrava-se __________. despreparadas para o torneio.
(dispersar) b. As equipes estão vindo completamente
b. O mestre havia ___________________ despreparadas para o torneio.
todas as dúvidas. Resolução
A raça humana teria sido ___________
pela catástrofe nuclear. (extinguir) O verbo vir e seus derivados (advir, convir, in-
c. Elas haviam _________________ todas tervir) têm a mesma forma para o particípio e
as ordens. o gerúndio. O que nos permite distinguir uma
Todas as ordens haviam sido ________. da outra é o contexto. Acompanhando o verbo
(aceitar) ter, vindo é particípio; acompanhando o verbo
d. Os estrangeiros haviam ___________ estar, é gerúndio.
caro pela liberdade. Forma prática de descobrir-se isso é trocar o
O preço que havia sido _____________ verbo vir por outro verbo qualquer. Como em
era alto demais. (pagar) nenhum outro essa coincidência acontece, as
e. Uma ordem do juiz havia formas verbais substitutivas serão necessaria-
_________________ o réu.
mente diferentes e fáceis de ser reconhecidas
O réu havia sido __________________
como particípio ou gerúndio.
por ordem do juiz. (soltar)
a. As equipes têm comparecido completa-
Resolução
mente despreparadas para o torneio. (particípio)
a. dispersado e disperso; b) extinguido e ex-
b. As equipes estão comparecendo comple-
tinto; c) aceitado e aceito; d) pagado e pago;
tamente despreparadas para o torneio. (ge-
e. soltado e solto (nessa ordem). Com os au-
rúndio)
xiliares ter e haver, na formação dos tempos
compostos, usa-se o particípio regular; com os
auxiliares ser e estar, em frases de sentido pas-
sivo ou na função de predicativo, com valor de
adjetivo, usa-se o particípio irregular.

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68

03.
Leia atentamente o texto abaixo

a. Reescreva as falas de Hagar, substituin- 04.


do as formas de presente do indicativo Assinale a alternativa que contém erro quanto
pelas de pretérito imperfeito do indica- ao uso do verbo no particípio.
tivo. Faça as alterações necessárias.
a. Enquanto não se manifestavam os jura-
b. No texto ocorre um desvio gramatical dos, a plateia já havia chegado a uma
relacionado ao verbo precisar. Reescre- conclusão.
va a frase em que ele ocorre, de acordo
com a norma culta do idioma. b. Quem é que disse que tudo que fora
dito não poderia ter sido escrito?
c. O efeito humorístico do quadrinho de-
corre de uma contradição. Explique-a. c. Aconchegado que estava em seu leito,
nada via nem de nada participava.
Resolução
d. Os meninos tinham chego antes que o
a. Tudo o que um homem precisava era de dia amanhecesse.
um bom lar, comida e roupas para a sua famí- e. Mais fortuna teriam juntado se mais
lia... No entanto, em toda parte, havia ciúme, tempo tivessem tido.
ganância e desejo de poder... Mas eu ia acabar
com isso! Assim que me tornasse rei! Resolução
b. Tudo o de que um homem precisa é um O verbo chegar possui um único particípio:
bom lar, comida e roupas para sua família. chegado.
c. A fala “Assim que me tornar rei” contradiz Resposta
a condenação à ganância e ao desejo do po- D
der, feita por Hagar numa fala anterior.

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69

CAPÍTULO 06 OUTRAS CLASSES GRAMATICAIS


1. Substantivo barcação/barqueiro; fogaréu/fogueira etc.
Os substantivos derivados se formam por
A. Conceitos fundamentais meio de processos de derivação, geralmente
com o auxílio de prefixos ou sufixos
Substantivo é uma classe gramatical constitu-
ída pelas palavras que nomeiam os seres de Chamam-se simples os substantivos que
forma geral: reais ou imaginários, os objetos, têm um único radical em sua formação: pul-
os lugares, os grupos de seres, as ações, os es- so, peste, câncer, raiva, gripe, sarampo, sífi-
tados, as sensações, os sentimentos, os fenô- lis, ciúmes, raiva, corpo etc. Compostos são
menos etc. os substantivos que apresentam mais de um
Esse conjunto de palavras está sempre em cres- radical na sua estrutura mórfica: arterioscle-
cimento para suprir a necessidade de se desig- rose, aeroterrestre, alto-falante, ecoturis-
nar o que o avanço científico ou as alterações mo, neurocirurgião, hidroterapia etc.
socioculturais oferecem. Por isso é que surgem Quanto à extensão (ou abrangência), a tra-
novos substantivos a toda hora, como internau- dição gramatical define o substantivo co-
ta, mensalão, economês, biogás, blogueiro etc. mum como o designativo de qualquer indi-
Os substantivos têm uma característica grama- víduo pertencente a uma espécie de seres,
tical exclusiva: são antecedidos ou aceitam ser ou seja, aquele que nomeia genericamente:
antecedidos por palavras conhecidas como de- menino, aluna, livro, mar, planeta, monta-
terminantes: artigos ou pronomes possessivos e nha etc. São próprios os substantivos que
demonstrativos. nomeiam um indivíduo específico ou exclu-
Aliás, os determinantes não só antecedem sivo dentro de uma espécie: Alberto, Lore-
(ou podem anteceder) substantivos “de fato”, na, D. Casmurro, Cáspio, Netuno, Aconcágua
como são capazes de tornar qualquer palavra etc. Os substantivos próprios mais impor-
de diferentes classes gramaticais num subs- tantes e mais frequentemente usados são os
tantivo. Enfim, os determinantes substanti- que indicam nomes de pessoas (antropôni-
vam as palavras. Veja: mos) e os que indicam nomes de lugares ou
acidentes geográficos (topônimos).
Seu não me aborrece muito. Quanto ao significado (ainda de acordo com
Não venha com esse mas... a tradição), os substantivos podem ser con-
Os substantivos podem ser classificados cretos ou abstratos. São concretos os subs-
conforme: tantivos que designam “os seres e as coisas”
a. a sua formação em primitivos ou deri- que existem ou existiriam por si mesmos, in-
vados; dependentemente de outros seres para essa
existência (seja no plano real, seja no domí-
b. a sua estrutura em simples ou compostos; nio da imaginação): corpo, homem, profes-
c. a sua extensão (abrangência) em co- sor, porta, Deus, fada, saci, mula sem cabeça
muns ou próprios; etc. Abstratos são os substantivos que no-
d. o seu significado em concretos ou meiam as emoções, os sentimentos, os esta-
abstratos. dos, as ações, as qualidades, ou seja, o que
São primitivos os substantivos que não pro- não existe por si mesmo, mas em dependên-
vêm de outro vocábulo, funcionando como cia de outro ser para se manifestar: Sorriso,
uma espécie de “matriz” que pode gerar ou- alegria, repulsa, escuridão, fogo, rancor, amor,
tras palavras: muro, corpo, porta, boi, barco, ódio, estudo, abalo, queda, ascensão etc.
fogo etc. A partir desses, podem-se formar, Existem também os substantivos coletivos, que
por exemplo, os seguintes substantivos deri- designam conjuntos de seres pertencentes a
vados: mural/muralha; corporação/corpús- uma mesma espécie: multidão, batalhão, alca-
culo; porteiro/portal; boiada/boiadeiro; em- teia, enxame, arquipélago, pinacoteca etc.

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70

B. Flexões Grande parte dos substantivos apresenta duas


formas diferentes para a indicação do gênero:
I. Gênero
são os substantivos biformes, como bode/ca-
Na língua portuguesa, os substantivos podem bra, pai/mãe, aluno/aluna etc. Há também os
pertencer ao gênero masculino ou femini- que têm uma única forma para os dois gêne-
no. Os substantivos masculinos são os que, ros: são chamados uniformes, como o/a den-
em geral, admitem o artigo definido o(s) e tista, o jacaré, a criança etc.
normalmente designam pessoas e outros
• Substantivos biformes cognatos (que
animais do sexo masculino (Artur, menino,
têm o mesmo radical): pato, pata; galo,
cachorro, cavalo, gato, galo), funções de-
galinha.
sempenhadas por homens (diretor, impera-
dor, padre), os meses, os pontos cardeais, • Substantivos biformes não cognatos:
alguns acidentes geográficos (janeiro, feve- cavaleiro, amazona; cavalheiro, dama.
reiro, norte, oeste, o Nilo, o Pacífico, o Titi- • Substantivos uniformes comum de
caca, o Minuano, os Andes) etc. dois: o/a agente, dentista, colega,
Os substantivos femininos geralmente ad- pianista.
mitem o artigo definido a(s) e nomeiam • Substantivos uniformes sobrecomuns:
seres humanos e outros animais do sexo fe- o algoz, o cônjuge, a vítima, a criança.
minino (Melissa, menina, cadela, égua, gata, • Substantivos uniformes epicenos: a
galinha), funções exercidas por mulheres águia macho, a águia fêmea.
(diretora, imperatriz, freira), além de nomes
em que estão subentendidas as palavras ci- Alguns substantivos costumam causar dúvi-
dade e ilha (a promissora Taubaté, as Bale- das quanto ao gênero, e o uso popular, mui-
ares) etc. tas vezes, constitui um desvio à norma culta.
Quanto a isso, merecem destaque as seguin-
Você não pode confundir, porém, os concei-
tes observações:
tos de gênero e sexo. No caso de substan-
tivos designativos dos seres humanos e de a. são masculinos: apêndice; clã (tri-
muitos outros animais, os termos masculino bo, unidade social); champanha; dó
e feminino podem referir-se tanto à flexão (compaixão); decalque; eclipse; for-
gramatical de gênero quanto à distinção micida; gengibre; grama (unidade de
fisiológica fundamentada no sexo. É o que peso); guaraná; lança-perfume; mi-
ocorre, por exemplo, com atriz (gênero e lhar; pijama; proclama; saca-rolhas;
sexo femininos) ou embaixador (gênero e sósia; telefonema.
sexo masculinos). Entretanto, não procede b. são femininos: aguardente; alface; al-
o conceito de sexo para vocábulos como cunha; apendicite; bacanal; cal; cólera;
caderno (gênero masculino) ou caneta (gê- comichão; decalcomania; derme; dina-
nero feminino). Ademais, mesmo em cer- mite; ênfase; entorse; fênix; libido; ga-
tos casos, gênero e sexo não são conceitos ragem; matinê; omoplata.
convergentes. É o que ocorre, por exemplo,
com certos substantivos como: o cônjuge c. são indiferentemente masculinos ou
(substantivo do gênero masculino que de- femininos: avestruz; componente; cris-
signa pessoas de sexos diferentes: o marido ma; diabetes; laringe; ordenança; per-
e a esposa), a testemunha (substantivo de sonagem; renque (fileira); sentinela;
gênero feminino, designativo de ambos os soprano; suéter.
sexos), a girafa (substantivo de gênero femi-
nino, designativo de ambos os sexos) etc.

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71

Outros substantivos podem ter significados diferentes, dependendo do gênero. Alguns dos mais
comuns são:

– a cabeça (parte do corpo) – o cabeça (líder, chefe)


– a capital (cidade principal) – o capital (dinheiro)
– a gênese (origem) – o gênese (livro bíblico)
– a cisma (receio) – o cisma (separação religiosa)
– a cura (ato ou efeito de curar) – o cura (pároco)
– a estepe (tipo de vegetação) – o estepe (pneu sobressalente)
– a lotação (capacidade de um veículo) – o lotação (o veículo)
– a moral (conduta; conclusão) – o moral (ânimo; respeitabilidade)
– a rádio (a estação) – o rádio (o aparelho)

II. Número
Regra geral
Na língua portuguesa, a maioria dos substantivos pode assumir as duas formas de flexão numéri-
ca: o singular e o plural. Em geral, acrescenta-se -s ao substantivo terminado em vogal e ditongo
(oral ou nasal) para a formação de plural:

• vogal oral: mesa/mesas, parede/paredes, jabuti/jabutis, teto/tetos, urutu/urutus etc.


• vogal nasal ã: órfã/órfãs, ímã/ímãs, tecelã/tecelãs etc.
• ditongo oral: pai/pais, nau/naus, rei/reis, réu/réus, plebeu/plebeus, herói/heróis etc.
• ditongo nasal: mãe/mães, mão/mãos, armazém/armazéns, pólen/polens etc.

Plural de compostos com hífen


• elementos variáveis: substantivo, adjetivo, numeral; elementos invariáveis: verbo, advér-
bio e preposição: guardas-noturnos, boias-frias, sempre-vivas, grão-duques, bate-bocas,
vice-presidentes, ex-diretores etc.
• palavras repetidas ou onomatopaicas: apenas a segunda vai para o plural: teco-tecos,
plim-plins, reco-recos etc.
• flexiona-se o primeiro substantivo quando o segundo exprime finalidade ou semelhança:
escolas-padrão, peixes-boi etc.
• invariáveis: bota-fora, porta-joias etc.
Plural de compostos sem hífen
• substantivos unidos por preposição: apenas o primeiro vai para o plural: pés de moleque,
mulas sem cabeça etc.

Palavras sempre usadas no plural


• os afazeres, os anais, os arredores, nossos avós (antepassados), os confins, as exéquias,
minhas férias, as núpcias, as trevas, os víveres, os óculos.

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III. Grau Tanto os artigos definidos quanto os indefini-


Exprimem-se o grau aumentativo e o grau di- dos podem ser empregados na sua forma sim-
minutivo de um substantivo de duas manei- ples (ou pura), ou contraídos ou combinados
ras: acrescentando-lhe um adjetivo que indica com preposição:
aumento ou diminuição (grande/pequeno; Artigos definidos
enorme; diminuto etc.) – é a forma analítica;
acrescentando-lhe um sufixo (-inho, -zinho, o a os as
-zão, -zarrão etc) – é a forma sintética.
a ao à aos às
As formas sintéticas nem sempre se relacio-
nam a tamanho, podendo também conferir de do da dos das
valores afetivos (carinho, desprezo, admira-
em no na nos nas
ção, ironia): filhinho, sujeitinho, coisinha, gen-
talha, timeco, timaço, golaço, mulherão etc. por (per) pelo pela pelos pelas

2. Artigo Artigos indefinidos

A. Conceitos fundamentais um uma uns umas


O artigo é uma classe de palavras que, ante- de dum duma duns dumas
postas mediata ou imediatamente ao substanti-
vo, têm o papel de particularizar ou generalizar em num numa nuns numas
o emprego desse substantivo no contexto,
sem, entretanto, modificar o significado desse Observe que as combinações são apenas duas
nome. (ao e aos) e que as contrações à e às são conhe-
cidas como crase. Note também que as formas
B. Artigo definido e indefinido contractas (“encolhidas”) num, numa, nuns e
numas existem a par das não contraídas (em um,
Particularizantes são os artigos definidos: o, em uma, em uns, em umas) e que são pouco fre-
a, os, as; generalizantes são os artigos inde- quentes as contrações da preposição de com os
finidos: um, uma, uns, umas. Compare, por indefinidos, sobretudo os masculinos (dum, duns).
exemplo, o sentido das orações:
As formas contractas não podem ser usadas
Conversei durante muito tempo com a garota. antes de títulos (jornais, livros, poemas etc.)
que se iniciam com artigos:
Conversei durante muito tempo com uma garota.
Você leu o editorial de O Globo?
Contextualizadas, as sentenças veiculam men-
sagens bem distintas. Na primeira situação, Esta frase está em Os sertões, de Euclides da
alude-se a uma garota da qual o receptor pa- Cunha.
rece ter alguma informação prévia, o que não Fez muitas referências a Os lusíadas.
ocorre no segundo caso, já que se faz uma re-
Atuou em Um homem, uma mulher.
ferência genérica, nebulosa, indefinida.
Perceba que, em um contexto maior, os ar- O mesmo deve ocorrer em construções sintáti-
tigos indefinidos servem também para apre- cas em que a preposição precede artigo no papel
sentar ao receptor um elemento pela primeira de adjunto adnominal de sujeito do infinitivo:
vez, e artigos definidos servem para retomá-lo
adiante, sinalizando esse elemento como já Está na hora de o avião decolar.
conhecido. Perceba como isso ocorre neste Chegaria o momento de os vizinhos recla-
pequeno trecho narrativo: marem.
Referiu-se ao modo peculiar de as crianças
Em um corredor gelado da escola, um estra- brincarem.
nho aluno de capuz negro... O rapaz arrasta- Em virtude de uns carros saírem rápido, ela
va pelo piso frio um carrinho de madeira. O se assustou.
carrinho era...

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Não obstante, encontram-se, tanto na literatura brasileira quanto na portuguesa, exemplos que
corroboram a tendência popular de contrariar tal orientação:
“... voltou depois do infante estar proclamado regedor” (Alexandre Herculano, Fragmentos, 44)
“... apesar das couves serem uma das espécies” (Rui Barbosa, apud Pedro A. Pinto)

3. Numeral
O numeral é uma classe de palavras que, relacionadas explícita ou implicitamente ao substantivo
(ou pronome substantivo, ou palavra substantivada), servem para quantificá-lo (um, dois, três; dobro,
duplo, triplo; meio, um terço, três quartos) ou para ordená-lo (primeiro, segundo, terceiro).

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


um primeiro (simples)
meio
dois segundo dobro, duplo
terço
três terceiro triplo, tríplice
quarto
quatro quarto quádruplo
quinto
cinco quinto quíntulo
sexto
seis sexto sêxtuplo
sétimo
sete sétimo sétuplo
oitavo
oito oitavo óctuplo
nono
nove nono nônuplo
décimo
dez décimo décuplo
onze avos
onze décimo primeiro undécuplo
doze avos
doze décimo segundo duodécuplo
treze avos
treze décimo terceiro —
quatorze avos
quatorze, catorze décimo quarto —
quinze avos
quinze décimo quinto —
dezesseis avos
dezesseis décimo sexto —
dezessete avos
dezessete décimo sétimo —
dezoito avos
dezoito décimo oitavo —
dezenove avos
dezenove décimo nono —
vinte avos
vinte vigésimo —
trinta avos
trinta trigésimo —
quarenta avos
quarenta quadragésimo —
cinquenta avos
cinquenta quinquagésimo —
sessenta avos
sessenta sexagésimo —
setenta avos
setenta septuagésimo —
oitenta avos
oitenta octogésimo —
noventa avos
noventa nonagésimo —
centésimo
cem centésimo cêntuplo
ducentésimo
duzentos ducentésimo —
trecentésimo
trezentos trecentésimo —
quadringentésimo
quatrocentos quadringentésimo —
quingentésimo
quinhentos quingentésimo —
sexcentésimo
seiscentos sexcentésimo —
septingentésimo
setecentos septingentésimo —
octingentésimo
oitocentos octingentésimo —
nongentésimo
novecentos nongentésimo —
milésimo
mil milésimo —
milionésimo
milhão milionésimo —
bilionésimo
bilhão (bilião) bilionésimo —

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74

A. Numeral cardinal
Os numerais cardinais designam a quantidade em si mesma (numerais substantivos) ou a quan-
tidade relacionada a substantivos (numerais adjetivos):

Cinco menos três são dois. (numerais substantivos)


Cinco oradores revezaram-se naquelas duas noites. (numerais adjetivos)

Flexionam-se em gênero os cardinais um, dois, ambos e as centenas a partir de duzentos: uma,
duas, ambas, duzentas, trezentas, oitocentas etc.
Os cardinais milhão, bilhão (ou bilião), trilhão etc. flexionam-se em número: milhões, bilhões (ou
biliões), trilhões etc. Os outros numerais cardinais são invariáveis.
Os numerais quatorze, dezesseis, dezessete e dezenove apresentam as formas variantes catorze,
dezasseis, dezassete e dezanove, as três últimas empregadas, normalmente, em Portugal. São
desnecessárias ou condenadas as formas: “douze”, “cincoenta”, “hum” e “treis”.
Em princípio, os cardinais designam quantidade precisa, mas frequentemente são empregados
em hipérboles, exprimindo indeterminação exagerada:

Depois do céu azul anil, chuvas mil.


Já lhe disse isso um milhão de vezes.
Trilhões de asneiras.

Intercala-se a conjunção e nas centenas, dezenas e unidades, mas deve ser omitida entre as
sequências de três algarismos, isto é, não deve ser empregada no intervalo que coincide com o
ponto de separação:
46 = quarenta e seis
146 = cento e quarenta e seis
1.146 = mil cento e quarenta e seis
(Mas: mil e cem, mil e duzentos, mil e trezentos etc.)
845.916.336.146 = oitocentos e quarenta e cinco bilhões, novecentos e dezesseis milhões, tre-
zentos e trinta e seis mil cento e quarenta e seis.

B. Numeral ordinal
O numeral ordinal designa a ordem de sucessão ocupada numa série pelos objetos, seres etc.
Podem ser substantivos (geralmente determinados pelos artigos definidos) ou adjetivos (quando
acompanham um substantivo):

Somos os primeiros a questioná-la. (numeral substantivo)


Os primeiros colocados receberão prêmios. (numeral adjetivo)

Os ordinais variam, normalmente, em gênero e número: primeiro, primeira, primeiros, primeiras;


centésimo, centésima, centésimos, centésimas etc. São também muito frequentes as derivações
sufixais (aumentativas, diminutivas e superlativas) de alguns ordinais na linguagem coloquial:

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Primeirão!
Ela foi a primeirinha a chegar.
Isto é de primeiríssima qualidade!
Agora o seu time disputará a Segundona (Segunda Divisão de Futebol).

Cognato de primeiro(a), o latinismo primo(a) é empregado em alguns casos: obra-prima, maté-


ria-prima, números primos, meu primo, minhas primas, de prima (de primeira) etc.
Por derivação imprópria, alguns ordinais, convertidos em adjetivos, não denotam ordem, senão
qualidade (superior ou inferior):

É um material didático de primeira.


Você comprou um produto de segunda.
Aquilo era um lugar de terceira.

Os ordinais até décimo devem ser usados na designação de séculos, papas, soberanos, partes de
obras etc., quando pospostos ao substantivo. A partir de onze, empregam-se os cardinais:

Século I (primeiro) João Paulo II (segundo) Parte I (primeira)

Século II (segundo) Paulo VI (sexto) Tomo III (terceiro)

Século IX (nono) João XXIII (vinte e três) Capítulo IX (nono)

Século X (décimo) Henrique VIII (oitavo) Capítulo XI (onze)

Século XI (onze) Luís XVI (dezesseis) Ato III (terceiro)

Século XX (vinte) Canto V (quinto) Ato XIII (treze)

Uma pequena diferença ocorre na numeração de artigos de portarias, decretos, leis: usam-se os
ordinais até o nono; daí em diante, empregam-se os cardinais:

Artigo I (primeiro) Artigo VIII (oitavo) Artigo X (dez)


Artigo II (segundo) Artigo IX (nono) Artigo XVIII (dezoito)

Anteposto ao substantivo, deve-se usar o numeral ordinal:


décimo primeiro século
vigésimo segundo papa

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Leia atentamente o texto a seguir:
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales

Identifique a classe gramatical das palavras presentes no primeiro quadrinho.


Resolução
O – art. def.
bicho–preguiça – subst.
estava – verbo
jogando – verbo
xadrez – subst.
com – prep.
a – art. def.
lesma – subst.
quando – conj. s. tempor.
a – art. def.
tartaruga – subst.
chegou – verbo
02.
Leia atentamente o texto a seguir e explique o seu efeito humorístico relacionado ao emprego
do vocábulo homem.
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales

Resolução
Nas duas ocorrências, homem tem valores semânticos distintos: corajoso, valente (na primei-
ra) e ser humano (na segunda). O fato decorre basicamente pelo não uso/uso de artigos.
03.

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Leia atentamente a tirinha e o texto que a segue:


A.

B. “Depois da derrota, a equipe estava com o moral no chão.”


Pergunta-se: O substantivo moral está sendo usado de maneira correta em ambos os casos? Qual
o sentido que tem, respectivamente, em cada um deles?
Resolução
O emprego da palavra está correto somente no item B.
Tanto na tirinha como no texto, moral tem o sentido de ânimo, estado de espírito.

04.
Coloque corretamente um artigo para que o sentido da frase fique adequado.
a. Havia uma fila enorme n_ caixa do supermercado. E tudo porque você me pediu ____
guaraná!
b. Ele quebrou __ omoplata, mas depois comemorou a saída do pronto-socorro tomando
____ champanha.
c. A cerveja está escondida na geladeira, atrás de ____ alface.
d. Senti ___ baita dó do menino, quando ele teve de operar __ apêndice.
e. ___ cal pode queimar as mãos?
Resolução
a. no caixa; um guaraná
b. a omoplata; um champanha
c. uma alface
d. um baita dó; o apêndice
e. a cal

4. Adjetivo
A. Conceitos fundamentais
Adjetivo é a classe variável em gênero, número e grau que modifica substantivo ou palavra subs-
tantivada, atribuindo-lhes característica, aspecto, estado, modo de ser, origem. Semelhante-
mente à classe dos substantivos, constitui também um conjunto de palavras em constante cres-
cimento para suprir necessidades de natureza antropocultural ou político-social. Assim é que
surgiram palavras como aloprado, bombado, popozuda, maneiro, antenado etc.

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Perceba como o adjetivo pode aparecer justa- fissional sem futuro, piada sem graça, jovens
posto ao substantivo ou relacionado a ele, em sem perspectivas, por exemplo.
posição distante na frase:
Muitas locuções adjetivas equivalem a adjeti-
Bruna sempre foi muito nervosa. vos eruditos, que significam “relativo a”, “pró-
prio de”, “da cor de”, “semelhante a”. É o caso,
Os macacos saíram do carro despenteados. por exemplo, de esplênico (relativo ao baço),
É lamentável a situação em que ela se encontra. pueril (próprio de criança), plúmbeo (da cor
A mãe era italiana e o pai, espanhol. de chumbo) etc.
Grandes cavalos azuis. C. Adjetivo pátrio (ou gentílico)
Constituem uma categoria especial os adjeti-
Quanto ao significado, os adjetivos podem ser vos pátrios ou gentílicos, que indicam origem
classificados basicamente como explicativos relacionada a cidades, estados, regiões, paí-
e restritivos. Adjetivo explicativo é o que ex- ses: carioca, fluminense, nordestino, brasilei-
prime característica inerente ao substantivo a ro, sul-americano etc.
que se refere (fogo quente). Adjetivo restritivo
é o que particulariza o significado do substan- D. Flexões
tivo (fogo verde). I. Gênero
Quanto à formação, os adjetivos podem ser Quanto aos gêneros masculino e feminino, o
simples ou compostos, primitivos ou derivados: adjetivo pode ser uniforme ou biforme. O ad-
• simples é o adjetivo formado por um só jetivo uniforme é o que apresenta uma única
radical: feliz, chinês, amarela; forma para os dois gêneros: produção agríco-
• composto é o adjetivo formado por la/investimento agrícola, mercado persa/ ta-
mais de um radical: belo-horizontino, peçaria persa, gesto suave/paisagem suave, o
luso-brasileiro, afrodescendente, socio- pior aluno/a pior aluna, programa ruim/filme
cultural, amarelo-claro; ruim etc.
• primitivo é o adjetivo que não deriva O adjetivo biforme é o que apresenta uma
de verbo ou substantivo: triste, peque- forma diferente para cada gênero: belo/
no, leve; bela, nu/nua, gaulês/gaulesa, são/sã, he-
• derivado é o adjetivo que provém de breu/hebreia, judeu/judia, ilhéu/ilhoa,
verbo ou substantivo: pensante, liberal, mau/má etc.
paulistano, profundo.
Nos adjetivos compostos formados por dois ad-
B. Locução adjetiva e adjetivo erudito jetivos, somente o segundo elemento é variável:
Chama-se locução adjetiva o agrupamento
de duas ou mais palavras que, ao modificar guerra franco-alemã
substantivo ou palavra substantivada, exerce o intervenção médico-cirúrgica
papel próprio de adjetivo. Em geral, a locução
comemoração cívico-religiosa
adjetiva resulta do encontro de preposição e
substantivo (como em teor de açúcar, expres- roupa azul-escura
são de macaco), ou preposição e advérbio
(como em cardápio de hoje, pneus de trás).
Entretanto, são invariáveis os adjetivos com-
À locução adjetiva pode corresponder ou não postos cujo segundo elemento é substantivo:
um adjetivo. Às locuções adjetivas de verdade,
de açúcar, de macaco, de hoje e de trás, por
exemplo, correspondem, respectivamente, os terno verde-garrafa
adjetivos verdadeiro, sacarino, simiesco, ho- blusa amarelo-limão
dierno e traseiro. Entretanto, não há adjetivos
que substituam as locuções adjetivas em: pro-

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São exceções:
Valéria é mais inteligente
(do) que Luciana.
azul-marinho e azul-celeste: invariáveis Superioridade
Valéria é mais inteligente
ternos azul-marinho
(do) que estudiosa.
vestidos azul-celeste
surdo-mudo: flexão nos dois elementos Valéria é tão inteligente
meninos surdos-mudos quanto (como) Luciana.
Igualdade
meninas surdas-mudas Valéria é tão inteligente
quanto (como) estudiosa.

II. Número Valéria é menos inteligente


O plural dos adjetivos simples obedece basica- (do) que Luciana.
mente às mesmas regras da pluralização dos Inferioridade
Valéria é menos inteligente
substantivos.
(do) que estudiosa.
III. Grau
A variação do adjetivo tem sido objeto de inú- Como se pode ver, no grau comparativo não
meras divergências entre os gramáticos. Isso se flexiona o adjetivo (exceto em raríssimos
ocorre em virtude de, na língua portuguesa, casos), mas utilizam-se expressões intensifi-
o adjetivo não se flexionar por acréscimo cadoras como mais... (do) que, tão... quanto
(como) e menos...(do) que para as gradações
de desinência especial, salvo em raras situ- comparativas de superioridade, igualdade e
ações (alguns adjetivos no grau comparati- inferioridade, respectivamente. Na linguagem
vo, e o grau superlativo absoluto sintético). cotidiana, é comum também o uso da expres-
Diferentemente do que acontece no inglês, são que nem para o comparativo de igualdade:
no alemão, no grego ou no latim, em que o
adjetivo sofre, de fato, alteração desinencial Valéria é inteligente que nem a irmã.
de acordo com o grau que expressa, o ad- Valéria é (tão) inteligente como a irmã (é
jetivo em português geralmente permane- inteligente).
ce invariável e a gradação é feita mediante
acréscimo de outras palavras, advérbios por Os adjetivos grande, pequeno, bom e mau têm
exemplo. formas sintéticas na gradação comparativa de
Ademais, a divergência ocorre até quanto ao superioridade: maior, menor, melhor e pior, res-
número de gradações. Há os que apontam a pectivamente. No entanto, as formas analíticas
existência de apenas duas gradações (com- mais grande, mais pequeno, mais bom e mais
parativo e superlativo), três (comparativo, mau são corretas quando se comparam caracte-
superlativo e positivo ou normal) ou cinco rísticas distintas atribuídas ao mesmo substantivo:
(comparativo, superlativo, positivo, aumen- Ariana é maior que Samanta.
tativo, diminutivo). Neste módulo, tratare-
mos basicamente dos graus comparativo e Ariana é mais grande que inteligente.
superlativo. Samanta é menor que Ariana.
Grau comparativo Samanta é mais pequena que esperta.
Resulta de comparação entre duas caracterís- Gustavo é melhor que Tiago.
ticas atribuídas ao mesmo substantivo ou da
comparação da mesma característica atribuí- Gustavo é mais bom que estudioso.
da a substantivos distintos. No grau compara- Tiago é pior que Gustavo.
tivo, estabelecem-se gradações de superiori-
dade, igualdade e inferioridade: Tiago é mais mau que forte.

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Observe que as formas menor e pior são comparativas de superioridade. Nos exemplos, menor sig-
nifica que a pequenez de Samanta é superior à pequenez de Ariana, e pior significa que a maldade de
Tiago é superior à de Gustavo.
Alguns autores admitem como correta a expressão mais pequeno a par de menor:

Meu apartamento é mais pequeno que o seu.


Meu apartamento é menor que o seu.

Mais adiante, ao estudarmos o advérbio, veremos que melhor e pior são formas comparativas de
advérbio, com o sentido de mais bem e mais mal, respectivamente:

Elis cantava melhor que Maysa. (advérbio, “mais bem”)


Elis cantava pior que Maysa. (advérbio, “mais mal”)
Elis era uma cantora melhor que Maysa. (adjetivo, “mais boa”)
Elis era uma cantora pior que Maysa. (adjetivo, “mais má”)

Grau superlativo
O superlativo é o grau mais intenso da característica atribuível a um substantivo. Essa caracterís-
tica pode estar relacionada a um único substantivo, sem referência a qualquer outro, ou atribuída
ao substantivo tomado em relação a outro. No primeiro caso, tem-se o grau superlativo absoluto
e, no segundo, o grau superlativo relativo:

Valéria é muito inteligente (ou inteligentíssima). – superlativo absoluto


Valéria é a mais inteligente das filhas. – superlativo relativo

• Grau superlativo absoluto


Como se viu, o grau superlativo absoluto pode ser expresso por um adjetivo modificado por
advérbio de intensidade (muito inteligente) ou por acréscimo de sufixo ao adjetivo (inteligentíssima).
Ou seja, a gradação de superlativo absoluto pode ser analítica ou sintética:

Valéria é muito inteligente. – grau superlativo absoluto analítico


Valéria é inteligentíssima. – grau superlativo absoluto sintético
Há diversos recursos para se fazer a variação de grau superlativo absoluto, usado, sobretudo,
na linguagem oral:

Bruna é hipersensível.
Ela sempre foi superlegal comigo.
Meu irmão é inteligente demais.
Sempre fui bastante exigente com ela.
Isto será demasiadamente penoso para todos.
Temos sido extremamente compreensivos com você.
Ela é feia que dói.

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Veja outras maneiras de se expressar a força superlativa do adjetivo:

O gol foi bonito à beça.


Ela é séria pra valer.
É uma senhora casa. Não é linda de morrer?
O meu carro era feinho, feinho.
Depois da briga, ele chegou manso, manso.
É um jogador pesadão.
Bruna era uma aluna engraçadinha na época.

Relação de alguns superlativos absolutos sintéticos:

ágil – agílimo livre – libérrimo


agradável – agradabilíssimo magro – macérrimo
amargo – amaríssimo miúdo – minutíssimo
áspero – aspérrimo negro – nigérrimo
audaz – audacíssimo nobre – nobilíssimo
capaz – capacíssimo pessoal – personalíssimo
célebre – celebérrimo pobre – paupérrimo
cruel – crudelíssimo possível – possibilíssimo
difícil – dificílimo provável – probabilíssimo
doce – dulcíssimo respeitável – respeitabilíssimo
dócil – docílimo sábio – sapientíssimo
fácil – facílimo sagrado – sacratíssimo
feliz – felicíssimo semelhante – simílimo
feroz – ferocíssimo sério – seriíssimo
fiel – fidelíssimo simpático – simpaticíssimo
frágil – fragílimo simples – simplicíssimo
frio – frigidíssimo tenaz – tenacíssimo
geral – generalíssimo terrível – terribilíssimo
humilde – humílimo veloz – velocíssimo
voraz – voracíssimo

• Grau superlativo relativo


Além do absoluto, há o grau superlativo relativo, em que a intensidade (superior ou inferior) da
característica atribuída ao substantivo é relacionada (relativa) a outros seres e coisas, constituin-
tes de um conjunto dotado da mesma característica:

Valéria é a mais inteligente das irmãs. – superlativo relativo de superioridade


Valéria é a menos inteligente das irmãs. – superlativo relativo de inferioridade

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Muitas vezes se omite o termo coletivo a que se relaciona a característica:


O mais estranho é que ela não voltou.

Nesse caso, supõe-se a existência de outros elementos “estranhos” como a significar:

O (fato) mais estranho (dentre todos os fatos) é que ela não voltou.

Assim também ocorre em construções como:

Ela é a mais esperta. (=“a mais esperta de todas”)


Sérgio se julga o bom. (= “o melhor de todos”)
É a chata, por excelência. (= “É a pessoa mais chata de todas as pessoas”)

As expressões o/a mais ... de (dentre) e o/a menos ... de (dentre) caracterizam o superlativo re-
lativo na sua forma analítica. Há alguns adjetivos, porém, que admitem a forma sintética no grau
superlativo relativo de superioridade: bom (o melhor), mau (o pior), grande (o maior), pequeno
(o menor). Os adjetivos grande e pequeno admitem as formas o máximo e o mínimo, respecti-
vamente.
Observe que esses adjetivos afastam-se, na sua formação de grau comparativo e superlativo, dos
demais adjetivos:
Comparativo de superioridade Superlativo
Adjetivo Absoluto Relativo de
Analítico Sintético Absoluto sintético
analítico superioridade
bom mais bom melhor ótimo, boníssimo muito bom o melhor
mau mais mau pior péssimo, malíssimo muito mau o pior
muito o maior
grande mais grande maior máximo, grandíssimo
grande o máximo
muito o menor
pequeno mais pequeno menor mínimo, pequeníssimo
pequeno o mínimo
o supremo
alto mais alto superior supremo, sumo, altíssimo muito alto
o sumo
baixo mais baixo inferior ínfimo, baixíssimo muito baixo o ínfimo

5. Advérbio
A. Conceitos fundamentais
Advérbio designa uma classe de palavras, invariáveis em gênero e número, que modifica geral-
mente o verbo, exprimindo a circunstância (modo, tempo, lugar etc.) em que seu processo ocorre.
Podem ainda referir-se a um adjetivo (indicando intensidade ou modo), a um advérbio (indi-
cando intensidade) ou mesmo a toda uma oração. Sintaticamente exercem apenas função de
adjunto adverbial:

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Agiram desesperadamente. (modificador de verbo)


Ela entrou na sala provocantemente bonita. (modificador de adjetivo)
Ela cantava muito bem. (intensificador de advérbio)
Felizmente os policiais chegaram a um acordo. (modificador de uma oração inteira)

B. Classificação
Os advérbios classificam-se semanticamente conforme a circunstância que exprimem. Eis alguns
advérbios e locuções adverbiais:
sim, certamente, efetivamente, realmente, seguramente, indubitavelmente, in-
Afirmação questionavelmente, sem dúvida, decerto, por certo, com certeza etc.
de medo, de fome, de pavor, à míngua, com o calor, com a escassez, com a
Causa aprovação, etc.
Dúvida acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, quem sabe etc.
Finalidade para + substantivo (para o exame, para o sucesso etc.)
mui, muito, pouco, assaz, bastante, deveras, mais, menos, tão, tanto,
demasiado, demasiadamente, meio, todo, completamente, profundamente,
Intensidade excessivamente, extremamente, demais, nada ("Isto não é nada fácil"),
ligeiramente, levemente, que ("Que fácil é este exercício"), quão, como
("Como reclamam!"), quanto, bem, mal, quase etc.
abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, além, aquém, algures (em algum
lugar), alhures (em outro lugar), nenhures (em lugar algum), atrás, fora,
Lugar afora, dentro, perto, longe, adiante, onde, aonde, donde, avante, através,
defronte, detrás, em cima, de cima, ao lado, de dentro, de fora, de perto,
de longe, de frente, lado a lado, para trás, por trás etc.
bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, alerta, melhor
(mais bem), pior (mais mal), às pessoas, à toa, às claras, às escuras, à vonta-
de, de mansinho, em silêncio, em coro, face a face, às cegas, a pé, a cavalo,
Modo de carro, às escondidas, às tontas, ao acaso, de cor, de improviso, de propó-
sito, de viva voz, de uma assentada, de soslaio, passo a passo, cara a cara,
mal e mal etc. Também exprimem modo a maioria dos advérbios termina-
dos em -mente: suavemente, corajosamente, selvagemente.
Negação não, absolutamente, tampouco, de modo algum etc.
agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca,
jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, outrora, afinal, então, breve, aqui
(neste momento), nisto, aí (neste momento), nisso, entrementes, brevemen-
Tempo te, imediatamente, raramente, finalmente, comumente, frequentemente, con-
comitantemente, simultaneamente, à noite, à tarde, não raro, de quando em
quando, de vez em quando, de manhã, em breve, vez por outra, às vezes etc.
Na sintaxe, o advérbio exerce unicamente a função de adjunto adverbial, embora este nem sem-
pre seja representado por advérbio ou locução adverbial. É por isso que, na classificação específi-
ca do adjunto adverbial, o número de circunstâncias é bem maior que o número de circunstâncias
dos advérbios listados no item B. Desse modo, além dos adjuntos adverbiais de afirmação, causa,
dúvida, finalidade, intensidade, lugar, modo, negação e tempo, pode haver na oração adjuntos
adverbiais de assunto, companhia, concessão, condição, conformidade, distância, exclusão, fim,
inclusão, limitação, matéria, medida, meio, instrumento, origem, peso, preço etc.

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Advérbio interrogativo

Os advérbios onde, aonde, donde, quanto, quando, como, por quê ocorrem em orações inter-
rogativas diretas e indiretas:
Onde ele estava ontem? Perguntei onde ele estava ontem. (adv. lugar)
Aonde ele foi ontem? Quero saber aonde ele foi ontem. (adv. lugar)
Donde você veio? Diga donde você veio. (adv. lugar)
Quanto custa isso? Revele quanto custa isso. (adv. preço)
Quando ela voltará? Indaguei quando ela voltaria. (adv. tempo)
Como você o encontrou? Não sei como você não o encontrou. (adv. modo)
Por que você não veio? Diga por que você não veio. (adv. causa)

C. Grau
Alguns advérbios – sobretudo os de modo, lugar, tempo e intensidade – apresentam variação de
grau semelhante à dos adjetivos.
I. Grau comparativo

Analogamente ao que ocorre com os adjetivos, a graduação comparativa de superioridade,


igualdade e inferioridade utiliza, respectivamente, as fórmulas: mais... (do) que, tão... como
(quanto) e menos... (do) que:
Camila mora mais perto da escola (do) que você. (superioridade)
Camila mora tão perto da escola quanto você. (igualdade)
Camila mora menos perto da escola (do) que você. (inferioridade)
Aprendo mais lentamente (do) que ela. (superioridade)
Aprendo tão lentamente quanto (como) ela. (igualdade)
Aprendo menos lentamente (do) que ela. (inferioridade)

Os advérbios bem e mal possuem formas sintéticas para a gradação comparativa de superioridade:
Colamos melhor/pior (do) que eles. (superioridade)

Falamos tão bem/tão mal quanto (como) eles. (igualdade)


Falamos menos bem/menos mal (do) que eles. (inferioridade)

Atenção: antes de particípios com valor de adjetivos, usam-se as formas analíticas mais bem
e mais mal:
Assine o jornal com o espaço interno mais bem planejado do país.

Quando pospostos aos adjetivos particípios, usam-se tais advérbios na forma sintética:
Aquela empresa é administrada melhor/pior (do) que a nossa.

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II. Grau superlativo absoluto Numa operação-tartaruga, trabalham o


O advérbio pode apresentar a gradação su- mais lentamente possível.
perlativa absoluta analítica e sintética. A Por favor, chegue o menos tarde possível.
forma sintética forma-se com acréscimo de
sufixo, como em: pouquíssimo, muitíssimo, Voltarei o mais cedo que puder.
pertíssimo, longíssimo, lentissimamente etc.:
Moro pertíssimo da casa da professora. D. Palavras denotativas
Agimos lentissimamente ontem. Algumas palavras e expressões têm, em relação
A forma analítica ocorre por meio de acrésci- às dez classes gramaticais, classificação à parte.
mo de advérbio de intensidade: muito, pou- Às vezes enquadradas entre os advérbios, elas
co, bem, mal, muitíssimo, pouquíssimo etc.: são classificadas como palavras denotativas de:
Estávamos perto demais do perigo. • exclusão: apenas, salvo, senão, só,
somente, exclusive, menos, exceto,
Conhecemos muito mal o assunto.
fora, tirante etc.
Ela foi muitíssimo bem na partida.
• inclusão: até, inclusive, mesmo, tam-
Se você me explicasse tudo, entenderia mui-
bém, ainda, ademais, além disso, de
to melhor o assunto.
mais a mais etc.
O jogo foi bem pior do que imaginava.
• designação: eis.
Nós o tratamos extremamente bem.
• realce: cá, lá, que, é que, só, se, mes-
Morávamos bastante longe da escola.
mo, embora, sobretudo etc.
• retificação: aliás, ou antes, isto é, ou
Na linguagem coloquial, são comuns as repe-
seja, quer dizer, ou melhor etc.
tições e os diminutivos com valor superlativo:
• situação: afinal, agora, então etc.
• afetividade: felizmente, infelizmente,
Já, já o seu instrutor estará chegando.
desgraçadamente, ainda bem etc.
Não se preocupe, que viremos logo, logo. • explanação (explicação): isto é, a saber,
Agorinha ela me garantiu que voltaria. por exemplo etc.

Venha cedinho, hein! 6. Interjeição


Pertencem à classe das interjeições as pala-
Devagarinho fomos chegando.
vras ou expressões que exprimem estados
Faça isso depressinha. emocionais.: ah!, oh!, psiu!, bem!, bravo!,
Este escritório é meio longinho do centro. oxalá!, tomara!, ui!, hem!, bis!, upa!, oba!,
opa!, ufa!, caramba!, viva!, céus!, puxa!, cre-
Seu emprego era pertinho de casa. do!, firme!, cruzes!, chi!, gente!, alô!, ora bo-
las!, cruz credo! etc.
Podem-se denotar os limites da possibilidade Como têm existência autônoma, podem consti-
de uma circunstância quando se antepõe o tuir por si só uma verdadeira unidade frasal. Ob-
mais ou o menos ao advérbio, seguido do ad- serve como uma única interjeição pode expressar
jetivo possível ou expressão equivalente: variedade de sentidos, dependendo do contexto:
Ah! Você não foi classificado? (decepção)
Ah! Passei no vestibular! (alegria)

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86

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Leia atentamente o trecho de texto publicitário a seguir:
Aqui você pode assistir on-line direto no seu computador ou conectá-lo à sua TV para
uma sessão com a família. Escolha seus filmes favoritos quando quiser e experimente como
é bom ser um assinante boa-vida. Ou seria um boa-vida assinante?
a. Identifique os advérbios e a circunstância que eles indicam. A que elemento do texto eles
se referem?
b. No jogo com as palavras assinante e boa-vida, qual delas funciona como substantivo e
qual como adjetivo? A mudança de posição entre elas altera também o sentido?
Resolução
a. Os advérbios são: aqui (indicando lugar), on-line/direto (indicando modo). Os três relacio-
nam-se ao verbo “assistir”.
b. A posição característica do adjetivo na língua portuguesa é a posterior ao substantivo. E,
como algumas dessas palavras podem ser usadas como substantivo ou adjetivo, dependendo do
contexto, é a posição no par nominal que determina a sua classe morfológica. Assim, em “um
assinante boa-vida”, temos substantivo + adjetivo, e em ”um boa-vida assinante”, temos também
a mesma sequência. Esse é um dos fatos em nossa língua que se explicam morfossintaticamente,
isto é, associando-se um fator de natureza morfológica a outro de natureza sintática.
02.
Leia atentamente os textos a seguir.
Texto I

Texto II

a. Identifique todos os advérbios presentes nas duas tirinhas.


b. Destaque as palavras a que cada advérbio se refere.
c. Nas historietas, ocorre uma circunstância de proporção e uma de causa. Quais são, res-
pectivamente?

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87

d. Retire uma interjeição das historietas e diga que emoção ela exprime.
e. No segundo quadrinho, na fala de Helga, a palavra “bem” está sendo usada como subs-
tantivo. Por quê?
f. Na mesma fala, a palavra “pesado” está sendo usada como adjetivo. Essa mesma palavra
poderia ser empregada como advérbio? Dê um exemplo.
Resolução
a. Em I: “tarde”, “mais”, “cedo”, “mais”, “cedo”, “tarde”, “ontem”
Em II: “longe”, “cedo”, “não”, “bem”
b. Em I: “tarde” e “cedo” referem-se a “acordar”; “mais” (nas duas ocorrências) refere-se a “cedo”; “cedo”
(2ª ocorrência) refere-se a “começo a brigar”; “tarde” e “ontem” referem-se a “chegar”.
Em II: “longe” refere-se a “fique”; “cedo”, “durma”; “não”, a “coma”; “bem” refere-se ao
verbo implícito estar (está tudo bem ou tudo está bem).
c. Proporção: “quanto mais cedo ele acorda...”; causa: “por chegar tarde ontem”.
d. É a interjeição “puxa”. Ela exprime espanto ou admiração.
e. Porque está antecedida por um pronome possessivo (um determinante). Tem o sentido de
“pessoa querida”.
f. Sim, poderia, desde que passasse a se referir a um verbo. Por exemplo, “trabalhar pesado”,
“treinar pesado”etc.

7. Pronome B. Pronomes pessoais


A. Conceitos fundamentais Oblíquo

Os pronomes fazem parte da classe gramatical Reto


Átono Tônico
com capacidade de substituir o substantivo ou
de fazer referência a ele. Essa característica do
eu me mim
pronome permite-lhe relacionar-se a qualquer
pessoa do discurso, por isso falamos em pro- tu te ti
nomes de 1ª, ou de 2ª, ou de 3ª pessoa.
ele, ela se, o, a si, ele, ela
O emprego adequado dos pronomes exerce
papel importante na coesão do texto, assegu- lhe
rando clareza e coerência. Veja como um lei-
tor ficaria “atrapalhado” diante de um trecho nós nos nós
assim:
vós vos vós

O ser humano é um indivíduo social por na- eles, elas se, os si, eles, elas
tureza. Eles não podem e não devem viver
as, lhes
isolados, pois isto lhe traria até problemas
de natureza psicoemocional. O próprio orga-
nismo eles podem acabar afetando. Pronomes de tratamento: você, senhor, se-
nhora, senhorita, Vossa Excelência, Vossa Se-
nhoria etc.
Observe como os pronomes em destaque não I. Caso reto
cumprem a sua função de substituir e relacionar
corretamente o elemento substantivo corres- Os pronomes pessoais do caso reto (eu, tu,
pondente. ele, ela, nós, vós, eles, elas) são, em geral,
identificados como subjetivos, ou seja, de-
sempenham o papel de sujeito. Todavia, há
casos em que podem exercer as funções de
predicativo do sujeito e vocativo (tu e vós).

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88

Era para eu apresentar o projeto? Entreguei o recado a ele.


Tu e ele saireis daqui. Você sempre precisou de nós, hein!
Ela e nós discordamos desse viés ideológico. Para elas segue o nosso abraço.
Tanto vós quanto eles sabeis o que lá ocorre.
Atenção
Eles andam em turma.
Além do se, há dois outros pronomes que são
Eu sou eu! (predicativo, devido à posição na
reflexivos: si e consigo. Portanto, só devem
frase)
ser utilizados quando indicam que o sujeito de
Ó tu, amada minha, que me fazes viver! terceira pessoa se relaciona com um comple-
(vocativo) mento também de terceira pessoa:
Ó vós, que no silêncio me acudis! (vocativo)
Ela saiu e levou o dinheiro consigo.

II. Caso oblíquo Orações como “gosto muito de si” ou “vou sair
O pronome pessoal será oblíquo quando exer- consigo” estão em desacordo com a norma
cer a função de complemento verbal ou tiver culta. Deve-se usar, nesses casos, o pronome
outra função sintática, exceto a de sujeito. de tratamento você.
Veja: III. Pronomes de tratamento
O pronome você – aglutinação da antiga for-
Meu pai me deu um carro de presente. (me ma Vossa Mercê – é hoje muito mais utilizado
equivale ao objeto indireto para mim.) como pronome reto/sujeito do que tu. Nessa
função, representa a segunda pessoa do dis-
Levei-o para o paraíso. (o é um objeto direto.)
curso (com quem se fala). Entretanto, os ver-
O vestibular pareceu-lhe fácil? (lhe é um bos e os pronomes que com ele concordam
complemento nominal.) flexionam-se na terceira pessoa.
O marido cortou-lhe a mesada. (lhe é um
adjunto adnominal.) Você já viu o que lhe fizeram?
Vocês já viram o que lhes fizeram?
Dependendo da tonicidade, os pronomes pes- As demais expressões de tratamento (em que
soais oblíquos dividem-se em átonos (me, te, se usam Vossa ou Sua), ainda que estejam re-
se, o, a, lhe, nos, vos, se, os, as, lhes) e tônicos lacionadas à segunda pessoa (com quem se
(mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, si, eles, elas). Os fala), podem também referir-se à terceira pes-
pronomes oblíquos átonos nunca vêm prece- soa do discurso (de quem se fala). Entretan-
didos de preposição, ao contrário dos tônicos, to, em qualquer um dos empregos, verbos e
que sempre vêm precedidos de preposição, pronomes possessivos devem permanecer em
como bem exemplificam as frases a seguir, terceira pessoa. Perceba apenas a diferença
com pronomes oblíquos de primeira pessoa, de se usar Vossa ou Sua:
átono e tônico, respectivamente:
Vossa Excelência está equivocada. (falando
Você me causou muita dor. a uma autoridade)
Ela nunca olha para mim. Sua Excelência já chegou? (falando sobre
uma autoridade)
Os pronomes ele, ela, nós, vós, eles, elas, Vossa Alteza está preocupada com seus sú-
quando precedidos de preposição, são oblí- ditos? (dirigindo-se ao príncipe)
quos tônicos. Exercem a função de comple-
mento (lembramos que o sujeito nunca vem Sua Alteza está sabendo que sua comitiva irá
precedido de preposição): com ele ao evento. (referindo-se ao príncipe)

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C. Pronomes possessivos
Os pronomes possessivos estabelecem uma relação de posse entre, de um lado, as pessoas do
discurso e, de outro, seres, coisas, fatos, conceitos.
singular meu, minha, meus, minhas
Primeira pessoa
plural nosso, nossa, nossos, nossas
singular teu, tua, teus tuas
Segunda pessoa
plural vosso, vossa, vossos, vossas
singular seu, sua, seus, suas
Terceira pessoa
plural seu, sua, seus, suas

Os possessivos são essencialmente pronomes adjetivos e funcionam sintaticamente como ad-


juntos adnominais equivalentes às expressões preposicionadas: de mim, de ti, de si, de nós, de
vós e de si.

Minha vontade era essa. (pronome adjetivo com função de adj.adn.)


Esta vaga é minha. (pronome substantivo com função de predic. do suj.)

Flexionam-se em gênero e número e concordam sempre com o elemento possuído:

Em algum dia, o pobre infeliz baterá à tua porta.


Os professores de português já podem divulgar sua nota, Marcelo?

Nesses exemplos, ambos os possessivos concordam em gênero e número com o elemento possu-
ído (porta e nota), referindo-se, porém, ao possuidor tu e você, respectivamente.
Usualmente colocado antes do substantivo, o pronome possessivo pode aparecer após o substantivo
em sentenças interrogativas diretas ou quando não precedido de artigo definido:

Você está doente ou é só impressão minha?


Onde te encontras, filho meu?
Quero beijos seus, carícias suas.
Por meio dele, tiveram notícias nossas.

Pode-se também colocar o pronome possessivo depois do substantivo, quando este está deter-
minado por pronome demonstrativo ou indefinido, por numeral ou por artigo indefinido:

Reflita sobre o que significou aquele equívoco seu.


Tive receio de algumas intenções suas.
Foram quatro gols seus e um meu.
Como esperei ansioso por uma carta sua!

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D. Pronomes demonstrativos
Os pronomes demonstrativos atuam na frase para localizar (no tempo ou no espaço) coisas,
pessoas, fatos em relação às pessoas do discurso. Podem ter função anafórica, retomando o que
já se mencionou, ou catafórica, anunciando o que será mencionado.

Aquilo era impróprio para nós.


Então ele disse apenas isto: “Shazam!”
“Shazam!”, foi isso o que ele disse então.

Pronomes Pessoa Espaço Tempo

isto cá, aqui


este, esta, estes, 1ª presente real ou histórico
(próximo do emissor)
estas

isso aí passado ou futuro pouco


esse, essa, esses, 2ª (próximo do receptor) remotos
essas

aquilo lá, ali, acolá


aquele(s), 3ª passado vago ou distante
(longe dos interlocutores)
aquela(s)

Outros pronomes: o, a, os, as; semelhante, semelhantes; tal, tais; mesmo, mesma,
mesmos, mesmas; próprio, própria, próprios, próprias.

Refiro-me a este documento. (próximo do emissor)


Refiro-me a esse documento. (próximo do receptor)
Refiro-me àquele documento. (distante dos interlocutores)
Já vou encontrar-me com você neste momento! (presente)
Encontrei-me com ele nesse jardim. (passado próximo)
Eu o vi naquele último dia de 1998. (passado distante)

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91

Alguns demonstrativos podem contrair-se com as preposições em, de e a:

preposição isto isso aquilo o


nisso naquilo
nisto no
nesse naquele
neste na
em nessa naquela
nesta nos
nesses naqueles
nestas nas
nessas naquelas
disto disso daquilo
do
deste desse daquele
da
de desta dessa daquela
dos
destes desses daqueles
das
destas dessas daquelas
àquilo
ao
àquele
à
a — àquela
aos
àqueles
às
àquelas

Entregou tudo àquelas que chegaram ontem.


Não acredito no que você me diz. (= nisto)
Não acredito no que você me disse. (= naquilo)
Tenho receio dessas bobagens que dizem por aí.
Você já reparou nisto?

I. Demonstrativos o, a, os, as
No singular, o demonstrativo o tem o valor de isto, isso, aquilo, aquele. Os demais – a, os, as
– equivalem, respectivamente, a aquela, aqueles, aquelas.

Somos o que somos. (= Somos aquilo que somos.)


Entreguei as que você encomendou. (= aquelas que)
Chegou apenas a que você ativou. (= aquela que)
Ignore os que estão fora do padrão. (= aqueles que)

Observe, nos exemplos dados, que esses demonstrativos vêm seguidos de oração adjetiva. Tal
relação, porém, pode não ocorrer com o demonstrativo o, que desempenha o papel de objeto
direto ou predicativo do sujeito em estruturas como:

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92

Fi-lo porque o quis. (= Fiz isso porque quis isso.)


Queria ser médico; daria tudo para sê-lo. (= para ser isso)
Jamais o diria. (= Jamais diria aquilo.)
Não lhe doía ser leal. Era-o naturalmente. (= Era isso)

II. Demonstrativo tal Atenção


a. Quando tal é pronome substantivo, equi- a. Semelhante é pronome demonstrativo,
vale a isto, isso, aquilo (e variações): quando equivalente a tal:
Assustavam-me semelhantes ideias.
Tal foi a primeira ideia que me ocorreu.
b. É substantivo quando antecedido por
Nunca dei por tal.
determinantes; no sentido de pessoa
Quando tal observei, tomei uma decisão. ou coisa da mesma natureza de outra;
o próximo:
b. Quando tal é pronome adjetivo, equi- Respeitemos nossos semelhantes.
vale a semelhante(s) e funciona sintati-
camente como adjunto adnominal: c. É adjetivo, quando se refere a um
substantivo, com o sentido de pareci-
do, similar:
Tal constatação deixou-nos atônitos.
Tivemos pontos de vista semelhantes.
Nunca digas tais coisas a teu respeito.
IV. Demonstrativos mesmo, próprio
c. Na locução tal qual, ocorre flexão de Os pronomes mesmo (mesma, mesmos, mesmas)
número:
e próprio (própria, próprios e próprias) ligam-se
ou se referem a substantivo (ou a pronome
Os filhos são tais quais os pais. substantivo) e com ele concordam em gênero
As filhas são tais quais as mães. e número. Têm o sentido de idêntico, exato,
de fato, em pessoa:
d. Substantivado, denota importância, su-
perioridade:
Reencontrou o mesmo quarto, a mesma
Ele queria ser sempre o tal. cama, as mesmas pessoas.
Este presente é para mim mesmo? – perguntou
o menino.
III. Demonstrativo semelhante
Este presente é para mim mesma?? – perguntou
É pronome adjetivo que denota similaridade;
a menina.
antepõe-se, portanto, a substantivos, funcionan-
do sintaticamente como adjunto adnominal: Foi a própria Flávia quem disse isso.
Elas próprias reconheceram o erro.
Jamais faria semelhante asneira. Sairão com nós próprios.
Semelhantes situações deixavam-na aturdida.

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V. Demonstrativos isto, isso, aquilo Isso são rugas de preocupação.


(e flexões)
Por favor, guarde essas flores.
Os pronomes demonstrativos isto (este, esta,
estes, estas), isso (esse, essa, esses, essas) e Foi nesse lugar que nasci.
aquilo (aquele, aquela, aqueles, aquelas) cer- Reconheço essas mãos calejadas.
tamente estão entre os pronomes da língua
portuguesa que apresentam maior diversida- Diferentemente, agora, os demonstrativos re-
de de emprego, além da inquestionável impor- lacionam tudo ao receptor das sentenças: são
tância na manutenção da coesão de um texto. dele as rugas, estão com ele as flores, ele se
Vamos ver emprego e significado de acordo encontra no local onde nasceu o emissor, são
com alguns aspectos. dele as mãos calejadas.
• Quanto à posição na oração c. Os pronomes de terceira pessoa, aquilo,
Em geral, os demonstrativos adjetivos aquele, aquela, aqueles, aquelas, in-
antepõem-se ao substantivo: dicam algum afastamento relativo aos
interlocutores:
Estes documentos estão sob a minha guarda.
Deixe essas flores aí no vaso. Aquilo são rugas de preocupação.
Aquelas meninas só pensam em namorados Por favor, guarde aquelas flores.
e festas. Foi naquele lugar que nasci.
Você reconhece aquelas mãos calejadas?
Eventualmente vêm pospostos, sobretudo
quando se quer ressaltar o que já foi dito:
Nesses casos, tudo o que se menciona encon-
"Memorizava tudo: chapas de automóveis, nú- tra-se relativamente afastado do emissor e do
meros de telefones, estatísticas de almanaque; receptor: não são deles as rugas nem as mãos;
mania essa adquirida por volta dos dez anos." não estão com eles as flores nem se encon-
"Do segundo casamento, ficaram-lhe dois fi- tram eles no local em que nasceu o emissor
lhos e uma filha, muito bonita aliás, filha essa da mensagem.
que se tornaria o suplício de sua vida." • Quanto à relação temporal
• Quanto à localização dos interlocutores a. Os demonstrativos de primeira pessoa
a. Os pronomes de primeira pessoa, isto, (isto e variações) indicam o tempo pre-
este, esta, estes, estas, indicam proxi- sente relativo ao emissor:
midade relativa à pessoa que fala:
Isto são rugas de preocupação. Esta noite tem um significado especial.
Por favor, receba estas flores. Estamos aqui, neste momento, tentando
remediar a situação.
Foi neste lugar que nasci.
Você reconhece estas mãos calejadas?
b. Os de segunda pessoa (isso e varia-
Note que tais demonstrativos tudo relacio- ções) indicam o tempo futuro ou pas-
nam ao emissor das mensagens: são dele as sado próximo do emissor:
rugas, estão com ele as flores, ele se encon-
tra no local onde nasceu, são dele as mãos
calejadas. Esses anos todos têm sido muito difíceis.
b. Os pronomes de segunda pessoa, isso, Espero que essa noite que juntos passare-
esse, essa, esses, essas, denotam pro- mos seja muito especial.
ximidade relativa à pessoa com quem
se fala:

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c. Os de terceira pessoa (aquilo e variações) Estava na cozinha preparando o seu conhe-


denotam um distanciamento maior do
cido bobó de camarão. Nisso ao menos, ele
emissor em relação ao tempo, vago ou
era perfeito.
remoto:
— Esqueçam-me!
Aqueles anos todos tinham sido muito difíceis. Dizendo isso,
isso retirou-se rapidamente.
Estávamos, naquele momento, tentando — Que tal se você nadasse um pouco?
remediar a situação.
—Mas todo dia tenho feito isso.
• Quanto aos termos precedentes no(s) Milhões de sem-emprego, de sem-escola, de
enunciado(s) sem-terra. A isso chamamos justiça social?
a. Para aludir a termos imediatamente pre- Frequentava os dois cursos; além disso, estava
cedentes na frase, em geral emprega-se aprendendo o espanhol, o russo e o alemão.
este (e variações) para retomar o que foi Morreram-lhe cedo a esposa e um filho. Nem
mencionado por último e aquele (e varia- por isso perdeu a esperança de dias melhores.
ções) para o referido em primeiro lugar:
• Quanto aos termos seguintes no(s)
enunciado(s)
Conheci Bruna e Paula: esta (= Paula) é mais
tranquila, ao passo que aquela (= Bruna) é Enquanto é preferível o uso de isso (e variações)
mais ansiosa. para a referência ao que já foi mencionado, em-
prega-se isto (e variações) para aludir ao que
Tanto os maus quanto os bons têm por fim ainda será dito (ou escrito). Compare:
seu maior bem; contudo, aqueles (= maus)
esperam consegui-lo com o dano de outrem,
enquanto estes (= bons) agem para atingir o — Estou grávida.
bem comum. E foi isso o que ela disse.
Buscava com obsessão o sucesso; para ele, Foi então que ela me disse isto:
este não existe sem aquela. — Estou grávida.
Nunca se lembrarem de mim. Essa é a minha
b. Para chamar a atenção sobre o que se mágoa.
acabou de dizer, emprega-se preferen- Minha mágoa é esta: nunca se lembrarem
cialmente isso (e variações): de mim.

• Quanto aos valores afetivos


Muitas vezes, os pronomes demonstrativos conferem às sentenças significados com tons afeti-
vos, como ironia, menosprezo, indignação etc., especialmente quando reforçados por alguma
modulação de voz especial ou por gestos:

Aquilo é que é mulher! Aquela boca, aquele corpo... (admiração, apreço)


Mais essa agora! (espanto, surpresa)
Aquilo é corrupção só! (indignação)
Rodolfo? Aquilo é um traste. (desinteresse, sarcasmo)
Aquele professor, tão brilhante, agora é aquilo. (comiseração)
Muito esperto esse Leonídio! (ironia, sarcasmo)
Essa é a tal que andou falando de mim? (menosprezo)
Aonde vais com essa pressa? (valor intensivo)

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. 03.
Leia atentamente o enunciado a seguir: Leia atentamente o texto a seguir.
“Este livro não é para você ler. É
para você reler.” O novo capítulo da guerra dos brasões
a. Reescreva as frases, substituindo você Foram nove meses de casamento.
pelo pronome equivalente em 1ª pes- A troca de farpas já dura quase o mesmo
soa do singular. período. Na semana passada, a “princesa”
Carola Scarpa decidiu tornar público um
b. Reescreva tais frases, substituindo você
fax mal-educado do ex-marido, o conde
pelo pronome equivalente na 2ª pes-
Chiquinho. Carola diz ser vítima de ameaças
soa do singular.
e mandou para os jornais a suposta pro-
c. Reescreva tais frases, substituindo você va: um bilhete em que Chiquinho reclama
pelo pronome equivalente na 1ª pes- que ela não retorna suas ligações. O papel,
soa do plural. também um fax, foi escrito em 6 de mar-
d. Reescreva tais frases, substituindo você ço e nele o conde usa palavras de baixo
por Vossa Senhoria. calão. No final, conclui: “Me ligue (sic).
Resolução Senão, você vai se dar mal”. As brigas
continuam, mas Carola já perdeu o direito
a. Este livro não é para eu ler. É para eu reler. à pensão alimentícia de R$ 100 mil, que
b. Este livro não é para tu leres. É para tu re- pedia na justiça.
leres. Revista Época
c. Este livro não é para nós lermos. É para
nós relermos.
d. Este livro não é para Vossa Senhoria ler. É a. Justifique o emprego de sic no final da
para Vossa Senhoria reler. notinha sobre o conde Chiquinho e a
“princesa” Carola.
02. b. Reescreva a frase entre aspas de acor-
Num anúncio publicitário de uma conhecida do com a norma culta (mantendo o
revista semanal, lia-se: pronome você).
“O pior de ficar boiando é que quan- c. Reescreva tal frase, de acordo com a
to mais você afunda menos as pessoas te norma culta, mas substituindo você por tu.
dão a mão”
Resolução
a. Reescreva essa frase de acordo com a
norma culta, substituindo você por tu. a. Usa-se a expressão latina sic entre parên-
Faça apenas as alterações necessárias. teses, numa citação, para indicar que o tre-
cho mencionado foi reproduzido exatamente
b. Reescreva-a novamente, substituindo como foi dito ou escrito no original, por mais
te por lhe. Faça apenas as alterações estranho ou errado que pareça. Na notinha
necessárias. publicada na revista, acertadamente o redator
Resposta usou sic para enfatizar que a conclusão de um
a. O pior de ficar boiando é que, quanto mais bilhete apresentava colocação pronominal em
tu afundas, menos as pessoas te dão a mão. desacordo com a norma culta, e que o “erro”
não era dele, redator.
b. O pior de ficar boiando é que, quanto mais
você afunda, menos as pessoas lhe dão a mão. b. Ligue-me. Senão, você vai se dar mal.
c. Liga-me. Senão, tu vais te dar mal.

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04.
Leia atentamente as tirinhas a seguir.

a. Nas duas tirinhas, comete-se o mesmo tipo de infração à norma culta. Justifique a afirma-
ção e elimine esse desvio.
b. Refaça as falas em que o pronome você esteja expresso, trocando-o por tu.
Resolução
a. Nas duas tirinhas, não há uniformidade de tratamento, dada a coexistência de pronomes de
1ª e 3ª pessoas. Na primeira tirinha: É você quem... e Quem te disse... . Na segunda tirinha: Você
faz... e Então faz qualquer...
De acordo com a norma culta, as frases deveriam ficar assim: É você quem... e Quem lhe disse...
. Na segunda tirinha: Você faz... e Então faça qualquer...
b. És tu quem anda espalhando que o nosso imaculado Deus não existe?
Tu fazes praco-praco-prum e eu entro com tudo.

05.
Leia atentamente este enunciado de um texto de propaganda:
Falar inglês te dá pânico? Sente tremedeira e dor de barriga quando pedem para você fa-
lar? Já tentou todo tipo de remédio e os sintomas persistem? Suspenda o uso imediatamente!
Procura um especialista!

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a. Aponte um desvio gramatical relacio- 08. ITA-SP


nado ao emprego de pronome e forma Leia com atenção as frases abaixo:
verbal.
1. Vá depressa, que o chefe quer falar _______.
b. Reescreva o trecho de acordo com a
norma culta, padronizando o tratamen- 2. Leva ___________ o guarda-chuva, que o
to na 3ª pessoa e, depois, na 2ª pessoa. tempo está nublado.
Resolução 3. Informaram- ______________ que amanhã
a. O desvio consiste na falta de uniformidade não haverá expediente.
de tratamento, pois no anúncio coexistem for- 4. Felizmente, poucos são os que se aborre-
mas de 2ª e de 3ª pessoas. cem perante _____________.
b. O texto escrito na 3ª pessoa ficaria assim: As lacunas das frases acima devem ser com-
Falar inglês lhe dá pânico? Sente tremedeira e pletadas, respectivamente, pelos pronomes:
dor de barriga quando pedem para você falar? a. contigo – consigo – no – ti e mim
Já tentou todo tipo de remédio e os sintomas b. com você – contigo – lhe – ela e mim
persistem? Suspenda o uso imediatamente!
Procure um especialista! c. contigo – contigo – lhe – você e eu
O texto escrito na 2ª pessoa ficaria assim: d. consigo – contigo – lhe – mim e tu
e. consigo – com você – no – ti e você
Falar inglês te dá pânico? Sentes tremedeira e
dor de barriga quando pedem para tu falares? Resolução
Já tentaste todo tipo de remédio e os sintomas Nas frases 1 e 2, os verbos estão, respectiva-
persistem? Suspende o uso imediatamente!
Procura um especialista! mente, na 3ª e na 2ª pessoas do singular. Por-
tanto, a uniformidade de tratamento é obri-
06.
gatória na norma culta com o emprego das
Nas frases a seguir, qual a classificação morfo- formas com você (frase 1) e contigo (frase 2).
lógica e a função sintática dos pronomes em
destaque? Na frase 3, o verbo informar é transitivo direto
"não serás mais o que és" e "abis- e indireto, e o objeto direto (“... que amanhã
mo que cavaste com teus pés." não haverá expediente”) já aparece expresso
Resolução na frase, faltando, pois, o objeto indireto lhe.
O pronome o é demonstrativo e funciona Na frase 4, por causa da preposição perante,
como predicativo do sujeito “tu”; o pronome deve-se empregar pronome oblíquo tônico.
teus é possessivo e funciona como adjunto ad-
nominal. Resposta
07. Fuvest-SP B
Tais eram as ideias que me iam pas-
sando pela cabeça, vagas e turvas, à medi-
da que o mouro rolava convulso.
Reescreva o período, substituindo cada prono-
me em destaque por outro de sentido equiva-
lente. Justifique sua resposta.
Resolução
"Estas/Essas eram as ideias que iam passando
pela minha cabeça..."
Tal é demonstrativo quando sinônimo de
"este", "esta" etc. O segundo pronome é em-
pregado com o valor de posse. Pode, portanto,
ser substituído por um pronome possessivo.

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E. Pronomes relativos
Os pronomes relativos executam basicamente duas operações: referem-se a termos antecedentes
explícitos ou não numa oração principal (ou anterior) e introduzem orações subordinadas adjeti-
vas. Alguns são variáveis em gênero e número, outros são invariáveis:

Esta é a cidade onde morei durante dez anos.


OP OS Adjetiva

Os candidatos que preencheram as fichas podem apresentar-se.


OP OS Adjetiva OP

Fiz alusão ao exercício, cuja resolução é trabalhosa.


OP OS Adjetiva

Os pronomes relativos são:


Variáveis Invariáveis
o qual, a qual que

os quais, as quais quem

cujo, cuja, cujos, cujas onde

quanto, como

quantos, quantas quando

I. Que
É um pronome relativo que se refere a coisas, pessoas ou processos, no singular ou no plural –
daí o seu largo uso.

Você já leu o livro que lhe emprestei?


São poucas as pessoas que ganharam o prêmio maior.
Foram ótimos os momentos que passei com ele.

II. O qual (e flexões)


Referindo-se a pessoas ou coisas, concorda com elas em gênero e número e deve ser usado pre-
ferencialmente apenas por motivo de clareza e após certas preposições:
Demiti o diretor e a secretária, com a qual aliás nunca simpatizei.
Desapareceram o menino e a mãe, na qual sempre tive confiança.

III. Quem
Relaciona-se a pessoas ou coisas personificadas. É sempre preposicionado.

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99

Foi bem-sucedido o candidato a quem ajudei. Elas devem ser assim reconstruídas:

O homem de quem tínhamos desconfiança


Foi fechado o partido a que (ao qual) éra-
voltou hoje. mos filiados.
Eis o vento a quem confidenciei meus so- A adolescência é o período em que (no qual)
nhos... ocorrem transformações radicais.

IV. Cujo (e flexões)


Atenção
Colocado entre dois substantivos – ou, mais ra-
ramente, entre pronome e substantivo –, cujo Tenha especial cuidado para não usar formal-
costuma estabelecer uma relação de posse mente o pronome onde em referência a espa-
entre eles, de modo que o antecedente seja o ço de tempo. Nesse caso, use quando.
possuidor e o posterior, o elemento possuído. Altere, pois, uma frase como Foi naqueles
Atenção: Jamais se coloca artigo definido no meses, onde eu estava no exterior, que tudo
substantivo que o segue. começou para Foi naqueles meses, quando eu
estava no exterior, que tudo começou.
Não conheço o rapaz cuja mãe morreu. VI. Como

V. Onde Nunca me esqueci do jeito como você me


olhava.
Equivalente a em que ou a no qual (na qual,
nos quais, nas quais), o pronome onde vem se Interessa-me saber a maneira como você fará
transformando rapidamente num relativo uni- isso.
versal, como se fosse uma palavra curinga que
pode substituir qualquer conectivo. Isso ocor- VII. Quando
re sobretudo na fala, mas, segundo o padrão
culto, deve restringir-se à referência a locais. Sempre equivalente a em que, no qual e flexões:

Era esta a rua onde morávamos.


Você será informada do momento quando
Aquela é a cidade aonde chegaremos em poderá sair.
dez minutos.
Houve uma época, quando éramos mais
Foi inundado o bairro donde saímos. solidários, que...

Sempre que o antecedente não puder ser


claramente identificado como lugar, deve-se VIII. Quanto (e flexões)
empregar em que ou no qual (e flexões) em Os pronomes quanto, quantos, quantas (re-
vez de onde. Cometem-se, pois, infrações em pare que não há a forma feminina no singular
frases como: “quanta”) relacionam-se aos indefinidos tudo,
todos, todas, expressos anteriormente na frase.
Foi fechado o partido onde éramos filiados.
A adolescência é o período onde ocorrem
Será inútil tudo quanto for feito.
transformações radicais.
Todas quantas contei estavam em ótimo estado.

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100

F. Pronomes indefinidos
Os pronomes indefinidos, com os quais os interrogativos mantêm estreita relação, referem-se
de modo impreciso ou genérico à terceira pessoa do discurso. Alguns são variáveis em gênero e
número e outros são invariáveis.
Variáveis

Masculino Feminino
Invariáveis

Singular Plural Singular Plural

algum alguns alguma algumas


bastante bastantes bastante bastantes
certo certos certa certas algo
muito muitos muita muitas alguém
nenhum nenhuns nenhuma nenhumas cada
outro outros outra outras demais
pouco poucos pouca poucas mais menos
qualquer quaisquer qualquer quaisquer nada
quanto quantos quanta quantas ninguém
tanto tantos tanta tantas outrem
todo todos toda todas tudo
um uns uma umas
vário vários vária várias
Locuções cada um, cada qual, quem quer que, todo aquele que, seja quem for etc.
pronominais

Atenção
Jamais classifique o sujeito da oração representado por um pronome indefinido substantivo
como indeterminado. Esse tipo de pronome corresponderá a um sujeito simples.
Alguém mexeu no meu queijo.
Tudo acabou entre nós.

G. Pronomes interrogativos
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos, quantas) são,
na verdade, pronomes indefinidos empregados em frases interrogativas (diretas e indiretas), e
mesmo exclamativas:

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101

Que é feito da Débora? Também é muito comum, na linguagem oral


informal, a repetição do pronome, bem
Quem lhe disse isso? como o emprego da expressão expletiva
Diga-me quantos não pagaram a festa de (ser) que:
formatura.
Conte-nos quem lhe disse isso.
Quem me dera estar lá agora! Que que você pensa dela?
Que que é o amor?
Como pronome substantivo, o pronome inter-
rogativo que usualmente é precedido de o: O que é que você disse? (Que você disse?)
O que será que vai acontecer? (Que acon-
O que você pensa dela? tecerá?)
O que é o amor?
Você disse o quê?

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

01. Resolução
Leia atentamente o texto a seguir. a. Que: interrogativo
Essas mulheres vivem derrapando nos
cuidados com a saúde e a beleza. Mas ago- você: pessoal de tratamento
ra querem dar um basta nos maus hábitos estas: demonstrativo
e salvar a própria pele. E nesta empreitada
vão contar com a nossa ajuda, claro. própria: demonstrativo
essa (nessa): demonstrativo
nossa: possessivo
Sempre Como muito
esqueço de e depois malho Nunca b. No primeiro cartaz: Sempre esqueço de
tomar a pílula feito louca fui ao tomar a pílula.
ginecologista
Reescritura: Sempre me esqueço de to-
mar a pílula.
a. Identifique os pronomes do texto aci- c. “Essas mulheres vivem ...”: se as mulheres
ma das fotos.
estão sendo apresentadas a seguir na propa-
b. Identifique um desvio de regência ver- ganda, o pronome deveria ser “estas”.
bal no anúncio. Reescreva a frase de
acordo com a norma gramatical. “E nesta empreitada...”: se o pronome re-
c. No texto acima das fotos, dois pronomes toma algo já apresentado no texto, deveria ser
demonstrativos estão empregados de “nessa” (função anafórica).
maneira incorreta. Corrija esse defeito.

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102

02.
Leia atentamente o texto a seguir.
Eu vou ganhar da raça lá todinha. Não tem um tucano lá que eu não serre o bico dele.
MAGALHÃES, Juraci. Candidato do PMDB à prefeitura de Fortaleza, que lidera as
pesquisas à frente da candidata tucana Patrícia Gomes – Veja, 13 set. 2000.
Na declaração do candidato, ocorrem alguns desvios gramaticais.
a. Identifique uma inadequação relacionada a emprego de verbo.
b. Identifique uma inadequação relacionada a emprego de pronome.
c. Reescreva a declaração de acordo com a norma culta.
Resolução
a. O verbo ter foi empregado na acepção de “haver, existir”, muito frequente na língua informal,
mas condenada pela norma culta.
b. Como há relação de posse entre tucano e bico, seria mais adequado (num texto de acordo
com a norma culta) o emprego do pronome relativo cujo.
c. Lá vencerei toda a família Gomes (ou: Lá vencerei o PSDB). Lá não há um tucano cujo bico eu
não serre.
03.
Leia atentamente o texto a seguir.

a. Identifique e classifique todos os pronomes do quadrinho.


b. Justifique por que a palavra nada, nesse contexto, não é um pronome.
c. Qual a função sintática de “ó grande nada”?
Resolução
a. o (demonstrativo), que (relativo), esse (demonstrativo)
b. A palavra “nada” está substantivada pelos determinantes (artigo um, demonstrativo esse) e
pelos adjetivos enorme/grande.
c. Vocativo
04.
Leia atentamente o texto a seguir.

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103

a. Destaque e dê a classificação morfoló- tipo de cobrança. Eu casado sigiloso, cor


gica completa de todos os pronomes clara, 28 anos. Procuro você s/ preconceito
do quadrinho. de peso ou altura de 18 a 45 anos. Posso
b. Em uma das falas, o personagem usou viajar para sua cidade ou hospedá-la em
a contração dela, e não o possessivo local secreto e sigiloso em São Paulo/
seus. Por quê?
Capital quando por aqui você estiver por
Resolução passagem fazendo compras ou querendo
a. Minha: pronome possessivo adjetivo me visitar (CP 1572).
ela (em dela): pronome pessoal oblíquo tônico a. A linguagem do anúncio faz pensar
mim: pronome pessoal oblíquo tônico num tipo de autor. O produto oferecido
seleciona um tipo de leitor. Conside-
qual: pronome interrogativo adjetivo rando isso, caracterize o autor e o leitor
nosso: pronome possessivo adjetivo representados pelo anúncio.
b. Na fala “Minha namorada e os pais dela b. Algumas passagens do anúncio im-
fizeram…”, empregou-se dela em vez de seus pressionariam mal uma leitora pouco
para evitar ambiguidade, pois o possessivo po- disposta a tolerar infrações à norma
deria ser entendido como se aludisse aos pais linguística culta. Transcreva três delas.
do outro personagem. c. Que comportamento socialmente dis-
05. Unicamp-SP cutível é proposto pelo anúncio através
da metáfora da terceirização?
Em uma de suas edições de 1998, o Classline
Regional da Folha de S. Paulo, que circula nas Resolução
regiões de Campinas, Ribeirão Preto e Vale do a. O autor do anúncio, um pretenso sedutor,
Paraíba, trazia este curioso anúncio. esconde sua oferta de serviços sexuais atrás
de uma linguagem forrada de pseudotecnicis-
Alguma casada – Quando ele te co-
mos do mundo empresarial. Ele se apresenta,
nheceu ele fazia você sentir-se uma Em- pois, como um empresário dirigindo-se a in-
presa Multinacional como fêmea, e você terlocutores também do mundo empresarial.
recebia como o equivalente à um salário b. Mistura de pessoas pronominais na re-
de Diretora Executiva no seu salário de ferência ao interlocutor: “quando ele te co-
sexo, amor e carinho! Hoje, p/ ele você nheceu ele fazia você…”; uso de acento grave
é uma Microempresa, cujo ele só visita onde não há crase: “equivalente à um salá-
rio…”; emprego descabido do pronome relati-
quando vai pagar o seu salário mínimo vo: “cujo ele só visita…”; pontuação absurda:
sempre atrasado de sexo e amor! Faça “Eu casado sigiloso, cor clara, 28 anos. Procu-
como as grandes empresas, terceirize a ro…” etc.
mão de obra c/ gente qualificada que quer c. O que se propõe é uma relação com mu-
entregar satisfação completa sem nenhum lher insatisfeita com o marido.

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104

CAPÍTULO 07 PERÍODO SIMPLES


1. Frase, oração e período • Ninguém reparou em você. (simples)
• Frase • Tudo nos une, nada nos separa. (com-
posto)
É toda unidade de comunicação verbal (oral ou
escrita), constituída de uma palavra ou mais. • Não deixarei que você repita o mes-
mo erro que já havia cometido antes.
• Socorro!ww
(composto)
• Quê?
• Tudo bem! Observação:
• Tudo está bem. • Sujeito e predicado são os termos fun-
• É? damentais da oração. Em orações cha-
madas genericamente de bimembres,
• Você, você, você...
o predicado é o termo que encerra uma
• Não viajarei sem você! declaração referida ao sujeito:

• Oração Variáveis Invariáveis


É a frase que necessariamente se estrutura em Os alunos faziam anotações e
torno de um verbo ou de uma locução verbal. perguntas.
A diferença básica entre frase e oração é a Riqueza não traz felicidade.
possibilidade desta de ser analisada em seus
componentes sintáticos, independentemente Estudar era a sua obrigação.
do contexto em que poderia estar inserida. É Ele e ela estavam exaustos.
como se a frase perdesse sua completude de
comunicação ao ser retirada de contexto, e a sujeito predicado
oração não. Pode-se perceber, assim, que toda
oração pode ser uma frase, mas nem toda fra- • Há, entretanto, várias possibilidades de
se pode ser uma oração. se construírem orações sem sujeito em
nossa língua. Quando isso ocorre, nas
Uma única palavra como “que”, por exem- chamadas orações unimembres, obvia-
plo, pode ter inúmeros sentidos dentro de mente o predicado passa a conter toda
um contexto ou situação. Retirada deles, não a significação do enunciado:
“sobrevive” como oração passível de ser ana-
lisada em seus componentes sintáticos bási- Amanheceu.
cos, como sujeito/predicado. A seguir, temos
exemplos de orações em períodos simples e Faz três anos.
compostos: Estava quente ali.
• Estudarei este assunto. Eram nove horas e trinta minutos.
• Chorei. São três quilômetros até lá.
• Até amanhã, já terei estudado este as- Houve inúmeros casos de dengue na cidade.
sunto, como prometi.
• A classe inteira garantiu que estudaria
todos os textos para a aula seguinte. 2. Transitividade dos verbos
Chama-se predicação verbal o estudo da ma-
• Período neira como se ligam os verbos aos seus com-
plementos, sejam estes obrigatórios ou não.
É a frase que contém uma oração (período Inicialmente, os verbos precisam ser classifica-
simples) ou duas ou mais orações (período dos como significativos ou não significativos.
composto):

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105

Os primeiros têm uma carga semântica repre- Atenção


sentativa do mundo extralinguístico, isto é, a. Não podemos analisar o comporta-
têm em si mesmos sentido(s) que podemos mento sintático de um verbo, se não
usar para caracterizar tudo o que quisermos. começamos pela identificação do su-
Os não significativos são vazios dessa capa- jeito da oração, no caso em que ele
cidade representativa e funcionam na língua existir. A classificação do verbo quanto
portuguesa como quaisquer outras palavras à predicação é feita a partir da fórmula
de natureza apenas gramatical. É fácil per- sujeito + verbo. Nas orações sem su-
ceber essa diferença quando pensamos, por jeito, basta analisar o comportamento
exemplo, em verbos como sonhar, querer, apenas do verbo.
pedir, que efetivamente significam algo, e ser, b. A análise é feita sempre em função do
parecer, estar, que servem apenas para “ligar” contexto: um verbo significativo, por
significados contidos em outras palavras. É por exemplo, pode ter um comportamento
isso que se estabelece a diferença entre verbos sintático diferente em contextos diferentes.
intransitivos e transitivos (os significativos) e os
verbos de ligação (os não significativos). I. Verbos intransitivos
A. Verbo significativo (nocional) São intransitivos os verbos significativos cujo
sentido (“somado” ao seu sujeito) não transita
Os verbos significativos podem ser intransiti-
(não se “movimenta”) necessariamente para
vos; transitivos diretos; transitivos indiretos;
outro termo da oração:
transitivos diretos e indiretos.

As estrelas sorriem à noite. (= As estrelas sorriem)


Brilham seus olhos diante de notas verdinhas. (= Seus olhos brilham)
Você almoça aqui todos os dias? (Você almoça?)
Por causa do sol forte as flores murcharam no vaso. (= As flores murcharam)
Choveu demais ontem à noite. (= Choveu)

II. Verbos transitivos


São transitivos os verbos (acompanhados de seu sujeito – quando houver) cujo sentido só se
completa com um outro termo da oração, o objeto.
O menininho, nervoso, arrebentou a chupeta. (= O menininho arrebentou ...?)
Precisamos de mais exercícios. (= Precisamos de ...?)
Você pode encaminhar este e-mail à turma toda? (= Você pode encaminhar...? a ...?)
• Verbo transitivo direto
O verbo transitivo direto (VTD) é aquele cujo sentido é integralizado por um complemento não
introduzido por preposição obrigatória (salvo em raras exceções). O complemento diretamente
ligado a esse tipo de verbo chama-se objeto direto (OD). Todo complemento objeto direto pode
ser substituído por pronomes oblíquos átonos: o, a, os, as (e variações):

Quase sempre faço minha lição de casa no ônibus. (= eu a faço no ônibus)


Vão matar todas as baratas de sua casa? (= suj. indet. vão matá-las?)
Os policiais perseguiram o marginal pela praça. (= os policiais perseguiram-no pela praça)

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106

Obs.: o VTD admite a voz passiva:

O mundo é ajudado pelo verdadeiro artista.


sujeito V.aux + VTD agente da voz passiva
(paciente) (ação transitiva) (agente)
• Verbo transitivo indireto
O verbo transitivo indireto (VTI) exige complemento obrigatoriamente preposicionado, chamado
objeto indireto (OI). O VTI não admite voz passiva.
Quase todos os brasileiros gostam de futebol. (= quase todos os brasileiros gostam dele)
Todo o meu futuro depende do seu sim. (todo o meu futuro depende dele)
O bom marido sempre concorda com a esposa. (= o bom marido concorda com ela)

• Verbo transitivo direto e indireto


É aquele cujo sentido só se completa por meio de dois complementos: um objeto direto e um
objeto indireto.

Vou enviar flores ao professor. (= vou enviá-las ao professor


professor/ vou enviar-lhe flores)
O acusado contou várias mentiras ao juiz. (=o acusado contou-as ao juiz/o acusado contou-lhe
várias mentiras)

O VTDI admite voz passiva, uma vez que apresenta um OD:


Hoje o livro será devolvido a você por ela.
AADV sujeito loc. verbal OI AgP
paciente

B. Verbo de ligação (não significativo)


A função básica dos verbos de ligação é a de conectar ao sujeito um estado, uma característica
– o predicativo do sujeito (PS). Na oração em que o verbo é de ligação, a carga maior de sentido
recai sobre o sujeito e o predicativo, justamente porque esse tipo de verbo é não significativo.

Aqui em casa, a televisão não é colorida.


S PS
Meus amigos parecem muito desanimados.
S PS

Atenção
a. Os verbos de ligação constituem um pequeno grupo em nossa língua, como ser, estar, pare-
cer, continuar, permanecer, ficar, tornar-se. Há, ainda, alguns, como andar, viver, que ora são
de ligação, ora são significativos de fato, dependendo do contexto. Veja a diferença:

A idosa andava devagar pela praça. (VI)


A idosa andava aborrecida. (VL)
Eu vivo em uma cidade grande. (VI)
Esse rapaz vive sempre apressado e nervoso. (VL)

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107

b. Sem predicativo do sujeito não há verbo de ligação.


Alguns desses verbos tipicamente de ligação podem, entretanto, ser acompanhados apenas de
adjuntos adverbiais obrigatórios. Nesse caso, eles não podem ser nomeados como verbos in-
transitivos, pois isso contraria as duas condições essenciais dos VI: ser significativo e não exigir
complemento obrigatório.
Se também não podem ser nomeados como VL, como classificá-los? Na falta de uma nomenclatura
oficial para eles, alguns gramáticos os chamam de transadverbiais ou de transitivos adverbiais, isto é,
verbos não significativos que exigem um adjunto adverbial como complemento obrigatório.
É o caso destas construções:

A festa será naquele clube.


Minha bolsa ficou no restaurante.
A formatura foi sábado?

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Mackenzie-SP a. A forma plural de “já havia o poeta
parnasiano” corresponde, de acordo
Leia atentamente o texto a seguir.
com a norma culta, a “já haviam poe-
Houve um fenômeno de democrati-
tas parnasianos”.
zação estética nas cinco partes sábias do
mundo. Instituíra-se o naturalismo. Co- b. A forma passiva analítica de “Instituí-
piar. Quadro de carneiros que não fosse ra-se o naturalismo” é “O naturalismo
de lã mesmo, não prestava. (...) Veio a era instituído”.
pirogravura. As meninas de todos os la- c. “As meninas de todos os lares ficaram
res ficaram artistas. Apareceu a máquina artistas” tem como pressuposto que elas
fotográfica. E com todas as prerrogati- já eram artistas, mas não consagradas.
vas do cabelo grande, da caspa e da mis- d. Em “Veio a pirogravura” e “Apareceu
teriosa genialidade de olho virado – o a máquina fotográfica”, os verbos re-
artista fotográfico. gem objeto direto.
Só não se inventou uma máquina
de fazer versos – já havia o poeta par- e. O travessão, no final do primeiro pa-
nasiano. rágrafo (– o artista fotógrafico), mar-
ca elipse de verbo.
Manifesto da poesia Pau-Brasil, Oswald de Andrade.
Resolução
Assinale a alternativa correta. Omissão do verbo (apareceu, por exemplo).
Resposta
E

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108

02.
Leia atentamente o texto a seguir.

a. Identifique as orações com verbo de ligação e predicativo do sujeito .


b. Explique a que se referem os pronomes demonstrativos no texto. Há alguma razão grama-
tical para o personagem usar dois pronomes diferentes?
c. Retire do texto todos os objetos diretos.
d. Quais são os adjuntos adnominais do substantivo “presentes”?
Resolução
a. “Mas isto é demais!”, “É cruel!”, “é desumano!” e “Sou um viking durão”…
b. Tanto em “Mas isto é demais!” quanto em “Mas não vou aguentar isso!”, os pronomes isto e
isso referem-se ao fato de Hagar ter que estar com Helga, sua mulher, fazendo compras de Natal.
Gramaticalmente, não há razão para ele usar pronomes demonstrativos diferentes. Como o per-
sonagem se refere a dois fatos que ocorrem proximamente no tempo e no espaço, o mesmo
pronome “isto” deveria ter sido empregado em ambas as falas.
c. muitas lutas; flechas e lanças e óleo fervente; isso; nem a metade dos presentes de natal.
d. os; de natal.
03.

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109

Assinale a alternativa em que o verbo “ser” c. Os maiores congestionamentos não


não está sendo empregado no mesmo tipo de são à tarde.
construção destas orações: É em agosto o ves- d. Todo o nosso esforço será inútil, não
tibular dessa universidade?; O casamento da acha?
atriz será nesta igreja.
e. Nossa primeira aula é ao meio-dia.
a. O próximo jogo deverá ser à tarde.
Resposta
b. Foi nesse ano a lamentável derrota de
meu time. D

3. Vozes verbais
Dá-se o nome de voz verbal à forma que o verbo assume para denotar se a ação verbal é prati-
cada e/ou sofrida pelo sujeito.
São três as vozes verbais: ativa, passiva e reflexiva.

A. Voz ativa
Ocorre quando o sujeito é agente (ativo) da ação expressa pelo verbo.

O aluno resolveu todas as questões.


sujeito ativo ação objeto direto
(polo inicial) transitiva (polo final)

B. Voz passiva
Ocorre quando a forma verbal indica que ação praticada por outro agente recai sobre o sujeito
(passivo).

Todas as questões foram resolvidas pelo aluno.


sujeito passivo ação agente da passiva
(polo final) transitiva (polo inicial)

I. Voz passiva analítica


A estrutura sintática mínima da voz passiva analítica (VPA) consiste em um sujeito passivo e um
predicado com o auxiliar ser seguido do verbo principal no particípio:

Dumont inventou o avião.


SA VTD OD

O avião foi inventado por Dumont.


SP ser + partic. Agp
(VTD)

Repare que, na transposição da VA para a VPA, sempre aparecerá um verbo a mais (o verbo
auxiliar ser):

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110

O prefeito inaugura o viaduto. C. Voz reflexiva


O viaduto é inaugurado pelo prefeito.
Na voz reflexiva (VR), o sujeito é o agente de
O prefeito está inaugurando o viaduto. uma ação cujos efeitos ele mesmo sofre (SAP):
O viaduto está sendo inaugurado pelo prefeito.

O prefeito deveria ter inaugurado o viaduto. Paulo contempla -se.


O viaduto deveria ter sido inaugurado pelo prefeito. SAP VTD ODR

II. Voz passiva sintética Eu me dei mais uma chance.


A estrutura mínima da voz passiva sintética SAP OIR ODR OD
(VPS) é constituída de VTD ou VTDI acrescido
de pronome apassivador se (PA): D. Voz reflexiva recíproca
VTD Na voz reflexiva recíproca (VRR), o sujeito re-
VPS = + PA + SP presenta dois ou mais seres que trocam ação
VTDI
entre si, por isso o verbo tem de estar no plu-
Note que, numa voz passiva analítica ou sintéti- ral. Pode ocorrer um reforço de expressão com
ca, não ocorre objeto direto: a ele corresponde o palavras como mutuamente, reciprocamente,
sujeito passivo. Por isso, o verbo seguido de PA fle- um ao outro, uns aos outros:
xiona-se normalmente de acordo com o sujeito:
Os namorados beijaram -se publicamente.
Resolveu -see a questão SAP VTD OODR AADV
Resolveram -see aas questões
VTDD PA
PA S
SP Eles se deram as mãos.
SAP OIRR VTDI OD

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01.
Leia atentamente o texto a seguir.

a. Em que tipo de voz verbal está a oração do primeiro quadro?


b. Na oração “será que isso é bom ou mau?”, justifique por que a palavra “mau” está grafada
com “u” e não “l”. Qual sua função sintática?
Resolução
a. “Já não nos conhecemos?” está na voz passiva reflexiva recíproca.
b. Porque “mau” grafado com a letra “u” é um adjetivo, inclusive em oposição ao também ad-
jetivo “bom”. Na oração, ambos os termos funcionam como predicativo do sujeito “isso”.
A palavra “mal” grafada com “l” seria um advérbio e não poderia funcionar como predicativo
do sujeito nessa oração. O advérbio “mal” funcionaria como um adjunto adverbial de modo em
outro contexto, como, por exemplo, em “a menina sentia-se mal”.

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02. c. Não nos demitiremos do cargo por


Assinale a alternativa em que há o mesmo tipo causa dessa calúnia!
de construção da oração do primeiro quadro. d. Finalmente nós nos abraçamos na
plataforma de embarque.
a. Eles nos entregaram a encomenda
e. Deixe-nos em paz, por favor...
errada.
Resposta
b. Os convidados nos viam no espelho da sala.
D

4. Sujeito
Chama-se sujeito, nas orações bimembres, o termo a que se refere o processo verbal do predica-
do. Nesse caso, o sujeito pode ser determinado (explícito ou implícito) ou indeterminado.
A. Sujeito determinado
I. Explícito (claro)
Quando expresso na oração, o sujeito pode apresentar um núcleo substantivo (ou substantiva-
do) – sujeito simples – ou mais de um núcleo substantivo (ou substantivado) – sujeito composto:
Nada acontece aqui.
SS VI AADV

Chegaram o aluno e seu pai.


VI SC
Atenção
O sujeito de uma oração tem sempre uma natureza morfológica substantiva e jamais será pre-
posicionado. Isso significa que, quando expresso na oração, será sempre representado por um
núcleo substantivo (ou por uma expressão que o contenha), por um pronome substantivo ou por
qualquer palavra substantivada. Observe:

Carros desciam a ladeira em louca disparada.


Sumiram da cidade todos aqueles gatos de pelo marrom?
Nada será como antes.
Alguém ajudará você, com certeza.
Cantar faz bem à saúde.
Um sim deixou-a extremamente feliz.

II. Implícito (oculto)


É o sujeito que se pode determinar ou pela desinência verbal (sujeito elíptico) ou pelo contexto,
quando o mesmo sujeito já apareceu em outra oração do período ou do texto (sujeito zeugmático):

Faremos este trabalho depois. (suj. = “nós”)


Saíste com as amigas. (suj. = “tu”)
A diretora da escola já chegou, mas não vai atender ninguém. (suj. = ela, na segunda oração)
Os jovens adoram video game. Quase sempre, deixam de estudar e passam o dia diante de uma tela.
(suj. = eles, na segunda e terceira orações)

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112

B. Sujeito indeterminado Atenção


• Com verbo na 3ª pessoa do plural, des- a) Os verbos auxiliares de verbos impes-
de que não ocorra zeugma do sujeito. soais têm o mesmo comportamento
Lança-se mão deste tipo de sujeito, do principal, quanto à sua flexão em
quando contextualmente ele é desco- número:
nhecido ou quando queremos que as- Vai fazer duas semanas que ela sumiu.
sim seja.
Parece haver mais vagas do que candidatos.
Ontem à noite, quebraram todos os vidros Devem ser oito horas agora.
da fachada da loja. b) Verbos que indicam fenômenos da
Falam mal dessa menina o tempo todo! natureza, quando empregados em
sentido figurado, deixam de ser im-
Trancaram o Joãozinho no banheiro e jogaram pessoais e concordam, normalmente
a chave fora. com o sujeito:
"Na saída da igreja, pétalas de rosas choviam
• Com verbo intransitivo, transitivo indireto sobre os noivos. "
ou de ligação na 3ª pessoa do singular acresci-
do da palavra se, chamada índice de indeter- "Trovejavam sem descanso os líderes da greve
minação do sujeito ou pronome de indetermi- na frente dos portões da fábrica."
nação do sujeito: O cliente, no balcão do aeroporto, encara a
Dorme-se incrivelmente mal nesta cama. (VI) atendente e desfere:
Não se desobedeça aos regulamentos desta “– Tem lugar na caixa-preta do avião?”
empresa. (VTI) O uso do verbo ter em lugar de haver, existir,
Permaneça-se firme diante das adversidades, apesar de condenado pela norma culta da lín-
por favor! (VL) gua, é de uso corrente.

C. Oração sem sujeito D. Sujeito oracional


Existem orações na língua portuguesa que não Em um período composto, toda uma oração
apresentam sujeito em sua estrutura, apenas pode funcionar como sujeito. E, assim como
o predicado. Nesse tipo de construção, os ver- ele, também tem uma natureza substantiva,
bos são denominados impessoais. A maior daí receber o nome de oração subordinada
parte desse tipo de verbos flexiona-se apenas substantiva subjetiva. Acompanhe essa equi-
na 3ª pessoa do singular, exceção feita apenas valência:
ao verbo “ser” na indicação de datas, horas e
distâncias. Veja os exemplos:
É necessário que todos compareçam. (or.
sub. subst. subjetiva)
Há vagas para enfermeiros.
É necessário o comparecimento de todos.
Não havia cadeiras suficientes na sala. = O comparecimento de todos é necessário.
Fazia onze anos que não nos víamos. (sujeito)
Em minha cidade faz muito frio no inverno. Foi inconveniente que o juiz arquivasse o
processo. (or.sub. subst. subjetiva)
Na primavera, chove muito pouco em
Brasília. Foi inconveniente o arquivamento do pro-
cesso pelo juiz. = O arquivamento do pro-
Hoje são 9 de abril. cesso pelo juiz foi inconveniente (sujeito)
Eram duas horas da tarde.
Daqui até sua casa são uns dois quilômetros. Obs.: Esse tipo de oração será estudado com
profundidade mais adiante.

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113

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. UPM-SP modificado 03.
Leia: Em relação aos enunciados (a) e (c) das alter-
nativas do exercício anterior, responda:
Destino atroz
a. Qual o sujeito de “cabe” em (a)?
Um poeta sofre três vezes: primeiro
b. Como se deduz que o sujeito do verbo
quando ele os sente, depois quando os es-
chegar, em (c), é “eu” oculto?
creve e, por último, quando declamam os
seus versos. Resolução
Mário Quintana a. O sujeito é “alcançar aquela peça do ma-
leiro”. Colocando-se o enunciado na ordem di-
No texto, o sujeito do verbo declamam é: reta, temos: “Alcançar aquela peça do maleiro
a. ele (elíptico). cabe a você.” (equivale a “isso cabe a você”).
b. indeterminado. b. A oração “Ao chegar” é reduzida de infi-
c. “eles” (oculto). nitivo. Se fôssemos desenvolvê-la, e em fun-
d. os seus versos (simples). ção do sujeito da oração seguinte, teríamos:
“Quando cheguei...”
e. os poetas (simples).
04. PUC-SP
Resolução
Indique a alternativa correta no que se refere
O autor quis indeterminar o sujeito do verbo, ao sujeito da oração: “Da chaminé da usina su-
referindo-se a leitores desconhecidos. Por isso biam para o céu nuvens de fumaça”.
o verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência
a termos anteriormente expressos. a. Simples, tendo por núcleo chaminé.
b. Simples, tendo por núcleo nuvens.
Resposta
c. Composto, tendo por núcleo nuvens de
B fumaça.
02. FGV-SP d. Simples, tendo por núcleo fumaça.
Assinale a alternativa em que o pronome você e. Simples, tendo por núcleo usina.
exerça a função de sujeito do verbo destacado.
Resolução
a. Cabe a você alcançar aquela peça do
maleiro. Basta transpor a oração para a ordem direta
para que se evidencie o termo que exerce a
b. Não enchas o balão de ar, pois ele pode função de sujeito “... nuvens de fumaça su-
ser levado pelo vento. biam para o céu”. Tanto é assim que também
c. Ao chegar, vi você perambulando pelo fica evidenciada a concordância do verbo com
shopping center da Mooca. o núcleo substantivo do sujeito.
d. Ei, você, posso entrar por esta rua? Resposta
e. Na estação Trianon-Masp desceu a An- B
gelina; na Consolação, desceu você.
Resposta
E

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114

5. Termos associados ao nome Aquela atitude gerou uma grande revolta.


A palavra nome, na gramática, designa generi- AADN nS VTD OD
camente o substantivo, o adjetivo e o advérbio.
Na oração, tais classes podem ser acompanha-
Era uma mulher sem escrúpulos.
das por: adjunto adnominal, complemento
nominal, aposto, predicativo do sujeito, pre- Toda a minha dor, enterrei-a aqui.
dicativo do objeto ou mesmo por adjunto ad- Os dois irmãos chegaram há uma hora.
verbial de intensidade (ou modo).
Foi o ofício que aprendi.
A. Adjunto adnominal
O adjunto adnominal tem sempre uma natu- B. Complemento nominal
reza adjetiva e, por causa disso, conecta-se a O complemento nominal (CN) também in-
um substantivo para delimitar-lhe o significa- tegra outro termo sintático, completando
do. Desempenha como que uma função sin- necessariamente o sentido de um elemento
tática segunda, pois aparece internamente em substantivo, adjetivo ou advérbio. É sem-
termos que já estão exercendo outra função pre introduzido por preposição. Só pode
sintática. ser confundido com o adjunto adnominal se
O adjunto adnominal (AADN) pode ser repre- está articulado a um substantivo, pois um
sentado por adjetivo, locução adjetiva, artigo, AADN jamais se relaciona a um adjetivo ou
pronome, numeral ou oração adjetiva: a um advérbio.

Ocorreu a destruição da ponte.


Sujeito: a destruição da ponte; núcleo do sujeito: destruição; CN: da ponte.
Não consigo esquecer a morte de meu melhor amigo.
Objeto direto: a morte de meu melhor amigo; núcleo do OD: morte; CN: de meu melhor amigo.

Somos favoráveis à nova emenda constitucional.


Predicativo do sujeito: favoráveis à nova emenda constitucional; núcleo do PS: favoráveis (um
adjetivo); CN: à nova emenda constitucional.

O diretor da empresa manifestou-se contrariamente àquela decisão.


Adjunto adverbial de modo: contrariamente àquela decisão; núcleo do adj.adv.: contrariamente;
CN: àquela decisão.

C. Aposto
O aposto (AP) tem sempre uma natureza morfológica substantiva e refere-se a um outro ter-
mo sintático também de natureza substantiva (um substantivo, pronome substantivo ou palavra
substantivada). O aposto serve para ampliar, desenvolver ou restringir o significado do termo a
que se refere.

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115

I. Explicativo Proveniente da palavra vocare (“chamar”, “in-


vocar”, em latim), o vocativo estabelece um
diálogo real ou imaginário entre quem enun-
Vitória, capital capixaba, é cidade portuária. cia a frase (emissor) e o seu interlocutor (re-
Resolvi denunciar o Dr. Pádua, o diretor do ceptor). Admite a interjeição ó (ou ô), expres-
Hospital Boa Morte. sa ou subentendida.

II. Enumerativo
“Meu canto de morte, guerreiros,
guerreiros ouvi.” (G.
O aposto enumerativo costuma aparecer após Dias)
o sinal de dois pontos.
Ô cara, sai dessa!
!” (Quino)
“O almoço está pronto, gordo inútil!”
Perdi os meus dois livros mais queridos: o de
português e o de anatomia. Entre já, menino, porque vai chover!
Nossa vida compõe-se de muitas aspirações:
sucesso, amor, dinheiro, saúde. O vocativo é bastante usado na linguagem de
todos os dias. Até quando redigimos e-mails
usamos o vocativo:
III. Resumitivo (ou recapitulativo ou resu-
midor) Olá, Pedro, ...
Este tipo de aposto é geralmente representa- Querida amiga, ...
do por um pronome indefinido substantivo.
Cuidado para não confundir sujeito e vocativo.
Diretores, professores, alunos, ninguém foi Observe:
à festa de formatura. Vera, faça toda a lição!
Dólares, muitas namoradas, iates, nada o “Vera” é vocativo; o sujeito do verbo “faz”
animava. (imperativo) é você (oculto).

E. Predicativo do sujeito
IV. Especificativo
É o termo que atribui ao sujeito uma carac-
Esse tipo de aposto integra outro termo sin- terística, um estado, um modo de ser. O PS é
tático, individualizando o sentido genérico sempre um termo sintático “isolado”. Geral-
de um substantivo comum. Pode ser prepo- mente é representado por um adjetivo, por
sicionado. qualquer palavra de natureza adjetiva ou por
uma expressão preposicionada também com
característica adjetiva. No predicado nominal,
O rio Pardo transbordou naquele ano. relaciona-se ao sujeito por meio de um verbo
Esse livro de Manuel Bandeira já está esgo- de ligação.
tado nas livrarias.
Não consegui achar a Praça dos Cajus. Ficaram calados durante horas.
Você viu se o professor Joel já chegou? Sujeito indeterminado; VL: ficaram; PS: cala-
dos; adj. adv. de tempo: durante horas.
D. Vocativo
Todos andam apreensivos com a alta dos juros.
Isolado do restante da oração por meio de
vírgulas, travessões ou parênteses, o vocativo Sujeito: todos; VL: andam (empregado em
(Voc) é, a rigor, um termo sintaticamente in- sentido genérico = estão); PS: apreensivos
dependente: não participa do sujeito nem do com a alta de juros; CN: com a alta de juros.
predicado.

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Meus amigos não deveriam ser tão crianças. Perceba, no segundo exemplo, que, se o adjetivo
“desesperada” fizesse parte do sujeito (e, desta
Sujeito: meus amigos; locução verbal forma, não haveria as vírgulas), esse adjetivo
de ligação: deveriam ser; PS: tão crianças. passaria a ter a função sintática de adjunto adno-
minal, alterando-se, inclusive, o sentido da frase:
Meu cachorro era de muito boa índole.
Sujeito: meu cachorro; VL: era: PS: de muito A professora desesperada salvou as provas
boa índole. da enchente.

F. Predicativo do objeto
Outros exemplos: Semelhantemente ao PS, também o PO é ter-
mo sintático “isolado”, nunca integrando ou-
tro termo internamente. Também é em geral
Nessa disputa, eu sou mais ele. representado por um adjetivo, por palavra
de natureza adjetiva ou por uma expressão
O resto é nada.
preposicionada também com característica
Eram vinte e dois na mesma cela. adjetiva. Entretanto, diferentemente do PS, o
PO só aparece com certo tipo de verbo cujo
sentido indique a interveniência do sujeito na
No predicado verbo-nominal, o PS refere-se atribuição daquilo que o PO representa.
ao sujeito por meio de verbo transitivo ou in-
transitivo. Nesse caso, é como se o predicado A bruxa transformou o príncipe em sapo.
pudesse ser desdobrado em dois: um verbal e O tribunal declarou culpados o réu e a ré.
outro, nominal: O amor torna os namorados cegos.
A preocupação deixava-me sem sono.
Dois candidatos chegaram atrasados. Os fatos sagraram aquele jogador o ídolo de
(= Dois candidatos chegaram e estavam uma geração.
atrasados.) Sempre a víamos melancólica.
A mãe recebeu-o ansiosa. Faça duas crianças felizes.
(= A mãe recebeu-o e estava ansiosa.)
a. Confirma-se a autonomia sintática do
Os vizinhos assistiam a tudo transtornados. PO quando substituímos o objeto direto
(= Os vizinhos assistiam a tudo e estavam pelo pronome oblíquo correspondente:
transtornados.)
A bruxa transformou-o em sapo.
O tribunal declarou-os culpados.
Atenção
O amor torna-os cegos.
Note a mobilidade de posicionamento na ora-
ção que o PS tem: isso demonstra que é ter- Os fatos sagraram-no o ídolo de uma geração.
mo não integrante de outro termo sintático. Faça-as felizes.
Quando se posiciona o PS no início do período
ou “no meio”, essa independência é assinala- b. Embora sejam mais comuns os predi-
da (deve ser assinalada) por meio de vírgulas. cativos de objeto direto, há os que se
Esse tipo de posicionamento é mais usual com referem ao objeto indireto:
verbos transitivos e intransitivos. Veja:
Chamaram-lhe (de) desertor.
Desesperada, a professora salvou as provas
da enchente. Precisamos desse bandido vivo. (= Precisa-
mos dele vivo)
A professora, desesperada, salvou as provas Não gosto de Mariana triste. (= Não gosto
da enchente. dela triste)

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117

Observações gerais c. O complemento nominal pode ser re-


a. Complemento nominal e adjunto presentado também por pronome oblí-
adnominal quo ou ser uma oração substantiva:
Cuidado para não confundir o complemento Tenho-lhes amor. (equivale a “tenho amor
nominal com o adjunto adnominal e o objeto
por eles (elas
(elas)”)
elas)”)
indireto. Entre eles há semelhanças e diferen-
ças importantes. Esquematicamente: Sempre lhe serei fiel. (equivale a “sempre se-
subst. CN paciente
rei fiel a ele(a
(a)”)
(a
a)”)
prep. subst. prep.
∅AADN não paciente
adj. Tenho certeza de que ela voltará. (= tenho
adv.
certeza da volta dela
dela)

VTI prep.
OI paciente d. Predicativo e ambiguidade
VTDI
Em orações fora de um contexto maior, pode
haver ambiguidade, confundindo-se um ad-
Não gostei da declaração do ex-presidente. (OI) junto adnominal com um predicativo. Observe:
Não gostei da declaração do ex-presidente. (AADN)
O professor dirigiu-se ao aluno desanimado.
A declaração do ex-presidente à jornalista... (CN)
Nessa oração isolada, é possível entender duas
b. Oração predicativa
coisas: o professor estava desanimado quando
A função do predicativo do sujeito pode ser se dirigiu ao aluno ou o aluno é uma pessoa
exercida por uma oração (subordinada subs- desanimada. Semanticamente, no primeiro
tantiva predicativa). Observe a equivalência: caso, a atribuição é eventual e, no segundo,
própria do aluno.
O fato é que nós perderemos tudo. (= O fato Para resolver essa dubiedade de sentido, não
é a nossa perda de tudo) há outra maneira a não ser reposicionar o ter-
mo ou reestruturar o período. Assim:
Um grande transtorno seria se o metrô não
funcionasse. (= Um grande transtorno seria
o não funcionamento do metrô.)

Desanimado, o professor dirigiu-se ao aluno/ O professor, desanimado, dirigiu-se ao aluno. (= PS)


O professor dirigiu-se ao desanimado aluno. (= adj. adn.)
O professor dirigiu-se ao aluno que estava desanimado. (cria-se uma oração adjetiva)
Achamos a enfermeira triste.
Achamos a triste enfermeira. (= adj. adn.)
Achamos, triste, a enfermeira. (= PO)

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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. Leia atentamente o excerto a seguir.
Uma conhecida mensagem colocada em pro- Daniel na cova dos leões
paganda de cigarros diz:
Aquele gosto amargo do teu corpo
"O Ministério da Saúde adverte: fumar é pre- Ficou na minha boca por mais tempo:
judicial à saúde." De amargo e então salgado ficou doce,
Identifique a função sintática dos termos. Assim que o teu cheiro forte e lento [...]
Renato Russo e Renato Rocha (fragmento)
Resolução 02.
a. O Ministério da Saúde: sujeito No fragmento, os substantivos gosto e cheiro
b. da Saúde: aposto especificativo são modificados por vários adjetivos. Identifi-
c. adverte: VTD que-os e classifique-os sintaticamente.
d. fumar é prejudicial à saúde: objeto direto Resolução
de “adverte” Adjetivos: “amargo”, “salgado”, “doce”, “for-
e. fumar: sujeito de “é” te”, “lento”. Os três primeiros são adjuntos
f. é: VL adnominais de gosto e os outros, adjuntos
g. prejudicial à saúde: PS adnominais de cheiro.
h. à saúde: CN

6. Termos ligados ao verbo


Associados ao verbo, podem aparecer os seguintes termos: adjunto adverbial, agente da voz
passiva, objeto direto e objeto indireto.

A. Adjunto adverbial
É o termo que exprime alguma circunstância, isto é, um pormenor, um detalhe que pode acom-
panhar os fatos relatados pelos verbos. Geralmente é termo sintático acessório.
A função de adjunto adverbial é representada por advérbio, expressão adverbial ou oração adverbial:

Amanhã, aqui, encontrarei você pontualmente. (circunstância de tempo, lugar, modo)


Durante a noite toda, dançaram na praia. (tempo, lugar)
Ainda que negue, ela é responsável. (concessão)
Se o Zezinho não tiver aulas de canto, vou mudar deste prédio. (condição)

Atenção
a. Também o adjetivo e o próprio advérbio podem ser modificados por um adjunto adverbial
(geralmente de modo ou intensidade):

Aquele menino é cinematograficamente bonito!


Esse cantor é muito arrogante.
Ele estuda bem perto da escola.

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b. um adjunto adverbial pode aparecer Obs.: Na transposição para a voz passiva, o


com apagamento da preposição na ex- objeto direto transforma-se em sujeito pa-
pressão adverbial: ciente:
Todas as questões foram resolvidas por nós.
Irei ao cinema domingo. (=no domingo)
Toda manhã pego o ônibus lotadíssimo. (=
em toda manhã) I. Objeto direto preposicionado
Estudo a semana inteira. (= durante a sema- Esse tipo específico de OD é introduzido ex-
na inteira) cepcionalmente por uma preposição, embora
o verbo seja transitivo direto. É usado quando
se quer deixar bastante evidente o contraste
B. Agente da voz passiva entre o verbo e o complemento. Costuma-se
É o complemento que, quando o verbo está na empregar essa construção apenas para efei-
voz passiva, designa aquele que pratica a ação tos expressivos, de elegância ou para evitar
sofrida ou recebida pelo sujeito (paciente). ambiguidades:
Corresponde ao sujeito (agente) da voz ativa.
Assim como o sujeito, o agente da voz passiva Amo a Deus e não temo a nada.
pode ser determinado ou indeterminado.
Estimo ao meu mestre.
Normalmente introduzido pela preposição
por (pelo, pela, pelos, pelas) e, às vezes, por Durante o velório, ele consolava à viúva efu-
de (do, da, dos, das), o agente da voz passiva sivamente demais.
pode ser expresso por substantivo, pronome, Ao Palmeiras venceu o Corinthians.
numeral ou oração substantiva:
II. Objeto direto interno
A carta será escrita por um aluno.
Em tudo se assemelha a um OD qualquer. Seu
A empresa é representada por mim. emprego é meramente estilístico, pois serve
A prova foi feita por dois? – perguntou o apenas para reforçar o sentido já implícito no
professor. próprio verbo.
Ele é conhecido de muita gente. Chorarás lágrimas de sangue.
Marina foi reconhecida por quantos tinham Dormi um sono tranquilo.
senso crítico naquela época. O soldado morrerá uma morte gloriosa?

C. Objeto direto
III. Objeto direto pleonástico
O objeto direto é o complemento obrigatório
pedido pelo sentido incompleto de um verbo Como o próprio nome indica, consiste na repe-
significativo transitivo direto ou transitivo di- tição de um OD já expresso na oração. Normal-
reto e indireto. É uma função sintática desem- mente constituído de pronome ou numeral,
penhada por substantivo, pronome, numeral, também tem emprego estilístico, pois é termo
palavra substantivada ou oração substantiva: descartável na oração.
Sua redação, corrigi-a ontem à noite.
Resolvemos todas as questões. O dinheiro, o secretário sempre o trazia na cueca.
Nomeei-a minha procuradora.
Percebi tudo naquele momento.
D. Objeto indireto
O objeto indireto é o complemento obrigató-
Remeti dois para Nova York.
rio, sempre preposicionado, pedido pelo sen-
Não condenamos o talvez. tido incompleto de um VTI ou VTDI. O objeto
Exijo que você não volte! indireto não se transforma em sujeito paciente
na passagem para a voz passiva.

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120

Pode ser representado por substantivo, pro- I. Objeto indireto pleonástico


nome, numeral, palavra substantivada ou Tem as mesmas características do OD pleo-
oração substantiva: nástico.
Não dependemos do empréstimo.
Aos proprietários, nada lhes devo.
Sempre lhe contei tudo.
A mim, pediram-me o impossível.
A herança caberia aos três.
Daria atenção aos ricos.
Convenci-me de que ela estava certa.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. b. É possível perceber que o texto repre-
Leia atentamente o texto de propaganda a senta a fala coloquial de uma adolescente. E
seguir e responda ao que se pede. para manter semelhança a esse fato, os des-
vios à norma culta são aceitáveis e até mesmo
coerentes com a situação em que se insere o
anúncio. É o que se pode chamar de “adequa-
ção linguística” do texto.
c. OI: “num presente pro Flávio” ou “para
aquela sirigaita” ou “com coisas boas“; VTDI:
dar e surpreender.
d. Funciona como adjunto adverbial de
modo. Equivale a “novamente”.
02.
Observe atentamente as frases a seguir e res-
ponda ao que se pede:
“Eu sei de tudo isso muito bem.”
“Sei que meus direitos terminam quando co-
meça o dos outros.”
“É culpa minha se os direitos dos outros come-
çam tão longe?”
a. Identifique no texto três desvios em re- a. Identifique e classifique os sujeitos das
lação à norma culta. formas verbais sei (nas duas ocorrên-
b. Como você justifica a presença desses cias), começa e é .
desvios no texto? b. Identifique e classifique os objetos de
c. Retire do texto um objeto indireto e sei nas duas ocorrências.
dois verbos transitivos direto e indireto. Resolução
d. A expressão “de novo” tem qual função a. sujeito simples (“eu”), sujeito elíptico
sintática no texto? (“eu”), sujeito simples (“o direito dos outros”)
Resolução e sujeito oracional (“se os direitos dos outros
a. Vou investir num presente pro Flávio. começam tão longe?”)
Mas quem garante que eu vou namorar com b. “de tudo isso”: objeto direto preposicionado
ele? (namorar é VTD: ... vou namorá-lo)
“que meus direitos terminam onde come-
Se eu não pegar ele (a norma culta não per- ça o direito dos outros”: oração subordinada
mite usar pronome reto como objeto direto: substantiva objetiva direta
... pegá-lo)

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121

03. a. O objeto direto do verbo “tenho”, no


Leia atentamente o texto a seguir e preencha verso 2, é: _______________________.
o que é pedido nas questões. b. Nesse mesmo verso, a função sintática
do termo “de expressar” é: _________.
1. Quem sou eu
2. Tenho a mais bela maneira de expressar c. No verso 3, o termo que funciona como
3. Sou Mangueira... uma poesia singular aposto é: _______________________.
4. Fui ao Lácio e nos meus versos canto a d. As orações contidas nos versos de 5
última flor a 8, na ordem direta, ficariam assim:
5. Que espalhou por vários continentes _______________________________
6. Um manancial de amor e. Nos versos 12 e 13, existem dois ad-
7. Caravelas ao mar partiram juntos adverbiais, _____________ e
8. Por destino encontraram o Brasil... _____________, que indicam, respecti-
9. Nos trazendo a maior riqueza vamente, circunstância de __________
10. A nossa língua portuguesa e ______________.
11. Se misturou com o tupi, tupinambrasileirou
Resolução
12. Mais tarde o canto do negro ecoou
a. “ a mais bela maneira de expressar”
13. E assim a língua se modificou. b. Complemento nominal
Samba-enredo da Mangueira, 2007. Minha pátria c. Uma poesia singular
é minha língua, Mangueira, meu grande amor.
d. Que espalhou um manancial de amor
por vários continentes/ Caravelas partiram ao
mar/ encontraram o Brasil por destino...
e. “mais tarde”: tempo; “assim”: modo.

7. Tipos de predicado

A. Predicado nominal
Tem verbo de ligação e, como núcleo significativo, um predicativo do sujeito.

Os argumentos do orador eram brilhantes.


sujeito verbo predicativo do
de ligação sujeito (adjetivo)

Aquela terra virou um deserto.


sujeito verbo predicativo do
de ligação sujeito (substantivo)

O aluno problemático é aquele.


sujeito verbo predicativo do
de ligação sujeito (pronome)

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B. Predicado verbal
Apresenta verbo significativo intransitivo ou transitivo, acompanhado de seu(s) respectivo(s)
objeto(s) (direto/indireto).
Os pássaros cantaram na floresta orvalhada.
sujeito verbo adjunto adverbial
intransitivo

Cássia Eller cantou seus maiores sucessos.


sujeito verbo objeto direto
transitivo
direto

Ela cantou para um público emocionado.


sujeito verbo objeto indireto
transitivo
indireto

Ela cantou seus maiores sucessos para um público emocionado.


sujeito verbo objeto direto objeto indireto
transitivo
direto e
indireto
C. Predicado verbo-nominal
Apresenta dois núcleos significativos: um verbo significativo intransitivo ou transitivo, acompa-
nhado de seu(s) respectivo(s) objeto(s) (direto/indireto), e um predicativo (do sujeito ou do objeto).
Os alunos chegaram eufóricos ao colégio.
sujeito verbo predicativo adjunto
intransitivo do sujeito adverbial
(núcleo (núcleo
verbal) nominal)

Os alunos resolveram eufóricos todas as questões.


sujeito verbo predicativo objeto direto
transitivo do sujeito
direto (núcleo
(núcleo nominal)
verbal)

Os alunos assistiram atentos a todas as aulas.


sujeito verbo predicativo objeto indireto
transitivo do sujeito
indireto (núcleo
(núcleo nominal)
verbal)

Os alunos consideraram as questões muito fáceis.


sujeito verbo objeto predicativo do
transitivo direto objeto direto
direto (núcleo nominal)
(núcleo
verbal)

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123

A prova era fácil.


S VL PS

A prova sumiu.
S VI
Tipologia do predicado
Todos receberam a prova.
S VT O
PN = VL + PS PVN1 = VI + PS
PV1 = VI PVN2 = VT + O + PS Todos chegaram cansados.
PV2 = VT + O PVN3 = VT + O + PO S VI PS

Todos resolveram a prova cansados.


S VT O PS

Todos consideraram a prova difícil.


S VT O PO

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
01. FMU-SP 3. Conteve-se, notou que os meninos esta-
vam perto, com certeza iam admirar-se
Identifique a alternativa em que aparece um
predicado verbo-nominal. ouvindo-o falar só. E, pensando bem,
ele não era um homem: era apenas um
a. Os viajantes chegaram cedo ao destino. cabra ocupado em guardar coisas dos
b. Demitiram o secretário da instituição. outros. (...) Olhou em torno, com receio
c. Nomearam as novas ruas da cidade. de que, fora os meninos, alguém tivesse
d. Compareceram todos atrasados à reunião. percebido a frase imprudente.Corrigiu-
a, murmurando:
e. Estava irritado com as brincadeiras.
4. Você é um bicho, Fabiano.
Resolução
5. Isto para ele era motivo de orgulho. Sim
O predicado apresenta um verbo significativo senhor, um bicho capaz de vencer difi-
(compareceram) e um predicativo do sujeito culdades.
(atrasados).
Observe a oração: "Fabiano ia satisfeito". O
Resposta termo em destaque assume a função de:
D a. predicativo do sujeito.
02. FEI-SP b. objeto direto.
1. Fabiano ia satisfeito. Sim, senhor, arru- c. adjunto adverbial.
mara-se. Chegara naquele estado, com
a família morrendo de fome, comendo d. adjunto adnominal.
raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo e. agente da passiva.
de um juazeiro, depois tomara conta da Resolução
casa deserta. Ele, a mulher e os filhos
tinham-se habituado à camarinha escu- O adjetivo "satisfeito" refere-se ao sujeito Fa-
ra, pareciam ratos – e a lembrança dos biano, exercendo, então, a função de predica-
sofrimentos passados esmorecera (...) tivo do sujeito.
2. Fabiano, você é um homem, exclamou Resposta
em voz alta. A

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Exercícios Propostos
125

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126

Capítulo 01
01. ENEM 02. UFRR
Entre ideia e tecnologia O teor do enunciado contido no subtítulo do
texto reproduzido anteriormente está corre-
O grande conceito por trás do Museu tamente apontado em qual das alternativas
da Língua é apresentar o idioma como algo abaixo?
vivo e fundamental para o entendimento do
que é ser brasileiro. Se nada nos define com a. Admite de modo irrestrito o uso de
clareza, a forma como falamos o português abreviações.
nas mais diversas situações cotidianas é b. Combate veementemente o uso de
talvez a melhor expressão da brasilidade. abreviações.
SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. c. É neutro quanto ao uso de abreviações.
São Paulo: Segmento, Ano II, nº 6, 2006.
d. Admite o uso contextualizado de abre-
O texto propõe uma reflexão acerca da língua viações.
portuguesa, ressaltando para o leitor a: e. Nega a existência do uso de abrevia-
a. inauguração do museu e o grande in- ções.
vestimento em cultura no país. 03. UFRR
b. importância da língua para a constru-
Considerando a estrutura, o modo de organi-
ção da identidade nacional.
zação da linguagem e o conteúdo expresso, o
c. afetividade tão comum ao brasileiro, gênero do texto anterior está corretamente
retratada através da língua. classificado na alternativa:
d. relação entre o idioma e as políticas pú- a. Poético
blicas na área de cultura.
b. Informativo
e. diversidade étnica e linguística existen-
c. Filosófico
te no território nacional.
d. Narrativo
e. Descritivo
Texto para as questões 02 e 03
04. ENEM
Leia atentamente o trecho de texto abaixo, reti-
rado de uma publicação de circulação semanal: Não tem tradução
Código virtual [...]
A linguagem dos chats não é tão absur- Lá no morro, se eu fizer uma falseta
da quanto parece, desde que seja usada A Risoleta desiste logo do francês e
na hora e no lugar certo [do inglês
A gíria que o nosso morro criou
Para a geração que cresceu em frente Bem cedo a cidade aceitou e usou
ao computador, escrever por códigos é tão [...]
natural quanto falar. Abreviações como vc
Essa gente hoje em dia que tem
(você) e pq (porque) são usadas dezenas de
vezes enquanto os internautas batem papo. [mania de exibição
As abreviações assustam os puristas do idio- Não entende que o samba não tem
ma. E até entre os viciados em Internet há [tradução no idioma francês
quem abomine esse linguajar. Um grupo de Tudo aquilo que o malandro
fóruns PCs, uma comunidade de discussão [pronuncia
virtual, lançou a campanha "Eu sei escre- Com voz macia é brasileiro, já
ver", a fim de moralizar a língua portugue- [passou de português
sa. A turma tem uma comunidade no Orkut Amor lá no morro é amor pra chuchu
destinada a combater o que ela chama de As rimas do samba não são I love you
“analfabetismo virtual”(...).

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127

E esse negócio de alô, alô boy e alô a. A pergunta de Helga, no primeiro qua-
[Johnny drinho, revela que ela quer pedir o di-
Só pode ser conversa de telefone vórcio.
ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos b. O humor da tira se constrói a partir da
bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, nº 54.
São Paulo: Segmento, abr. 2010. (Fragmento).
possibilidade de Helga ter se casado
por duas vezes.
As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro c. A pergunta de Eddie Sortudo, no segun-
de Vila Isabel, apesar de revelarem uma agu- do quadrinho, evidencia a ideia de que
çada preocupação do artista com seu tempo e Hagar é um bom marido.
com as mudanças político-culturais no Brasil,
d. A graça da tira está no fato de Eddie
no início dos anos 1920, ainda são modernas.
Sortudo partir da pressuposição de que
Nesse fragmento do samba Não tem tradução,
Helga não estivesse se referindo a Ha-
por meio do recurso da metalinguagem, o poe-
gar, seu único marido.
ta propõe:
e. A fisionomia de Hagar, nos dois quadri-
a. incorporar novos costumes de origem
nhos, denota sua irritação com o fato
francesa e americana, juntamente com
de Helga ter se lembrado de seu ex-
vocábulos estrangeiros.
-marido.
b. respeitar e preservar o português pa-
drão como forma de fortalecimento do 06. Fatec-SP modificado
idioma do Brasil. Então Macunaíma pôs reparo numa
criadinha com um vestido de linho amare-
c. valorizar a fala popular brasileira como lo pintado com extrato de tatajuba. Ela já
patrimônio linguístico e forma legítima ia atravessando o corgo pelo pau. Depois
de identidade nacional. dela passar o herói gritou pra pinguela:
d. mudar os valores sociais vigentes à — Viu alguma coisa, pau?
época, com o advento do novo e quen- — Vi a graça dela!
te ritmo da música popular brasileira. — Quá! quá! quá quáquá!...
e. ironizar a malandragem carioca, acultu- Macunaíma deu uma grande garga-
rada pela invasão de valores étnicos de lhada. Então seguiu atrás do par. Eles já
sociedades mais desenvolvidas. tinham brincado e descansavam na beira
da lagoa. A moça estava sentada na bor-
05. Ibmec-SP da duma igarité encalhada na praia. Toda
nua inda do banho comia tambiús vivos,
se rindo pro rapaz. Ele deitara de bruços
na água rente dos pés da moça e tirava os
lambarizinhos da lagoa pra ela comer. A
crilada das ondas amontoava nas costas
dele porém escorregando no corpo nu mo-
lhado caía de novo na lagoa com risadi-
nhas de pingos. A moça batia com os pés
n’água e era feito um repuxo roubado da
Luna espirrando jeitoso, cegando o rapaz.
Então ele enfiava a cabeça na lagoa e
trazia a boca cheia de água. A moça aperta-
va com os pés as bochechas dele e recebia
o jato em cheio na barriga, assim. A brisa
fiava a cabeleira da moça esticando de um
em um os fios lisos na cara dela. O moço
pôs reparo nisso. Firmando o queixo no
Dik Browne. O melhor de Hagar, o Horrível. L&PM. joelho da companheira ergueu o busto da
Levando-se em conta os aspectos textuais e vi- água, estirou o braço pro alto e principiou
suais da tirinha, assinale a alternativa correta. tirando os cabelos da cara da moça para

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128

que ela pudesse comer sossegada os tam- A partir da leitura do excerto apresentado, in-
biús. Então pra agradecer ela enfiou três ferimos tratar-se de uma variante linguística
lambarizinhos na boca dele e rindo muito que denota, sobretudo nos termos sublinha-
fastou o joelho depressa. O busto do rapaz dos e na sintaxe:
não teve apoio mais e ele no sufragante a. nacionalidade portuguesa.
focinhou n’água até o fundo, a moça inda
forçando o pescoço dele com os pés. Ele b. baixa escolaridade.
ia escorregando sem perceber de tanta c. nacionalidade brasileira.
graça que achava na vida. Ia escorregan- d. atividade profissional ligada à economia.
do e afinal a canoa virou. Pois deixai ela e. faixa etária jovem.
virar! A moça levou um tombo engraçado
por cima do rapaz e ele enrolou-se nela 08. ENEM
talqualmente um apuizeiro carinhoso. To- No Brasil, a condição cidadã, embo-
dos os tambiús fugiram enquanto os dois ra dependa da leitura e da escrita, não se
brincavam n’água outra vez. basta pela enunciação do direito, nem pelo
Mário de Andrade. Macunaíma – O herói sem nenhum caráter. domínio desses instrumentos, o que, sem
dúvida, viabiliza melhor participação so-
Assinale a alternativa que transcreve e conver- cial. A condição cidadã depende, segura-
te, correta e respectivamente, a frase do regis- mente, da ruptura com o ciclo da pobreza,
tro coloquial da linguagem, extraída do texto, que penaliza um largo contingente popu-
em seu correspondente na modalidade culta. lacional.
a. “Pois deixai ela virar”/ “Pois deixa-a vi- Formação de leitores e construção da cidadania, memória
rar”. e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008.
b. “Ele deitara de bruços na água” / “Ele Ao argumentar que a aquisição das habilida-
tinha deitado de bruços na água”. des de leitura e escrita não são suficientes
c. “Depois dela passar” / “Depois de ela para garantir o exercício da cidadania, o autor:
passar”. a. critica os processos de aquisição da lei-
d. “ele enrolou-se nela talqualmente um tura e da escrita.
apuizeiro carinhoso” / “ele enrolou-se b. fala sobre o domínio da leitura e da es-
nela mesmo sendo um apuizeiro cari- crita no Brasil.
nhoso”.
c. incentiva a participação efetiva na vida
e. “Ia escorregando e afinal a canoa vi- da comunidade.
rou” / “Ia escorregando e até que enfim
a canoa virou”. d. faz uma avaliação crítica a respeito da
condição cidadã do brasileiro.
07.
Partilho com a imensa maioria dos e. define instrumentos eficazes para elevar
meus compatriotas o mau hábito de deixar a condição social da população do Brasil.
para amanhã o que podemos fazer hoje, 09.
em que nos viciamos ainda catraios (pa- Fizemo a uúrtima viage
gando com pingas nas cuecas o pecado de Foi lá pro sertão de Goiás.
deixar para a última a ida à casa de banho) Fui eu e o Chico Mineiro
e depois transportamos pela vida fora, também foi u capatais.
estudando só nas vésperas dos exames e Viajemo muitos dia
fazendo noitadas para cumprir os prazos. pra chegá em Ouro Fino
Disponível em: <http://www.jn.pt/Opiniao/default. aonde nois passemo a noite
aspx?content_id=2023195&opiniao=Jorge%20 numa festa do Divino
Fiel>. Acesso em: 30 out. 2011. [...]
Glossário Tonico e Francisco Ribeiro

catraios = crianças; pingas = pingos; casa de A canção sertaneja Chico Mineiro, imortalizada
banho = banheiro. pela dupla Tonico e Tinoco, apesar de compos-

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129

ta em 1946, é até hoje entoada em qualquer — Outro?


roda de viola. Seus versos revelam uma fala — Complexo de Édipo. Dá mais que
do interior de São Paulo conhecida por todo o pereba em moleque.
Brasil como “caipira”. — E o senhor acha...
Reescreva os versos aqui mencionados, trans- — Eu acho uma pôca vergonha.
pondo-os da língua caipira para a língua pa- — Mas...
drão. — Vai te metê na zona e deixa a ve-
lha em paz, tchê!
10. VERISSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras.
L&PM Editores. Porto Alegre: 1982. p. 78.

O texto de Luis Fernando Veríssimo revela um


falar característico do povo gaúcho. Pode-se
afirmar que se trata de variantes linguísticas.
On co tô? Vários vocábulos empregados no texto cons-
Don co sô? tituem regionalismos do sul do país. Levando
isso em conta, assinale na coluna (B) o signifi-
Pron co vô?
cado correspondente ao da coluna (A).

? Coluna A

(1) abancar
Coluna B

( ) conversar

(2) charlar ( ) meretriz

As inscrições na camiseta revelam um jeito (3) china ( ) sarna


mineiro de falar. Transcreva as frases para a
(4) pereba ( ) quadrilha
língua padrão.
11. (5) pelego ( ) tapete
(...) Pues, diz que o divã no consultó- (6) marca ( ) sentar
rio do Analista de Bagé é forrado com um
pelego. Ele recebe os pacientes de bomba- 12. UFG-GO
cha e pé no chão. Einstein com a língua de fora é uma das ima-
— Buenas. Vá entrando e se aban- gens mais exploradas pela publicidade. Essa
que, índio velho. foto é produtiva como recurso persuasivo no
O senhor quer que eu deite logo no discurso publicitário porque:
divã?
— Bom, se o amigo quiser dançar
uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu
prefiro ver o vivente estendido e charlan-
do que nem china da fronteira, pra não
perder tempo nem dinheiro.
— Certo, certo. Eu...
— Aceita um mate?
— Um quê? Ah, não. Obrigado.
— Pos desembucha.
— Antes, eu queria saber. O senhor
é freudiano?
— Sou e sustento. Mais ortodoxo
que reclame de xarope. Veja. São Paulo, 27 jul. 2005, p. 101.
— Certo. Bem. Acho que o meu pro-
blema é com a minha mãe. a. instiga o leitor a recuperar valores emo-
— Outro. cionais despertados em um dos maio-
res físicos da história.

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130

b. vincula a credibilidade da propaganda 14. UFV-MG


ao princípio físico de que a percepção Suponha um aluno se dirigindo a um colega de
da realidade é relativa.
classe nestes termos: “Venho respeitosamen-
c. estimula o público consumidor a ques- te solicitar-lhe se digne emprestar-me o livro.”
tionar as verdades científicas estabele- A atitude desse aluno se assemelha à atitude
cidas antes do século XX. do indivíduo que:
d. sugere que os textos das propagandas a. comparece ao baile de gala trajando
devem ser tão atuais quanto as inova- smoking.
ções tecnológicas.
b. vai à audiência com uma autoridade de
e. concorre para a promoção do jogo com short e camiseta.
o inesperado, ao mostrar a irreverência c. vai à praia de terno e gravata.
de um renomado cientista.
d. põe terno e gravata para ir falar na Câ-
13. ENEM mara dos Deputados.
A dança é um importante componen-
te cultural da humanidade. O folclore bra- e. vai ao Maracanã de chinelo e bermuda.
sileiro é rico em danças que representam 15.
as tradições e a cultura de várias regiões
do país. Estão ligadas a aspectos religio- Leia com atenção.
sos, festas, lendas, fatos históricos, acon-
tecimentos do cotidiano e brincadeiras e
caracterizam-se pelas músicas animadas
(com letras simples e populares), figuri-
nos e cenários representativos.
SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta
Curricular do Estado de São Paulo. Educação
Física, São Paulo 2008. (Adaptado).

A dança, como manifestação e representação


da cultura rítmica, envolve a expressão corpo-
ral própria de um povo. Considerando-a como
elemento folclórico, a dança revela: Um ser atormentado pelas pentelhações da
vida. Vestibulando profissional, chuta mais
a. manifestações afetivas, históricas, ideo-
que Van Damme em dia de tocaia. Seu sonho
lógicas, intelectuais e espirituais de um
é passar no vestibular. Passar bem longe.
povo, refletindo seu modo de expres-
sar-se no mundo. Fernando Gonsales

b. aspectos eminentemente afetivos, es- Disponível em: <http://www2.uol.com.


pirituais e de entretenimento de um br/niquel/benedito.shtml>.
povo, desconsiderando fatos históri- Transponha para a língua padrão os termos
cos. citados na descrição do “Benedito cujo”, apre-
c. acontecimentos do cotidiano, sob in- sentada na tirinha de Fernando Gonsales.
fluência mitológica e religiosa de cada
Pentelhações _________________________
região, sobrepondo aspectos políticos.
_____________________________________
d. tradições culturais de cada região,
cujas manifestações rítmicas são clas-
sificadas em um ranking das mais ori- Chuta mais que Van Damme _____________
ginais. _____________________________________
e. lendas, que se sustentam em inverda-
des históricas, uma vez que são inven-
Em dia de tocaia ______________________
tadas, e servem apenas para a vivência
_____________________________________
lúdica de um povo.

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131

Texto para as questões 16 e 17 45 cional. Se eles usam um meio eletrô-


Com o interessante título “Haja kbça p/ tan- nico é porque querem ser rápidos. Não
ta 9idade”, foi publicada, na revista IstoÉ vejo perigo”, diz a professora Eni Or-
(16/3/05), uma matéria sobre a linguagem ci- landi, do Instituto de Estudos da Lin-
frada usada nas salas de bate-papo e nas men- guagem da Universidade de Campinas
sagens de celular. Reproduzimos, a seguir, um 50 (Unicamp). “É um código a mais para
trecho dessa reportagem que servirá de base os jovens conversarem. A língua é ma-
para as questões 16 e 17. leável e se constrói com as necessida-
Se o leitor já passou dos 30 ou des da história. Não é para mim. Olho
01
não tem adolescentes na família, pode a tela do computador das minhas filhas
achar que há algo errado com o título 55 e não entendo nada”, diz Lúcia Teixei-
acima. Essa é apenas a forma enxuta e ra, linguista da Universidade Federal
Fluminense. Fenômeno parecido acon-
05 rápida de dizer: HAJA CABEÇA PARA
TANTA NOVIDADE. E é assim que teceu nos primórdios do videocassete.
boa parte dos internautas se comunica. Bastava olhar o mostrador. Se o relógio
Os populares serviços de troca de men- 60 marcasse a hora certa, era sinal de que
sagens instantâneas, como ICQ e MSN havia jovens na casa.
10 Messenger, e os torpedos enviados por 16. UFMS
celulares trouxeram à tona uma mudan- De acordo com o texto, é correto afirmar que a
ça na escrita. Os internautas têm pressa, chamada linguagem cibernética:
por isso acharam uma maneira rápida,
econômica e eficiente de se comunicar. 01. relaciona-se tanto à modalidade oral
15 (...) quanto à modalidade escrita da língua.
É bom os pais e os educadores, 02. constitui uma espécie de gíria gráfica,
que se descabelam com essas abre- ainda restrita a determinados ambientes.
viações da língua portuguesa, irem se 04. reflete, de forma ágil e econômica, as ne-
acostumando, pois a linguagem cifrada cessidades de comunicação dos diversos
20 acaba de chegar à televisão. A Rede Te- segmentos da sociedade moderna.
lecine, do sistema de tevê a cabo Net e 08. encontra-se em processo de expansão,
Sky, estreou o Cyber Movie, em que a como mostra seu emprego recente nas
legenda dos filmes é escrita no idioma legendas de certos filmes exibidos na
cibernético. As produções são exibidas tevê.
25 às terças-feiras à noite no canal pago
Telecine Premium e devem priorizar os 16. é um fenômeno tecnológico comparável
filmes de ação e de aventura, que têm ao surgimento do videocassete, por en-
nos adolescentes seu público mais fiel. volver especificamente o público jovem.
(...) Some os números dos itens corretos.
30 Os idealizadores do programa 17. UFMS
estão preparados para as críticas. A
mais contundente seria sobre o desuso Marque as opções que completam correta-
da língua portuguesa. “Enquanto essa mente a frase a seguir.
grafia cifrada for usada só em ambiente O novo código dos internautas:
35 de internautas, tudo bem, é mais uma 01. mostra a flexibilidade de uma língua
modalidade gráfica de gíria. Extrapolar em adaptar-se às diferentes situações
isso ao grande público é um assalto à de uso.
integridade do idioma”, diz o filólogo
Evanildo Bechara, da Academia Brasi- 02. veio para ficar, independentemente da
40 leira de Letras.(...) vontade de pais e educadores.
Os linguistas concordam. Para 04. corrompe a pureza do idioma, opinião
eles, a escrita cibernética é mais uma compartilhada por filólogos e linguistas.
forma de comunicação. “Os jovens 08. pode revelar-se incompreensível para
estão crescendo nessa linguagem fun- pessoas acima de uma certa faixa etária.

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132

16. revela o desconhecimento dos jovens a. reportagem, pois se desenvolve por


de hoje sobre o emprego correto do meio da narração que se caracteriza
português. pela presença de enumerações e por
Some os números dos itens corretos. sequências de ações.
Texto para as questões 18 e 19 b. verbete de enciclopédia, pois se desen-
volve por meio da descrição, apresen-
ATEMOYA tando enumerações e verbos que indi-
É um híbrido da fruta-do-conde (An- cam estado.
nona squamosa) com outra variedade do c. receita culinária, pois se desenvolve por
mesmo gênero, a cherimoya (Annona meio da descrição e da narração, apre-
cherimolia), originária dos Andes. O pri- sentando poucas enumerações e ape-
meiro cruzamento foi feito em 1908 pelo
nas verbos que indicam estado.
Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos, em Miami. As frutas resultantes d. receita culinária, pois se desenvolve
receberam o nome de atemoya, uma com- por meio da descrição, apresentando
binação de “ate”, nome mexicano da fru- enumerações e muitos verbos que in-
ta-do-conde, e “moya” de cherimoya. Pas- dicam estado.
sado quase um século, a atemoya ainda é e. verbete de enciclopédia, pois se desen-
desconhecida da maioria dos brasileiros. volve por meio da descrição que se carac-
No país, as primeiras mudas foram teriza tanto pela ausência de verbos de
plantadas em Taubaté, nos anos 1960. As ação quanto de verbos de estado.
variedades cultivadas aqui são em espe-
cial a Thompson, a Genifer e a African 19. PUC-SP
Pride. É plantada em São Paulo, no sul de A primeira parte do texto, que vai até “... e
Minas, norte do Paraná, no Espírito Santo ‘moya’ de cherimoya”, fornece a definição da
e no Rio de Janeiro. É cultivada em grande fruta; a segunda parte, até o seu final, apre-
escala no Chile. Também a produzem Es- senta em blocos, especificamente:
tados Unidos, Israel, Austrália e Nova Ze- a. o início do cultivo no Brasil, as varieda-
lândia. [...] Os frutos, cônicos ou em forma des, os centros produtores nacionais e
de coração, em geral têm 10 centímetros de internacionais, a descrição interna, a
comprimento por 9,5 de largura. Sua casca descrição externa, o paladar, a utiliza-
continua verde mesmo depois de maduros. ção.
A polpa, dividida em segmentos e com b. os centros produtores nacionais e in-
poucas sementes, é branca, perfumada, cre- ternacionais, o início do cultivo no Bra-
mosa, macia, com textura fina. [...] O sabor sil, as variedades, a descrição externa,
da atemoya lembra papaia, banana, manga, a descrição interna, o paladar, a utiliza-
maracujá, limão e abacaxi, com consistên- ção.
cia de sorvete, o que faz dela uma sobre- c. o início do cultivo no Brasil, as varieda-
mesa pronta. Com sua polpa se preparam des, os centros produtores nacionais e
os mesmos pratos feitos com cherimoya: internacionais, a descrição externa, a
musses, sorvetes, recheios para tortas, sa- descrição interna, o paladar, a utilização.
lada de frutas. Pode ser ingrediente de be- d. o início do cultivo no Brasil, os centros
bidas como coquetel de frutas e drinques. produtores nacionais e internacionais, as
Neide Rigo, nutricionista. variedades, a descrição interna, a descri-
Caras, 13 set. 2002. ção externa, a utilização, o paladar.
18. PUC-SP e. os centros internacionais, o início do
cultivo no Brasil, os centros produtores
A leitura atenta permite afirmar que o texto nacionais, a descrição interna, a descri-
pertence ao gênero: ção externa, a utilização, o paladar.

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133

Texto para as questões de 20 a 24 te declaração de Ronald M. Green, diretor


A revista Ciência Hoje nº 28 teve como tema de Dartmouth College (USA).
central o Projeto Genoma Humano. A seguir São três os principais benefícios tra-
estão alguns trechos da reportagem que ser- zidos pelo sequenciamento do genoma
vem de base para a próxima questão. humano para a área médica: 1) aperfei-
çoar o diagnóstico de doenças, incluindo
Genoma decifrado, trabalho dobrado os distúrbios hereditários conhecidos e
muitas condições geneticamente influen-
Cinco anos antes do previsto, foi
ciadas, como a hipertensão e diversos
anunciado o término do sequenciamento
cânceres; 2) aprimorar o tratamento, com
do genoma humano. A corrida atrás da
o desenvolvimento de drogas que seriam
identificação de todos os genes do Homo
elaboradas sob medida (de acordo com
sapiens envolveu laboratórios de 18 paí-
as características genéticas do paciente)
ses, liderados por instituições dos Estados
para maximizar sua eficácia e reduzir sua
Unidos e do Reino Unido, e consumiu
toxicidade; e 3) desenvolver intervenções
estimados US$ 3 bilhões, sem contar a
diretas no DNA (terapias gênicas), para
injeção final de recursos, necessária para
corrigir “falhas” genéticas associadas às
apressar o fim dessa primeira etapa e fazer
doenças.
frente a grupos privados que ameaçavam
Ciência Hoje, nº 28, nov. 2000.
terminar antes a “façanha do século”. Tra-
ta-se, sem dúvida, de uma primeira etapa, 20. UEL-PR
porque o Projeto Genoma Humano repre-
senta, na verdade, apenas uma enorme A “façanha do século”, mencionada no primei-
base de dados, que os cientistas precisam ro parágrafo do texto, é:
entender em detalhe para um dia chegar a a. o trabalho conjunto de laboratórios de
manipulá-los. Para os geneticistas, há tra- 18 países.
balho para mais de um século de pesquisa. b. o investimento de US$ 3 bilhões em um
O sequenciamento, a identificação e único projeto de pesquisa.
a interpretação de genes já vinham sendo c. a concorrência entre instituições esta-
feitos há mais de 10 anos, mas em ritmo tais e grupos privados.
considerado lento diante das possibilida-
des abertas com o desenvolvimento de d. a identificação de todos os genes de
equipamentos que amplificam o DNA e Homo sapiens.
leem milhares de sequências genéticas ao e. a união de instituições dos Estados
mesmo tempo. A criação do Projeto Ge- Unidos e do Reino Unido num mesmo
noma Humano visou financiar o uso dessa projeto.
tecnologia e “acelerar e antecipar em dé- 21. UEL-PR
cadas os achados que, de um jeito ou de
outro, seriam realizados”, diz a geneticista No trecho “e consumiu estimados US$ 3 bi-
Maria Rita Passo Bueno, da Universidade lhões”, a palavra estimados poderia ser subs-
de São Paulo (USP). Muitos resultados tituída, sem alteração do significado do texto,
são imprevisíveis, mas os dados já obti- por:
dos, diz a pesquisadora, “sem dúvida per- a. declarados.
mitirão um desenvolvimento extraordiná- b. aproximadamente.
rio, tanto na medicina e na biotecnologia
c. indispensáveis
quanto na bioinformática” – essa nova
área vem se desenvolvendo em função da d. com certeza.
necessidade de análise de toda a informa- e. apreciados.
ção biológica que está sendo gerada. 22. UEL-PR
Vários pesquisadores analisaram os
possíveis desdobramentos dessa desco- A coesão do texto se deve, em parte, ao uso de
berta. Destacamos, por exemplo, a seguin- expressões que remetem a outras, algumas das
quais foram destacadas. A expressão à qual o

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134

item destacado se liga está indicada correta- Texto para as questões de 25 a 27


mente na alternativa: Todas as variedades linguísticas são
a. manipulá-los – os cientistas. estruturadas e correspondem a sistemas e
subsistemas adequados às necessidades de
b. essa nova área – a biotecnologia.
seus usuários. Mas o fato de estar a língua
c. o uso dessa tecnologia – desenvolvi- fortemente ligada à estrutura social e aos
mento de equipamentos que amplifi- sistemas de valores da sociedade conduz a
cam o DNA e leem milhares de sequên- uma avaliação distinta das características
cias genéticas ao mesmo tempo. das suas diversas modalidades regionais,
d. dessa primeira etapa – grupos privados sociais e estilísticas. A língua padrão, por
que ameaçavam terminar antes a “fa- exemplo, embora seja uma entre as mui-
çanha do século”. tas variedades de um idioma, é sempre a
e. os dados já obtidos – o Projeto Geno- mais prestigiosa, porque atua como mo-
ma Humano. delo, como norma, como ideal linguístico
de uma comunidade. Do valor normativo
23. UEL-PR decorre a sua função coercitiva sobre as
"Muitos resultados são imprevisíveis, mas os outras variedades, com o que se torna uma
dados já obtidos, diz a pesquisadora, ‘sem dú- ponderável força contrária à variação.
vida permitirão um desenvolvimento extraor- Celso Cunha, Nova gramática do português
dinário, tanto na medicina e na biotecnologia contemporâneo. Adaptado.
quanto na bioinformática'."
25.
Os conectivos destacados podem ser substi-
Depreende-se do texto que determinada lín-
tuídos, sem alteração do significado, respe-
gua é um:
ctivamente, por:
a. conjunto de variedades linguísticas,
a. porém – não só – mas também
dentre as quais uma alcança maior
b. entretanto – ora – ora valor social e passa a ser considerada
c. portanto – não só – mas também exemplar.
d. porque – seja – seja b. sistema de signos estruturado segun-
e. contudo – ora – ora do as normas instituídas pelo grupo de
maior prestígio social.
24. UEL-PR
c. conjunto de variedades linguísticas cuja
O comentário de Ronald M. Green sobre o se- proliferação é vedada pela norma culta.
quenciamento do genoma humano faz uma d. complexo de sistemas e subsistemas
enumeração de benefícios. Se o primeiro item cujo funcionamento é prejudicado pela
dessa enumeração fosse alterado para “1) heterogeneidade social.
aperfeiçoamento do diagnóstico...”, os demais
deveriam ter a forma: e. conjunto de modalidades linguísticas,
dentre as quais algumas são dotadas
a. 2) aprimorando o tratamento...; 3) de- de normas e outras não o são.
senvolvidas intervenções...
b. 2) aprimorar o tratamento...; 3) desen- 26.
volvimento de intervenções... De acordo com o texto, em relação às demais
c. 2) prioridade para o tratamento...; 3) variedades do idioma, a língua padrão se com-
desenvolvimento para intervenções... porta de modo:
d. 2) aprimoramento do tratamento...; 3) a. inovador.
desenvolvimento de intervenções... b. restritivo.
e. 2) aprimoramento do tratamento...; 3) c. transigente.
desenvolver intervenções... d. neutro.
e. aleatório.

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135

27. De acordo com as informações presentes no


Considere as seguintes afirmações sobre os texto, os pontos de vista de Serafim da Silva
quatro períodos que compõem o texto: Neto e de Paul Teyssier convergem em relação:
I. Tendo em vista as relações de sentido a. à influência dos aspectos sociocultu-
constituídas no texto, o primeiro perí- rais nas diferenças dos falares entre
odo estabelece uma causa cuja conse- indivíduos, pois ambos consideram que
quência aparece no segundo período. pessoas de mesmo nível sociocultural
falam de forma semelhante.
II. O uso de orações subordinadas, tal
como ocorre no terceiro período, é b. à delimitação dialetal no Brasil asseme-
muito comum em textos dissertativos. lhar-se ao que ocorria na România An-
tiga, pois ambos consideram a variação
III. Por formarem um parágrafo tipicamen- linguística no Brasil como decorrente
te dissertativo, os quatro períodos se or- de aspectos geográficos.
ganizam em uma sequência constituída
de introdução, desenvolvimento e con- c. à variação sociocultural entre brasilei-
clusão. ros de diferentes regiões, pois ambos
consideram o fator sociocultural de
IV. O procedimento argumentativo do tex- bastante peso na constituição das va-
to é dedutivo, isto é, vai do geral para o riedades linguísticas no Brasil.
particular.
d. à diversidade da língua portuguesa na
Está correto apenas o que se afirma em: România Antiga, que até hoje continua
a. I e II. d. I, II e IV. a existir, manifestando-se nas variantes
b. I e III. e. II, III e IV. linguísticas do português atual no Brasil.
c. III e IV. e. à existência de delimitações dialetais
geográficas pouco marcadas no Brasil,
28. ENEM
embora cada um enfatize aspectos di-
Serafim da Silva Neto defendia a
ferentes da questão.
tese da unidade da língua portuguesa no
Brasil, entrevendo que no Brasil as deli- 29. ENEM
mitações dialetais espaciais não eram tão No capricho
marcadas como as isoglossas1 da România O Adãozinho, meu cumpade, en-
Antiga. Mas Paul Teyssier, na sua Histó- quanto esperava pelo delegado, olhava
ria da Língua Portuguesa, reconhece para um quadro, a pintura de uma senhora.
que na diversidade socioletal essa preten- Ao entrar a autoridade e percebendo que
sa unidade se desfaz. Diz Teyssier: o cabôco admirava tal figura, perguntou:
“A realidade, porém, é que as divi- “Que tal? Gosta desse quadro?”
sões ‘dialetais’ no Brasil são menos geo- E o Adãozinho, com toda a sincerida-
gráficas que socioculturais. As diferenças de que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas
na maneira de falar são maiores, num de- pelo amor de Deus, hein, dotô! Que muié
terminado lugar, entre um homem culto e feia! Parece fiote de cruis-credo, parente
o vizinho analfabeto que entre dois brasi- do deus-me-livre, mais horríver que briga
leiros do mesmo nível cultural originários de cego no escuro.”
de duas regiões distantes uma da outra.” Ao que o delegado não teve como
SILVA, R. V. M. O português brasileiro e o deixar de confessar, um pouco secamente:
português europeu contemporâneo: alguns “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da
aspectos da diferença. Disponível em: <http://
www.uniroma.it>. Acesso em: 23 jun. 2008.
bucha, não perde a linha: “Mais dotô, inté
que é uma feiura caprichada.”
1 isoglossa – linha imaginária que, em um BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura
mapa, une os pontos de ocorrência de traços e Popular. São Paulo: Andreato Comunicação
fenômenos linguísticos idênticos. e Cultura, nº 62, 2004. (Adaptado).
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da Iíngua Por suas características formais, por sua fun-
portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
ção e uso, o texto pertence ao gênero:

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136

a. anedota, pelo enredo e humor caracte- ao mesmo tempo, permite inferir que a
rísticos. charge foi feita depois de algum desas-
b. crônica, pela abordagem literária de fa- tre aéreo.
tos do cotidiano. 31. ENEM
c. depoimento, pela apresentação de ex- A escrita é uma das formas de ex-
periências pessoais. pressão que as pessoas utilizam para co-
d. relato, pela descrição minuciosa de fa- municar algo e tem várias finalidades:
tos verídicos. informar, entreter, convencer, divulgar,
descrever. Assim o conhecimento acerca
e. reportagem, pelo registro impessoal de das variedades linguísticas sociais, re-
situações reais. gionais e de registro torna-se necessário
30. UCB-DF modificado para que se use a língua nas mais diversas
situações comunicativas.
TEM Considerando as informações acima, imagine
ALGUM LUGAR que você está à procura de um emprego e en-
VAGO NA controu duas empresas que precisam de no-
CAIXA-PRETA? vos funcionários. Uma delas exige uma carta
de solicitação de emprego. Ao redigi-la, você:
a. fará uso da linguagem metafórica.
b. apresentará elementos não verbais.
c. utilizará o registro informal.
d. evidenciará a norma-padrão.
e. fará uso de gírias.
32. ENEM
Depois de analisar a figura acima, coloque V, Cuitelinho
para as alternativas verdadeiras, e F, para as Cheguei na bera do porto
falsas. Onde as onda se espaia.
( ) A figura é uma charge, cujo tema ver- As garça dá meia volta,
sa sempre sobre algum acontecimento Senta na bera da praia.
que já foi veiculado na mídia. Dessa E o cuitelinho não gosta
forma, a charge não é responsável por Que o botão da rosa caia.
uma nova notícia, mas é uma releitura Quando eu vim da minha terra,
de uma notícia ou de um fato. Despedi da parentaia.
( ) Observando os elementos que com- Eu entrei em Mato Grosso,
põem a charge, é correto afirmar que Dei em terras paraguaia.
ela se refere a alguma notícia sobre Lá tinha revolução,
aviação. Isso é comprovado pelos ele- Enfrentei fortes bataia.
mentos icônicos, pois nenhum elemen- A tua saudade corta
to verbal faz referência à aviação. Como o aço de navaia.
( ) O verbo ter, utilizado na fala do passa- O coração fica aflito,
geiro, poderia ser substituído pelo ver- Bate uma e outra faia.
bo haver, o que configuraria o uso do E os oio se enche d’ água
nível formal da linguagem. Que até a vista se atrapaia.
Folclore recolhido por Paulo Vanzolini e Antônio
( ) A opção de reserva de um lugar na Xandó. BORTONI-RICARDO, S. M. Educação em
caixa-preta, que, em caso de sinistro lingua materna. São Paulo: Parábola, 2004.
com a aeronave, é um instrumento que
pode ajudar a identificar as causas, é a Transmitida por gerações, a canção Cuitelinho
responsável pelo humor na charge e, manifesta aspectos culturais de um povo, nos

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137

quais se inclui sua forma de falar, além de re- a. A frase não deveria ser usada hoje, pois
gistrar um momento histórico. perdeu o significado original.
Depreende-se disso que a importância em b. A expressão só é usada para explicar a
preservar a produção cultural de uma nação manufatura das telhas do museu.
consiste no fato de que produções como a can- c. O autor do texto acredita que a língua
ção Cuitelinho evidenciam a: é estática, não aceitando modificações.
a. recriação da realidade brasileira de for- d. Usada hoje com sentido geral, a frase
ma ficcional. revela peculiaridades da história do
b. criação neológica na língua portuguesa. Brasil.
c. formação da identidade nacional por e. Somente Angela Gutierrez conhece a
meio da tradição oral. origem da expressão “fazer nas coxas”.
d. incorreção da língua portuguesa que é 34. ENEM
falada por pessoas do interior do Brasil. Leia o texto a seguir.
e. padronização de palavras que variam
regionalmente, mas possuem mesmo O ABC do internetês
significado.
Um pequeno glossário das abreviações mais
33. ENEM populares na Internet
Leia o texto para responder à questão. vc: você
Fazer nas coxas? blz: beleza
kd: cadê
Ignácio de Loyola Brandão
fds: final de semana
(...) Percorri o museu que Ângela net: Internet
Gutierrez, obstinada, montou, peça por tb: também
peça, ao longo das décadas. (...) Caminhei tah: tá
entre velhas ferramentas (...) de carpintei-
tc: teclar, digitar, conversar
ros, ferreiros, funileiros, ourives, tecelões.
flw: falou
Os ofícios se sucedem: transporte, am-
bulantes, comércio, energias, mineração, fmz: firmeza
fogo, madeira, cerâmica (...). tdo: tudo
Diante de telhas antiquíssimas, Fáti- qdo: quando
ma Dias, que me acompanhava, acentuou pq: porque
com um sorriso: “Aqui você tem a origem eai: oi
da expressão fazer nas coxas!” Como? Fa- qnt: quantos
zer nas coxas? “Olhe aí. As telhas primiti- alg: alguém
vas eram moldadas nas coxas dos escravos. ans: anos
Colocava-se o barro sobre a coxa e eram axo: acho
dados os arremates. Claro, as alturas dos
q: que
homens eram variáveis e as coxas tinham
nd: nada
grossuras diversas, então cada telha acaba-
va saindo com um tamanho. Quando colo- ñ: não
cadas no telhado, resultavam interstícios naum: não
pelos quais a água penetrava. Daí a expres- a v: a ver
são fazer nas coxas para algo malfeito.” A xau: tchau
língua se faz e refaz no cotidiano. att: atualizar
BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Fazer nas coxas? O Estado add: adicionar
de S.Paulo, São Paulo, 10 abr. 2009, Caderno 2, p. 10. acc: aceitar
Assinale a alternativa que melhor analisa o uso bjs: beijos
abs: abraços
da expressão “fazer nas coxas”, de acordo com
o texto. Revista Língua Portuguesa – 2/2009 – Edição 40.

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138

Muitos acreditam que as pessoas usam cada 36. ENEM


vez mais o “internetês” sob o pretexto da Há certos usos consagrados na fala, e
concisão e da economia de caracteres. Mas até mesmo na escrita, que, a depender do
há palavras que não obedecem a esse cri- estrato social e do nível de escolaridade
tério econômico e, apesar de serem usadas do falante, são, sem dúvida, previsíveis.
frequentemente pelos internautas, não se Ocorrem até mesmo em falantes que do-
tornaram menores que suas correspondentes minam a variedade padrão, pois, na verda-
na norma culta do idioma. Levando em consi- de, revelam tendências existentes na lín-
deração o texto anterior, marque a alternativa gua em seu processo de mudança que não
em que estão presentes essas palavras. podem ser bloqueadas em nome de um
a. “vc”, “net”, “naum” “ideal linguístico” que estaria represen-
tado pelas regras da gramática normativa.
b. “net”, “tah”, “naum”
Usos como ter por haver em construções
c. “tah”, “eai”, “naum” existenciais (tem muitos livros na estante),
d. “tah”, “axo”, “naum” o do pronome objeto na posição de sujeito
e. “net”, “flw”, “tdo” (para mim fazer o trabalho), a não con-
cordância das passivas com se (aluga-se
35. UFSCar-SP casas) são indícios da existência, não de
Considere a tirinha. uma norma única, mas de uma pluralidade
de normas, entendida, mais uma vez, nor-
ma como conjunto de hábitos linguísticos,
sem implicar juízo de valor.
CALLOU, D. Gramática, variação e normas In: VIEIRA. S.
R.; BRANDÃO, S. (orgs) Ensino de gramática: descrição
e uso. São Paulo: Contexto, 2007. (Fragmento)

Considerando a reflexão trazida no texto a res-


peito da multiplicidade do discurso, verifica-se
que:
a. estudantes que não conhecem as dife-
renças entre língua escrita e língua fa-
lada empregam, indistintamente, usos
aceitos na conversa com amigos quan-
do vão elaborar um texto escrito.
b. falantes que dominam a variedade pa-
drão do português do Brasil demons-
tram usos que confirmam a diferença
entre a norma idealizada e a efetiva-
mente praticada, mesmo por falantes
mais escolarizados.
Disponível em: <http://www.custodio.net>.
c. moradores de diversas regiões do país
Na situação comunicativa em que se encon- que enfrentam dificuldades ao se ex-
tram, os personagens valem-se de uma varie- pressar na escrita revelam a constante
dade linguística marcada pela informalidade. modificação das regras de emprego de
Reescreva as frases a seguir, adequando-as à pronomes e os casos especiais de con-
norma-padrão, e justifique as alterações rea- cordância.
lizadas. d. pessoas que se julgam no direito de
a. — Onde ele foi? – e — Vai onde for pre- contrariar a gramática ensinada na es-
ciso! cola gostam de apresentar usos não
aceitos socialmente para esconderem
b. — Você conhece ele... – e — A gente seu desconhecimento da norma-pa-
tem camisa pro frio? drão.

IBRAPEM - PREPARAÇÃO
141 É A MISSÃO Português
139

e. usuários que desvendam os mistérios Quanto às modalidades de uso da língua, po-


e as sutilezas da Iíngua portuguesa de-se observar no trecho apresentado:
empregam formas do verbo ter quan- a. o preconceito linguístico do autor con-
do, na verdade, deveriam usar formas tra as pessoas menos escolarizadas.
do verbo haver, contrariando as regras
b. o exemplo de um falar errado e despro-
gramaticais.
vido de regras.
37. c. a diferença entre o falar rural e a escrita
Assinale (V) para verdadeiro ou (F) para falso. padrão culta.
( ) Pode-se afirmar que existe uma íntima d. a manutenção de traços da escrita ar-
relação entre língua e cultura, já que caica favorecida pela temática do texto.
uma depende da outra. e. o predomínio de traços da fala rural na
( ) A língua portuguesa só pode mais ser voz do narrador.
vista como uma herança pronta ou ape- 39. ENEM
nas um instrumento, por tratar-se de
um produto histórico-social, fruto de S.O.S. Português
seus usuários, os brasileiros. Por que pronunciamos muitas pa-
( ) Variantes linguísticas são formas de lavras de um jeito diferente da escrita?
expressão admitidas na língua como Pode-se refletir sobre esse aspecto da lín-
alternativas de outras, com o mesmo gua com base em duas perspectivas. Na
valor e função. primeira, fala e escrita são dicotômicas,
( ) A língua varia no tempo, no espaço, nas o que restringe o ensino da língua ao có-
classes sociais, no âmbito profissional e digo. Daí vem o entendimento de que a
entre as faixas etárias. escrita é mais complexa que a fala, e seu
( ) Cada situação, cada lugar, cada meio, ensino restringe-se ao conhecimento das
cada interlocutor, todos esses elemen- regras gramaticais, sem a preocupação
tos são variáveis que levam ao uso di- com situações de uso. Outra abordagem
ferenciado da língua; é por isso que permite encarar as diferenças como um
podemos afirmar que variantes linguís- produto distinto de duas modalidades da
ticas existem apenas no Brasil rural. língua: a oral e a escrita. A questão é que
nem sempre nos damos conta disso.
( ) A função da língua é ser expressão da
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano
cultura permitindo a comunicação so- XXV, nº 231, abr. 2010. (Fragmento adaptado).
cial.
38. UFG-GO O assunto tratado no fragmento é relativo à
língua portuguesa e foi publicado em uma re-
Nhola dos Anjos e a cheia do Corumbá vista destinada a professores. Entre as carac-
terísticas próprias desse tipo de texto, identifi-
— Fío, fais um zoio de boi lá fora pra
cam-se as marcas linguísticas próprias do uso:
nois.
O menino saiu do rancho com um a. regional, pela presença de léxico de de-
baixeiro na cabeça, e no terreiro, debaixo terminada região do Brasil.
da chuva miúda e continuada, enfincou o b. literário, pela conformidade com as
calcanhar na lama, rodou sobre ele o pé, normas da gramática.
riscando com o dedão uma circunferência c. técnico, por meio de expressões pró-
no chão mole – outra e mais outra. Três prias de textos científicos.
círculos entrelaçados, cujos centros for-
d. coloquial, por meio do registro de in-
mavam um triângulo equilátero.
formalidade.
Isto era simpatia para fazer estiar. E o
menino voltou: e. oral, por meio do uso de expressões tí-
— Pronto, vó. picas da oralidade.
TELLES, Gilberto Mendonça (Org.). Os melhores contos
de Bernardo Élis. São Paulo: Global, 2001. p. 27.

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140

40. ENEM a. a identificação com o público-alvo a


que se destina o anúncio.
b. a avaliação da imagem como uma sáti-
ra às atrações de terror.

NO ERRO
c. a atenção para a imagem da parte do
ITE R
T
corpo humano selecionada aleatoria-
SD
O mente.
QUEM É MORTO SEMPRE APARECE. d. o reconhecimento do intertexto entre a
publicidade e um dito popular.
Disponível em: <http://www.ccsp.com.br>. e. a percepção do sentido literal da ex-
Acesso em: 26 jul. 2010. (Adaptado) pressão “noites do terror”, equivalente
à expressão “noites de terror”.
O anúncio publicitário está internamente liga-
do ao ideário de consumo quando sua função
é vender um produto. No texto apresentado,
utilizam-se elementos linguísticos e extralin-
guísticos para divulgar a atração “Noites do
Terror”, de um parque de diversões. O enten-
dimento da propaganda requer do leitor:

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141

Capítulo 02
41. b. Esses artigos aos quais você se
Para cada uma das frases a seguir, encontram- refere, poderá encontrá-los na
-se duas palavras entre parênteses. A essas ___________________ de importados.
palavras chamamos parônimas. Escolha aque- (cessão / sessão / seção)
la que, por seu significado, preenche adequa- c. Na ___________________ da meia-noite
damente a lacuna. vocês só encontrarão os notívagos.
a. Os jornalistas premiados receberam os (cessão / sessão / seção)
___________________ de todos os pre- 44.
sentes. (comprimentos / cumprimen- Nos parênteses, há duas palavras homófonas
tos) heterógrafas. Use aquela que preenche corre-
b. Os ___________________ da rainha per- tamente a lacuna.
filaram-se para saudá-la. (cavaleiros / a. Ao ___________________ os olhos, escor-
cavalheiros) reu-lhe uma lágrima. (cerrar / serrar)
c. Não conseguia ___________________ ne- b. Antes de ___________________ as árvo-
nhuma informação nova. (absolver / res da propriedade, informe-se da pos-
absorver) sibilidade de fazê-lo. (cerrar / serrar)
d. O nosso ___________________ era não
45.
tomar informações sobre o candidato
antes da entrevista. (mau / mal) Utilize o vocábulo que preenche com correção
e. Uma das maiores qualidades de um as- as lacunas das frases a seguir.
sessor é a ___________________. (discri- a. Ao beber e dirigir, o motorista comete
ção / descrição) uma ___________________ gravíssima.
f. Para ___________________ a dívida ne- (inflação / infração)
cessitávamos de quase meio milhão. b. O melhor termômetro para os econo-
(saldar / saudar) mistas são as taxas de ________________.
(inflação / infração)
42.
c. ___________________ estudarmos muito,
Sabemos que homófonas heterógrafas são não entraremos em Medicina. (Se não /
aquelas palavras com grafias diversas, apesar Senão)
de terem o mesmo som. Complete as lacunas
com o vocábulo adequado. d. O trabalho estava tão bem feito que
não conseguiram apontar um único
a. O detento usava a ___________________ ___________________. (se não / senão)
como escritório para novos crimes.
(cela / sela) e. A delegada é uma ___________________
da lei. (a gente / agente)
b. Fabiano saltou sobre o animal sem
_______________, sem nada. (cela / sela) f. Eles queriam que ___________________
fosse visitá-los na casa da praia. (a gen-
c. Em sua estada em São Paulo, o papa te / agente)
hospedou-se na ___________________
do monge beneditino. (cela / sela) 46. PUC-MG
43. Assinale a alternativa em que a mudança de po-
sição do termo destacado não implique a possi-
Preencha os espaços com a homófona heteró- bilidade de mudança de sentido do enunciado.
grafa adequada.
a. Belo Horizonte já foi uma linda cidade.
a. O compositor fez a ___________________
dos direitos autorais em favor daquela Belo Horizonte já foi uma cidade linda.
entidade beneficente. (cessão / sessão / b. Filho meu não irá para o exército.
seção) Meu filho não irá para o exército.

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142

c. Meu carro novo é maior. c. mal – mal – mau – mau


Meu novo carro é maior. d. mau – mau – mal – mau
d. Por algum dinheiro ele seria capaz de e. mau – mal – mau – mal
vender a casa. 50. UFPR
Por dinheiro algum ele seria capaz de
Complete as lacunas, usando adequadamente
vender a casa.
mas/ mais/ mal/ mau.
e. Com uma simples dose do medicamen-
to ficou curada. “Pedro e João ________ entraram em casa, per-
ceberam que as coisas não estavam bem, pois
Com uma dose simples do medicamen- sua irmã caçula escolhera um ________ mo-
to ficou curada. mento para comunicar aos pais que iria viajar
47. nas férias; ________ seus dois irmãos deixaram
Preencha as lacunas com porque, porquê, por os pais ________ sossegados quando disseram
que ou por quê. que a jovem iria com as primas e a tia.”
a. __________ ele abandonou a faculdade? a. mau – mal – mais – mas
b. Ele abandonou a faculdade __________? b. mal – mal – mais – mais
c. Desconheço as razões __________ ele c. mal – mau – mas – mais
abandonou a faculdade. d. mal – mau – mas – mas
d. Ele abandonou a faculdade __________ e. mau – mau – mas – mais
não podia custear os estudos. 51. FDF-SP
e. Ele deve estar com problemas financei- Assinale a alternativa correta para completar o
ros, __________ teve de abandonar os enunciado a seguir.
estudos.
O diretor resolveu afinal _____________ o pe-
f. Desconheço o __________ de ele ter
dido do funcionário e permitir que ele entras-
abandonado a faculdade.
se em licença.
48. a. defirir
Assinale o item em que houve erro no empre- b. deferir
go de sob / sobre:
c. diferir
a. Ela dirigiu-se aos doutores sob minha
d. indeferir
orientação.
e. indefirir
b. Raramente conversávamos sobre as-
suntos variados. 52. Fuvest-SP
c. Sempre lhe pesaram sob os ombros as No último __________________ da orquestra
responsabilidades da casa. sinfônica, houve _____________ entre os convi-
d. Sobre a penteadeira estava o camafeu dados, apesar de ser uma festa _____________
desaparecido. .
e. Ainda que sob pena de ser castigado, a. conserto – flagrantes descriminações –
nada revelou. beneficente
49. FDF-SP b. concerto – fragrantes discriminações –
beneficiente
Assinale a alternativa correta para completar o
c. conserto – flagrantes descriminações –
enunciado abaixo.
beneficiente
__________ soube que tinha ido __________ d. concerto – fragrantes discriminações –
no vestibular, o __________ aluno começou a beneficente
falar __________ da Faculdade.
e. concerto – flagrantes discriminações –
a. mal – mal – mau – mal beneficente
b. mal – mal – mal – mal

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143

53. PUC-PR 57. Unifenas-MG


Assinale a alternativa em que as palavras apre- Em que alternativa se cometeu erro de sino-
sentam os sentidos trocados. nímia na dupla de parônimos ou de homôni-
a. Acender = pôr fogo/ ascender = subir mos?
b. Retificar = confirmar/ ratificar = corrigir a. eminente: prestes a acontecer
c. Censo = recenseamento/ senso = juízo iminente: elevado
d. Eminente = ilustre/ iminente = próximo b. infringir: transgredir
e. Dilatar = aumentar/ delatar = denunciar infligir: aplicar
54. Unimep-SP c. despercebido: desatento
desapercebido: despreparado
Se você não arrumar o fogão, além de não po-
der cozinhar as batatas, há o perigo próximo d. coser: costurar
de uma explosão. cozer: cozinhar
As palavras destacadas podem ser substituídas e. ratificar: confirmar
por: retificar: corrigir
a. concertar / coser / iminente.
58. FCMSC-SP
b. consertar / cozer / eminente.
Escolha a frase que deve ser completada com
c. consertar / cozer / iminente.
a primeira das duas palavras que estão entre
d. concertar / coser / eminente. parênteses.
e. consertar / coser / eminente. a. O prazo já estava _________________.
55. Unisinos-RS (proscrito; prescrito)
O período em que a palavra destacada apare- b. O fato passou _________________. (desa-
ce empregada com sentido inadequado é o percebido; despercebido)
seguinte: c. Nunca o encontro na _________________
a. Durante minha estada no Rio, visitei vá- em que trabalha. (sessão; seção)
rias bibliotecas. d. Esses fatos _________________ das cir-
b. Na atual conjuntura política, não sabe- cunstâncias. (emergiram; imergiram)
mos o que pensar.
59. Fuvest-SP
c. A polícia conseguiu capturar o autor de
mais um vultuoso contrabando. Meditemos na regular beleza que a natureza
nos oferece.
d. Na última sessão da Câmara, os verea-
dores aprovaram diversos projetos im- Assinale a alternativa em que o homônimo
portantes. tem o mesmo significado do empregado na
e. A fim de preservar seus direitos, ele im- oração acima.
petrou novo mandado de segurança. a. Não conseguia regular a marcha do car-
56. FGV-SP ro.
b. É bom aluno, mas obteve nota regular.
Tendo por base a relação existente entre as
duas primeiras palavras, marque a letra que c. Aquilo não era regular; devia ser corri-
corresponde à alternativa correta. gido.
Tecla: piano d. Admirava-se ali a disposição regular
dos canteiros.
a. Violino: som
e. Daqui até sua casa há uma distância
b. Médico: boticão regular.
c. Adubo: agrônomo
d. Corda: violão
e. Lápis: arquiteto

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144

60. a tensão era tão densa,/ subia tão


Assinale a alternativa que preenche adequa- [alarmante,/
damente as lacunas das frases a seguir. que o leitor que lia aquilo/ como puro
[alto-falante,/
01. A fim de evitar a publicação com erro, o e, sem querer, imantara/ todos ali,
funcionário _________________ o tex- [circunstantes,/
to final. (ratificou / retificou) receava que confundissem/ o de
02. O diretor _______________ seu reque- [perto com o distante,/
rimento. (deferiu / diferiu) o ali com o espaço mágico,/ seu
03. Permaneceu presa por muito tempo [franzino com gigante,/
para ____________ sua culpa. (espiar / e que o acabasse tomando/ pelo autor
expiar) [imaginante/
ou tivesse que afrontar/ as brabezas
04. O _________ do IBGE revelou novas di-
[do brigante./
ferenças sociais. (senso / censo)
(…)
05. Não basta combater o ______________ João Cabral de Melo Neto
de drogas com medidas suaves. (tráfe-
go / tráfico) Tomando como referência o texto, relacione a
a. Ratificou – diferiu – expiar – senso – 2ª coluna de acordo com a 1ª, identificando os
tráfico sinônimos:
b. Retificou – deferiu – espiar – censo – 1ª coluna 2ª coluna
tráfego (1) Peripécias ( ) surpresa
c. Retificou – diferiu – expiar – censo – (2) Mirabolante ( ) fantástico
tráfico
(3) Dia a dia ( ) cotidiano
d. Ratificou – deferiu – espiar – senso –
tráfego (4) Imantar ( ) acrobacias
e. Retificou – deferiu – expiar – censo – (5) Espanto ( ) atrair
tráfico A ordem correta é:
61. UFPE modificado a. 5, 2, 3, 1, 4
Descoberta da literatura b. 2, 4, 5, 3, 1
No dia a dia do engenho/ toda a c. 3, 1, 4, 5, 2
[semana, durante/ d. 2, 1, 3, 4, 5
cochichavam-me em segredo: / saiu e. 1, 2, 3, 4, 5
[um novo romance./
E da feira do domingo/ me traziam 62.
[conspirantes/ São cognatos os vocábulos que se originam de
para que os lesse e explicasse/ um uma mesma raiz. Assinale a única alternativa
[romance de barbante./ em que não ocorre um caso de cognatos:
Sentados na roda morta/ de um carro a. Abstrato / abscesso
[de boi, sem jante,/
ouviam o folheto guenzo, / o seu b. Cognição / conhecimento
[leitor semelhante,/ c. Consecutivo / sequência
com as peripécias de espanto/ d. Detratação / detrator
[preditas pelos feirantes./ e. Meritocracia / meritíssimo
Embora as coisas contadas/ e todo o
[mirabolante,/ 63. Fuvest-SP
em nada ou pouco variassem/ nos “Navegar é preciso, viver não é pre-
ciso”. Esta frase de antigos navegadores
[crimes, no amor, nos lances,/ portugueses, retomada por Fernando Pes-
e soassem como sabidas/ de outros soa, por Caetano Veloso e sabe-se por
[folhetos migrantes,/ quantos mais citadores ou reinventores,

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145

ganha sua última versão no âmbito da As formas asso (do verbo assar) e aço (liga de
informática, em que o termo navegar ad- ferro e carbono) são o que chamamos vocábu-
quire outro e preciso sentido. los homófonos. ( )
Na nova acepção, em tempos de In-
ternet, o lema parece mais afirmativo do Coser (costurar) e cozer (cozinhar) são consi-
que nunca. Os olhos que hoje vagueiam derados homógrafos. ( )
pela tela iluminada do monitor já não pre- Sexta (de sexta-feira) e sesta (descanso após o
cisam nem de velas, nem de ventos, nem almoço) são tidos como parônimos. ( )
de fados: da vida só querem o cantinho e
um quarto, de onde fazem o mundo flutu- a. F, F, V, F d. F, V, F, V
ar em mares de virtualidades nunca dantes
navegados. b. V, V, V, F e. V, F, V, F
c. V, V, F, V
Considere as seguintes afirmações:
I. A significação das palavras constitui um 65.
processo dinâmico e supõe o reconhe- Observe as frases:
cimento histórico do seu emprego.
• As mangas que ela serviu estavam de-
II. As expressões “velas”, “fados” e “nunca liciosas.
dantes navegados” ligam-se ao contex-
to primitivo do velho lema. • No afã de angariar dinheiro para a lua
de mel, depois de fatiarem a gravata do
III. Desligando-se de suas raízes históricas, noivo, agora era a vez das mangas da
as palavras apresentam-se esvaziadas camisa.
de qualquer sentido.
Os vocábulos destacados são:
Conforme se pode deduzir do texto, está cor-
reto o que se afirma: a. Parônimos d. Homógrafos
a. apenas em I e II. b. Antônimos e. Sinônimos
b. apenas em I e III. c. Cognatos
c. apenas em II e III. 66.
d. apenas em I. Assinale a alternativa que apresenta erro de
e. em I, II e III. classificação.
64. a. efêmera / breve = sinônimos
Assinale (F) para falso e (V) para verdadeiro e b. retificar / ratificar = homônimos homó-
marque a alternativa correta. grafos
Os substantivos banco (instituição financeira) c. calma / agitada = antônimos
e banco (assento) são considerados homôni- d. sessão / seção = homônimos homófonos
mos perfeitos. ( ) e. inflação / infração = parônimos
67.
ENGENHEIROS DE VENDAS
VOU PERGUNTAR
DE OUTRA
NÃO! UMA
SEU VENDEDOR DISSE FORMA...
CLARO, É VERDADE... FORMA PARA
QUE SEU PRODUTO QUE ELE DISSE ISSO. CADA
SE CONSERTA SOZINHO.
PERGUNTA!
É VERDADE?

Folha de S. Paulo, 19 set. 2007.

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146

Com base na tira apresentada, é correto afirmar: Dobra o sino... Soluça um verso de
01. A tira demonstra que afirmar que algo [Dirceu...
foi dito implica, necessariamente, afir- Sobre a triste Ouro Preto o ouro dos
mar que o que foi dito é verdadeiro. [astros chove.
Olavo Bilac
02. A resposta dada no segundo quadrinho
mostra que a pergunta feita no primei- *Glossário:
ro quadrinho é ambígua.
fulvo: de cor alaranjada.
03. A resposta do segundo quadrinho per-
mite concluir que o produto em ques- laivos: marcas; manchas; desenhos estreitos e
tão se conserta sozinho. coloridos nas pedras; restos ou vestígios.
Assinale a alternativa correta. Considerado o contexto, é correto afirmar que
a polissemia (multiplicidade de sentidos de
a. Somente a afirmativa 1 é verdadeira. uma palavra) está presente em “laivos” e, de
b. Somente as afirmativas 1 e 2 são ver- modo mais acentuado, na palavra
dadeiras.
a. casas. d. urbe.
c. Somente as afirmativas 1 e 3 são ver-
dadeiras. b. minas. e. astros.
d. Somente a afirmativa 2 é verdadeira. c. ouro.
e. Somente as afirmativas 2 e 3 são ver- 69. PUC-MG
dadeiras. Em todas as alternativas, a mudança proposta
68. FGV-SP modificado para o período em destaque alterou o seu sen-
tido, exceto em:
Vila Rica a. Ele levantou lentamente os olhos para
O ouro fulvo* do ocaso as velhas ver o céu. / Ele levantou os olhos para
[casas cobre; ver o céu lentamente.
Sangram, em laivos* de ouro, as b. Devo encontrá-lo apenas no
[minas, que ambição shopping. / Devo apenas encontrá-lo no
Na torturada entranha abriu da terra shopping.
[nobre: c. O meu pedido foi só que ele estives-
E cada cicatriz brilha como um se aqui no horário marcado. / O meu
[brasão. pedido foi que ele estivesse aqui só no
horário marcado.
O ângelus plange ao longe em
[doloroso dobre, d. Ele disse que necessariamente conse-
O último ouro de sol morre na guiria resultados para a pesquisa. / Ele
[cerração. disse que conseguiria necessariamente
E, austero, amortalhando a urbe resultados para a pesquisa.
[gloriosa e pobre, e. Carmen gosta de pensar muito antes
O crepúsculo cai como uma de agir. / Carmen gosta muito de pen-
[extrema-unção. sar antes de agir.

Agora, para além do cerro, o céu


[parece Leia o texto a seguir para responder às duas
Feito de um ouro ancião, que o tempo próximas questões.
[enegreceu...
Sobre os perigos da leitura
A neblina, roçando o chão, cicia, em
[prece, Nos tempos em que eu era profes-
sor da Unicamp, fui designado presidente
Como uma procissão espectral que se da comissão encarregada da seleção dos
[move... candidatos ao doutoramento, o que é um
sofrimento. Dizer esse entra, esse não en-

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147

tra é uma responsabilidade dolorida da Na verdade, nunca lhes havia passado


qual não se sai sem sentimentos de culpa. pela cabeça que alguém pudesse se interes-
Como, em 20 minutos de conversa, deci- sar por aquilo que estavam pensando. Nunca
dir sobre a vida de uma pessoa amedron- lhes havia passado pela cabeça que os seus
tada? Mas não havia alternativas. Essa era pensamentos pudessem ser importantes.
a regra. Os candidatos amontoavam-se no Rubem Alves. Disponível em: <http://www.
corredor recordando o que haviam lido da cuidardoser.com.br>. Adaptado.
imensa lista de livros cuja leitura era exi-
70. Vunesp
gida.
Aí tive uma ideia que julguei bri- A palavra “brilhante”, no início do 2º parágra-
lhante. Combinei com os meus colegas fo, significa:
que faríamos a todos os candidatos uma a. refulgente.
única pergunta, a mesma pergunta. Assim, b. luzente.
quando o candidato entrava trêmulo e se
esforçando por parecer confiante, eu lhe c. luxuosa.
fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: d. admirável.
“Fale-nos sobre aquilo que você gostaria e. lustrosa.
de falar!”. [...]
A reação dos candidatos, no entanto, 71. Vunesp
não foi a esperada. Aconteceu o oposto: Assinale a alternativa em que todos os termos
pânico. Foi como se esse campo, aquilo extraídos do texto de Rubem Alves se entrela-
sobre o que eles gostariam de falar, lhes çam por seu significado.
fosse totalmente desconhecido, um vazio a. Verdade, cabeça, pensamentos
imenso. Papaguear os pensamentos dos
b. Pânico, amedrontados, trêmulos
outros, tudo bem. Para isso, eles haviam
sido treinados durante toda a sua carrei- c. Desconhecido, vazio, treinados
ra escolar, a partir da infância. Mas falar d. Culpa, carreira, interessar
sobre os próprios pensamentos – ah, isso e. Reação, ideia, sentimento
não lhes tinha sido ensinado!

72. UEL-PR
SABE QUAL É
A COISA
MAIS IMPORTANTE
A REFLEXÃO!
NA VIDA?
CERTO!

HAGAR – Folha de S. Paulo, Ilustrada E 9, 17/8/2006.

“APEDREJA ESSA MÃO


QUE TE AFAGA. É POESIA,
ESCARRA NESSA BOCA IGNORANTE!
QUE TE BEIJA”

CHICO B., Folha de S. Paulo, Ilustrada, E 11, 25/8/2006.

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148

Em cada uma das tiras anteriores, há duas 73. PUC-MG


personagens: uma que inicia o diálogo e ou- A questão refere-se à piada abaixo, retirada
tra que ouve e depois reage. Com base nessas de uma agenda estudantil publicada em 2003
imagens, pode-se afirmar que: (POSSENTI, Sírio. Agenda estudantil 2003/Sírio
a. as personagens entenderam a mensagem Possenti. Campinas, mercado de letras, 2003).
e reagiram positivamente, pois as mensa- Falante A: — Conhece o Dr. Elias?
gens não continham ambiguidades. Falante B: — Conheço.
b. as personagens de ambas as tiras usaram Falante A: — É um médico muito
palavras homônimas que poderiam levar famoso.
à má interpretação da mensagem. Falante B: — É mesmo. A fama dele
vai daqui ao outro mundo...
c. ambas as tiras passam a ideia de que a
literatura é privilégio de poucos. Sobre o texto, assinale a alternativa incorreta.
d. as personagens são pessoas que só a. Não se pode dizer que o falante B co-
conseguem revidar com a força física, nheça o Dr. Elias.
diante da incompreensão da mensa- b. Na última intervenção do falante B,
gem veiculada. está presente a ironia.
e. a personagem de uma das tiras espera c. Os falantes A e B dão sentido diferente
uma atitude de introspecção do interlo- à palavra “famoso”.
cutor; a personagem da outra tira execu- d. Com a segunda intervenção, o falante
ta literalmente a mensagem do poema. A introduz uma informação que supõe
ser compartilhada com o falante B.
74. UFPE

QUINO. Toda Mafalda. São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 16.

A análise dos quadrinhos nos revela que:

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149

01. existe a esperança de que seja reco- E se os russos atacassem agora?, per-
nhecido o valor secundário da riqueza guntou certa ocasião […] Judith Exner,
material. uma das incontáveis amantes de Kennedy,
02. ideias ingênuas são aquelas que, uma que, simultaneamente, mantinha um caso
vez impressas, levam a monstruosida- com o chefão mafioso Sam Giancana.
des. Revista Veja no 1.002

03. em última análise, acredita-se no poder


que resulta da supremacia dos bens cul-
Texto para as questões de 77 a 79.
turais.
(...)
04. as ideias podem representar um “risco” 01 As angústias dos brasileiros em
se elas põem em jogo “certas garantias relação ao português são de duas or-
imediatas”. dens. Para uma parte da população, a
Estão corretas: que não teve acesso a uma boa escola
a. 1, 2 e 4, apenas. 05 e, mesmo assim, conseguiu galgar po-
sições, o problema é sobretudo com a
b. 1, 3 e 4, apenas. gramática. É esse o público que conso-
c. 2 e 3, apenas. me avidamente os fascículos e livros do
d. 2 e 4, apenas. professor Pasquale, em que as regras
e. 1, 2, 3 e 4. 10 básicas do idioma são apresentadas de
forma clara e bem-humorada. Para o
75. Unicamp-SP segmento que teve oportunidade de es-
A leitura literal do texto abaixo produz um tudar em bons colégios, a principal difi-
efeito de humor. culdade é com clareza. É para satisfazer
As videolocadoras de São Carlos es- 15 a essa demanda que um novo tipo de
tão escondendo suas fitas de sexo explíci- profissional surgiu: o professor de por-
to. A decisão atende a uma portaria de de- tuguês especializado em adestrar fun-
zembro de 1991, do Juizado de Menores, cionários de empresas. Antigamente,
que proíbe que as casas de vídeo aluguem, os cursos dados no escritório eram de
exponham e vendam fitas pornográficas a 20 gramática básica e se destinavam prin-
menores de 18 anos. A portaria proíbe ain- cipalmente a secretárias. De uns tempos
da os menores de 18 anos de irem a motéis para cá, eles passaram a atender pri-
e rodeios sem a companhia ou autorização mordialmente gente de nível superior.
dos pais. Em geral, os professores que atuam em
Folha Sudeste 25 firmas são acadêmicos que fazem esse
tipo de trabalho esporadicamente para
a. Transcreva a passagem que produz efei- ganhar um dinheiro extra. “É fascinan-
to de humor. Qual a situação engraçada te, porque deixamos de viver a teoria
que essa passagem permite imaginar? para enfrentar a língua do mundo real”,
b. Reescreva o trecho de forma a impedir 30 diz Antônio Suárez Abreu, livre-docen-
tal interpretação. te pela Universidade de São Paulo (...)
João Gabriel de Lima. Falar e escrever, eis
76. Unicamp-SP a questão. Veja, 7/11/2001, n. 1.725
No trecho que segue, há uma passagem es-
77. ITA-SP
truturalmente ambígua (isto é, uma passagem
que poderia ser interpretada de duas manei- Aponte a alternativa que contém uma inferên-
ras, se ignorássemos o que é geralmente pres- cia que não pode ser feita com base nas ideias
suposto sobre a vida de Kennedy). explicitadas no texto.
Identifique essa passagem, transcreva-a, a. Frequentemente, uma boa escola é
aponte as duas interpretações possíveis e ex- uma espécie de passaporte para a as-
plique o que a torna ambígua do ponto de vis- censão.
ta estrutural.

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150

b. O conjunto que abrange “gente de nível 80. ENEM


superior” não contém o subconjunto
“secretárias”. Soneto de fidelidade
c. No âmbito da Universidade, os estudos De tudo, ao meu amor serei atento
da língua estão prioritariamente volta- Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
dos para a prática linguística. Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
d. A escola de qualidade inferior não favo-
rece o aprendizado da gramática.
Quero vivê-lo em cada vão momento
e. O conhecimento gramatical não garan- E em seu louvor hei de espalhar meu
te que as pessoas se expressem com [canto
clareza. E rir meu riso e derramar meu pranto
78. ITA-SP Ao seu pesar ou seu contentamento.
Considerando que o autor do texto apresenta
E assim, quando mais tarde me procure
os fatos a partir da perspectiva daqueles que
Quem sabe a morte, angústia de quem
procuram um curso de língua portuguesa,
[vive
aponte o sentido que a palavra demanda as-
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
sume no texto.
a. Busca Eu possa me dizer do amor (que tive):
b. Necessidade Que não seja imortal, posto que é
c. Exigência [chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
d. Pedido
Vinícius de Moraes, Antologia poética.
e. Disputa
A palavra mesmo pode assumir diferentes sig-
79. ITA-SP
nificados, de acordo com a sua função na fra-
O adjetivo principal (linha 13) permite inferir se. Assinale a alternativa em que o sentido de
que a clareza é apenas um elemento dentro mesmo equivale ao que se verifica no 3o verso
de um conjunto de dificuldades, talvez o mais da 1a estrofe do poema de Vinícius de Moraes.
significativo. Semelhante inferência pode ser a. “Pai, para onde fores, / irei também
realizada pelos advérbios: trilhando as mesmas ruas...” (Augusto
a. avidamente, principalmente e primor- dos Anjos)
dialmente. b. “Agora, como outrora, há aqui o mes-
b. sobretudo, avidamente e principalmen- mo contraste da vida interior, que é
te. modesta, com a exterior, que é ruido-
c. avidamente, antigamente e principal- sa.” (Machado de Assis)
mente. c. “Havia o mal, profundo e persistente,
d. sobretudo, principalmente e primor- para o qual o remédio não surtiu efeito,
dialmente. mesmo em doses variáveis.” (Raimun-
e. principalmente, primordialmente e es- do Faoro)
poradicamente. d. “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo
necessidade de fazê-lo padre?” (Ma-
chado de Assis)
e. “Vamos de qualquer maneira, mas va-
mos mesmo.” (Aurélio)

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151

Capítulo 03
81. d. selvageria – massagem – vertigem
Em qual das alternativas todas as palavras es- e. viagem – garagem – mensajem
tão corretamente grafadas? 86. ITA-SP modificado
a. herege – álgebra – refújio Em que caso todos os vocábulos são grafados
b. folhagem – viagem – vertijem com "X" ?
c. fuligem – ferrugem – ágio a. __ícara, __ávena, pi__e, be__iga
d. forgem – falange – miragem b. __enófobo, en__erido, en__erto, __
e. frigir – esbange – giz epa
82. c. li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e
Assinale a alternativa em que todas as pala- d. ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
vras devam ser completadas por “S”. e. Hiro__ima, __angai, ca__umba, Ca__
a. Prince__a, safade__a, finlande__a alote
b. Japone__a, delicade__a, marque__a 87. IBGE
c. Gentile__a, bra__ileira, tailande__a Entre as opções abaixo, somente uma com-
d. Holande__a, despe__a, duque__a pleta corretamente as lacunas apresentadas a
seguir. Assinale-a.
e. Barone__a, defe__a, grande__a
Na cidade carente, os _____________ resol-
83. veram ___________ seus direitos, fazendo um
Marque a alternativa em que há erro na grafia _______________ assustador.
de alguma palavra. a. mendingos; reivindicar; rebuliço
a. Ascensão – assunção – assentamento b. mindigos; reinvidicar, rebuliço
b. Exceção – excesso – exceto c. mindigos; reivindicar, reboliço
c. Ascensorista – asceta – compreensão d. mendigos; reivindicar, rebuliço
d. Acento – exumação – repercussão e. mendigos; reivindicar, reboliço
e. Intercessão – progreção – repercussão 88. IBGE
84. Assinale a opção em que todas as palavras se
Aponte a alternativa em que não há erro de completam adequadamente com a letra entre
ortografia. parênteses.
a. Menina, não balance assim que você a. en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
cae no chão. b. exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
b. Como sói acontecer nesta época do
c. mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
ano, o trânsito vira um inferno.
c. Sempre que viam um animal na pista, d. búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
freiavam bruscamente. e. .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
d. Ela só me verá de novo na antivéspera 89. UFRGS
da formatura.
Instrução: utilize o texto a seguir para respon-
e. Ceiaram bem tarde ontem à noite. der à questão.
85. Ulbra-RS Língua é caráter. O português bra-
sileiro é mais anasalado do que o de
Assim como viagem, são grafadas:
Portugal. Eles dizem “ao” onde nós
a. selvageria – ageitar – nogento ________________ “ão”, por isso a nos-
b. geitoso – vertigem – cafageste sa “corrupção” _____________ maior,
c. geito – selvagem – genipapo tem a força descritiva de um superlativo.

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152

(...) Nosso português, liberado pelo nosso e. Grafa-se com “S” o sufixo –oso, –osa:
tamanho, nos __________ só aos grandes idosa, raivosa, gostoso.
pecados. A culpa não é nossa, é da geo- 93. FGV-SP
grafia. Espaço é destino. Ditongo nasal é
destino. (L.F. Veríssimo) Assinale a alternativa em que não haja erro de
grafia.
Assinale a alternativa que completa correta-
mente as lacunas. a. Não tinha feito a prova no dia regular
a. dizemos – paresse – compeliria nem tão pouco a substitutiva.
b. dizemos – parece – compeliria b. Afim de que as soluções pudessem ser
adotadas por todos, José de Arimateia
c. dizemos – paresce – compiliria havia distribuído cópias do relatório no
d. dissemos – parece – compiliria dia anterior.
e. dissemos – paresce – compeliria c. Porventura, meu Deus, estarei louco?
90. UFRGS d. Assinalou com um asterístico a necessi-
Em qual dos slogans abaixo se encontra erro dade de notas informativas adicionais.
de grafia? e. Com frequência, os médicos falam de
a. Previna-se! Viaje sempre em boa com- AVC, Acidente Vascular Celebral. Poris-
panhia. so, os próprios pacientes já estão fami-
b. Adquira aqui seu novo guia de viagem. liarizados com esse termo.
c. Estenda sua capacidade de atuar. 94. Mackenzie-SP
d. Nossa assistência técnica é uma exten- Assinale a alternativa que preenche os espa-
são de sua garantia. ços corretamente:
e. Chegou a sua vez! Participe dos movi- Com o intuito de ______ o trabalho, o aluno
mentos contextatórios. recebeu algumas incumbências: ______ datas,
91. UEL-PR ______ o conteúdo e ______ um estilo mais
A punição à _________ no erro é um dos moderno.
_____________ da pauta da reunião. a. finalisar – pesquisar – analisar – impro-
a. Reincidência – itens visar
b. Reicindência – itens b. finalizar – pesquisar – analisar – impro-
c. Reicidência – itens visar
d. Reincidência – ítens c. finalizar – pesquisar – analisar – impro-
vizar
e. Reincindência – itens
d. finalizar – pesquisar – analizar – impro-
92. UFMG visar
Assinale a afirmativa incorreta: e. finalizar – pesquizar – analisar – impro-
a. Os substantivos abstratos derivados de visar
adjetivos devem ser grafados com “Z”:
95. Fuvest-SP
beleza, lucidez, limpeza.
b. Devem ser grafados com “Z” estas pa- A frase em que a grafia está inteiramente cor-
lavras que têm formas verbais que lhes reta é:
correspondem: defeza, aceza, surpreza. a. A rescessão asiática, o colapso russo e
c. A indicação de origem ou título nobili- a perda de vultuosas quantias rouba-
árquico deve ser grafada com “S”: japo- ram a expontaneidade do mercado de
nesa, duquesa, marquesa. investidores.
d. Grafam-se com Z apenas os verbos for- b. Nessas inserções, todas as disfunções
mados com o sufixo –izar ou aqueles familiares, sem exceção, vêm à tona,
cujo radical já apresentava “Z”: ameni- sempre acompanhadas de forte des-
zar, enraizar, oficializar. carga emocional.

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153

c. Sua Magestade não admitiu a indiscre- 98.


ção do ministro, expulsando-o, imedia- O texto a seguir foi encontrado no site do go-
tamente, da Corte. verno do estado do Maranhão. Leia-o e apon-
d. As medidas tomadas pelo Governo te a alternativa que completa corretamente as
contra a inflação não atendem às es- lacunas das palavras do texto.
pectativas da população e, certamente, Ape__ar de ser o segundo estado me-
não sortirão os resultados esperados. nos violento do Brasil, segundo o relató-
e. Estudiosos mostram-se apreensivos rio do Mapa da Violência dos Municípios
diante da eminência do recrudecimen- Brasileiros 2008, a Secretaria de Estado
to das superstições nas sociedades ca- de Segurança Cidadã está elaborando um
pitalistas. pro__eto de ação para a área de segurança
ba__eado no resultado de duas pesqui__
96. PUCCamp-SP
as que serão reali__adas no estado, sob a
A frase em que há erros de ortografia é: consultoria do coordenador de análi__e e
a. A afirmação de que nossa ajuda não foi planejamento da Secretaria de Segurança
expontânea põe em dúvida a decência Pública de São Paulo, Túlio Kahn. A pri-
e a honradês de quem falou. meira vai identificar o grau de inseguran-
b. Nem sempre o lazer a que se dedicam é ça entre a população maranhense e a se-
o mais adequado para seus problemas, gunda, sobre vitimização, deverá revelar
por isso existe a preocupação dos mé- os casos de violência não registrados.
dicos em orientá-los cuidadosamente. Disponível em: <http://www.ma.gov.
br/2008/2/10/pagina4040.htm>.
c. Não há jeito de pormos em uso essas
folhas de papel almaço, porque elas a. z, j, s, s, z, s
são tão finas que se pode ver facilmen- b. s, g, s, s, z, s
te através delas. c. s, j, s, s, z, s
d. O assessor de imprensa não queria fal- d. s, j, z, z, z, s
tar com a discrição, motivo pelo qual
e. s, j, s, s, s, z
não citou nominalmente os queixosos.
e. Acostumados a debater tudo com o 99. PUCCamp-SP
corpo docente, os administradores da A frase em que há erros de grafia é:
escola puseram em discussão também a. Com exceção dos alunos inscritos há
o problema do número de vagas. mais de um mês, todos quiseram adiar
97. Mackenzie-SP o início do curso.
I. Durante o regime militar, muitos políti- b. Sob o título de Viage conosco!, foi lan-
cos tiveram seus mandados caçados e çada a revista de turismo que tem tudo
foram exilados. para obter hêsito em curto prazo.
II. Os detectores do poder anseiam sem- c. Os espectadores tinham esperança de
pre por subjulgar os mais fracos. que o programa mudasse seu formato,
III. Os dirigentes governamentais que, ver- por isso, mesmo desanimados, permane-
dadeiramente, respeitam a liberdade dos ciam fiéis.
indivíduos não deveriam ser uma exceção. d. Apesar do que se diz em contrário, o
fato é que, em dias de neblina, real-
Quanto à ortografia, assinale: mente não se enxerga nada, em quase
a. se todas as afirmações estão corretas. toda a extensão da rodovia.
b. se apenas a I está correta. e. A compreensão do verdadeiro signifi-
c. se apenas a II está correta. cado dessa pesquisa parece escapar às
autoridades, preocupadas unicamente
d. se apenas a III está correta. em economizar, em qualquer que seja
e. se todas estão incorretas. o setor.

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154

100. d. aguei, ruim, mágoa, chato


As frases que se seguem foram retiradas de ór- e. magoei, xiita, possui, cunha
gãos da imprensa e contêm algumas palavras 104. FEI-SP
que suscitam dúvidas quanto à grafia. Leia as fra-
ses atentamente e marque a alternativa em que Assinale a alternativa em que todas as palavras
há erro, relativamente às palavras destacadas. não têm suas sílabas separadas corretamente:
a. As concessões dadas às indústrias bra- a. am-bí-guo; rit-mo; psi-co-se; pers-pi-
sileiras e estrangeiras na exploração caz
dos recursos naturais da Amazônia têm b. abs-tra-ir; bi-sa-nu-al; in-te-lec-ção;
gerado repercussões negativas. quart-zo
b. É imprescindível a aceitação da mis- c. ob-sé-quio; hep-tas-sí-la-bo; dif-te-ri-a;
cigenação em um país como o Brasil oc-ci-pi-tal
para, efetivamente, acabar o racismo.
d. vo-lu-ptu-o-so; psi-co-lo-gia; e-xce-der;
c. Há vários estágios da evolução huma- be-ni-gno
na que transcendem o conhecimento
científico. e. ab-so-lu-to; sub-ju-gar; eu-ro-peu; ist-
mo
d. Foram os ingleses, por volta de 1830,
que criaram a cultura do chá das cinco, 105.
em que eram expostas chícaras e peças Assinale a alternativa em que todas as pala-
de porcelana e prata. vras devem ser acentuadas por seguirem a
e. O planeta pede ao homem uma nova mesma regra.
consciência ambiental dentro de um a. Cômoda – paróquia – êxtase – melan-
prazo razoavelmente curto. cólico
101. b. Fenômeno – suínos – acadêmicos – sé-
Marque a opção em que todas as palavras riamente
apresentam um dígrafo. c. Sérios – ilustríssimo – afáveis – fenô-
a. fixo, auxílio, tóxico, dente meno
b. enxergar, luxo, bucho, olho d. Chapéus – anzóis – férias – ideias
c. chapéu, passo, carro, banho e. Fêmur – caráter – helênicos – adoráveis
d. choque, sintaxe, unha, coxa 106. UEL-PR
e. Deus, luar, daí, ódio
A punição à _________ no erro é um dos
102. _____________ da pauta da reunião.
Nas palavras anjinho, carrocinhas, fixação a. reincidência – itens
e recolhendo, podemos destacar a seguinte b. reicindência – itens
quantidade de fonemas:
c. reicidência – itens
a. três, quatro, dois, quatro
d. reincidência – ítens
b. cinco, nove, oito, oito
e. reincindência – itens
c. seis, dez, cinco, nove
107.
d. três, seis, dois, cinco
Assinale a alternativa cujas palavras estão cor-
e. sete, onze, cinco, dez
retamente acentuadas.
103. Mackenzie-SP a. Jóia, claraboia, ideia, coronéis, dói.
Assinale a sequência: tritongo, hiato, ditongo b. Joia, claraboia, ideia, coronéis, dói.
decrescente e dígrafo:
c. Joia, claraboia, ideia, coroneis, doi.
a. quão, fortuito, mandioca, manhosa
d. Jóia, clarabóia, ideia, coronéis, dói.
b. quais, rainha, fausto, chocalho
e. Jóia, clarabóia, ideia, coronéis, dói.
c. cruéis, saúde, perdoe, xará

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155

108. 110.
I. Tu, Bauru e Jau não são acentuadas Assinale a alternativa em que nem todas as
por terminarem em “u”. palavras estão corretamente acentuadas.
II. Lambisgoia, colmeia e celuloide deixa- a. Itaú, Bauru, Luís, Barrabás
ram de ser acentuadas pela Nova Refor- b. Célia, Márcia, André, Paris
ma Ortográfica, no entanto mói, céus e
herói continuam a ser acentuadas. c. Brucutu, fósseis, láctea, pastéis
III. Têm, intervêm e contêm continuam d. Goias, Brasília, bíceps, Luísa
acentuadas, mas veem, voo e enjoo e. Quiproquó, órfãos, rapapé, Jacareí
deixaram de ser acentuadas pelo Novo 111.
Acordo Ortográfico da Língua Portu-
guesa. Desencanto
Analisando as afirmações I, II e III, à luz do Manuel Bandeira
Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue-
Eu faço versos como quem chora
sa, podemos concluir que:
De desalento... de desencanto...
a. I, II e III estão corretas. Fecha o meu livro, se por agora
b. I e III estão corretas. Não tens motivo nenhum de pranto.
c. II e III estão corretas.
Meu verso é sangue. Volupia
d. apenas I está correta. [ardente...
e. I e II estão corretas. Tristeza esparsa... remorso vão...
109. Doi-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
Observe as regras a seguir mencionadas e co-
loque (F) para falso ou (V) para verdadeiro. E nestes versos de angustia rouca
( ) Os ditongos ‘éi’, ‘ói’ e ‘éu’ só continu- Assim dos labios a vida corre,
am a ser acentuados no final da pala- Deixando um acre sabor na boca.
vra. Atenção: o acento será mantido
em destróier e Méier, conforme a re- — Eu faço versos como quem morre.
gra que manda acentuar os paroxíto-
nos terminados em ‘r’, mas céu, dói,
chapéu, anéis, lençóis não mudam. Cometemos propositalmente alguns erros de
( ) Não se acentuam mais o ‘u’ e o ‘i’ tôni- acentuação no poema Desencanto, de Ma-
cos precedidos de ditongo em palavras nuel Bandeira. A fim de corrigi-los, será ne-
paroxítonas: feiura, bocaiuva, baiuca, cessário acentuar todas as palavras contidas
Sauipe. Atenção: feiíssimo e cheiís- na alternativa:
simo continuam acentuados porque a. tens, remorso, gota, sabor
são proparoxítonos, bem como Piauí e b. volupia, doi, angustia, lábios
teiú, que são oxítonos. c. de, gota, labios, sabor
( ) A acentuação das palavras proparoxí- d. tens, volupia, doi, labios
tonas depende de sua terminação. As
proparoxítonas terminadas em ‘e’ e e. de, remorso, gota, cai
’es’, por exemplo, não devem ser acen- 112.
tuadas: arvore, arvores.
Eis uma tirinha do Níquel Náusea, do car-
( ) Os hiatos ‘oo’ e ‘ee’ não recebem mais tunista Fernando Gonsales, especialmen-
acento. Abençoo, perdoo, magoo, en- te adaptada para este exercício. Observe-a
joo, leem, veem, deem, creem. Aten- atentamente e assinale a alternativa correta.
ção: continuam acentuados (ele) vê,
(eles) vêm [verbo vir], (eles) têm etc.

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156

PUTZ! OS A ESPERE SÓ
CAI
RATOS SÃO IMPLA- MONGOLIA A PROXIMA
FORA DAI,
CAVEIS NA DEFESA E MINHA! JOGADA!
MALANDRÃO!
DOS TERRITORIOS!

a. Estão corretamente acentuadas todas as palavras dos quadrinhos.


b. Apenas as palavras ‘implacáveis’, ‘territórios’, ‘Mongólia’,’ daí’ e ‘próxima’ deveriam es-
tar acentuadas.
c. Apenas as palavras ‘implacáveis’, ‘territórios’ e ‘Mongólia’ deveriam estar acentuadas.
d. Deveriam estar acentuadas as seguintes palavras: ‘implacáveis’, ‘territórios’, ‘daí’, ‘Mon-
gólia’, ‘é’, ‘próxima’.
e. Apenas as palavras ‘implacáveis’, ‘territórios’, ‘Mongólia’ e ‘próxima’ deveriam estar acen-
tuadas.

113. 115. UFCE


Assinale a alternativa em que não há erro de Assinale o que for certo e some, em seguida,
acentuação. os pontos que se lhe atribuem.
a. Pessoas com alergia ou intolerancia ao 01. No vocábulo intoxicar, a letra ‘X’ repre-
glúten possuem uma dieta especial que senta fonologicamente um encontro
não contém essa proteina. consonantal.
b. Pessoas com alergia ou intolerancia ao 02. No vocábulo cafezal, todas as consoan-
gluten possuem uma dieta especial que tes são oclusivas.
não contém essa proteína. 04. No vocábulo aguerrido, há sete fone-
c. Pessoas com alergia ou intolerância ao mas.
gluten possuem uma dieta especial que 08. O vocábulo fósseis, leva acento gráfico
não contém essa proteina. porque é paroxítono terminado em di-
d. Pessoas com alergia ou intolerancia ao tongo (mais S).
glúten possuem uma dieta especial que 16. Os vocábulos joia, leem, caiu e iguais,
não contem essa proteina. têm a divisão silábica: joi-a, le-em, ca-iu
e. Pessoas com alergia ou intolerância ao e i-gua-is.
glúten possuem uma dieta especial que 32. A forma plural do vocábulo caráter é
não contém essa proteína. caracteres (paroxítona).
114. UECE modificado 116.
Apresentam o mesmo fonema inicial os vocá-
bulos: Brasileiro, homem do amanhã
a. cravei, quem e cultivar. Há, em nosso povo, duas constantes
que nos induzem a sustentar que o Brasil
b. cheguei, certos e cima. é o único país brasileiro de todo o mundo.
c. ciência, sossego e canção. Brasileiro até demais. Colunas da brasili-
d. gene, grandeza e geologia. dade, as duas colunas são: a capacidade de
dar um jeito; a capacidade de adiar.
e. chegar, xerox e cebola. A primeira é ainda escassamente co-
nhecida, e nada compreendida, no exterior;

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157

a segunda, no entanto, já anda bastante di- As palavras do texto que são acentuadas de
vulgada lá fora, sem que, direta ou sistema- acordo com as normas de acentuação ante-
ticamente, o corpo diplomático contribua riores são, respectivamente:
para isso. a. único e país.
Aquilo que alguns autores ingleses di-
ziam apenas por humorismo (nunca se fa- b. última e possível.
zer amanhã aquilo que se pode fazer depois c. inevitável e também.
de amanhã) não é no Brasil uma deliberada d. estímulo e aniversário.
norma de conduta, uma diretriz fundamen-
tal. Não, é mais, é bem mais forte do que e. agrária e espontânea.
qualquer princípio da vontade: é um ins- 117. TALCRIM-RJ
tinto inelutável, uma força espontânea da
estranha e surpreendente raça brasileira. No texto abaixo:
Para o brasileiro, os atos fundamen- Sei de uma que está fazendo serviço
tais da existência são: nascimento, repro- de escritório, proibida de voar por motivo
dução, adiamento e morte (esta última, se de saúde, e me pergunto que podem sig-
possível, também protelada). nificar para ela esses papéis, esses telefo-
Adiamos em virtude dum verdadeiro nemas, esses recados que circulam num
e inevitável estímulo inibitório, do mesmo plano de cimento invariável, enquanto,
modo que protegemos os olhos com as mãos sobre a plataforma das nuvens, suas irmãs
ao surgir na nossa frente um foco luminoso caminham, ao mesmo tempo singelas e
intenso. A coisa deu em reflexo condiciona- majestáticas.
do: proposto qualquer problema a um bra- I. “escritório” e “invariável” recebem
sileiro, ele reage de pronto com as palavras: acento por idêntica razão.
logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-
-feira; depois do carnaval; no ano que vem. II. “papéis” recebe acento gráfico porque
Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom é oxítona terminada em ditongos.
e o mau, que não se confundem, mas tantas III. “está” é acentuada graficamente por-
vezes se desemparelham. Adiamos o traba- que todas as oxítonas devem ser acen-
lho, o encontro, o almoço, o telefonema, tuadas.
o dentista, o dentista nos adia, a conversa
séria, o pagamento do imposto de renda, a. Estão corretas as afirmações I e II.
as férias, a reforma agrária, o seguro de b. Estão corretas as afirmações II e III.
vida, o exame médico, a visita de pêsames, c. Estão corretas as afirmações I e III.
o conserto do automóvel, o concerto de
d. Todas as afirmativas estão corretas.
Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de
aniversário da criança, as relações com a e. Todas as afirmativas estão incorretas.
China, tudo. Até o amor. 118. ESAF-TCU-AFC
Só a morte e a promissória são mais
ou menos pontuais entre nós. Mesmo as- Aponte o trecho com acentuação gráfica total-
sim, há remédio para a promissória: o adia- mente correta.
mento bi ou trimestral da reforma, uma a. Em meio aos produtos agricolas, desta-
instituição sacrossanta no Brasil. ca-se, dentre as essências plantadas, o
O brasileiro adia; logo existe. A única eucalipto, que tem na vinculação com a
palavra importante para ele é amanhã. indústria de celulose seu maior susten-
O resto eu adio para a semana que táculo econômico.
vem.
b. O documento propõe que, além da Mú-
Paulo Mendes Campos – Adaptação
sica e da Ginástica, o Desenho seja en-
Leia as regras de acentuação gráfica a seguir. sinado em todas as séries, do curso de
bacharelado propedeutico às carreiras
I. Todos os vocábulos proparoxítonos são
profissionalizantes.
graficamente acentuados.
c. Não cabe discutir se a legislação é boa
II. São acentuados os vocábulos paroxíto-
ou ruim; deve-se cumprí-la e honrá-la.
nos terminados em ditongo.

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158

d. A viúva de Chico Mendes não acompa- 120. ENEM


nhou a caravana de políticos à visita ao Diante da visão de um prédio com uma placa
tumulo do líder dos seringueiros, assas- indicando Sapataria Papalia, um jovem depa-
sinado em 1988. rou com a dúvida: como pronunciar a palavra
e. Os educadores não têm grandes diver- papalia?
gências quanto a reconhecer a inefici-
ência da escola brasileira, nas últimas
décadas, em oferecer educação às clas-
ses populares.
119.
De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, o
acento que diferenciava pára (verbo) e para
(preposição) não será mais utilizado. No en-
tanto, a falta desse acento diferencial pode,
em alguns casos, gerar enunciados de duplo
sentido. Marque a alternativa em que a falta
do acento diferencial, no título da reportagem
jornalística, origina frase que permite duas in- Levado o problema à sala de aula, a discussão
terpretações diferentes. girou em torno da utilidade de conhecer as re-
a. Dilma candidata: agora é para valer gras de acentuação e, especialmente, do au-
Revista Veja
xílio que elas podem dar à correta pronúncia
de palavras.
b. Obama precisará do Irã para cumprir
Após discutirem pronúncia, regras de acen-
retirada do Iraque
tuação e escrita, três alunos apresentaram as
Folha de S. Paulo (Mundo)
seguintes conclusões a respeito da palavra pa-
c. Aumento de imposto para venda de palia:
carros novos I. Se a sílaba tônica for o segundo PA, a
Folha de S. Paulo escrita deveria ser papália, pois a pala-
d. Estrangeiros fazem aula de "jeitinho" vra seria paroxítona terminada em di-
para se adaptar ao país tongo crescente.
Folha de S. Paulo (Cotidiano) II. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deve-
ria ser papalía, pois “i” e “a” estariam
e. Até que ponto você pode mentir para formando hiato.
seu filho
III. Se a sílaba tônica for LI, a escrita deve-
Revista Istoé
ria ser papalia, pois não haveria razão
para o uso de acento gráfico.
A conclusão está correta apenas em:
a. I.
b. II.
c. III.
d. I e II.
e. I e III.

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159

Capítulo 04
121. d. Destrancou
Assinale a opção em que nem todos os vocá- e. Destelhar
bulos possuem o mesmo radical. 126.
a. Noite, anoitecer, noitada Em qual das alternativas nem todos os vocá-
b. Luz, luzeiro, alumiar bulos são cognatos?
c. Incrível, crente, crer a. Ferro, ferreiro, ferrugem
d. Festa, festeiro, festejar b. Livro, livraria, livreiro
e. Riqueza, ricaço, enriquecer c. Crime, criminoso, discriminar
122. d. Gasômetro, gasolina, gasoduto
A alternativa em que todos os vocábulos se e. Letra, letreiros, iletrado
relacionam porque provêm da mesma raiz é: 127.
a. Pousada, aposentado, cômodo É o radical o responsável pelas palavras da
b. Reger, regulamento, regra mesma família e é ele que lhes atribui uma
c. Corte, percurso, correr base comum de significação. Partindo desse
d. Angústia, ângulo, anjo pressuposto, podemos afirmar que as palavras
oriundas de um mesmo radical encontram-se
e. Florescer, flandres, florear na alternativa:
123. a. Considerar, constelação, conspirar
Assinale a alternativa que apresenta vocábulo b. Júri, perjúrio, jurados
com desinência de gênero. c. Solidariedade, solidarizar-se, solidéu
a. Segredo d. Condizente, condutor, irredutível
b. Capacidade e. Delação, delatar, delegar
c. Força
128.
d. Verbo
Associe corretamente as colunas:
e. Alheia
(A) conversávamos ( ) vogal temática
124.
(B) conversávamos ( ) desinência
Os elementos mórficos destacados estão cor-
retamente classificados nos parênteses, exce- número-pessoal
to em: (C) conversar ( ) desinência
a. aluna (desinência de gênero) modo-temporal
b. gasômetro (vogal de ligação) (D) conversar ( ) sufixo
c. reanimava (desinência número-pesso-
(E) conversação ( ) radical
al)
d. deslealdade (sufixo) 129.
e. agitar (vogal temática) Assinale a alternativa em que todas as pa-
lavras são formadas pelo prefixo da palavra
125. “imigrante”.
Assinale a alternativa em que o trecho em a. Importação, imersão, implantação
destaque não é um prefixo.
b. Invasão, ingresso, insatisfação
a. Desfeito
c. Ingestão, incineração, imoderação
b. Descer
d. Intubação, interpretação, incorreção
c. Desnaturado
e. Intromissão, inserção, imobilização

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160

130. UFPE 135. Fuvest-SP


Identifique a série em que todas as palavras se Assinale a alternativa que registra a palavra
iniciam com um prefixo de sentido idêntico ao que tem o sufixo formador de advérbio.
do prefixo ‘in’, em ‘incrível’.
a. Desesperança
a. Desembarque; incalculável; ignição
b. Pessimismo
b. Indiscreta; imemorável; incoativo
c. Empobrecimento
c. Irreparável; indexada; incoerente
d. Desconhecido; injetável; ateu d. Extremamente
e. Atípico; inapto; ignoto e. Sociedade
131. UEL-PR 136. Cesgranrio-RJ
Assinale a alternativa em que o prefixo da pa- Assinale o par de vocábulos cujos prefixos apre-
lavra indica duplicidade. sentam significado equivalente ao dos elemen-
a. Circunlóquio tos iniciais de impessoal e predeterminado.
b. Ambivalência a. amoral – epidérmico
c. Contradizer b. antiaéreo – hipertenso
d. Adjacente c. disforme – ultrapassado
e. Transporte d. contra-indicado – transatlântico
132. UEL-PR e. desumano – antediluviano
Indique a alternativa em que o sufixo não dá 137. FCC-SP
à palavra o sentido de resultado de uma ação. Assinale a opção em que o prefixo usado não
a. Ferimento está com sentido correto.
b. Nomeação a. contra = o contrário (contradito)
c. Vingança b. des = negação (desacordo)
d. Instrumento c. inter = entre (intermodal)
e. Traição d. retro = para trás (retroagir)
133. Fuvest-SP e. trans = de novo (transplantar)
Assinale a alternativa em que a primeira pala- 138. Cesgranrio-RJ
vra apresenta sufixo formador de advérbio e a Assinale a palavra cujo prefixo não tem o mes-
segunda, sufixo formador de substantivo. mo significado do prefixo de insegurança.
a. Perfeitamente – varrendo a. Desonestidade
b. Provavelmente – erro b. Ilegalidade
c. Lentamente – explicação c. Afônico
d. Atrevimento – ignorância d. Antipatriótico
e. Proveniente – furtado e. Imberbe
134. Fuvest-SP 139.
As palavras adivinhar – adivinho – adivinha- Considerando o significado dos prefixos lati-
ção têm a mesma raiz, por isso são cognatas.
nos (esquerda) e gregos (direita), relacione as
Assinale a alternativa em que não ocorrem colunas, numerando uma pela outra.
três cognatos.
a. Alguém – algo – algum 1. Ambivalente ( ) Perímetro
b. Ler – leitura – lição 2. Semicírculo ( ) Hipotireoidismo
c. Ensinar – ensino – ensinamento 3. Subterrâneo ( ) Anfíbio
d. Candura – cândido – incandescência 4. Contracepção ( ) Hemisfério
e. Viver – vida – vidente 5. Circunferência ( ) Antídoto

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161

Assinale a alternativa que apresenta a nume- b. São verdadeiros apenas os itens I e II.
ração em sequência correta. c. É verdadeiro apenas o item I.
a. 5, 3, 1, 2, 4 d. É verdadeiro apenas o item II.
b. 4, 2, 3, 5, 1 e. São verdadeiros todos os itens.
c. 4, 3, 5, 2, 1 141.
d. 1, 4, 3, 5, 2
Assinale a alternativa em que não há perfeita
e. 1, 3, 4, 2, 5 correspondência entre a palavra e o processo
140. Fuvest-SP de formação por que ela passou:
E não há melhor resposta a. Planalto = aglutinação
que o espetáculo da vida: b. Sexta-feira = justaposição
vê-la desfiar seu fio,
c. Aids = siglonimização
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma, d. Rebu = redução
teimosamente, se fabrica, e. Antebraço = derivação por sufixação
vê-la brotar como há pouco 142.
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena Em “Alguns países da Europa adotaram o cami-
a explosão, como a ocorrida; nho da descriminalização da maconha como
mesmo quando é uma explosão forma de combate ao tráfico de drogas.”, po-
como a de há pouco, franzina; demos afirmar que as palavras em destaque
mesmo quando é a explosão são formadas, respectivamente, por:
de uma vida severina. a. derivação por prefixação e sufixação /
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina. derivação regressiva
b. derivação regressiva / composição por
Observe as considerações apresentadas abaixo aglutinação
e confira se são verdadeiras ou falsas. Depois,
assinale a alternativa adequada. c. derivação por prefixação / derivação
imprópria
I. A fim de obter um efeito expressivo,
o poeta utiliza, em “a fábrica” e “se d. derivação por sufixação / composição
fabrica”, um substantivo e um verbo por aglutinação
que têm o mesmo radical. Nota-se o e. composição por justaposição / deriva-
mesmo recurso em “fio” e “desfiar”, ou ção regressiva
seja, substantivo e verbo formados a 143.
partir de um mesmo radical.
Associe as colunas levando em conta o pro-
II. A expressividade dos seis últimos ver- cesso de formação das palavras destacadas do
sos decorre, em parte, do jogo de opo- texto:
sições entre palavras. Exemplo dessa Quem entregou, na quarta-feira, as
oposição semântica se dá entre os ter- fotos de integrantes do partido ao Minis-
mos explosão e franzina ou explosão tério Público foi justamente o presidente
e pequena. A palavra “explosão” cria da ONG que estava sendo investigada por
a expectativa de potência, amplitude, assessores do Planalto.
grandiosidade; os adjetivos franzina
(1) quarta-feira ( ) Derivação por sufixação
(o mesmo que enfraquecida, débil) e
pequena contrariam essa expectativa, (2) fotos ( ) Redução
configurando a oposição semântica. (3) justamente ( ) Siglonimização
III. João Cabral de Melo Neto usa repetida- (4) ONG ( ) Composição por
mente, na segunda metade do poema, justaposição
o vocábulo mesmo com a intenção re-
tórica de reforçar o enunciado anterior. (5) Planalto ( ) Composição por
a. São verdadeiros apenas os itens I e III. aglutinação

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162

A sequência correta, de cima para baixo, é: ( ) Em “Manifesto do G20 expressou o


a. 3, 2, 4, 1 e 5. apoio da China ao reconhecimento da
Palestina como Estado, reivindicação
b. 2, 3, 4, 5 e 1.
que está sendo analisada pela primei-
c. 3, 1, 2, 4 e 5. ra vez no Conselho de Segurança da
d. 1, 2, 4, 5 e 3. ONU.”, ocorrem dois casos de sigloni-
e. 3, 2, 1, 4 e 5. mização (G20, ONU).
144. UFMG 147.
Em que alternativa a palavra destacada resulta Aponte o processo de formação de cada um
de derivação imprópria? dos vocábulos destacados nestes versos de
Djavan.
a. Às sete horas da manhã começou o tra- Meu bem-querer
balho principal: a votação. É segredo, é sagrado
b. Pereirinha estava mesmo com a razão. Está sacramentado em meu coração
Sigilo... Voto secreto... Bobagens, bo- Meu bem-querer
bagens! Tem um quê de pecado
c. Sem radical reforma da lei eleitoral, as Acariciado pela emoção
eleições continuariam sendo uma farsa!
d. Não chegaram a trocar um isto de pro- Meu bem-querer, meu encanto,
sa, e se entenderam. Tô sofrendo tanto
Amor
e. Dr. Osmírio andaria desorientado, se- E o que é o sofrer
não bufando de raiva. Para mim que estou
145. Fuvest-SP Jurado pra morrer de amor.
Assinale a alternativa em que uma das pala- 148. Fuvest-SP
vras não é formada por prefixação. Assinale a alternativa que contém o par de pa-
a. Readquirir, predestinado, propor lavras que, além da coincidência de diversos
b. Irregular, amoral, demover fonemas, apresenta uma relação morfológica,
c. Remeter, conter, antegozar a saber, um radical comum.
d. Irrestrito, antípoda, prever a. Calor, colar
e. Dever, deter, antever b. Colina, coluna
c. Cor, coroa
146.
d. Colo, colar
Assinale (F) para falso e (V) para verdadeira
para as afirmações a seguir. e. Cal, colar
( ) Em “Na ONU, China defende G20 como 149. ESPM-SP
fórum de governança econômica glo- Assinale o item em que o par de prefixos pos-
bal.", ocorrem dois casos de siglonimi- sua equivalência de significado.
zação. (ONU e G20) a. injetar / inábil
( ) Em “O G20 concentra 90% do PIB mun- b. hipotensão / hipopótamo
dial e é integrado pelos países do G8,
da UE, do Brics, entre outros.”, ocorrem c. descriminar / desvairado
seis casos de siglonimização (G20, 90%, d. dispepsia / dístico
PIB, G8, UE e Brics). e. biscoito / bisavô
( ) Em “Brics não chegam a acordo sobre 150.
ajuda financeira a países da zona do
euro.”, ocorrem dois casos de sigloni- Numere a segunda coluna pela primeira e assi-
mização (Brics, euro) e um caso de deri- nale a alternativa correspondente à sequência
vação imprópria (ajuda). correta.

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163

(1) Sufixação ( ) Descontente fazem-nos mais prosperar;


(2) Prefixação ( ) Esclarecer e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
(3) Justaposição ( ) Solidariamente pela colheita: recebe-se
(4) Aglutinação ( ) Pontapé na hora mesma de semear.
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.
(5) Parassíntese ( ) Pontiagudo
a. 5, 2, 3, 1 e 4. O mesmo processo de formação da palavra
b. 4, 3, 2, 1 e 5. destacada em “não se precisa de limpa” ocor-
re em:
c. 2, 5, 1, 3 e 4.
a. “no mesmo ventre crescido”.
d. 3, 1, 2, 4 e 5.
b. “iguais em tudo e na sina”.
e. 1, 5, 2, 3 e 4.
c. “jamais o cruzei a nado”.
151. PUC-DF
d. “na minha longa descida”.
“Na feira-livre do arrabaldezinho / um ho- e. “todo o velho contagia”.
mem loquaz apregoa balõezinhos...”
154. Fuvest-SP
O item que descreve corretamente o processo
de formação das palavras destacadas é: Um dos recursos expressivos de Guimarães
Rosa consiste em deslocar palavras da classe
a. derivação, composição, composição
gramatical a que elas pertencem.
b. derivação, derivação, derivação
Destas frases de "Sorôco, sua mãe, sua filha", a
c. derivação, composição, derivação única em que isso não ocorre é:
d. composição, derivação, derivação a. “... os mais detrás quase que corriam.
e. composição, derivação, composição Foi o de não sair mais da memória.”
152. Cesgranrio-RJ b. “... não queria dar-se em espetáculo,
Chapechape. As alpercatas batiam mas representava de outroras grande-
no chão rachado. O corpo do vaqueiro zas.”
derreava-se, as pernas faziam dois arcos,
c. “... mas depois puxando pela voz ela pe-
os braços moviam-se desengonçados. Pa-
gou a cantar.”
recia um macaco (...) Fabiano sempre ha-
via obedecido. Tinha muque e substância. d. “... sem jurisprudência, de motivo nem
Mas pensava pouco e obedecia (...) lugar, nenhum, mas pelo antes, pelo
Graciliano Ramos depois.”
e. “... ela batia com a cabeça, nos doce-
Identifique a palavra que foge ao processo de mentes.”
formação de chapechape.
155. Fuvest-SP
a. zunzum
b. reco-reco Filosofia dos epitáfios
c. toque-toque Saí, afastando-me dos grupos e fin-
d. tim-tim gindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos
epitáfios; eles são, entre a gente civiliza-
e. vivido da, uma expressão daquele pio e secreto
153. Fuvest-SP egoísmo que induz o homem a arrancar
Só os roçados da morte à morte um farrapo ao menos da sombra
compensam aqui cultivar, que passou. Daí vem, talvez, a tristeza in-
e cultivá-los é fácil: consolável dos que sabem os seus mortos
simples questão de plantar; na vala comum; parece-lhes que a podri-
não se precisa de limpa, dão anônima os alcança a eles mesmos.
de adubar nem de regar; Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
as estiagens e as pragas

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164

O processo de transposição de uma palavra de 1. Embarque


uma classe gramatical para outra é conhecido 2. Histórico
pelo nome de derivação imprópria. É correto
3. Cruzes!
afirmar que, no texto, esse processo ocorre no
emprego do vocábulo: 4. Porquê
a. epitáfios. d. mortos. 5. Fala
b. tristeza. e. podridão. 6. Sombrio
c. inconsolável. a. 2-5, 1-4, 3-6
b. 1-4, 2-5, 3-6
156. UFSCar-SP
c. 1-5, 3-4, 2-6
Considerando-se os vocábulos seguintes, iden- d. 2-3, 5-6, 1-4
tifique a alternativa que indica os pares de de-
rivação regressiva, derivação imprópria e deri- e. 3-6, 2-5, 1-4
vação sufixal, precisamente nesta ordem:

157. Mackenzie-SP

De acordo com os conceitos e as regras propostas pelo menino, é correto afirmar que:
a. formas nominais passam a ser usadas como formas verbais e vice-versa; daí a sua esqui-
sitice.
b. “esquisita “ e “foi verbado” mostram que as formas verbais criadas obedecem ao paradig-
ma da primeira conjugação, a dos verbos terminados em “-ar”.
c. do nome “substantivo” pode ser formado o verbo “substantivar” e do nome “adjetivo”, o
verbo "adjetivizar”.
d. o processo de formação de palavras citado é o derivação parassintética, que corresponde
ao acréscimo simultâneo de prefixos e sufixos aos nomes.
e. “Verbar esquisita o idioma” é uma frase com predicado nominal, cujo núcleo é um adje-
tivo.

IBRAPEM - PREPARAÇÃO É A MISSÃO Português


165

158. Fatec-SP 159. UFSC


Observe os termos destacados das frases a se- Some os valores das proposições corretas
guir: quanto à estrutura e à formação das palavras.
I. É bom lembrar que os césares contem- 01. Em "percorrer", "seminovo", "bisavô" e
porâneos vêm efetivamente tentando "intramuscular", os prefixos significam,
impor uma ruptura conservadora dian- respectivamente, "através de", "quase",
te de grave impasse socioeconômico. "duas vezes" e "situado no interior".
II. Os críticos, mesmo os mais autoriza- 02. Hibridismos são palavras que reprodu-
dos, refugiam-se, superficialmente, em zem aproximadamente os sons e ruídos,
considerações de moral política (fisio- como "cinema", "televisão" e "rádio".
logismo, oportunismo, narcisismo, ile- 04. Nas palavras des-figur-ado e in-cert-eza
gitimidade...). não ocorre parassíntese, pois, quando
III. A laranja ajuda a regular o metabolis- elas foram formadas, já existiam as pa-
mo e a combater a anemia. Muita gen- lavras "figurado" e "certeza".
te desconfia do valor nutritivo do suco 08. Em "escutávamos", temos, respectiva-
pronto para beber em comparação com mente: "radical", "vogal temática", "de-
a laranja espremida na hora. sinência modo-temporal" e "desinência
IV. Sabemos que Minas, Paraná e São Pau- número-pessoal".
lo, os Estados que levaram mais a sé- 16. Na frase "Um grupo de religiosos lançava
rio o desafio de melhorar suas escolas aos quatro ventos hinos orientais numa
primárias, são justamente aqueles que primaveril manhã de sábado", há duas
estão disparando na frente. palavras compostas e duas cognatas.
Os vocábulos destacados são formados pelos 160. Fatec-SP
processos: Após séculos de melancolia, gastos
a. I. sufixação; II. aglutinação; III. sufixa- a olhar obsessivamente para seu passado
ção; IV. derivação própria. de glórias, os portugueses parecem estar
b. I. sufixação; II. justaposição; III. parasín- olhando também para o futuro. O país se
tese; IV. prefixação. informatiza, se “internetiza”, se sintoniza
com as tendências da vida internacional.
c. I.derivação imprópria; II. sufixação; III.
Folha de S. Paulo
sufixação; IV. derivação regressiva.
d. I. derivação imprópria; II. sufixação; III. Sobre a palavra “internetiza”, é correto afirmar
prefixação; IV. derivação regressiva. que:
e. I. sufixação; II. justaposição; III. sufixa- a. é um neologismo; é uma palavra for-
ção; IV. prefixação mada por derivação sufixal; refere-se à
palavra Internet.
b. é formada por derivação prefixal; refe-
re-se à internacionalização.
c. é formada por derivação parassintéti-
ca; refere-se à internacionalização.
d. está entre aspas porque é gíria; refere-se
à União Europeia.
e. não está no dicionário, portanto não
tem validade linguística.

IBRAPEM - PREPARAÇÃO É A MISSÃO Português


166

Capítulo 05
Texto para as questões de 161 a 169 165.
Casamento Separe em duas colunas as formas verbais ex-
traídas do texto, conforme se trate de formas
Adélia Prado rizotônicas ou arrizotônicas: dizem, quiser,
Há mulheres que dizem: pescar, pesque, limpe, levanto, ajudo, prateou,
Meu marido, se quiser pescar, atravessa, dormir, espocam.
3 [pesque, 166.
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me Retire da segunda metade do texto um exem-
6 [levanto, plo de locução verbal.
ajudo a escamar, abrir, retalhar e 167.
[salgar.
9 É tão bom, só a gente sozinhos na Retire do texto o único exemplo existente de
[cozinha, verbo anômalo.
de vez em quando os cotovelos se 168.
12 [esbarram, Retire do texto os únicos dois exemplos exis-
ele fala coisas como "este foi difícil" tentes de verbo que tem “i” como vogal temá-
"prateou no ar dando rabanadas" tica no infinitivo.
15 e faz o gesto com a mão.
169.
O silêncio de quando nos vimos a Reescreva o poema de Adélia Prado, começan-
[primeira vez do por “Havia mulheres que diziam:”
18 atravessa a cozinha como um rio
170.
[profundo.
Por fim, os peixes na travessa, Associe as colunas levando em conta o modo
21 vamos dormir. em que estão os verbos em destaque e depois
Coisas prateadas espocam: assinale a alternativa que traz a sequência cor-
somos noivo e noiva. reta.
Disponível em: <http://www.releituras.com>.
( ) Não creia em tudo
(1) Indicativo
161. o que lhe dizem!
Retire do texto de Adélia Prado as 12 formas ( ) Levantar-me-ia
verbais no presente do indicativo. bem cedo se necessário (2) Subjuntivo
162. fosse.

Retire do texto de Adélia Prado as 6 formas ( ) Caso


verbais no infinitivo. houvesse dúvida, (3) Imperativo
perguntaria.
163.
( ) A que horas você
Retire do texto de Adélia Prado as 3 formas (4) Infinitivo
chegou?
verbais no pretérito perfeito do indicativo.
164. ( ) Partir logo dali era
tudo o que queríamos.
Identifique tempo e modo das seguintes for-
mas verbais encontradas no texto: a. 1, 4, 2, 2 e 3
a. quiser b. 2, 1, 3, 1 e 4
b. pesque c. 3, 1, 2, 1 e 4
c. dando d. 1, 4, 3, 2 e 1
e. 3, 2, 3, 2 e 4

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167

171. b. quereria está no futuro do presente


Coloque (F) para falso e (V) para verdadeiro, do indicativo; fosse e tivesse estão no
conforme o caso. pretérito imperfeito do subjuntivo; di-
zendo está no gerúndio; e consomem
( ) Regulares são aqueles verbos que e matam estão no pretérito perfeito do
não apresentam alterações nos radicais indicativo.
nem nas desinências.
c. quereria está no futuro do pretérito do
( ) Defectivos são os verbos que não po- indicativo; fosse e tivesse estão no pre-
dem ser conjugados em todos os tem- térito imperfeito do subjuntivo; dizendo
pos e pessoas. está no gerúndio; e consomem e ma-
( ) Irregulares são os verbos que apre- tam estão no presente do subjuntivo.
sentam alterações nos radicais ou nas d. quereria está no pretérito imperfeito
desinências. do indicativo; fosse e tivesse estão no
( ) Abundantes são os verbos que ad- pretérito imperfeito do subjuntivo; di-
mitem mais do que uma forma para a zendo está no gerúndio; e consomem e
mesma flexão. matam estão no presente do indicativo.
( ) Anômalos são os verbos que se origi- e. quereria está no futuro do pretérito do
nam de mais de um radical primário. indicativo; fosse e tivesse estão no pre-
a. V, V, V, V, V sente do subjuntivo; dizendo está no
b. V, F, F, V, V gerúndio; e consomem e matam estão
no presente do indicativo.
c. F, V, V, F, F
173.
d. V, V, F, F, V
e. F, V, V, V, V Preencha adequadamente as lacunas:
172. Os pais ainda __________ certos princípios,
mas os filhos já não __________ neles e
O último poema __________ de sua orientação.
Manuel Bandeira a. mantém – creem – divergem
Assim eu quereria meu último b. manteem – creem – divergem
[poema. c. mantêm – creem – divergem
Que fosse terno dizendo as coisas d. mantém – crêm – divirgem
[mais simples e menos intencionais
e. mantêm – crêm – divergem
Que fosse ardente como um soluço
[sem lágrimas 174.
Que tivesse a beleza das flores quase [...] Quem ficou encantado com a
[sem perfume atuação de Regina foi Pedro Almodóvar.
A pureza da chama em que se O cineasta já conhecia a atriz das festas
[consomem os diamantes mais de Caetano Veloso, mas nunca a viu atu-
[límpidos ar. Ele comentou que Regina impressiona
A paixão dos suicidas que se matam por ser uma mulher exuberante, de gestos
[sem explicação. largos e com a capacidade de compor um
personagem tão comedido. Os dois trico-
Analisando os verbos do poema de Manuel taram a noite inteira.
Bandeira, assinale a alternativa correta. Jornal do Brasil, 15 ago. 2000,
Caderno B, coluna Registro.
a. quereria está no futuro do pretérito
do indicativo; fosse e tivesse estão no Esse artigo foi publicado por ocasião do lança-
pretérito imperfeito do subjuntivo; di- mento do filme Eu, tu, eles, estrelado por Re-
zendo está no gerúndio; e consomem gina Casé. No período destacado, há uma im-
e matam estão no presente do indica- precisão no uso do tempo verbal. Reescreva-o,
tivo. dando-lhe redação mais adequada.

IBRAPEM - PREPARAÇÃO
170 É A MISSÃO Português
168

175. 180.
Numere uma coluna pela outra, associando Reescreva o período, colocando o verbo na
teoria e exemplos. primeira pessoa do plural, sem alterar-lhe
tempo e modo.
Coluna 1
“Senhor Presidente, venho hoje à sua presen-
1. O presente do indicativo expressa ação
ça pedir que me desculpe.”
concomitante com o momento da fala.
2. O pretérito perfeito do indicativo ex- 181. FAURGS-RS
pressa ação já concluída no passado em O futuro do pretérito foi usado para exprimir
relação ao momento da fala. um ato futuro dependente de condição em:
3. O pretérito imperfeito do indicativo ex- a. Prometeu que não repetiria aquilo.
pressa ação concomitante a outra no b. Ele não estaria sendo enganado?
passado. c. Quando muito, teria seus trinta anos.
4. O pretérito mais que perfeito do indica- d. Sua caneta teria pertencido ao presi-
tivo expressa ação anterior a outra no dente.
passado. e. Perderia menos tempo cuidando de
Coluna 2 sua vida.
( ) Quando Alice chegou, ele já dera sua 182. PUC-PR
resposta. Assinale a alternativa em que a forma verbal co-
( ) Estive na casa ontem bem cedo. locada entre parênteses não preenche correta-
( ) O país vive hoje uma crise sem prece- mente as lacunas.
dentes. a. Quando nós o ___________, dar-lhe-
( ) Ele falava de você quando nós chega- -emos o recado. (virmos)
mos b. Em pouco tempo, meu pai___________
tudo o que tinha perdido. (reouve)
Nas duas próximas questões, reescreva os c. Não sei como eles ___________ os pro-
períodos substituindo a forma composta do blemas ecológicos. (vêm)
verbo por uma forma simples de mesmo valor d. Se o guarda tivesse visto, com certeza
semântico. teria _________ a tempo. (intervindo)
176. e. Meus amigos, nós ___________ trazer-
lhes uma ótima notícia. (vimos)
Quando os paramédicos chegaram, ele já ti-
nha tomado as providências cabíveis. 183.
177. Observe atentamente as frases que seguem.
Identifique o tempo e o modo em que estão
Abandonei o recinto porque o juiz havia dito os verbos e identifique a diferença de sentido
que a sessão seria suspensa. entre eles.
a. Levanto-me todos os dias às seis horas
Nas duas próximas questões, preencha as la- da manhã.
cunas com o verbo sugerido no presente do b. Levantava-me todos os dias às seis ho-
indicativo. ras da manhã.
178. 184. USF-SP
Esse perfume _________________ na roupa As aves que _______ aqui beber água são tão
da gente e não sai mais. (impregnar) mansas que não _______ defesa à ação de
predadores.
179. a. vêem – têm d. veem – tem
Em situações como essa, eu sempre b. vêm – tem e. vêm – têm
_______________ por ficar calado. (optar)
c. vem – têm

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169

185. USF-SP c. indigno-me, afróxo, cabo, extínguo.


Hoje se … má vontade a ele que, no passado, d. indiguino-me, afrouxo, cabo, extínguo.
tanto … ajudar os outros. e. indigno-me, afrouxo, caibo, extínguo.
a. atribui – poude 188. Fuvest-SP
b. atribue – poude Ao trazer a discussão para o campo
c. atribui – pode jurídico, o antigo magistrado tentou ame-
nizar o que dissera; a rigor, no entanto,
d. atribue – pôde
suscitou dúvidas cruéis: que quer dizer
e. atribui – pôde "por sua própria força"? Será a força física
186. ITA-SP do posseiro, ou essa mais aquela que a ela
se soma pelo emprego de armas?
Assinale a opção cujas formas verbais preen-
chem corretamente as respectivas lacunas do Observando no texto as formas verbais disse-
texto: ra, tentou, será, soma, é correto concluir que:
É notável o fato de que as civiliza- a. tentou denota evento contemporâneo
ções clássicas – gregos e romanos – não de dissera.
marcaram a história da humanidade por b. dissera situa o evento em ponto do
contribuições práticas ou inventos que tempo anterior a tentou.
____(1)____ o esforço humano no desem-
penho do trabalho. Isso não significa que c. será indica evento imediatamente pos-
não ____(2)____ exemplos de dispositi- terior a tentou.
vos que se ____(3)____ a essa finalidade d. soma situa o evento referido no mes-
e que ____(4)____ a essa época. Em con- mo ponto do tempo indicado em será.
traposição, as contribuições dessas civili- e. dissera descreve o quadro em que
zações no desenvolvimento da Filosofia, ocorrem os eventos denotados pelas
da ciência pura, das artes, da Política e do demais formas.
Direito ____(5)____ os fundamentos e os
189. UFMG
rumos de parte considerável do conheci-
mento humano. Leia atentamente os fragmentos abaixo.
Youssef, A.N.; Fernandez, V.P. Informática — “Talvez seja bom assim.”
e Sociedade. São Paulo: Ática, 1988.
— “Talvez o que o faça tão carre-
a. atenuassem – existissem – prestem – gado e prenhe não seja outra coisa que o
remontam – estabelecem vestígio de hábitos perdidos...”
b. atenuem – existem – prestam – remon- — “Seja como for – para cada pes-
tam – estabelecem soa há coisas que lhe despertam hábitos
c. atenuam – existissem – prestam – re- mais duradouros que todos os demais.”
montem – estabelecem
a. Dê o tempo e o modo a que pertencem
d. atenuassem – existam – prestam – re-
as formas verbais destacadas.
montem – estabeleceram
b. Justifique o uso dessas formas verbais
e. atenuem – existem – prestem – remon-
dentro do contexto em que se encon-
tam – estabeleceram
tram.
187. FGV-SP
190. Fuvest-SP
A primeira pessoa do singular do presente do
“Eu não sou o homem que tu procuras, mas
indicativo dos verbos indignar-se, afrouxar,
desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o
caber e extinguir é, respectivamente:
teu retrato.”
a. indiguino-me, afroxo, caibo, extínguo.
b. indigno-me, afrouxo, caibo, extingo.

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170

Se o pronome tu fosse substituído por Vossa d. encontravam-se – divisava-se – se liga-


Excelência, em lugar das palavras destacadas va
no trecho transcrito teríamos, respectivamen- e. encontravam-se – se divisava – se ligava
te, as seguintes formas:
194. UEL-PR
a. procurais – ver-vos – vosso
É bom que se ____________ os convites ainda
b. procura – vê-la – seu
hoje, embora ______________ acrescentar al-
c. procura – vê-lo – vosso guns nomes à lista.
d. procurais – vê-la – vosso a. enviem – seja preciso
e. procurais – ver-vos – seu b. enviem – sejam precisos
191. Fuvest-SP c. enviem – sejam preciso
Ficam desde já excluídos os sonha- d. envie – seja preciso
dores, os que amem o mistério e procu- e. envie – sejam precisos
rem justamente esta ocasião de comprar
195. PUCCamp-SP
um bilhete na loteria da vida.
Se a primeira frase fosse volitiva, e o segundo É bom que tudo se tenha resolvido
e terceiro verbos destacados conotassem ação no espaço de trinta anos, mas pagamos o
no plano da realidade, teríamos, respectiva- preço dessa rapidez.
mente, as seguintes formas verbais: É possível reconstruir o período anterior to-
a. fiquem, amasse, procurassem. mando como hipótese o que nele vem de-
clarado como fato. Nessa nova correlação de
b. ficavam, tenham amado, tenham pro-
tempos, a reconstrução correta do período
curado.
será:
c. ficariam, amariam, procurariam.
a. Era bom que tudo se resolva no espa-
d. fiquem, amam, procuram. ço de trinta anos, mas teríamos pago o
e. ficariam, tivessem amado, tivessem preço dessa rapidez.
procurado. b. Seria bom se tudo se resolvesse no es-
192. Cesgranrio-RJ paço de trinta anos, mas teremos pago
o preço dessa rapidez.
Aponte a opção em que o verbo em destaque
se encontra no mesmo tempo e modo que c. Seria bom se tudo se resolver no es-
quiser em: paço de trinta anos, mas pagávamos o
preço dessa rapidez.
“Será o que Nosso Senhor quiser!...”:
d. Era bom se tudo se resolvesse no es-
a. “Estou pensando nos tempos de antes paço de trinta anos, mas pagaremos o
de eu nascer...” preço dessa rapidez.
b. “A gente inda não sabia se governar...” e. Seria bom se tudo se tivesse resolvido
c. “Tenho desejos de gemer (...)” no espaço de trinta anos, mas teríamos
d. “(...) e do pão-nosso onde Deus der...” pago o preço dessa rapidez.
e. “Porque é o meu jeito de ganhar di- 196. UFR-RJ
nheiro (...)” No verso – “Você sabe quando a gente é crian-
193. UFPA ça e de repente vê uma lagarta listada?” O pre-
Do lugar onde_____,_____um belo panorama, sente do indicativo, nas formas destacadas, foi
em que o céu____com a terra. empregado para expressar ações:
a. se encontravam – divisava-se – se ligava a. presentes e simultâneas ao momento
da fala.
b. se encontravam – divisava-se – ligava-
-se b. presentes e posteriores ao momento
da fala.
c. se encontravam – se divisava – ligava-se

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171

c. passadas, mas que têm validade per- c. haja – prevê-se – ocorrerão – se prepa-
manente. rou
d. que vão se realizar num futuro bem d. concorram – preveem-se – haja – se
próximo. preparou
e. passadas que negam o aspecto durati- e. se tratem – prevê-se – ocorram – se
vo do verbo. preparou
197. UEL-PR 199. UFC-CE
Assinale a letra correspondente à alternativa Assinale a opção que contém frase imperativa.
que preenche corretamente as lacunas da fra- a. Persegue o gado a ousada Luzia.
se apresentada.
b. Atalha a rapariga o gado de uma só vez.
Assim como as pupilas não______tudo o c. Não tem vergonha de seu ofício Luzia.
que______, minhas memórias______apenas
do que pude amar. d. Não deixe o gado ganhar a caatinga,
Luzia.
a. retêm – vêm – alimentar-se-ão
e. Posso deixar o gado passar, pai.
b. retêm – vêem – alimentar-se-ão
200. UEL-PR
c. retêm – vêm – alimentarão-se
d. retém – vêem – alimentarão-se O professor só ______________ a matéria se
os alunos ______________ atentos.
e. retêm – veem – alimentar-se-ão
a. explica – permanecerão
198. ITA-SP
b. explicou – permaneceram
Embora _____ muitos candidatos, _______ c. explicara – permaneciam
que _____ poucas aprovações, visto que ape-
nas 1% deles ______ adequadamente. d. explicaria – permanecessem
a. haja – prevêem-se – deva haver – pre- e. explicará – teriam permanecido
param-se
b. sejam – prevê-se – hajam – prepararam-se
Nos exercícios de 201 a 205, a partir de formas primitivas, conjugue os verbos nos tempos pedi-
dos.
201.
Optar

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

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172

202.
Perder

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

203.
Sumir

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

204.
Demolir

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

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173

205.
Reaver

Presente do indicativo Imperativo afirmativo Presente do subjuntivo Imperativo negativo

206. Fuvest-SP c. Prove – és – desanimes


Preencha adequadamente as lacunas e assina- d. Provas – sê – desanima
le a alternativa correta. e. Prove – sois – desanime
__________________ em ti, mas nem sempre 209.
__________________ dos outros.
Com qual das alternativas podemos preencher
a. Creias – duvides corretamente as lacunas da frase?
b. Crê – duvidas Não te __________________ dominar pela in-
c. Creias – duvidas certeza! __________________ o que teu coração
d. Creia – duvide manda!
e. Crê – duvides a. deixa – Faz
207. Santa Casa-SP b. deixe – Faça
Preencha corretamente as lacunas e assinale a c. deixeis – Fazei
alternativa correspondente. d. deixes – Faz
Se __________________ tantas as dificuldades, e. deixas – Faças
nada __________________ pronto hoje, por mais 210.
que você __________________.
Assinale a alternativa que preenche correta-
a. são – ficará – queira mente as lacunas de:
b. em sendo – fique – quer Se eles __________________ suas verdadeiras ra-
c. a serem – ficasse – queria zões, talvez nós não mais os __________________
d. sendo – ficasse – quis e até __________________ a calma.
e. serem – fique – quisera a. expuserem – censuremos – mantenha-
mos
208.
b. exporem – censuramos – mantemos
Assinale a alternativa que preenche correta-
mente as lacunas da frase. c. exporem – censuremos – mantenha-
mos
______________________ a ti mesmo que
d. expuserem – censuremos – mantenhe-
_________ capaz de tomar a decisão certa e
mos
não _________________.
e. exporem – censuremos – mantemos
a. Prova – és – desanimes
b. Proves – és – desanime

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174

211. e te pergunta, sem interesse pela


Reescreva os períodos que seguem, corrigindo [resposta,
as formas verbais para que passem a estar em pobre ou terrível, que lhe deres:
acordo com a norma culta da língua. Trouxeste a chave?
a. Você quer, depois de tudo o que me fez, Reescreva o poema de Drummond, adaptan-
que eu vou ao jantar com sua amiga? do-o ao tratamento você.
b. Quem haveria de dizer que ele pudesse 213. Fuvest-SP
vim fazer esse conserto sem nenhuma Assinale a alternativa correta.
dificuldade?
a. Não odeie teu semelhante.
c. Sai, que esse dinheiro é meu. Não me
b. Não odieis teu semelhante.
venha dizer que viu primeiro.
c. Ama o seu próximo como a si mesmo.
212.
d. Ame a seu próximo como a ti mesmo.
Procura da poesia e. Ama a teu próximo como a ti mesmo.
Não faças versos sobre acontecimentos. 214. Uniube-MG
Não há criação nem morte perante a
[poesia. “Não me tragam estéticas!” As formas da 2ª
(...) pessoa do imperativo negativo e afirmativo de
Não faças poesia com o corpo, trazer são:
esse excelente, completo e confortável a. não traze, não trazei, traze e trazei.
[corpo, tão infenso à efusão lírica. b. não traga, não tragai, traga e trazei.
(...) c. não tragas, não tragais, traze e trazei.
Não cantes tua cidade, deixa-a em paz.
(...) d. não tragas, não tragais, traga e tragai.
Não dramatizes, não invoques, e. não traze, não trazei, tragas e tragais.
não indagues. Não percas tempo em 215. UEL-PR
[mentir.
(...) Assinale a resposta correspondente à alterna-
Não recomponhas tiva que completa corretamente os espaços
tua sepultada e merencória infância. em branco.
(...) “É preciso que ___________________ novida-
Penetra surdamente no reino das des interessantes que __________________ e
[palavras. __________________ ao mesmo tempo”.
Lá estão os poemas que esperam ser a. surjam – divertem – instruam
[escritos.
b. surjam – divirtam – instruam
(...)
Ei-los sós e mudos, em estado de c. surjam – divirtam – instruem
[dicionário. d. surgem – divertem – instruem
Convive com teus poemas, antes de e. surgem – divirtam – instruam
[escrevê-los.
Tem paciência se obscuros. Calma, se te 216. Fuvest-SP
[provocam. Aponte a alternativa em que a segunda forma
Espera que cada um se realize e está incorreta como plural da primeira.
[consume a. tu ris – vós rides
com seu poder de palavra
e seu poder de silêncio. b. ele lê – eles leem
(...) c. ele tem – eles têm
Chega mais perto e contempla as d. ele vem – eles veem
[palavras. e. eu ceio – nós ceamos
Cada uma
tem mil faces secretas sob a face neutra

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175

217. a. Arranha sempre e não temas nunca.


Dada a frase: "Seja prudente, sempre se previ- b. Arranhe sempe e não tema nunca.
na e vá em frente": c. Arranhemos sempre e não temamos
a. Transponha-a para o imperativo negati- nunca.
vo, 2ª pessoa do plural. d. Arranheis sempre e não temais nunca.
b. Transponha-a para o imperativo afir- e. Arranhem sempre e não temam nunca.
mativo, 2ª pessoa do plural.
222. FAAP-SP
218. UEL-PR
“Ó, pião, mostra as cores que tem”. Assinale a
É bom que se .......... os convites ainda hoje, forma errada do imperativo afirmativo.
embora .......... acrescentar alguns nomes à lis- a. Mostra as cores que tu tens.
ta.
b. Mostre as cores que você tem.
a. enviem – seja preciso
c. Mostremos as cores que nós temos.
b. enviem – sejam precisos
d. Mostreis as cores que vós tendes.
c. enviem – sejam preciso
e. Mostrem as cores que vocês têm.
d. envie – seja preciso
223. UFPE
e. envie – sejam precisos
“Colhamos flores, pega tu
219. FAAP-SP [nelas a deixa-as
Assinale a forma errada do imperativo. No colo, e que o seu perfume
[suavize o momento
a. Põe-te na ponta dos pés. / Não te po-
Este momento em que
nhas na ponta dos pés.
[sossegadamente não cremos em
b. Ponha-se na ponta dos pés. / Não se [nada,
ponha na ponta dos pés. Pagãos inocentes da decadência.”
c. Ponhamos-nos na ponta dos pés. / Não Ricardo Reis
nos ponhamos na ponta dos pés.
d. Ponhais-vos na ponta dos pés. / Não
vos ponhais na ponta dos pés. O texto apresenta uma poética perfeita, mas
e. Ponham-se na ponta dos pés. / Não se será explorado apenas o emprego das formas
ponham na ponta dos pés. verbais.
( ) No verso 1, as formas verbais são usa-
220. FAAP-SP das no modo imperativo.
Assinale a forma errada do imperativo. ( ) Os sujeitos de colhamos, pega e deixa
a. Faze tu uma armada e solta os barqui- são, respectivamente, nós (oculto), tu
nhos. (expresso e posposto) e as (expresso e
b. Faça você uma armada e solte os bar- posposto).
quinhos. ( ) No verso 2, a forma verbal está no pre-
c. Façamos nós uma armada e soltemos sente do indicativo, concordando com
os barquinhos. o sujeito perfume.
d. Façais vós uma armada e soltai os bar- ( ) Cremos é a 1ª pessoa do plural do pre-
quinhos. sente do indicativo. No pretérito per-
feito, a forma do verbo crer é igual para
e. Façam vocês uma armada e soltem os
a mesma pessoa.
barquinhos.
( ) O verso 1, ao ser transcrito para a se-
221. FAAP-SP gunda pessoa do plural (mantendo-se o
... arranhando sempre e não temendo nunca. modo verbal) fica: “colhei flores, pegai
Assinale a forma errada do imperativo. nelas e deixai-as ...”.

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176

224. FAAP-SP a. Sai daí! Você não deve ficar nessa parte
Cale-se ou expulso a senhora da sala. do circo, que é muito perigosa. Chegue
Assinale a alternativa em que se conjuga erra- mais perto do palco. Aproxime-se sem
damente o imperativo: medo.
a. Cala-te. / Não te cales. b. Saia daí! Você não deve ficar nessa par-
te do circo, que é muito perigosa. Che-
b. Cale-se. / Não se cale. ga mais perto do palco. Aproxime-se
c. Calemo-nos. / Não nos calemos. sem medo.
d. Calai-vos. / Não vos calais. c. Sai daí! Tu não deves ficar nessa parte
e. Calem-se. / Não se calem. do circo, que é muito perigosa. Chega
mais perto do palco. Aproxima-te sem
225. FAAP-SP medo.
Veem o que lá não está. d. Sai daí! Vós não deveis ficar nessa parte
Assinale a forma errada do imperativo afirma- do circo, que é muito perigosa. Chegai
tivo. mais perto do palco. Aproximai-vos
a. Vê tu o que lá está. sem medo.
b. Veja você o que lá está. e. Sai daí! Tu não deve ficar nessa parte
c. Vejamos nós o que lá está. do circo, que é muito perigosa. Chega
mais perto do palco. Aproxime-se sem
d. Vejais vós o que lá está. medo.
e. Vejam vocês o que lá está. 228. FGV-SP
226. Fuvest-SP O tratamento utilizado no diálogo a seguir cor-
Assinale a alternativa em que a relação de responde à segunda pessoa do plural. As mar-
tempos e modos verbais não é adequada ao cas desse tratamento aparecem destacadas.
contexto. — Vosso passado vos condena. Saí daqui
a. Ainda aparecerá no Congresso alguém antes que eu vos mate.
disposto a apresentar um projeto que — Esperai, que já vos mostro. Não tenteis
fixe consequências para aqueles que amedrontar-me!...
enganem a sociedade.
Se utilizarmos o tratamento correspondente à
b. Tudo leva a crer que, nesses cruzamen- segunda pessoa do singular, obteremos, res-
tos de culturas, a situação das áreas pectivamente:
coloniais apresente um convívio de ex-
tremos. a. Seu passado o condena. Saia daqui an-
tes que eu o mate. / Espere, que já lhe
c. Não há dúvida de que, nos traumas so- mostro. Não tente amedrontar-me!...
ciais, os sujeitos da cultura popular so-
frem abalos graves. b. Teu passado te condena. Sai daqui an-
tes que eu te mate. / Espera, que já te
d. More alguém nos bairros pobres da mostro. Não tente amedrontar-me!...
periferia de uma cidade grande e verá
no que resultou essa condição do mi- c. Teu passado te condena. Sai daqui an-
grante. tes que eu te mate. / Espera, que já te
mostro. Não tentes amedrontar-me!...
e. A sua conduta será de inconformismo
e violência, até que um dia certas con- d. Seu passado lhe condena. Saia daqui
dições poderiam reconstituir sua vida antes que eu o mate. / Espere, que já te
familiar. mostro. Não tente amedrontar-me!...
227. FGV-SP e. Teu passado o condena. Saí daqui an-
tes que eu te mate. / Espera, que já te
Dentre as alternativas a seguir, aponte aquela mostro. Não tentes amedrontar-me!...
em que haja uniformidade de tratamento.

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177

229. Fuvest-SP 234. Encceja


Leia os versos abaixo, pertencentes a uma can- 1. Deite a vítima de costas sobre
tiga de amigo, do Trovadorismo português. uma superfície dura, levante-lhe as pernas
Ai, flores, ai flores do verde ramo e apoie-as numa cadeira, por exemplo.
se sabedes novas do meu amado! Por vezes, somente esta medida basta para
Ai, Deus, e u é? reativar a circulação do sangue.
2. Se a vítima for um adulto, dê dois
(sabedes = sabeis; u = onde) ou três golpes em seu peito, com a mão
Encontre no trecho acima um exemplo de de- fechada. Também esses golpes podem ser
rivação imprópria. suficientes para reativar o coração parado.
230. FGV-SP ATENÇÃO: Nunca dê esses golpes
em crianças ou em pessoas idosas.
... tentar adaptar um livro para teatro. Era O
Saúde – Primeiros Socorros, São
rapto do garoto de ouro, de Marcos Rey.
Paulo: Nova Cultural, 2001.
a. Conjugue o verbo adaptar, no presente
(presente do indicativo), em todas as O texto dá instruções ao leitor sobre o que fa-
pessoas. zer em caso de ocorrer uma parada cardíaca.
b. Conjugue o verbo raptar, no presente Para isso, utiliza verbos que indicam como o
(presente do indicativo), em todas as leitor deve agir. Esses verbos são:
pessoas. a. deite, levante, apoie e dê.
231. Unifor-CE b. deite, apoie, reativar e podem.
Todos os dias, … fatos como esse, divulgados c. levante, dê, for e basta.
pelos jornais, que muito nos … d. levante, basta, reativar e podem.
a. ocorrem – perturbamos e. for, podem, dê e reativar.
b. ocorrem – perturbam 235. Unicamp-SP modificado
c. ocorrem – perturba Encontram-se, abaixo, a transcrição de parte
d. ocorre – perturba de uma transmissão de jogo de futebol, trecho
e. ocorre – perturbam de uma canção e uma manchete de notícia.
232. Texto 1
"Amanhã, em minha casa, faço o exercício". O Na marca de 36 minutos do primeiro
verbo foi empregado para indicar o: tempo do jogo, pode abrir o marcador o time
a. presente durativo. da Itapirense. A Esportiva precisa da vitória.
b. futuro próximo. Tomando posição o camisa 9 Juary. É a ba-
c. futuro narrativo. tida de penalidade máxima. Faz festa a tor-
cida. Fica no centro do gol o goleiro Cléber.
d. futuro incerto. Partiu Juary com a bola para a esquerda, to-
e. presente histórico. cou, é gol. Gol da Esportiva! E o Mogi Mi-
233. Ufla-MG rim tem posse de bola agora, escanteio pela
direita. 39 minutos, Juan na cobrança do es-
Na frase "É improvável que algo assim possa
existir!", o emprego do modo subjuntivo do canteio para o Mogi Mirim, chutou, cruzou,
verbo destacado justifica-se porque: cabeceia Anderson Conceição e é gol.
Foi aos 39 minutos do primeiro tem-
a. expressa ordem, conselho, pedido. po, Juan pra cobrança do lado direito, subiu,
b. expressa um fato certo, uma certeza. desviou de cabeça o zagueiro Anderson
c. expressa um fato situado no tempo Conceição, bola pro fundo da rede do golei-
presente. ro Brás da Itapirense. Cutucou pro fundo da
d. exprime um fato provável, duvidoso, rede Anderson Conceição, camisa 4.
hipotético. Transcrição adaptada de trecho da transmissão da
partida entre Mogi Mirim Esporte Clube e Itapirense
e. assume, nesse contexto, função de re- em 4/10/2008. Disponível no Podcast “Mogi Mirim
alce. Esporte Clube”, em: <http://www.mogimirim.com.br>.

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178

Texto 2 236. Unesp


Cotidiano
Procura da poesia
Chico Buarque
Não faças versos sobre acontecimentos,
Todo dia ela faz Não há criação nem morte perante a
Tudo sempre igual [poesia.
Me sacode Diante dela, a vida é um sol estático,
Às seis horas da manhã [não aquece nem ilumina.
Me sorri um sorriso pontual As afinidades, os aniversários, os in-
E me beija com a boca [cidentes pessoais não contam.
De hortelã (...) (...)
Texto 3 Penetra surdamente no reino das pa-
[lavras.
Presidente visita amanhã a Estação Lá estão os poemas que esperam ser
Antártica. [escritos.
Imprensa Nacional. Disponível em: <http://
www.in.gov.br>. Acesso em: 15 fev. 2008.
(...)
Chega mais perto e contempla as pa-
Analise as proposições abaixo em verdadeiras ou [lavras.
falsas e depois marque a alternativa adequada. Cada uma
I. Nos três textos ocorrem verbos no tem- tem mil faces secretas sob a face neutra
po presente. Entretanto, seu uso des- e te pergunta, sem interesse pela res-
creve as ações de formas diferentes. [posta,
No texto 1, o presente do indicativo pobre ou terrível, que lhe deres:
foi empregado para deixar claro que as Trouxeste a chave?
ações aconteciam no momento em que Carlos Drummond de Andrade
eram enunciadas. No texto 2, o presen-
te foi empregado para deixar a ideia de Observe as afirmativas abaixo e avalie se são
habitualidade, sugerida pelo título da verdadeiras ou falsas. Depois, marque a alter-
canção. No texto 3, ele foi empregado nativa adequada.
para gerar certeza e credibilidade sobre I. Nos fragmentos do poema, há vários
uma ação que ainda ocorreria no futu- verbos empregados na 2ª pessoa do
ro relativo ao momento da enunciação. modo imperativo, pressupondo o sujei-
II. O encadeamento narrativo do texto 1 to tu, dentre eles as formas “não faças”,
é construído pela alternância entre ver- “não aquece”, “penetra”, “chega”.
bos no presente e no passado. Isso se II. Se o primeiro verso fosse reescrito
deve à estratégia utilizada de repetir como "Não faça versos sobre aconte-
cenas já acontecidas, como se faz no cimentos", o último verso deveria ser
que se chama de “replay”. modificado para Trouxestes a chave?
III. No último parágrafo do texto 1, a pre- III. No verso “Cada uma tem mil faces se-
sença exclusiva do passado deixa claro cretas sob a face neutra”, a expressão
que o trecho todo retrata uma “jogada” "Cada uma" pode ser substituída por
já acontecida e que é rememorada pelo "Todas elas", mantendo-se a coerência
locutor. e a correção gramatical.
a. Apenas as afirmativas 1 e 2 são verda- a. Todas as afirmativas são verdadeiras.
deiras. b. Todas as afirmativas são falsas.
b. Apenas as afirmativas 1 e 3 são verda- c. São verdadeiras apenas as afirmativas I
deiras. e II.
c. Apenas as afirmativas 2 e 3 são verda- d. É verdadeira apenas a afimativa I.
deiras.
e. É verdadeira apenas a afirmativa II.
d. Todas as afirmativas são verdadeiras.
e. Nenhuma das afirmativas é verdadeira.

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179

237. UFU-MG a. Por amargo que seja o nosso trabalho,


Assinale a alternativa em que o emprego do os frutos que dele proveem são extre-
tempo verbal está adequadamente explicado. mamente doces, porque provêm as ne-
cessidades de nossos familiares.
a. “Canudos está presente em todo o
b. Não supúnhamos que a discussão che-
país”. O presente do indicativo está
gasse ao ponto de ser necessário a po-
sendo empregado para enunciar um
lícia intervir.
acontecimento futuro.
c. Se a testemunha não se desdisser, fica-
b. “A primeira de todas elas completa,
rá provado que o dinheiro da propina
em novembro, um centenário de surgi- proveio do narcotráfico.
mento”. O presente do indicativo está
sendo usado para indicar fato habitual. d. Contenha-se, refreie seus impulsos e
reveja sua decisão, para que chegue-
c. “As favelas se expandiram e tomaram mos a um entendimento.
conta do país”. O pretérito perfeito do
indicativo está sendo usado para indi- e. Averigue a procedência dessa notícia,
car fato habitual. para que possamos dar respaldo ao re-
pórter.
d. “... locais próximos a Canudos, onde
crescia a planta”. O pretérito imperfei- 240. ITA-SP
to do indicativo está sendo usado para Os versos abaixo são da letra da música Cobra,
designar um fato permanente. de Rita Lee e Roberto de Carvalho.
e. “Talvez tenham chamado o lugar de “Não me cobre ser existente
morro da Favela...”. O pretérito perfei- Cobra de mim que sou serpente”
to do subjuntivo está sendo usado para Com relação ao emprego do imperativo nos
indicar um fato hipotético. versos, podemos afirmar que:
238. Fuvest-SP a. a oposição imperativo negativo e impe-
Os verbos estão corretamente empregados rativo afirmativo justifica a mudança do
apenas na frase: verbo cobre/cobra.
a. No cerne de nossas heranças culturais, b. a diferença de formas (cobre/cobra)
não é registrada nas gramáticas norma-
encontram-se os idiomas que as trans-
tivas, portanto não há inadequação na
mitem de geração em geração e que as-
flexão do segundo verbo (cobra).
segurem a pluralidade das civilizações.
c. a diferença de formas (cobre/cobra)
b. Se há episódios traumáticos em nosso
deve-se ao deslocamento da 3ª para a
passado, não poderemos avançar a não 2ª pessoa do sujeito verbal.
ser que os encaramos.
d. o sujeito verbal (3ª pessoa) mantém-
c. Estresse e ambiente hostil são apenas -se o mesmo, portanto o emprego está
alguns dos fatores que possam desen- adequado.
cadear uma explosão de fúria.
e. o primeiro verbo no imperativo negati-
d. A exigência interdisciplinar impõe a vo opõe-se ao segundo verbo, que se
cada especialista que transcenda sua encontra no presente do indicativo.
própria especialidade e que tome cons-
ciência de seus próprios limites. 241.
e. O que hoje talvez possa vir a tornar-se Assinale a alternativa cujos verbos indicados
uma técnica para prorrogar a vida, sem nos parênteses estão corretamente flexiona-
dúvida, amanhã, possa vir a tornar-se dos.
uma ameaça. Quando eu ______________ aqueles livros, nun-
239. ENEM ca mais os ______________ a ninguém. (reaver /
emprestar)
Assinale a alternativa em que há formas ver-
a. reaver / emprestarei
bais incorretamente empregadas.

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180

b. reouver / emprestarei a. requerêssemos – intervenha – pudés-


c. reaver / emprestaria semos
d. reouver / emprestaria b. requerêssemos – interviesse – pudes-
e. reouvesse / emprestarei sem
c. requiséssemos – interviesse – possam
242. PUC-PR
d. requiséssemos – interviesse – pudes-
Assinale a sequência verbal que completa as sem
lacunas:
— Como vieram? _______________ e. requerêssemos – intervinhesse – pu-
de ônibus. dessem
— Se o diretor _______________, fica- 245.
ria mais fácil.
— Como vocês vêm ao colégio? Assinale a alternativa que preenche correta-
_______________ de ônibus. mente as lacunas.
— Se você _______________ o profes- __________ graves problemas que o
sor, entregue-lhe este trabalho. __________ durante vários anos no mesmo
— Se não _______________ os gastos, posto, além de impedirem que __________
vai faltar dinheiro no fim do mês. sua promoção no tempo certo.
a. Vimos – intervisse – Viemos – vir – con- a. sobreviram – deteram – requeresse
tivermos
b. sobreviram – detiveram – requisesse
b. Viemos – interviesse – Vimos – ver –
c. sobrevieram – detiveram – requisesse
contermos
d. sobrevieram – detiveram – requeresse
c. Vimos – intervisse – Vimos – vir – con-
termos e. sobreviram – detiveram – requeresse
d. Viemos – interviesse – Vimos – ver – 246.
contivermos Assinale a alternativa correta.
e. Viemos – interviesse – Vimos – vir –
contivermos Se todas as pessoas _____________ boas rela-
ções e _____________ as amizades, viveriam
243. mais felizes.
Complete adequadamente as lacunas e apon- a. mantivessem – refizessem
te a alternativa correta. b. mantivessem – refazessem
Durante o horário de verão, assim que o sol c. mantiverem – refizerem
se _______________, eles vão _______________
as atividades a fim de _______________ maior d. mantessem – refizessem
economia. e. mantessem – refazessem
a. pôr – suspender – gerarem 247.
b. puser – suspenderem – gerar Preencha adequadamente as lacunas.
c. puser – suspender – gerar Se ao menos ele _____________ a confusão
d. pôr – suspenderem – gerarem que aquilo ia causar! Mas não pensou, não se
e. pôr – suspender – gerar _____________, e _____________ na briga que
244. não era sua.
a. prevesse – continha – interveio
Assinale a alternativa que preenche correta-
mente as lacunas. b. previsse – conteve – interveio
Caso nós _______________ a sua presença, seria c. prevesse – continha – interviu
necessário que ela _______________ para que d. previsse – conteve – interviu
vocês _______________ entrar. e. previsse – conteu – interveio

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181

248. FGV-SP A multidão encontrava-se


Se o verbo da frase “O filme requer uma cer- . (dispersar)
ta boa vontade do espectador” for alterado b. O mestre havia todas
quanto ao modo ou ao tempo, estará correta as dúvidas.
apenas a frase: A raça humana teria sido
a. O filme requis uma certa boa vontade pela catástrofe nuclear. (ex-
do espectador. tinguir)
b. O filme requisera uma certa boa vonta- c. Elas haviam todas
de do espectador. as ordens.
c. Talvez o filme requera uma certa boa Todas as ordens haviam sido
vontade do espectador.
. (aceitar)
d. Se o filme requeresse uma certa boa
vontade do espectador. d. Os estrangeiros haviam caro
pela liberdade.
e. Quando o filme requiser uma certa boa
vontade do espectador. O preço que havia sido era
alto demais. (pagar)
249.
e. Uma ordem do juiz havia o
Preencha as lacunas com o particípio do verbo réu.
entre parênteses adequadamente flexionado. O réu havia sido por
a. A polícia havia ___________________ a ordem do juiz. (soltar)
multidão.

250.

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182

Observando as formas verbais Fora, Aborrece- c. Um dos seus projetos de lei exigia que
ra-se e viera, é correto afirmar que represen- os professores e servidores das univer-
tam ações: sidades fizessem exames antidoping.
a. simultâneas, por essa razão expressas d. Na discussão do projeto, o deputado
todas no mesmo tempo e modo verbal. duvidou que o colega era o autor da
b. inconclusas em um tempo anterior ao emenda.
plano das ações narradas no pretérito e. A Câmara Municipal aprovou a lei que
imperfeito. concede descontos a multas e juros
c. simultâneas e frequentes no tempo que estão em atraso.
passado, daí a opção pelo pretérito im- 253. Mackenzie-SP
perfeito.
Assinale a alternativa que completa correta-
d. situadas em diferentes momentos, por mente as lacunas a seguir:
isso expressas em diferentes tempos
verbais. “Como __________ mais de mil desentendi-
mentos entre __________ e ele, um amigo
e. situadas num tempo anterior ao plano __________, __________ de nos reconciliar.
das ações narradas no pretérito perfeito.
a. aconteceu; eu; interveio; afim
251. ITA-SP
b. aconteceram; mim; interveio; a fim
Assinale a opção que preenche correta e res- c. aconteceu; mim; interveio; a fim
pectivamente as lacunas.
d. houveram; eu; interviu; a fim
Quando os dirigentes ________________ às
e. houve; mim; interviu; a fim
funcionárias que se ___________________
________________ das cervejinhas e que 254. Fuvest-SP
________________________ seus passatem- Considerando a necessidade de correlação
pos e diversões ___________________, mui- entre tempos e modos verbais, assinale a al-
tas delas não se ________________; pegaram ternativa em que ela foge às normas da língua
seus pertences e retiraram-se. escrita padrão.
a. proporam – abstessem – revessem – a. A redação de um documento exige que
preferidas – contiveram a pessoa conheça a fraseologia comple-
b. propuseram – abstivessem – revissem – xa e arcaizante.
preferidos – conteram b. Para alguns professores, o ensino de
c. proporam – abstenham – revejam – língua portuguesa será sempre me-
preferidas – conteram lhor, se houver o domínio das regras
d. proporem – abstenhem – revejam – de sintaxe.
preferidos – contêm c. O ensino de Português tornou-se mais
e. propuseram – abstivessem – revissem – dinâmico depois que textos de autores
preferidos – contiveram modernos foram introduzidos no currí-
culo.
252. Fuvest-SP
d. O ensino de Português já sofrera pro-
A única frase em que a correlação de tempos e fundas modificações, quando se orga-
modos não foi corretamente observada é: nizou um Simpósio Nacional para discu-
a. Segundo os Correios, se a greve termi- tir o assunto.
nar amanhã, as entregas serão norma- e. Não fora a coerção exercida pelos de-
lizadas em 13 dias. fensores do purismo linguístico, todos
b. Para que o agricultor não se limitasse teremos liberdade de expressão.
aos recursos oficiais, as fábricas tam- 255. FGV-SP
bém criaram suas próprias linhas de
crédito. Assinale a alternativa em que é incorreto o
uso do particípio regular ou irregular.

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183

a. Não haveria mais o que discutir, pois o d. predissesse – teria intervido – se abste-
mancebo havia entregado o livro para Íris. ve – interveio
b. Aquiles sentiu um puxão nas fraldas da e. previsse – se intrometeria – titubiou –
camisa, que estavam soltas. O ajudante interferiu
do delegado aproximou-se e cochichou 258. Efoa-MG
que ele seria solto em poucos minutos. Mais de dois terços dos funcionários
c. Era verdade que a fruta parecia pas- da empresa Richesse (provir) de famí-
sada, que recendia a podre. Lozardo lias abastadas e (deter) cerca de vinte por
provocou o pároco, mas percebeu que cento das suas ações; por isso, na semana
logo todas as luzes seriam acesas. Afas- passada, (intervir) nas decisões adminis-
tou-se da fruteira. trativas.
d. A lei tinha já extinto qualquer penalida- Assinale a alternativa correta com relação à
de para aquele ato, que não mais era forma que todos os verbos dentro dos parên-
considerado ilícito. teses deverão assumir no texto acima.
e. José Américo tinha soltado o freio a. provinham – detinham – interviram
da motocicleta, para evitar acidente
maior. Mesmo assim, as consequências b. provinham – detinham – intervieram
da queda foram bastante sérias. c. provém – detém – intervieram
256. FGV-SP d. proviam – detinham – interviram
e. proviram – deteram – interviram
Em qual das alternativas não há a necessária
correlação temporal das formas verbais? 259. USF-SP
a. A festa aconteceu no mesmo edifício em Se realmente se _____ a trabalhar mais e não
que transcorrera o passamento de José se _____ diante dos obstáculos, acabaria ven-
Mateus, vinte anos antes. cendo.
b. Quando Estela descer da carruagem, po- a. dispuzesse – detesse
deria acontecer-lhe uma desgraça se o b. disposse – detivesse
cocheiro não dispuser adequadamente
o estribo. c. dispusesse – detesse
c. Tendo visto o pasto verde, o cavalo d. dispusesse – detivesse
pôs-se a correr sem que alguém pu- e. disposse – detesse
desse controlá-lo. 260. PUC-PR
d. Pelo porte, pelo garbo, todos percebe- Assinale a alternativa que preenche correta-
ram que Antônio Sé fora militar de alta mente os espaços abaixo.
patente.
• ___ agora-lhe pedir que interfira em
e. Se o policial não tivesse intervindo a tem- favor do rapaz.
po, teria ocorrido a queda do canhão.
• Se o diretor ____, conseguiríamos o
257. ITA-SP documento hoje.
Assinale a opção que completa corretamente • Se alguém ____ as crianças, podere-
as lacunas. mos trabalhar sossegados.
Se ________________ as consequências, não • Se ____ todos, poderemos fazer o tra-
______________ na discussão. Entretanto, balho.
não ______________, e _________________. • Se você____ meu irmão, avise-me.
a. previsse – teria intervindo – titubeou – a. Viemos – intervisse – entretiver – vie-
interveio rem – vir
b. prevesse – interviria – se conteve – in- b. Vimos – intervisse – entreter – vierem
terviu. – vir
c. tivesse previsto – interferiria – hesitou c. Vimos – interviesse – entretiver – vie-
– interviu rem – vir

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184

d. Viemos – interviesse – entretiver – vi- _______________; houvesse – ____________;


rem – ver houvéssemos – _____________; houvessem –
e. Vimos – interviesse – entretiver – virem _______________.
– ver 264.
261. Preencha com os derivados do verbo pôr,
Nas frases que seguem, identifique as formas como na primeira sequência.
verbais, como infinitivo (I) ou futuro do sub- a. pusemos – compusemos – depusemos
juntivo (FS). – impusemos – opusemos – repusemos
a. Se você disser isso, eles vão desconfiar. – supusemos
b. É melhor você não dizer isso. b. puseram
c. Quando você desconfiar de que algo c. puser
está errado, avise-me imediatamente. d. pusermos
d. Suas atitudes levaram-nos a desconfiar e. puserem
dele. f. pusesse
e. É preciso estabelecer limites. g. puséssemos
f. Se você depuser a meu favor, ser-lhe-ei h. pusessem
imensamente grato.
265.
g. Onde já se viu trazer uma pessoa des-
sas para dentro de nossa casa! Preencha com os derivados do verbo ter,
como na primeira sequência.
h. Ele deve vir amanhã.
a. tive – contive – detive – entretive –
i. Se me vir aqui, ele vai ficar furioso.
mantive – obtive – retive – sustive
262. UEL-PR b. teve
A flexão da forma verbal em destaque está c. tivemos
correta na frase:
d. tiveram
a. Os advogados interporam novo recur-
e. tiver
so.
f. tivermos
b. Não admito que as razões dele se so-
breponhem às minhas. g. tiverem
c. O árbitro interviu e acabou com as pro- h. tivesse
vocações. i. tivéssemos
d. Se você o revir, será que o reconhece- j. tivesse
rá? 266.
e. Teríamos reclamado, se os guardas o
detessem. Preencha com os derivados do verbo ver,
como na primeira sequência.
263. a. vi – antevi – entrevi – previ – revi
Reaver é um verbo defectivo – só se conjuga b. viu
nas formas em que apareça a letra “v” – e é
derivado de haver, devendo ser conjugado c. vimos
como ele. Sendo assim, escreva as formas do d. viram
verbo reaver, fazendo-as coincidir com estas e. vir
que seguem do verbo haver: f. virmos
eu houve – eu _______________; ele hou- g. virem
ve – ele _______________; nós houvemos – h. visse
nós _______________; eles houveram – eles
_______________; houver – ___________________; i. víssemos
houvermos – ______________; houverem – j. vissem

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185

267. 270.
Preencha com os derivados do verbo vir, como Conjugue o verbo precaver nas terceiras pes-
na primeira sequência. soas (singular e plural) no pretérito perfeito do
a. vim – advim – convim – intervir – provir indicativo e no pretérito imperfeito do subjun-
– sobrevir tivo, lembrando-se de que, nas formas rizotô-
b. veio nicas, ele é um verbo regular e não deriva do
verbo ver.
c. viemos
d. vieram 271. PUC-RS
e. vier Assinale a sequência que substitui, correta-
mente, as formas verbais dos parênteses:
f. viermos
– Se tu (ver) seu amigo em dificuldades,
g. vierem
(ajudar)-o!
h. viesse
– Ele (reaver) algumas das provas.
i. viéssemos
– Se você (saber) de alguma notícia,
j. viessem (telefonar)-me!
k. vindo – Eu leio, mas eles (ler) melhor.
268. – (Crer) no poder de tua mente.
O verbo vir tem a mesma forma para o gerún- a. ver, ajuda, reouve, souber, telefona,
dio e o particípio: vindo. Consequentemente, lêm, crê;
os verbos dele derivados mantêm essa carac-
b. veres, ajuda, reviu, saberes, telefone,
terística. Sendo assim, de cada dupla de fra-
leem, creia;
ses, preencha a 1ª com o gerúndio e a segunda
com o particípio do verbo sugerido. c. vires, ajude, reouve, saber, telefona,
1. a) Aguarde um pouco que o gerente lem, crês;
está ____________________. d. veres, ajude, reviu, souber, telefone,
b) Esse moço tem ______________ leem, creia;
_________ aqui todos os dias. (vir) e. vires, ajuda, reouve, souber, telefone,
2. a) Ele estava sempre ___________ leem, crê.
_____________ em assunto que não 272. FGV-SP
lhe dizia respeito.
Assinale a alternativa que não apresenta erro
b) Você não acha que tem de conjugação de verbo.
___________________ em demasia na
vida dos outros? (intervir) a. Em pouco mais de três meses, a lesão
do jogador poderá estar curada, se ele
3. a) Esse problema estava manter adequadamente o tratamento.
____________________ da falta de en-
trosamento da equipe. b. O moderador interviu assim que ficou a
par dos problemas técnicos.
b) Dessa falta de diálogo entre as partes
tinha ____________________ uma sé- c. Se a Patrícia previr tempo seco para o
rie de problemas (advir) litoral, haveremos de descer a serra an-
tes de o sol nascer.
269.
d. Leocádia estava terrivelmente irritada.
Sabendo que o verbo precaver é defectivo, só Tinha ganas de dizer a Alberto tudo o
podendo ser conjugado nas formas arrizotôni- que ele merecia; mas se deteu, espe-
cas, conjugue-o em todas as formas existentes rando oportunidade melhor.
do presente do indicativo, do presente do sub-
juntivo, do imperativo afirmativo e do impera- e. Quando o negociador propor uma saí-
tivo negativo. da honrosa, será o momento de todos
o aplaudirmos.

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186

273. UFPE 276. Fuvest-SP


Os verbos que aparecem nos enunciados a se- Preencha os espaços da frase transformada
guir estão corretamente flexionados em: com as formas adequadas dos verbos destaca-
a. As influências africanas manteram- dos na frase original.
-se, principalmente, em relação às pa- Original:
lavras. Quem se propor a estudar as
línguas faladas na América pode cons- Para você vir à Cidade Universitária é preciso
tatar isso. virar à direita ao ver a ponte da Alvarenga.
b. A ama negra interviu junto ao filho Transformada:
do senhor branco, abrandando-lhe a
linguagem. Não pôde ser diferente, Para tu _______ à Cidade Universitária é preci-
creiamos. so que ________ à direita quando ________ a
ponte da Alvarenga.
c. Muitas palavras do português provie-
ram do contacto com línguas estran- a. vir – vire – ver
geiras. Os brasileiros nem sempre se b. vires – vires – veres
precavêm diante de influências lin- c. venhas – vires – vejas
guísticas estrangeiras. d. vir – viras – ver
d. Propusemo-nos a analisar a língua e. vires – vires – vires
sem preconceitos e vimos que as in-
fluências estrangeiras são inevitáveis. 277. FEI-SP
Passemos pelo seu vocabulário e Assinale a alternativa que contém erro no em-
creiamos nisso. prego da forma verbal.
e. Influências estrangeiras também nor- a. Ele reouvera os bens que lhe tinham
team o destino das línguas. Assim crê- sido roubados.
em os estudiosos dos fatos que inter- b. Se ela intervisse em nosso favor, ga-
veem na história das línguas. nharíamos a questão.
274. ITA-SP c. Quando você expuser seus trabalhos,
Indique a alternativa em que há erro grama- mande-me avisar.
tical. d. O partido previu a vitória do candida-
a. Eles se entreteram, contando piadas. to.
b. Entrevi uma solução em todo este ema- e. Pressupus que todos chegariam a tem-
ranhado. po.
c. Para que não caiais em tentação, rezai. 278. UEL-PR
d. Ele se proveu do necessário e partiu. O professor, __________________ que alguém
e. Quando o vir de novo, reconhecê-lo-ei. ______________________ resultados negativos,
______________ a tempo.
275. ITA-SP
a. receando – previsse – interveio
Indique a alternativa em que há erro grama-
tical. b. receiando – prevesse – interveio
a. Se isto lhe convir, aceite. c. receiando – previsse – interviu
b. Eu não cri, ele creu. d. receando – prevesse – interviu
c. Espero que você não me denigra. e. receando – previsse – interviu
d. Não tínhamos chegado ainda, mas ele 279. UEL-PR
já tinha escrito o aviso. Daquela escola ______________ recursos para
e. Ele proveio de um lugar suspeito. que os funcionários se ______________ contra
novas crises e ______________ a cantina.

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187

a. provieram – precavissem – provissem 4. Os ecologistas _________ com bons


b. provieram – precavessem – provessem olhos as causas indígenas. (veem –
vêm)
c. proviram – precavessem – provessem
d. proviram – precavissem – provissem
e. provieram – precavissem – provessem A sequência correta é:
280. UFPE a. interviu / desavieram / reouvessem /
veem
Preencha as lacunas com um dos verbos entre
b. interviu / desaveram / reouvessem /
parênteses.
vêm
1. O advogado _________ na questão en-
c. interveio / desavieram / reavessem /
tre posseiros e índios. (interviu – inter-
vêm
veio)
d. interveio / desaveram / reavessem /
2. Os deputados _________ -se por causa
veem
de questões indianistas. (desavieram –
desaveram) e. Interveio / desavieram / reouvessem /
veem
3. O que seria dos latifundiários se os ín-
dios _________ suas terras? (reouves-
sem – reavessem)

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188 Português

Capítulo 06
281. a. Omoplata, apendicite, cal e ferrugem.
Leia o enunciado e assinale a alternativa em b. Cal, faringe, dó, alface e telefonema.
que a afirmação está correta. c. Criança, cônjuge, champanha, dó e afã.
Chega às bancas o volume seis da co- d. Cólera, agente, pianista, guaraná e vi-
leção “Grandes Músicos”. O sétimo será trina.
dedicado a Chopin, com CDs duplos.
e. Jacaré, ordenança, sofisma, análise e
a. No trecho existem dois numerais adje- nauta.
tivos e um numeral substantivo.
285. UFU-MG
b. No trecho existem três numerais adje-
tivos. Em uma destas frases, o artigo definido está
empregado erradamente. Em qual?
c. No trecho existem dois numerais subs-
tantivos e um numeral adjetivo. a. A velha Roma está sendo modernizada.
d. O trecho apresenta cinco substantivos. b. A “Paraíba” é uma bela fragata.
e. Todos os substantivos do trecho são co- c. Não reconheço agora a Lisboa de meu
muns e concretos. tempo.
d. O gato escaldado tem medo de água
282. fria.
Assinale a alternativa em que o substantivo e. O Havre é um porto de muito movi-
está flexionado em grau, indicando aumento mento.
ou diminuição.
286. Fuvest-SP
a. Hoje está bem friozinho, não acha? O diminutivo é uma maneira ao mes-
b. Ele sempre para naquele bar para to- mo tempo afetuosa e precavida de usar a
mar uma cachacinha. linguagem. Afetuosa porque geralmente o
c. Vou enganar a fome com uma barrinha usamos para designar o que é agradável,
de chocolate. aquelas coisas tão afáveis que se deixam
diminuir sem perder o sentido. E preca-
d. Passo mal nesse calorão que está fazen- vida porque também o usamos para de-
do. sarmar certas palavras que, por sua forma
e. Você também é da terrinha? original, são ameaçadoras demais.
283. Luis Fernando Veríssimo – Diminutivos.

Assinale a alternativa em que não ocorre pala- A alternativa inteiramente de acordo com a
vra substantivada. definição do autor sobre diminutivos é:
a. Não lhe saía da cabeça aquele não ines- a. O iogurtinho que vale por um bifinho.
perado. b. Ser brotinho é sorrir aos homens e rir
b. Havia medo de que tudo terminasse interminavelmente das mulheres.
bem. c. Gosto muito de te ver, Leãozinho.
c. Em São Paulo convivem vários falares d. Essa menininha é terrível.
de várias regiões do Brasil. e. Vamos bater um papinho.
d. É a sua vez: já joguei meu dois de copas 287. Vunesp
na mesa.
Assinale o caso em que não haja expressão nu-
e. Só quero saber o porquê de tudo isso. mérica de sentido indefinido.
284. a. Ele é o duodécimo colocado.
Assinale a alternativa em que todas as pala- b. Quer que veja este filme pela milésima
vras são do gênero feminino. vez?

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189

c. “Na guerra os meus dedos disparam a. A única testemunha disse ao juiz que
mil mortes.” nada vira.
d. “A vida tem uma só entrada; a saída é b. Aquela jovem conservava ainda a mei-
por cem portas.” ga e dócil ingenuidade de criança.
288. c. A intérprete morreu mantendo-se
1. Cães vira-latas e pombos-correios eram como um ídolo indestrutível na memó-
empregados no serviço de patrulhamen- ria de seus admiradores.
to e comunicação na zona conflagrada. d. As famílias desestruturam-se quando
2. Os novos carros estavam aparelhados os cônjuges agem intempestivamente.
com eficientes pegas-ladrão e faroizi- e. A cordialidade foi nosso algoz por mui-
nhos. to tempo.
3. Pratos de saborosos pé de moleques e 292.
pães de ló enchiam as mesas.
Vintém de cobre (Freudiana)
4. A receita manda tomar duas colherezi-
nhas do remédio. Cora Coralina
O plural de todos os nomes sublinhados está cor- [...]
retamente formado: Fui menina do tempo do vintém.
a. na 1ª e na 4ª alternativa. Do timão de restos de baeta.
Fiquei sempre no tempo do
b. em nenhuma. [cinquinho.
c. na 2ª e na 3ª alternativa. No tempo dos adágios que os velhos
d. só na 2ª alternativa. sentenciavam
e. em todas. enfáticos e solenes:
“ — Quem nasce pra derréis não chega
289. Unirio-RJ [a vintém”.
Assinale o item onde não temos artigo defini- Pessimismo recalcando
do. aquele que pensava em evoluir.
a. ... revolvia-me as tripas.
“Vintém poupado, vintém ganhado.”
b. ... as juntas doídas. Estatuto econômico. Mote gravado
c. ... iluminado a cera de carnaúba. no corpo de algumas emissões.
d. ... atrasaram a marcha... “Na pataca da miséria, o diabo tem
[sempre um vintém.”
e. ... perceberiam de longe a existência
Isto se dizia, quando moça pobre se
dele...
[perdia.
290. ITA-SP “Quem compra o extraordinário
Dadas as palavras: 1. esforços, 2. portos, 3. vê-se obrigado a vender o
impostos, verificamos que o timbre da vogal [necessário.”
tônica é aberto: Doía... impressionava.
Era a Sabedoria que falava.
a. apenas na palavra 1.
b. apenas na palavra 2. [...]
CORALINA, Cora. Poemas dos becos de Goiás e
c. apenas na palavra 3. estórias mais. Círculo do Livro, 1991, p. 25.
d. apenas nas palavras 1 e 3. Glossário:
e. em todas as palavras.
Vintém: antiga moeda brasileira do século XIX
291.
Baeta: tecido rústico de lã ou algodão com fios
Assinale o período em que o substantivo em nas duas faces
destaque não é sobrecomum.
Cinquinho: antiga moeda portuguesa de valor
equivalente a um vintém

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190

Derréis: dez réis ou reais (antiga moeda bra- “vale-tudo” na língua. Esse é mais um
sileira) dos muitos argumentos falaciosos que
Assinale a alternativa que contém erro. eles utilizam para desqualificar os re-
sultados das pesquisas científicas”.
a. Em “No tempo dos adágios que os
velhos sentenciavam enfáticos e so- b. Afinal, como nada na língua é por aca-
lenes...”, há um adjetivo com valor de so, então toda e qualquer manifesta-
substantivo. ção linguística do falante de uma língua
está sujeita a regras e tem sua lógica
b. Em “Vintém poupado, vintém ganha- interna justificada pela tradição.
do.”, a palavra vintém é um numeral
cardinal. c. “Mais relevante do que saber em que
classe gramatical uma palavra se en-
c. Em “Na pataca da miséria, o diabo tem quadra é saber que função essa palavra
sempre um vintém.”, há três substanti- desempenha no texto e que efeito de
vos concretos e um abstrato. sentido provoca no discurso”.
d. Em “Quem compra o extraordinário vê- d. “existem formas linguísticas que gozam
-se obrigado a vender o necessário.”, há de maior prestígio na sociedade, en-
dois adjetivos empregados com valor quanto outras – infelizmente – são alvo
de substantivos. de estigma, discriminação e até de ridi-
e. Em “Era a Sabedoria que falava.”, há um cularização.”.
substantivo abstrato. e. “Mas o linguista consciente também
293. Fuvest-SP sabe que a língua está sujeita a avalia-
Segundo a ONU, os subsídios dos ções sociais, culturais, ideológicas”.
ricos prejudicam o Terceiro Mundo de vá- 295.
rias formas: 1. mantêm baixos os preços
internacionais, desvalorizando as expor- Assinale a alternativa em que não ocorre pala-
tações dos países pobres; 2. excluem os vra substantivada.
pobres de vender para os mercados ricos; a. Nas provas mensais eles conseguiram
3. expõem os produtores pobres à concor- muitos seis e nenhum dez.
rência de produtos mais baratos em seus b. Prós e contras foram avaliados pelos
próprios países. funcionários da empresa.
Folha de S. Paulo
c. Ouviam-se durante a palestra psius de
Nesse texto, as palavras destacadas ricos e po- censura.
bres pertencem a diferentes classes de pala- d. Estudiosos, vestibulandos daquela ci-
vras, conforme o grupo sintático em que estão dadezinha do interior, conseguiram o
inseridas. que queriam.
a. Obedecendo à ordem em que apare- e. O ginasta executou um duplo fantásti-
cem no texto, identifique a classe a que co.
pertencem, em cada ocorrência em
destaque, as palavras ricos e pobres. 296. Fuvest-SP
Chamar o dicionário de pai dos bur-
b. Escreva duas frases com a palavra bra- ros é que é burrice. Reconhecer um des-
sileiro, empregando-a cada vez em conhecimento não é uma virtude? Se a
uma dessas classes. burrice costuma vir sempre acompanhada
294. UFC modificado da insolência, a inteligência não dispensa
a força da humildade.
Assinale a alternativa em que a afirmação não
se ajusta a uma visão mais atualizada dos es- a. Reescreva os dois primeiros períodos,
tudos gramaticais. substituindo os verbos “chamar” e “re-
conhecer” por substantivos que não
a. “Não acredite nos puristas que andam
sejam da mesma família desses verbos.
declarando nos meios de comunicação
Faça apenas as adaptações necessárias,
que os linguistas são defensores do
mantendo o sentido original.

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191

b. Reescreva o último período do texto, a. É imprescindível o uso de “ele” antes


utilizando agora as formas “não costu- de “vestiu”, para que o sentido não seja
ma” e “dispensa”. Faça apenas as alte- prejudicado.
rações necessárias, mantendo o senti- b. Normalmente, não se utiliza artigo
do original. diante de adjetivo. Por isso, cabe artigo
297. UM-SP antes de “trás”.
Indique o período que não contém um subs- c. É comum o uso de artigo diante de
tantivo no grau diminutivo. substantivo e, no caso, cabe artigo an-
a. Todas as moléculas foram conservadas tes de “frente”.
com as propriedades particulares, inde- d. Se a palavra “trás” fosse substituída
pendentemente da atuação do cientista. por “traseira”, continuaria não devendo
b. O ar senhorial daquele homúnculo ocorrer artigo.
transformou-o no centro de atenções e. O sentido geral do parágrafo permitiria
na tumultuada assembleia. iniciar o segundo período por “mas”.
c. Através da vitrine da loja, a pequena 300.
observava curiosamente os objetos de-
corados expostos à venda, por preço Assinale a alternativa em que não ocorre des-
bem baratinho. vio à norma culta.
d. De momento a momento, surgiram a. Chegou a hora do bobo sair do nosso
curiosas sombras e vultos apressados time.
na silenciosa viela. b. Temos oportunidade desse plano ser
e. Enquanto distraía as crianças, a profes- realizado com sucesso.
sora tocava flautim, improvisando can- c. Ainda não se descobriu a razão de
tigas alegres e suaves. aquele jogador ser suspenso por mais
298. Fatec-SP de um jogo.
Considere o trecho para responder à questão: d. Tudo foi feito em função da nova lei ser
aprovada pelos deputados.
É indispensável, qualquer que seja o
fim a que se destine a couve-flor, prepará- e. Vocês podem deixar a loja depois dessa
-la, antes, da seguinte forma (...) limpeza ter sido feita.
O emprego da palavra "a" destacada no trecho 301.
– ... qualquer que seja o fim a que se destine Assinale a alternativa em que a concordância
a couve-flor... – justifica-se da seguinte forma: substantivo/adjetivo está incorreta:
a. classifica-se como parte da locução a. Blusas lilás
conjuntiva a que.
b. Jaquetas verde-garrafa
b. funciona como uma preposição regida
c. Olhos cor de piscina
pelo verbo destinar-se.
c. trata-se de um artigo feminino que d. Olhos azul-claros
acompanha a palavra que. e. Camisas rosas
d. é empregada com um valor redundan- 302. UFAC
te, daí ser uma partícula expletiva.
Transcreva os advérbios e as locuções adver-
e. atua como um pronome pessoal oblí- biais que ocorrem em:
quo que substitui a palavra couve-flor. Ele já andava meio desconfiado ven-
299. FGV-SP do as flores minguarem. E olhava com
Assinale a alternativa correta a respeito da fra- desgosto a brancura das manhãs longas e
se “Toninho não era muito caprichoso. Vestiu a vermelhidão sinistra das tardes.
a camisa de trás para a frente e saiu”. Graciliano Ramos

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192

303. FGV-SP
Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada não tem valor de adjetivo.
a. A malha azul estava molhada.
b. O sol desbotou o verde da bandeira.
c. Tinha os cabelos branco-amarelados.
d. As nuvens tornavam-se cinzentas.
e. O mendigo carregava um fardo amarelado.
304.
Observe a tirinha do Níquel Náusea, de Fernando Gonsales, e responda ao que se pede.

EM TERRA DE MAIS VALE UMA NÃO SUPORTO


BARATA, QUEM TEM NAFTALINA NA MÃO FILOSOFIA
UM CHINELO QUE DUAS ROLANDO! BARATA!!!
É REI!

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/bau.shtml>.

Observe o emprego do vocábulo “barata” no primeiro e no terceiro quadrinho. Em que se distin-


guem?

305. UECE d. No jogo de contra-ataques, vence a me-


Assinale a alternativa que completa correta- lhor equipe física.
mente as lacunas da frase: “As mulheres usa- e. Os livros iberos-americanos são de fácil
vam saias ........, enquanto os homens usavam importação.
calças ..........” 308.
a. verdes-claras; amarelas-ouro Assinale a alternativa em que o substantivo
b. verdes-claras; amarelas-ouros destacado não esteja exercendo uma função
c. verdes-claras; amarelo-ouro de qualificação (função adjetiva).
d. verde-claras; amarelo-ouro a. “Noite-montanha. Noite vazia. Noite
indecisa. Confusa noite.” (Carlos D. de
306. E. E. Mauá-SP
Andrade)
Passe para o plural: b. “A moça professora, com todas as suas
a. borboleta azul-clara belezas, esperava na sala.” (J. C. Carva-
b. borboleta cor-de-laranja lho)
307. Unirio-RJ c. “Era nada mais nada menos do que um
homem cego.” (Machado de Assis)
Assinale o item em que houve erro na flexão
do nome composto. d. “A agressiva cidade vai perdendo o con-
torno e o significado.” (Cecília Meireles)
a. As touceiras verde-amarelas enfeita-
vam a campina. e. “Não sou alegre nem sou triste: sou
poeta.” (Cecília Meireles)
b. Os guarda-roupas são de boa madeira.
c. Na fazenda, havia muitos tatus-bola.

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193

309. FEI-SP I. Oi (verso 9) é interjeição que apresenta


Há exemplo de adjetivo substantivado em: significado equivalente ao de “Olá”.
a. “É de sonho e de pó”. II. destroço (verso 2) é termo que englo-
ba aquele colar, bilhete chamuscado
b. “Minha mãe, solidão”.
e caixa preta, itens que resistiram ao
c. “O meu pai foi peão”. acidente.
d. “Só queria mostrar”. III. aquele colar (verso 3) é expressão que
e. “O destino de um só”. indica o conhecimento prévio do obje-
310. Fuvest-SP to mencionado.
Na frase “O Sol ainda produzirá energia (...)”, o Assinale:
advérbio ainda tem o mesmo sentido que em: a. se apenas I e II estiverem corretas.
a. Ainda lutando, nada conseguirá. b. se apenas I e III estiverem corretas.
b. Há ainda outras pessoas envolvidas no c. se apenas II e III estiverem corretas.
caso.
d. se todas estiverem corretas.
c. Ainda há cinco minutos ela estava aqui.
e. se todas estiverem incorretas.
d. Um dia ele voltará, e ela estará ainda à
sua espera. 313. FGV-SP
e. Sei que ainda serás rico. Assinale a alternativa em que a palavra pior
311. assume significado diferente do dos demais
casos.
Assinale a alternativa em que o termo em des-
taque não é de natureza adverbial. a. Ela agiu da pior forma possível.
a. No alto do prédio em chamas, a mulher b. Quem fica com a pior parte é sempre
gritava de desespero. quem carrega o piano; quem leva as
coisas na flauta acaba sendo beneficia-
b. Esse professor precisa deixar de falar do.
tão alto.
c. Ele se comportou pior do que seu filho,
c. A cantora estava inegavelmente desa-
finada. que já não era lá muito das gentilezas.
d. Vou chegar cedo ao espetáculo para fi- d. O pior livro do autor é, sem dúvida, o
car bem perto do palco. editado em 2003.
e. O jogador, bêbado, foi acusado de cau- e. O rapaz tinha sempre o pior desempe-
sar confusão em danceteria. nho entre os alunos da terceira série.
312. UPM 314. UPM

Samba da caixa preta Proibir caminhões é bom para São Paulo?


1. Nosso amor explodiu no ar Não. A Prefeitura esquece que nem
2. e foi destroço pra tudo que é lado. todos os caminhões seguem para os por-
3. Recuperaram aquele colar tos do litoral. Muitos deles são responsá-
4. e um bilhete chamuscado veis pelo abastecimento da cidade. O setor
5. dizendo “não tente me achar, concorda que as entregas nas regiões cen-
6. entre nós está tudo acabado.” trais precisam ser feitas por veículos de ta-
7. E dentro da caixa preta manho menor, mas a Marginal e a Bandei-
8. o meu coração a pulsar. rantes, que estão entre as vias interditadas
9. Oi, a pulsar. a caminhões, concentram algumas indús-
Luis Fernando Veríssimo. Série Poesia numa hora dessas? trias pesadas. E a carga que as abastece é
Considere as seguintes afirmações acerca dos de grande peso e volume. Problemas mais
sentidos em que são empregadas algumas pa- complexos não podem ser imputados ape-
lavras e expressões no texto. nas a um tipo de veículo e seu tráfego.
Adaptado de O Estado de S.Paulo.

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194

Assinale a alternativa correta sobre o título: 317. FCC-SP


"Proibir caminhões é bom para São Paulo?". Deficiência e verbas não ________ para desen-
a. A troca do verbo proibir por um subs- corajar novas atividades ________.
tantivo resultaria, de acordo com a a. são o suficiente – técnico-científicas
norma culta, na seguinte redação: “A
proibição de caminhões é bom para b. são suficiente – técnicas científicas
São Paulo?”. c. é o suficiente – técnico-científicas
b. A correção gramatical seria preserva- d. são o suficiente – técnicas-científicas
da caso a redação fosse “Proibir cami- e. basta – técnicos-científicas
nhões é bom para São Paulo, por quê?”.
318. IMA-MG
c. A partícula para pode ser substituída,
de acordo com a norma culta, pelo arti- Classificam-se como substantivos as palavras
go feminino craseado “à”. destacadas, exceto:
d. A presença de uma vírgula após bom a. “... o idiota com quem os moleques me-
conferiria ao título um tom mais formal, xem...”
provocando distanciamento do leitor. b. “... visava a me acostumar à morna ti-
e. O fato de o título ser uma interrogação rania...”
orienta o leitor para o posicionamento ne- c. “Adeus, volto para meus caminhos.”
gativo em relação à pergunta, o que deve- d. “... conheço até alguns automóveis...”
ria ser evitado em textos jornalísticos. e. “... todas essas coisas se apagarão em
315. Fatec-SP lembranças...”
Indique a frase em que as palavras destacadas 319. Fuvest-SP
apresentam a mesma relação semântica que Na planície avermelhada, os juazei-
estranho e conhecido. ros alargavam duas manchas verdes. Os
a. “A participação em nosso grupo provo- infelizes tinham caminhado o dia inteiro,
ca sentimentos de segurança e bem- estavam cansados e famintos. Ordinaria-
-estar.” mente andavam pouco, mas como haviam
b. “No outro extremo, o estrangeiro pro- repousado bastante na areia do rio seco, a
voca a nossa desconfiança, às vezes o viagem progredira bem três léguas.
nosso medo.” Fazia horas que procuravam uma
sombra. A folhagem dos juazeiros apare-
c. “Sentimos que aqueles que mais nos co- ceu longe, através dos galhos pelados da
nhecem são também capazes de ignorar caatinga rala.
o que de melhor trazemos conosco.” Graciliano Ramos, Vidas secas.
d. “As situações novas, além disso, são
atraentes e provocantes.” Tendo em vista a relação, nesse texto, entre o
vocabulário e os efeitos de sentido, é incorre-
e. “Frequentemente sonhamos com o
to afirmar que:
país distante, a terra prometida onde
possamos realizar nossos desejos.” a. o adjetivo avermelhada retrata o rigor
do clima.
316. Fuvest-SP
b. o rio seco, galhos pelados, caatinga
Espanta-me e intriga-me ver a grande ________ rala caracterizam um espaço hostil aos
existente entre pessoas de temperamentos viajantes.
tão ________.
c. as palavras empregadas pelo narrador
a. afinidade – similares reproduzem as das personagens.
b. distância – díspares d. os nomes dos viajantes substituem-se por
c. compreensão – afins um adjetivo substantivado – os infelizes.
d. afinidade – díspares e. a expressão o dia inteiro equivale a
e. animosidade – irascíveis “todo o dia”.

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195

320. ESPM d. Ele se arroga o direito de vetar tais ar-


O humorista, ator, autor e apresentador de tigos.
TV Jô Soares, muitas vezes, em seu programa e. Espere um momento, pois tenho de fa-
de televisão, intervém na fala do entrevista- lar consigo.
do com a frase: “Não querendo te interrom- 323. PUC-SP modificado
per, mas já te interrompendo...”. A esse pro- Na frase "Chegou Pedro, Maria e o seu filho
cedimento (tratar de um assunto ao mesmo dela", o pronome possessivo está reforçado,
tempo que se afirma que será evitado) dá-se indicando:
o nome de preterição. Das frases abaixo, que
a. ênfase.
circularam pela Internet com o título “Como
escrever bem”, indique aquela em que esse b. elegância de estilo.
procedimento não ocorre. c. pleonasmo vicioso.
a. A voz passiva deve ser evitada. d. clareza.
b. Nunca generalize: generalizar é sempre e. desvio à norma culta.
um erro. 324.
c. Evite lugares-comuns como o diabo Por força da lei 9502/97, da Prefeitura do Mu-
foge da cruz. nicípio de São Paulo, deve ser afixada, na en-
d. Evite mesóclises. Memorize: "mesócli- trada de todos os elevadores, uma placa com
ses, evitá-las-ei”. os seguintes dizeres: “Antes de entrar no ele-
e. Dissertar é expor ideias, pontos de vis- vador, verifique se o mesmo encontra-se pa-
ta, opiniões ou argumentos. rado no andar.” Sabendo que constitui um ví-
cio de linguagem o uso da palavra mesmo em
321. ITA-SP substituição a um substantivo já mencionado,
Leia com atenção as frases abaixo: aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela
que não serviria para ser utilizada nas mencio-
1. Vá depressa, que o chefe quer falar nadas placas de modo a evitar o erro.
______________.
a. “Antes de entrar no elevador, verifique
2. Leva _____________ o guarda-chuva, se ele se encontra parado no andar.”
que o tempo está nublado. b. “Antes de entrar, verifique se o eleva-
3. Informaram- ______________ que dor está parado no andar.”
amanhã não haverá expediente. c. “Somente entre no elevador se o mes-
4. Felizmente, poucos são os que se abor- mo estiver parado no andar.”
recem perante _____________. d. "Não entre sem certificar-se de que o
As lacunas das frases acima devem ser com- elevador esteja no andar".
pletadas, respectivamente, pelos pronomes: e. “Antes de entrar no elevador, certifi-
a. contigo – consigo – no – ti – mim que-se de que ele está no andar.”
b. com você – contigo – lhe – ela – mim 325.
c. contigo – contigo – lhe – você – eu Assinale a alternativa em que a palavra subli-
d. consigo – contigo – lhe – mim – tu nhada está incorretamente classificada como
pronome demonstrativo.
e. consigo – com você – no – ti – você
a. Os baderneiros destruíram os próprios
322. FGV da reitoria.
Assinale o item em que há erro quanto ao em- b. Os próprios professores presenciaram
prego dos pronomes se, si ou consigo. a baderna.
a. Feriu-se quando brincava com o revól- c. A própria reitora saiu em defesa deles.
ver e o virou para si. d. Foi sua própria mãe quem me relatou
b. Ele só cuidava de si. tal fato.
c. Quando V. Sa. vier, traga consigo a in- e. Você próprio devia ir vê-la e descul-
formação pedida. par-se.

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326. ____________ é traço dominante; _____________,


Assinale a alternativa em que ocorre erro no o esporádico.”
uso do demonstrativo. a. esse – este
a. Que dinheiro é esse que você está es- b. essa – esta
condendo aí? c. aquele – esse
b. Estas suas palavras nunca deveriam ter d. esta – aquela
sido ditas.
e. esta – essa
c. Aquela reação que ele provocou foi
uma bobagem. 331. ENEM
d. Aquelas férias tiveram um significado Páris, filho do rei de Troia, raptou
muito especial para nós. Helena, mulher de um rei grego. Isso pro-
vocou um sangrento conflito de dez anos,
e. Isso que você fez não se faz.
entre os séculos XIII a. C. e XII a. C. Foi
327. UEL-PR o primeiro choque entre o ocidente e o
Para __________ poder terminar a arrumação oriente. Mas os gregos conseguiram enga-
da sala, guardem __________ material em ou- nar os troianos. Deixaram à porta de seus
tro lugar até que eu volte a falar __________, muros fortificados um imenso cavalo de
dizendo que já podem entrar. madeira. Os troianos, felizes com o pre-
a. eu – seu – com vocês sente, puseram-no para dentro. À noite, os
soldados gregos, que estavam escondidos
b. eu – vosso – convosco
no cavalo, saíram e abriram as portas da
c. eu – vosso – consigo fortaleza para a invasão. Dai surgiu a ex-
d. mim – seu – com vocês pressão “presente de grego”.
e. mim – vosso – consigo DUARTE, Marcelo. O guia dos curiosos. São
PauIo: Companhia das Letras, 1995.
328. Cesgranrio-RJ
Assinale a opção em que o pronome “lhe” Em “puseram-no”, a forma pronominal “no”
apresenta o mesmo valor significativo que refere-se:
possui em: a. ao termo “rei grego”.
“Uma espécie de riso sardônico e feroz con- b. ao antecedente “gregos”.
traía-lhe as negras mandíbulas.” c. ao antecedente distante “choque”.
a. A mãe apalpava-lhe o coração. d. à expressão “muros fortificados”.
b. Aconteceu-lhe uma desgraça. e. aos termos “presente” e “cavalo de ma-
c. Tudo lhe era diferente. deira”.
d. Ao inimigo não lhe nego perdão. 332. ENEM
e. Não lhe contei o susto por que passei. Os pronomes demonstrativos são empregados
329. Fuvest-SP de diversas maneiras, podendo gerar sentidos
Era para __________ falar __________ ontem, inusitados. Uma delas é depreciar o ser (subs-
mas não __________ encontrei em parte alguma. tantivo) que representam.
a. mim – consigo – o Marque a alternativa em que o pronome des-
b. eu – com ele – lhe tacado não foi usado de forma depreciativa.
c. mim – consigo – lhe a. Não é possível: você consegue gostar
d. mim – contigo – te daquilo?
e. eu – com ele – o b. Aquilo é um boteco da pior estirpe.
c. Como você pôde fazer um trabalho
330. Cesgranrio-RJ
desses?
“Brandura e grosseria alternam-se em seu d. Esse aí nunca soube o que é educação.
comportamento: já não o suporto, pois
e. Ela me deu aquele presente!

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197

333. Mackenzie-SP Os problemas ___________ se lembraram eram


Alexandre, em casa, à hora de des- muito grandes.
canso, nos seus chinelos e na sua camisa O cargo ___________ aspiras é muito importan-
desabotoada, era muito chão com os com- te.
panheiros de estalagem, conversava, ria e
brincava, mas envergando o uniforme, en- O filme ___________ gostou foi premiado.
cerando o bigode e empunhando a sua chi- O jogo ___________ assistimos foi movimenta-
bata com que tinha o costume de fustigar do.
as calças de brim, ninguém mais lhe via os
dentes e então a todos falava “teso” e por a. que – que – que – que – que
cima do ombro. A mulher, a quem ele só b. a que – de que – que – que – a que
dava “tu” quando não estava fardado, era c. que – de que – que – de que – que
de uma honestidade proverbial no cortiço,
honestidade sem mérito, porque vinha da d. a que – de que – a que – de que – a que
indolência do seu temperamento e não do e. a que – que – que – que – a que
arbítrio do seu caráter. 336. Fuvest-SP
Aluísio Azevedo
“Eu, tu e o artista ___________ de modo di-
Para Alexandre, personagem descrita no texto: ferente; mas o artista e tu ___________ de
modo igual. Portanto, entre ___________ e
a. o pronome de segunda pessoa era uti- ___________ há uma grande diferença.”
lizado apenas em situações de informa-
lidade. Assinale a alternativa que completa o texto
acima.
b. o pronome de segunda pessoa corres-
pondia a um tratamento formal. a. cantam – cantais – mim – tu
c. o nível de linguagem independia do b. cantemos – cantam – eu – ti
contexto social. c. cantamos – cantas – eu – tu
d. a farda autorizava o uso de uma lingua- d. cantamos – cantais – mim – ti
gem vulgar e agressiva. e. cantais – cantam – eu – você
e. o pronome tu era inadequado do ponto
de vista gramatical, já que impunha dis- 337.
tanciamento entre os interlocutores. Use eu ou mim:
334. Cesgranrio-RJ “É difícil, para ___________ , esquecer tantas
Assinale a opção que completa corretamente as injustiças.”
lacunas da frase: As crianças ___________ enor- “Se é para ___________ pagar, desista; não te-
me capacidade de criar deve ser continuamente nho dinheiro.”
exercitada, encontram variados meios de es- 338. Fuvest-SP
capar do mundo ___________ imperam as leis
dos objetos industrializados. Assinale a alternativa que preenche correta-
a. cuja – em que mente as lacunas da frase apresentada.
b. cujas – que Dessa forma, ___________ estimular as obras do
metrô, uma solução não poluente, ___________
c. a cuja – para que
eficácia supera a de outras modalidades de
d. cuja – que transporte.
e. cujas – em que a. impõem-se – da qual a
335. UFV-MG b. impõe-se – que a
Assinale a alternativa cuja sequência completa c. impõem-se – cuja
corretamente as frases abaixo. d. impõe-se – a qual a
A lei ___________ se referiu já foi revogada. e. impõe-se – cuja

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339. Fuvest-SP b. Os vocábulos onde e que, destacados no


Assinale a única alternativa que não apresenta texto, estão funcionando como pronome
pronome relativo. relativo e conjunção, respectivamente.
a. Ela contou-me fatos que eu ignorava. c. As duas ocorrências do pronome posses-
sivo referem-se a Fritz Müller.
b. Houve uma briga que não tinha mais
fim. d. No segundo parágrafo do texto, apenas
uma das palavras destacadas é pronome
c. O diretor chamava os alunos cujos tra- relativo.
balhos haviam sido premiados.
e. As palavras alemão e alemã estão ambas
d. Paulo afirmou que você estava errado. funcionando como substantivo no texto
e. Quero viver num lugar onde haja paz. e se opõem quanto à flexão de gênero.
340. Cesesp-PE 342. SEE-SP
... trepado numa rede afavelada cujas Ontem, fomos recepcionados pela
varandas serviam-lhe de divisórias do ca- Cristina onde nos acolheu com muito ca-
sebre. rinho.
Em qual das alternativas o uso de cujo não A metodologia é excelente onde per-
está conforme com a norma culta? mite que a criança aproveite o máximo.
a. Tenho um amigo cujos filhos vivem na A sala é bem espaçosa onde favore-
Europa. ceu as brincadeiras em grupo.
Há uma boa diversidade de ativida-
b. Rico é o livro cujas páginas há lições de des onde o professor também é um obser-
vida.
vador.
c. Naquela sociedade, havia um mito cuja
memória não se apagava. No português padrão, onde deve ser substituí-
do, respectivamente, por:
d. Eis o poeta cujo valor exaltamos.
a. quem – da qual – pois – o que
e. Afirmam-se muitos fatos de cuja veraci-
dade se deve desconfiar. b. a qual – pois – o que – das quais
341. UFSC c. a qual – da qual – pois – que
Quando o alemão Fritz Müller che- d. quem – pois – que – pois
gou ao interior de Santa Catarina, em e. a que – pois – da qual – das quais
1852, era como se pousasse em outro pla-
neta. Um planeta onde ele realizou estu- 343. Fuvest-SP
dos minuciosos, que lhe renderam fama A única frase que segue as normas da língua
internacional e o apelido de “príncipe dos escrita padrão é:
exploradores” – cortesia de seu ídolo e fã,
Charles Darwin. a. A janela propiciava uma vista para cuja
O fascínio pela fauna e flora abai- beleza muito contribuía a mata no alto
xo do Equador foi o que atraiu o médi- do morro.
co e filósofo de 31 anos ao vale do Itajaí, b. Em pouco tempo e gratuitamente, pre-
um deserto verde onde dois anos antes pare-se para a universidade que você se
Hermann Blumenau havia criado uma co- inscreveu.
lônia alemã batizada com seu sobrenome. c. Apesar do rigor da disciplina, militares se
A partir da leitura do texto acima, assinale a mobilizam no sentido de voltar a cujos
proposição correta. postos estavam antes de se licenciarem.
a. As formas verbais “chegou”, “reali- d. Sem pretender passar por herói, apro-
zou” e “renderam” representam uma veito para contar coisas as quais fui tes-
sequência cronológica de eventos; já a temunha nos idos de 1968 e que hoje
locução verbal “havia criado”, equiva- tanto se fala.
lente a “criara”, representa um tempo e. Sem muito sacrifício, adotou um modo
passado anterior a “atraiu”. de vida a qual o permitia fazer o regime
recomendado pelo médico.

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199

344. PUC-SP 345. ITA-SP


Um balneário histórico A palavra que remete a um antecedente em:
Guarujá deve ter herdado o nome ("gua- a. Claro que a cidade já tinha travado no
ru-yá") do termo indígena que indicaria a meio da tarde.
passagem estreita entre a praia das Pitanguei- b. Sei, como motorista, que o mais irri-
ras, a mais central, e a praia dos Astúrias, que tante do trânsito é quando o pedestre
já foi chamada de praia do Guarujá. naturalmente te ultrapassa.
Além de Pitangueiras e Astúrias, a c. E mais uma porção de cenas que só an-
ilha tem praias mais recônditas, como dando a pé se pode observar.
Tombo e Guaíba. Tem ainda praias movi- d. Claro que há pedras no meio do cami-
mentadas, caso da Enseada, cuja história nho dos pedestres, e muitas.
se confunde com a do imigrante de origem
libanesa Miguel Estefno; do Pernambuco e. [...] o percentual sobe para nada me-
/ Jequitimar, onde reinaram a quatrocen- nos que 50%.
tona Veridiana da Silva Prado e o pioneiro 346.
Fernando Lee, em cuja ilha do Arvoredo Observe as frases a seguir e assinale a alterna-
fazia experimentações com energias alter- tiva incorreta.
nativas (eólica, das marés etc.) e colecio-
nava plantas e aves exóticas. I. Chorava com tal intensidade que o pré-
dio todo correu a acudi-lo.
Folha de S.Paulo, 21 ago. 2008.
II. Tal qual o pai, desde pequeno já mos-
Assinale a alternativa que indica a que se refe- trava pouco caráter.
rem os pronomes destacados no texto “Um Bal- III. Tal notícia nos deixou boquiabertos.
neário histórico”, na ordem em que aparecem:
IV. Ele bancava o tal perto das meninas,
a. Guarujá; termo indígena; Enseada; Per- mas não passava de um joão-ninguém.
nambuco/Jequitimar; Fernando Lee
a. Em I, a palavra ‘tal’ assume a função de
b. termo indígena; praia dos Astúrias; adjetivo que modifica intensidade.
Enseada; Pernambuco/Jequitimar; Fer-
nando Lee b. Em II, ‘tal’ faz parte de uma locução que
equivale a ‘como’.
c. Guarujá; Pitangueiras; Enseada; Veri-
diana da Silva Prado; Fernando Lee c. Em III, ‘tal’ tem o valor de um pronome
adjetivo e exerce a função de adjunto
d. praia dos Astúrias; termo indígena; Per- adnominal.
nambuco/Jequitimar; Enseada; Fernan-
do Lee d. Em IV, ‘tal’ é um pronome substantiva-
do.
e. Guaru-yá; praia dos Astúrias; caso da
Enseada; Fernando Lee; Veridiana da e. Em II e III, ‘tal’ é pronome substantivo
Silva Prado. sem função sintática.

347.
Observe a tirinha da Mônica, de Maurício de Sousa, e responda ao que se pede.
PUXA, CEBOLINHA!
FICOU MUITO LEGAL MAS SÓ TÁ FALTANDO É VOCÊ LEMBRAR
ESSE PAPEL DE PAREDE UMA COISA PRA FICAR ONDE FICA A PORTA!
QUE VOCÊ COLOCOU NO PERFEITO!
SEU QUARTO!
O QUÊ?

Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira2.htm>.

Há, no primeiro quadrinho, algum erro no uso do pronome demonstrativo? Explique.

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200

348. PUC-SP c. “se o relógio parava, eu dava-lhe cor-


Assinale a alternativa que preenche correta- da”.
mente as lacunas abaixo. d. “Procure-me, disse eu, poderei arran-
1. Veja bem estes olhos ...... se tem ouvi- jar-lhe alguma coisa”.
do falar. e. “envolvida numa espécie de mantéu,
2. Veja bem estes olhos ...... se dedicaram que lhe disfarçava as ondulações do ta-
muitos versos. lhe”.
3. Veja bem estes olhos ...... brilho fala o 350. ESAF-DF
poeta. Marque o item em que a regência empregada
4. Veja bem estes olhos ...... se extraem atende ao que prescreve a norma culta da lín-
confissões e promessas. gua escrita.
a. de que – a que – cujo – dos quais a. A causa por que lutou ao longo de uma
b. que – que – sobre o qual – que década poderia tornar-se prioridade de
programas sociais de seu estado.
c. sobre os quais – que – de que – de onde
b. Seria implementado o plano no qual mui-
d. dos quais – aos quais – sobre cujo – dos tos funcionários falaram a respeito du-
quais rante a assembleia anual.
e. em quais – aos quais – a cujo – que c. A equipe que a instituição mantinha par-
349. Fuvest-SP ceria a longo tempo manifestou total dis-
No trecho “pisou-lhe o pé”, o pronome lhe cordância da linha de pesquisa escolhida.
assume valor possessivo, tal como ocorre em d. Todos concordavam que as empresas
uma das seguintes frases, também extraídas que a licença de funcionamento não es-
de Memórias póstumas de Brás Cubas: tivesse atualizada deveriam ser afastadas
a. “falei-lhe do marido, da filha, dos negó- do projeto.
cios, de tudo”. e. Alheio aos assuntos sociais, o diretor não
b. “mas enfim contei-lhe o motivo da mi- se afinava com a nova política que devia
nha ausência”. adequar-se para desenvolver os projetos.

351.
Observe a tirinha de Fernando Gonsales e assinale a alternativa em que se analisa corretamente
o pronome destacado.

FAÇA O CURSO DE HUMM... SE EU NÃO FIZER


ECONOMIA, EU LI QUE NENHUMA FACUL- PÔ! CADÊ
TEM UM BOM MER- DADE, QUEM FARÁ O SEU SENSO
CADO DE TRABALHO! ECONOMIA É VOCÊ! DE HUMOR?

Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/benedito.shtml>.

a. Nenhuma é pronome adjetivo indefinido.


b. Quem é pronome adjetivo indefinido.
c. Seu é pronome substantivo possessivo.
d. Você é pronome pessoal do caso reto.
e. Cadê poderia ser substituído por aonde está.

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201

352. Fuvest-SP a. espírito, outros homens, frutos de uma


— Haveis de entender, começou laranjeira.
ele, que a virtude e o saber têm duas exis- b. sujeito, profundos conhecimentos, ou-
tências paralelas, uma no sujeito que as tros homens.
possui, outra no espírito dos que o ouvem
c. saber, frutos de uma laranjeira, virtu-
ou contemplam. Se puserdes as mais su-
des e conhecimentos.
blimes virtudes e os mais profundos co-
nhecimentos em um sujeito solitário, re- d. sujeito, virtudes e conhecimentos, fru-
moto de todo contato com outros homens, tos de uma laranjeira.
é como se eles não existissem. Os frutos e. espírito, virtudes e conhecimentos, ou-
de uma laranjeira, se ninguém os gostar, tros homens.
valem tanto como as urzes e plantas bra- 353. UFU-MG
vias, e, se ninguém os vir, não valem nada;
ou, por outras palavras mais enérgicas, Assinale a única alternativa em que o elemen-
não há espetáculo sem espectador. Um to em destaque complementa o verbo.
dia, estando a cuidar nestas cousas, consi- a. "Fiquei tão alegre com esta ideia, que
derei que, para o fim de alumiar um pouco ainda agora me treme a pena da mão."
o entendimento, tinha consumido os meus M. de Assis
longos anos, e, aliás, nada chegaria a va-
ler sem a existência de outros homens que b. "Fiz outros achados mais tarde, nenhum
me vissem e honrassem; então cogitei se me deslumbrou tanto."
não haveria um modo de obter o mesmo M. de Assis
efeito, poupando tais trabalhos, e esse dia c. "Bateu-me na cara."
posso agora dizer que foi o da regeneração M. de Assis
dos homens, pois me deu a doutrina salva-
dora. d. "... podiam ler-me no semblante alguma
ASSIS, Machado de. O segredo do bonzo. cousa."
M. de Assis
Nos segmentos do texto “o ouvem ou contem-
plam”, “se eles não existissem” e “se ninguém e. "O beijo de Capitu fechava-me os lá-
os vir”, os pronomes o, eles e os referem-se, bios."
respectivamente, a: M. de Assis

354. Unicamp-SP
Leia a tira e responda em seguida às perguntas.

O QUE VÃO TUDO O QUE OK, VOU VAMOS COMEÇAR DE NOVO...


O QUE
QUERER? QUISER. QUERER
VOCÊ TEM?
ISSO.

Dik Browne

a. A história contém no total cinco falas. Transcreva aquela que instaura o impasse do diá-
logo.
b. O dono do bar propõe-se a satisfazer qualquer desejo dos clientes. Transcreva a frase que
indica essa disponibilidade.
c. O raciocínio que leva Eddie Sortudo a responder "Ok, vou querer isso", no segundo qua-
dro, não é totalmente insensato. Por quê?

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202

Leia o poema a seguir e responda às questões 357. Unicamp-SP


355 e 356.
Tais eram as ideias que me iam pas-
Tu amarás outras mulheres
sando pela cabeça, vagas e turvas, à medi-
E tu me esquecerás!
da que o mouro rolava convulso.
É tão cruel, mas é a vida. E no
[entretanto Reescreva o período, substituindo cada prono-
Alguma coisa em ti pertence-me! me em destaque por outro de sentido equiva-
Em mim alguma coisa és tu. lente.
O lado espiritual do nosso amor 358. Mackenzie-SP
Nos marcou para sempre.
Oh, vem em pensamento nos meus Indique a alternativa que preenche as lacunas,
[braços! de forma correta.
Que eu te afeiçoe e acaricie... “Este é o poeta __________ obras encontramos
Manuel Bandeira. A Vigília de Hero. In: Ritmo críticas à sociedade da época __________ viveu
dissoluto. Poesia completa e prosa. 2. ed. Rio e __________ transformação ele lutou.”
de Janeiro: José Aguilar, 1967. p. 224.
a. de cujas – que – por cujas
355. UFSCar-SP b. em cujas – onde – por cuja
Manuel Bandeira usa, no poema, os pronomes c. em cujas – em que – por cuja
pessoais com muitas variações. O pronome
d. nas quais – em que – sobre cuja
pessoal de primeira pessoa do singular, por
exemplo, está empregado na sua forma reta e e. sobre cujas – na qual – de cuja
nas formas oblíquas (eu, me, mim). O mesmo 359. Fuvest-SP
acontece com o pronome pessoal de: a. Reescreva a frase seguinte, substituin-
a. segunda pessoa do singular. do o pronome destacado por outro,
b. terceira pessoa do singular. sem alterar o sentido do período:
c. primeira pessoa do plural. O barbeiro não parou de falar, en-
quanto cortava os meus cabelos.
d. segunda pessoa do plural.
e. terceira pessoa do plural. b. Empregando exatamente as mesmas
356. UFSCar-SP palavras, reescrerva a frase seguinte,
alterando-a de modo que adquira sen-
Se usasse a forma de tratamento você para
tido negativo:
designar a segunda pessoa, Manuel Bandeira
deveria mudar a flexão de alguns verbos. Esses Algum amigo me ajudará.
verbos seriam, sem exceção, os seguintes: 360. Fuvest-SP
a. amar, ser (3o verso), marcar, afeiçoar. Destaque a frase em que o pronome relativo
b. amar, esquecer, ser (5o verso), vir. está empregado corretamente.
c. ser (3o verso), pertencer, marcar, acari- a. É um cidadão em cuja honestidade se
ciar. pode confiar.
d. ser (3o verso), pertencer, vir, afeiçoar, b. Feliz o pai cujo os filhos são ajuizados.
acariciar. c. Comprou uma casa maravilhosa, cuja
e. amar, pertencer, vir, afeiçoar, acariciar. casa lhe custou uma fortuna.
d. Preciso de um pincel delicado, sem o
cujo não poderei terminar meu quadro.
e. Os jovens, cujos pais conversei com
eles, prometeram mudar de atitude.

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203

Capítulo 07
361. 364.
Observe as alternativas abaixo e assinale Levando em consideração a transitividade
aquela que não corresponde à correta classi- dos verbos a seguir, assinale a alternativa que
ficação do período. apresenta erro no uso do complemento em
a. Cala-te! (Período simples) destaque.
b. O rei da Espanha mandou que o presi- a. Quero falar-lhe uma coisa.
dente da Venezuela se calasse. (Perío- b. Nós lhe vimos ontem na sala de cine-
do composto) ma.
c. Os meninos suplicavam ao pai que se c. Elas já lhe devolveram os livros?
calasse. (Período composto) d. Nunca lhe diga nada de que não tenha
d. Manda que eu cumprirei tua ordem! certeza.
(Período simples) e. Assim que lhe apresentarmos a conta,
e. Cumpra-se a ordem! (Período simples) você vai perder o humor.
362. 365. Unifor-CE
Classifique os verbos das orações a seguir, fa- Dinheiro é a coisa mais importante
zendo a correta associação das colunas. do mundo.
Tanto a frase acima quanto a das alternativas
(VL) para verbo de a. ( ) Quem não gosta de têm a mesma estrutura sintática, exceto em:
ligação um bom papo? a. Homens ricos têm enormes apetites
(VI) para verbo b. ( ) Elas pareciam muito
sociais.
intransitivo calmas. b. Toda mulher não é um romance.
c. A vida deveria ser boa para toda gente.
(VTD) para verbo c. ( ) O assassino mandou-
transitivo direto -lhe aquela caixa. d. Esse apetite social é raríssimo.
e. Um amigo meu estava ofendido.
(VTI) para verbo d. ( ) Chegaram cedo de-
transitivo indireto mais para o lanche. 366.
(VTDI) para verbo Na oração “Chamaram às pressas todos os va-
e. ( ) Ela recebeu o em- queiros da fazenda vizinha”, o núcleo do com-
transitivo direto e
brulho assustada. plemento verbal é:
indireto
a. todos.
363. b. fazenda.
Assinale a alternativa que apresenta a classi- c. vizinha.
ficação incorreta dos verbos quanto à transi- d. vaqueiros.
tividade. e. pressas.
a. Ela corria apressada. (Verbo intransitivo) 367. Fuvest-SP
b. O cão corria atrás dele. (Verbo intran-
Assinale a alternativa que não apresenta ver-
sitivo)
bo de ligação.
c. Eles corriam desesperadamente. (Ver-
a. As pessoas ficaram desapontadas.
bo intransitivo)
b. Importante é a sabedoria.
d. Nenhum brasileiro correrá no Grande
Prêmio de Interlagos. (Verbo transitivo c. Ficamos encantados com o seu sorriso.
indireto) d. Fiquei no interior até o início das aulas.
e. O queniano correu os cem metros ra- e. A lua estava bela e vaidosa.
sos. (Verbo transitivo direto)

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204

368. Famema-SP c. Campanha contra o governo do estado


Assinale a alternativa que apresenta verbo in- entra em nova fase de violência.
transitivo. d. A violência da campanha do governo
a. Derrubaram a casa. do estado entra em nova fase.
b. Francisco chegou agora de Marília. e. Campanha do governo do estado con-
tra a violência entra em nova fase.
c. Não concordo com isso.
372. PUC-RJ
d. Ouvi o trovão.
e. Acredito em fantasmas. “Não vira para trás, Bianca ...”
369. UFR-RJ Temos nessa frase um predicado verbal. Assi-
nale a oração abaixo que apresenta o mesmo
A alternativa em que está correta a classifica- tipo de predicado.
ção do verbo dar quanto à predicação é:
a. O rapaz virou uma fera.
a. Dei com os dois velhos sentados. –
b. Teria ele realmente virado um revolu-
Transitivo direto
cionário?
b. Os jornais não deram a notícia. – Tran-
c. O vento forte virou o barco depressa
sitivo indireto
demais.
c. O relógio deu onze horas. – Transitivo
d. Ele virou inimigo da própria mulher.
direto e indireto
e. Ele virava, aflito, as páginas dos livros.
d. Quem dá aos pobres empresta a Deus.
– Instransitivo 373. Cesgranrio-RJ
e. Esse dinheiro não dá. – Intransitivo. Aponte a opção na qual o verbo em destaque
370. TCE-MG deve ser classificado como intransitivo:
a. “Existem reformas pendentes nas áre-
Em todas as alternativas, o verbo dar é transi- as política e econômica, (...)”
tivo, exceto em:
b. “É indispensável inculcar no cidadão
a. Ana Paula dava jantares às amigas. comum o respeito à lei.”
b. Estava disposto a dar a pele, a se consu- c. “(...) Capistrano de Abreu já sonhava
mir. com uma Constituição com dois únicos
c. Aceitava, mas dava-lhe o troco. artigos(...)”
d. Laura deu uma noiva linda. d. “(...) as normas vigentes não seriam su-
ficientes?”
e. Pediu a Cida que me desse umas aulas.
e. “(...) que mecanismos garantiriam o
371. ENEM imediato cumprimento da nova lei?”
No ano passado, o governo promoveu uma 374. PUC-SP
campanha a fim de reduzir os índices de vio-
lência. Noticiando o fato, um jornal publicou a Classifique os verbos quanto à predicação na
frase: “Não agradou ao dono da casa o café
seguinte manchete:
que a criada fez”.
"Campanha contra a violência do governo do a. “agradou” - transitivo indireto; “fez” -
estado entra em nova fase" transitivo direto
A manchete tem um duplo sentido, e isso difi- b. “agradou” - transitivo indireto; “fez” -
culta o entendimento. Considerando o objetivo transitivo indireto
da notícia, esse problema poderia ter sido evi- c. “agradou” - intransitivo; “fez” - intran-
tado com a seguinte redação: sitivo
a. Campanha contra o governo do estado d. “agradou” - transitivo indireto; “fez” -
e a violência entram em nova fase. intransitivo
b. A violência do governo do estado entra e. “agradou” - intransitivo; “fez” - transi-
em nova fase de campanha. tivo indireto

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205

375. FEC-RJ 378. ESPM


Todos os períodos apresentam verbo transiti- Leia o trecho: “Vieira aponta posições que pare-
vo direto e indireto, exceto: cem ‘reservadas’ aos negros, enquanto outras
a. “Fernando opôs à pretensão da noiva a lhes são ‘vetadas’. Para uma posição que não
razão de estado”. pressupõe muita habilidade intelectual, como a
de ‘zagueiro raçudo’, é comum ouvir que o ideal
b. Essa palavra, proferida sem intenção
é um ‘negão’, afirma”. Os pronomes destacados
pelo velho, infligiu-lhe a maior das hu-
referem-se no texto respectivamente a:
milhações.
a. posições, Vieira e habilidade.
c. Deus a destinaria à opulência.
b. Vieira, posições e posição.
d. Vou confiar-lhe meu segredo, um se-
gredo que a ninguém foi revelado e só c. posições, negros e habilidade.
Deus sabe. d. posições, negros e posição.
e. Estas últimas palavras, a moça profe- e. reservadas, posições e posição.
riu-as com uma indefinível expressão. 379. Mackenzie-SP
376. AFA-SP Leia o texto abaixo para resolver a questão.
A classificação dos verbos destacados, quanto "Socorro
à predicação, está correta em: Alguém me dê um coração
a. “não nos olhou o rosto. A vergonha foi Que este já não bate nem apanha."
enorme.” (transitivo direto e indireto) Arnaldo Antunes e Alice Ruiz
b. “Procura insistentemente perturbar-me
a memória.” (transitivo direto) Assinale a alternativa correta.
c. “Fiquei, durante as férias, no sítio de a. Apanhar pode ser entendido como “so-
meus avós.” (de ligação) frer”, o que inviabiliza a compreensão
de bater como “pulsar”.
d. “Para conseguir o prêmio, Cláudio re-
conheceu-nos imediatamente.” (transi- b. O terceiro verso qualifica o termo cora-
tivo indireto) ção e, portanto, do ponto de vista sintá-
tico, é uma oração adjetiva.
e. “Ela nos encontrará, portanto é só fa-
zer o pedido.” (transitivo indireto) c. O terceiro verso funciona como expli-
cação para o pedido de socorro e, pela
377. Mackenzie-SP lógica, deveria ser o segundo verso do
Em: "E quando o brotinho lhe telefonou, dias texto.
depois, comunicando que estudava o moder- d. A utilização do verbo apanhar contribui
nismo, e dentro do modernismo sua obra, para para a combinação de dramaticidade e
o que o professor lhe sugeria contato pessoal humor do texto.
com o autor, ficou assanhadíssimo e paternal
e. O terceiro verso fornece um exemplo
a um tempo", os verbos assinalados são, res-
da ideia veiculada no segundo, de ne-
pectivamente:
cessidade de um novo órgão físico.
a. transitivo direto, transitivo indireto, de
ligação e transitivo direto e indireto. 380. UFPI modificado
b. transitivo direto e indireto, transitivo Assinale a alternativa em que o termo separa-
direto e transitivo indireto, de ligação. do por vírgulas possua o mesmo valor sintáti-
co do da frase “Temos presenciado, neste país,
c. transitivo indireto, transitivo direto e
um aumento considerável de loucos”:
indireto, transitivo direto e de ligação.
a. O louco nada percebe, nada reclama,
d. transitivo indireto, transitivo direto,
nada sente.
transitivo direto e indireto e de ligação.
b. Há loucos, de uma loucura mansa, pe-
e. transitivo indireto, transitivo direto e
rambulando pelas ruas.
indireto, de ligação e transitivo direto.

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206

c. A loucura existe, meus amigos, embora c. Alguns episódios estão mexendo com
seja muito difícil de percebê-la. as emoções do público.
d. Deve haver uma saída, isto é, uma solu- d. O autor extrai alguns detalhes do per-
ção para o problema da loucura. sonagem de pessoas conhecidas.
e. Não tem havido, ultimamente, um tra- e. O público aplaudiu muito o espetáculo.
balho social voltado para os loucos. 385.
381. O seguinte período apresenta duas formas
A locução verbal que constitui voz passiva ana- verbais na voz passiva analítica: "Se fôssemos
lítica é: ouvidos, muitos aborrecimentos seriam evita-
a. Vais fazer essa operação? dos". Qual a alternativa que apresenta a pri-
meira oração na voz ativa e a segunda na voz
b. Você teria realizado tal cirurgia?
passiva sintética?
c. Realizou-se logo a intervenção.
a. ouvíssemos – evitaríamos
d. A operação foi realizada logo.
b. formos ouvidos – serão evitados
e. O rapaz operou-se às pressas.
c. nos ouvissem – evitariam
382. d. nos ouvissem – evitar-se-iam
O seguinte período apresenta uma forma ver- e. nos ouvisse – evitar-se-ia
bal na voz passiva: "as pessoas envolvidas em
casos de corrupção deveriam ser punidas de 386.
forma bastante rigorosa". Qual a alternativa Aponte o item em que há erro na escolha do
que apresenta a forma verbal ativa correspon- particípio do verbo abundante na voz ativa:
dente? a. O presidente tinha expressado sua opi-
a. deveria punir nião.
b. puniria b. Os fiéis já tinham aceso suas velas.
c. deveriam punir c. Os policiais haviam expulsado os ba-
d. devia punir derneiros.
e. puniriam d. A reunião foi suspensa à tarde.
383. e. Foi eleito por unanimidade o líder do
partido.
A oração "Da estação rodoviária, o engenheiro
podia controlar todos os empregados" está na 387. Unifei-MG
voz ativa. Assinale a voz passiva analítica cor- Transforme as frases a e b segundo o modelo:
respondente. – Foi socorrido por amigos.
a. seriam controlados – Amigos socorreram-no.
b. podiam ser controlados a. Foste ajudado por muitos.
c. podia ser controlado b. Fomos aconselhados por mestres.
d. controlavam-se 388. Fuvest-SP
e. controlaria Quanto à concordância verbal, a frase inteira-
384. mente correta é:
a. Cada um dos participantes, ao inscre-
Assinale a oração que não tem condições de
ver-se, deverão receber as orientações
ser transposta para a voz passiva.
necessárias.
a. As novelas substituíram os folhetins do
b. Os que prometem ser justos, em geral,
passado.
não conseguem sê-lo sem que se pre-
b. O diretor reuniu para esta novela um judiquem.
elenco especial.
c. Já deu dez horas e a entrega das meda-
lhas ainda não foram feitas.

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207

d. O que se viam era apenas destroços, cadá- a. foram assinaladas.


veres e ruas completamente destruídas. b. tinham sido assinaladas.
e. Devem ter havido acordos espúrios c. iam sendo assinaladas.
entre prefeitos e vereadores daqueles
d. eram assinaladas.
municípios.
e. seriam assinaladas.
389.
393. FEI-SP
Assinale o único item em que o se indica ação
reflexiva. Reescreva na voz passiva o trecho abaixo, con-
servando o verbo no mesmo tempo e modo.
a. A menina penteava os cabelos demora-
damente. “Se os filhos dos pescadores ouvissem o ruído
b. Não se entregou uma única encomen- da vaga, eu escutaria o rangido longínquo dos
da esta semana. carros de boi.”
c. Fizeram-se novos acordos, ainda que 394. PUCCamp-SP
tardios. A frase “Erros foram detectados em todos os
d. Não conseguia se achar naquela foto setores” está corretamente transposta para a
antiga. voz passiva pronominal em:
e. Precisa-se de mais dados para se che- a. Detectou-se erros em todos os setores.
gar a uma conclusão b. Alguém detectou erros em todos os se-
390. UFRGS-RS tores.
Transponha para a voz ativa: c. Detectaram-se erros em todos os seto-
res.
O garoto estava sendo conduzido pela mão
d. Foi detectado erros em todos os setores.
segura do irmão mais velho.
e. Detectaram erros em todos os setores.
a. conduzira
b. tinha conduzido 395. Unitau-SP
c. estava conduzindo Indique a alternativa em que existe voz passiva
analítica.
d. estivera conduzido
a. As instituições políticas não possuem
e. tinha estado conduzido nem Deus nem a ciência como fonte de
391. Fuvest-SP autoridade.
A transformação passiva da frase "A religião te b. Com a fé pública, os dirigentes podem
inspirou esse anúncio" apresentará o seguinte governar em sentido estrito, adminis-
resultado: trando as atividades sociais, econômi-
cas, religiosas etc.
a. Tu te inspiraste na religião para esse
anúncio. c. Acreditemos ou não nos dogmas, é pre-
ciso reconhecer que seus dirigentes são
b. Esse anúncio inspirou-se na tua reli- obedecidos porque um Deus fala atra-
gião. vés de sua boca.
c. Tu foste inspirado pela religião nesse d. Só resta a força bruta ou a propaganda
anúncio. mentirosa para amparar uma potência
d. Esse anúncio te foi inspirado pela reli- política falida.
gião. e. Se um Estado não garante esses itens,
e. Tua religião foi inspirada nesse anúncio. ele não pode aspirar à legítima obedi-
ência civil.
392. Mackenzie-SP
396. Fuvest-SP
Transpondo-se para a voz passiva analítica a Décadas atrás, vozes bem afinadas
oração “O menino ia assinalando as respostas cantavam no rádio esta singela quadrinha
numa folha”, obtém-se a forma verbal: de propaganda:

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208

As rosas desabrocham II. A frase "O resultado da pesquisa será


Com a luz do sol, apresentado hoje" poderia ser rees-
E a beleza das mulheres crita corretamente da seguinte forma,
Com o creme Rugol. mantendo-se a voz passiva: "Apresen-
Os versos nunca fizeram inveja a tar-se-á hoje o resultado da pesquisa."
Camões, mas eram bonitinhos. E sabe-se III. A frase "Afonso falará na conferência
lá quantas senhoras não foram atrás do 'Contribuições nativas para o conheci-
creme Rugol para se sentirem novinhas mento'" não pode ser passada para a
em folha, rosas resplandecentes. voz passiva.
Quintino Miranda
IV. A frase "Nele, o europeu citava conste-
lações conhecidas pelos tupinambás do
a. Reescreva o primeiro parágrafo do tex-
Maranhão" poderia ser reescrita como
to, substituindo “Décadas atrás” por
"Nele, eram citadas pelo europeu cons-
“Ainda hoje” e transpondo a forma ver-
telações conhecidas pelos tupinambás
bal para a voz passiva. Faça as adapta-
do Maranhão", sem prejuízo do sentido
ções necessárias.
e da correção.
b. Que expressões da quadrinha justifi-
cam o emprego de novinhas em folha Quais estão corretas?
e de resplandecentes, no comentário a. Apenas I.
feito pelo autor do texto? b. Apenas I e III.
397. Fuvest-SP c. Apenas II e III.
Responda ao que se pede. d. Apenas II e IV.
a. Noticiando o lançamento de um dicio- e. Apenas II, III e IV.
nário de filmes brasileiros, um jornal 399. Unitau-SP
fez o seguinte comentário a propósito
do filme Aluga-se moças, de 1981: "O Observe:
título traz um dos maiores erros orto- I. “Essa questão não pode ser resolvida
gráficos já vistos no cinema brasileiro. em bases lógicas.”
O título correto do longa seria Alugam- II. “A decisão, contudo, terá considerável
-se moças". influência sobre nosso pensamento e
O comentário e a correção feitos pelo nosso julgamento moral, desde que se
jornal são justificáveis do ponto de vista origine numa convicção profunda e ina-
gramatical? Por quê? balável.”
b. Ao lado de um caixa eletrônico de um As frases I e II estão, respectivamente, na voz:
grande banco, pode ser lido o seguinte a. passiva analítica e ativa.
aviso:
b. passiva sintética e passiva analítica.
"Em caso de dúvida, somente aceite
c. ativa e ativa.
ajuda de funcionário do banco."
d. ativa e passiva analítica.
Aponte o sujeito da frase e classifique-
-o. e. passiva analítica e passiva analítica.
398. UFRGS-RS 400. Mackenzie-SP
Estudo do centro de cibernética da
As afirmações abaixo referem-se às vozes ver- Universidade de Warwick, na Inglaterra,
bais. revela que os video games e controles re-
I. A frase "Ele conseguiu inventariar mais motos estimulam mudanças na coordena-
de cem constelações" poderia ser alte- ção motora dos jovens. Os dedos polegares
rada da seguinte forma, continuando da chamada geração Atari, de até 25 anos,
semanticamente equivalente à original: estariam mais ágeis que os indicadores.
"Mais de cem constelações tinham sido Foram observados jovens de nove cida-
inventariadas por ele." des de vários continentes. Os cientistas

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209

explicam que a interação entre o homem 404. FCC-SP


e a tecnologia provoca mudanças tanto Assinale a oração sem sujeito.
nos equipamentos tecnológicos quanto no
corpo humano. a. Convidaram-me para a festa.
Revista Veja b. Diz-se muita coisa errada.
c. O dia está quente.
Considerado o contexto, a frase "Foram obser-
vados jovens de nove cidades" é uma constru- d. Alguém se enganou.
ção equivalente a: e. Vai fazer bom tempo amanhã.
a. Observaram-se jovens de nove cidades. 405. FMU-SP
b. Tendo sido observados jovens de nove “Ouviram do Ipiranga as margens
cidades. plácidas / De um povo heroico o brado
c. Observavam-se jovens de nove cida- retumbante...”
des. O sujeito dessa afirmação com que se
inicia o Hino Nacional é:
d. Observa-se jovens de nove cidades.
a. indeterminado.
e. Haviam sido observados jovens de
nove cidades. b. um povo heroico.
c. as margens plácidas.
401. FDF-SP
d. do Ipiranga.
Na oração: "Faz três dias que não estudo", o
sujeito de "Faz três dias" é: e. o brado retumbante.
a. oculto. 406. Unisa-SP
b. simples. Das seguintes orações:
c. indeterminado. “Pede-se silêncio.”
“A caverna anoitecia aos poucos.”
d. inexistente. “Fazia um calor tremendo naquela
e. composto. tarde.”
402. O sujeito classifica-se, respectivamente, como:
Indique, dentre os itens abaixo, a oração sem a. indeterminado, inexistente, simples.
sujeito. b. oculto, simples, inexistente.
a. Falaram mal de você. c. inexistente, inexistente, inexistente.
b. Ninguém se apresentou. d. oculto, inexistente, simples.
c. Precisa-se de professores. e. simples, simples, inexistente.
d. A noite estava agradável. 407.
e. Vai haver um campeonato. "Há crianças sem carinho". / "Disseram-me a
403. PRF-MG verdade." / "Construíram-se represas."
Classifique o sujeito da oração “Precisa-se de Os sujeitos das orações acima são, respectiva-
um torneiro”. mente:
a. Sujeito implícito a. inexistente, indeterminado, simples.
b. Sujeito inexistente b. indeterminado, implícito, indetermina-
c. Sujeito indeterminado do.
d. Sujeito simples c. simples, indeterminado, indetermina-
do.
e. Oração sem sujeito
d. inexistente, inexistente, simples.
e. indeterminado, simples, inexistente.

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210

408. Mackenzie-SP a. O sertanejo é, antes de tudo, um forte.


O sujeito é simples e determinado em: b. Lobato e Euclides são autores pré-mo-
a. Há somente um candidato ao cargo, dernistas.
doutor? c. Era-se feliz na vida.
b. Vive-se bem ao ar livre. d. Conseguimos excelentes resultados no
c. Na reunião de alunos, só havia pais. teste.
d. Que calor, filho! e. Não chovia no sertão.
e. Viam-se eleitores indecisos no comitê. 413. Fuvest-SP
409. Indique a alternativa correta.
Assinale a alternativa em que ocorre sujeito a. Tratavam-se de questões fundamen-
composto. tais.
a. Deus, Deus, que buscarei na vida? b. Comprou-se terrenos no subúrbio.
b. Os livros comprei, os quadros e as fo- c. Precisam-se de datilógrafas.
lhas. d. Reformam-se ternos.
c. Nós, os homens de amanhã, vencere- e. Obedeceram-se aos severos regula-
mos. mentos.
d. Saíram João e Maria. 414. Unirio-RJ
e. Ontem apareceu João e José, hoje. Assinale a frase cujo sujeito se classifica do
410. mesmo modo que o da frase “O ano inteiro faz
muito calor no Rio.”
Em todas as alternativas, o termo destacado
exerce a função de sujeito, exceto: a. Devia haver mais interesse pela boa
formação profissional.
a. Quem sabe de que será capaz a mulher
de seu sobrinho? b. Falaram muito mal dos estimuladores
de conflitos.
b. Raramente se entrevê o céu nesse aglo-
merado de edifícios. c. Vive-se bem no clima de montanha.
c. Amanheceu um dia lindo, e por isso to- d. Almejamos dias melhores.
dos correram à piscina. e. Haviam chegado cedo todos os candi-
d. Era somente uma velha, jogada num datos.
catre preto de solteiro. 415.
e. É preciso que haja muita compreensão Assinale a alternativa em que os verbos preen-
para com os amigos. chem corretamente as lacunas em:
411. PUC-PR ____________ de exigências! Ou será que não
Assinale a alternativa que contém uma oração ____________ os sacrifícios que ____________
sem sujeito. por sua causa?
a. No momento, doem-me muito os den- a. Chega – bastam – foram feitos
tes. b. Chega – bastam – foi feito
b. Para alguns, ainda havia esperança. c. Chegam – basta – foi feito
c. Lentamente chegava a noite. d. Chega – basta – foram feitos
d. Na repartição, existiam muitos docu- e. Chegam – bastam – foi feito
mentos secretos. 416. FAAP-SP modificado
e. Nada se fazia de proveitoso. Triste ironia atroz que o senso huma-
412. no irrita: Ele que doira a noite e ilumina
a cidade...
Marque a opção que apresenta a oração com
sujeito indeterminado. O sujeito do verbo irritar é:

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211

a. ironia. a. Isso demonstra como o futebol se ante-


b. oculto (ela). cipa à realidade.
c. o senso humano. b. Não existem mais nações, com as rela-
ções sociais, econômicas e financeiras
d. que.
se desenvolvendo em escala universal...
e. indeterminado.
c. Agora não se vira mais cidadão do mun-
417. UFAL do...
"A infidelidade às promessas feitas tornou-o d. As identidades se esvanecem e valem
desacreditado perante os amigos." muito pouco no meio de tanto inter-
Identifique a alternativa em que o termo des- câmbio.
tacado exerce a mesma função sintática do 421. Unibero-SP
termo destacado no período acima. Assinale a alternativa que interpreta correta-
a. Convém convidá-lo à participação nos mente o sujeito das seguintes orações:
festejos comemorativos do “Dia da I. Gabava-se das coisas mais corriqueiras
Criança”. o coronel.
b. Os professores entregaram, satisfeitos, II. Compreendiam-se as razões dela.
os prêmios aos alunos.
III. Um dia após o outro mencionou-se o
c. Todos se admiraram da coragem do jantarzinho medíocre.
menino.
a. Em I, II e III temos sujeitos indeterminados.
d. Ele sentiu necessidade do apoio do gru-
po. b. Em I, temos sujeito expresso; em II e III,
indeterminados.
e. A felicidade dos colegas contagiava o
ambiente escolar. c. Em I, II e III temos sujeitos expressos.
d. Em I e III, os sujeitos estão ocultos.
418. FCMSC-SP
422.
Por falta de verba, ______________ as experiên-
cias e os estudos que se ______________. Mostre a oração que não possui sujeito.
a. foi suspensos – planeja fazer a. A noite caiu repentinamente sobre a
b. foram suspensos – planejavam fazerem cidade.
c. foram suspensas – planejavam fazerem b. Nesse mês, vai fazer um ano de sua par-
tida.
d. foram suspensas – planejavam fazer
c. Choveram tomates sobre o orador.
e. foi suspenso – planejavam fazer
d. O dia amanheceu bastante límpido.
419. UEL-PR
e. Não havia existido ninguém com tantas
Já ______________ uns doze anos que ele não qualidades.
voltava à terra natal, por isso não sabia que lá
423. FCMSC-SP
______________ ocorrido mudanças.
a. deviam fazerem – havia Suponho que ______________ meios para que
se ______________ os cálculos de modo mais
b. devia fazer – haviam simples.
c. devia fazer – havia
Assinale a alternativa que completa correta-
d. deviam fazer – haviam mente as lacunas da frase apresentada.
e. deviam fazer – havia a. devem haver – realize
420. UFU-MG b. devem haver – realizem
Assinale a única alternativa em que o termo c. deve haverem – realize
em destaque pode ser considerado como in- d. deve haver – realizem
determinador do sujeito.
e. deve haver – realize

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212

424. FCMSC-SP 427. FCC-BA


Como _____________ meses que a produ- 1. Vossa Excelência sois um ótimo profes-
ção estava parada, não _____________ peças sor.
_____________ para atender a clientela. 2. Tu e ele ireis à conferência.
a) faziam – haviam – suficientes 3. Passará o céu e a terra, mas não passa-
b) fazia – havia – suficiente rão minhas palavras.
c) faziam – havia – suficiente Assinale:
a. se todos forem corretos.
d) fazia – havia – suficientes
b. se forem corretos somente os textos 1
e) fazia – haviam – suficientes e 2.
425. FCC-BA c. se forem corretos somentes os textos
_____________ fazer cinco meses que não a ve- 1 e 3.
mos. _____________ existir motivos imperiosos d. se forem corretos somentes os textos
para a sua ausência, pois, se não _____________, 2 e 3.
ela já nos teria procurado. e. se nenhum deles for correto.
a. Vai – Deve – houvessem
428.
b. Vai – Devem – houvessem
Assinale a alternativa em que o termo desta-
c. Vão – Deve – houvesse cado exerce a mesma função sintática que o
d. Vai – Devem – houvesse termo em destaque na seguinte frase: “Mais
e. Vão – Devem – houvessem vale um gosto do que seis vinténs no bolso.”
426. a. A ociosidade é a mãe de todos os vícios.
Indique a alternativa correta. b. Cachorro mordido de cobra tem medo
até de linguiça.
a. Tratavam-se de questões importantes.
c. Em tempo de guerra, qualquer buraco
b. Comprou-se terrenos. é trincheira.
c. Precisam-se de digitadores. d. Manda quem pode, obedece quem
d. Reformam-se ternos. tem juízo.
e. Obedeceram-se aos regulamentos. e. Para quem sabe ler, um pingo é letra.

429.
ESPELHO, ESPELHO QUEM CALA
MEU... EXISTE GAROTA
CONSENTE!
MAIS BONITA QUE EU?

Disponível em: <http://www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira18.htm>.

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213

Assinale a alternativa incorreta: 433. Unitau-SP


a. Em “Espelho, espelho meu... existe ga- Indique o período em que o se funciona como
rota mais bonita que eu?”, o termo des- sujeito:
tacado é vocativo. a. Lutou-se bravamente.
b. Em “Espelho, espelho meu... existe ga- b. Agitam-se as ondas do mar.
rota mais bonita que eu?”, o termo des- c. A moça sentiu-se desfalecer lentamente.
tacado é sujeito simples.
d. Sabe-se que hoje não mais choverá.
c. Em “Quem cala consente”, o termo
destacado é sujeito simples. e. Esses homens se odeiam.
d. Em “Quem cala consente”, o termo 434.
destacado tem sujeito oracional. Assinale a alternativa em que o verbo haver
e. Em “Quem cala consente”, o termo está incorretamente flexionado.
destacado é sujeito indeterminado. a. Haviam, entre os meses de outubro e
dezembro, ocorrido pancadas de chuva
tão violentas que as estradas estavam
Texto para as questões 430 e 431 em péssimas condições.
Lembra-me que, em certo dia b. Se houverem desistências, as vagas po-
Na rua, ao sol de verão, derão ser preenchidas por candidatos
Envenenado, morria sem habilitação legal.
Um pobre cão. c. Embora muitas dificuldades houves-
sem surgido, os trabalhos foram con-
430. FMU-SP modificado cluídos em tempo hábil.
Ao ler a estrofe acima, notamos a inversão en- d. Todas as opiniões que houvesse entre
tre o verbo da segunda oração e o: os participantes do encontro seriam
a. objeto direto: um pobre cão. debatidas democraticamente.
b. sujeito: um pobre cão. e. Ninguém sabe se vai haver ou não no-
vas inscrições para o concurso anuncia-
c. sujeito: em certo dia. do há duas semanas.
d. predicado: lembra-me.
435.
e. predicativo do sujeito: me.
Leia o soneto de Augusto dos Anjos para res-
431. ponder à questão.
A mesma estrofe é constituída de um período
composto de duas orações. Aponte o sujeito A ideia
do verbo lembrar. De onde ela vem?! De que matéria bruta
432. Fuvest-SP Vem essa luz que, sobre as nebulosas,
Cai de incógnitas criptas misteriosas
Leia este texto, observando as palavras desta- Como as estalactites duma gruta?!
cadas:
No mundo incerto de hoje, existe Vem da psicogenética e alta luta
pelo menos duas certezas: as nações só Do feixe de moléculas nervosas,
poderão sobreviver se tiver ciência e tec- Que, em desintegrações maravilhosas,
nologia de alta qualidade, o que se obtêm Delibera, e, depois, quer e executa!
através de pesquisa, que custa caro e que
Vem do encéfalo absconso que a
tem tudo haver com financiamento.
[constringe,
Das palavras assinaladas, a única gramatical- Chega, em seguida, às cordas do laringe,
mente correta é: Tísica, tênue, mínima, raquítica...
a. existe. d. caro.
b. tiver. e. haver. Quebra a força centrípeta que a
[amarra,
c. obtêm.

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214

Mas, de repente, e quase morta, 437. Unicamp-SP


[esbarra Sem comentários
No mulambo da língua paralítica!
Do delegado regional do Ministério
REIS, Zenir Campos. Augusto dos Anjos: poesia e prosa.
São Paulo: Ática, 1977. p. 64-65. (Ensaios, 32).
da Educação no Rio, Antônio Carlos Re-
boredo, ao ler ontem um discurso de agra-
decimento ao seu chefe, o ministro Eraldo
Assinale a alternativa que contém erro. Tinoco: "Os convênios assinados traduz
a. “essa luz”, no segundo verso do soneto, (sic) (*) os esforços... "
exerce a função sintática de sujeito do Folha de S. Paulo. Painel.
verbo vir. O título da nota acima, "sem comentários", é, na
b. “que”, no segundo verso do soneto, verdade, um comentário que expressa o ponto
exerce a função sintática de sujeito do de vista do jornal, motivado por um problema
verbo cair. gramatical no discurso lido por A. C. Reboredo.
c. “que”, no sétimo verso do soneto, exer- (*) sic. palavra latina que significa "assim"; no caso, é usada
pelo jornal com o sentido de "exatamente desta forma".
ce a função sintática de sujeito dos ver-
bos deliberar, querer e executar. a. Que problema gramatical provocou o
d. “tísica, tênue, mínima, raquítica”, no comentário do jornal?
verso 11, exercem a função sintática de b. Explicite o comentário que está sugeri-
sujeito do verbo chegar. do, neste caso específico, pela expres-
são "sem comentários".
e. “que”, no verso 12, exerce a função sin-
tática de sujeito do verbo amarrar. 438. Unesp
436. Fuvest-SP Alteia
A Polícia Federal investiga os sus- Aquele pastor amante,
peitos de terem ajudado na fuga para o Que nas úmidas ribeiras
Paraguai e a Argentina. A polícia desses Deste cristalino rio
Guiava as brancas ovelhas,
países não puderam prendê-los porque o
governo brasileiro não fez o pedido for- Aquele, que muitas vezes
mal de captura. Afinando a doce avena
O Estado de S. Paulo. Adaptado.
Parou as ligeiras águas,
Moveu as bárbaras penhas,
a. No segundo período, há uma infração às Sobre uma rocha sentado
normas de concordância. Reescreva-o Caladamente se queixa:
de maneira correta. Que para formar as vozes,
b. Indique a causa provável dessa infração. Teme que o ar as perceba.(...)
COSTA, Cláudio Manuel da. Poemas.
São Paulo: Cultrix, 1966. p. 15-6.

Responda: “aquele pastor amante”, primeiro


verso, é sujeito de que oração?

Leia a tira de Hagar e o poema para responder às questões 439 e 440.


439. ENEM

ACHO VOU LEVAR VOCÊ A


É MES-
QUE O UM OCULISTA.
MO?
MUNDO
É
REDON-
DO.

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215

Da minha aldeia vejo quanto da terra 442. UEL-PR


[se pode ver no Universo... Relativamente a esse assunto, tenho
Por isso minha aldeia é grande como muito a dizer.
[outra qualquer A expressão em destaque na frase anterior
Porque sou do tamanho do que vejo classifica-se, sintaticamente, como:
E não do tamanho da minha altura...
a. objeto indireto.
Alberto Caeiro
b. adjunto adverbial.
A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um c. adjunto adnominal.
dos heterônimos de Fernando Pessoa) expres-
d. objeto direto preposicionado.
sam, com linguagens diferentes, uma mesma
ideia: a de que a compreensão que temos do e. complemento nominal.
mundo é condicionada, essencialmente: 443. FGV-SP
a. pelo alcance de cada cultura. Assinale a análise sintática correta do termo
b. pela capacidade visual do observador. destacado: “Ao fundo, as pedrinhas claras pa-
reciam tesouros abandonados.”
c. pelo senso de humor de cada um.
a. Adjunto adnominal
d. pela idade do observador.
b. Objeto direto
e. pela altura do ponto de observação.
c. Predicativo do sujeito
440. d. Complemento nominal
Na tira de Hagar, encontramos dois verbos no e. Predicativo do objeto direto
1º balão e um verbo no último. Analisando-os,
constatamos haver: 444. Mackenzie-SP
a. dois verbos transitivos diretos e um Sete anos de pastor Jacó servia
verbo de ligação. Labão, pai de Raquel, serrana bela.
Camões
b. um verbo transitivo direto, um transiti-
vo indireto e um verbo de ligação. Assinale a alternativa em que aparece uma
c. um verbo transitivo direto, um tran- função sintática que se repete no texto.
sitivo direto e indireto e um verbo de a. objeto direto
ligação. b. complemento nominal
d. um verbo transitivo indireto, um tran- c. sujeito
sitivo direto e indireto e um verbo de
d. aposto
ligação.
e. predicativo do sujeito.
e. dois verbos transitivos diretos e um
verbo de ligação. 445. FEI-SP modificado
441. Unirio-RJ Observe a oração: “Fabiano ia satisfeito”. O
termo em destaque assume a função de:
Em “Passamos nós dois, privilegiadas criatu- a. predicativo do sujeito
ras, a regalar-nos com a mesa...”, a função sin-
tática da expressão destacada é: b. objeto direto
a. sujeito. c. adjunto adverbial
d. adjunto adnominal
b. objeto direto.
e. agente da passiva
c. aposto.
d. adjunto adverbial. 446. FEI-SP modificado
e. vocativo. Observe o fragmento: “Trata-se, na verdade, de
uma obra difusa, na qual eu, Brás Cubas, se ado-
tei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier
de Maistre...” Assinale a alternativa que analise
corretamente a função sintática do elemento em
destaque no contexto em que se insere.

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216

a. Complemento nominal "Amo-te, ó rude e doloroso idioma.


b. Objeto direto És, a um tempo, esplendor e sepultura."
c. Sujeito a. Objeto direto e objeto direto
d. Aposto b. Sujeito e vocativo
e. Locução adjetiva c. Aposto e sujeito
447. UFPE d. Vocativo e predicativo do sujeito
Assinale a alternativa cujo termo destacado é e. Predicativo do objeto e predicativo do
predicativo do objeto. sujeito
a. Com o novo pacote econômico, os as- 451.
salariados se dizem injustiçados. Aponte a função sintática do termo destacado na
b. Comprei alguns acessórios; pretendo oração: "Fui recebido por Rebeca, sua mulher."
tornar meu escritório mais acolhedor.
452.
c. Sua presença é perturbadora.
Transponha a oração da questão anterior – "Fui
d. Fininha e persistente, a garoa molhava recebido por Rebeca, sua mulher" – para a voz
os homens na fila. ativa.
e. Já lhe disse que só ficarão acesas as ve-
453. Cesgranrio-RJ
las.
Em qual das frases a seguir há um predicativo
448. UEL-PR
do objeto?
Na frase “Nomeá-los nossos representantes a. “A viagem era curta”.
é revesti-los do direito ao mandato por três
anos”, as palavras destacadas são, respectiva- b. “Tanto bastou para que ele interrom-
mente: pesse a leitura”.
a. predicativo do sujeito e adjunto adno- c. “e acabou alcunhando-me Dom Cas-
minal. murro”.
b. objeto direto e objeto indireto. d. “que não gostam de meus hábitos re-
clusos e calados”.
c. predicativo do objeto e complemento
nominal. e. “não cuide que o dispenso do teatro
amanhã”.
d. objeto direto e adjunto adnominal.
454. PUC-SP
e. predicativo do objeto e objeto indireto.
"Só pessoas sem visão não admitem que, nes-
449. UEL-PR
te setor, existe oferta considerada condizente
"Ainda que surgissem poucos recursos para o com a procura."
projeto, todos mostravam-se satisfeitos com a
Assinale a alternativa em que se apresenta
boa vontade do chefe." corretamente a função sintática dos termos
As palavras em destaque no período exercem, em destaque, respeitando-se a ordem em que
respectivamente, a função sintática de: eles ocorrem no período.
a. objeto direto e complemento nominal. a. Adjunto adnominal, objeto direto e
b. sujeito e objeto indireto. complemento nominal
c. objeto direto e adjunto adnominal. b. Adjunto adverbial, objeto direto e ad-
junto adnominal
d. objeto direto e objeto indireto.
c. Adjunto adnominal, sujeito e comple-
e. sujeito e adjunto adnominal. mento nominal
450. PUC-SP d. Adjunto adverbial, sujeito e comple-
Indique a alternativa que apresenta, respecti- mento nominal
vamente, as funções sintáticas das expressões e. Adjunto adnominal, objeto direto e ad-
destacadas nos versos: junto adnominal

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217

455. PUC-SP b) ( ) Nada pudemos fazer para impedir


Nos versos: o assassinato daquele soldado.
( ) A morte dele teve repercussão até
"E em que Camões chorou no exílio amargo, o
na imprensa internacional.
gênio sem ventura e o amor sem brilho."
as expressões em destaque têm, respectiva-
mente, funções sintáticas de: Observe a tirinha de Fernando Gonsales e respon-
a. adjunto adverbial de modo e adjunto da ao que se pede nas questões de 458 a 460.
adverbial de modo. Benedito cujo
b. predicativo do sujeito e predicativo do
sujeito.
c. complemento nominal e complemento
nominal.
d. adjunto adnominal e predicativo do su-
jeito.
e. adjunto adnominal e adjunto adnomi-
nal.
456. PUC-SP
Leia o período: Benedito é o orgulho da mamãe.
Vais encontrar o mundo, disse-me Principalmente se entrar numa faculdade.
meu pai, à porta do Ateneu. Principalmente se for de Medicina. Princi-
Considerando a possibilidade de várias organi- palmente se for em primeiro lugar. Princi-
zações sintáticas para os períodos compostos, palmente se as amigas morrerem de inveja.
assinale a alternativa em que não há alteração Disponível em: <http://www2.uol.com.
de sentido em relação ao período anterior- br/niquel/benedito.shtml>.
mente indicado. 458.
a. Meu pai disse-me, à porta do Ateneu, Destaque do 1º período do texto o predicativo
que lá eu encontraria o mundo. do sujeito.
b. À porta do Ateneu, meu pai disse-me
que lá eu teria de encontrar o mundo. 459.
c. Disse-me meu pai, à porta do Ateneu, Assinale a alternativa correta quanto à função
que somente lá eu encontraria o mundo. sintática de “da mamãe” na oração: “Benedito
é o orgulho da mamãe.”
d. Quando chegamos à porta do Ateneu,
meu pai disse-me que lá eu precisaria a. Complemento nominal
descobrir o mundo. b. Adjunto adnominal
e. Ao chegarmos à porta do Ateneu, meu c. Adjunto adverbial
pai orientou-me para que lá eu encon- d. Predicativo do sujeito
trasse o mundo. e. Predicativo do objeto
457. 460.
Classifique os termos destacados colocando Em “se as amigas morrerem de inveja”, a fun-
(CN) para complemento nominal e (AA) para ção sintática do termo destacado é:
adjunto adnominal.
a. objeto indireto.
a. ( ) A cassação do deputado foi votada
em sessão extraordinária. b. agente da passiva.
( ) Os assessores do deputado perma- c. adjunto adverbial de causa.
neceram lá até o final da sessão. d. adjunto adnominal.
e. complemento nominal.

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218

461. UEL-PR modificado 5. dizendo “não tente me achar,


Está adequadamente flexionado o predicativo 6. entre nós está tudo acabado.”
do objeto em: 7. E dentro da caixa preta
8. o meu coração a pulsar.
a. Ele não deixou satisfeito nem a crítica, 9. Oi, a pulsar.
nem o público. Luis Fernando Veríssimo, Poesia numa hora dessas?
b. Todos achamos difíceis, nas provas de
Física e Matemática, a resolução das Assinale a alternativa correta.
questões finais. a. Em "E foi destroço pra tudo que é lado"
c. O sofá e a banqueta ganharam outro (verso 2), o trecho em destaque é um
aspecto depois de consertado. adjunto adnominal, uma vez que qua-
lifica destroço.
d. A culpa deles aparecia como que inscri-
ta em suas feições, denunciando-os. b. "a pulsar", em ambas as ocorrências
(versos 8 e 9), expressa finalidade e
e. Ele considerou inúteis, na atual circuns-
corresponde a “para pulsar”.
tância, as medidas que ela sugeria.
c. "Recuperaram aquele colar / e um
462. UFC modificado bilhete chamuscado" (versos 3 e 4) é
Em “Vão-se todos pro inferno, bando de mise- construção em que o predicado ante-
ráveis!”, a vírgula é usada para: cede um sujeito composto.
a. isolar o aposto. d. Em "dizendo “não tente me achar...”"
b. isolar o adjunto adnominal. (verso 5), a forma destacada poderia
ser substituída por “que dizia”, sem
c. separar termos coordenados.
prejuízo de sentido.
d. isolar o vocativo.
e. “entre nós está tudo acabado” (verso 6)
e. isolar o sujeito em posição final da ora- exprime uma consequência da oração
ção. “não tente me achar”.
463. 465.
A opção em que o termo entre parênteses não “O traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes,
corresponde à função sintática do termo des- o Nem, apontado como chefe do tráfico na fa-
tacado é: vela da Rocinha, portava cerca de R$ 180 mil
a. Tinha amor à sua profissão. (Objeto in- no momento em que foi preso, nesta madru-
direto) gada.”
b. Vivia cercado pelos mais respeitados Os termos destacados são, respectivamente:
mestres. (Agente da passiva) a. núcleo do sujeito, aposto e predicativo
c. Fumar prejudica a saúde. (Objeto dire- do sujeito.
to) b. núcleo do sujeito, predicativo do sujei-
d. Sempre gostei de música. (Objeto indi- to e aposto.
reto) c. núcleo do sujeito, adjunto adnominal e
e. Não tinha muito interesse por cinema. predicativo do objeto.
(Complemento nominal) d. núcleo do aposto, aposto e predicativo
464. UPM do sujeito.
e. aposto, vocativo e predicativo do obje-
Samba da caixa preta to.
1. Nosso amor explodiu no ar
2. e foi destroço pra tudo que é lado.
3. Recuperaram aquele colar
4. e um bilhete chamuscado

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219

466.
Observe a tirinha de Laerte e responda ao que se pede.

Disponível em: <http://www.laerte.com.br>.

Assinale a alternativa incorreta.


a. No primeiro balão da tirinha, o termo “Capitão” exerce a função de aposto.
b. Em “o senhor está vivo”, o termo destacado é sujeito da oração.
c. Em “Capitão, o senhor está vivo”, o termo destacado é vocativo.
d. “Capitão”, no primeiro quadrinho, e “Madame”, no último, exercem a mesma função sin-
tática.
e. O sujeito de “vimos” em ”todas nós vimos o senhor morrendo” é “todas nós”.

467. FGV-SP b. Gostavam de contemplar as estrelas.


Observe a seguinte frase: "Recorrendo a elas, c. Seus olhos tinham o brilho das estrelas.
arrisco-me a usar expressões técnicas, desco- d. Fui passear com as estrelas do tênis.
nhecidas do público, e a ser tido por pedante". e. As estrelas começavam a surgir.
Das alternativas abaixo, assinale aquela em
que a palavra destacada exerça a mesma fun- 469. Fuvest-SP
ção sintática de pedante, dessa frase. A frase em que os vocábulos destacados per-
a. As estações tinham passado rápido, tencem à mesma classe gramatical, exercem a
sem que tivesse sido possível vê-las di- mesma função sintática e têm significado di-
reito. ferente é:
b. Fui julgado culpado, embora não hou- a. Curta o curta, aproveite o feriado para
vesse provas decisivas a respeito do assistir ao festival de curta-metragem.
crime. b. O novo novo: será que tudo já não foi
c. Ele era difícil de convencer, mas concor- feito antes?
dou quando a quantia foi oferecida. c. O carro popular a 12.000 reais está lon-
d. Caminhou depressa por entre os co- ge de ser popular.
queiros. d. É trágico verificar que, na televisão bra-
e. Ele passeou demasiado ontem; hoje, sileira, só o trágico é que faz sucesso.
doem-lhe as pernas. Vai ser obrigado a e. O Brasil será um grande parceiro e não
deitar-se mais cedo. apenas um parceiro grande.
468. FGV-SP 470. Fuvest-SP
Assinale a alternativa em que "as estrelas" Nos enunciados a seguir, há adjuntos adnomi-
tem a mesma função sintática que em: “Bri- nais e apenas um complemento nominal. Assi-
lham no alto as estrelas.” nale a alternativa que contém o complemento
a. Querem erguer-se às estrelas. nominal.

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220

a. Faturamento das empresas Texto para as questões de 474 a 480


b. Ciclo de graves crises Jennifer O’Brien, uma professora
c. Energia desta estação que chamou os alunos, em seu post no
d. História do mundo Facebook, de "futuros criminosos", será
demitida do colégio onde leciona pela corte
e. Distribuição de poderes e renda
de Nova Jersey.
471. Segundo a juíza que cuidou do caso,
“Após nova recusa dos policiais, o suposto côn- a conduta da professora é inaceitável em
sul disse que só abriria o porta-malas do carro qualquer parte do país, sobretudo numa ci-
na Polícia Federal.” dade violenta e pobre. Jennifer demonstrou
completa falta de sensibilidade em relação
Assinale a alternativa que contém erro. ao universo em que seus estudantes vivem,
a. “Dos policiais” é adjunto adnominal de de acordo com a sentença da juíza.
“recusa”. A professora, que não quis falar com a
b. O sujeito de disse é “o suposto cônsul” imprensa, disse em seu depoimento à Jus-
e o sujeito de abriria é elíptico. tiça que postara sua reclamação no Face-
c. O adjetivo “nova” de “nova recusa” é book devido ao comportamento irrequieto
núcleo do predicativo do sujeito. de seis ou sete alunos, e que um garoto a
havia atacado com socos e pontapés.
d. “Que só abriria o porta-malas do carro O fato que gerou o julgamento foi ter
na Polícia Federal” é um objeto direto ela escrito em seu perfil, na conhecida rede
oracional. social: “não sou uma professora, mas, sim,
e. “Após nova recusa dos policiais” tem, uma guarda para futuros criminosos”.
no período, a função de adjunto adver- Disponível em: <http://idgnow.uol.com.
bial de tempo. br/internet/2011/11/09/professora-perde-
emprego-apos-postar-no-facebook-que-seus-
472. alunos-sao-futuros-criminosos>. Adaptado.
O bandido estava escondido no porta-malas 474.
de um Toyota Corolla que foi parado pela polí-
cia a poucos quilômetros da favela. Aponte o sujeito de cada um dos seguintes
verbos do 1º parágrafo: chamar, demitir e le-
Assinale a alternativa incorreta. cionar.
a. O sujeito da primeira oração é “o ban-
dido” e, o da segunda, é o pronome re- 475.
lativo “que”. Como se classifica sintaticamente a expressão
b. O sujeito das duas orações é o mesmo: “futuros criminosos”, no 1º parágrafo?
“o bandido”. 476.
c. “Pela polícia” é agente da passiva da se- A que termo da oração se refere o adjetivo
gunda oração. “inaceitável”? Qual sua função sintática?
d. “No porta-malas de um Toyota Corolla” 477.
é adjunto adverbial de lugar.
Reescreva o trecho “em relação ao universo
e. “A poucos quilômetros da favela” é ad-
em que seus estudantes vivem”, substituindo
junto adverbial de lugar.
o pronome relativo por outro de idêntico valor
473. semântico.
Transponha para a voz ativa a 2ª oração do pe- 478.
ríodo analisado na questão anterior – O ban-
Transcreva, do 3º parágrafo do texto, os dois
dido estava escondido no porta-malas de um
exemplos de locução verbal – expressão for-
Toyota Corolla que foi parado pela polícia a
mada por dois ou mais verbos com unidade de
poucos quilômetros da favela.
ação e sujeito.

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221

479. a. Objeto direto preposicionado e objeto


Em “não sou uma professora, mas, sim, uma direto preposicionado.
guarda para futuros criminosos", temos um b. Objeto indireto e objeto direto.
período composto de duas orações, a segunda c. Objeto indireto pleonástico e comple-
com o verbo elíptico. Que forma verbal é essa? mento nominal.
Por que ela está oculta? d. Objeto direto e objeto direto preposi-
480. cionado.
Reescreva o trecho “disse em seu depoimen- e. Objeto direto preposicionado e objeto
to à Justiça que postara sua reclamação no indireto.
Facebook devido ao comportamento irrequieto 484. UFU-MG
de seis ou sete alunos, e que um garoto a havia
atacado com socos e pontapés”, substituindo a Qual a função sintática da palavra destacada no
forma composta havia atacado por uma equi- período seguinte?
valente simples de mesmo valor semântico. “É a hora em que o pássaro volta, mas de há
481. UFAL muito não há pássaros.”
a. Complemento nominal
Assinale como verdadeiras as frases em que
os termos estão classificados corretamente e b. Predicativo do sujeito
como falsas aquelas em que isso não ocorre. c. Objeto direto
( ) Estivemos com o diretor que conside- d. Sujeito
ramos o mais sensato dentre todos os e. Objeto indireto
demais. Predicativo do objeto
485. UFU-MG
( ) Haverá de ser necessário que todos se
empenhem no cumprimento das or- No período “Quando enxotada por mim, foi
dens. Objeto indireto pousar na vidraça”, qual a função sintática de
( ) Encontramos os documentos, os quais por mim?
usaremos para as informações solicita- a. Objeto direto
das. Objeto direto b. Sujeito
( ) Seriam necessárias condições diferen- c. Objeto indireto
tes dessa que nos foi oferecida. Adjun- d. Complemento nominal
to adnominal
e. Agente da passiva
( ) Todos se admiraram da má vontade de-
monstrada pelo aluno. Complemento 486.
nominal Assinale a análise correta do termo destacado.
482. A terra era povoada de selvagens.
“Pagar-lhe-ei a dívida, João”. O verbo pagar é: a. Objeto direto
a. transitivo direto e indireto. b. Objeto indireto
b. transitivo direto. c. Agente da passiva
c. transitivo indireto. d. Complemento nominal
d. intransitivo. e. Adjunto adverbial
e. de ligação. 487. UFPB
483. Famema-SP Os pronomes pessoais oblíquos destacados
Classifique corretamente os termos integran- nas frases:
tes destacados: ...e vejo-a, ainda tomando conta de
mim.
“Mulher que a dois ama, a ambos engana”. Ela me enchia de carícias.

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222

... não me dão nunca a verdadeira fi- III. O candidato saiu do exame cansadíssi-
sionomia ... mo.
desempenham, respectivamente, a função Os predicados assinalados nas três frases são:
sintática de: a. respectivamente, verbo-nominal, no-
a. objeto direto, objeto direto e objeto minal e verbal.
indireto. b. respectivamente, nominal, verbal e
b. objeto indireto, objeto direto e objeto verbo-nominal.
indireto. c. todos nominais.
c. objeto direto, objeto indireto e objeto d. todos verbais.
direto.
e. todos verbo-nominais.
d. objeto direto, objeto indireto e objeto
indireto. 491. Cesgranrio-RJ
e. objeto indireto, objeto indireto e obje- Assinale a opção em que o pronome me tem
to direto. valor reflexivo.
a. Não fumava, e nenhum livro com força
488. UEL-PR
de me prender.
Assinale a alternativa em que a função sintáti- b. O ar frio da madrugada dava-me sono.
ca do termo em negrito está incorreta.
c. Um incidente qualquer me desviava
Faltavam algumas respostas (a) para que o deles.
trabalho fosse completo (b) e os meninos se
d. Trancava-me no quarto fugindo do
dispuseram a outras tarefas (c) mais adapta-
aperreio.
das (d) a seu nível (e).
e. Era a única coisa que me seduzia ali.
a. Objeto direto
b. Predicativo do sujeito 492.
c. Objeto indireto Em “Se descobrissem a desmoralização que
reina dentro de mim”, temos, respectivamen-
d. Adjunto adnominal te, verbos:
e. Complemento nominal a. transitivo direto e transitivo indireto.
489. b. transitivo direto e de ligação.
Aponte a alternativa em que ocorre sujeito in- c. transitivo indireto e intransitivo.
determinado. d. transitivo direto e intransitivo.
a. Na prova, havia, pelo menos, quatro e. intransitivo e intransitivo.
questões difíceis.
493. ESPM-SP
b. Revelou-se a necessidade de auxílio aos
desabrigados. Qual a alternativa que contém objeto pleonás-
c. Aconteceram, naquela casa, fenôme- tico?
nos inexplicáveis. a. Venceram aos espanhóis os atletas bra-
d. Come-se bem naquele restaurante de sileiros de vôlei.
beira de estrada. b. A ponte, levou-a o horrível vendaval de
e. Resolvemos não apoiar o candidato an- ontem à noite.
tidemocrático. c. Amar a Deus sobre todas as coisas é o
primeiro dos mandamentos da fé cris-
490. FCMSC-SP tã.
Examine as três frases a seguir. d. Este prêmio não trouxe a Norberto
I. As questões de física são difíceis. muita surpresa, pois ele já o esperava.
II. O examinador deu uma entrevista ao e. O técnico tem a mais absoluta confian-
repórter do jornal. ça em seus jogadores.

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223

494. Fuvest-SP b. O uso da expressão artes liberais (verso


"É preciso agir, e rápido", disse ontem o ex- 4) indica a preferência da mulher por
presidente nacional do partido. artistas.
c. A vírgula colocada entre um e poeta
A frase em que a palavra destacada não exer-
(verso 2) permite considerar o termo
ce função idêntica à de rápido é:
poeta como um adjetivo predicativo do
a. Como estava exaltado, o homem gesti- sujeito.
culava e falava alto.
d. O último verso funciona como sujeito
b. Mademoiselle ergueu súbito a cabeça, do verbo ter.
voltou-a pro lado, esperando, olhos
e. O termo em meu leito solitário é obje-
baixos.
to indireto do verbo ter.
c. Estavam acostumados a falar baixo.
497.
d. Conversamos por alguns minutos, mas
tão abafado que nem as paredes ouvi- “Em homenagem aos pais, uma bonita can-
ram. ção foi executada ao piano”. O termo em des-
taque exerce a mesma função de qual destas
e. Sim, havíamos de ter um oratório boni-
opções?
to, alto, de jacarandá.
a) O doutor assistiu o paciente até o último
495. FGV-SP
suspiro.
Em cada uma das alternativas abaixo, está
b) Deu dinheiro aos montes às crianças um
destacado um termo iniciado por preposição.
estranho homem desconhecido.
Assinale a alternativa em que este termo não
é objeto indireto. c) Jorge mostrava, muito atencioso, as enco-
a. O rapaz aludiu às histórias passadas, mendas recebidas para os idosos.
quando nossa bela Eugênia ainda era d) O cofre foi arrombado pelos bandidos.
praticamente uma criança. e) Ele sempre me pareceu um homem honesto.
b. Quando voltei da Romênia, o Brasil
498. FACESP adaptado
todo assistia à novela da Globo, todos
os dias. A recordação da cena persegue-me até hoje.
c. Quem disse a Joaquina que as batatas Os termos em destaque são, respectivamente:
deveriam cozer-se devagar? a. objeto indireto e objeto indireto.
d. Com a aterrissagem, o aviador logo b. complemento nominal e objeto direto.
transmitiu ao público a melhor das im-
pressões. c. complemento nominal e objeto indireto.
e. Durante todos os anos que passou nos d. objeto indireto e objeto direto.
Açores, foi fiel à lei. e. objeto indireto e objeto indireto.
496. UPM modificado 499. FEFASP modificado
Fui de um... Fui de outro... Este era Em que alternativa há objeto direto preposi-
[médico... cionado?
Um, poeta ... Outro, nem sei mais! a. Passou aos filhos a herança recebida.
Tive em meu leito enciclopédico b. Amou a seu pai com a mais plena gran-
Todas as artes liberais. deza da alma.
Manuel Bandeira
c. Naquele tempo era muito fácil viajar
Assinale a alternativa correta. para os infernos.
a. No texto, a expressão leito enciclopédi- d. Em dias ensolarados, gosto de ver nu-
co (verso 3) nivela sarcasticamente os vens flutuarem nos céus de agosto.
homens, independentemente de sua e. Com muita tristeza, passei-lhe às mãos
condição social. a escritura do imóvel

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224

500. FEI-SP c. “mas reflete a pulsação da inenarrável


Assinale a alternativa que indica a função sin- história de cada um” – Sujeito simples;
tática exercida pelas orações entre aspas, nos verbo transitivo direto e indireto
seguintes períodos: d. “que se recebe em herança” – Sujeito
I. Insistiu “em que permanecesse no clu- indeterminado; verbo transitivo indire-
be”. to
II. Não há dúvida “de que disse a verda- e. “a quem tutela” – Sujeito simples; ver-
de”. bo intransitivo
III. É preciso “que aprendas a ser indepen- 503.
dente”. Machado de Assis, em Memórias Póstumas de
IV. A verdade é “que não saberia viver sem Brás Cubas, usa uma construção com o verbo
ela”. lembrar em que a coisa lembrada passa a fun-
a. sujeito – objeto direto – complemento cionar como sujeito: O caso da véspera veio à
nominal – predicativo do sujeito minha lembrança.
b. predicativo do sujeito – complemento Identifique, nas alternativas, outra construção
nominal – objeto direto – sujeito correta com o verbo lembrar, de acordo com
a norma culta.
c. sujeito – predicativo do sujeito – objeto
indireto – complemento nominal a. Lembrei-me, agora, aquele seu enigmá-
tico sorriso.
d. objeto indireto – complemento nomi-
nal – sujeito – predicativo do sujeito b. Naquele dia se lembrara as prudentes
preocupações.
e. complemento nominal – sujeito – pre-
dicativo do sujeito – objeto indireto c. Lembro-me bem de que nos assenta-
mos de costas para a entrada.
501. Unirio-RJ
d. As pessoas lembraram-se, com tristeza,
Assinale a opção correta quanto à predicação o ocorrido.
atribuída ao verbo em destaque na passagem
e. Eles lembraram de que era feriado.
do texto.
a. “A casa fica num alto lavado de vento.” 504. Fuvest-SP
– Ligação Até hoje perdura a sólida suspeita de
que a cassação de Jânio Quadros pelo
b. “Aqui não há encantos.” – intransitivo movimento militar de 1964 tem raízes em
c. “...que levantam um muro colorido ao questões puramente pessoais.
pé dos estacotes,” – Transitivo direto e G. Dimenstein
indireto
d. “Sim, só comparo o Nordeste à Terra No texto acima, os termos grifados (suspeita,
Santa.” – Intransitivo cassação, Jânio Quadros, raízes, pessoais) fun-
cionam, pela ordem, como:
e. “...em torno do qual gravitam as plan-
tas, os homens e os bichos.” – Intran- a. objeto direto, sujeito, sujeito, objeto di-
sitivo reto e adjunto adverbial de modo.
b. objeto direto, sujeito, adjunto adnomi-
502. Cesgranrio-RJ nal, sujeito e objeto indireto.
Assinale a opção que traz corretas classifica- c. sujeito, sujeito, complemento nominal,
ções do sujeito e da predicação verbal. complemento nominal e objeto indireto.
a. “Houve... uma considerável quantida- d. objeto direto, sujeito, objeto indireto,
de” – Sujeito inexistente; verbo transi- objeto direto e adjunto adnominal.
tivo direto
e. sujeito, sujeito, complemento nominal,
b. “que jamais hão-de ver país como este” objeto direto e adjunto adnominal.
– Sujeito indeterminado; verbo transi-
tivo indireto

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225

505. FCC-SP d. Objeto direto pleonástico, predicativo


Assinale a alternativa que contenha somente do objeto e objeto indireto
objeto indireto. e. Objeto indireto pleonástico, predicati-
a. O poeta não revela seu amor a nin- vo do objeto e objeto indireto
guém. 509.
b. A notícia só interessa a eles. O termo em destaque está corretamente clas-
c. Tudo nos dava uma impressão agradá- sificado no item:
vel. a. Quem lhe contou semelhante mentira?
d. Nem ele entende a nós, nem nós a ele. – Complemento nominal
e. Os policiais escangalharam com tudo. b. Saudosos dos velhos amigos, foram
encontrá-los numa festa. – Objeto in-
506. Mackenzie-SP
direto
Indique a alternativa cujos elementos comple- c. Fácil de resolver, o problema nem foi
tam corretamente as lacunas abaixo. discutido pelos grupos. – Agente da
Era um tique peculiar ___________ ca- passiva
valariço o de deixar caído , ___________can-
to da boca, o cachimbo vazio ___________ d. Longe de casa, Camões compôs Os Lu-
fumo, enquanto alheio ___________ tudo e síadas. – Adjunto adnominal
solícito apenas ___________ animais, pros- e. Muitos foram os gritos de Adélia, mas
seguia ___________ seu serviço. ninguém a ouviu. – objeto indireto ple-
a. ao – ao – de – a – com os – em onástico
b. do – no – em – de – dos – para
c. para o – no – de – com – pelos – a Texto para as questões de 510 a 515
d. ao – pelo – do – por – sobre – em Betsy
e. do – para o – no – para – para com os 01 Betsy esperou a volta do homem
– no para morrer.
507. Antes da viagem ele notara que
Apenas uma das frases admite a voz passiva. Betsy mostrava um apetite incomum.
Assinale-a. 05 Depois surgiram outros sintomas, in-
gestão excessiva de água, incontinência
a. Gosto de frutas. urinária. O único problema de Betsy até
b. Estavam sempre fugindo de qualquer então era a catarata numa das vistas.
responsabilidade. Ela não gostava de sair, mas antes da
c. Milhares de pessoas assistiram ao jogo. 10 viagem entrara inesperadamente com
d. Deus criou o mundo. ele no elevador e os dois passearam no
calçadão da praia, algo que ela nunca
e. Este ano foi quente. fizera. No dia em que o homem chegou,
508. Betsy teve o derrame e ficou sem co-
15 mer. Vinte dias sem comer, deitada na
Qual a função sintática dos termos destaca-
dos em: “O dinheiro da propina, o deputado cama com o homem. Os especialistas
trazia-o escondido na cueca e declarou: fize- consultados disseram que não havia
ram-me trazê-lo contra a minha vontade”? nada a fazer. Betsy só saía da cama para
beber água.
a. Objeto direto, predicativo do sujeito e 20 O homem permaneceu com
objeto direto Betsy na cama durante toda a sua ago-
b. Objeto direto pleonástico, predicativo nia, acariciando seu corpo, sentindo
do sujeito e sujeito com tristeza a magreza de suas ancas.
c. Objeto direto pleonástico, predicativo No último dia, Betsy, muito quieta, os
do objeto e sujeito 25 olhos azuis abertos, fitou o homem com

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226

o mesmo olhar de sempre, que indicava a. ”Betsy esperou a volta do homem para
o conforto e o prazer produzidos pela morrer”, na linha 1.
presença e pelos carinhos dele. Co- b. “Antes da viagem ele notara que Betsy
meçou a tremer e ele a abraçou com mostrava um apetite incomum”, nas
30 mais força. Sentindo que os membros linhas 3 e 4.
dela estavam frios, o homem arranjou
para Betsy uma posição confortável na c. “O único problema de Betsy até então
cama. Então ela estendeu o corpo, pare- era a catarata numa das vistas”, linha
cendo se espreguiçar, e virou a cabeça 8.
35 para trás, num gesto cheio de langor. d. “Os especialistas consultados disseram
Depois esticou o corpo ainda mais e que não havia nada a fazer”, linha 8.
suspirou, uma exalação forte. O ho- e. “Antes de abri-la e sair, enxugou os
mem pensou que Betsy havia morrido. olhos”, linhas 68 e 69.
Mas alguns segundos depois ela emitiu
511.
40 novo suspiro. Horrorizado com sua me-
ticulosa atenção o homem contou, um a Assinale a única alternativa em que há erro na
um, todos os suspiros de Betsy. Com o classificação do termo sublinhado.
intervalo de alguns segundos ela exalou a. “Mas alguns segundos depois ela emi-
nove suspiros iguais, a língua para fora, tiu novo suspiro.” (objeto direto)
45 pendendo do lado da boca. Logo ela b. “Horrorizado com sua meticulosa aten-
passou a golpear a barriga com os dois ção, o homem contou, um a um, todos
pés juntos, como fazia ocasionalmen- os suspiros de Betsy.” (predicativo do
te, apenas com mais violência. Em se- objeto)
guida, ficou imóvel. O homem passou
50 a mão de leve no corpo de Betsy. Ela c. “De manhã, ele a deixou na cama e foi
se espreguiçou e alongou os membros até a cozinha e preparou um café puro.”
pela última vez. Estava morta. Agora, o (objeto direto)
homem sabia, ela estava morta. d. “A casa nunca estivera tão vazia e tris-
A noite inteira o homem passou te.” (predicativo do sujeito)
55 acordado ao lado de Betsy, afagando-a e. “A noite inteira o homem passou acor-
de leve, em silêncio, sem saber o que dado ao lado de Betsy.” (predicativo do
dizer. Eles haviam vivido juntos dezoi- sujeito)
to anos.
512.
De manhã, ele a deixou na cama
60 e foi até a cozinha e preparou um café Assinale a única alternativa incorreta.
puro. Foi tomar o café na sala. A casa Em: “Felizmente o homem não jogara fora a
nunca estivera tão vazia e triste. caixa de papelão do liquidificador. Voltou para
Felizmente o homem não jogara o quarto. Cuidadosamente, colocou o corpo
fora a caixa de papelão do liquidifica- de Betsy dentro da caixa. Com a caixa debai-
65 dor. Voltou para o quarto. Cuidadosa- xo do braço caminhou para a porta. Antes de
mente, colocou o corpo de Betsy dentro abri-la e sair, enxugou os olhos. Não queria
da caixa. Com a caixa debaixo do braço que o vissem assim.” , os termos destacados
caminhou para a porta. Antes de abri- exercem a função de:
la e sair, enxugou os olhos. Não queria
70 que o vissem assim. a. objeto direto em um caso, objeto dire-
to preposicionado em dois casos e ad-
Rubem Fonseca: "Histórias de amor" (contos), – São
Paulo: Companhia das Letras, 1997. Disponível em: juntos adverbiais nos demais casos.
<http://www.releituras.com/i_natalia_rfonseca.asp>. b. objeto indireto em um caso, objeto
direto preposicionado em dois casos
510.
e adjuntos adverbiais nos demais ca-
Assinale a única alternativa em que o termo sos.
destacado não exerce a função sintática de ob- c. adjuntos adverbiais em todos os casos.
jeto direto.

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227

d. predicativo do objeto em dois casos e 517.


adjuntos adverbiais nos demais casos. A expressão de um sentido, na 1ª linha do tex-
e. objeto direto preposicionado em um to, tem a função de:
caso, objeto indireto em dois casos e a. objeto direto.
adjuntos adverbiais nos demais casos.
b. objeto indireto.
513.
c. complemento nominal.
Qual a função sintática do termo destacado d. adjunto adnominal.
em: “... que indicava o conforto e o prazer pro-
duzidos pela presença e pelos carinhos dele.” e. adjunto adverbial indicativo de finali-
dade.
514.
518.
Dê a função sintática do termo destacado em:
“Começou a tremer e ele a abraçou com mais O verbo levar, na 3ª linha do texto, pode ser
força.” classificado como:
a. intransitivo.
515.
b. transitivo direto.
Os termos destacados em: “Ela não gostava c. transitivo indireto.
de sair, mas antes da viagem entrara ines-
peradamente com ele no elevador e os dois d. transitivo direto e indireto.
passearam no calçadão da praia” são, respec- e. de ligação.
tivamente: 519.
a. objeto indireto, adjunto adverbial de Destaque do texto um exemplo de aposto.
tempo, adjunto adverbial de compa-
nhia e adjunto adverbial de lugar. 520.
b. objeto direto preposicionado, adjunto A expressão dos fatos, nas linhas 4 e 5 do tex-
adverbial de tempo, adjunto adverbial to, tem a função sintática de complemento no-
de companhia e adjunto adverbial de minal. Destaque do texto duas outras expres-
lugar. sões com essa mesma função.
c. objeto direto pleonástico, adjunto ad- 521.
verbial de tempo, adjunto adverbial de Classifique os predicados das orações seguintes.
companhia e adjunto adverbial de lugar.
I. Ele não estava no restaurante.
d. complemento nominal, adjunto ad-
verbial de modo, adjunto adverbial de II. Após três meses, os montanhistas re-
tornaram cansados.
companhia e adjunto adverbial de lugar.
III. Está chovendo.
e. objeto indireto, adjunto adverbial de
modo, adjunto adverbial de tempo e a. Nominal, verbo-nominal, nominal.
adjunto adverbial de lugar. b. Verbal, verbo-nominal, verbal.
c. Nominal, verbo-nominal, verbal.
d. Verbal, verbal, verbal.
Texto para as questões de 516 a 520
A procura de um sentido para justifi- 522. UECE
car a construção da obra de Eça de Quei- “Ponha a mão na consciência” se classifica
rós leva-nos a um fator biográfico alta- como predicado:
mente significativo: o distanciamento dos a. verbal, com verbo transitivo direto.
fatos que mais o sensibilizaram.
b. verbo-nominal, com verbo transitivo
Disponível em: <http://www.letras.puc-rio.br/catedra/
revista/6Sem_04.html>. Por Benjamin Abdala Junior. direto.
c. verbal, com verbo transitivo direto e in-
516. direto.
Destaque do texto o núcleo do sujeito do ver- d. verbo-nominal, com verbo transitivo
bo levar. direto e indireto.

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228

523. 527. UFGO


Assinale a alternativa em que aparece predica- Em uma das alternativas abaixo, o predicativo
do verbo-nominal. inicia o período. Assinale-a.
a. A chuva permanecia calma. a. A dificílima viagem será realizada pelo
b. A chuvarada assustou os habitantes da homem.
vila. b. Em suas próprias inexploradas entra-
c. Toninho ficou satisfeito. nhas descobrirá a alegria de conviver.
d. Os meninos sairam do cinema calados. c. Humanizado tornou-se o sol com a pre-
sença humana.
e. Os candidatos estavam preocupados.
d. Depois da dificílima viagem, o homem
524. FMU-SP ficará satisfeito?
Assinale a alternativa em que aparece um pre- e. O homem procura a si mesmo nas via-
dicado verbo-nominal. gens a outros mundos
a. Os viajantes chegaram cedo ao destino. 528.
b. Demitiram o secretário da instituição.
Assinale a alternativa que apresenta predica-
c. Nomearam as novas ruas da cidade. do verbo-nominal.
d. Compareceram todos atrasados à reu- a. Justiça determina reintegração de pos-
nião. se de prédio na capital.
e. Estava irritado com as brincadeiras. b. Senado aprova projeto que pune mo-
525. PUC-SP torista que dirigir depois de ingerir
álcool.
Leia o período a seguir.
Tudo isso é fácil quando está ter- c. Costureiro em seu país, ele se tornou
minado e embira-se em duas linhas, mas agente de segurança na França.
para o sujeito que vai começar, olha os d. As famílias permaneceram aquecidas, e
quatro cantos e não tem em que se pegue, o prédio Balzac foi murado.
as dificuldades são horríveis. e. A polícia encontrou o mendigo desfale-
a. Transcreva deste período duas orações cido na calçada.
formadas por predicados nominais. 529.
b. Indique, respectivamente, os predica-
Assinale a alternativa que apresenta predica-
tivos do sujeito desses predicados no-
do nominal.
minais.
a. Na noite do despejo, mais de duzentas
526. pessoas dormiram na calçada.
Nas frases abaixo, identifique o tipo de pre- b. No dia 18 de abril, a administração aca-
dicado: (PV) verbal, (PN) nominal, (PVN) bou com os abrigos provisórios,
verbo-nominal
c. Do lado de fora do prédio, alguns con-
( ) A canoa virou. templam desolados seus poucos per-
( ) As ondas viraram a canoa. tences.
( ) O copo de cristal virou um monte de d. Uma indenização por ocupação não é
cacos. um aluguel comum.
( ) Assustada, ela virou a cabeça. e. Uma vez evacuado o acampamento, os
( ) O empresário virou a própria mesa ex-ocupantes aceitaram um alojamen-
to de emergência em hotéis.

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530. A tremer e a uivar no último estertor,


Associe as colunas de acordo com a correta Caindo-lhe da boca, ao tombar
classificação do predicado. [fulminado,
O gorro do pintor!
JUNQUEIRO, Abílio Manuel Guerra. Fiel. In A
a. ( ) Sentenciaram-na musa em férias, obra completa (Poesia). Lello
culpada da morte do & Irmão- Editores, s./d, p. 736-740.
bebê.
531.
b. ( ) A disputa foi
I) Predicado verbal Assinale a alternativa em que há erro.
acirradíssima.
a. Em “E ao recolher a casa, ele exclama-
II) Predicado nominal c. ( ) Voava leve e solto va irado”, o predicado sublinhado é
por entre as nuvens. verbo-nominal.
III) Predicado verbo-
-nominal d. ( ) Você acordou b. Em “Caindo-lhe da boca, ao tombar
cedo! fulminado, o gorro do pintor", o predi-
cado é verbal.
e. ( ) O atleta fez um
gol memorável naquele c. Em “Não podia dormir”, o predicado é
jogo. verbal.
d. Em “Maldito seja o cão!”, o predicado
é nominal.
O poema a seguir servirá às questões 531 e e. Em “Que voltava arquejante, exânime,
532. encharcado,”, o predicado é verbal.
Fiel 532.
[...] Associe as colunas de acordo com a função
E ao recolher a casa ele exclamava sintática dos termos extraídos do poema.
[irado:
"E por causa do cão perdi o meu a.( ) Dava a riqueza,
[tesouro! I)Sujeito
a glória, a existência, o
Andava bem melhor se o tinha futuro.
[envenenado!
Maldito seja o cão! Dava montanhas II)Objeto direto b.( ) Recuou cheio de
espanto.
[d'oiro,
Dava a riqueza, a glória, a existência, c.( ) E deitou-se
[o futuro, III) Objeto indireto
nervoso, alucinado,
Para tornar a ver o precioso objeto, inquieto,
Doce recordação daquele amor tão
[puro." IV) Predicativo do
d.( ) E ao recolher a
sujeito
E deitou-se nervoso, alucinado, casa (...)
[inquieto.
Não podia dormir. e.( ) Caindo-lhe da
V) Adjunto adverbial
Até nascer da manhã o vivido clarão, boca o gorro do pintor.
Sentiu bater à porta ! Ergueu-se e foi
[abrir.
Recuou cheio de espanto: era o Fiel,
[o cão,
Que voltava arquejante, exânime,
[encharcado,

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230

Observe a tirinha de Fernando Gonsales e responda às questões de 533 a 535.

MEU NOME É EU SOU UM RATO, MINHA MÃE TEVE 814


EI, MICKE
NIQUEL NÁUSEA! NÃO UM CAMUNDONGO!! FILHOTES E JUSTO EU
GANHEI ESSE NOME!
DESCULPA,
MICKEY!

533.
Destaque e classifique o predicado do 1º quadrinho em: “Meu nome é Níquel Náusea!”
534.
Qual a classificação do predicado em: “Sou um rato, e não um camundongo!”?

535. a. o predicado da 1ª oração é sempre ver-


Em: “Minha mãe teve 814 filhotes, e justo eu bal e o da 2ª é verbo-nominal.
ganhei esse nome!”, qual é o predicado do b. o predicado da 1ª oração é sempre no-
trecho sublinhado e como o classificamos? minal e o da 2ª é verbal.
536. c. o predicado da 1ª oração é sempre ver-
bal e o da 2ª é nominal.
Qual a função sintática da palavra Mickey, no
último balão da tirinha? d. o predicado das duas orações é sempre
nominal.
e. o predicado das duas orações é sempre
Leia atentamente a letra da música Sutilmente,
verbal.
do Skank, e responda às questões 537 e 538:
538.
1 E quando eu estiver triste, sim- Transcreva do texto dois exemplos de voz re-
[plesmente me abrace flexiva.
2 Quando eu estiver louco, subita-
[mente se afaste 539. ENEM
3 Quando eu estiver fogo, suave- Antigamente
[mente se encaixe
4 E quando eu estiver triste, sim- Acontecia o indivíduo apanhar cons-
[plesmente me abrace tipação; ficando perrengue, mandava o
5 Quando eu estiver louco, subita- próprio chamar o doutor e, depois, ir à
[mente se afaste botica para aviar a receita, de cápsulas ou
6 E quando eu estiver bobo, sutil- pílulas fedorentas. Doença nefasta era a
[mente disfarce, phtísica, feia era o gálico. Antigamente,
7 Mas, quando eu estiver morto, su- os sobrados tinham assombrações, os me-
[plico que não me mate não ninos, lombrigas (...)
8 Dentro de ti, dentro de ti. ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa e
prosa. Rio de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184.
9 Mesmo que o mundo acabe enfim
10 Dentro de tudo o que cabe em ti.
537. O texto acima está escrito em linguagem de
Em cada um dos versos de 1 a 7 da canção, há uma época passada. Observe uma outra ver-
duas orações. Podemos afirmar com correção são, em linguagem atual:
que:

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231

Antigamente 540. Unifenas modificado


Acontecia o indivíduo apanhar um Analise as seguintes afirmações. Em seguida,
resfriado; ficando mal, mandava o próprio assinale a incorreta.
chamar o doutor e, depois, ir à farmácia a. “Enquanto pasta alegre o manso gado,
para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas /minha bela Marília, nos sentemos...”
fedorentas. Doença nefasta era a tubercu-
lose, feia era a sífilis. Antigamente, os so- – Os adjetivos destacados acima não
brados tinham assombrações, os meninos, exercem as mesmas funções sintáticas.
vermes (...) b. “Rosa, que de manhã lisonjeada, púr-
puras mil, com ambição dourada, airo-
sa rompe, arrasta presumida...”
Comparando-se esses dois textos, verifica-se – Nos versos, existe predicado verbo-
que, na segunda versão, houve mudanças re- -nominal.
lativas a:
c. Nos mesmos versos da alternativa “a”
a. vocabulário. não há adjetivo com função sintática de
b. construções sintáticas. adjunto adnominal.
c. pontuação. d. “Entra Irene, você não precisa pedir li-
d. fonética. cença.”
e. regência verbal. – A colocação de uma vírgula após a
forma verbal que encabeça esse verso
iria ao encontro de uma norma estipu-
lada pelo padrão culto de linguagem.
e. “Auriverde pendão de minha terra /
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra / E
as promessas divinas da esperança...”
– Os termos destacados nesse quarte-
to constituem elementos modificado-
res de núcleos nominais.

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232

GABARITO DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS


Capítulo 01 b) – Você o conhece... – e 62. A 69. D
– Nós temos camisa para o frio? 63. A 70. D
01. B 05. D O pronome pessoal do
02. D 06. C caso reto ele não pode ser usa- 64. C 71. B
03. B 07. A do com a função de objeto di- 65. D 72. E
reto; em seu lugar, a gramática 66. B 73. A
04. C 08. D normativa exige o uso do pro-
nome pessoal do caso oblíquo 67. D 74. B
09. Fizemos a última viagem o. Além disso, em lugar de a 68. C
/ Lá para o sertão de Goiás / gente deve-se usar o pronome
Fomos eu e o Chico Mineiro, pessoal do caso reto nós. Por 75. a) A passagem está no
Também foi o capataz. fim, a norma culta não admite último período: “sem a compa-
Viajamos muitos dias / Para o uso de contrações como pro, nhia ou autorização dos pais”.
chegar a Ouro Fino / Onde pas- por isso o correto seria para o. A situação engraçada é os pais
samos a noite / Numa Festa do 36. B acompanharem os filhos ao
Divino. motel.
37. V, F, V, V, F, V b) Sugestão: a portaria
10. Onde é que eu estou?
38. C proíbe ainda os menores de 18
De onde é que eu sou? anos de frequentarem rodeios
39. C
Para onde é que eu vou? sem a companhia dos pais e de
40. D irem a motéis.
11. (2), (3), (4), (6), (5), (1)
12. E Capítulo 02 76. A passagem ambígua é
“[…] Kennedy, que, simultanea-
13. A 41. a) cumprimentos, b) ca- mente, mantinha um caso com
valeiros, c) absorver, d) mal, o chefão mafioso Sam Gianca-
14. C e) discrição, f) saldar na”. A ambiguidade é: quem
15. atribulações, aborreci- 42. a) cela,b) sela, c) cela era amante do mafioso: Kenne-
mentos, tenta adivinhar e em- dy ou Judith? O pronome relati-
boscada 43. a) cessão, b) seção,
vo que, na posição em que se
c) sessão
16. 10 (02 + 08) encontra, pode se referir tanto
44. a) cerrar, b) serrar a Kennedy quanto a Judith.
17. 11 (01 + 02 + 08)
45. a) infração, b) inflação, 77. C 79. D
18. B c) Se não, d) senão, e) agente,
19. C 27. E 78. A 80. C
f) a gente
20. D 28. E 46. A Capítulo 03
21. B 29. A 81. C 91. A 101. C
47. a) Por que, b) por quê, c)
22. C 30. V, F, V, V por que, d) porque, e) porque, 82. D 92. B 102. B
f) porquê. 83. E 93. C 103. B
23. A 31. D
48. C 55. C 84. B 94. B 104. D
24. D 32. C
49. A 56. D 85. D 95. B 105. A
25. A 33. D
50. C 57. A 86. B 96. A 106. A
26. B 34. C
51. B 58. D 87. D 97. D 107. B
35. a) – Aonde ele foi? – e –
Vai aonde for preciso! 52. E 59. D 88. B 98. C 108. C
A regência do verbo ir 53. B 60. E 89. B 99. B
exige o uso da preposição a em
ambos os casos. 54. C 61. A 90. E 100. D

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233

109. V, V, F, V 112. D Capítulo 05 180. “Senhor Presidente, vi-


110. D 113. E mos hoje a sua presença pedir
161. há, dizem, levanto, ajudo, que nos desculpe.”
111. B 114. A é, esbarram, fala, faz, atraves-
sa, vamos, espocam, somos. 181. E
115. 45 (01 + 04 + 08 + 32)
162. pescar, escamar, abrir, re- 182. C
116. D 118. E 120. E talhar, salgar, dormir. 183. Em a, o verbo está no pre-
117. E 119. C 163. foi, prateou, vimos. sente do indicativo e indica um
fato habitual no presente. Na
Capítulo 04 164. a) futuro do subjuntivo; frase b, o verbo está no pretérito
b) imperativo afirmativo; c) ge- imperfeito do indicativo e indica
121. B 134. E rúndio um fato habitual no passado.
122. B 135. D 165. rizotônicas – dizem, pes- 184. E 186. D 188. B
123. E 136. E que, limpe, levanto, ajudo, atra-
vessa, espocam; arrizotônicas – 185. E 187. B
124. C 137. E quiser, pescar, prateou, dormir 189. a) Presente do subjuntivo
125. B 138. D 166. vamos dormir b) Essas formas expres-
126 C 139. A sam possibilidade marcada no
167. É (verbo ser) texto pela presença do advér-
127. B 140. B 168. abrir e dormir bio talvez.
128. C, B, A, E, D 141. E 169. Havia mulheres que di- 190. B 194. A 198. C
129. A 142. A ziam/meu marido, se quiser 191. D 195. E 199. D
130. E 143. A pescar, pesque,/ mas que
limpe os peixes./Eu não. A 192. D 196. C 200. D
131. B 144. D qualquer hora da noite me le- 193. A 197. E
132. D 145. E vantava,/ajudava a escamar,
abrir, retalhar e salgar./ Era tão 201. Pres. do indic.– opto, op-
133. C 146. V, F, F, V tas, opta, optamos, optais,
bom, só a gente sozinhos na
147. Bem-querer: composição cozinha,/ de vez em quando optam; Imp. af.– opta, opte,
por justaposição os cotovelos se esbarravam,/ optemos, optai, optem; Pres.
ele falava coisas como "este foi subj.– opte, optes, opte, opte-
Sacramentado: derivação
sufixal difícil",/prateou no ar dando mos, opteis, optem
rabanadas/e fazia o gesto com Imp. neg.– não optes, não
Quê: derivação imprópria a mão./O silêncio de quando opte, não optemos, não op-
Acaricidado: derivação pa- nos vimos a primeira vez/atra- teis, não optem.
rassintética vessava a cozinha como um rio 202. Pres. do indic.– perco,
Encanto: derivação regres- profundo./Por fim, os peixes perdes, perde, perdemos, per-
siva na travessa,/ íamos dormir./ deis, perdem; Imp. Af.– perde,
Coisas prateadas espocavam:/ perca, percamos, perdei, per-
Sofrer: derivação imprópria éramos noivo e noiva. cam; Pres. subj.– perca, per-
148. D 154. C 170. C 172. A cas, perca, percamos, percais,
149. E 155. D 171. A 173. C percam; Imp. neg– não percas,
150. C 156. C não perca, não percamos, não
174. (...) mas nunca a vira atuar. percais, não percam
151. D 157. B 175. (4), (2), (1), (3) 203. Pres. do indic. – sumo,
152. E 158. D 176. (...) ele já tomara... somes, some, sumimos, sumis,
153. C 177. (...) o juiz dissera ... somem; Imp. af.– some, suma,
sumamos, sumi, sumam; Pres.
159. 13(01 + 04 + 08) 178. impregna subj.– suma, sumas, suma, su-
160. A 179. opto mamos, sumais, sumam; Imp.
Neg.– não sumas, não suma,

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234

não sumamos, não sumais, b) Eu rapto, tu raptas, ele 267. adveio, conveio, inter-
não sumam rapta, nós raptamos, vós rap- veio, proveio, sobreveio, advie-
204. Pres. do indic.– —, demo- tais, eles raptam. mos, conviemos, interviemos
les, demole, demolimos, de- 231. B 240. C etc.
molis, demolem; Imp. af.– de- 232. B 241. B 268. vindo/vindo; intervindo/
mole, demoli; Pres. subj.– não intervindo; advindo/advindo
há; Imp. neg.– não há 233. D 242. E
269. Pres. ind.– precavemos,
205. Pres. do indic.– —, —, —, 234. A 243. C precaveis; Imp. af.– precavei;
reavemos, reaveis, —; Imp. 235. D 244. B Pres. subj.– não há; Imp. neg.–
af.– Reavei; Pres. subj.– não há; 236. B 245. D não há
Imp. neg.– não há 270. precaveu, precaveram; pre-
237. E 246. A
206. E 208. A 210. A cavesse, precavessem.
238. D 247. B
207. A 209. D 271. E 276. E
239. A 248. D
211. a) ... que eu vá... b) ... pu- 272. C 277. B
desse vir... c) ... Não me venhas 249. a) dispersado/disperso;
273. D 278. A
b) extinguido/extinta; c) acei-
212. Não faça versos..., Não 274. A 279. B
tado/aceitas; d) pagado/pago;
faça poesias..., Não cante...,
e) soltado/solto 275. A 280. E
Não dramatize, não invoque,
não indague. Não perca... Não 250. E 256. B
recomponha sua... Penetre... 251. E Capítulo 06
257. A
Conviva com seus... Tenha pa- 281. A 287. A
ciência... se o provocam... Es- 252. D 258. B
pere... Chegue... contemple... 253. B 259. D 282. C 288. A
e lhe pergunte... que lhe der: 283. B 289. C
254. E 260. C
Trouxe...
255. D 284. A 290. E
213. E 215. B 285. D 291. C
214. C 216. D 261. FS, I, FS, I, I, FS, I, I, FS
286. C 292. B
262. D
217. a) Não sejais prudentes, 293. a) Em “(...) dos ricos (...)”
nunca vos previnais e não va- 263. reouve, reouve, reou-
vemos, reouveram, reouver, é substantivo. “Pobres” é ad-
des em frente. jetivo em “países pobres”. Em
b) Sede prudentes, preve- reouvermos, reouverem, reou-
vesse, reouvéssemos, reouves- “os pobres”, temos um subs-
ni-vos sempre e ide em frente. tantivo.
sem
218. A Os outros dois casos
264. compuseram, depuseram, são adjetivos.
“enviem“ concorda com “os impuseram, opuseram, repuse-
convites“. b) (várias possibilidades)
ram, supuseram, compuser, de-
puser, impuser, opuser, repuser, I. O brasileiro adora
219. D 224. D futebol. (substantivo)
supuser etc.
220 D 225. D II. O povo brasileiro é
265. conteve, deteve, entre- importante para nossa econo-
221. D 226. E teve, manteve, obteve, reteve, mia. (adjetivo)
222. D 227. C susteve, contivemos,detivemos,
entretivemos, mantivemos, ob- 294. B
223. V, F, F, V, V 228. C
tivemos, retivemos etc. 295. D
229. "novas" (adjetivo com va-
266. anteviu, entreviu, previu, 296. a) A denominação pai
lor de substantivo)
reviu, antevimos, entrevimos, dos burros para o dicionário é
230. a) Eu adapto, tu adaptas, previmos, revimos, anteviram, que é burrice.
ele adapta, nós adaptamos, entreviram, previram, reviram,
vós adaptais, eles adaptam. antevir etc.

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235

A admissão de um 347. o pronome demonstrati- 389. D 391. D


desconhecimento não é uma vo esse está corretamente em- 390. C 392. C
virtude? pregado uma vez que se refere
b) Se a burrice não cos- 393. “Se o ruído da vaga fosse
ao papel colocado pelo recep-
tuma vir acompanhada da hu- tor e não, pelo emissor. ouvido pelos filhos dos pesca-
mildade, a inteligência dispen- dores, o rangido longínquo dos
348. D 350. A 352. D carros de boi seria escutado
sa a força da insolência.
349. E 351. A 353. B por mim. (Observe que seria
297. C concorda com o núcleo do su-
298. B 354. a) “Ok. Vou querer isso.” jeito, rangido.)
b) “Tudo o que quiser.”
299. C 394. C
c) Não é totalmente in-
300. C sensato, já que o demonstrati- 395. C
301. E vo isso é polissêmico, especial- 396. a) Ainda hoje, esta sin-
mente depois de um discurso gela quadrinha de propaganda
302. Advérbios: já; meio fundamentado também numa tem sido cantada no rádio por
Locução adverbial: com des- indefinição: Tudo o que quiser. vozes bem afinadas.
gosto. 355. A b) novinhas em folha:
303. B 356. B desabrocham
304. No 1º quadro, barata é 357. Essas eram as ideias que resplandecentes: luz
substantivo; no segundo, é ad- iam passando pela minha ca- do sol
jetivo que modifica o substan- beça. 397. a) Pode-se responder
tivo filosofia. sim e não à pergunta. Num
358. C
305. D sentido estrito, a tradição gra-
359. a) O barbeiro não parou matical condena a construção
306. a) borboletas azul-claras de falar, enquanto me cortava
em virtude de um desvio de
b) borboletas cor-de-la- os cabelos. concordância verbal: numa
ranja b) Amigo algum me aju- estrutura de voz passiva sin-
307. E 317. A 327. A dará tética, o verbo transitivo dire-
to alugar (no qual se apõe o
308. D 318. C 328. A 360. A pronome apassivador se) deve
309. E 319. C 329. E Capítulo 07 concordar em número com o
310. D 320. E 330. D 361. D sujeito. Desse modo: Aluga-se
moça (= Moça é alugada) ou
311. E 321. B 331. E 362. (VTI), (VL), (VTDI), (VI), Alugam-se moças (= Moças são
312. B 322. E 332. E (VTD) alugadas). Num sentido mais
amplo, a ausência da letra m
313. C 323. D 333. A 363. D 371. E 379. A final em Aluga-se não deixa de
314. B 324. C 334. A 364. B 372. C 380. E ser também um desvio gráfico.
315. C 325. A 335. D 365. A 373 A 381. D b) O sujeito é você, o re-
ceptor da mensagem (o aviso
316. D 326. B 336. D 366. D 374. A 382. C ao lado do caixa), e classifica-
337. mim, eu 367. D 375. E 383. B -se como oculto (implícito, su-
bentendido).
O primeiro é complemento no- 368. B 376. B 384. C
minal do adjetivo difícil; o se- 369. E 398. E 403. C 408. E
377. D 385. D
gundo de pagar. 399. A 404. E 409. D
370. D 378. D 386. B
338. E 341. A 344. B 400. A 405. C 410. D
387. a) Muitos te ajudaram. b)
339. D 342. B 345. C Mestres nos aconselharam. 401. D 406. E 411. B
340. B 343. A 346. E 388. B 402. E 407. A 412. C

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236

413. D 422. B 453. C 455. E 506. A 509. C


414. A 423. D 454. C 456. A 507. D 510. C
415. A 424. D 457. a. (CN) (AA) / b. (CN) (AA) 508. C 511. B
416. D 425. D 458. “o orgulho da mamãe”. 512. C
417. A 426. D 459. B 466. A 513. Agente da passiva
418. D 427. D 460. C 467. B 514. Adjunto adverbial de
419. C 428. E 461. E 468. E modo
420. C 429. E 462. D 469. E 515. A
421. C 430. B 463. A 470. E 516. procura
517. C
431. que, em certo dia / Na 464. D 471. C
rua, ao sol de verão,/ Envene- 465. A 472. B 518. D
nado, morria / Um pobre cão. 519. O distanciamento dos fa-
432. D 473. que a polícia parou a pou- tos
cos quilômetros da favela.
433. C 520. de um sentido / da obra
474. Que, professora e profes- de Eça de Queirós
434. B sora, respectivamente.
521. B 523. D
435. D 475. Predicativo do objeto
522. A 524. D
436. a) A polícia desses países 476. À conduta da professora:
não pôde... b) A causa provável sujeito 525. a) Para ser predicado
desse desvio tão frequente é a nominal, basta haver verbo de
proximidade entre o verbo e o 477. Em relação ao mundo no
ligação e predicativo.
adjunto (“desses países“) no qual seus estudantes vivem.
b) Os predicativos são as
plural. 478. Quis falar e havia atacado. características atribuídas ao
437. a) A falta de concordân- 479. A forma verbal oculta é sujeito.
cia entre o verbo traduzir e “sou” e, por uma questão de 526. PV, PV, PN, PVN, PV
seu sujeito. O correto seria: estilo, como já foi mencionada
“Os convênios assinados tra- na oração anterior, torna-se 527. C
duzem os esforços”. b) Se até desnecessária sua repetição. 528. E
um delegado do Ministério da 480. Disse em depoimento à 529. D
Educação comete erros desta Justiça que postou sua recla- 530. a. III, b. II, c. III, d. I, e. I
natureza, não se pode esperar mação no Facebook devido ao
muito da educação no Brasil. comportamento irrequieto de 531. E
438. “aquele pastor amante”, seis ou sete alunos, e que um 532. a. II / b. IV / c. IV / d. V / e. I
primeiro verso, é sujeito de garoto a atacara fisicamente
que "se queixa". 533. É Níquel Náusea / predi-
481. V F V F F cado nominal
439. B 445. A 482. A 490. B 498. B 534. Predicado nominal
440. A 446. D 483. A 491. D 499. B 535. Ganhei esse nome / pre-
441. C 447. B 484. C 492. D 500. D dicado verbal
442. E 448. C 485. E 493. B 501. E 536. Vocativo
443. C 449. E 486. C 494. E 502. A 537. B
444. D 450. D 487. A 495. E 503. C 538. Subitamente se afaste /
451. Aposto suavemente se encaixe
488. A 496. C 504. E
452. Recebeu-me Rebeca, sua 489. D 539. A
497. B 505. B
mulher 540. C

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