Aula 4º

O Ensino da Língua Portuguesa e

Literatura no Ensino Médio

Olá, pessoal.
Na nossa quarta aula iremos pensar e aprofundar nosso
entendimento sobre a importância do ensino da Língua
portuguesa e Literatura no Ensino médio. Assim, também
vamos compreender a função social desse ensino para os
alunos. Para isso, apresentaremos pontos importantes das
novas diretrizes propostas pelo governo para o novo Ensino
básico nas áreas de Língua portuguesa e Literatura. Também
apresentaremos os documentos obrigatórios para a realização
da regência, que são: fichas avaliativas e as fichas de presença.
Esses documentos precisam ser assinados e carimbados pelo
professor regente e pela direção ou coordenação da escola na
qual fez a regência.
Bons estudos!

Objetivos de aprendizagem

Ao término desta aula, vocês serão capazes de:

• compreender a importância da Língua portuguesa e da Literatura para a formação dos estudantes;

• organizar e digitalizar a ficha avaliativa e a ficha de presença assinadas, para anexá-las no relatório final.
 Estágio Supervisionado IV
Seções de estudo
1 – A Língua Portuguesa e a Literatura no contexto da
Educação Básica
2 – Os documentos obrigatórios para a regência
1 - A Língua Portuguesa e a Literatura
no contexto da Educação Básica
A humanidade sempre teve sua evolução atrelada ao
desenvolvimento da linguagem, pois a organização das ações,
desde as mais simples do dia a dia até as mais complexas, foi
resolvida pelo homem justamente porque este registra, arquiva
e processa dados por meio da linguagem. Não satisfeito com
os arquivos, ele está mergulhado em desassossego existencial,
que só foi possível sublimar com a imaginação criativa: assim,
o ato de contar a história acomodou os seus anseios interiores
e pacificou sua relação com seus pares. Ou seja, a ficção (ou a
Literatura), como diz Antonio Candido, faz parte da essência
do ser humano.
A linguagem atua como um instrumento importantíssimo
nas relações humanas, dando origem à produção da cultura.
É nela e por meio dela que a humanidade faz leituras do
mundo e também constrói a sua própria história. Podemos
dizer que a linguagem humaniza o homem. De posse dela,
os seres humanos manifestam seus sentimentos, constroem
seus pensamentos e dialogam com o seu entorno. Com a
língua, o homem consegue dominar o código linguístico
e é capaz de realizar as tarefas rotineiras com segurança. E
com a literatura, podemos refletir sobre quem somos, nos
colocar no lugar do outro e, assim, consolidar histórias e
nos mantermos despertos para possíveis mudanças. Sobre a
linguagem:
Quanto mais pobre a linguagem, mais o
pensamento desaparece. A história está cheia
de exemplos e muitos livros (George Orwell
– “1984”; Ray Bradbury – “Fahrenheit 451”)
contam como os regimes totalitários sempre
atrapalharam o pensamento, reduzindo o
número e o significado das palavras.
Se não houver pensamentos, não há
pensamentos críticos. E não há pensamento
sem palavras. Como construir um
pensamentos hipotético dedutivo sem o
condicional? Como pensar o futuro sem uma
conjugação com o futuro? Como é possível
captar uma temporalidade, um sucessão de
elementos no tempo, passado ou futuro, e a
sua duração relativa, sem uma linguagem que
distinga entre o que poderia ter sido, o que
foi, o que é, o que poderia ser, e o que será
depois do que pode ter acontecido, realmente
aconteceu? (Christophe Clavé, 2020).
Depois de discorrermos sobre a importância da
linguagem, língua e a literatura, agora adentraremos no ensino
da Linguagem e suas tecnologias, de acordo com a BNCC, na
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Educação Básica do Ensino médio.
No Ensino Médio, a área tem a responsabilidade
de propiciar oportunidades para a consolidação
e a ampliação das habilidades de uso e de
reflexão sobre as linguagens – artísticas,
corporais e verbais (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita) –, que são objeto de
seus diferentes componentes (Arte, Educação
Física, Língua Inglesa e Língua Portuguesa)
(BNCC, 2017,p. 482).
Por meio da citação, percebemos que a área da linguagem
na BNCC é ampla e engloba vários campos. Mas, focaremos
no ensino de língua portuguesa e literatura.
LÍNGUA PORTUGUESA
Ao chegar ao Ensino Médio, os estudantes já têm condições de participar
de forma significativa de diversas práticas sociais que envolvem a
linguagem, pois, além de dominarem certos gêneros textuais/discursivos
que circulam nos diferentes campos de atuação social considerados no
Ensino Fundamental, eles desenvolveram várias habilidades relativas
aos usos das linguagens. Cabe ao Ensino Médio aprofundar a análise
sobre as linguagens e seus funcionamentos, intensificando a
perspectiva analítica e crítica da leitura, escuta e produção de textos
verbais e multissemióticos, e alargar as referências estéticas, éticas e
políticas que cercam a produção e recepção de discursos, ampliando as
possibilidades de fruição, de construção e produção de conhecimentos,
de compreensão crítica e intervenção na realidade e de participação
social dos jovens, nos âmbitos da cidadania, do trabalho e dos estudos.
Do ponto de vista das práticas contemporâneas de linguagem, ganham
mais destaque, no Ensino Médio, a cultura digital, as culturas juvenis, os
novos letramentos e os multiletramentos, os processos colaborativos,
as interações e atividades que têm lugar nas mídias e redes sociais, os
processos de circulação de informações e a hibridização dos papéis
nesse contexto (de leitor/autor e produtor/consumidor), já explorada no
Ensino Fundamental. Fenômenos como a pós-verdade e o efeito bolha,
em função do impacto que produzem na fidedignidade do conteúdo
disponibilizado nas redes, nas interações sociais e no trato com a
diversidade, também são ressaltados.
Para além de continuar a promover o desenvolvimento de habilidades
relativas ao trato com a informação e a opinião, no que diz respeito à
veracidade e confiabilidade de informações, à adequação, validade
e força dos argumentos, à articulação entre as semioses para a
produção de sentidos etc., é preciso intensificar o desenvolvimento de
habilidades que possibilitem o trato com o diverso e o debate de ideias.
Tal desenvolvimento deve ser pautado pelo respeito, pela ética e pela
rejeição aos discursos de ódio.
Se, por um lado, trata-se de enfrentar e buscar minimizar os riscos que os
usos atuais da rede trazem, por outro, trata-se também de explorar suas
potencialidades em termos do acesso à informação, a possibilidades
variadas de disponibilização de conteúdos sem e com intermediação, à
diversidade de formas de interação e ao incremento da possibilidade
de participação e vivência de processos colaborativos. Todos esses
fatores requerem aprendizagens e desenvolvimento de habilidades que
precisam ser contempladas pelos currículos.
Em relação à literatura, a leitura do texto literário, que ocupa o centro
do trabalho no Ensino Fundamental, deve permanecer nuclear também
no Ensino Médio. Por força de certa simplificação didática, as biografias

de autores, as características de épocas, os resumos e outros gêneros
artísticos substitutivos, como o cinema e as HQs, têm relegado o texto
literário a um plano secundário do ensino. Assim, é importante não só
(re)colocá-lo como ponto de partida para o trabalho com a literatura,
como intensificar seu convívio com os estudantes.
Como linguagem artisticamente organizada, a literatura enriquece
nossa percepção e nossa visão de mundo. Mediante arranjos
especiais das palavras, ela cria um universo que nos permite aumentar
nossa capacidade de ver e sentir. Nesse sentido, a literatura possibilita
uma ampliação da nossa visão do mundo, ajuda-nos não só a
ver mais, mas a colocar em questão muito do que estamos vendo e
vivenciando (BNCC, 2017, p. 498 e 499 – grifos nosso).
Destacamos o termo “literatura” para dar ênfase ao
tratamento que a disciplina recebeu na BNCC. Segundo
muitos estudiosos da área, a estrutura proposta de junção da
Literatura com a Língua portuguesa, não só exclui o nome
explícito da disciplina, como também a excluiu indiretamente
do ensino.
Percebemos que o ensino da Literatura vem sofrendo
perdas ao longo do tempo, em função das políticas públicas
educacionais. Os PCNEM adotaram uma estratégia de colocar
o conteúdo de literatura partindo das leituras historiográficas,
o que prejudicou seu estudo. Ao mesmo tempo, a disciplina
ficou subordinada ao ensino da língua portuguesa. E para
completar esse quadro danoso ao ensino da disciplina de
literatura, os PCN+ apresentaram uma novidade: além da
disciplina de Literatura ser colocada como subalterna à
Língua portuguesa, o professor poderia trabalhá-la de forma
interdisciplinar, conectando-a ao estudo de outras áreas do
conhecimento. Por conta disso, o texto literário tornou-se
refém e pretexto para ensinar história, geografia, filosofia,
entre outras disciplinas.
Mas como viver sem literatura? Nas palavras do poeta
sul-mato-grossense, Emanuel Marinho: “Poesia não compra
sapato, mas como viver sem poesia”? Ou na teoria do crítico
Antonio Candido:
[...] a literatura corresponde a uma necessidade
universal que deve ser satisfeita sob pena de
mutilar a personalidade, porque pelo fato
de dar forma aos sentimentos e à visão do
mundo ela nos organiza, nos liberta do caos
e, portanto, nos humaniza. Negar a fruição
da literatura é mutilar a nossa humanidade.
(CANDIDO, 2011, p. 187)
Ou ainda, nas palavras do autor peruano Mario Vargas
Llosa, a Literatura seria um bálsamo para a humanidade, pois:
Condenados a uma existência que nunca está
à altura de seus sonhos, os seres humanos
tiveram que inventar um subterfúgio para
escapar de seu confinamento dentro dos
limites do possível: a ficção. Ela lhes permite
viver mais e melhor, sem deixar de ser o que
são, deslocar-se no espaço e no tempo sem
sair de seu lugar, nem de sua hora e viver as
mais ousadas aventuras do corpo, da mente
e das paixões, sem perder o juízo ou trair o
coração (Llosa apud ABREU, 2006, p. 29).
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Percebe-se que a BNCC toma a aprendizagem e a
habilidade em linguagens no Ensino médio como uma
progressão do Ensino fundamental, pautando a sua
apresentação nas seguintes premissas:
• a complexidade das práticas de linguagens e dos
fenômenos sociais que repercutem nos usos da
linguagem (como a pós-verdade e o efeito bolha);
• a consolidação do domínio de gêneros do discurso/
gêneros textuais já contemplados anteriormente e
a ampliação do repertório de gêneros, sobretudo
dos que supõem um grau maior de análise, síntese
e reflexão;
• o aumento da complexidade dos textos lidos e
produzidos em termos de temática, estruturação
sintática, vocabulário, recursos estilísticos,
orquestração de vozes e semioses;
• o foco maior nas habilidades envolvidas na reflexão
sobre textos e práticas (análise, avaliação, apreciação
ética, estética e política, valoração, validação crítica,
demonstração etc.), já que as habilidades requeridas
por processos de recuperação de informação
(identificação, reconhecimento, organização) e por
processos de compreensão (comparação, distinção,
estabelecimento de relações e inferência) já foram
desenvolvidas no Ensino Fundamental; a atenção
maior nas habilidades envolvidas na produção de
textos multissemióticos mais analíticos, críticos,
propositivos e criativos, abarcando sínteses mais
complexas, produzidos em contextos que suponham
apuração de fatos, curadoria, levantamentos e
pesquisas e que possam ser vinculados de forma
significativa aos contextos de estudo/construção de
conhecimentos em diferentes áreas, a experiências
estéticas e produções da cultura digital e à discussão
e proposição de ações e projetos de relevância
pessoal e para a comunidade;
• o incremento da consideração das práticas da
cultura digital e das culturas juvenis, por meio
do aprofundamento da análise de suas práticas e
produções culturais em circulação, de uma maior
incorporação de critérios técnicos e estéticos na
análise e autoria das produções e vivências mais
intensas de processos de produção colaborativos;
• a ampliação de repertório, considerando a diversidade
cultural, de maneira a abranger produções e formas
de expressão diversas – literatura juvenil, literatura
periférico-marginal, o culto, o clássico, o popular,
cultura de massa, cultura das mídias, culturas
juvenis etc. – e em suas múltiplas repercussões e
possibilidades de apreciação, em processos que
envolvem adaptações, remediações, estilizações,
paródias, HQs, minisséries, filmes, videominutos,
games etc.;
• a inclusão de obras da tradição literária brasileira e de
suas referências ocidentais – em especial da literatura
portuguesa –, assim como obras mais complexas da
literatura contemporânea e das literaturas indígena,
africana e latino-americana (BNCC, 2017, p. 499 e
500).
 Estágio Supervisionado IV
Depois de termos visto a progressão das aprendizagens
e das habilidades, vamos, agora, conhecer a atuação delas nos
campos sociais propostos pelas diretrizes para contextualizar
as práticas de linguagem no Ensino médio em Língua
portuguesa. Esses campos seguem em harmonia com o
Ensino Fundamental:
Ensino fundamental
Anos iniciais
• Campo da vida cotidiana
• Campo artístico-literário
• Campo das práticas de estudo e pesquisa
• Campo da vida pública
Anos finais
• Campo artístico-literário
• Campo das práticas de estudo e pesquisa
• Campo jornalístico-midiático
• Campo de atuação na vida pública
Ensino médio
• Campo da vida pessoal
• Campo artístico-literário
• Campo das práticas de estudo e pesquisa
• Campo jornalístico-midiático
• Campo de atuação na vida pública
(Adaptado da BNCC, 2017, p. 501)
Vamos nos concentrar naquele que nos interessa: o
campo artístico-literário.
No campo artístico-literário, buscam-se a ampliação do contato e a
análise mais fundamentada de manifestações culturais e artísticas em
geral. Está em jogo a continuidade da formação do leitor literário e do
desenvolvimento da fruição. A análise contextualizada de produções
artísticas e dos textos literários, com destaque para os clássicos,
intensifica-se no Ensino Médio. Gêneros e formas diversas de produções
vinculadas à apreciação de obras artísticas e produções culturais
(resenhas, vlogs e podcasts literários, culturais etc.) ou a formas de
apropriação do texto literário, de produções cinematográficas e teatrais
e de outras manifestações artísticas (remediações, paródias, estilizações,
videominutos, fanfics etc.) continuam a ser considerados associados às
habilidades técnicas e estéticas mais refinadas.
A escrita literária, por sua vez, ainda que não seja o foco central do
componente de Língua Portuguesa, também se mostra rica em
possibilidades expressivas. Já exercitada no Ensino Fundamental, pode
ser ampliada e aprofundada no Ensino Médio, aproveitando o interesse
de muitos jovens por manifestações esteticamente organizadas comuns
às culturas juvenis.
O que está em questão nesse tipo de escrita não é informar, ensinar ou
simplesmente comunicar. O exercício literário inclui também a função
de produzir certos níveis de reconhecimento, empatia e solidariedade
e envolve reinventar, questionar e descobrir-se. Sendo assim, ele é uma
função importante em termos de elaboração da subjetividade e das
inter-relações pessoais. Nesse sentido, o desenvolvimento de textos
construídos esteticamente – no âmbito dos mais diferentes gêneros
– pode propiciar a exploração de emoções, sentimentos e ideias que
não encontram lugar em outros gêneros não literários (e que, por isso,
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devem ser explorados) (BNCC, 2017, p. 503, 504).
A Língua portuguesa e a Literatura adquirem papel
fundamental na educação dos jovens no contexto social, pois
elas têm a capacidade de reorganizar o pensamento e o mundo
no entorno do sujeito. Nesse quesito, a BNCC segue a mesma
perspectiva orientada pelo PCN, tendo linguagem como fator
de interação social. A linguagem vista como relação humana
encontra sua fundamentação teórica nas palavras de Mikhail
Bakhtin. Para o autor russo, as verdadeiras proposições sobre
a natureza da língua são:
1. - A língua como sistema estável de formas
normativamente idênticas é apenas uma abstração
científica que só pode servir a certos fins teóricos e
práticos particulares. Essa abstração não dá conta de
maneira adequada da realidade concreta da língua.
2. - A língua constitui um processo de evolução
ininterrupto, que se realiza através da interação
verbal social dos locutores.
3. - As leis da evolução linguística não são as da
psicologia individual, e também não podem ser
divorciadas da atividade dos falantes. São leis
essencialmente sociológicas.
4. - A criatividade da língua não coincide com a
criatividade artística nem com qualquer outra
forma de criatividade ideológica específica. Mas não
pode ser compreendida independentemente dos
conteúdos e valores ideológicos que a ela se ligam.
5. - A estrutura da enunciação é uma estrutura
puramente social. A enunciação como tal só se torna
efetiva entre falantes. O ato de fala individual é uma
contradição in adjecto (BAKHTIN, 1992a, p. 127).
Vemos que a linguagem, como interação social, está
contemplada no documento que norteia a educação básica
no Ensino médio. Cabe aos professores, agentes envolvidos
no processo educacional, garantir na prática que de fato o
âmbito social e coletivo da linguagem seja respeitado, quando
se dedicar ao seu ensino.
Encerraremos a seção com um poema do poeta sul-
mato-grossense, um dos grandes poetas brasileiro. Sua poética
expressa a miudeza e a singeleza, narradas a partir do universo
do interior.
O livro sobre nada
Manoel de Barros
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é
verdadeira.
Tem mais presença em mim o que me falta.
Melhor jeito que achei pra me conhecer foi fazendo o contrário.
Sou muito preparado de conflitos.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique
desamparada do ser que a revelou.
O meu amanhecer vai ser de noite.
Melhor que nomear é aludir. Verso não precisa dar noção.
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O que sustenta a encantação de um verso (além do ritmo) é o ilogismo. A minha diferença é sempre menos.
Meu avesso é mais visível do que um poste. Palavra poética tem que chegar ao grau de brinquedo para ser séria.
Sábio é o que adivinha. Não preciso do fim para chegar.
Para ter mais certezas tenho que me saber de imperfeições. Do lugar onde estou já fui embora.
A inércia é meu ato principal.
Não saio de dentro de mim nem pra pescar. BARROS, Manoel de. Livro sobre nada. Rio de Janeiro: Alfagara, 2016.
Sabedoria pode ser que seja estar uma árvore.
Estilo é um modelo anormal de expressão: é estigma.
Peixe não tem honras nem horizontes. 2 - Os Documentos Obrigatórios
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando para a Regência
não desejo contar nada, faço poesia.
Eu queria ser lido pelas pedras. Os documentos obrigatórios para a realização do Estágio
As palavras me escondem sem cuidado. Supervisionado IV – Ensino Médio - para a comprovação
Aonde eu não estou as palavras me acham. e efetivação da regência em sala de aula são: ficha avaliativa
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas. e ficha de presença. São eles que vão comprovar que vocês
Uma palavra abriu o roupão pra mim. Ela deseja que eu a seja. realmente executaram a regência na escola.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela É importantíssimo imprimi-los e colocá-los na vossa
expresse nossos mais fundos desejos. pasta, junto com os planos de aula que levarão à escola.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos. No primeiro dia de regência entreguem as fichas ao
Esta tarefa de cessar é que puxa minhas frases para antes de mim. professor(a) titular e avisem que será necessário devolvê-los
Ateu é uma pessoa capaz de provar cientificamente que não é nada. Só preenchidos no final da sua regência.
se compara aos santos. Os santos querem ser os vermes de Deus. A seguir, apresentaremos modelos das fichas avaliativas
Melhor para chegar a nada é descobrir a verdade. e de presença. Os modelos estarão disponíveis em material de
O artista é erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito. aula/arquivo.
Por pudor sou impuro.
O branco me corrompe. Atenção: os alunos de polos do exterior não precisam enviar as fichas,
Não gosto de palavra acostumada. mas sim o link com as aulas gravadas.
MODELO DA FICHA DE PRESENÇA
 Estágio Supervisionado IV 24

MODELO FICHA DE AVALIAÇÃO

Preencham todos os campos. Se houver mais de um tempo em uma mesma turma, registre-o separadamente.
O campo reservado à assinatura do Professor refere-se ao professor da turma em que o estagiário realizou a regência.
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Viram, não é fácil? O essencial é que vocês se organizem.
Imprimam as fichas de presença, as fichas avaliativas, os planos
de aulas com os materiais que irão utilizar na explanação de Vale a pena assistir
suas aulas e coloquem em uma pasta, para chegarem à escola
com tudo organizado e pronto. Filme: O sorriso de Mona Lisa
Ano: 2003
Retomando a aula Direção: Mike Newel

Chegamos, assim, ao final da quarta aula. Espera- Minhas anotações

se que agora tenha ficado mais claro para vocês a
importância do ensino da Língua portuguesa e da
Literatura no contexto da Educação Básica. Vamos,
então, recordar:

1 – A Língua Portuguesa e a Literatura no contexto

da Educação Básica
Nessa seção, pudemos observar que o ensino da Língua
portuguesa e da Literatura não podem ser negligenciados no
Ensino médio. Como diz a própria BNCC: “No Ensino Médio,
a área tem a responsabilidade de propiciar oportunidade para
a consolidação e a ampliação das habilidades de uso e de
reflexão sobre as linguagens” (BNCC, 2017, p. 482).

2 – Os documentos obrigatórios para a regência

A segunda seção foi destinada aos modelos das fichas

de avaliação e de presença, documentos obrigatórios para a
realização da regência.

Vale a pena

Vale a pena ler

ABREU, M. Cultura letrada: Literatura e leitura. São
Paulo: UNESP, 2006.
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: ___.
Vários Escritos. 5 ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul/ São
Paulo: Duas Cidades, 2011.
CLAVÉ, Christophe. O QI da população mundial diminui
nos últimos 20 anos. Disponível em: https://dasculturas.
com/2020/12/20/o-qi-medio-da-populacao-mundial-
diminuiu-nos-ultimos-vinte-anos-christophe-clave/. Acesso
em: 25 maio 2022.
KOCH, Ingedore Villaça. Desvendando os segredos do texto.
São Paulo: Cortez, 2006.
BNCC- Base Nacional Comum Curricular. Disponível
em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/
historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.
pdf. Acesso em: 25 maio 2022.