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ALFABETIZAÇÃO

E LETRAMENTO
Aline Ruiz

E-book 2
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO���������������������������������������������� 3
TEORIAS DA APRENDIZAGEM E DO
DESENVOLVIMENTO��������������������������������� 4
COMPORTAMENTALISMO OU
BEHAVIORISMO������������������������������������������ 5
COGNITIVISMO E CONSTRUTIVISMO��10
SOCIOINTERACIONISMO������������������������16
HUMANISMO����������������������������������������������20
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA��������24
TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS
MÚLTIPLAS������������������������������������������������� 27
CONSIDERAÇÕES FINAIS����������������������30
SÍNTESE��������������������������������������������������������31

2
INTRODUÇÃO
Agora que você já estudou sobre os conceitos de
alfabetização e letramento, vamos trabalhar com as
teorias da aprendizagem.

Diversos pesquisadores da área de educação se pre-


ocupam em estudar a alfabetização, há muitos anos,
e, nas últimas décadas, o letramento. Como analisa-
mos, esse momento da escolarização do aluno, em
que ele tem os primeiros contatos com o mundo da
escrita, é muito importante.

Será que há apenas uma forma de alfabetizar? Qual


delas é mais apropriada? Você se lembra do seu pro-
cesso de alfabetização? Eram usadas as cartilhas ou
algum outro material? Esses questionamentos nos
ajudam a rememorar a forma como fomos introdu-
zidos nesse universo e como faremos com nossos
alunos.

A aprendizagem é um processo contínuo que pode


acontecer em qualquer época da vida e tem um efeito
duradouro. Espero que você esteja preparado para
aprender mais sobre isso.

3
TEORIAS DA
APRENDIZAGEM E DO
DESENVOLVIMENTO
Entendemos que a aprendizagem é um processo
contínuo que pode se dar em qualquer situação, e
não apenas no âmbito escolar. Assim, identificamos
que um dos fatores imprescindíveis para o aprendi-
zado é a cultura, porque ela trata de um conjunto de
conhecimentos que apontam para as relações do
sujeito com o meio.
Aprender, portanto, é a forma de o sujeito de aumen-
tar seu conhecimento. Será que todas as pessoas
aprendem da mesma maneira? O que nos faz apren-
der de formas diferentes o mesmo conteúdo?
Diversos pesquisadores, ao longo da história, busca-
ram compreender como se dá o aprendizado e, para
isso, estruturaram teorias importantes que são base
para o que estudamos hoje. Algumas teorias foram
refutadas por outras, com o passar do tempo, o que
é natural, pois estamos em constante evolução, in-
clusive no campo da pesquisa.
Você já pensou nas dificuldades que passamos no
início de nossas vidas? Adquirir linguagem, aprender
a engatinhar, depois andar, passar por modificações
corporais complexas e, claro, por mudanças psicoló-
gicas. A aprendizagem é uma mudança que ocorre
de acordo com as nossas experiências individuais.
Como acontece a aprendizagem? O que ocorre com
as pessoas enquanto elas estão aprendendo? Vamos
respostas para alguns desses questionamentos.

4
COMPORTAMENTALISMO
OU BEHAVIORISMO
Behaviorismo é uma palavra de origem inglesa que se
refere ao estudo do comportamento. No caso, beha-
vior em tradução livre quer dizer comportamento.

Podcast 1

Esse estudo surgiu no início do século 20 dentro da


Psicologia, com o objetivo de analisar o comporta-
mento, apenas ele, e não como um caminho para
outras questões. O grande precursor dessa aborda-
gem foi o norte-americano John B. Watson.

Essa teoria apresentava dois importantes aspectos


para aquele momento: caráter observável e mensu-
rável. Dessa forma, distanciava-se do método em-
pírico, o que levou a Psicologia a ocupar o lugar de
uma ciência.

Estabeleceu-se duas unidades básicas para uma aná-


lise descritiva dessa teoria, que foram os conceitos
de “estímulo” e “resposta”. A partir disso, o ser hu-
mano passou a ser estudado como um produto das
relações em que estabelece ao longo da vida, entre
os estímulos do meio e as respostas se manifestam
a partir de seu comportamento.

5
Figura 1: John B. Watson (1878-1958). Fonte: Wikimedia. Acesso
em: 03 jul. 2019.

Embora Watson tenha sido o pioneiro na teoria beha-


viorista, B. F. Skinner foi um dos pesquisadores que
mais teve seus trabalhos divulgados, inclusive no
Brasil. Sendo as proposições desse autor muito apli-
cadas no campo da educação.

Skinner, assim como Watson, era norte-americano e


em suas pesquisas estudou as relações funcionais
entre o estímulo e a resposta na modificação, per-
manência ou término de um comportamento.

6
Referências
Mussum Ipsum, cacilds vidis litro abertis.
Admodum accumsan disputationi eu sit. Vide
electram sadipscing et per. Sapien in monti pala-
vris qui num significa nadis i pareci latim. Mé faiz
elementum girarzis, nisi eros vermeio. Em pé sem
cair, deitado sem dormir, sentado sem cochilar e
fazendo pose.
Figura 2: B. F. Skinner (1904-1990) Disponível em: Wikimedia. Acesso
Manduma pindureta quium dia nois paga. Copo
em: 03 jul. 2019
furadis é disculpa de bebadis, arcu quam euismod
magna.
Para Não sou
Skinner, faixa preta cumpadi,
o comportamento sou ser
poderia preto
com-
inteiris, inteiris.
preendido Si num
de duas tem leite
formas: entãoebota
o reflexo uma
o operante.
pinga
O aí cumpadi!
primeiro é um tipo de resposta não voluntária que
o nosso organismo dá a um estímulo do ambiente,
Aeneana aliquam
como contração molestie leo, vitae iaculis
das pálpebras quandonisl. Tá
somos
deprimidis,àeu
expostos conheço Já
claridade. uma cachacis que
o operante é um pode
hábito
alegrar sua
gerado vidis.de
a partir Interagi
açõesno domé, cursus quis,
indivíduo, vehi-
por exem-
cula quando
plo, ac nisi. Detraxit
ratos deconsequat
laboratórioet entendem
quo num tendi
que é
nada.
necessário pressionar uma determinada alavanca
para obterem comida.
Praesent malesuada urna nisi, quis volutpat erat
hendrerit
REFLITA non. Nam vulputate dapibus. Mauris nec
dolor in eros commodo tempor. Aenean aliquam
O livro “1984”,
molestie leo, vitaedeiaculis
Georgenisl.Orwell, foi publicado
Viva Forevis aptent
originalmente em 1949. A obra se trata de um
taciti sociosqu ad litora torquent. Suco de cevadiss
romance
deixa distópico
as pessoas maisem que Winston, persona-
interessantis.
gem principal, vive aprisionado dentro de uma
engrenagem totalitária de uma sociedade domi-

7
nada pelo Estado, tudo é feito coletivamente, no
entanto, cada sujeito vive sozinho e nada escapa
aos olhares do Grande Irmão. O controle e o pla-
nejamento presentes no romance aproximam-se
do Behaviorismo das práticas de regimes autori-
tários. A obra de Orwell nos traz uma importante
reflexão.

A partir disso, ele desenvolveu o conceito de refor-


ço condicionado ao comportamento, podendo ser
diferenciados entre negativo e positivo. Esse con-
ceito está ligado à manutenção de um determinado
comportamento. Assim, no caso do reforço positivo,
a intenção é consolidar um determinado comporta-
mento, ocasionando em um estímulo agradável; já
no caso do reforço negativo, o comportamento vai
ter o intuito de evitar um estímulo desagradável.

De acordo com Ferrari (2008), a Educação foi uma


das principais preocupações de Skinner.

No livro Tecnologia do Ensino, de 1968, o cien-


tista desenvolveu o que chamou de máquinas
de aprendizagem - a organização de material
didático de maneira que o aluno pudesse uti-
lizar sozinho, recebendo estímulos à medida
que avançava no conhecimento. Grande parte
dos estímulos se baseava na satisfação de dar
respostas corretas aos exercícios propostos.
A ideia nunca chegou a ser aplicada de modo
sistemático, mas influenciou procedimentos da
educação norte-americana. Skinner considera-

8
va o sistema escolar um fracasso por se basear
na presença obrigatória, sob pena de punição.
Ele defendia que se dessem aos alunos “razões
positivas” para estudar. (FERRARI, 2008)

Assim, essa máquina de aprendizado devia se ocupar


dos fatos e o professor teria a função de ensinar o
aluno a pensar.

O Behaviorismo clássico tomou a ideia de que todo


comportamento humano pode ser controlado por
meio do padrão estímulo-resposta.

O Behaviorismo de Skinner teve grande aplicação


na educação, principalmente em contextos que se
levava a tecnicidade como quesito mais importante
do desenvolvimento escolar, como um método de
ensino programado e controlado. No Brasil, espe-
cialmente na década de 1970, a tendência tecnicista
influenciou abordagens de ensino que se baseavam
na aprendizagem por condicionamento.

Com o passar do tempo, outras teorias surgiram para


refutar o que estava sendo proposto pelos behavio-
ristas ou para apresentar novas abordagens.

9
COGNITIVISMO E
CONSTRUTIVISMO
Indo na contramão do Behaviorismo, que estuda o
comportamento humano, o Cognitivismo centra sua
atenção na análise da mente humana e como se dá
o processo de desenvolvimento do conhecimento a
partir do mundo que cerca o homem.

Moreira (1982, p. 3) aponta que “a psicologia cogni-


tiva preocupa-se com o processo de compreensão,
transformação, armazenamento e utilização das in-
formações, envolvida no plano da cognição”.

Para compreender melhor a teoria, é necessário que


tenhamos bem esclarecido o que significa cognição.
Então, vamos lá: cognição é o processo por meio do
qual o mundo de significados tem origem, ou seja, a
forma como adquirimos conhecimento.

O Cognitivismo surgiu praticamente no mesmo pe-


ríodo que o Behaviorismo, mas teve sua ascensão
apenas nos anos 1990, com o resgate de estudos
desenvolvidos pela Psicologia Cognitiva proposta
por Piaget e Vygotsky.

Esses teóricos não desenvolveram uma teoria da


aprendizagem em si, mas suas pesquisas serviram
como base para outros pesquisadores da área de
educação formularem suas hipóteses, o que deu
origem ao Construtivismo, que é uma teoria da
aprendizagem.

10
Jean Piaget ficou conhecido por seus estudos so-
bre a gênese do pensamento da criança de forma
interdisciplinar, conjugando os estudos da Biologia,
da Filosofia, da Física, da Lógica, da Matemática e
da Psicologia.

Figura 3: Jean Piaget (1896-1980). Disponível em: Wikipedia. Acesso


em: 05 jul. 2019.

O foco de suas pesquisas era entender como o su-


jeito consegue passar de um nível de pensamento
elementar para um nível mais estruturado. Ele chegou
à conclusão de que, devido à interação com objetos
de sua realidade, o sujeito se adapta ao meio em
que está inserido. Portanto, construindo estruturas
de inteligência.

11
Ao aplicar seus testes em centenas de crianças

Piaget notou que as respostas erradas, com


frequência, eram mais interessantes que as
corretas. Observou também que crianças da
mesma idade cometiam os mesmos erros,
fato que o levou a uma conclusão importante:
para compreender o pensamento da criança,
era necessário desviar a atenção da quanti-
dade de respostas certas e concentrar-se na
qualidade das soluções por ela apresentadas.
Daí a ideia central de sua teoria: a lógica de
funcionamento mental da criança é qualitati-
vamente diferente da lógica adulta. Logo, era
preciso investigar por meio de quais mecanis-
mos ou processos ocorre essa transformação.
(PALANGANA, 2015)

Piaget dividiu o desenvolvimento em quatro estágios


ou períodos, que são:
• Sensório-motor (0 a 2 anos): compreendido pela
inteligência sensório-motora. O bebê parte de refle-
xos simples para construir esquemas de assimila-
ção mental do meio. Inicialmente, essas condutas
sensório-motoras dirigem-se ao próprio corpo, a par-
tir de objetos externos, como a sucção, a audição,
a visão etc. Por isso, o bebê pega o que está em
sua mão, suga aquilo que é colocado em sua boca.
Aos poucos, quando já está com essas condutas
aprimoradas, ele é capaz de levar sozinho objetos
até a boca.

12
• Pré-operatório (2 a 7,8 anos): neste período, a criança
consegue substituir um objeto ou acontecimento por
uma representação. A atividade sensório-motora não
é abandonada, o que acontece neste momento é o
refinamento e a sofisticação dessa habilidade. Ela per-
mite que os movimentos e as observações do mundo
aconteçam de forma mais intuitiva. A criança fica mais
egocêntrica, centrada em si mesma; não aceita a falta
de resposta, o que explica a fase da curiosidade e dos
porquês; já consegue estabelecer simulações, com-
preender o faz de conta; consegue ter uma percepção
global, mas não compreende os detalhes.
• Operatório-concreto (8 a 11): momento em que a
criança desenvolve as noções de tempo, espaço, velo-
cidade, casualidade, velocidade, conseguindo, assim,
relacionar diversos aspectos e dados da realidade. Ela
se torna capaz de resolver problemas que existem ou
existiriam de acordo com a sua experiência. Nesse
período, o real e o imaginário já não se misturam com-
pletamente e a criança é capaz de distingui-los.
• Operatório-formal (8 a 14 anos): neste período, as
estruturas cognitivas da criança chegam ao seu nível
mais alto de desenvolvimento. Agora, a representação
já permite a abstração total. Assim, já é possível que
uma criança consiga compreender de forma produtiva
um provérbio, por exemplo.

Embora o foco de Piaget não fosse a educação


em si, suas pesquisas influenciaram a criação do
Construtivismo. A especificidade dessa teoria, de
acordo com o que foi proposto pelo pesquisador está,

13
de acordo com Sanchis e Mahfoud (2010, p. 21), no
fato de que a “construção do conhecimento (ativa por
parte do sujeito, mas possibilitada por sua inserção no
mundo) é o que permite a construção de estruturas de
compreensão (no sujeito) cada vez mais equilibradas,
ao mesmo tempo em que uma estruturação (em termos
de significado) cada vez mais abrangente do mundo”.
Essa construção só é possível por meio da interação.

SAIBA MAIS
Neste programa do Canal Futura, especialistas
conversam sobre o Construtivismo e como ele tem
impactado a educação há tantos anos. O progra-
ma conta com a participação de Beatriz Gouveia,
coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá; Eu-
gênio Cunha, psicopedagogo, pesquisador na área
educacional e professor da Educação Básica; e Ana
Carolina Rosa, orientadora pedagógica da Escola
Parque – RJ; e Camila Camilo, repórter da Revista
Nova Escola. A discussão feita por eles nos ajuda a
refletir sobe essa importante teoria.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=zXLEF_WV0hA. Acesso em: 01 jul. 2019.

As ideias de Piaget influenciaram também outros pes-


quisadores. Destacamos aqui a importância de Emília
Ferreiro, psicóloga argentina radicada no México, que
fez seu doutorado sob a orientação de Piaget, em
Genebra, na Suíça. A questão central de seus traba-
lhos está na relação entre o real e a representação, que
apontam para a ideia de que a escrita não é uma mera
cópia de um modelo, mas sim um processo construído

14
pela criança. Sanchis e Mahfoud (2010) apontam que “a
escrita é tomada como objeto do conhecimento, objeto
cultural, e é nesse sentido que as crianças constroem
permanentemente hipóteses sobre sua construção e
suas normas”. Além do objeto, há também a noção
de um sujeito que é “um sujeito que procura adquirir
conhecimento, e não simplesmente de um sujeito dis-
posto ou maldisposto a adquirir uma técnica particular”.
(FERREIRO; TEBEROSKY, 1986, p.11).

No Brasil, as ideias de Piaget associadas à educação


chegaram por volta dos anos 1920 e foram divulgadas
dentro de um movimento denominado Escola Nova.
Esse movimento tinha como ideia os pressupostos dos
métodos ativos. Desde esse momento, várias ideias,
a partir do que propunha o pesquisador, foram sendo
desenvolvidas no país. Entre os temas que mais são
desenvolvimentos a partir dos estudos piagetianos está
o desenvolvimento moral, cognição e informática, lin-
guagem e pensamento, cultura e cognição, entre outras.

Podcast 2

Diante disso, ao pensarmos em Construtivismo, de-


vemos ter em mente que a aprendizagem não ocorre
somente em locais formais de educação, como a es-
cola, mas sim em todas as instâncias, e está presente
em nossas vidas do momento em que nascemos até
a morte. Assim, aprendemos a partir da interação com
o meio que nos cerca e com as pessoas com quais
convivemos.

15
SOCIOINTERACIONISMO
Agora, seguindo uma linha que distingue um pouco
da perspectiva piagetiana, está Lev Vygotsky, um
pesquisador russo, com sua linha sociointeracionista.

Figura 4: Lev Vygotsky (1896-1934). Fonte: Wikimedia. Acesso em:


05 jul. 2019

Para Vygotsky, a interação social desempenha um im-


portante papel no desenvolvimento humano. Dessa
forma, os seus estudos buscam evidenciar como o
ser humano é socialmente constituído, por isso o
interesse dele em estudar a infância. O desenvol-

16
vimento está relacionado de “forma dinâmica por
meio de rupturas e desequilíbrios provocadores de
contínuas reorganizações por parte do ser cultural.”
(SANTOS, s/d, p. 104).

Há quatro conceitos importantes na teoria proposta


por ele, que são: interação, mediação, internalização
e zona de desenvolvimento proximal (ZDP) que va-
mos estudar mais atentamente.

Como observamos, para Vygotsky a interação tem


papel fundamental no desenvolvimento da mente
humana, pois é, a partir dela, que os processos de
aprendizagem acontecem e, consequentemente, o
aprimoramento das estruturas mentais. Para ele, o
sujeito precisa mais do que agir, ele precisa interagir
com o outro.

Mello e Teixeira (2012) apontam que

O ser humano não vive isolado, ele participa de


diferentes ambientes. Os grupos reúnem seus
integrantes em torno de um objetivo comum
e as pessoas geralmente participam desses
porque se sentem acolhidas, porque percebem
que naquele grupo sua presença é importante,
então, pode-se afirmar que a comunicação cria
vínculos e é fundamental para que os indivídu-
os se efetivem como ser social.

17
O sujeito será o resultado das interações que faz
com o outro.

A criança, muito antes de entrar na escola, já tem um


convívio familiar e com pessoas de sua comunida-
de, o que faz dela um ser integrado no mundo, que
participa de diversas interações sociais.

Quanto à mediação, Berni (2008, p. 2539) aponta que


“é o processo que caracteriza a relação do homem
com o mundo e com outros homens”. Aqui, centra-se
a responsabilidade dos professores no ambiente es-
colar, porque o professor é visto por Vygotsky como
um mediador do mundo. Ele faz o papel de ajudar
o aluno a fazer as descobertas necessárias para o
aprendizado.

A internalização está relacionada ao recurso de re-


petição, no qual a criança se apropria da fala do
outro e a transforma em sua. Isso acontece durante o
processo de socialização com o outro, especialmente
com os adultos. As crianças reconstroem os valores
culturais e os pensamentos, assim como as palavras
e suas significações, a partir desses momentos de
envolvimento. Esse processo é muito importante para
o funcionamento psicológico dos seres humanos
porque ele corresponde a algo externo ao sujeito,
mas que pode se tornar algo pessoal, próprio da-
quele que o usa.

18
Por fim, um conceito muito importante proposto por
Vygotsky é o da zona de desenvolvimento proximal
(ZDP), que

é a distância entre as práticas que uma criança


já domina e as atividades nas quais ela ainda
depende de ajuda. Para Vygotsky, é no caminho
entre esses dois pontos que ela pode se desen-
volver mentalmente por meio da interação e
da troca de experiências. Não basta, portanto,
determinar o que um aluno já aprendeu para
avaliar seu desempenho. (PAGNOTTI, 2011)

Assim, como o professor é o mediador, é ele quem


deve descobrir a ZDP do aluno.

SAIBA MAIS
Este vídeo produzido pela Univesp apresenta, de
forma sucinta e ilustrada, a história de Vygotsky.
Além disso, explica sobre os conceitos importan-
tes da teoria que ele postulou. Assista para tirar
as dúvidas e aprender um pouco mais sobre esse
assunto.
Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=_BZtQf5NcvE. Acesso em: 01 jul. 2019.

A interação do sujeito com o mundo se dá por meio


da linguagem, é ela que faz a mediação com a cul-
tura. Assim, se conseguimos interagir, fazemos isso
com a ajuda da língua, da linguagem, é com ela que
negociamos os sentidos e estabelecemos a relação
com o outro.

19
HUMANISMO
Carl Rogers nasceu em Chicago, nos Estados Unidos,
e passou parte de sua vida profissional atuando na
Psicologia clínica centrada na pessoa. Ele é consi-
derado um dos mais importantes teóricos do campo
das teorias humanísticas e da personalidade, que
também é conhecida como a terceira forma em
psicologia.

Ele contribuiu com o campo científico a partir de suas


experiências como terapeuta e psicólogo clínico.
Teve uma produção acadêmica muito fecunda, com
mais de 250 artigos públicos, aproximadamente 20
livros, entre muitos documentos e vídeos com suas
experiências.

Para Rogers (1985), o professor deve ser um educa-


dor-facilitador, alguém que de fato esteja presente
para seus alunos. Ele não deve ter apenas um modelo
de facilitação do aprendizado, e sim aprender a colo-
car os interesses dos alunos em primeiro lugar, “esse
método consiste em o aluno seguir, apreendendo a
aprender e o professor, sendo um facilitador dessa
aprendizagem de forma singular e livre, com auten-
ticidade, aceitação, confiança tanto em si como no
aluno e compreensão empática.” (LIMA; BARBOSA;
PEIXOTO, 2018, p. 164). Além disso, evoca o respeito
às diferenças e não padronização dos comporta-
mentos. Assim, cada aluno é um aluno diferente e a
prática educativa deve atender a todos.

20
Figura 5: Carl Ransom Rogers (1902-1987) Fonte: Wikipedia. Acesso
em: 05 jul. 2019.

O educador-facilitador deve ajudar o seu aluno a ter


contato com algo que seja de seu interesse e que
atenda a seus objetivos e expectativas, para que ele
possa ser o próprio agente de sua aprendizagem.

A ideia é que o aluno não seja apenas um repro-


dutor ou acumulador de informações, mas que ele
consiga buscar por conhecimento de forma ativa e
encorajada.

Não é apenas o aluno que deve estar engajado nes-


sa busca, conforme Rogers, é necessário que o pro-
fessor também saiba exprimir aquilo que necessita,

21
quais são seus interesses, suas observações sobre
mundo, e tenha o desejo legítimo de ensinar. Assim,
o professor também se torna ativo nesse processo
e consegue se colocar, a partir de conteúdos e me-
todologias, na sala de aula.

REFLITA
Nesse filme de 1990, John Keating (Robin Willia-
ms) é um professor de literatura pouco conven-
cional para uma escola tradicional e conserva-
dora. A partir de seus conhecimentos, ele inspira
seus alunos a irem atrás daquilo que amam e
querem tanto fazer para que suas vidas sejam ex-
traordinárias. É um filme muito interessante para
observar também a teoria proposta por Rogers,
em que os alunos devem ser motivados a buscar
o conhecimento, exatamente como faz o profes-
sor do filme.

Rogers (1985) propõe que a dificuldade em se levar


sua teoria à frente é a limitação das instituições de
ensino, uma vez que deixar os alunos e professores
livres para essas descobertas, sem perseguições ou
censuras é bastante complicado. O que você acha
sobre isso? Será que nas escolas que temos hoje
seria possível isso? Você conhece algum lugar em
que esse tipo de aprendizagem seria mais possível?

De acordo com Lima, Barbosa e Peixoto (2018), al-


guns educadores creem que uma aprendizagem in-
dividualizada, como a proposta por Rogers, resultaria

22
na necessidade de um número maior de professores
nas escolas. O teórico refuta essa ideia, afirmando
que, quando as crianças aprendem a aprender e fi-
cam ávidas pelo conhecimento, logo elas se tornam
autônomas nesse processo e passam a ter, inclusive,
menos problemas com indisciplina.

No Brasil, a aplicação do que foi proposta por Rogers


se deu a partir dos anos 1970. Muitas escolas que
assumiram essa posição foram duramente criticadas,
pois as pessoas não conheciam a teoria e achavam
que as crianças podiam fazer o que quiserem, ge-
rando assim um caos.

Outro ponto que dificultou a inserção da psicologia


rogeriana nas escolas brasileiras foi o processo ava-
liativo. No lugar de provas e notas tradicionais, a pro-
posta é que se fizesse um processo humanizado de
conscientização, respeito e confiança no aluno, o que
ainda é muito incomum no país. Até hoje, ainda há
dificuldade em se aceitar esse modelo.

23
APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA
David Ausubel foi um psicólogo da educação es-
tadunidense que se preocupou em construir uma
teoria de ensino que conseguisse ajudar os pro-
fessores no seu desempenho em sala de aula.
Ele também partia de uma psicologia cognitivista,
assim como Piaget e Vygotsky.
A teoria proposta por ele “se propõe a lançar as
bases para a compreensão de como o ser huma-
no constrói significados e, desse modo, apontar
caminhos para a elaboração de estratégias de en-
sino que facilitem uma aprendizagem significativa.”
(TAVARES, 2008).

Figura 6: David Ausubel (1918-2008). Fonte: Nova Escola. Acesso


em: 05 jul. 2019

24
Para o teórico, de acordo com Pontes Neto (2006), a
aprendizagem significativa pressupõe a disposição
por parte do aluno em estabelecer relação com o que
precisa ser aprendido de forma produtiva, apresenta
ideias relevantes para o aluno e material potencial-
mente significativo.

O material a ser aprendido pelo aluno deve ser “sufi-


cientemente não arbitrário, isto é, deve possuir sig-
nificação lógica para poder ser relacionado a ideias
que estão dentro do domínio da capacidade humana
de aprendizagem” (PONTES NETO, 2006, p. 119), ou
seja, ele precisa ter uma significação lógica.

Formulada para o contexto escolar, essa teoria leva


em conta a história do aluno e ressalta o importante
papel dos educadores na inserção de propostas e
situações que favoreçam a aprendizagem. Quando
essa teoria surgiu, em 1963, o que estava sendo dis-
cutido era o Behaviorismo, que você estudou aqui,
dessa forma, essas ideias não foram tão bem rece-
bidas, pois se deslocava a aprendizagem da figura
do professor.

De acordo com Ausubel, a memorização também faz


parte do processo de aprendizado, pois, em alguns
momentos, é necessário que memorizemos infor-
mações, aparentemente sem relação com outras
ideias existentes. Entretanto, a aprendizagem não
deve ficar apenas nisso, outras formas de ensino
devem ser propostas para que o aluno construa seu
conhecimento.

25
Ronca (1994) aponta que o pensamento de Ausubel
chegou ao Brasil no início da década de 1970, com
estudos desenvolvidos na Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1975, ele foi
convidado a vir ao Brasil e coordenou um Seminário
Avançado com 25 pesquisadores do país todo.

Desde então, surgiram inúmeros trabalhos que estu-


dam a teoria proposta pelo teórico estadunidense.

A proposta de trabalho da aprendizagem significa-


tiva deve levar em conta a realidade da escola e do
aluno, não é possível propor um trabalho com essa
finalidade sem se reconhecer com quem se está li-
dando. É necessário que a educação seja significativa
e emancipatória.

26
TEORIA DAS
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Você já ouviu alguém dizer que não é muito bom em
Ciências Humanas, mas faz sucesso em Ciências
Exatas? Ou então que não nasceu para os números,
mas escreve uma redação como ninguém? Pois é,
talvez você seja essa pessoa. Será possível entender
de tudo e gostar de todas as áreas do conhecimento?
Howard Gardner, um pesquisador estadunidense for-
mado nas áreas de Psicologia e Neurologia, resolveu
investigar isso. Na década de 1980, quando começou
suas pesquisas sobre Piaget, Gardner causou grande
impacto com suas formulações na área educacional.
Até aquele momento, para se avaliar a inteligência
de uma pessoa eram feitos os testes de QI (quo-
ciente de inteligência), que media basicamente o
conhecimento lógico-matemático de alguém. Assim, a
partir de padrões, se conseguia aferir se as crianças
estavam tendo um desempenho escolar de acordo
com a idade delas.
Ao elaborar sua teoria, ele observou o trabalho dos
gênios e buscou evidências em estudos com pessoas
que haviam sofrido lesões ou tinham alguma disfun-
ção cerebral. Ele também examinou o mapeamento
cerebral dessas pessoas.
A fim de organizar seu trabalho, Gardner propôs sete
inteligências e a localização delas no cérebro. São
elas:

27
1. Inteligência linguística: é o tipo de capacidade
exibida em sua forma mais completa, talvez pelos
poetas. Localização: parte do cérebro chamada
Centro de Broca.

2. Inteligência lógico-matemática: é a capacidade


lógico-matemática, assim como a capacidade
científica Localização: Centro de Broca.

3. Inteligência espacial: é a capacidade de for-


mar um modelo mental de um mundo espacial
e ser capaz de manobrar e operar utilizando esse
modelo. Exemplo: Os marinheiros, engenheiros,
cirurgiões, pintores, escultores. Localização:
Hemisfério direito do cérebro.

4. Inteligência musical: é a capacidade voltada


para a música. Exemplo: Leonardo Bernstein,
Mozart. Localização: hemisfério direito.

5. Inteligência corporal cinestésica: capacidade


de resolver problemas ou de elaborar produtos
utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo.
Exemplo: dançarinos, atletas, cirurgiões e artistas.
A dominância desse movimento é encontrada no
hemisfério esquerdo.

6. Inteligência interpessoal: capacidade de com-


preender outras pessoas: o que as motiva, como

28
elas trabalham, como trabalhar cooperativamente
com elas. Exemplo: vendedores, políticos, profes-
sores, clínicos (terapeutas) e líderes religiosos
bem-sucedidos. Localização: Lobos Frontais.

7. Inteligência intrapessoal: é uma capacidade


correlativa voltada para dentro. É a capacidade
de formar um modelo acurado e verídico de si
mesmo e de utilizar esse modelo para operar efe-
tivamente na vida. Localização: lobos frontais.
(TRAVASSOS, 2001)

Posteriormente, ele acrescentou à lista as inteligên-


cias natural e existencial. A primeira como a capa-
cidade de se reconhecer e classificar espécies da
natureza; e a segunda como a capacidade de se re-
fletir sobre questões fundamentais da vida humana.
A teoria das múltiplas inteligências implica em dizer
que existem talentos diferentes para atividades es-
pecíficas. Para que seja possível o desenvolvimento
das capacidades inatas é necessário que as pes-
soas tenham educação adequada e oportunidades
para desenvolvê-las. Todos os sujeitos nascem com
grande potencial de talento ainda não moldado pela
cultura e que começará apenas após os cinco anos
de idade.
Muitas escolas, ainda hoje, padronizam seus proce-
dimentos sem deixar margem para que outras inte-
ligências se desenvolvam. É necessário, de acordo
com a teoria proposta por Gardner, que os alunos
sejam levados a desenvolvê-las de forma livre.

29
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, estudamos as principais teorias da
aprendizagem e do desenvolvimento propostas por
teóricos importantes da área de Educação.

O Behaviorismo proposto por Skinner parte da ideia


de que o comportamento é controlado pelas suas
consequências. Já no Cognitivismo, o conhecimento
é construído. No Humanismo, pensamentos, senti-
mentos e ações são integrados. Na aprendizagem
significativa, a ideia ou informação nova deve estar
relacionada com aquilo que já foi assimilado pelo
aluno. Na teoria das inteligências múltiplas, é ne-
cessário levar em consideração as necessidades
formativas de cada aluno.

Todas essas teorias e seus autores contribuem


para uma discussão importante dentro da educa-
ção. Ainda não temos uma resposta para a pergunta
“qual a melhor”, mas temos caminhos para buscá-la.

30
Síntese

O aluno necessita receber um

Watson
estímulo, ao qual dará uma
resposta. Todos os
comportamentos são reflexos.
Comportamentalismo
ou behaviorismo
O professor projeta o processo
Skinner

de aprendizagem de acordo com


as necessidades formatizadas do
aluno.

É necessário que o professor faça


um diagnóstico das competências
Piaget

Cognitivismo e e habilidades de cada um dos


alunos. As atividades devem ser
Construtivismo
organizadas conforme as
características de cada estágio
de desenvolvimento.
Vygotsky

É necessário entender como se


dá a interação com o meio. A
Sociointeracionismo
interação sempre se dará por
meio da linguagem.

O professor deve ser o facilitador


da aprendizagem utilizando
Rogers

Humanismo
recursos necessários e adaptados
conforme a necessidade dos
alunos.
Ausubel

Aprendizagem Ambientes estimulantes


significativa propiciam aprendizagens
significativas.

O professor deve ser um


Gardner

Teoria das inteligências facilitador da aprendizagem se


múltiplas valendo de recursos necessários
e adaptados conforme a
demanda.
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