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AO JUÍZO DE DIREITO DA 5a VARA CÍVEL DA COMARCA DE CARUARU-PE

Distribuiçã o por dependência ao processo nº 0001851-89.2022.8.17.2480


, brasileira, solteira, enfermeira, portadora do RG n. - 033 SDS/PE e do CPF n. , residente e
domiciliado na 2a CEP , por intermédio de seus advogados devidamente constituídos,
conforme instrumento procurató rio em anexo e com endereço profissional abaixo
formatado, para fins do art. 106, inciso I do CPC, vem à presença de Vossa Excelência, com
fulcro no art. 622 do CPC, apresentar PEDIDO DE REMOÇÃ O DE INVENTARIANTE COM
PEDIDO DE TUTELA DE URGÊ NCIA em face de , brasileira, portadora do RG n.º , inscrita no
CPF sob o n.º , com endereço comercial na CEP , conforme os fatos e fundamentos a seguir
expostos:

1. PRELIMINARMENTE
1.1. DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA
Declara a requerente, nos termos do art. 14, § 1º da Lei 5.584/70, das leis 1.060/50 e
7.115/83, bem como o art. 98 do CPC, para os devidos fins e sob as penas da Lei, ser pobre
na forma da lei, encontrando-se SEM RECEBER QUAISQUER VALORES DOS FRUTOS DO
INVENTÁ RIO, nã o podendo arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo do seu
sustento e de sua família, pelo que requer os benefícios da justiça gratuita.

2. SÍNTESE DAS RAZÕES PARA REMOÇÃO


Inicialmente, por uma questã o didá tica, a autora de logo apresenta síntese das suas razõ es
para a concessã o urgente de medida liminar de remoçã o da inventariante pelos seguintes
motivos:
1) SONEGAR e OMITIR informaçõ es aos demais herdeiros e ao juízo, no que se refere a bens
do de cujus e a todas as informaçõ es pertinentes à empresa PLATOMAX;
2) RETER/APROPRIAR-SE INDEVIDAMENTE de valores pertinentes ao pro labore da
empresa PLATOMAX, sem qualquer autorizaçã o judicial;
3) Nã o cumprir com ordem judicial e apresentar nos autos documentos de propriedade do
veículo FIAT/TORO FREEDOM AT, ano 2018/2019, placa ;
4) Nã o possuir a condiçã o de herdeira, tendo em vista que o pedido de reconhecimento de
uniã o está vel é litigioso e contestado, bem como, existe açã o pró pria de anulaçã o de
testamento.
Abaixo segue de forma pormenorizada o detalhamento de cada uma das graves situaçõ es
acima apontadas.

3. DOS FATOS - RAZÕES PARA REMOÇÃO DA INVENTARIANTE


Compulsando os autos do processo principal n. 0001851-89.2022.8.17.2480, verifica- se
que se trata de açã o de inventá rio, ajuizada pela Sra. , suposta companheira do de cujus ,
falecido em 24 de janeiro de 2022. Ressalte-se que, a referida Sra. NÃ O detém a condiçã o de
herdeira do de cujus , tanto é assim, que move açã o de reconhecimento e dissoluçã o de
uniã o está vel post mortem, tombada sob o n. 0006795-37.2022.8.17.2480, em trâ mite na
2a Vara de Família e Registro Civil da Comarca de Caruaru, ainda em fase de conhecimento.
Ressalte-se ainda que, os demais herdeiros do de cujus, herdeiros necessá rios, NÃ O
reconhecem a alegada uniã o está vel . Ocorre que, mesmo sem possuir condiçã o de herdeira
legítima, a Sra. foi, equivocadamente, data vênia, nomeada como inventariante para
partilha dos bens deixados pelo seu suposto companheiro, tendo prestado regular
compromisso, apresentou as primeiras declaraçõ es, bem como, posteriormente, anexou
aditamento à s primeiras declaraçõ es; tudo, conforme seguem em anexo.
Compulsando as primeiras declaraçõ es e o aditamento apresentado pela suposta
companheira, a requerente constatou uma série de irregularidades, omissõ es, sonegaçõ es
nos bens deixados pelo de cujus, bem como, restou constatada a retençã o/apropriaçã o
indevida de valores referentes a pró labore da empresa da qual o de cujus era só cio, que
pertencem ao espó lio; tudo, conforme relatado em petiçã o de impugnaçã o ID ?? nos autos
do processo 0001851-89.2022.8.17.2480.
Desta feita, depreende-se que na condiçã o de inventariante, a Sra. vem causando inú meros
prejuízos aos demais herdeiros, de modo que, considerando as gravíssimas atitudes por ela
cometidas, nã o restou outra saída senã o a interposiçã o da presente açã o para destituiçã o
da Sra. do encargo de inventariante ,inclusive com pedido de liminar de antecipaçã o de
tutela; conforme detalhado e pleiteado adiante:

A) DA SONEGAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Consoante se verifica no processo de Inventá rio, o de cujus era detentor de 30.000 (trinta
mil) quotas, que corresponde a 33,33% da sociedade PLATOMAX INDÚ STRIA & COMÉ RCIO
LTDA , inscrita no CNPJ sob o n.º , localizada na CEP , conforme atos constitutivos que
seguem em anexo.
Ocorre que, conforme já denunciado nos autos do inventá rio, a autora tomou conhecimento
que apó s o falecimento do de cujus, a ora Inventariante, arvorando-se da condiçã o de "dona
da empresa" - qualidade que nã o lhe compete-, vem exercendo poder de mando e direçã o
no estabelecimento, além de está se apropriando do acervo empresarial, sem prestar
NENHUMA informaçã o ou prestar contas aos demais herdeiros, o que sem dú vida causa
GRANDE PREJUÍZO ao espó lio.
Ressalte-se ainda que, a ora inventariante vem negando informaçõ es sobre a situaçã o da
empresa (administraçã o, patrimô nio, dívidas, investimentos, lucros, etc.) aos demais
herdeiros e nos autos da pró pria açã o do inventá rio . Esclareça-se que, ESSA SITUAÇÃ O JÁ
PERDURA A MAIS DE UM ANO E MEIO. Ora, os FILHOS do de cujus (herdeiros necessá rios)
estã o, desde fevereiro de 2022, impossibilitados de obter acesso e quaisquer informaçõ es
sobre a real situaçã o empresarial.
Esclareça-se ainda que, a inventariante deixou de informar ao juízo sobre como é
contabilizado e pago o pro labore do só cio falecido, se é um valor fixo ou variá vel, qual o dia
de retirada/pagamento aos só cios, entre outros. A inventariante apenas afirmou, em abril
de 2022, que os só cios recebem igualmente o montante de por mês, porém nã o junta
nenhum extrato, ou comprovantes de pagamento dos demais só cios nesse valor, ou
qualquer outro documento probató rio .
De acordo com o contrato social da empresa PLATOMAX, anexado aos autos do processo de
inventá rio pela pró pria inventariante, vejamos:
Ressalte-se que de acordo com a clá usula acima transcrita e destacada, o pro labore será
definido de comum acordo entre os só cios. Desse modo, no ano de 2022, supostamente foi
fixado no montante de 12 mil reais para cada um. Ocorre que, a inventariante
simplesmente OMITIU se houve reajuste desse valor para o ano de 2023.
Outrossim, ainda conforme contrato social da empresa, ao final de cada exercício social
caberia aos só cios os lucros ou perdas apuradas .
Ora, o de cujus faleceu em janeiro de 2022, e a inventariante NÃ O PRESTOU NENHUMA
INFORMAÇÃ O, seja judicial ou extrajudicialmente, sobre o balanço patrimonial da empresa
referente ao ano de 2022, se houve lucros ou prejuízos. Excelência, o exercício social da
empresa referente ao ano de 2023 está chegando ao fim, e os herdeiros estã o
completamente à s escuras sobre a situaçã o da empresa.
Desse modo, uma vez que a inventariante está sonegando informaçõ es acerca da empresa
da qual o de cujus era só cio, depreende-se que a ela está descumprindo com suas
obrigaçõ es inerentes ao encargo assumido.
Outrossim, além de sonegar e omitir bens e informaçõ es inerentes a empresa PLATOMAX, a
inventariante está RETENDO E SE APROPRIANDO DE ELEVADOS VALORES,
INDEVIDAMENTE, senã o vejamos:

B) DA RETENÇÃO/APROPRIAÇÃO DE VALORES
Ainda sobre o pro labore do só cio falecido da empresa PLATOMAX, conforme acima
exposto, a ora inventariante afirmou que cada um dos só cios faz retirada mensal no
montante de . No início do processo do inventá rio, em abril de 2022, na petiçã o id , a Sra.
informou que as retiradas (pró labore) referente aos meses de fevereiro e março do ano de
2022, as quais totalizaram um montante de estariam à disposiçã o deste juízo , vejamos:
Ressalte-se que, apesar da inventariante ter requerido prazo para apresentaçã o dos
mencionados extratos bancá rios sobre o referido valor, até a presente nada, NÃ O ANEXOU
AOS AUTOS.
Ressalte-se que, a parte autora, nos pró prios autos do inventá rio, por mais de uma vez,
impugnou à nomeaçã o da ré como inventariante. E, em resposta a uma das impugnaçõ es
apresentadas, na petiçã o id , a inventariante informou que os valores estariam sendo
depositados judicialmente e que apresentaria os comprovantes , vejamos:
Ato contínuo, em razã o da inventariante informar que até a 15/03/2023 apresentaria os
comprovantes de depó sitos judiciais E NÃ O TRAZER AOS AUTOS OS REFERIDOS
DOCUMENTOS, em 03 de abril de 2023, restou determinado por este juízo, no despacho id ,
prazo de 10 (dez) dias, para a inventariante juntar aos autos os documentos por ela citados
na petiçã o id .
Ressalte-se que, o prazo judicial para a inventariante apresentar os referidos documentos
findou em 31 de julho de 2023 e ela NÃ O cumpriu a determinaçã o judicial
tempestivamente. Apenas em 25 de agosto de 2023, quase um mês apó s o término do prazo
concedido, a inventariante anexou aos autos alguns comprovantes de depó sito judicial,
conforme petiçã o id , abaixo transcrita:
Excelência, depreende-se da petiçã o acima transcrita, a inventariante, SEM QUALQUER
AUTORIZAÇÃ O JUDICIAL, simplesmente A RETIRADAS MENSAIS DO DE CUJUS. Isto é, do
valor que supostamente seria de 12 mil reais mensais, a inventariante reteve para ela a
quantia de 6 mil reais mensais, sob a alegaçã o de que seria companheira (repita- se
condiçã o essa que nã o foi reconhecida judicialmente) e o restante do valor depositou
judicialmente .
Excelência, a inventariante NÃ O DETÉ M QUALQUER AUTORIZAÇÃ O, AUTONOMIA OU
LEGITIMIDADE para reter METADE da quantia referente ao pro labore do de cujus, como
assim o fez.
Outrossim, cumpre destacar ainda a contradiçã o , e até mesmo má -fé da inventariante, na
medida em que no primeiro momento afirmou nos autos que os valores referentes as
retiradas mensais estariam disponíveis A PARTIR DE FEVEREIRO DE 2022, entretanto,
apó s ser intimada para apresentar os COMPROVANTES das quantias mensais, passou a
afirmar que seria apenas a partir de março de 2022. Ora, Excelência, a inventariante nã o faz
QUALQUER esclarecimento referente ao montante correspondente ao mês de fevereiro de
2022, desse modo, resta EVIDENTE que ela se apropriou do referido valor.
Ressalte-se ainda que, a inventariante também se contradiz/falta com a verdade pelo fato
de que inicialmente informou ao juízo que o valor integral estaria à disposiçã o, isto é, o
montante de (vinte e quatro mil) e, posteriormente, além de omitir o mês de fevereiro ,
optou por reter metade do suposto valor referente ao mês de março de 2022.
Esclareça-se ainda que, como se nã o bastasse reter metade das quantias devidas do pro
labore, a inventariante apenas comprovou depó sito judicial de quantias referentes até o
mês de julho de 2023 . Isto é, os herdeiros NÃ O POSSUEM QUALQUER INFORMAÇÃ O
SOBRE AS QUANTIAS REFERENTES AOS MESES DE AGOSTO, SETEMBRO E OUTUBRO DE
2023, bem como, nã o foi apresentado o balanço patrimonial da empresa referente ao ano
de 2022, de forma que DESCONHECEM os valores pertinentes aos lucros do ano de 2022,
conforme acima exposto.
O fato é que, do valor mensal declarado como pro labore, isto é, do valor que a
inventariante reconhece como devido e dos comprovantes de depó sitos judiciais anexados
aos autos, depreende-se que a Sra. reteve os seguintes valores:
SUPOSTO PRÓ LABORE DO ESPÓ LIO DE NIVALDO BEZERRA - EMPRESA
PLATOMAX
MÊ S DE VALOR DECLARADO VALOR VALOR RETIDO REFERÊ NCIA COMO PRÓ LABORE
DEPOSITADO PELA
JUDICIALMENTE INVENTARIANTE Fevereiro/2022
Março/2022
Abril/2022 Maio/2022
Junho/2022 Julho/2022
Agosto/2022 Setembro/2022
Outubro/2022
Novembro/2022 Dezembro/2022
Janeiro/2023 Fevereiro/2023
Março/2023
Abril/2023 Maio/2023
Junho/2023 Julho/2023
Agosto/2023 Setembro/2023
Outubro/2023

Em suma, Excelência, o fato é que a Sra. , repita-se, a qual SEQUER possui condiçã o de
companheira/herdeira reconhecida judicialmente-, por decisã o pró pria, já DO ACERVO DE
BENS DO ESPÓ LIO, ENQUANTO QUE OS DEMAIS HERDEIROS, TODOS FILHOS (HERDEIROS
NECESSÁ RIOS), NÃ O RECEBERAM QUALQUER QUANTIA!

C) DA OMISSÃO DE BEM E DESCUMPRUMENTO DE ORDEM JUDICIAL


Excelência, a parte autora, nos pró prios autos do inventá rio, impugnou as primeiras
declaraçõ es e o aditamento apresentados pela inventariante por diversos fundamentos,
dentre eles a omissã o de bens. Um dos bens omitidos pela inventariante foi o VEÍCULO
FIAT/TORO FREEDOM AT, ano 2018/2019, placa .
Esclareça-se que na petiçã o id , a inventariante informou que apresentaria os documentos
referente a propriedade do mencionado veículo vejamos:
Ocorre que, por nã o ter apresentado os referidos documentos, em 03 de abril de 2023,
restou determinado por este juízo, no despacho id , prazo de 10 (dez) dias, para que a
inventariante juntasse aos autos os documentos do veículo.
Ocorre que, até a presente data (25/10/2023), A INVENTARIANTE NÃ O ANEXOU AOS
AUTOS OS DOCUMENTOS DE PROPRIEDADE DO REFERIDO VEÍCULO.
Excelência, a requerente diligenciou e obteve informaçõ es que a titularidade do referido
veículo foi TRANSFERIDA para a pessoa da ora inventariante . Ora, o referido veículo foi
listado nas primeiras declaraçõ es como sendo um bem pertencente ao acervo da empresa
PLATOMAX e, de acordo com as informaçõ es obtidas, agora consta como um bem de
propriedade exclusiva da inventariante; o que gera a suspeita de desvio patrimonial, que
será oportunamente demonstrado.
Desse modo, considerando o DESCUMPRIMENTO DE ORDEM JUDICIAL, uma vez que nã o
houve a apresentaçã o dos documentos pela inventariante, restou necessá rio e por isso
restou requerida a expediçã o de ofício ao DETRAN de Pernambuco, para que apresentasse
informaçõ es detalhadas sobre os processos de aquisiçã o e transferência de propriedade do
referido veículo, originalmente, pela empresa PLATOMAX (CNPJ n. ) e posteriormente, o de
transferência para a Sra. (CPF n. ).
Excelência, vale ressaltar que todas essas atitudes GRAVÍSSIMAS ( sonegaçã o de
informaçõ es, ocultaçã o de bens, retençã o de valores, descumprimento de ordem judicial,
etc) foram cometidas pela inventariante, a qual sequer possui a condiçã o de herdeira do de
cujus.

D) DA AUSÊNCIA DE CONDIÇÃO DE HERDEIRA


Cumpre ressaltar ainda que a ora inventariante, Sra. , comete todas as irregularidades
acima destacadas sem SEQUER POSSUIR A CONDIÇÃ O DE HERDEIRA, isto porque ela ainda
tenta obter no Inventá rio e, em açã o litigiosa pró pria, que já fora contestada, o
reconhecimento de sua suposta uniã o está vel com o de cujus.
Outrossim, cumpre ressaltar que NENHUM dos herdeiros necessá rios reconhecem a
alegada uniã o está vel da Sra. com o de cujus, conforme será observado em suas
contestaçõ es. E, conforme entendimento majoritá rio jurisprudencial, quando há
discordâ ncia dos herdeiros necessá rios quanto à existência de uniã o está vel entre a
suposta companheira, nomeada inventariante , é recomendá vel a destituiçã o do encargo de
inventariante , vejamos:
RECURSO DE APELAÇÃO - REMOÇÃO DA COMPANHEIRA COMO INVENTARIANTE JULGADA PROCEDENTE- -
QUESTÃO DE ORDEM - DECISÃO INTERLOCUTÓRIA - RECORRÍVEL POR MEIO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO -
APLICAÇÃO DO PRINCÍPCIO DA FUNGIBILIDADE RECURSAL - APRECIAÇÃO DO MÉRITO DO RECURSO -
DISCORDÂNCIA DOS HERDEIROS - AUSÊNCIA DE PROVA INCONTESTE DA UNIÃO ESTÁVEL - NECESSIDADE DO
RECONHECIMENTO PELAS VIAS ORDINÁRIAS - DESTITUIÇÃO DA COMPANHEIRA DO ENCARGO DE INVENTARIANTE
MANTIDA - RECURSO DESPROVIDO. Aplica-se o princípio da fungibilidade recursal, porquanto "não configura erro
grosseiro a interposição de apelação, em vez de agravo de instrumento, contra decisão que remove inventariante,
devendo ser aplicado o princípio da fungibilidade recursal, desde que observado o prazo para a interposição do
agravo" (REsp n. 714.035/RS, Relator Ministro JORGE SCARTEZZINI, QUARTA TURMA, julgado em 16/6/2005, DJ
1º/7/2005). Se há discordância dos herdeiros necessários quanto à existência de união estável entre a
companheira, nomeada inventariante e o de cujus, recomenda a jurisprudência a destituição do encargo, cujo
reconhecimento da união estável se dá pelas vias ordinárias. (TJ-MT - APL: 00084284020158110041 MT, Relator:
GUIOMAR TEODORO BORGES, Data de Julgamento: 29/06/2016, QUARTA CÂMARA DE DIREITO PRIVADO, Data de
Publicação: 01/07/2016) (grifos nosso)

Bem como, o suposto testamento deixado pelo de cujus está sendo objeto de açã o pró pria
de anulaçã o. Outrossim, apenas a título de suposiçã o, ainda que seja julgada improcedente
a açã o de anulaçã o do testamento, e seja constatada a veracidade da assinatura constante
no referido documento e, a regularidade do testamento, este fato, por si só , nã o possuiria o
condã o de validar a existência de uniã o está vel e, por sua vez, autorizar a sra. a ser
inventariante do espó lio.
Desta feita, considerando que nã o há qualquer hipó tese da alegada uniã o está vel ser
reconhecida nos autos do processo de inventá rio, bem como, que a atual inventariante NÃ O
POSSUI CONDIÇÃ O DE HERDEIRA, uma vez que nã o houve o RECONHECIMENTO DA
UNIÃ O ESTÁ VEL e existe discordâ ncia pelos herdeiros necessá rios quanto à existência da
suposta uniã o está vel , se faz necessá rio que a Sra. seja urgentemente desconstituída do
encargo e, a herdeira ora peticionante , seja nomeada a nova inventariante, tomando-lhe o
compromisso legal.

3. DO DIREITO
3.1 DA FUNÇÃ O DO INVENTARIANTE E DA SUA REMOÇÃ O
Nobre julgador, sabe-se que a funçã o do inventariante é, em suma, administrar os bens
deixados pelo de cujus e cumprir as exigências e determinaçõ es legais a fim de finalizar o
processo com a consequente partilha, contudo, nã o é o que está acontecendo no presente
caso. Nos autos do processo em epígrafe, constata-se uma inventariante bastante ardilosa
que omite, descumpre ordem judicial e apropria-se de verbas pertencentes ao espó lio.
O cargo de inventariante inicia-se com a assinatura do compromisso e finaliza com a
homologaçã o da partilha, consoante art. 1.991, do Có digo Civil, vejamos:
Art. 1.991. Desde a assinatura do compromisso até a homologação da partilha, a administração da herança será
exercida pelo inventariante.

Outrossim, no artigo 618 do Có digo de Processo Civil estã o previstas as incumbências do


inventariante:
Art. 618. Incumbe ao inventariante:
IV - exibir em cartório, a qualquer tempo, para exame das partes, os documentos relativos ao espólio;
VII - prestar contas de sua gestão ao deixar o cargo ou sempre que o juiz lhe determinar ;

Desta feita, caso o inventariante nã o cumpra com tais incumbências, dentre elas de agir
com diligência, transparência, eficá cia entre outros, caberá a exclusã o dele de seu encargo .
Tanto é assim, que dispõ e o Có digo de Processo Civil, em seu artigo 622:
Art. 622. O inventariante será removido de ofício ou a requerimento:
II - se não der ao inventário andamento regular, se suscitar dúvidas infundadas ou se praticar atos meramente
protelatórios;
III - se, por culpa sua, bens do espólio se deteriorarem, forem dilapidados ou sofrerem dano;
V - se não prestar contas ou se as que prestar não forem julgadas boas;
VI - se sonegar, ocultar ou desviar bens do espólio.
Excelência, todos os erros, omissõ es, sonegaçõ es e, principalmente, APROPRIAÇÃ O dos
valores oriundos do pro labore, lucros e dividendos pertinentes a quota parte do de cujus,
entre outros, justificam a remoçã o da inventariante nos autos do processo de inventá rio .
Esclareça-se ainda que, tal requerimento é cabível, uma vez que poderia até ser
determinada por ofício pelo juiz, consoante os termos do Art. 622 e 623 do CPC:
Art. 623. Requerida a remoção com fundamento em qualquer dos incisos do art. 622, será intimado o
inventariante para, no prazo de 15 (quinze) dias, defender-se e produzir provas.
Parágrafo único. O incidente da remoção correrá em apenso aos autos do inventário.

Portanto, tendo em vista os fatos narrados e os fundamentos jurídicos expostos, em razã o


do pleito de remoçã o da inventariante nomeada, requer que seja intimada a inventariante
para, querendo, apresentar defesa e, posteriormente, seja deferido o presente peticioná rio
e nomeado o requerente para o exercício de tal encargo .
Ante o exposto, uma vez constadas a sonegaçã o de informaçõ es acerca da empresa do de
cujus, a APROPRIAÇÃ O de bens do espó lio, descumprir ordem judicial, nã o dar andamento
ao processo de inventá rio, deve ser deferido o pleito e determinada a remoçã o do
inventariante, nomeando-se a Requerente como nova inventariante.
4. DA TUTELA DE URGÊ NCIA - IMEDIATA REMOÇÃ O DA INVENTARIANTE Em atençã o aos
fatos e fundamentos acima expostos e, principalmente, a gravidade
da situaçã o e das atitudes cometidas pela atual inventariante, resta necessá rio e por isso
requer a concessã o da tutela de urgência, conforme adiante exposto:
De acordo com o art. 300 do Có digo de Processo Civil, para a concessã o de tutela de
urgência resta necessá rio a comprovaçã o da probabilidade do direito e o perigo de dano ou
o risco ao resultado ú til do processo, senã o vejamos:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito
e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

No que se refere à probabilidade do direito , no caso em concreto, diversas atitudes da


inventariante demonstram, sem qualquer margem de dú vida, que ela agiu em desacordo
com sua funçã o. Tanto é assim que, conforme já relatado, a inventariante:
● OMITE informaçõ es, aos demais herdeiros e nos autos do processo de
inventá rio, principalmente, sobre a empresa da qual o de cujus era só cio;
● Nã o cumpre com ordem judicial e apresenta nos autos documentos de
propriedade do veículo FIAT/TORO FREEDOM AT, ano 2018/2019, placa PGZ 6827 ( Repita-se, esse carro foi listado
nas primeiras declarações como bem componente ao acervo da empresa da PLATOMAX e atualmente foi
TRANFERIDA a propriedade para a inventariante );

● APROPRIA-SE INDEVIDAMENTE de valores pertinentes ao pro labore e


dividendos da empresa PLATOMAX, sem qualquer autorização judicial. É INCONTROVERSO, conforme exposto pela
própria inventariante que ela já reteve MAIS de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);
● Nã o possui a condiçã o de herdeira e lesando aos demais herdeiros
necessários. Ora, Excelência, a inventariante não tem reconhecida a alegada união estável entre ela e o de cujus,
repita-se, a ação de reconhecimento e dissolução de união estável post mortem ainda se encontra em fase de
conhecimento e existem provas robustas de que ela não era companheira do de cujus. Outrossim, já existem ações
de anulação de testamento em tramitação;

● NÃ O cumpre com prazos processuais nos autos do processo do inventá rio;


Ora, das atitudes acima exemplificadas, a inventariante agiu em total desconformidade com
o que, depreende-se que a Sra. agiu de forma totalmente CONTRÁ RIA ao que se espera
daquele que exerce o encargo de representante e administrador do espó lio, que deve se
pautar na conservaçã o e preservaçã o dos bens que tenham vinculaçã o ao inventá rio, para a
justa partilha deles, e nã o dilapidando o patrimô nio por meio de inú meras retençõ es de
dividendos da empresa sem autorizaçã o judicial.
Consoante já exposto acima, o artigo 622 do CPC/2015 prevê que o inventariante pode ser
destituído de sua funçã o quando comete uma ou algumas das atitudes previstas nos incisos.
E, das má s/péssimas atitudes cometidas pela inventariante, percebe-se que ela incidiu nas
seguintes situaçõ es:
● ELA NÃ O DÁ AO INVENTÁ RIO ANDAMENTO REGULAR (inciso II do Art.
622, do CPC). Conforme comprova-se dos autos, a Sra. Gislene retarda o andamento do feito .
Ora, restou determinado que ela apresentasse nos autos comprovantes dos depósitos judiciais referentes ao pro
labora da cota parte do de cujus, que ela informou que estava realizando e os documentos de titularidade de um
automóvel. A inventariante não cumpriu com a ordem judicial, até a presente data não apresentou os documentos
do veículo, bem como, com quase 1 (um) mês após o término do prazo concedido apresentou apenas uma parte
dos comprovantes de depósitos.

● BENS DO ESPÓ LIO ESTÃ O SENDO DILAPIDADOS E/OU SOFRENDO


DANOS (Inciso III do art. 622 do CPC). A inventariante, confessadamente, reteve, de forma incontroversa, mais de
R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) oriundos do pro labore da cota parte do de cujus da empresa da qual
ele era sócio.

● A INVENTARIANTE NÃ O PRESTA CONTAS (inciso V, do art. 622, do CPC):


A Sra. Gislene se encontra na condição de administradora da empresa desde o falecimento do de cujus, quase 2
(dois) anos após, ela não presta contas sobre a condição da empresa. Ora, os demais herdeiros estão
completamente às cegas sobre a situação empresarial, não possuem qualquer informação pertinente a balanço
patrimonial, inventário de bens, pagamento de dívidas, aquisição de novas dívidas ou patrimônios, investimentos,
lucros, NADA! Absolutamente nenhuma informação.

● A INVENTARIANTE SONEGA INFORMAÇÕ ES. A Sra. nã o presta


informações sobre a situação dos bens deixados pelo de cujus aos herdeiros ou nos autos do processo. Ressalte-se
que, a negativa de informações não se refere apenas a situação da empresa, conforme já reiteradamente exposto,
mas também aos demais bens por ele deixados, como uma casa residencial localizada no bairro Riachão, bem
como, uma propriedade rural, avaliada em mais de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Ora, não se sabe o real
estado de conservação desses bens, quais os bens móveis que guarneciam os referidos imóveis, se eles estão
sendo preservados ou dilapidados. Excelência, a inventariante sequer permitiu os filhos de terem qualquer acesso
a residência que o PAI deles morava.
● INDÍCIOS DE DESVIO DE BENS DO ESPÓ LIO. Excelência, conforme
depreende-se das primeiras declarações apresentadas pela inventariante, no rol de bens componentes ao acervo
da pessoa jurídica (PLATOMAX) consta o veículo FIAT/TORO FREEDOM AT, ano 2018/2019, placa PGZ 6827. Ocorre
que, os herdeiros diligenciaram e obtiveram a informação de que esse veículo agora está em posse PESSOAL e
TITULARIDADE, junto ao DETRAN/PE, da Sra. Gislene.

Desse modo, resta clara a má conduçã o do processo de inventá rio, o que autoriza a
IMEDIATA E LIMINAR remoçã o da inventariante , na forma do artigo 622, inciso II, III, V e
VI do Có digo de Processo Civil, e por violaçã o do dever disposto no inc. IV e VII, do art. 618
do mesmo có digo.
Quanto ao perigo de dano também se faz presente no caso em tela, decorrendo-o da
possibilidade de que, sendo a Sra. , uma vez permanecendo no encargo, a inventariante
continue a se apropriar indevidamente de patrimô nio, alargando os prejuízos do Espó lio e
consequentemente dos demais herdeiros, bem como, continue a sonegar informaçõ es, nã o
prestar contas, etc.
Outrossim, quanto ao perigo da demora , resta igualmente demonstrado na medida em que,
a cada mês que se passa a inventariante se apropria indevidamente de mais valores do
espó lio. Bem como, com a chegada do final do ano, de acordo com o contrato social da
empresa, ao final de cada exercício social haverá a divisã o dos lucros e, igual como
aconteceu no final do ano de 2022, a inventariante silenciou e omitiu informaçõ es sobre os
dividendos.
Essa é exatamente a hipó tese dos autos, pois as condutas indevidas praticadas pelo
inventariante, sã o inequivocamente demonstradas pelos documentos acostados à inicial,
especialmente, no que se refere ao andamento do processo do inventá rio.
Ressalte-se que, sobre a situaçã o dos autos, a jurisprudência é majoritá ria quanto a
possibilidade de concessã o de tutela de urgência para remoçã o de inventariante , vejamos:
CONSTATAÇÃO EM COGNIÇÃO SUMÁRIA DE IRREGULARIDADES PRATICADAS PELO INVENTARIANTE NA
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS DO ESPÓLIO - ALTERAÇÃO INDEVIDA DO CONTRATO SOCIAL DE PESSOA JURÍDICA E
ALIENAÇÃO BENS SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL E SEM A OBRIGATÓRIA INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO -
BENS QUE COMPÕEM O MONTE PARTILHÁVEL - LIMINAR CONCEDIDA PARA AFASTAR O INVENTARIANTE DO
ENCARGO ATÉ DECISÃO DE MÉRITO DO
INCIDENTE - NOMEAÇÃO DE SUBSTITUTO - RECURSO PROVIDO. [...]. No caso, havendo testamento público em que
o colateral não foi contemplado, mas cuja validade está sendo discutida em Juízo, por meio de ação anulatória, do
mesmo modo persiste o interesse daquele para manejar o referido incidente, nos moldes do que prevê o art. 622
do CPC. Evidenciado nos autos, em cognição sumária, que o inventariante nomeado pelo Juízo está agindo de
forma irregular na administração dos bens do espólio, podendo ocasionar prejuízo aos demais herdeiros, deve ser
concedida tutela provisória, para o fim de afastá-lo do mencionado encargo, até decisão do mérito do incidente de
remoção movido em seu desfavor . (TJ-MS - AI: 14109966720208120000 MS 1410996-67.2020.8.12.0000, Relator:
Des. Fernando Mauro Moreira Marinho, Data de Julgamento: 03/02/2021, 2a Câmara Cível, Data de Publicação:
07/02/2021)
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INVENTÁRIO - REMOÇÃO DE INVENTARIANTE - ARTIGO 622 DO
CPC - DESCUMPRIMENTO DOS DEVERES - DESÍDIA - TROCA DE INVENTARIANTE - NECESSIDADE. - O inventariante
deve sempre diligenciar para o andamento do processo de inventário cumprindo rigorosamente os prazos
impostos pelo juízo visando a otimização e celeridade do feito no menor prazo possível - Caso o inventariante não
cumpra com seus deveres poderá ser removido, nos moldes previstos do artigo 622 do CPC, além de responder
pelos seus atos - Verificada a desídia do inventariante em cumprir as suas obrigações, deixando o feito paralisado
por vários anos, bem como constatada a vontade dos demais herdeiros em proceder à nomeação de novo
inventariante, deve ser deferido o pedido de remoção . (TJ-MG - AI: 10000220283311001 MG, Relator: Ângela de
Lourdes Rodrigues, Data de Julgamento: 07/07/2022, Câmaras Especializadas Cíveis / 8a Câmara Cível
Especializada, Data de Publicação: 11/07/2022)
E M E N T A - AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INVENTÁRIO. DESTITUIÇÃO DE INVENTARIANTE. ART. 622, II,
DO CPC/2015. TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA. DEFERIDA. ART. 300 DO CPC. PRESENÇA DOS REQUISITOS
LEGAIS. DECISÃO MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO Mantém-se a decisão que deferiu a tutela provisória de
urgência, se presentes os requisitos previstos no art. 300, NCPC, mormente se o objetivo buscado é garantir a
conclusão do processo de inventário . (TJ-MS 14085656520178120000 MS 1408565-65.2017.8.12.0000, Relator:
Des. Sérgio Fernandes Martins, Data de Julgamento: 10/10/2017, 1a Câmara Cível) (g.n.)

Diante do exposto, requer que seja concedida a medida de urgência para o imediato
afastamento da inventariante da funçã o, nomeando-se, provisoriamente, a herdeira
necessá ria para o cargo de inventariante.
Bem como, seja intimada a inventariante liminarmente removida para entregar
imediatamente à substituta, os bens mó veis do espó lio que estã o em sua posse, dentre eles,
todos os documentos pertinentes à empresa PLATOMAX, do veículo FIAT/TORO FREEDOM
AT, ano 2018/2019, placa , demais documentos, valores recebidos , bem como, transmitir a
posse, entregar as chaves e os documentos referentes aos imó veis pertencentes ao espó lio
e que estejam na posse da Sra. , sob pena de ser compelida mediante mandado de busca e
apreensã o ou, de imissã o na posse, este quanto aos bens, sem prejuízo da multa a ser fixada
por este Douto Juízo; tudo, amparado pelo art. 625 do CPC

5. DO
Ante o exposto, requer:
a) A distribuiçã o do presente incidente em apenso aos autos do inventá rio judicial n.º
0001851-89.2022.8.17.2480, de acordo com o pará grafo ú nico do artigo 623 do Có digo de
Processo Civil; b) Deferimento dos benefícios da gratuidade da justiça; c) seja concedida
liminar em tutela de urgência determinando o imediato afastamento da inventariante da
funçã o, nomeando-se provisoriamente, a herdeira necessá ria para o cargo de inventariante;
necessá ria para o cargo de inventariante; afastamento da inventariante da funçã o,
nomeando-se provisoriamente, a herdeira necessá ria para o cargo de inventariante;
necessá ria para o cargo de inventariante;
b) Deferimento dos benefícios da gratuidade da justiça;
c) seja concedida liminar em tutela de urgência determinando o imediato afastamento da
inventariante da funçã o, nomeando-se provisoriamente, a herdeira necessá ria para o cargo
de inventariante; necessá ria para o cargo de inventariante;
d) ademais, para dar efetividade à decisã o, seja intimada a inventariante liminarmente
removida para:
d1) entregar imediatamente à substituta, os bens mó veis do espó lio que estã o em sua
posse, dentre eles, todos os documentos pertinentes à empresa PLATOMAX, demais
documentos, valores recebidos , e tudo o que relacionado à empresa esteja em sua posse ;
d2) removê-la totalmente da empresa, determinando-se que ela se abstenha de adentrar na
sede da empresa ou interferir de qualquer modo no seu funcionamento, notadamente,
proibindo-a de receber quaisquer quantias. d3) entregar imediatamente à substituta o
veículo FIAT/TORO FREEDOM AT, ano 2018/2019, placa ;
d4) transmitir a posse, entregar as chaves e os documentos referentes aos imó veis
pertencentes ao espó lio, que estã o na posse da Sra. , quais sejam:
- imó vel residencial localizado na , Riachã o, Caruaru/PE,
CEP ;
- imó vel residencial localizado no Sítio Malhada de Pedra, Município de Caruaru/PE,
com á rea construída de aproximadamente 200 (duzentos) metros quadrados; Tudo, sob
pena de ser compelida mediante mandado de busca e apreensã o ou, de imissã o na posse,
este quanto aos bens, sem prejuízo da multa a ser fixada por este Douto Juízo para o caso
de descumprimento das ordens; tudo, amparado pelo art. 625 do CPC;
d) A intimaçã o da inventariante e dos demais só cios da empresa, Srs. e , sobre a liminar
concedida e sua citaçã o para, querendo, apresentar defesa, nos termos do artigo 623 do
Có digo de Processo Civil;
e) no mérito, seja julgado integralmente procedente o pedido de remoçã o da inventariante
pelas razõ es supra, procedendo-se de a nomeaçã o da requerente para o encargo de
inventariante;
f) a condenaçã o da inventariante ao pagamento de custas processuais e honorá rios
advocatícios, em razã o da sucumbência.
Protesta ainda, provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admissíveis.
Dá -se a causa o valor de , para meros fins fiscais.
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Caruaru/PE, 19 de outubro de 2023.

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