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A morte do pai de Juscelino, quando ele tinha três anos de idade, agravou a
situação da família. A partir desse momento, Dona Júlia, professora do primário,
decidida em dar o melhor para seus filhos, os levava para a sala de aula todos
os dias até concluírem o curso primário (Memorial JK).
Aos oito anos, Nonô, como era conhecido Juscelino, ingressa no primeiro
trabalho de entregador de compras dos comércios de Diamantina (ARRUDA).
Para cursar o secundário, o futuro presidente, aos doze anos, entrou no
seminário dos padres Lazaristas, o único ginásio da cidade. Foi nesta época que
calçou seu primeiro par de sapatos. Desde o início, a vontade de ser médico era
constante, deixando bem claro para os padres que não possuía vocação
eclesiástica. Aos quinze anos, terminou os seus estudos no seminário e passou
a estudar por conta própria. Após realizar o “exame por decreto”, obteve o
diploma do ensino secundário e só assim pôde ter os requisitos necessários para
tentar a tão sonhada faculdade de medicina. (Memorial JK).
Após passar pela atual Academia de Polícia Militar de Minas Gerais, iniciou seu
trabalho nesta Instituição como capitão-médico, cirurgião e urologista
(MACHADO, 2020). No entanto, sua capacidade só foi realmente colocada à
prova quando deflagrou a Revolução Constitucionalista de 1932.
mais acirrados, seu posto médico inicial era resumido à Casa de Caridade local,
antiga e mal conservada, com cômodos velhos e sujos (Memorial JK).
Nesse posto médico inicial, ele trabalhava nas duas enfermarias, que
permaneceram cheias devido à quantidade de feridos que não paravam de
chegar, com a irmã Maria Octávia, uma idosa que atendia a população pobre da
cidade da melhor maneira possível. Ocorreram inúmeros casos graves, alguns
inesquecíveis na mente do cirurgião como o de um soldado que foi ferido no
abdômen por uma rajada de metralhadora, tendo chegado ao local em um estado
desesperador e precisava de uma laparotomia de emergência. A cirurgia
procedeu-se com um oficial veterinário, às ordens de Juscelino, como
anestesista, utilizando máscara de clorofórmio. A princípio, foram encontradas
oito perfurações nas alças intestinais. Com o início das respectivas suturas, o
paciente entrou em depressão respiratória e o anestesista ficou desesperado,
fazendo com que Juscelino interrompesse a cirurgia e passasse a controlar a
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O fim da hostilidade da batalha, por volta de setembro de 1932, fez com que a
Brigada que Juscelino servia rumasse para o Setor Centro.
Posteriormente, o capitão-médico foi responsável pela remoção dos feridos de
Passa Quatro para Guaxupé e Varginha, indo em seguida para Campinas
(SILVA, 2019).
Na sala operatória foram efetuadas aproximadamente 54 cirurgias de maior
porte. Com o término da revolução, o Trem-Hospital retornou para Belo
Horizonte, onde foi desmontado.
Fonte: Memorial JK
Durante esse período no “front”, Juscelino veio a adquirir vários amigos, como
Eurico Gaspar Dutra, Benedito Valadares, General Ernesto Dornelles, Marechal
Zacharias Assumpção, Filinto Muller e Pedro Paulo Penido, que futuramente
iriam exercer cargos políticos de maior importância e seriam uma porta de
entrada para o jovem capitão-médico na política (Memorial JK). Juscelino
Kubitschek continuou nos serviços do Hospital Militar de Minas Gerais, no
serviço ativo de cirurgião e urologista até o posto de Tenente-coronel em 1945
(ARRUDA).
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Em 1945, eleito Deputado Federal, teve que largar as práticas médicas por
completo para poder focar na política (ARRUDA). Aos 48 anos, em 1950, foi
eleito governador de Minas Gerais. Em 1955, apesar dos vários opositores,
Juscelino Kubitschek chega ao cargo de Presidente da República, com o famoso
slogan “50 anos em 5”. Em 1961, o agora ex-presidente foi eleito senador pelo
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REFERÊNCIAS