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FORTALEZA - CEARÁ
2017
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FORTALEZA - CEARÁ
2017
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BANCA EXAMINADORA
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RESUMO
ABSTRACT
The technological leap observed in society has initiated a greater competitiveness in the
organizational field. Organizations have come under increased pressure from society and
government to take a stand on the issues surrounding sustainability as a theme as the planet
undergoes environmental changes and these compromise the quality of life of future
generations. Based on this premise, the sector of generation and transmission of electric
energy, as an indicator of growth, represents an area of high visibility and for this reason this
article will have as its central objective to observe the relationship between economic and
financial performance with the socio-environmental management of San Francisco
Hydroelectric Company - CHESF. Using data collected through three company annual reports
(2013, 2014 and 2015), and analyzing them from the perspective of a qualitative research, we
have seen that above any proposal for reflection on the sustainability theme by the company.
The financial aspect dictates the increase or not of investments for socio-environmental
management. We conclude that investments in sectors directly linked to the company's socio-
environmental management follow the financial growth of the institution.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 7
2 PROCESSO DE CONSCIENTIZAÇÃO DOS AGENTES
ECONÔMICOS......................................................................................... 10
3 CONCEITOS ORGANIZACIONAIS....................................................... 12
3.1 SUSTENTABILIDADE.............................................................................. 12
3.2 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL................................................ 12
3.3 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL......................................... 14
4 RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL CORPORATIVA....... 16
5 O PAPEL DO ESTADO COMO NORTEADOR DA
SUSTENTABILIDADE........................................................................ 19
6 A CHESF E SUA POLITICA DE SUSTENTABILIDADE................... 20
6.1 AÇÕES REALIZADAS PELA COMPANHIA......................................... 20
6.1.1 Pas-plano de ação socioambiental........................................................... 20
6.1.2 Gestão de biodiversidade......................................................................... 21
7 DIVULGAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS......................................... 23
8 CONCLUSÃO............................................................................................. 28
REFERÊNCIAS........................................................................................ 29
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1 INTRODUÇÃO
estudo. Utilizamos como corpora, três relatórios da Chesf (2013, 2014 e 2015), mais
especificamente, os dados referentes à temática do desempenho ambiental da empresa.
As informações e dados para a pesquisa estão alicerçados em bibliografia sobre a
temática em estudo. Vergara (2009, p.43) diz que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com
base em material acessível ao público em geral, como livros, revistas, redes eletrônicas, entre
outros.
A cada ano a CHESF avança na questão da gestão ambiental, consciente de que essa
postura é muito mais do que um fator de competitividade que rege as organizações modernas.
Assim, como forma de melhor entender este estudo, este trabalho está dividido em cinco seções
distintas. Além desta parte introdutória, a segunda seção é composta pelo referencial teórico, o
qual aborda as teorias organizacionais selecionadas para o estudo. A terceira seção é composta
pelos procedimentos metodológicos, seguida da apresentação e análise dos resultados. Por fim,
na quinta seção, têm-se as considerações finais.
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com um sistema vivo onde não se pode apenas analisar a esfera econômica, mas deve ser
avaliado também os impactos desta sobre todo o estema no qual está inserido. A gestão
ambiental estratégica seria motivada por observância das leis e melhorias na imagem da
organização, ou seja, por uma ética ecológica e ou uma preocupação com o bem-estar das futuras
gerações.
Desde os anos de 1990, no Brasil, as questões ambientais adquiriram maior espaço entre
as discussões sociais, envolvendo os vários atores: governo, consumidores, políticos,
empresários. Muitas propostas de estudos foram sugeridas e desenvolvidas, como as sondagens
sobre: os comportamentos e a percepção dos agentes econômicos quanto a sustentabilidade; os
atuais padrões de consumo; o modelo de produção vigente; a dicotomia entre crescimento
econômico e pobreza; a atuação do Estado como regulador do uso, preservação e recuperação do
meio ambiente; os principais fatores causadores da poluição, desmatamento, erosão, destruição
ambiental, etc. Esse estudos e discussões buscaram de forma geral responder à grande questão: o
que fazer para melhorar o "nosso futuro comum"?
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3 CONCEITOS ORGANIZACIONAIS
3.1 SUSTENTABILIDADE
Ainda conforme Souza (2002) existe duas tipologias de estratégias ambientais: uma
quanto à forma de resposta às pressões ambientais e outra quanto ao foco das estratégias
ambientais. As principais diferenças entre estas duas estratégias referem-se à forma como as
empresas respondem a suas contingências ambientais. De um lado, existem empresas totalmente
passivas, reativas ou conformistas, que buscam apenas a conformidade com as regulamentações,
e de outro lado existem empresas ativas, pró-ativas ou estratégicas, que buscam ir além das
exigências regulamentares e integrar o meio ambiente nas estratégias competitivas da empresa.
Neste novo modelo, as dimensões foram reduzidas para apenas três domínios da RSC:
econômico, legal e ético. Neste novo modelo, o domínio ético abrangeu as responsabilidades da
empresa diante da população geral e dos stakeholders, que correspondem a todas as partes
interessadas de uma empresa, tais como acionistas, funcionários, clientes, fornecedores, governo,
comunidade e meio-ambiente.
O movimento do desenvolvimento sustentável preocupa-se com a capacidade de
sobrevivência do planeta, diante de problemas sociais e ambientais que foram produzidos pelo
homem. Ignacy Sachs (1993) segregou os elementos constitutivos do desenvolvimento
sustentável em cinco dimensões: equidade da distribuição de renda da população, gestão
eficiente dos recursos produtivos por investimentos públicos e privados, redução de danos ao
meio ambiente causados por processos de desenvolvimento, equilíbrio da população no espaço
rural-urbano e respeito à pluralidade de solução de cada ecossistema, cada cultura e cada local.
Ressalta-se outra dimensão relevante que foi posteriormente incluída, que corresponde a uma
dimensão política, responsável por consolidar a democracia para a participação de todos no
processo de desenvolvimento.
E corroborado essas premissas, condizentes com o estágio ambientalista-estratégico das
corporações, para Barbieri e Cajazeira (2009, p.70), uma empresa sustentável seria aquela que
incorpora os conceitos e os objetivos do desenvolvimento sustentável em suas políticas e práticas
de um modo consistente. Logo, para apresentar-se de forma sustentável, a empresa deve além de
atender as necessidades dos stakeholders, ainda proteger, sustentar e aumentar os recursos
humanos e naturais necessários no futuro.
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grande desafio, uma vez que se sabe que a dimensão do lucro é geralmente priorizada. A
Estratégia organizacional é a criação, implementação e avaliação de decisões dentro de uma
organização, quelhe permitem atingir os seus objetivos a longo prazo. Ela fornece orientações
gerais para a organização A estratégia organizacional especifica a missão da organização, visão e
objetivos, e desenvolvem políticas e planos, muitas vezes, em termos de projetos e programas,
criados para atingir as metas da organização.
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Ciente do impacto do seu negócio ao meio ambiente, a Chesf procura utilizar os recursos
naturais de forma responsável, adotando práticas que observam o uso sustentável dos recursos
energéticos.
A Chesf segue a Política de Sustentabilidade das Empresas Eletrobrás para nortear sua
gestão ambiental e com isso trabalha de forma contínua na redução de seus riscos ambientais, na
redução do consumo de recursos naturais e na proteção da biodiversidade das regiões de entorno
de seus empreendimentos. Em 2015, a Chesf destinou R$ 26,9 milhões para programas
direcionamos à preservação do meio ambiente.
“Informações de natureza social e ambiental”. Com o objetivo de buscar uma relação direta dos
aspectos ligados à gestão socioambiental com os resultados econômico-financeiros da empresa,
utilizamo-nos, também, de dados divulgados nos relatórios que revelassem a economia e
finanças da empresa nos respectivos anos tomados como delimitadores temporais.
Uma das empresas da Eletrobras, a Chesf é uma sociedade de economia mista e capital
aberto que administra 14 usinas hidrelétricas, uma termelétrica, 111 subestações e mais de 19 mil
quilômetros de linhas de transmissão em todo o território nacional, especialmente na região
Nordeste do país.
A empresa foi criada pelo Decreto-Lei nº 8.031 de 3 de outubro de 1945 e constituída na
1ª Assembleia Geral de Acionistas, realizada em 15 de março de 1948. A empresa tem sede em
Recife (PE) e possui gerências e administrações regionais nas cidades de Paulo Afonso, Salvador
e Sobradinho (BA), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Recife (PE), Xingó (AL) e escritórios em
Brasília (DF) e São Paulo (SP). A maior parte dos seus ativos (próprios e em parceria) fica na
região Nordeste, onde atende os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Rio Grande do Norte e Sergipe.
Com base nos dados coletados, vemos que o prejuízo apontado no parágrafo anterior
refletiu na queda de investimentos em gastos socioambientais se tomados os dados de 2012.
Houve diminuição dos gastos direcionados à preservação e/ou recuperação de ambientes
degradados. A diminuição de investimentos também foi sentida na Educação ambiental para
empregados, terceirizados, autônomos e administradores da entidade, chegando a 50%. Houve
diminuição também no que diz respeito a investimentos em outros projetos ambientais.
No geral, tomando por base os dados divulgados, houve diminuição de investimentos e
gastos socioambientais. Abaixo, temos o quadro divulgado pelo relatório de 2013.
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. Para se adequar às condições estabelecidas pela Lei nº12.783/2013, a empresa desenvolveu um Plano de
Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV), que incentivava o desligamento de empregados com mais de 20
anos de serviço na empresa ou já aposentados. Como resultado, o plano teve 1.354 adesões e até 31 de dezembro
de 2013 foram desligados 1.326 empregados, ficando os demais para 2014. Dessa forma, a Chesf encerrou o
exercício de 2013 com um quadro de 4.427 empregados, sendo 909 mulheres e 3.518 homens.
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(continuação)
O ano de 2015 foi bastante crítico no que diz respeito ao crescimento econômico. Com
relação aos países emergentes, observa-se redução em seu ritmo de crescimento. Muitos destes
países estão enfrentando problemas internos para retomar o crescimento econômico dos anos
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Dados divulgados pelo relatório Chesf 2015.
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6 CONCLUSÃO
O Brasil está enfrentando sérios problemas ambientais. Para resolvê-los estes problemas
ou menos reduzi-los, tem-se a necessidade de uma maior integração entre o poder público, o
setor empresarial e a sociedade a fim de que juntos possam discutir a atual situação do meio
ambiente, e o mais importante, atribuir as responsabilidades de cada um neste processo.
Vimos que a executa ações de monitoramento, controle, verificação e mitigação de
impactos na biodiversidade durante as fases de implantação e operação de seus
empreendimentos e instalações.
Essas ações são avaliadas e os eventuais impactos monitorados na área de influência
do empreendimento, o que pode resultar em alterações e adequações nos projetos, tais como
mudança de traçado de linhas de transmissão. As adequações são realizadas para preservar e/
ou mitigar a interferência do negócio nas áreas de alto valor de biodiversidade.
No entanto, ações com as expostas acima são sensivelmente reduzidas com o impacto
uma balança comercial deficitária, como o prejuízo líquido de R$ 476 milhões em 2015.
Normalmente, quando é discutido o desenvolvimento sustentável, as atividades
analisadas, num primeiro momento, são as atividades de preservação, recuperação, reciclagem
e controle do meio ambiente. E isto, parece que, possuir um processo produtivo sustentável
somente incorrerá a mais gastos, desvinculado de uma estratégia competitiva, permanecendo
assim, o meio ambiente, na esfera “romântica”. Se realmente for assim, se investir em meio
ambiente traz somente uma melhor imagem e não gera algum benefício econômico e
financeiro, então porque muitas empresas já estão remodelando seus processos produtivos a
fim de promover o desenvolvimento sustentável? Trata-se de uma pergunta que pode suscitar
outras ideias para uma pesquisa acadêmica posterior.
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REFERÊCIAS
ASHLEY, P.A (Coord.) Ética e responsabilidade social nos negócios. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 2005.
ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Dados sobre o setor elétrico no Brasil.
Disponível em :<http://www.aneel.gov.br/biblioteca/index.cfm>. Acesso em: 18 mar. 2016.
KOTLER, PHILIP. Administração de Marketing. 10º. ed. São Paulo: Pearson Education,
2000.
SAFATLE, Amália. Economia Verde. Revista Página22. São Paulo: FGV,2009, p.16.
TORRES, C. Responsabilidade social das empresas (RSE) e balanço social no Brasil. In:
SILVA, C. A. & FREIRE, F.(Orgs.) Balanço social: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2001.