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Brazilian Journal of Development


Teoria da burocracia – o papel político e gerencial no setor público de saúde
brasileiro

Burocracy theory - the political and management role in the brazilian public
health sector
DOI:10.34117/ bjdv6n6-110

Recebimento dos originais: 08/05/2020


Aceitação para publicação: 04/06/2020

Nilton Anderson Santos Barboza


Mestrando em Políticas Públicas com ênfase em Saúde
ATENAS COLLEGE UNIVERSITY
Rua Dr. Cipriano de Moura; 550 Casa A, Alto da Liberdade Moreno -- Pernambuco
E-mail: niltonanderson.niltonanderson@gmail.com

Tatiane Dias de Moraes Rêgo


Mestranda em Políticas Públicas com ênfase em Saúde
ATENAS COLLEGE UNIVERSITY
Av. Dr. Claudio José Gueiros Leite, 2896, apto 201 – Janga - Paulista - Pernambuco
E-mail: tatmor@gmail.com

Thayane de Moraes Rêgo Ribeiro Pinto Barros


Pós-Graduanda em Saúde Pública e da Família com Ênfase em Sanitarismo
ALPHA
Rua Tejucupapo,173 - San Martin – Recife - Pernambuco
E-mail: thaymoraes20@hotmail.com

RESUMO
O propósito do estudo foi contextualizar o cenário da Burocracia e da reforma Gerencial brasileira
e discutir sobre os entraves que dificultaram esse processo, principalmente na saúde pública. Apesar
do Sistema único de saúde ter uma representatividade inovadora no Brasil persistem desafios na
implementação. Igualmente, apresenta as novas perspectivas da administração. Este ensaio foi uma
revisão bibliográfica sobre a Teoria da Burocracia, que elucida as seguintes reflexões: Quais os
entraves que dificultaram as reformas? Quais as novas perspectivas da administração pública? O
que fazer para dar certo? O estudo oportunizou constatar a necessidade de ações voltadas para
redução da problemática, da criação e desenvolvimento de políticas públicas, assim como
proporcionar uma assistência mais adequada. A justificativa para a escolha do tema paira sobre sua
contemporaneidade, bem como na expectativa de contribuir para o âmbito acadêmico. O método de
pesquisa empreendido segue natureza qualitativa, com pesquisa do tipo bibliográfica.

Palavras-chave: Burocratização, Políticas Públicas, Gestão Pública, Sistema Único de Saúde.

ABSTRACT
The purpose of the study was to contextualize the scenario of Bureaucracy and the Brazilian
Managerial reform and discuss about the obstacles that hindered this process, especially in public
health. Although the single health system has an innovative representativeness in Brazil,
implementation challenges persist. It also presents the new perspectives of management. This essay
was a bibliographical review of the Theory of Bureaucracy, which elucidates the following
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reflections: What obstacles hindered the reforms? What are the new perspectives of public
administration? What to do to work? The study provided the opportunity to see the need for actions
aimed at reducing the problem, the creation and development of public policies, as well as providing
more appropriate assistance. The justification for the choice of the theme hangs on its
contemporaneity, as well as the expectation of contributing to the academic field. The research
method undertaken follows a qualitative nature, with bibliographic research.

Keywords: Bureaucratization, Public policy, Public Management, Unified Health System.

1 INTRODUÇÃO
Na sociedade verifica-se a maneira injusta que acatam o conceito de muitos confundem o
verdadeiro conceito. A palavra Burocracia é de origem francesa e surgiu provavelmente no século
18. Sua raiz etimológica deriva-se do termo “bureau”, que significa escrivaninha, mesa, escritório.
Posteriormente a palavra veio a designar repartições públicas ou departamentos do governo francês.
Complementando-se com o sufixo grego ”kátria”, dá-se a palavra burocracia, que tem o seu
significado, entendido como o governo dos secretários.
Acreditam as pessoas leigas que burocracia são processos vagarosos, cheios de papelórios,
formalismo e exageros dentro de uma organização, atualmente vivemos em um mundo globalizado
onde as informações são em tempo real e essa nova era digital contribui muito para a construção
injusta do conceito de burocracia, mas na verdade a burocracia vem para agilizar o processo e torná-
lo mais eficiente. Segundo Chiavenato1 (2002, p.6) “A burocracia é uma forma de organização
humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins)
pretendidos, a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos.” Já Weber
(1987) apud Migott; Grzybovski e Silva (2001) 2 “definiu a burocracia como sendo um sistema de
administração que preconiza a hierarquia, a disciplina rigorosa e a veneração à autoridade (“um tipo
de dominação legal”)”.

A organização burocrática foi durante a Era da Industrialização


Clássica, o modelo ideal para as grandes organizações enquanto
funcionavam em um ambiente estável e de pouca mudança. As
burocracias eram encontradas em organizações industriais,
políticas, religiosas, educacionais, militares, etc. O tempo passou e
o mundo mudou. Pena que a burocracia não tenha a menor aptidão
para flexibilidade e inovação, tão necessárias em um mundo atual

1
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Vol. II. Rio de Janeiro. Elsevier. 2002 6ª Edição
revisada e atualizada
2
MIGOTT, Ana Maria; GRZYBOVSKI, Denize; Silva, Luiz A.A. A Aplicação Conceitual da Teoria da Burocracia
na área da enfermagem: uma análise empírica das instituições hospitalares de Passo fundo (RS). Caderno de
pesquisas em Administração. São Paulo, v. 08, nº1, janeiro/março 2001

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caracterizado por intensa mudança e instabilidade. Daí, a forte e
generalizada tendência à desburocratizar não é apenas reduzir
papelório, mas, sobretudo, reduzir o excesso de burocratização, ou
seja, reduzir o grau de intensidade das dimensões burocráticas.
(CHIAVENATO, 2004, p. 42) 3

Ademais, o que as pessoas leigas titulam de burocratização é, na verdade, determinado


como disfunção da burocracia que vem a ser a ineficiência e a imperfeição no intuito de adequação
dos meios aos objetivos tendo em vista garantir a máxima eficiência possível aos objetivos.

“Ao estudar as conseqüências previstas (ou desejadas) da


burocracia que a conduzem à máxima eficiência, Merton notou a
presença de conseqüências imprevistas (ou indesejadas) e que a leva
a ineficiência e às imperfeições. A essa conseqüências imprevistas,
Merton deu o nome de disfunções da burocracia, para designar as
anomalias de funcionamento responsáveis pelo sentido pejorativo
que o termo burocracia adquiriu junto aos leigos no assunto.
(CHIAVENATO, 2002, p.21)” 4

Quanto à base da burocracia, esta é alicerçada em: caráter legal das normas, caráter formal
das comunicações, divisão do trabalho, Impessoalidade no relacionamento, hierarquização da
autoridade, rotinas e procedimentos, competência técnica e mérito, especialização da
Administração, profissionalização e previsibilidade do funcionamento.

A burocracia tem defensores e adversários. Perrow mostra-se


advogado da burocracia: “Após anos de estudos das organizações
complexas, cheguei a duas conclusões que colidem com muita coisa
da literatura organizacional”. A primeira é que os erros atribuídos à
burocracia não são erros do conceito, mas são consequências do
fracasso em burocratizar adequadamente. Eu defendo a burocracia
como o princípio dominante de organização nas grandes e
complexas organizações. A segunda conclusão é que a preocupação
com a reforma, ‘humanização’ e descentralização das burocracias,
enquanto salutares, apenas obscurecem a verdadeira natureza da
burocracia dos teoristas organizacionais e nos desviam do seu
impacto sobre a sociedade. O impacto sobre a sociedade é mais
importante do que o impacto sobre os membros de uma
organização. (CHIAVENATO, 2002, p.37-38) 5

3
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. 2ª edição Rio de Janeiro. Elsevier. 2004 8ª
Reimpressão
4
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Vol. II. Rio de Janeiro. Elsevier. 2002 6ª Edição
revisada e atualizada.
5
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Vol. II. Rio de Janeiro. Elsevier. 2002 6ª Edição
revisada e atualizada.
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No século 19, com o pensador social Max Weber6 (1864-1920), que a burocracia toma um
sentido especial, passando a designar um modelo específico de organização administrativa. A
burocracia passa a ser teorizada pela sociologia clássica.
Max Weber 7utiliza em seus estudos o termo burocracia, ao descrever uma cultura ou
estrutura administrativa rigidamente fixada, que surge da necessidade de definições rigorosas das
hierarquias, das regras, regulamentos e especialmente da autoridade, como forma de garantir a
sobrevivência destas estruturas em longo prazo. (WEBER, 1982).8
Em seus estudos Weber baseado em princípios protestantes, definiu a burocracia não como
um sistema social, mas como um tipo de poder específico para a funcionalidade eficaz das estruturas
organizacionais, sejam elas pertencentes ao governo ou de domínio privado. Os elementos básicos
da racionalidade burocrática se ancoravam no poder, autoridade, hierarquia, controle e disciplina.
A teoria da burocracia desenvolveu-se no século XX em diversas organizações com
relativo sucesso, em função da fragilidade teórica das relações humanas e dos problemas
organizacionais. A necessidade de um modelo racional capaz de extrapolar o ambiente fabril e se
aplicar a todas as formas da organização humana eram uma exigência dos novos modelos
organizacionais e do Estado.
Alguns fatores favorecem a burocracia no Estado Moderno: - O desenvolvimento de uma
economia monetária, permitindo a centralização da autoridade e o fortalecimento da administração
burocrática. - O crescimento das tarefas do estado e suas novas demandas quantitativas,
especialmente as qualitativas. A administração burocrática desenvolve eficiência em suas ações,
impondo a prevalência da sua superioridade técnica. (CHIAVENATO, 2002) 9
As tarefas administrativas neste modelo se desenvolvem cada vez mais aperfeiçoadas para
acompanhar a tecnologia crescente e o crescimento dos diversos sistemas sociais. Grandes
empresas, especialmente os organismos estatais, exigem maior controle e maior previsibilidade em
seu funcionamento.
Diferentemente do que para o leigo significa a burocracia, sinônimo de ineficiência, para
Weber ela é a própria eficiência, pois objetiva antecipar como as coisas devem funcionar em uma

6
WEBER, Max. Burocracia. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. p. 229-282.

7
WEBER, Max. O que é burocracia. Conselho Federal de Administração, s/d.

8
WEBER, Max. Burocracia. In: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. p. 229-282.
9
CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos Novos Tempos. Vol. II. Rio de Janeiro. Elsevier. 2002 6ª Edição
revisada e atualizada.
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organização racional. O formalismo nos métodos, o excesso dos papéis e documentação, são
distorções que surgem no processo levando a uma baixa eficiência. Estas distorções não foram
apresentadas por Weber, mas dissecadas por outros teóricos como Merton, que aprofundou as
disfunções da burocracia, tema que abordaremos mais a frente.
Araújo; et. al; (2006) 10
“a Burocracia é uma forma de organização que se baseia na
racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a fim de garantir a
máxima eficiência possível...”, Esta parece ser a opinião de Weber sobre o racionalismo e a
burocracia.
Neste ensaio vamos aprofundar a burocracia pública profissional que a partir dos anos 30
passa a ter participação nas classes dirigentes brasileiras, e nos 50 anos subseqüentes será detectada
numa estreita associação com a burguesia industrial, apresentando um processo formidável de
industrialização ou desenvolvimento econômico. Paralelo a esse cenário realiza a reforma do
aparelho do Estado na qualidade de grupo administrativo.
Na análise em referência verifica-se que inicialmente nos anos 1930, houve a promoção da
Reforma Burocrática que apontava torná-la mais profissional e eficaz, posteriormente e mais
precisamente nos anos 90 em diante a Reforma Gerencial objetivava transformar esse aparelho mais
eficiente através de mudanças que se consideravam necessárias e também inevitáveis, neste sentido
resolveram conceder maior autonomia as agências e seus administradores, ampliando a sua
responsabilização ante a sociedade.
Contudo se faz necessário pontuar que neste segundo momento o cenário político e
econômico transitava por diversidades, onde ocorreu a crise na década de 80 com a estratégia
nacional-desenvolvimentista que servira de bandeira para as duas classes, entrando numa situação
de “solução” a partir do início dos anos 1990 quando o nosso processo econômico político não mais
se dobra aos empresários industriais e a liderança deixa de ser da burocracia. Nesta fase se observa
a concessão do lugar que se ocupava para a uma coalizão de rentistas, agentes do setor financeiro,
e interesses estrangeiros que vestem a ortodoxia convencional, o conjunto de diagnósticos e
recomendações originárias no Norte como política econômica. Com toda essa trajetória temos uma
quase estagnação, pois o país se apresenta nessa ocasião sem tática nacional de desenvolvimento da
economia. Neste contexto social e político, não há lugar nem para os empresários nacionais nem
para a burocracia pública, a gestão pela qualidade total ganhou vida nova. As contestações eram

10
ARAÚJO, G. C.; BUENO, M. P.; SOUSA, A. A.; MENDONÇA, P.S.M. Burocracia light: eficiência e
flexibilidade. IX SEMEAD Administração no Contexto Internacional. FEA/USP, 2006.

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claras: enquanto a administração privada é uma atividade econômica controlada pelo mercado, a
administração pública é uma iniciativa política, controlada politicamente. Na empresa privada, o
sucesso expressa lucros; na organização pública, significa o interesse público.
Este ensaio tem como objetivo mostrar papel político e gerencial da burocracia pública
brasileira desde o início dos anos 1990.
Ao longo deste tempo em que as questões referentes à saúde continuam se mantendo tão
ruidosas e tão presente em nossa sociedade que despertou com maior veemência a abordagem
também desse tema. Afinal, o assunto é de alta complexidade, relevância social e profissional, sendo
de grande importância no cenário atual. Portanto, este estudo tem como objetivo fundamental,
explanar sobre a saúde pública, seus limites e possibilidades, através da contextualização sobre
conceitos que envolvem a Saúde e suas problemáticas
De acordo com Franco, (2011, p. 13) 11 “nos estudos divulgados ao longo das últimas duas
décadas, pesquisadores e autores, deixaram evidente a importância do papel do Sistema Único de
Saúde (SUS) nas políticas de saúde pública do Brasil.” A saúde no Brasil é um assunto que se reveste
de complexidade, pois, apesar de seus 20 anos de implantação, o SUS segue em transformação e
busca constantemente a sua consolidação. (FRACO, 2011, p.13) 12.
Ramos, (2017, p 307) 13, citando Teles et. al; (2013), Polignano (2001), Paim (2008) e
Conselho Federal de Medicina (2014): manifesta que a evolução histórica do sistema de saúde e a
atual realidade do setor trazem um cenário intricado, tais como: as filas imensas e constantes de
usuários nos serviços de saúde, a deficiência de leitos hospitalares para acolher a demanda da
população, a inópia de recursos financeiros, materiais e humanos para sustentar os serviços de saúde
atuante de forma hábil, retardamento no repasse dos pagamentos do Ministério da Saúde para os
serviços conveniados, baixas importância pagos pelo SUS aos diversos procedimentos médicos
hospitalares, acréscimo de incidência e o ressurgimento de distintas doenças transmissíveis,
denúncias de abusos cometidos pelos planos privados e pelos seguros de saúde. Esta problemática

11
FRANCO, Adriana Maria. Gestão Municipal de Saúde: Limites e Possibilidades de Gestão na Percepção dos
Secretários de Saúde da AMREC. 2011. 57 p. Monografia do Curso de MBA em Gestão Empresarial, da
Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma.
12
FRANCO, Adriana Maria. Gestão Municipal de Saúde: Limites e Possibilidades de Gestão na Percepção dos
Secretários de Saúde da AMREC. 2011. 57 p. Monografia do Curso de MBA em Gestão Empresarial, da
Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, Criciúma.
13
RAMOS, Edith Maria Barbosa. O federalismo e o direito à saúde na Constituição Federal de 1988: limites e
possibilidades ao estabelecimento de um autêntico federalismo sanitário cooperativo no Brasil. Revista Jurídica do
Unicuritiba, v. 4, n.49, 2017. p. 304-330.

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está relacionada diretamente à evolução político-social e econômica da sociedade brasileira, não
sendo possível realizar uma separação.
Na realidade, o SUS concebe o maior projeto de inclusão social no Brasil, possibilitando
aos que antes eram excluídos pelo sistema garantia de assistência à saúde. Contudo, mesmo com
essa dimensão, diversas são as dificuldades encontradas para sua implementação como citadas
acima, sendo necessário fortalecer no que se refere à regulação da assistência a saúde no país.
(MENDES, 2013)14
Este artigo é proveniente de revisão bibliográfica que visa analisar e compreender a política
pública de saúde, tendo como finalidade central do estudo em referência explanar sobre a saúde
pública, seus limites e possibilidades, através da contextualização sobre conceitos que envolvem a
Saúde e suas problemáticas. O método de pesquisa empreendido segue natureza qualitativa, com
pesquisa do tipo bibliográfica. O referencial teórico do qual partiu e justificou os assuntos abordados
foram selecionadas com base nos seguintes critérios artigos, livros, revistas científicas e manuais
oficiais publicados que abordavam as variáveis Políticas Públicas, Sistema Único de Saúde e
Constituição Federal.

2 METODOLOGIA
O presente trabalho configurou-se em uma pesquisa de conteúdos bibliográficos realizada
em artigos, revistas científicas e documentos oficiais relevantes ao assunto proposto por este artigo.
A pesquisa bibliográfica apresenta a finalidade de possibilitar ao responsável pela investigação o
contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto. (LAKATOS
& MARCONI, 2010).15Optamos pela pesquisa bibliográfica direta, feita via Google. Selecionando-
se assim os artigos que se enquadravam na temática, após a primeira pesquisa, identificamos que
para abordar o tema proposto era preciso ir mais afundo nos anos. A língua selecionada foi à
portuguesa, a separação inicial dos estudos ocorreu por meio da leitura do título, seguido com a
leitura do resumo, desta forma, o material que não foi atendendo aos critérios de inclusão, foram
descartados. Para os demais foi feita a leitura completa do mesmo, para assim que fossem

14
MENDES, Eugênio Vilaça. 25 anos do Sistema Único de Saúde: resultados e desafios. Estudos Avançados 27
(78). 2013. Disponível em: Acesso em 18 de abr. 2019.
15
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria Andrade. Fundamentos da metodologia científica. 7. Ed. São Paulo,
2010.

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verificados na íntegra. Foram excluídos alguns textos que se mostraram incompletos e também os
que se desviaram da temática proposta pelo estudo

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 O PAPEL POLÍTICO E GERENCIAL DA BUROCRACIA PÚBLICA BRASILEIRA
A partir da crise, que teve inicio em 1986, referente ao Plano Cruzado e da coalizão política
democrática e nacional que conduziu a campanha pelas Diretas Já que teve a participação ativa de
uma parte importante dessa burocracia, durante o período entre 1987 a 2001 o país entrou em um
vazio político ou vácuo de poder, se mantendo dessa forma até o ano de 1991, na fase do segundo
governo do Presidente Collor, tendo na ocasião se rendido ao Norte passando a abraçar a ortodoxia
convencional ao invés de contar com uma estratégia nacional de desenvolvimento.
A reforma da Gestão Pública ou como também ficou conhecida Reforma Gerencial do
Estado teve seu início no nosso país em 1995 através da publicação do Plano Diretor da Reforma
do Estado, porém só no ano de 1998 foi encaminhada ao Congresso Nacional a emenda da
administração pública que seria alterada, em 1998, na Emenda 19. (BRESSER-PEREIRA, (1999).
A reforma do Estado foi efetuada nos quatro anos do primeiro governo do então Presidente
Fernando Henrique, sendo Luiz Carlos Bresser-Pereira o ministro, a reforma foi realizada ao nível
federal, no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Com a extinção do Ministério
da Administração Federal e Reforma do Estado- MARE, por proposta do próprio ministro no final
desse período, a gestão passou para o Ministério do Planejamento e Gestão, ao mesmo tempo em
que estados e municípios passavam também a fazer suas próprias reformas.
O primeiro país em desenvolvimento que iniciou em 1995 sua reforma da gestão pública
foi o Brasil que tomou essa iniciativa, menos de dez anos depois que Inglaterra, Austrália e Nova
Zelândia iniciaram suas reformas. Ressaltamos que a Reforma da Gestão Pública de 1995 desde
dessa época vem avançando no país, sobretudo ao nível dos estados e municípios. Considerada
historicamente a reforma da gestão pública como a segunda reforma administrativa relevante do
Estado moderno, onde consequentemente ela ocorrerá em todo o mundo. E, uma vez iniciada, não
há opção senão prossegui-la.
Tendo como finalidade a Reforma da Gestão Pública de 1995 contribuir para a
constituição no Brasil de um aparelho de Estado forte e hábil, ela apresenta três dimensões: a uma
dimensão institucional-legal, voltada à descentralização da estrutura organizacional do aparelho do
Estado através da criação de novos formatos organizacionais, como as agências executivas,
regulatórias, e as organizações sociais; b) uma dimensão gestão, definida pela maior autonomia e a

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introdução de três novas formas de responsabilização dos gestores, a administração por resultados,
a competição administrada por excelência, e o controle social em substituição parcial dos
regulamentos rígidos, da supervisão e da auditoria, que caracterizam a administração burocrática; e
c) uma dimensão cultural, de mudança de mentalidade, visando passar da desconfiança generalizada
que caracteriza a administração burocrática para uma confiança maior, ainda que limitada, própria
da administração gerencial.
No estudo sobre a reforma do Estado verifica-se que os princípios fundamentais
da Reforma de 1995 é o de que o Estado, embora mantendo e se possível expandindo sua atuação
na área social, só deve executar diretamente as tarefas que são exclusivas de Estado, que envolvem
o emprego do poder de Estado, ou que apliquem os recursos do Estado. Entre as tarefas específicas
de Estado devem-se apontar as tarefas centradas de formulação e controle das políticas públicas e
da lei, a serem executadas por secretarias ou departamentos do Estado, das tarefas de execução, que
devem ser descentralizadas para agências executivas e agências reguladoras autônomas. Portanto,
quanto aos demais serviços, importante abalizar que estes não devem ocorrer no âmbito da
organização do Estado, por servidores públicos, mas devem ser terceirizados.
No período compreendido entre 1995 a 1998 a Reforma da Gestão Pública não desdenhou
os dados patrimonialistas e clientelistas ainda viventes no Estado como o brasileiro, entretanto,
avançou na direção de uma administração mais autônoma e mais responsabilizada perante a
sociedade ao invés de permanecer se preocupando unicamente com eles, como fazia a reforma
burocrática desde que foi principiada nos anos 1930. Sua conjetura é de que se fazem necessário, o
Estado se tornar mais eficiente e moderno, pois dessa maneira é a melhor para lutar contra o
clientelismo e outras formas de captura do Estado.
Na análise da trajetória da Reforma Gerencial podemos pontuar que apesar de enfrentar as
suspensões esperadas, a Reforma da Gestão Pública de 1995 permanece positiva e com o sucesso
de tornar gerencial o Estado brasileiro. Sua implementação deverá durar muitos anos como nos
outros países duraram as reformas burocráticas.

3.2 FATOS HISTÓRICOS NO BRASIL


No Brasil vivemos várias situações ao longo dos anos no que diz respeito a Reforma
Gerencial, por um curto período vivemos no ano de 1994, referente ao Plano Real, efetivado de
acordo com a teoria da inflação inercial desenvolvida no Brasil, a visão do país do retorno da idéia
de nação, todavia não com pouco tempo as autoridades econômicas retornaram a se submisso às
idéias vindas de Washington e Nova York.

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Diante desse contexto clássica aliança nacional-desenvolvimentista, rescindida no ano de
1986, como conseqüência foi substituída no início dos anos 1990, por uma nova coalizão política
formada de rentistas, setor financeiro, empresas multinacionais e interesses estrangeiros no Brasil,
onde se verifica que os dois primeiros grupos foram favorecidos com as altas taxas de juros que
passaram a predominar, no entanto os dois últimos tiveram que permanecer fora do poder com as
taxas de câmbio apreciadas, são eles: Empresários e burocracia pública. A hegemonia neoliberal e
globalista estão em declínio, e um espaço está se abrindo para que a nação se reconstitua, para que
políticas nacionais sejam adotadas, e que, no quadro da grande competição entre nações que é a
globalização, o Brasil volte a competir com êxito ou a se desenvolver.
Historicamente no Brasil visualizamos que a Reforma Gerencial apresentou profunda crise
no período de 1987 a 1991. Registra-se a crise econômica de alta inflação, de moratória da dívida
externa; contudo ressalta-se a crise, sobretudo política, porque assinalava o término da aliança
histórica entre os grandes empresários industriais e a burocracia política, e a substituição, na direção
do país, dessas duas classes pelos grandes rentistas, que vivem de juros, pelos agentes financeiros,
que vivem de comissões pagas pelos rentistas, pelas empresas multinacionais, que agora haviam se
apossado de vasto campo do mercado interno brasileiro e se interessavam por câmbio apreciado
para enviarem maiores rendimentos para o exterior, e pelos interesses estrangeiros no Brasil,
igualmente favorecidos pela taxa de câmbio não competitiva.
Podemos salientar que o estudo mostra que no que se refere ao plano da política econômica
e das reformas, a abertura comercial foi acelerada e radical, pois ignorando as tarifas aduaneiras que
não tinham como papel apenas proteger uma indústria que deixara de ser infante, mas
principalmente neutralizar a apreciação do câmbio causada pela doença holandesa e pela política de
crescimento com poupança externa. Esta política só acarretaria o aumento artificial dos salários e
do consumo interno, e a substituição da poupança interna pela externa, paralelamente em que
endividava o país.
Concernente a abertura financeira foi adotada em 1991 com a liberação completa dos
movimentos de capital o que levou o país a perder o domínio de sua taxa de câmbio.
Por volta dos anos 1990 o panorama no Brasil era preocupante, pois a situação marginal
dos empresários industriais era fato e a burocracia pública assistia a negação de tudo que acreditava
no período desenvolvimentista.
Neste quadro que se desenrolava no nosso país tínhamos um aparelho do Estado que era
presentemente conduzido por uma ‘equipe econômica’ formada de economistas estranhos à

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burocracia pública que haviam realizado PhD nos Estados Unidos e regressavam para trabalhar no
mercado financeiro.

3.2.1 Governo Collor-1990


Neste Governo se registra o início da quarta reforma e defendia a idéia de Estado mínimo;
combate aos marajás e ao “Estado-elefante”. Bastante contraditório esse discurso, pois foi irônico,
uma vez que o governo foi “marcado pela maior corrupção de todos os tempos no país” (ABRUCIO,
2007, p.70)16. Inclusive em 1992 culminou no impeachment do presidente Collor, que envolveu em
corrupção e esquemas ilegais do governo.
A era Collor no que se refere à reforma mirava à desestatização e a redução dos gastos
públicos. Neste contexto foi implementado uma política de enxugamento da máquina administrativa
e em decorrência ocorreram as exoneração e demissão de funcionários públicos. Outra situação foi
o início do processo de privatização de algumas estatais, sendo instituído o Programa Nacional de
Desestatização. O Plano Collor teve sua criação com o intuito da estabilização da moeda, onde o
cruzado novo se transformou em cruzeiro. Portanto, podemos ressaltar que a reforma administrativa
deste governo foi uma catástrofe, mas teve um forte elemento ideológico, conforme Costa e
Cavalcanti (1991),17 com a proposta neoliberal.
A partir da idéia que os países deveriam se organizar para competir mundialmente foi
iniciado pelo governo Collor de Melo a abertura do mercado brasileiro às importações. O Brasil
nessa ocasião aderiu a alguns postulados neoliberais como, por exemplo, a redução das barreiras
tarifárias e a inserção no MERCOSUL. No Governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) esse tipo
de negociação com caráter neoliberal teve continuidade. Tais ideias neoliberais foram sobrevindas
do Consenso de Washington que foi originado em 1989 após uma conferência realizada em
Washington nos Estados Unidos com representantes do governo estadunidense, economistas de
diversos países, funcionários dos organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional
(FMI) e Banco Mundial.
É importante pontuar que os participantes da conferência concluíram em um consenso de
que o funcionamento da economia deveria ser entregue às leis de mercado. O resultado foi um

16
ABRUCIO, Fernando Luiz (2007) “Trajetória recente da gestão pública brasileira: um balanço crítico e a renovação
da agenda de reformas”. Revista de Administração Pública, aprovado para publicação
17
COSTA, F. L.; CAVALCANTI, B. S. Mudança organizacional no setor público. Revista de Administração Pública,
v. 25, n. 1, p. 82-106. 1991.
Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 6, p. 34375-34400 jun. 2020. ISSN 2525-8761
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receituário de dez medidas apresentados pelo economista inglês John Williamson para atenuar a
crise econômica dos países da América Latina (PAES DE PAULA, 2005a)18.
Considerando todo o esquema de corrupção grandiosa ocorrida neste governo, houve o
impeachment do presidente Collor, em 1992. O governo brasileiro teve a frente da presidência o até
então o vice-presidente Itamar Franco.
No ano de 1994, ao final do governo Itamar Franco, foi executado o mais bem-sucedido
plano de controle inflacionário da época: o Plano Real elaborado pelo ministro da fazenda Fernando
Henrique Cardoso, depois eleito para governar o nosso país.
A estabilidade econômica do Brasil foi alcançada com o lançamento do Plano Real, sendo,
então, possível reaver a agenda de reformas, onde a quarta reforma administrativa foi retomada em
1995, no governo Fernando Henrique Cardoso, com a criação do Ministério da Administração
Federal e Reforma do Estado (MARE) sob coordenação do ministro Luiz Carlos Bresser Pereira
com o objetivo de cuidar das políticas e diretrizes referentes à reforma do Estado. Esta reforma ficou
conhecida como a Reforma Gerencial do Estado Brasileiro e teve influências internacionais
(FADUL; SILVA, 2008) 19.
O modelo gerencial apresentado sugeria adaptar e transferir os conhecimentos gerenciais
desenvolvidos no setor privado para o setor público. A proposta defendia o tratamento dos serviços
públicos como negócio e a inserção da lógica empresarial no setor público. A base desse modelo foi
proveniente dos Estados Unidos e Reino Unido. Em 1980, emergiu-se a New Public Administration
ou Nova Administração Pública (NAP) durante o governo de Ronald Reagan nos Estados Unidos
que foi disseminada 7 em 1990 através do livro de Osborne e Gaebler: “Reinventando o Governo”
(PAES DE PAULA, 2005a)20.
Por conseguinte, durante o governo Collor, havia sido realizada uma tentativa de desmonte
do aparelho do Estado inspirada no mesmo neoliberalismo e na mesma ortodoxia convencional que
orientava a política econômica. É nesse quadro desfavorável que terá início, no governo Fernando
Henrique Cardoso, a Reforma Gerencial ou Reforma da Gestão Pública de 1995. Essa reforma, que
coube a equipe no MARE (Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado) idealizar e
implementar, era uma imposição histórica para o Brasil, como para todos os demais países que

18
PAES DE PAULA, A. P. Por uma nova gestão pública: limites e potencialidades da experiência contemporânea.
Rio de Janeiro: FGV, 2005a.
19
FADUL, E. M. C.; SILVA, L. P. Retomando o debate sobre a Reforma do Estado e a Nova Administração Pública.
In: Encontro da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Administração, 32, 2008. Rio de Janeiro.
Anais... Rio de Janeiro: ENANPAD, 2008. 1 CDROM
20
PAES DE PAULA, A. P. Por uma nova gestão pública: limites e potencialidades da experiência contemporânea.
Rio de Janeiro: FGV, 2005a.

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haviam nos cinqüenta anos anteriores montados um Estado do Bem-Estar. O grande crescimento
que o aparelho do Estado se impusera para que pudesse garantir os direitos sociais, exigiam que o
fornecimento dos respectivos serviços de educação, saúde, previdência e assistência social fossem
realizados com eficiência. Esta eficiência tornava-se, inclusive, uma condição de legitimidade do
próprio Estado e de seus governantes. Na medida em que a reforma gerencial é a segunda grande
reforma administrativa do aparelho do Estado capitalista, sua adoção por nós, como para todos os
países de renda média e alta, era apenas uma questão de tempo. Uns avançam, outros se atrasam. O
Brasil, em 1995, saiu na dianteira.

3.3 O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE


Na historicidade da Política Pública de Saúde no Brasil, aponta-se uma das mais relevantes,
a evolução do SUS, sendo o Sistema Único de Saúde (SUS) objeto deste estudo. O SUS está como
a maior Política Pública do nosso país e segundo alude Menicucci (2014, p.78)21 “o SUS foi definido
a partir de princípios universalistas e igualitários, o que é algo de fazer inveja a outros países”. O
surgimento do SUS modificou o caráter meritocrático que distinguia a assistência à saúde no Brasil
até a Constituição de 1988. No rompimento com o caráter meritocrático, motivou a incorporação da
saúde, como direito. (MENICUCCI, 2014, p.78).22
A Constituição cidadã convertia a saúde em direito de cidadania, iniciando-se um novo
cenário, surgindo à concepção de um sistema público, universal e descentralizado de saúde. (PAIVA
E TEIXEIRA, 2014)23. Neste contexto, repassa a ideia de cidadania, que no processo se expandia.
Como bem colocado por Menicucci (2014, p.78)24 ”não só do ponto de vista de direitos formais, de
direitos políticos, mas principalmente a imagem de uma democracia substancial, de direitos
substantivos, que envolviam certa igualdade de bem-estar.” (MENICUCCI 2014, p.78)25
O SUS faz o percurso do ano de 1988 com a Carta Magna indo para a lei na gestão de
Collor, começando com a Lei 8080 que atribuía os objetivos e funções das esferas do poder no

21
MENICUCCI. Telma Maria Gonçalves. História da reforma sanitária brasileira e do Sistema Único ... –
SciELO2014www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00077.pdf
22
MENICUCCI. Telma Maria Gonçalves. História da reforma sanitária brasileira e do Sistema Único ... –
SciELO2014www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00077.pdf
23
PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar.
2014 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702014000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702014000100002
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MENICUCCI. TelmaMariaGonçalves..História da reforma sanitária brasileira e do Sistema Único ... –
SciELO2014www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00077.pdf
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MENICUCCI. TelmaMariaGonçalves..História da reforma sanitária brasileira e do Sistema Único ... –
SciELO2014www.scielo.br/pdf/hcsm/v21n1/0104-5970-hcsm-21-1-00077.pdf
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sistema de saúde. Caberia à União definir as prioridades e formular políticas públicas de saúde, às
Unidades Federativas a coordenação e aos municípios a execução. (PAIVA E TEIXEIRA, 2014).26
Contudo, todo o processo que passou a saúde pública nesse período, a descentralização só teve inicio
concretamente no ano de 1994, governo de Fernando Henrique Cardoso. A saúde passa a ser vista
diferentemente, pois a finalidade era curar a doença e passou a ser a promoção da saúde e atenção
primária. (PAIVA E TEIXEIRA, 2014).27
Dando prosseguimento ao processo, no ano de 1996, ocorre a instituição da Norma
Operacional Básica que concretizava a descentralização passando a responsabilidade do
gerenciamento e execução da saúde aos municípios. (PAIVA E TEIXEIRA, 2014). 28 29Entretanto,
toda essa trajetória esbarrava na questão de recursos financeiros para efetivar a universalização
determinado no texto constitucional, a ausência de recursos impedia a concretização, fato que
Através da Proposta de Emenda Constitucional de número 29, foi estipulado um percentual mínimo
que cada esfera do poder público seria obrigada a investir na saúde. Todavia esse procedimento não
se consolidou. (PAIVA E TEIXEIRA, 2014).30

26
PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar.
2014 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702014000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702014000100002
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PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar.
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59702014000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702014000100002
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PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar.
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59702014000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702014000100002
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PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar.
2014 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702014000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702014000100002
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PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antonio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de
Saúde: notas sobre contextos e autores. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro , v. 21, n. 1, p. 15-36, Mar.
2014 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
59702014000100015&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
59702014000100002
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3.3.1 A Saúde Pública
A Constituição Federal de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao
definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado". A constituição de 1988 incorporou
mudanças no papel do Estado e alterou profundamente o arcabouço jurídico institucional do sistema
público de saúde, A implantação do SUS foi realizada de forma gradual. Na Carta Magna evidencia
ser dever do Estado garantir saúde a toda a população, levando a criação do Sistema Único de Saúde.
E o funcionamento e detalhamento do sistema se encontram incluso na Lei Orgânica da Saúde que
foi aprovada em 1990. Portanto conclui-se que SUS brotou de um processo de lutas, mobilização,
participação e esforços desenvolvidos por um grande número de pessoas.
A institucionalização das políticas de Assistência Social pós Constituição de 1988 vem
sofrendo com os projetos governamentais nos anos que se sucederam. O primeiro governo eleito
posteriormente a Constituição adotou política econômica neoliberal e os governos subsequentes
mantiveram política econômica restritiva, também com forte impacto na área social.
Ramos (2017, p.319) 31 , referenciado Noronha, Lima e Machado (2012), aludem que tal
situação, acrescida dos obstáculos estruturais que se expressam em desigualdades sociais,
socioeconômicas e culturais, nas características do federalismo brasileiro, na proteção social
fragmentada e no modelo médico assistencial privatista sobre o qual o sistema foi construído, vem
gerando dificuldades e desafios para a implementação do SUS.
Outra questão é o desafio que está na articulação intersetorial para desenvolvimento de
políticas mais abrangentes que interferem na garantia da saúde como direito social e de cidadania,
a exemplo de políticas voltadas para a produção industrial e provisão de insumos, formação de
recursos humanos e regulação de vários mercados em saúde. (FREITAS & MANDU, 2010, p.
201). 32 Por outro lado, muito bem clarificado, o direito à saúde, na Constituição Federal pela
Reforma Sanitária, é um direito fundamental e de imensa importância pública, estando atrelado ao
Estado o dever de assegurar ao cidadão, mediante ações e políticas públicas de saúde. (DUARTE,
2015, p.38).33 De acordo com Paim, (2018 p. 1726) 34“apesar de a Constituição proclamar a saúde

31
RAMOS, Edith Maria Barbosa. O federalismo e o direito à saúde na Constituição Federal de 1988: limites e
possibilidades ao estabelecimento de um autêntico federalismo sanitário cooperativo no Brasil. Revista Jurídica do
Unicuritiba, v. 4, n.49, 2017. p. 304-330.
32
FREITAS, Maria de Lourdes de Assis; MANDU, Edir Nei Teixeira. Promoção da saúde na Estratégia Saúde da
Família: análise de políticas de saúde brasileiras. Acta paul. enferm., São Paulo , v. 23, n. 2, p. 200-205, Apr. 2010 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002010000200008&lng=en&nrm=iso>. access on 05 Apr. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-
21002010000200008.
33
DUARTE, Elidaiane Vieira. Serviço Social e SUS em tempos de neoliberalismo: tendências contemporâneas das
políticas sociais e do exercício profissional / Elidaiane Vieira Duarte. - Natal, RN, 2015.
34
PAIM, Jairnilson Silva. Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 6, p.
1723-1728, jun. 2018. Disponível em:
Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 6, p. 34375-34400 jun. 2020. ISSN 2525-8761
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como direito de todos e dever do Estado, o Estado brasileiro através dos poderes executivo,
legislativo e judiciário, não tem assegurado as condições objetivas para a sustentabilidade
econômica e científico-tecnológica do SUS.”
Diante dessas considerações o SUS apresenta-se como um aparelho de inclusão que foi
edificado paulatinamente e de exclusão por não conseguir cumprir totalmente a sua missão, onde
deixa a desejar, oportunizando apenas uma saúde pública de inferior em muitos aspectos, apesar dos
progressos positivos que se obteve desde a Constituição Federal de 1988, destacando o ano de 1990,
no qual se fundou o Sistema Único de Saúde, através da Lei nº 8.080. (CARVALHO, 1993, p.12).
35

Concernente a trajetória do Sistema Único de Saúde, a análise indica que os progressos não
encobrem as dificuldades que ameaçam a sua própria conservação e, por conseguinte as suas
conquistas. Todavia, observado que hoje em dia a possibilidade de modelos de atenção possuir ou
não propriedade que o impulsionem no sentido da inclusão ou da exclusão é de ampla discussão.
Dessa maneira, estamos qualificando o tema da inclusão como aquele que concretiza, no cotidiano,
os direitos constitucionais dos brasileiros à saúde. (DUARTE, 2015, p.38-39). 36
Neste viés, de conformidade com a Política Nacional de Promoção a Saúde, Ministério da
Saúde (2002, p.12):37

promover saúde também é aceitar o imenso desafio de desencadear


um processo amplo que inclui a articulação de parcerias, atuações
intersetoriais e participação popular, que otimize os recursos
disponíveis e garanta sua aplicação em políticas que respondam
mais efetiva e integralmente às necessidades da sociedade. (M.S,
2002,p.12)38

Não obstante, todos os problemas, em relação ao SUS alude que é um movimento que
transita do campo teórico para o real, de um sistema de atenção que deveria expressar estes direitos

http://www.scielo.br/pdf/csc/v23n6/1413-8123-csc-23-06-1723.pdf
35
CARVALHO, Gilson de Cassia Marques. O momento atual do SUS... a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei.
Saude soc., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-24, 1993 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000100003&lng=en&nrm=iso>. access on
31 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901993000100003
36
DUARTE, Elidaiane Vieira. Serviço Social e SUS em tempos de neoliberalismo: tendências contemporâneas das
políticas sociais e do exercício profissional / Elidaiane Vieira Duarte. - Natal, RN, 2015.
37
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2002) Balanço da Reforma do Estado no Brasil: A Nova Gestão
Pública. Brasília: Secretaria da Gestão, Coleção Gestão Pública
38
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2002) Balanço da Reforma do Estado no Brasil: A Nova Gestão
Pública. Brasília: Secretaria da Gestão, Coleção Gestão Pública
Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 6, p. 34375-34400 jun. 2020. ISSN 2525-8761
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Brazilian Journal of Development
a partir dos imperativos humanos e sociais. (CARVALHO, 1993, p.15). 39 Falar em saúde e
sociedade inclusiva, neste início de século, implica que se apontem os componentes da realidade
que são produtores de exclusão social, considerada, por muitos, como a grande doença social deste
século. Vivemos em uma sociedade de exclusão, onde o acesso aos direitos conquistados em leis
não está sendo colocado em prática para todos os seus membros, com a agilidade necessária.
(DUARTE, 2015, P. 40). 40
Na contemporaneidade a área da saúde tem impulsionado uma preocupação, afinal,
anteriormente não havia tanta dificuldade e com soluções ineficientes. Neste contexto, significativo
41
apontar os investimentos em saúde na linha decrescente. (CARVALHO, 1993, P.24).
Infelizmente, os antecessores gestores do país politicamente não admitem a parcela que lhes cabe
na culpabilidade do desgoverno acumulado de quase uma década de trajetória na procura de saídas
viáveis que alicerçou o atual cenário em que vivemos. Dessa forma o SUS é um sistema, e não uma
instituição ou um serviço, como cita Duarte, (2015, p.26) 42
“que significa um conjunto de 27
unidades, de serviços e ações que interagem para um fim comum. É também único, já que tem a
mesma doutrina, a mesma filosofia de atuação em todo o território brasileiro, e é organizado de
acordo com a mesma sistemática. ”
A partir do processo analítico se verifica que o SUS embora trazendo em sua concepção e
normativas um modelo arrojado de atendimento, atualmente, ainda apresenta falhas em sua
execução. De acordo com Carvalho, (1993, p 24.)43 no ano de 1993 já traçava o cenário do Sistema
Único de Saúde brasileiro e que atualmente permanece com modificações tão ardentemente
aguardadas pelos cidadãos brasileiros para que o Sistema Único de Saúde chegue um dia a ser um

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CARVALHO, Gilson de Cassia Marques. O momento atual do SUS... a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei.
Saude soc., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-24, 1993 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000100003&lng=en&nrm=iso>. access on
31 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901993000100003
40
DUARTE, Elidaiane Vieira. Serviço Social e SUS em tempos de neoliberalismo: tendências contemporâneas das
políticas sociais e do exercício profissional / Elidaiane Vieira Duarte. - Natal, RN, 2015.
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CARVALHO, Gilson de Cassia Marques. O momento atual do SUS... a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei.
Saude soc., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-24, 1993 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000100003&lng=en&nrm=iso>. access on
31 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901993000100003
42
DUARTE, Elidaiane Vieira. Serviço Social e SUS em tempos de neoliberalismo: tendências contemporâneas das
políticas sociais e do exercício profissional / Elidaiane Vieira Duarte. - Natal, RN, 2015.
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CARVALHO, Gilson de Cassia Marques. O momento atual do SUS... a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei.
Saude soc., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-24, 1993 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000100003&lng=en&nrm=iso>. access on
31 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901993000100003
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modelo de atendimento sólido e humanizado ao usuário dos serviços de saúde. Ainda, de acordo
com Carvalho (1993 p. 24.):44

Este é o momento atual do SUS. Esta é a saída legal para que


transformemos nossa realidade. Necessário se faz que a sociedade,
numa Santa Aliança (pacto social já está desgastado), faça com que
o SUS seja implantado, saia do papel e se torne realidade. Não
apenas uma realidade gerencial, pela descentralização, pela gestão
plena, mas tendo isto como ferramenta para se conseguir o
principal: melhores condições de vida e saúde para todos os
cidadãos brasileiros. (CARVALHO, 1993, p.24).45

As considerações traçadas oportunizam verificar que o Sistema Único de Saúde (SUS) está
muito longe do que foi proposto pela Constituição Federal de 1988 e a diferença entre o que está
escrito e proposto pelo movimento Sanitário com a prática do que é vigente do Sistema público de
Saúde, é assustador.
O SUS sofre algumas resistências. De acordo Paim, (2018 p.1725) 46
“em termos
ideológicos, os valores dominantes na sociedade brasileira tendem mais para a diferenciação, o
individualismo e a distinção do que para a solidariedade, a coletividade e a igualdade.” Neste
sentido, as questões que são consideradas negativas têm sua gravidade abalizada pelos restringidos
alicerces sociais e políticas do SUS em decorrência da ausência de apoiadores no que diz respeito a
partidos e de trabalhadores organizados em sindicatos e centrais para a defesa do direito à saúde
inerente à condição de cidadania. Condições essas existentes em outros países (PAIM, 2018,
p.1725)47
48
Além da situação já mencionada, na análise de Paim, (2018) atrelam-se também os
profissionais da saúde que excluídos pelas políticas de gestão do trabalho e educação em saúde

44
CARVALHO, Gilson de Cassia Marques. O momento atual do SUS... a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei.
Saude soc., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-24, 1993 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000100003&lng=en&nrm=iso>. access on
31 Jan. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-12901993000100003
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CARVALHO, Gilson de Cassia Marques. O momento atual do SUS... a ousadia de cumprir e fazer cumprir a lei.
Saude soc., São Paulo , v. 2, n. 1, p. 9-24, 1993 . Available from
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46
PAIM, Jairnilson Silva. Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 6, p. 1723-
1728, jun. 2018. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/csc/v23n6/1413-8123-csc-23-06-1723.pdf
47
PAIM, Jairnilson Silva. Sistema Único de Saúde (SUS) aos 30 anos. Ciência & Saúde Coletiva, v. 23, n. 6, p. 1723-
1728, jun. 2018. Disponível em:
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resiste ao SUS, bem como a mídia que traz intensas críticas. Ainda, de acordo com o autor “o SUS
enfrenta grandes interesses econômicos e financeiros ligados a operadoras de planos de saúde, a
empresas de publicidade e a indústrias farmacêuticas e de equipamentos médico-hospitalares”.
(PAIM, 2018, p.1725).49 Ainda fazendo referência a Paim (2018) 50 na implantação do SUS algumas
situações ocasionaram intensas dificuldades, principalmente no ano de 2008 com a crise econômica.
Segundo Paim (2018, p.1725):51

representam um sério obstáculo para o desenvolvimento de


sistemas universais de saúde. Do mesmo modo, a proposta
político-ideológica da Cobertura Universal em Saúde, patrocinada
por organismos internacionais, só faz reforçar tal doutrina e
fragilizar os valores civilizatórios do SUS. (PAIN, 2018, p.1725).52

O SUS também apresenta outras situações limites não obstante a Constituição Federal
apregoar a saúde como direito de todos e dever do Estado, no entanto não consegue assegurar as
condições imprescindíveis, como: a econômica e científico-tecnológica do SUS, somando a isso,
problemas de gerenciamento e falta de profissionais diversas áreas, terceirização, falta de
medicação, falta de leitos, burocratização, desumanização e precarização do trabalho. (PAIN, 2018,
p.1725). 53
Neste sentido existe a concordância com os autores Ramos, (2017, p 307), 54citando Teles
et al. (2013), Polignano (2001), Paim (2008) e Conselho Federal de Medicina (2014) que manifesta
que a evolução histórica do sistema de saúde e a atual realidade do setor trazem um cenário intricado
que foi esclarecido na página 01(um) deste estudo.

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Na área de recursos humanos se encontra o grande problema atual da saúde, bem como o
caminho para se chegar à solução. A situação é bem delicada com profissionais insatisfeitos devido
à má remuneração e falta de condições de trabalho. Muitos deles despreparados para o desempenho
de suas funções, principalmente nos serviços básicos de saúde.
Manifesta o autor Paim (2018) 55 que o SUS em sua trajetória de construção apresenta
outros aspectos negativos agravados ainda por questões importantes, tais como:

insuficiência da infraestrutura pública, a falta de planejamento


ascendente, as dificuldades com a montagem de redes na
regionalização e os impasses para a mudança dos modelos de
atenção e das práticas de saúde também comprometem o acesso
universal e igualitário às ações e serviços de saúde. (PAIN, 2018,
p.1725).56

Apontada como o vilão da saúde a insuficiência de recursos se torna determinante para as


dificuldades assinaladas. O fortalecimento da privatização vem com a compra de serviços ao setor
privado. De acordo com Paim, (2018, p.1725)57 “Prevalece, assim, um boicote passivo através do
subfinanciamento público e ganha força um boicote ativo, quando o Estado premia, reconhece e
privilegia o setor privado com subsídios, desonerações e sub-regulação.” Neste viés, os entraves
contidos neste estudo evidenciam que apesar de se apresentar menos visível, mas tão importante
quanto os demais, a articulação público-privada tem sido relegada a segundo plano. (PAIM, 2018,
p.1725).58
Prosseguindo com o diagnóstico, abordam-se neste momento quais as alternativas para o
SUS que realmente existe e apresenta intensas conquistas. Segundo Paim (2018, p.1726):59

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A defesa do SUS constitucional e do SUS proposto pela Reforma
Sanitária Brasileira (RSB) indica alternativas contrárias à
segmentação e à americanização do sistema de saúde brasileiro. O
SUS realmente existente, com todas as suas dificuldades e
fragilidades, produziu conquistas e resultados significativos nessas
três décadas. A sua institucionalidade pode ser realçada pelos seus
gestores, pelo Ministério Público, conselhos de saúde e
trabalhadores, favorecendo a resistência contra o seu desmonte.
(PAIM, 2018, p.1726).60

O SUS é um fato concreto. Contudo, não de forma plena como se deseja e tampouco
totalmente público, como manifesta Campos, (2018, p.1721) 61 citando André Dantas. O estudo
aponta que no Brasil a maior parte dos hospitais é da rede privada de saúde e seu uso ocorre em
grade parte através do SUS ou compartilhado entre sistemas público e privado. (VIACAVA, et al .
2018, p.1754).62 Ainda esclarece o autor que “a participação dos hospitais privados exclusivamente
SUS diminuiu entre 2006 e 2017, embora se mantenha próxima a 50%. Neste mesmo período,
diminuiu também a participação dos estabelecimentos com atendimento exclusivo privado”.
(VIACAVA, et al., 2018, p.1754). 63
Todavia constata-se que os “prontos-socorros” são
predominantemente públicos, observado a interdependência entre o setor público e o privado na
atenção à saúde. (VIACAVA, et al ., 2018, p.1754).64 O estudo evidencia numerosas contradições,
que apontam desafios estratégicos uma delas é o financiamento e as relações público-privadas.
Ao finalizar as discussões, se pode apontar que descrever todos os problemas do SUS é
uma tarefa gigantesca dada os inúmeros aspectos a serem abordados, entrementes ao proceder ao
estudo em referência foram possíveis traçar o cenário que consequentemente na contemporaneidade
essa política tem transitado. Todavia, para iniciar algumas mudanças necessárias, o princípio da

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transformação se volta ao aperfeiçoamento e quantitativo para a distribuição financeira, além de
gerenciamento mais eficiente para atingir a potencialidade deste sistema para a obtenção do contido
na lei maior do país.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A ênfase dada por inúmeras pessoas de que a burocracia traz lentidão, com conseqüente
aumento nos custos e uma serie de valores negativos para uma organização, ao final deste trabalho
pode ser melhor interpretado. O paradoxo criado em torno do tema, se não quebrado, pelo menos
pode ser corretamente entendido.
A burocracia que vem do início do século XX, com Max Weber e a publicação de uma
bibliografia que tratava sobre organizações de sua época, sofreu inúmeras mudanças com o passar
dos anos, e ao analisarmos as mesmas nos dias atuais devemos ter uma ótica flexibilizada.
Então a burocracia, com esta evolução conseguiu chegar aos tempos atuais com inúmeros
princípios que se fazem extremamente úteis para os gestores contemporâneos.
De acordo com o tema proposto no trabalho, juntamente com os pontos de vista dos autores
citados ao longo do ensaio, concluímos que o aprimoramento e a adequação dos conceitos da Teoria
da Burocracia ao tempo atual devem ser constantemente buscados. Alem do que uma “quebra” no
paradoxo, sobre a burocracia ser sinônimo de morosidade em processos e organizações, deve ser
trabalhada e disseminada em organizações como um todo. A aplicabilidade deste trabalho busca o
verdadeiro conceito da burocracia, criando oportunidades para que novas análises e estudos venham
a somar e contribuir no sentido de que Normas e Regulamentos sejam vistos como elementos
benéficos para bom funcionamento da organização.
Como limitações do estudo, destacamos que o amplo recorte temporal não permitiu
aprofundar temas relevantes para o sistema de saúde que tem demonstrado sua importância no país
apesar de todos os contratempos de sua trajetória na atenção à saúde da população brasileira e as
medidas necessárias para concretização do que realmente se encontra traçado no papel. Para sua
consolidação entre outras providências, deve-se primeiramente ter uma fonte estável de
financiamento para o SUS, que o gasto público de saúde não seja, ainda, tão pequeno por habitante,
que os cidadãos tenham acesso aos serviços prestados pelos profissionais de saúde da forma como
merecem e não da forma como são tratados nos dias atuais.
A restrição de dispêndio públicos nos 20 anos seguintes decorrente da Emenda
Constitucional 95/201624 é ainda mais preocupante no que se refere à garantia e principalmente
ampliações de serviços de saúde a população brasileira. Portanto, se vislumbra um cenário de

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aumento das dificuldades vivenciadas no cotidiano dos serviços de saúde, assim como no
planejamento de políticas e programas.
Neste Sentido, pode-se afirmar que temos o mapa da sociedade inclusiva, os direitos
constitucionais e legais, mas não sabemos ainda caminhar nas linhas traçadas por este mapa para a
universalização dos direitos. E a sociedade, sem o cumprimento dos direitos sociais básicos
universais, não se torna saudável, nem inclusiva.
É bom lembrar que o acesso aos serviços de saúde sempre foi difícil e é, até hoje, um dos
grandes desafios. Porém, atualmente, o direito das pessoas ao atendimento as necessidades de saúde,
de forma humanizada, ética e com justiça social, em qualquer parte do país, deve ser suprido pelo
Estado Brasileiro de forma gratuita. A evolução histórica do sistema de saúde e a atual realidade do
setor saúde estão relacionadas diretamente à evolução político-social e econômica da sociedade
brasileira, não sendo possível dissociá-los. Portanto, a questão do bem-estar e saúde de qualidade é
estabelecida por fatores sociais, biológicos, culturais e econômicos na sociedade, todos eles
complexamente constituídos

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