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SorrisoFinal

48 páginas
para RIR
e DESCONTRAIR
RIR É O MELHOR REMÉDIO OSSOS DO OFÍCIO
GLEN LIEVRE

«Não há nenhum problema consigo,


você é um Picasso.» FLAGRANTES DA VIDA REAL PIADAS DE CASERNA
PALAVRAS CRUZADAS
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HORIZONTAIS
1. Caixa de plástico com divi- 10 11 12
sórias utilizada no transporte
de bebidas engarrafadas. 6. 13 14 15

Patrões. 10. Cavalo de raça


16 17 18
«O riso é um prazer maligno que se toma com uma pequena e fraca. 11. Jogo em
consciência pura.» que num tabuleiro quadrado 19 20 21
jogam dois parceiros, cada um
com 12 peças. 13. Idem 22 23
A frase é do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, e reflecte bem
(abrev.). 14. Nono mês do ano
a importância que o riso tem para todos nós. 24 25 26 27 28 29 30
civil. 16. Progenitor. 18. Pala-
vra que designa o número, a 31 32 33
Se, na Idade Média, era considerado heresia, hoje é tido como uma
ordem numa série ou a pro-
terapia para os dias cinzentos que vivemos, com vantagens claras 34 35 36
porcionalidade numérica. 19.
para a saúde. Afinal de contas, rir é o melhor remédio.
Indicação dos erros cometi-
Quando rimos activamos o sistema cardiovascular, a frequência 37 38 39
dos na impressão de uma
cardíaca aumenta, as artérias dilatam-se, levando a uma queda da obra. 21. Esposa do filho. 22. 40 41
pressão arterial. Los Angeles (abrev.). 23. Ex-
traterrestre (abrev.). 24. Exe-
Este pequeno livro que tem na suas mãos foi feito para o ajudar cução de encomendas. 27. membro da família Ortomixo- 25. Dispositivo dos aparelhos
no dia-a-dia. A uma selecção do melhor de Rir é o Melhor Remédio, Planta polipodiácea medicinal viridae. 2. Girar. 3. Antes de fotográficos que permite focar
Flagrantes da Vida Real, Ossos do Ofício e Piadas de Caserna, também chamada capilária. Cristo (abrev.). 4. Prefixo (dis- convenientemente os objectos
juntámos ainda as nossas Palavras Cruzadas. 31. Colheita das uvas. 33. Na- persão). 5. Lista de pratos a fotografar. 26. Elemento de
quele lugar. 34. Caminhada numa refeição. 6. Espécie de formação que exprime a ideia
Contributos para momentos de riso e descontracção onde quer longa. 36. Aspecto (fig.). 37. pato. 7. De má vontade. 8. A de dentro. 27. Mulher que cria
que esteja. Como disse Leonid S. Sukhorukov, escritor ucraniano, Converter em soro. 38. Irri- parte mais alta do braço hu- uma criança alheia. 28. Con-
«A vida não é motivo de riso. Mas, já imaginou ter de viver tara. 40. Ave parecida com a mano. 9. Curar. 12. Planta do tracção de “em” com “a”. 29.
sem rir?» pomba. 41. Mover os remos. pé. 15. Rio afluente da mar- Albumina que envolve a
gem direita do rio Douro. 17. gema do ovo. 30. Encolerizar.
VERTICAIS Avançar. 20. Livre de encargos 32. Interjeição que designa
1. Doença infecciosa do apare- ou de direitos senhoriais. 23. repulsa ou raiva. 35. Centé-
lho respiratório causada por Escapar. 24. Classe constituída sima parte do hectare. 39.
um vírus Influenza (A ou B) por cerca de 9000 espécies. Antes do meio-dia (abrev.).

ALODIAL. 23. EVADIR. 24. AVES. 25. VISOR. 26. INTRO. 27. AMA. 28. NA. 29. CLARA. 30. AIRAR. 32. IRRA. 35. ARE. 39. AM.
VERTICAIS 1. GRIPE. 2. RODAR. 3. AC. 4. DIS. 5. EMENTA. 6. ADEM. 7. MAMENTE. 8. OMBRO. 9. SARAR. 12. SOLA. 15. TUA. 17. IR. 20.
NORA. 22. LA. 23. ET. 24. AVIO. 27. AVENCA. 31. VINDIMA. 33. ALI. 34. ESTIRADA. 36. AR. 37. SORAR. 38. IRARA. 40. ROLA. 41. REMAR.
SOLUÇÕES HORIZONTAIS 1. GRADE. 6. AMOS. 10. ROCIM. 11. DAMAS. 13. ID. 14. SETEMBRO. 16. PAI. 18. NUMERAL. 19. ERRATA. 21.
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S C OT T A R T H U R M A S E A R

«Meninos, é essencial que fiquemos juntos nesta viagem.»


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Q uando a minha irmã


tinha cerca de 3 anos e
eu perto dos 8, os meus pais
resolveram levar-nos a co-
nhecer Coimbra. No cami-
nho, a minha irmã
perguntou:
– Onde é que é Coimbra?
– Em Portugal – respondi.
– Tu não me enganas.
Mãe, onde é que fica Coim-
bra? – voltou a perguntar,
muito zangada.
– Eu não estou a enganar-
-te. Coimbra é em Portugal,
Espinho também, Moimenta
também – voltei a respon-
der-lhe.
– Também?! Como é que
eu ia saber? Nunca ninguém
me disse que Portugal é o
País todo – respondeu a
minha irmã.
SÍLVIA MÁRCIA HORTA DOS
SANTOS, Vila Nova de Famalicão, Portugal
Eu e o meu marido, Q uando os meus pais
Chris, apanhámos um me levaram alegremente
valente susto quando da maternidade para
Quando o meu tio fomos às compras para casa, os meus irmãos, de
idoso nos apresentou a o nosso bebé recém- 3 e 5 anos, estavam ansio-
sua nova e jovem namo- -nascido. Ao olhar para sos por me conhecerem.
rada, informou-nos de que uma mobília feita de Mas quando o mais novo
ela era modelo em part- mogno, comentei: pegou em mim ao colo,
-time. Infelizmente, o
– Adoro o aspecto, eu comecei a berrar.
nosso filho de 7 anos es-
mas é tão cara! Então, ele virou-se para
tava à escuta.
– A sério? – perguntou. – Claro que é – repli- os meus pais, muito zan-
DAV E C A R P E N T E R

– O pai disse que era uma cou Chris. – Achas gado, e declarou: «Cria-
caçadora de fortunas! que aquilo cresce nas rei este, mas não aceito
PHIL REILLY, Grã-Bretanha árvores? mais nenhum.»
MICHAELIN TOVAR, EUA EMESE NYITRAI

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Os nossos vizinhos tinham dedicado muito


tempo e esforço a ensinar o seu enorme cão a sal-
tar para a parte de trás da sua carrinha. Uma
C omo era uma pa-
ciente nova, tive de
preencher um impresso
de inscrição para o ar-
manhã, vi John, o marido, com um ar muito frus-
quivo do médico. Ao ler,
trado, a encostar o telemóvel à orelha do cão. De re-
a enfermeira reparou no
pente, o animal saltou para o veículo.
– Ele não se mexia – explicou John –, por isso te- meu apelido invulgar.
lefonei à minha mulher para lhe dar a ordem. Ele – Como é que se pro-
obedece-lhe sempre! A N N D OW N I E , Canadá nuncia? – perguntou ela.
– Na-le-Y-ko – disse eu,
orgulhosa da minha he-
D e regresso a casa de- U ma senhora de idade rança ucraniana.
pois de uma reunião nos abordou-me no super- – Soa muito bem – co-
Escuteiros, o meu neto mercado. mentou ela, sorrindo.
fez a grande pergunta ao – Importa-se de me dar – Sim, é melodioso –
meu filho: aquela lata daquela prate- concordei.
– Pai, eu sei que os leira alta? – perguntou. – Então, de que parte
bebés vêm das barrigas Eu, claro, assenti, co- de Melodia é a sua famí-
das mães, mas como é mentando alegremente: lia? – perguntou ela, do-
que vão para lá? – inqui- – A minha mulher tem cemente.
riu ele inocentemente. este problema! ANNA NALYWAJKO, EUA

Depois de ver o pai ga- Mas um olhar gelado


guejar e hesitar durante surgiu no rosto da se-
Felizmente, o meu
um bocado, o meu neto nhora. Ao olhar, aper-
marido arranjou uma
declarou, desgostoso: cebi-me de que estava solução para a crise da
– Não tens de inventar a entregar-lhe uma meia-idade: um novo
nada, pai. Não faz mal se enorme lata de amei- emprego. Infelizmente,
não sabes a resposta. xas secas. era noutro estado, o que
HARRY NEIDIG, EUA JOHN DAVIS, Grã-Bretanha significava vender uma
casa onde tínhamos vi-
vido oito anos felizes.
Andava às compras na secção dos animais de esti- Uma noite, antes da
mudança, ao preparar-
mação no meu supermercado local quando ouvi uma
mulher a enaltecer para o marido as qualidades de -me para dormir,
um bebedouro para cães. comentei tristemente:
– Imaginei-nos a en-
– Olha, até tem um filtro de água! – dizia ela, mos-
velhecer juntos aqui.
trando-lhe a tigela em questão para ele inspeccionar.
Ele deu-me um beijo
Mas o marido tinha uma perspectiva um pouco di- de boa noite e replicou:
ferente sobre o assunto: – E envelhecemos.
– Querida, ele bebe água da sanita. DAW N H A D LO C K , EUA
JAMES JENKINS, EUA

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R esolvi desde
cedo que iria
habituar os meus
filhos a serem o
mais independen-
tes possível e,
como tal, ensinei
o meu filho Pedro,
de 13 anos, a de-
senvencilhar-se
sozinho na cozi-
nha, dando-lhe al-
gumas tarefas ao
nível das suas capa-
cidades.
Certo dia, sabendo
«Qual era o tipo de olhos do atacante?»
que não iria chegar a
casa antes das 21.30,
comprei-lhe uma lasa- Ao visitar o meu marido no hospital, encontrei-o a
nha congelada e deixei- partilhar um quarto com um jovem, Peter, que usava
-lhe um recado escrito o cabelo enorme e desgrenhado. No entanto, no dia
com as instruções. seguinte, o cabelo estava muito bem cortado.
Depois de chegar da – Peter, como é que conseguiste que te cortassem o
escola, ao ler o recado, cabelo aqui? – perguntei.
telefonou-me: – Foi a minha mãe que cortou – explicou ele.
– Mãe, eu faço a lasa- – Diz-lhe que é uma óptima cabeleireira – disse eu.
nha, mas onde é que ela – Oh, ela não é cabeleireira – esclareceu Peter
está? com um sorriso. – É tratadora de cães.
– Então não leste o re- JOAN PIERSON, Canadá

cado? Eu disse-te que es-


tava na terceira gaveta Usar um aparelho nos dentes depois de adulto
do combinado. revelou-se mais complicado do que o meu marido
– Mas eu não me lem- esperava. Durante três anos, teve de se dirigir várias
R OYSTO N R O B E R T S O N

bro do que é que ficou vezes à sua ortodontista para proceder a minúscu-
combinado – respondeu los reajustamentos.
o meu filho. – Ela é muito perfeccionista – queixou-se ele um
ANA CRISTINA VIEIRA
dia. Depois sorriu e disse: – Acho que se pode dizer
MARTINS, Marinha Grande, Portugal que é oralmente tenaz. M I N DY CA R R, EUA

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Uma escola secundária local estava a pensar


A minha irmã ia numa
excursão que incluía uma
fazer um musical, pelo que pediram a um artista visita a uma propriedade
meu amigo, John, para desenhar os bilhetes.
rural cujo proprietário era
– Procuramos um tema do Oeste Selvagem – disse o
célebre pelos seus livros
funcionário da escola. – Mas nada que sugira violência.
de versos humorísticos.
– Já percebi – disse o John. – Qual é o título da
peça? Vários passageiros com-
– Annie, Saca a Tua Pistola. WAY N E M OS E L EY
praram o seu último livro
e fizeram fila para os auto-
grafarem. Quando a minha

U ma amiga aceitou
fazer um bolo para
uma venda de caridade,
dido. Uns dias mais tarde,
a minha amiga foi convi-
dada para um chá e ficou
irmã chegou ao pé do
autor, ele perguntou-lhe o
que ela queria que ele es-
mas no último momento horrorizada ao ver o seu crevesse.
cometeu um erro e o bolo bolo na mesa. Ainda ten- – Oh, qualquer coisa
abateu ao meio. Não que- tou dizer alguma coisa, serve – respondeu ela.
rendo dar parte de fraca, mas foi interrompida por Ele escrevinhou durante
compôs o bolo com um uma outra amiga que uns segundos e devolveu-
rolo de papel higiénico e disse que o bolo estava -lhe o livro. Regressando
pediu à filha para com- com muito bom aspecto. ao autocarro, a minha irmã
prá-lo para que ninguém Ao que a anfitriã respon- abriu o livro e leu o que
reparasse. Mas a filha deu: «Obrigada, fui eu ele escrevera: «Oh, qual-
chegou tarde à venda e o que o fiz!» quer coisa serve.»
bolo já tinha sido ven- KEVIN RICHARDS, Grã-Bretanha RAY CRANE

A caminho do 12.º buraco num campo de golfe, pa- O trânsito arrastava-


rámos para comprar bebidas frescas a uma jovem que -se à velocidade de um
conduzia o carrinho dos refrescos. Enquanto puxava caracol. Claro que não
da carteira, o meu amigo disse para a jovem: estava sozinho. Preso na
– Está em óptima forma. Deve fazer bastante exer- faixa ao meu lado, en-
contrava-se um camião
cício.
de entrega de encomen-
Lisonjeada, ela brindou-o com um enorme sorriso
das. Enquanto o veículo
e disse: se arrastava lentamente
– Obrigada. ao lado do meu, não me
No dia seguinte, havia uma jovem diferente no car- faltou tempo para ler o
rinho das bebidas. nome da empresa, pin-
– Repara nisto – sussurrei. tado no lado.
Dirigi-me para ela e disse: O nome, bem apro-
– Uau, você deve fazer imensa ginástica. priado, era: S-Cargo (Es-
– Sim – respondeu ela. – Você devia tentar. cargot – Caracol).
THOMAS OSBORNE DOUGLAS ATKINSON, EUA

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T rabalhei durante
alguns anos num
departamento com vários
jovens bem-dispostos.
Certo dia, depois de uma
breve sessão de anedotas
e de algumas gargalha-
das, o nosso chefe entrou
e disse:
– Eu bem vi o que se
está a passar aqui, esta-
vam todos a rir ao
mesmo tempo!
Depois de um breve si-
lêncio devido ao emba-
raço de termos sido
«apanhados», uma colega
retorquiu:
– A partir de agora,
vamos rir um de cada vez!
MIRALDINA TRIGUEIRÃO,
Vendas Novas, Portugal

Estava na rua a con-


versar com a minha neta
de 4 anos quando reparei
A minha mulher, Shirley, é muito dotada a nível de
mecânica. Arranjar uma torneira que pinga é fácil.
num sapo esborrachado
no meio da estrada. Pre- Pôr um fio novo num candeeiro é uma brincadeira
parei-me para ver lágri- de crianças. Por isso, ficou surpreendida quando
mas e ouvir suspiros. uma noite eu fui para a cama e lhe disse que a porta
Mas, ao olhar de relance da casa de banho não estava a fechar bem, mas que
para o sapo esborra- eu achava que podia arranjá-la na manhã seguinte.
chado, a minha neta aba- Ela replicou que não tinha reparado nisso, mas que
nou a cabeça, muito veria o que se passava assim que se levantasse de
séria, e disse: manhã. Quando acordei, ela já estava a pé e já tinha
– Ele não deu a mão à
DA N R E Y N O L D S

tratado da porta.
mãe para atravessar a es- – Como é que a arranjaste? – perguntei.
trada, pois não?
– Fácil – disse Shirley. – Tirei o meu soutien do gan-
MOLLY SAMPSON, Grã-Bretanha
cho. Estava preso na dobradiça. J O H N B O O R M A N , Canadá
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– Vou brincar lá fora com o Danny e volto


E nquanto andava às
compras com a minha
mais tarde – informou-me o meu filho Ken, de 9 anos.
filha de 15 anos, Stepha-
Aproveitando o tempo para mim, preparei um
banho perfumado, liguei o rádio e deixei-me levar nie, deparámos com
pelo sonho acordada. De repente, oiço o meu filho a umas amostras de cereais
chamar do andar de baixo e perguntar: com um cupão de oferta.
– Onde estás, mãe? Pus uma caixa de cereais
– Estou no banho – respondi. no nosso carrinho de
– Ah! Então pode usar-se a sanita? – perguntou ele. compras e Stephanie
– Sim, vá lá – respondi-lhe com um suspiro, re- levou tudo para a caixa.
gressando à realidade. Quando saiu da loja,
A porta da casa de banho abriu-se e entrou o
ainda tinha o cupão de
Danny, que, acenando com a cabeça, utilizou a sanita
oferta na mão, pelo que
e saiu, dizendo:
– Tudo bem, Sra. Hall? BA R BA RA H A L L , Grã-Bretanha
lhe perguntei por que
razão não o tinha dado

E
ao caixa.
u e o meu marido Estava ajoelhada no – Li-o enquanto estava
ficámos irritados chão da cozinha a fazer a na fila – disse ela – e diz
quando, após uma viagem tarefa que as donas de casa «válido na próxima com-
de quase duas horas, um mais odeiam – limpar o pra». W E N DY N E A L , Canadá
agente imobiliário nos forno – quando o meu ma-
disse que a casa que nos rido, que vinha de um jogo Quando, após dez
interessava fora vendida de golfe, entrou em casa e anos, estava a mudar de
na véspera. «Desculpem perguntou: casa de regresso a Aus-
não os ter avisado», disse – O que é que estás a tin, Texas, fiquei sur-
ele, acrescentando que o fazer, querida? preendida como a ci-
construtor usara materiais – O que te parece? – in- dade tinha crescido.
de fraca qualidade, o tecto quiri eu. Perguntei ao agente
imobiliário como é que
tinha amianto, a casa era – Não devias estar a
era o trânsito.
muito fria no Inverno e fazer isso assim. Espera
– À segunda-feira, o
um forno no Verão, para um minuto – respondeu o trânsito começa às 5. Às
além de o pátio das trasei- meu marido. terças e quartas, começa
ras estar a abater. Quando O meu coração bateu por volta das 4.30. À
chegámos a casa, tínha- mais forte. Ele ia ajudar- quinta-feira, começa às
mos uma mensagem do -me. Uns minutos depois, 4 horas – respondeu-me.
agente no atendedor de aí vem o meu cavaleiro – E às sextas, a que
chamadas: com uma almofada na mão horas começa? – per-
– Boas notícias! A venda e diz-me: guntei.
não se efectuou. Querem – Ajoelha-te aqui. Ficas – Começa à quinta-
marcar outra visita? muito mais confortável. -feira.
KRISTIN HOLDGRAFER
JULIE CAMPBELL AMELIA HARVEY, Grã-Bretanha

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H á tempos, quando
o canalizador fazia
consertos em minha casa,
o meu marido reparou,
surpreendido, no con-
teúdo da sua mala de fer-
ramentas – nomeadamente
num aparelho utilizado
para detectar fugas de gás
– e perguntou:
– Porque é que o senhor
traz um estetoscópio aí?
Resposta imediata e
muito séria do canaliza-
dor:
– Para socorrer o
cliente na hora de lhe
apresentar a conta! «Acho que preciso de perder algum peso. Já comecei
MADALENA GOMES PINTO, a apitar quando ando para trás.»
Mirandela, Portugal

O seu novo carro hí-


U ma amiga minha, Lin- Com os preços de ferro
da, e a irmã seguiam no velho a subirem, o meu
brido era o orgulho e a cortejo a caminho do ce- marido, entusiasmado,
satisfação do meu mitério para o enterro de levou o nosso velho anexo
amigo. Estava sempre
um parente afastado. de alumínio para o centro
a gabar-se dele e a
– Uma vez que não co- de reciclagem. Afinal, o
aborrecer os seus ami-
gos. Um dia, quando
nhecemos ninguém, que- anexo não passava de lata
nos dava boleia, argu- res ir já para casa? – sem qualquer valor e ape-
mentou: perguntou ela. nas lhe pagaram 25 dóla-
– Deviam ter uma A irmã assentiu com a res pelas portas de
faixa só para as pes- cabeça e Linda virou à di- alumínio e a chapa da co-
soas que se preocupam reita. bertura. Carregou o resto
com o meio ambiente. Tinha andado cerca de para um aterro, onde o
– Já têm, chama-se meio quilómetro rua abai- guarda lhe disse:
passeio para peões – xo quando olhou para o – Vou ter de lhe cobrar
TERESA BURNS

respondeu alguém do espelho. O resto do cortejo para largar aqui o lixo:


banco de trás. continuava atrás dela. são 25 dólares.
JAMES SEWELL
KRISTINE TOCK, EUA CATHY HILLEGAS

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Eu e o meu marido fomos a um jantar-espectá-


culo com uns amigos recém-casados. Durante o es-
pectáculo, a artista pediu um homem do público
D urante os primei-
ros sete anos do
nosso casamento vive-
mos num apartamento
para a ajudar num número. Como ninguém se ofe- alugado, onde a nossa
recesse, o nosso amigo foi levado. Portou-se bem, primeira criança nasceu,
e no dia seguinte os colegas ficaram bastante im- e depois numa pequena
pressionados quando a sua mulher lhe enviou flo- moradia alugada, onde
res. O cartão dizia: «Pelo teu excelente desempe- nasceu a segunda. No
nho de ontem à noite!» M A RJ O R I E M . N E U FA RT H , EUA ano seguinte, comprá-
mos a nossa casa.
Quando nos mudámos,
Tivemos a sorte de T odas as manhãs, apa- o melhor amigo do meu
saber que o antigo Hotel nhava boleia de carro para marido ofereceu-nos
Piedmont, em Atlanta, ia o escritório de algum dos uma garrafa de champa-
ser remodelado e que as meus colegas. Uma nhe, que, por qualquer
suas lindas portas de car- manhã, um carro parou ao motivo, ficou na cave.
valho estavam à venda por pé de mim, como de cos- Quase seis meses mais
tuta e meia. Comprámos tume. Automaticamente, tarde, regressei a casa de-
várias e mandámo-las ins- abri a porta e sentei-me, e pois de ter dado à luz
talar na nossa casa do sé- estava já a apertar o cinto mais um bebé. Para co-
culo XIX. Ao mostrar a casa de segurança quando uma memorar a ocasião, o
a um amigo, comentei: voz desconhecida de meu marido apareceu
– Sabes, muitas destas homem perguntou: com a garrafa de champa-
portas são do Hotel Pied- – Aonde é que gostaria nhe e, em frente da famí-
mont. de ir, minha senhora? lia toda, leu em voz alta o
Ele levantou uma so- O condutor era um cartão preso à garrafa:
brancelha e disse: perfeito desconhecido «Parabéns, Johan. Desta
– A maioria das pes- que tinha parado no sinal vez é mesmo tua!»
soas só rouba as toalhas. vermelho. ANNA BOUTEN, Holanda

BARBARA WOODALL, EUA MIHÁLY HRABOVSKI, Hungria

Após uma semana


Estava na fila das inscrições para a Segurança So- arrasadora, apoiei a
cial, e o rapaz à minha frente acabara de tirar a foto- cabeça no ombro do
grafia para o seu cartão. meu marido e suspirei:
– Quer que tire outra fotografia? – perguntou o fun- – Vamos fugir os dois.
cionário. – Esta não está muito boa. Não está a sorrir, – Já o fizemos – res-
parece cansado e os olhos estão meio fechados. pondeu ele –, e foi aqui
– Não, está bem assim – respondeu o sujeito. – Pro- que viemos parar.
vavelmente, será essa a minha cara quando tiver de WENDY DEWAR-HUGHES,
Canadá
usar o cartão. LO U I S E D O N N E L LY, Canadá

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A minha tia Helena


começou a usar
óculos aos 2 anos de
idade, e a minha avó es-
tava sempre a dizer-lhe
para não os tirar, a fim de
corrigir mais depressa o
seu problema de visão.
Já tinha quase 4 anos
quando a minha avó foi
dar com ela a brincar
sem óculos. Ralhou-lhe,
dizendo que assim nunca
mais ficava boa, ao que
ela respondeu:
– Não te preocupes,
mãe, que eu esta noite
vou dormir com eles para
compensar!
JOÃO MARCOS MARTINS,
Aveiras de Cima, Portugal

Radiante com
o nascimento do
nosso bebé, a minha A tia Florrie era uma senhora encantadora que
mulher contava a novi- frequentava os círculos da alta sociedade antes de ter
dade a toda a gente, enviuvado. Quando nasceu o nosso terceiro filho, es-
incluindo ao homem tive com a minha mulher no hospital e depois fui vi-
do talho: sitar a tia Florrie. Ao ser questionado sobre como
– Acabei de ter estavam mãe e filho, respondi:
um bebé com mais – Estão bem, mas é mesmo o bebé mais feio que
de 4 kg.
eu já vi.
O homem do talho,
Pouco depois, chegou a minha cunhada, que tinha
distraído com a peça
vindo de visitar a minha mulher no hospital. Também
de carne que estava
MICHAEL SIERON

lhe foi perguntado como é que estavam mãe e filho,


a cortar, perguntou:
ao que ela respondeu:
– Contando com os
– Estão bem, e sabe, tia Florrie, ele parece-se
ossos? DAV E A R N O L D S
mesmo consigo! S T E Y N K R I G E , África do Sul

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O elevador estava avariado e a única saída


do aeroporto era uma escada rolante. Eu tinha uma
grande mala e um joelho magoado. Comecei a ar-
P ouco tempo depois
de a minha mãe
morrer, eu, o meu mari-
do e o meu filho mudá-
rastar a mala, fazendo um grande barulho em cada mos de casa. Um dos
degrau, quando um homem atrás de mim agarrou objectos de estimação
na mala e transportou-a até ao fim. Agradecendo- que tínhamos herdado
-lhe, manifestei-me comovida: «Foi um cavalheiro.» dela era um grande e vo-
«Não tem nada de cavalheirismo. Fiquei com uma lumoso dicionário de
dor de cabeça lancinante», respondeu ele.
língua inglesa com uma
M EGA N S I C L A R I
lombada de cerca de
12,5 cm de largura.
Vivemos numa quinta e Num passeio de bici- Queríamos deixar o di-
os meus quatro filhos estão cleta com a minha neta cionário à vista como re-
habituados a que eu ou o de 8 anos, Carolyn, fiquei cordação da minha mãe,
meu marido cheguemos ao um pouco melancólico. por isso comprámos um
pátio de entrada e os cha- – Daqui a dez anos – suporte e colocámo-lo na
memos para os avisar: disse-lhe –, vais querer sala de estar. Depois, dis-
«As ovelhas, o porco, as estar com os teus amigos cutimos se o devíamos
vacas e todos os outros e não vais passear, andar deixar fechado ou aberto
animais estão à solta!» Os de bicicleta e nadar co- nalguma palavra em par-
miúdos correm logo para migo, como fazes agora. ticular.
ir buscar os sapatos. Um Carolyn encolheu os O meu filho adolescen-
dia, ao fim da tarde, vinha ombros. te resolveu a discussão
a chegar do campo ainda – Também daqui a dez ao dizer:
com meia hora de luz do anos vais estar muito – Abram o dicionário
dia. Como tinha recebido velho para fazer isso na palavra «família».
uma encomenda de árvo- tudo. J A M E S F. A H E A R N JOANIE AMOROSI, EUA

res na véspera, estava com


urgência em plantá-las. O prato da antena parabólica do meu pai es-
Quando cheguei a casa, vi
tragou-se. Quando eu entrei na sala, encontrei o
o meu filho de 14 anos e
meu pai ao telefone a falar com o departamento
disse-lhe:
técnico da firma das parabólicas. O aparelho de te-
– Vai buscar as pás e diz
levisão estava arredado da parede e ele olhava,
aos teus irmãos que vamos
horrorizado, para o emaranhado de fios que saíam
plantar árvores!
da parte de trás. Estava completamente baralhado
Ele foi a correr à sala e
e ouvi-o dizer ao técnico:
gritou aos irmãos:
– Já sei o que vou fazer. Vou desligar agora,
– Despachem-se, vamos
vou dois anos para uma faculdade e depois volto
depressa, as árvores estão
a falar-lhe. DA N A M A R I S CA , EUA
à solta! SIMONE JONES

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O meu ex-namorado,
com 18 anos acaba-
dos de fazer, ia connosco
passar o fim-de-semana
à nossa quinta, pois eram
as festas da aldeia. O meu
pai pediu-lhe um grande
favor: se ele não se im-
portava de levar o pálio.
Ele nem hesitou e pronti-
ficou-se imediatamente
a levá-lo.
Veio ter comigo todo
contente, porque o meu
pai lhe tinha dado a honra
de levar a carrinha Fiat
Palio da família na viagem U m camião enorme es- A minha mãe cozinhava
– a ele, que tinha a carta tava a seguir o meu filho sempre o suficiente para
há tão pouco tempo! Ima- adolescente enquanto ele que sobrassem restos
ginem só a cara dele conduzia pela cidade para a refeição seguinte.
quando lhe expliquei que acompanhado por uma Por isso, quando me
o pálio é um baldaquino colega. O camião virava casei, decidi cozer o
debaixo do qual vai sempre que ele virava, mesmo. Uma noite, co-
o padre na procissão … rua após rua. mecei por fazer cinco ba-
E. M. COSTA, Leça da Palmeira, A preocupação do meu tatas. O Patrick comeu-as
Portugal
filho transformou-se em todas. Aumentei para
pânico quando o condu- sete. Comeu-as todas. Por
– Vê lá se lavas as tor do camião, com um fim, cozinhei o saco in-
mãos antes da aula de olhar ameaçador, parou teiro.
piano – lembrei ao ao seu lado num semáfo- O Patrick comeu e
meu filho de 7 anos. – ro, baixou o vidro e es- comeu, até que olhou
Devem estar sujas do preitou para dentro do para mim e disse:
treino de futebol. carro. Após um longo – Querida, não consigo
– Não é preciso, mãe olhar perscrutador, o ho- acabar.
– assegurou ele. – Hoje
mem sorriu e gritou para Foi aí que eu soube
JOHN GRIMES

vou praticar mi bemol


o colega: que a mãe dele detestava
menor. As teclas são
– Não é a minha filha! restos!
pretas. J ESS I E C H E N , EUA
CYNTHIA KEELING, EUA VALERIE WILSON, Canadá

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A minha mulher
e eu parámos no su-
permercado para com-
Um perito de «Faça
Você Mesmo», num da-
queles programas de te-
D urante uma via-
gem a Roma, tele-
fonei para o serviço de
levisão para decorar a quartos do hotel para
prarmos os produtos
casa, sugeriu pôr grãos pedir café. Ansiosa por
habituais. Um rapaz
de café em tinta bege- praticar o meu italiano
punha várias espécies
de concentrados num clara para lhe dar aprendido num dicioná-
expositor. Consegui- «ânimo». De facto, a pa- rio de frases feitas, sau-
mos reconhecê-los rede que ele pintou dei a senhora que
quase todos, excepto ficou com um ar muito atendeu a chamada,
um verde, mais pe- interessante, por isso disse-lhe o meu nome,
queno. Quando lhe decidi experimentar. número do quarto e pedi
perguntámos o que A minha parede estava tudo na língua dela. Vai-
era, o rapaz disse que óptima, mas havia um dosa com o feito, não
não tinha a certeza, problema. A divisão na percebi o que ela me
mas que ia consultar qual usei este método disse a seguir. Pedi que
a guia de remessa.
decorativo foi a casa de repetisse mais devagar.
Momentos depois,
banho – e possivelmente Ela repetiu – um tudo-na-
voltou e anunciou,
pus demasiados grãos. dinha mais devagar. Por
triunfante:
– Sortido! Durante semanas, sem- fim, ainda em italiano,
BOB MALCOLM, Canadá
pre que tomávamos um pedi-lhe que repetisse em
duche, o vapor conden- inglês. Acho que detectei
sava-se na parede, exsu- um sorriso na voz dela
A mulher que estava dando o aditivo, e um quando respondeu:
à minha frente no escri- café espesso e preto es- – O seu italiano
tório da escola de condu- corria até ao chão. é muito bom!
ção fez um teste visual, GLORIA LEWIS MEG KINGSTON, Grã-Bretanha

primeiro com óculos e


depois sem eles. Quando
acabou, o examinador A minha mulher estava fascinada com
a elegante caligrafia do menu escrito à mão num
disse-lhe:
restaurante chinês. Levou-o para casa e passou
– Aqui tem a sua carta
meses a tricotar uma camisola com caracteres chi-
de condução. Mas tem
neses na parte da frente. Tinha-a vestida num cock-
uma restrição. Tem que
tail quando um médico chinês lhe perguntou onde
usar óculos para condu-
é que fora buscar aqueles símbolos.
zir o seu automóvel. – Retirei-os de um menu – admitiu ela.
– Eu até preciso deles – Sabe o que querem dizer?
para saber onde está – Até tenho medo de perguntar – comentou
o carro – respondeu a minha mulher –, mas diga-me na mesma.
a mulher. – Barato mas bom. M I K E G O O D E L L , EUA
N I C O L E H A A K E , EUA

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«Não se preocupe, minha senhora. A gente segue-lhe o rasto!»

O meu amigo Joe es-


tava a usar um
barco a remos para
Ao atravessar a rua ao
pé de casa, a minha mu-
lher deixou cair a chave
A certa altura, a
minha mulher estava de-
sesperada com a nossa
filha de 5 anos, Landin,
mudar da casa da praia numa sarjeta. Conseguia
por causa da quantidade
do seu irmão para a sua vê-la através da grade
de terra que ela trazia
um pequeno sofá e um numa saliência fora do
para dentro de casa. De-
candeeiro. Com os rema- seu alcance, pelo que
pois de reclamar acerca
dores, o único espaço atou um bocado de fio da quantidade de vezes
livre para a mulher do com um íman na ponta que Landin fora avisada
Joe era em cima do sofá, a um pau e passou-o atra- para tirar as botas lama-
com o candeeiro ao colo. vés da grade. Estava bas- centas, a minha mulher,
Quando as pessoas na tante satisfeita com o seu exasperada, agitou as
praia começaram a apon- engenho, até que uma mãos no ar e bradou:
tar para eles e a rir, Joe pessoa que passava, ao – Às vezes, fico tão
gritou: observar a cena, comen- frustrada que nem con-
– Eu sei que é pequeno, tou: «Sabe que há uma sigo falar!
mas tentamos mantê-lo peixaria mesmo ao virar – Mas falas, mãe – re-
torquiu Landin –, falas!
bem mobilado. da esquina, querida?»
WALLY BAERGEN, Canadá
CONNIE BEAL, Canadá DAVID PITTS, Grã-Bretanha

Um amigo meu ten- N ão existe diferença de gerações entre mim e o meu


tava escrever um discur- colega de curso mais novo, pensei eu. Estava enganado.
so para uma conferência, Quando um professor usou a expressão «disco partido»,
mas estava a ser difícil. um rapaz perto de mim perguntou-me:
– Pensa nisso como
– O que é que isso significa?
uma mini-saia – acon-
– Repetição infinita. Se um disco está riscado, a agu-
selhei-o. – Tem de ser
lha prende e repete a mesma música indefinidamente –
curto, mas cobrir as
PAT BY R N E S

partes importantes. expliquei-lhe.


OLIVER SHIACH, Grã-Bretanha
A sua cara iluminou-se e disse:
– Como um MP3 viciado? CHRISTINA LINDSEY
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«Esta é a nossa filha, a seguir o meu filho do meu


primeiro casamento, depois a filha do segundo
casamento do João, e não faço ideia de quem é o último
da fila.»
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N o ano passado, fui


ver o Carnaval a
Sines com os meus pais e
o meu irmão. Na altura, o
meu irmão, com 18 anos,
vestia umas calças de
ganga e uma camisola de-
masiadamente largas, de
acordo com a moda.
A minha mãe dirigiu-se
à bilheteira e pediu qua-
tro bilhetes.
– São só três bilhetes,
os mascarados não
pagam – disse simpatica-
mente, apontando para o
meu irmão, a senhora da
bilheteira.
MARIA CRISTINA COSTA
ESCÓRCIO, Loures, Portugal

D urante um leilão de
animais de estimação
exóticos, uma mulher U m casal ficava acordado todas as noites pelo ladrar
que tinha ganho uma lici- do cão dos vizinhos do lado.
tação disse ao leiloeiro: – Chega – disse o marido uma noite, saltando da
– Estou a pagar uma cama. – Vou resolver isto!
fortuna por este papa- Quando o marido regressou, a mulher perguntou:
gaio. Espero que fale tão – O que é que fizeste?
bem como você afirma. – Pus o cão no nosso jardim – respondeu. – Vamos
– Garanto-lhe, minha ver se gostam! P H Y L L I S B R O W N , Grã-Bretanha

senhora – respondeu
o leiloeiro. – Quem A enfermeira disse para o médico:
DA N R E Y N O L D S

é que acha que estava – Está um homem invisível na sala de espera.


a licitar contra si? – Diga-lhe que agora não o posso ver – respondeu
SHARON FRANKS, o médico.
in National Enquirer

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Num casamento recente de dois médicos amigos,


o pai da noiva foi ouvido a comentar:
– Não é só o facto de perder uma filha,
U ma noite, o marido
chega a casa com
uma expressão preocu-
pada.
mas também o de ganhar uma segunda – Querida, tenho um pe-
opinião. D E B RA J O N ES, Grã-Bretanha queno problema no traba-
lho ... – começa ele, mas a
mulher interrompe-o:
O bispo falou à congre- –Quando carrego na – Querido, não digas
gação sobre a carência de testa com o dedo, dói-me que tens um problema.
padres e freiras. imenso – queixou-se um Os teus problemas tam-
– Muitos de vós só têm doente ao médico. – E bém são meus, por isso
um filho e deixam-no ir quando faço o mesmo no diz que nós temos um
para outras profissões. queixo, também é doloro- problema.
Propunha que cada famí- so. Até carregar no estô- – Muito bem – diz o
lia tivesse três crianças: mago me faz doer. O que marido, aliviado –, então
uma para o pai, outra é que será? a nossa secretária vai ter
para a mãe e uma para a Atrapalhado, o médico um filho nosso.
Igreja. enviou o doente a um es- ANITA FÜLÖP

Uns dias depois, o pecialista.


bispo estava a fazer com- O homem regressou ao Um homem está
pras numa mercearia médico de clínica geral sentado num bar a
quando viu uma grávida na semana seguinte. afogar as suas mágoas.
da sua paróquia. Mas – O que é que disse o Quando o barman lhe
antes de conseguir dizer especialista? – perguntou pergunta porque é que
«Olá», ela gritou do meio o médico. está tão triste, ele ex-
da multidão: – Tenho um dedo plica que vai para a
Austrália e os amigos
– Este é seu, bispo! partido.
vão dar uma grande
EDWIN KLINE G E O R G E R U S S E L L , EUA
festa. Vai haver música
e dança pela noite fora.

O
Até arranjaram fogo-
s agentes da brigada de trânsito do Alabama -de-artifício.
estavam a aproximar-se de um carro em ex- – Mas porque é que
cesso de velocidade, quando este passou para o es- isso o deprime? – per-
tado da Geórgia. De repente, o agente atrás do guntou o barman, con-
volante parou. fuso.
– O que é que estás a fazer? – perguntou-lhe – Bem – respondeu
o colega. – Estávamos quase a apanhá-lo! o homem –, é que não
– Ele acabou de entrar na zona horária do Leste – fui convidado.
L AW R E N C E B R E N N A N ,
explicou o outro. – Agora leva-nos uma hora de Grã-Bretanha
avanço. S C OT T I E B A R R O N

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A refeição de um
casal acabara de
ser servida num púcaro
de ferro. De súbito, a
tampa levantou-se.
Vendo dois pequenos
olhos atentos, a mu-
lher sobressaltou-se
e a tampa baixou.
– Viste aquilo? –
perguntou ao marido.
– Vi o quê?
Nessa altura, a
tampa levantou-se no-
vamente, revelando os
dois olhos.
– Empregado! – cha-
mou o homem. – Há algo «É frustante não ter a última palavra, não é?»
estranho no púcaro.
– O que é que pediu?
– Galinha-surpresa – Dois amigos à con- O uvi uma mensagem
disse o homem. versa: estranhíssima quando te-
– Oh, peço desculpa, – A minha mulher lefonei para a companhia
senhor – disse o empre- conduzia à maluca, mas de telefones no outro dia.
gado. – Isto é pato à es- rapidamente a fiz per- Dizia: «A sua chamada
preita. M I K E P I LOT T I der esse hábito. foi ter ao departamento
– Como? certo na primeira tentati-
– Disse-lhe que, se va. Isto é contra a política
U m psiquiatra congra- batesse com o carro, da empresa; por favor,
tulou o seu paciente pe- a idade dela apareceria desligue e tente nova-
los progressos que tinha nas notícias. mente.»
feito. ÉVA SZABÓ, Hungria JAY TRACHMAN, in One to One

– Chama a isto pro-


gressos? – gritou o pa- Acabaram de contratar um novo consultor no meu
ciente. – Há seis meses trabalho. Fiz-lhe uma pergunta, a que ele replicou:
DAV I D B R O W N

era Napoleão e agora não «Podia dizer-lhe, mas depois teria


sou ninguém!
de cobrar.» G R EG G S I EG E L
JOHN HERBERT, Grã-Bretanha

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Uma senhora elegante –Se alguém olha para o relógio durante o ser-
conduz o seu carro, caro
mão, não me importo – disse um padre. – O que me
e meticulosamente limpo,
aborrece é quando o tiram e abanam para ver se
ao longo de uma estrada
está a funcionar. T H E S P I R E , Grã-Bretanha
secundária. De repente,
vê um jovem a correr de-
sesperadamente com três
cães a perseguirem-no.
Embora perturbada com
U m vendedor bateu
à porta, e quem veio
abrir foi um garoto de
U m homem comprou
um papagaio, mas
após uma semana ainda
a ideia de que aquele 10 anos a fumar um ci- não tinha conseguido que
jovem todo transpirado garro, com uma lata de ele falasse. Voltou à loja de
lhe vai sujar os estofos, cerveja numa mão e um animais para o devolver,
aceita com relutância que baralho de cartas na mas o dono sugeriu-lhe:
tem de o salvar. Encosta outra. Também tinha – Experimente arranjar-
o carro e grita: um soutien e umas -lhe um espelho. Eles ado-
– Entre! meias de rede enroladas ram ver-se ao espelho e
– É muito simpática – ao pescoço. isso fará que ele fale.
diz o jovem, arquejante, – Olá, jovem – disse o O homem comprou o
instalando-se no banco de vendedor. – A tua mãe espelho, mas mesmo assim
trás. – Poucas pessoas me está? o papagaio recusava-se a
ofereceriam boleia ao – O que é que lhe pa- falar. Uma semana mais
verem que tenho três cães. rece? – respondeu o ga- tarde, voltou à loja e o
ROBYNS KIIZA ODAGA roto. D AV I D N I C H O L S O N dono disse-lhe:
– Tudo bem, tente esta
campainha. A música vai
Um homem entrou num bar. Subiu a parede,
atravessou o tecto e desceu do outro lado. fazer que ele fale.
Depois de beber um whisky duplo, repetiu a coisa Uma semana mais tarde,
e saiu do bar. de novo o homem voltou à
– Aquilo foi estranho – disse um cliente. loja e contou ao dono:
– Sim – concordou o barman. – Normalmente, – Ele olhou para o espe-
ele bebe cerveja. JA M ES W I L D M A N , Grã-Bretanha lho, tocou a campainha,
disse umas palavrinhas e
caiu morto do poleiro.
Médico para pais: Steve sai para a escola. – Oh, não! E o que é que
– Claro que o vosso fi- Lá fora está um nevoeiro o papagaio disse? – per-
lho é superior a todos os cerrado. Ele regressa a guntou o dono da loja.
outros. Não vejo porque casa poucos minutos de- O homem respondeu o
é que ele devia ser a ex- pois e anuncia, feliz: que o papagaio tinha dito:
cepção. – A escola desapare- «Mas essa loja não vende
CHISTES DE TUTIFRUTI ceu, mamã! sementes para pássaros?»
(Selector, Cidade do México)
GÉZA HONTI, Hungria Citado da Internet

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Conversa entre
casal:
– Manuel, compra-
-me uma máquina de
lavar roupa! Estou farta
de a lavar à mão!
– Está bem, Maria.
Amanhã, vou comprar
um dos últimos mode-
los!
No dia seguinte, o
Manuel regressou a
casa com a máquina.
– Aqui tens, Maria,
este é o modelo mais
recente!
Depois de lerem as
instruções, puseram a
roupa a lavar. Tudo ia
bem, até que ...
– Manuel, o que é
que se passa? A má-
quina está a rebentar!
Isto está a girar muito
depressa!
Estava a centrifugar
a roupa. Como a casa
era desnivelada, a má-
quina começou a
«andar» até que che- Um preso pergunta a U m pai mostrava orgu-
gou à porta. outro: lhosamente os seus trigé-
– Manuel, faz qual- – Foste condenado por- meos recém-nascidos ao
quer coisa! Ela vai-se quê? amigo.
embora! – Por nada. – O que é que achas? –
– Eu não te disse
– Ora! Vai contar essa perguntou.
que era o último mo-
DA N R E Y N O L D S

a outro! – Bem, se fosse a ti –


delo? Lavou a roupa,
– A sério, por nada. respondeu o amigo –, fi-
agora vai estendê-la.
Roubei uma carteira, mas cava com este.
Citado da Internet
estava vazia. C H AYA N , Rússia MICHELLE DALY, Grã-Bretanha

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Um músico indigente estava numa esquina a


tocar guitarra. Ao fim de mais ou menos uma hora,
um polícia aproximou-se e pediu-lhe a licença.
Q uando o polícia
de trânsito viu pas-
sar um carro a alta velo-
cidade, mandou-o parar e
O músico confessou que não tinha licença.
pediu ao condutor a carta
– Certo – disse o polícia. – Então vai ter de me
acompanhar. de condução e o registo
– Está bem – disse o músico, encolhendo os om- automóvel.
bros –, o que é que quer cantar? – Fiquei sem carta
DEBRA RAMSEY, Grã-Bretanha após a quinta multa por
conduzir sob o efeito de
estupefacientes – res-
T rabalhando num truque –Se eu estacionar pondeu o homem calma-
novo, um mágico transfor- nestes duplos traços mente. – Dou-lhe o
mou a mulher num sofá e os amarelos e for até ali registo, mas não se as-
filhos em cadeiras, mas não num instante enviar suste quando abrir o
conseguia desfazer o feitiço. uma carta, passa-me porta-luvas, porque te-
«O que fui eu fazer?», pensou. uma multa? – pergun- nho umas quantas armas
«Como é que posso trazer a tou um condutor a um lá dentro. E se revistar o
minha família de volta?» polícia de trânsito. carro, não se surpreenda
Sem ideias, carregou a fa- – Evidentemente – se encontrar drogas e es-
mília toda para dentro da sua respondeu o polícia. trangeiros ilegais no por-
carrinha e correu para o hos- – Mas todos estes ta-bagagem.
pital. Explicou a situação, e a carros estão estacio- Alarmado, o polícia pe-
família foi imediatamente le- nados nos duplos tra- diu reforços. Pouco de-
vada para a sala de operações. ços amarelos – pois, uma equipa da
Horas mais tarde, o cirur- reclamou o condutor. Força de Intervenção
gião apareceu. – Eu sei – respondeu chegou ao pé deles. O
– Como é que eles estão? o polícia –, mas não condutor foi algemado
– perguntou o mágico. me pediram para lhes enquanto a equipa revis-
– Confortáveis. passar uma multa. tava o automóvel.
BOB MEYERSON, EUA ROY BERRY, Grã-Bretanha – Não há drogas nem
armas neste carro, amigo
Dois pescadores encontram-se ao pé do lago. – disse o chefe da equipa
Começam a falar das suas pescarias. Um diz com ao condutor.
orgulho: – Claro que não – res-
– Ontem, tive imensa sorte, apanhei um lúcio com pondeu o homem. – E
um metro de comprimento. suponho que aquele po-
– E eu pesquei um candeeiro aceso – diz o outro. lícia também vos disse
– Estás a mentir! – contesta o primeiro.
que eu ia em excesso de
– Encurta o teu lúcio e eu apago o candeeiro.
velocidade.
HALINA CHMURA, Polónia
DARRELL ELMORE, EUA

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F rank e joe viam o te-


lejornal. Um suicida
encontrava-se no cimo de
uma ponte, e a Polícia es-
tava a tentar dissuadi-lo.
– Aposto contigo cinco
dólares em como o sujei-
to salta – disse Frank.
– Combinado! – res-
pondeu Joe.
Observaram com gran-
de interesse durante uns
minutos, até que o homem
se atirou da ponte.
– Toma os teus cinco
dólares – disse Joe. – Nun-
ca pensei que ele o fizesse.
– Não posso aceitar o
teu dinheiro – confessou
Frank. – Já tinha passado
isto no noticiário das 5.
– Não, não, aceita – in-
sistiu Joe. – Eu também vi
o noticiário das cinco, mas
não pensei que o sujeito
fosse suficientemente es-
túpido para saltar outra D ois homens de negó- –Pode sustentar uma
vez. K AT H Y TA L L M A N , EUA cios discutiam o calibre família? – perguntou
dos jovens empregados o futuro sogro ao noivo
Duas amigas encon- disponíveis hoje em dia. da filha.
tram-se numa loja e – O rapaz do nosso es- Surpreendido, o futuro
uma delas pergunta: critório dá-me cabo dos marido respondeu:
– Sabias que são pre- nervos com a mania de as- – Bom, não. Tinha
cisas três ovelhas para sobiar enquanto trabalha – planeado sustentar ape-
fazer uma camisola?
DA N R E Y N O L D S

disse um. nas a sua filha. O resto


– Eu nem sabia que – Tens sorte – disse o da família terá de se go-
as ovelhas sabiam tri-
amigo. – O meu só assobia. vernar sozinha.
cotar! Citado da Internet
M A RY Q U I N N , Austrália MARY BRENNAN

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U m ricaço de 75 anos andava às compras numa


loja de alta-roda com a sua linda e jovem mu-
lher quando encontrou um velho amigo seu. Olhando
–Doutor, quero pedir
o divórcio porque a mi-
nha mulher está com
para a curvilínea loira debruçada no balcão a experi-
problemas de memória.
mentar um colar, o amigo perguntou: «Como é que
– Anda esquecida?
um velho como tu conseguiu uma mulher daquelas?» – Não, o problema é
O idoso respondeu-lhe: «Foi fácil. Disse-lhe que ti- que se lembra de tudo.
nha noventa anos.» F I O N A G O L D I N G , EUA RAFAEL MACADAR, Argentina

Na praia, um pescador furtivo foi abordado por


um cabo-de-mar que lhe disse que o ia multar por
O director de Recursos
Humanos pergunta ao
apanhar lagostas sem licença.
– O que é que quer dizer? – perguntou o ho- jovem engenheiro, re-
mem. – Eu não infringi a lei. Estas duas lagostas centemente licenciado,
são os meus animais de estimação. Estou só a no final da entrevista
passeá-las. para um emprego:
– Que disparate – respondeu o cabo-de-mar. – Que nível de orde-
– É verdade – disse o homem. – Vão nadar um nado é que pretende para
bocado e quando assobio voltam para mim. começar?
– Tenho de ver isso – disse o cabo-de-mar. Afoito, o rapaz afirma:
Então, o homem lançou as lagostas para as on- – Bem, eu estava a pen-
das e o cabo-de-mar disse: sar em 125 000 dólares,
– Ora bem. Agora, assobie lá para as suas lagos-
dependendo do pacote de
tas de estimação voltarem para si.
benefícios.
– Lagostas? – perguntou o pescador. – Que la-
– Muito bem. E que tal
gostas? T H E J O K ES M I T H
5 semanas de férias, 14
dias de feriados pagos,
–D e acordo com este U m doente todo en- seguro médico e dentário
estudo – diz uma mulher gessado jaz na cama e completo, 100% de equi-
ao marido –, cinquenta por dita uma carta a uma valência sobre a sua con-
cento dos homens são in- enfermeira: «Caro edi- tribuição para a pensão
fiéis às mulheres e os ou- tor! Gostaria de chamar de reforma e um Porsche
tros também seriam se não a sua atenção para o dado pela companhia? –
fosse o seu hobby. Fazes facto de haver uma gra- diz o director.
ideia de qual é o seu lha infeliz na página – Uau! Está a gozar co-
hobby? cinco do vosso manual migo? – pergunta o enge-
– Não faço ideia – res- de instruções Aprenda nheiro.
pondeu o marido. Sozinho a Saltar de – Sim, estou, mas foi
– Não? Já calculava isso Pára-Quedas ...» você que começou – res-
– disse acintosamente a KOMSOMOLSKAYA PRAVDA, ponde o director.
Rússia
mulher. D AV I D N I C H O L S O N Citado da Internet

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U m mecânico está
a desmontar
o motor de uma mota
quando vê na sua oficina
um cirurgião cardiolo-
gista muito conhecido.
Ele olha para o mecânico
a trabalhar. O mecânico
pára de trabalhar e per-
gunta:
– Doutor, posso fazer-
-lhe uma pergunta?
O cirurgião, um tanto
surpreso, concorda e vai
até perto da moto na
qual o mecânico está a
trabalhar. O mecânico le-
vanta-se e começa:
– Doutor, olhe para
este motor. Eu abro-lhe
o coração, tiro as válvu-
las, conserto-as, ponho-
-as de volta e fecho no-
vamente. Quando eu
termino, ele volta a tra-
balhar como se fosse
novo. Porque será que
eu ganho tão pouco e o Duas vizinhas foram E xaminador para can-
senhor tanto quando o a tribunal, cada uma didata à carta de condu-
nosso trabalho é prati- acusando a outra de ção:
camente o mesmo? causar transtorno no seu – Por favor, não fique
O cirurgião dá um sor- prédio. O juiz, fazendo aborrecida, minha se-
riso, inclina-se e fala bai- um esforço para acabar nhora. É verdade que
xinho ao ouvido do com as queixas, disse: chumbou no exame, mas
– Vou ouvir primeiro
DA N R E Y N O L D S

mecânico: agora a sua esperança de


– Tente fazer isso com a mais velha. vida é consideravelmente
O caso foi anulado por
o motor a funcionar ... maior.
falta de testemunhas.
Citado da Internet M. DALMAYER-PIERSE, Holanda

24
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Era o seu primeiro


dia no convento, e a nova
freira, ansiosa, começou
H á mais de uma se-
mana que os miú-
dos andavam a pedir um
–T em de fazer qual-
quer coisa – disse o lavra-
dor, John, ao chefe da
hamster à mãe. Cansada Polícia local. – Os manía-
a roer as unhas. Depois
de os ouvir, acabou por cos da velocidade estão a
de tentar deixar aquele
hábito por força de von- comprar um. matar as minhas galinhas.
tade, com a ajuda de li- Mas como ela temia, No dia seguinte, coloca-
vros e até hipnose, virou- foi ela que teve de acabar ram um sinal perto da
-se para a madre supe- por tratar do animal. quinta: «Devagar – Tra-
riora e pediu-lhe que a Uma noite, desesperada, vessia escolar». Três dias
aconselhasse. sentou-se e perguntou mais tarde, John voltou a
A resposta foi: aos miúdos: telefonar.
– Mude de roupa. – Para que é que vocês – O sinal não faz efeito.
– Mas como é que isso queriam o hamster? As pessoas não ligam.
me vai ajudar? – pergun- Quantas vezes pensam Assim, o chefe da Polí-
tou a nova freira.
que ele já poderia ter cia mandou colocar outro
– É muito simples,
morrido se não fosse eu a sinal: «Devagar – Crianças
você tem um mau «há-
tratar dele? a brincarem». Três dias
bito» – respondeu a
madre superiora. – Não sei! Uma vez? mais tarde, John fez novo
DYLAN VALLIERE
ADAM JOSHUA SMARGON telefonema.
– Posso fazer o meu pró-
prio sinal? – perguntou
O consultório do médico estava cheio de gente, John.
como é habitual, mas o médico continuava no seu O chefe da Polícia con-
ritmo lento. Depois de ter esperado duas horas, um cordou, e três semanas
idoso levantou-se, e quando se dirigia para a saída, mais tarde foi visitar John.
a recepcionista perguntou-lhe: – Como está a funcionar
– Aonde vai? o novo sinal? – perguntou
– Bem, estava a pensar ir para casa para morrer de o chefe da Polícia.
morte natural – respondeu o idoso. SIMON BJERKE – Lindamente – respon-
deu o lavrador –, não mor-
reu mais nenhuma galinha
Um novo estudo do Doente – Sinto-
-me como um cão.
desde que o coloquei.
Governo revelou que o Pensando que um sinal
carro médio americano Médico – Há tão eficaz poderia ser útil
pesa mais 210 kg do que quanto tempo lhe noutro local, o chefe da
há dez anos atrás. No en- acontece isso? Polícia foi vê-lo. O novo
tanto, isto só é verdade se sinal dizia: «Colónia de
Doente – Desde
um americano médio es- nudistas – Vá devagar
tiver sentado no carro.
que era cachorro. e tenha cuidado com
Citado da Internet
CONAN O’BRIEN in Late Night (NBC) as miúdas.» Citado da Internet
25
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A equipa de futebol
profissional tinha
acabado o treino quando
um peru entrou, emperti-
gado, para o relvado e
disse ao treinador:
– Eu quero tentar jogar.
Espantados, os jogado-
res olharam para a ave
que fazia remate após re-
mate até à linha de de-
fesa. Trinta minutos
depois, o treinador já
tinha visto o suficiente
e disse:
– Tu és excelente. Ali-
nha com a nossa equipa e
terás um enorme bónus. «Não, não ... 4x4 não, 2x2!»
– Esqueça o bónus. Eu
só quero saber se a época
de futebol vai para além No primeiro dia de au- Um baterista estava
do Natal – respondeu las, uma professora da farto de ouvir dizer que
o peru. Citado da Internet pré-primária pede a uma «qualquer um pode to-
das meninas na sala: car bateria» e decidiu
Paciente para psi- – Por favor, diz-me tocar outros instrumen-
quiatra: o teu número de telefone tos.
– Estou tão infeliz. e morada. Entrando numa loja de
Ninguém gosta de mim. A menina dá-lhe a res- música, disse para o fun-
– Isso não é verdade. posta correcta imediata- cionário:
Eu gosto de si – disse mente, por isso a – Vou levar aquele
o psiquiatra.
professora, espantada, trompete vermelho e o
– Pois, isso diz: acordeão do canto.
é tudo muito boni- – Muito bem! Como – Bem – respondeu
to, mas eu é que é que aprendeste isso? o funcionário, confuso. –
não posso pagar – A minha mãe enco- Pode levar o extintor,
a toda a gente. menda pizas todos os mas o radiador tem
Friends of Royal Perth Hospital dias. de ficar.
News Sheet, Austrália
ESMELINDA CONTRERAS, EUA JO MARTEN, Grã-Bretanha

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D uas mulheres de ida-


de que se detestavam
encontraram-se numa
U m cowboy muito
devoto perdeu
a sua Bíblia preferida
Jake estava com di-
ficuldade em transportar
duas enormes malas
festa. A primeira per- enquanto andava a re- quando um estranho se
guntou: parar cercas na pasta- aproxima e pergunta:
– Ena, são pérolas ver- gem. – Tem horas?
dadeiras? Três semanas depois, – Seis horas – res-
A outra respondeu: uma vaca aproximou-se ponde o Jake, olhando
– Claro que sim! dele com a Bíblia na para o pulso.
– Hoje em dia, há tan- boca. O cowboy nem – Bonito relógio, obri-
tas imitações que a única queria crer no que via. gado – diz o estranho.
maneira de sabermos se Tirou o livro da boca da – Obrigado. Fui eu
são verdadeiras é mordê- vaca, levantou os olhos que o fiz. Ele diz as
horas alto em qualquer
-las – escarneceu a pri- ao céu e disse:
cidade e em qualquer
meira. – É um milagre!
língua. Além de integrar
– Pois, mas para isso – Nem por isso – um GPS e um MP3 – in-
são precisos dentes ver- disse a vaca. – O teu forma o Jack.
dadeiros – respondeu a nome está escrito na – Uau! Quanto é que
segunda. contracapa. custa? – pergunta o
BABUR HUSSAIN, Paquistão ROMAN WILBERT, EUA homem.
– Este é o meu protó-
U m padre, um médico e um advogado estavam tipo. Não está à venda –
atrás de um grupo de jogadores de golfe particu- responde o Jack.
larmente vagarosos. Depois de três buracos, quei- – Dou-lhe mil dólares
xaram-se ao encarregado do campo. O homem – diz o estranho.
explicou ao grupo: – Não posso – diz o
Jake. – Não está pronto.
– Desculpem, mas estes senhores perderam a
– Dou-lhe cinco mil
visão ao salvar o nosso clube de golfe de um fogo no
dólares – insiste o
ano passado, por isso deixamo-los jogar a qualquer
homem.
hora sem pagarem. E com isto deixa-lhe
– Mas que pena. Esta noite, vou rezar uma oração um monte de notas,
especial por eles – comentou o padre. agarra o relógio e parte.
– Boa ideia. E eu vou falar com o meu amigo oftal- Jake corre atrás dele
mologista para ver se ele pode fazer alguma coisa com as malas a gritar:
por eles – disse o médico. – Espere aí, não se
– Humm! Então, porque é que eles não jogam esqueça das baterias.
à noite? – argumentou o advogado. Citado da Internet MICHAEL E EDITH MILLER

Professor: «O que devo fazer para repartir onze batatas


por sete pessoas?»
Aluno: «Puré de batata, senhor Professor!» Citado da Internet

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A Polícia chegou
ao local do crime
e encontrou uma mulher
morta no chão da sala,
com um taco de golfe ao
lado do corpo. Um polí-
cia perguntou ao marido:
– É a sua mulher?
– Sim.
– Matou-a?
– Sim – respondeu
o marido.
– Parece-me que deu
oito tacadas nela com
este taco de ferro n.º 3.
É verdade? «Importas-te que eu passe à frente?
É que eu só tenho este saquinho ...»
– Sim – respondeu o
marido –, mas não mar-
que aí mais do que cinco.
GRAHAME JONES, Grã-Bretanha
Entrei numa loja
de animais e perguntei:
– Posso comprar um
D urante uma reunião
religiosa, o evangelista
pediu às pessoas carencia-
peixe? das que subissem ao palco.
U m escocês idoso está – Deseja um aquário? – Perguntou ao primeiro:
a festejar os seus 94 anos. perguntou o dono da loja. – Irmão, o que é que te
Por brincadeira, os seus – Não me interessa de preocupa?
amigos contratam uma que signo é. Quero ape- – A minha audição –
massagista loira de 1,80 m. nas um peixe. respondeu o homem.
Ela chega a casa do ani- STUART COLLINSON O evangelista enfiou o
versariante e diz-lhe com dedo no ouvido do
uma voz maliciosa: Uma mulher caridosa homem, rezou e a seguir
– Estou aqui para lhe diz para um pedinte perguntou-lhe:
oferecer supersexo. cego: «Mas na semana – E agora, como é que
Depois de uns momen- passada era surdo- está a tua audição?
tos, o velhote, que é um -mudo!» – Não sei, é só na pró-
pouco surdo, responde: «Veja lá, vou de uma xima terça-feira – respon-
– Prefiro a sopa, desgraça para outra», deu o homem.
se faz favor. respondeu ele.
DALTON ROBERTS
M A N U E L S Á N C H E Z , Peru in Joyful Noiseletter
P. GASKIN, Grã-Bretanha

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JOSEPH FARRIS
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D ecorriam os exer-
cícios militares no
campo de instrução. Si-
mulava-se um ataque do
«inimigo», tendo sido
necessário evacuar al-
guns residentes de casas
próximas do teatro de
operações.
Uma senhora idosa
resolveu aproveitar o
dia para visitar a filha,
que vivia nas redonde-
zas, e no percurso teve
de atravessar uma pe-
quena e rústica ponte de
madeira. Ao fazê-lo, foi
interceptada por um as-
pirante, informando-a
de que não poderia se-
guir, pois a ponte fora
há pouco destruída. A
E stava na margem de um lago em Fort Polk, Lui- senhora, estupefacta, re-
siana, a mostrar a alguns soldados como usar uma torquiu:
bússola, quando ouvi um sobressalto colectivo do – Mas a ponte está
grupo. Voltei-me e vi um enorme crocodilo agachado aqui em bom estado!
na lama, a cerca de 2 metros de mim. Antes que pu- Como resposta, e
desse fugir para salvar a vida, um dos meus homens mantendo a sua afirma-
disse-me que não era preciso correr. ção, o aspirante interro-
– Não se preocupe, meu sargento, ele não está gou um cabo que estava
a mexer-se – gritou ele. – Também adormeceu a ouvi- sentado, assistindo a
-lo. L A R RY T H O M P S O N todo o diálogo:
– Nosso cabo, não é
Quando estava colocado na Base da Força Aérea de verdade que a ponte foi
Tinker, em Oklahoma, tínhamos um sargento que se certi- bombardeada há pouco?
ficava de que todos sabiam quem mandava ali.
Resposta pronta do
– Você tem uma risca no ombro e eu tenho quatro – gri-
cabo:
DA N R E Y N O L D S

tava ele na cara de um piloto. – Isso faz de si nada! Quando


eu falo, espero que se mexa. Porque quem manda sou eu! – Não sei, meu aspi-
– Grande coisa – retorquiu o piloto, imperturbável. – rante, porque morri
Um sargento que manda em nada! M A RV I N WA R D ontem. A N Í B A L M A R Q U E S ,
Lavradio, Portugal

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Q uinze anos de vida


civil abençoada aca-
baram quando me realis-
tei, recentemente, na Força
Aérea nacional. Levei
tempo a entrar no ritmo,
e, após um dia particular-
mente difícil, perdi a hora
da refeição, o que signifi-
cava que o jantar seria
uma desagradável
RPC: refeição
pronta a comer.
Ao sentar-me no meu
A bordo do USS Tarawa por seis meses, o meu
beliche, olhando fixa- irmão, Don, colou uma fotografia do seu querido
mente para o «jantar», camião no seu cacifo. Visto que os camaradas tinham
observei para um piloto fotografias das namoradas, era frequente gozarem
muito jovem: «Bem, pa- com ele por causa do seu objecto de adoração.
rece que temos de nos ha- – Riam-se à vontade – dizia-lhes Don. – Ao menos,
bituar a esta vida dura.» o meu camião ainda vai lá estar quando eu chegar
«Meu, não me digas a casa! S H E R RY TO M B O C , EUA

nada», retorquiu ele. «Só


temos os canais básicos Chegou a altura de Cansado do mesmo
da televisão por cabo!» fazer as imunizações corte de cabelo de sem-
KINGSLEY SLONE anuais na nossa base pre, feito pelo barbeiro
aérea no ultramar. Para da base, em Fort Dix,
Não me apercebera nos vacinarem a todos o Nova Jérsia, fui até
de que tinha estado fora mais depressa possível, à cidade para cortar
tanto tempo. Depois de pediram ao cirurgião- o cabelo. A cabeleireira
20 meses no mar, o meu -veterinário para dar uma reparou no meu sotaque
navio chegou a San ajuda. Eu fui vacinado e perguntou de onde
Diego, e assim que pus pelo veterinário. eu era.
os pés em terra telefonei – Boa! – disse eu –, foi – Trindade – disse eu.
para casa: «Estou,
tão suave que mal senti. – Isso é na Arábia?
mãe?», disse eu. «Quem
– Tenho de ser suave – – Nas Caraíbas.
fala?», perguntou ela.
respondeu ele. – É que os – Nunca fui boa em geo-
«Ei, sou filho único!»
meus doentes mordem. metria – declarou ela,
F EG G O

JOHN NEDDERMAN, EUA


ANTONY MWANGI, EUA rindo. G É R A R D D ’O R N E L L A S
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A quando da
II Guerra Mundial,
Portugal reforçou a guar-
nição militar nos Açores
mandando para lá algumas
unidades do continente.
Por carência de aloja-
mentos, alguns militares
ficaram aboletados em
casas de hóspedes – que
foi o caso de um oficial. A
casa de banho era defi-
ciente, pelo que foram so-
licitadas obras de
beneficiação. A proprietá-
ria prontificou-se a tal,
«E estes são para manter as aparências.» mas alegou que não en-
contrava pessoal que as
P atrulhar as ruas de Bagdade é um trabalho tenso. executasse. Assim, o dito
Uma das coisas que nos acalma é repartir guloseimas oficial disponibilizou os
com os miúdos. Um dia, inclinei-me no jipe e atirei doces seus homens para faze-
às crianças. Estava a apreciar os sorrisos delas, quando re- rem o trabalho.
parei num homem a olhar para mim com um ar carran- Uma noite, já todos dor-
cudo, depois de alguns doces lhe terem caído aos pés. miam quando foram acor-
– O que é que se passa com aquele sujeito? – per- dados pelo batucar das
guntei ao nosso artilheiro. obras. Os hóspedes foram
– Estava a colocar cimento – explicou-me. queixar-se à dona da casa,
JENNIFER TWITCHELL que prontamente foi falar
com o oficial. Pedidas des-
Nunca se vira dois soldados mais maçaricos que culpas, as obras pararam.
eu e o Fred no dia em que chegámos à recruta. Fomos Passada uma hora, porém,
destacados para o posto de sentinela, e pouco depois foi mandado recomeçar o
um oficial aproximou-se do Fred. «Alto! Quem vem trabalho com o seguinte
lá?», gritou o Fred. O oficial identificou-se e esperou argumento: «Rapazes,
por uma resposta. E esperou … «O que é que se passa, agora já estão todos a dor-
soldado, não se lembra do que vem a seguir?» «Não»,
mir, vamos lá a continuar.»
IAN BAKER

respondeu o Fred. «E não dá nem mais um passo en-


JOSÉ DE MATOS DUQUE,
quanto eu não me lembrar!» L . E D M O N D WO L F E , EUA Lisboa, Portugal

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A listar-me na Força
Aérea foi um sonho
tornado realidade. E
quando me sentei no lugar
do co-piloto durante uma
sessão de introdução ao
cockpit, estava desejoso de
impressionar o meu ins-
trutor. Percorri rapida-
mente o labirinto de
mostradores e alavan-
cas no painel de instru-
mentos, designando
cada um e descrevendo as No Iraque, só para con- A minha filha regres-
suas funções com grande seguir que a balança da sou do Iraque num avião
detalhe. Até que deparei nossa clínica funcionasse civil. Antes de embarcar,
com um que tinha imen- como devia ser, eram ne- o seu batalhão passou
pelo detector de metais.
sos números. cessários muitos pontapés
Ela esquecera-se de que
«O que é isto?», per- e abanões. Um dia, ao
tinha no bolso o seu cani-
guntei. «É o relógio», fazer a minha rotina de ve-
vete suíço, que foi confis-
respondeu o instrutor. rificação de peso, um mé- cado. Aborrecida, juntou-
FAISAL MASOODI dico passou por mim. Ao -se aos outros soldados,
observar como eu batia na que entravam calma-
Quando o meu marido balança com os pés, ele co- mente no avião com as
foi destacado para Fort mentou: «Está a matar o suas espingardas M16 a
Knox, no Kentucky, foi- mensageiro?» D AW N N E H L S tiracolo. M I C H A E L D E LU CA
-nos dito que não podía-
mos viver juntos fora da
base militar. Ele teria de
U m par de óculos de visão nocturna é um objecto bas-
ficar nas casernas com os tante dispendioso para os cofres do exército. Por isso,
outros. O meu marido su- antes do exercício nocturno, ao entregar uns óculos des-
plicou ao sargento que ses a um recruta com reputação de perder coisas, o meu
resolvesse o assunto. Mas genro teve o cuidado de o avisar: «Segure bem neles!»
não serviu de nada. Depois do exercício, o meu genro encontrou o sol-
– Filho – disse o sar- dado, que lhe disse: «Tenho boas e más notícias.»
gento –, se o Exército qui- – Perdeu os óculos de visão nocturna?
sesse que tivesses uma
GARRINCHA

– Não, claro que não.


esposa, ter-te-íamos des- – Então quais são as más notícias?
tacado uma. D I A N E RAY
– Perdi o jipe. C O N N I E S TA C Y

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Q uando fui militar,


estive colocado, en-
quanto adjunto do Co-
mando da 7.ª Bateria do
Regimento de Artilharia de
Costa, no Outão, Setúbal.
O local era isolado e os
soldados ao fim de algum
tempo começavam a ficar
irrequietos. Assim, havia a
norma de lhes dar um dia
de dispensa com alguma
periodicidade.
O soldado Esteves era o
expoente máximo da alegria
e da boa disposição, mas um
dos soldados mais problemá-
ticos. Quando lá cheguei, já
ele estava no fim do serviço
militar e impedido de sair do
regimento, excepto nas dis-
pensas de curta duração. Na minha qualidade de fisioterapeuta, estava a traba-
Sabendo que eu era novo lhar com um coronel reformado do Exército. Durante
como adjunto do comando, parte da sua recuperação, fiz que ele andasse para trás
solicitou um pedido de dis- e para a frente, mantendo os olhos fixos em mim.
pensa por 4 dias, com o argu- – Coronel, anda melhor para trás do que para
mento de que tinha que ir a frente – brinquei.
registar um filho concebido – Sim – replicou ele, impassível. – O meu batalhão
durante a última dispensa. batia muito em retirada. JENNIFER SEKULA

O expediente ia resul-
tando, não fora o facto de na O meu tio era major do Exército e tinha
verificação dos registos que acabado de se apresentar ao serviço na Alemanha.
entretanto efectuámos a úl- Passou pelo bar da messe de oficiais e, perante uma
tima dispensa de três dias ter tão grande variedade de petiscos, perguntou ao praça
que estava por detrás do balcão:
DA N R E Y N O L D S

sido obtida, havia 10 meses,


com os mesmos argumentos. – De que é que gosta mais aqui, soldado?
JOSÉ MANUEL REIS TABORDA,
A resposta foi rápida:
Belas, Portugal – Da disciplina, meu major! A LV I S S H E RO U S E , EUA

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AI!
THOMAS MCLAUGHLIN
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–E ste hotel é pés-


simo! – queixou-
-se um cliente, ao dirigir-
-se à recepção para pagar
a conta e partir.
– O que se passou? – in-
quiri.
– Não consegui dormir.
De 15 em 15 minutos, era
acordado por um enorme
som de batidas!
Pedi desculpa pelo baru-
lho e despedi-me dele.
Uns minutos depois, apa-
receu um casal. Nova-
mente, cometi o erro de
perguntar como é que
tinha sido a estada deles.
– Terrível! – responde-
«Dentro do seu orçamento é o que se arranja ... » ram. – O sujeito no quarto
ao lado ressonava tão alto
Uma artista minha amiga trabalhava para a que tínhamos de bater na
Polícia, desenhando os rostos de suspeitos de cri- parede de 15 em 15 minutos
mes, com base em descrições fornecidas pelas tes- para o acordar!
temunhas. Na maior parte dos casos, as pessoas KEITH MELCHER
eram bastante boas a descrever os criminosos, mas
às vezes ela tinha de desistir. Por exemplo, uma vez
uma senhora disse-lhe: «Bem, ele é um bocadinho
P assar o fio dental nos
dentes provoca-me uma
parecido com o tio Robert, mas não tão alto, e há
dor enorme. Mas o meu
qualquer coisa nele que me faz lembrar o Sr. Jones
que vive ao cimo da rua.» D E B O RA H M E RC E R
dentista insiste nisso.
– Dói-me tanto tocar em
alguns dos meus dentes –
Antes de pedirem o divórcio, muitos casais infelizes queixei-me.
do Colorado vêm ao nosso tribunal civil para obter – Está bem, vamos fazer
DAV E C A R P E N T E R

uma «dissolução de casamento». Alguns relaciona- o seguinte. Passe o fio den-


mentos, como se sabe, são piores do que outros. tal só nos dentes que quer
O que poderá explicar porque é que um homem queria preservar – propôs ele.
obter uma «desilusão de casamento». R E N É M O R R O N E DENISE MCCONKEY

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A segurança é uma
preocupação
enorme na fábrica
onde trabalho. Por
isso, estou cons-
tantemente a
pregar sermões
sobre precau-
ção aos funcio-
nários que
supervisiono.
– Alguém sabe
qual é o limite de
velocidade no nosso
parque de estaciona-
mento? – perguntei a uns
quantos sujeitos.
«Desculpa, querida, mas agora não posso sair.» O longo silêncio que
se fez sentir foi interrom-
pido quando um deles
U m homem bem vestido entrou no nosso banco para perguntou:
comprar cinco moedas de dólar de prata, as quais ia – Isso depende.
oferecer como prendas. Quando entramos ou
«Quanto é que custam?», perguntou ele quando quando saímos do traba-
lhe entreguei as moedas. «São cinco dólares», disse lho? T H O M A S E Y BY E , EUA

eu. Devolvendo-mas, ele disse: «Esqueça. São muito


caras.» JOE SIMMS
Após uma longa

O julgamento civil arrastava-se, e todas as pes-


soas no tribunal, incluindo o meu antigo chefe,
o juiz, deram por elas a travar uma batalha perdida
palestra sobre dese-
nho, dei uma tarefa
à minha turma de arte
– desenhar um auto-
contra o tédio. O primeiro a adormecer foi o oficial
-retrato. Um jovem da
de diligências. Depois de o seu ressonar começar a
fila da frente levantou
interromper o depoimento de uma testemunha, um
o braço.
dos advogados aproximou-se para falar com o juiz.
– De qualquer pes-
M I K E LY N C H

– Hum, Meritíssimo, devo acordá-lo? – perguntou.


soa? – perguntou.
– Deixe-o estar – respondeu o juiz. – Ele é a única
STEPHEN STOKES
pessoa entretida neste tribunal. JACKIE REEVES

37
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Q uando uma mulher


chamou o 112, quei-
xando-se de problemas
respiratórios, o meu ma-
rido, Glenn, e o seu colega
– ambos paramédicos –
apressaram-se para sua
casa. O Glenn colocou-lhe
um sensor no dedo para
medir a tensão arterial e
as pulsações.
– Qual é a sua idade? –
perguntou ele.
– Cinquenta e oito – res-
pondeu ela, olhando para a «Porque é que os nossos empregados querem algo
máquina, que apitava no intangível como um seguro de saúde quando podem
seu dedo. – O que é isso? ter esta caixa de primeiros socorros?»
– É um detector de men-
tiras – replicou o Glenn
com uma cara muito séria. Uma mulher foi à nossa loja de fotocópias levan-
– Agora, que idade é que tar um pedido enorme de cópias. Enquanto espe-
rava, pediu-me para fazer uma fotocópia da sua
disse que tinha?
carta de condução, certidão de nascimento e passa-
– Sessenta e sete – res-
porte. Quando lhe disse o total a pagar, ela pergun-
pondeu a mulher, envergo-
tou se podia pagar com cheque.
nhada. S A R A H S C H A F E R , EUA – Claro – respondi eu automaticamente. – Só preciso
de algum documento de identificação. J E R E M Y D O L P H
Um homem veio ao
nosso optometrista para
um exame à visão, Trabalho num lar de idosos. Um dia, antes de servir
acompanhado pela sua o almoço, reparei numa mulher com dificuldade em atar
mulher. Quando pergun- o seu bibe. Parei o que estava a fazer para ajudá-la, e ela
támos se ela também recompensou-me com um «obrigada» e um beijo no
vinha fazer o exame, ele rosto. Um homem sentado à mesa também, a olhar para
respondeu: «Não. Sou nós, disse: «Também quero um!»
analfabeto. Ela veio só Dirigi-me a ele, inclinei-me e dei-lhe um beijo.
C . S . C A LV E R T

ler as letras por mim.» – Foi muito simpático da sua parte, mas eu estava
CLAIRE HAFFNER,
a falar do bibe – disse ele educadamente.
Grã-Bretanha
AUDREY HARRIS, Canadá

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T inha criado uma em-


presa sediada em
casa e avisei os meus filhos
de que, se atendessem tele-
fonemas, tinham de ser
amáveis e profissionais.
Uma manhã, estava a es-
tender a roupa no jardim
quando tocou o telefone.
O meu filho de 14 anos
atendeu. Quando a pessoa
perguntou se podia falar
com a Sra. Green, ele viu-
-me no jardim e respondeu:
– Com certeza, minha
senhora, mas terá de es-
perar um momento.
Neste momento, ela está
«Perdi as chaves.»
ocupada noutra linha.
J. GREEN, Grã-Bretanha

Há uns anos, quando trabalhei num banco, um dos


Ali estava eu, no meu gerentes entrou no cofre para preparar o dinheiro do
primeiro dia como recep- dia para os caixas. Quando ligou um cliente a pergun-
cionista, a atender uma tar por ele, a funcionária que atendeu o telefone in-
chamada telefónica após formou-o de que o gerente estava ocupado.
outra, como uma profissio- – Ele não pode vir agora ao telefone – disse ela. –
nal experiente, quando Está preso na cave. N A N A H E N S L E Y, EUA

uma funcionária parou


diante da minha secretária. Estava a trabalhar na minha loja da vila quando re-
– Alguma vez fez isto? – parei que um cliente tinha deixado o telemóvel em
perguntou ela. cima do balcão. Percorri os números da agenda
– Não – respondi. e encontrei um que dizia «Mãe». Telefonei e, quando
– Bem me parecia. Aca- a senhora atendeu, contei-lhe o que se tinha pas-
bou de dizer a quem tele- sado. Depois, voltei ao meu trabalho. Cinco minutos
fonou: «A pessoa que depois, o telemóvel tocou. Antes de poder articular
pretende está de férias. fosse o que fosse, uma mulher disse: «Martin,
Quer aguardar?»
deixaste o teu telemóvel na loja da vila.»
RO B E RT CO O M B S, Grã-Bretanha
AMANDA HORTON, EUA

39
001-041-BookletMiolo 11/06/22 16:18 Page 40

V iajando por Espa-


nha, eu e a minha
amiga Amy absorvemos a
cultura local, empantur-
rámo-nos de excelente
comida e, basicamente,
entregámo-nos a todos os
nossos caprichos. Um
dia, entrámos numa loja
que tinha os casacos mais
giros que jamais tínha-
mos visto. Enquanto ex-
perimentávamos uns
quantos, reparámos nas
expressões estranhas dos
empregados da loja. Não
sabíamos porquê, até que
uma cliente amável, que Q uis a sorte que me saísse o nome da minha direc-
falava inglês, se apiedou tora para a Festa Secreta de Natal da nossa escola.
de nós. Era o meu primeiro ano como professor e não fazia
– Desculpem – disse ela. ideia do que havia de lhe oferecer. Comentei algumas
– Isto é uma lavandaria. ideias com colegas, mas a resposta era sempre
ROSIE SPIEGEL a mesma: «Ela já tem isso.»
Desesperado, perguntei a um amigo médico:
O meu primeiro recital – O que é que se dá a uma mulher que tem tudo?
de piano foi interrompido Ele pensou durante um momento antes de me dar
pelo ressonar de um es- a sua solução para tais casos:
pectador na fila da frente. – Penicilina. D A L E D AV I S

– Minha senhora – pedi


à mulher sentada ao lado No departamento de recursos humanos da
do culpado –, por favor enorme empresa onde trabalho, recebo justificações
acorde esse homem e diga- de faltas de todos os empregados. Com o passar dos
-lhe para parar de resso- anos, ouvi todas as desculpas, desde as mais razoáveis
nar! («Não tinha água quente») até à duvidosa («O meu cão
– Talvez deva ser você a pode ter raiva»). Mas, no outro dia, ouvi uma verdadei-
acordá-lo – respondeu-me ramente nova no meu atendedor de chamadas.
«Não irei hoje», anunciava o meu colega ausente. «Tele-
ela. – Afinal, foi você que o
F EG G O

fonarei mais tarde com uma desculpa.» K AT H Y P R I C E


adormeceu. I R V I N G F I E L D S
40
000-BookletCapa 11/06/22 15:58 Page 1

SorrisoFinal

48 páginas
para RIR
e DESCONTRAIR
RIR É O MELHOR REMÉDIO OSSOS DO OFÍCIO
GLEN LIEVRE

«Não há nenhum problema consigo,


você é um Picasso.» FLAGRANTES DA VIDA REAL PIADAS DE CASERNA
PALAVRAS CRUZADAS

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