Humanas Disciplina: Filosofia Docente: Flávio Luiz Discente: Julia Eduarda Costa de Lima. Turma: 01 Período: 2023.2
1) Caracterize argumentativamente a função do crítico cultural para
Adorno. Theodor Adorno foi antes de tudo um filósofo do século XX responsável pela fundação da Escola de Frankfurt, que, juntamente com o materialismo dialético de Karl Marx, formou a base do seu trabalho. O autor utiliza a crítica interna como ferramenta de resolução de problemas, referindo-se ao ato de criticar para se opor ao sistema totalitário, e propõe o preceito último de sua filosofia: ressignificar os conceitos já existentes na vida contemporânea. A partir disso, os filósofos veem a indústria cultural como um problema para a democracia liberal americana, cujo propósito é propagar o mito das origens da nação, encapsulado na narrativa dos heróis americanos que lutam pela civilização, e induzir o público a aceitar o consumismo baseado na massificação. Theodor Adorno destacou que além de serem avaliadores de elementos culturais, os críticos culturais também incorporam o conservadorismo cultural. Contudo, este comportamento pode levar à transformação de relíquias culturais em produtos puramente comerciais, perdendo a sua essência. O papel do crítico é, portanto, influenciar a distribuição dos produtos culturais, agindo como regulador da qualidade. 2) Com base no capítulo X de “As palavras e as coisas” de Michel Foucault, caracterize argumentativamente o nível arqueológico da episteme moderna. Primeiramente, Michel Foucault foi um filósofo francês, embora tenha sido formado em epistemologia francesa, ele não aderiu mais à epistemologia francesa porque seu objetivo não era encontrar leis científicas na história da filosofia, mas encontrar condições filosóficas construtivas para a possibilidade de história. Humanidades. Com isso, acabou se envolvendo com a arqueologia, que envolve a análise da composição das ciências humanas. Nesse sentido, o autor utiliza um conjunto de enunciados conhecidos como práticas discursivas, que são expressões verbais ou não verbais legitimadas por uma instituição, como ferramentas de questionamento com o objetivo de criar um campo de conhecimento. O conhecimento é definido como um conjunto de práticas discursivas, com uma rede de inter-relações entre diferentes áreas do conhecimento, sendo, portanto, uma condição da ciência.
A partir disso, ele via as ciências humanas como um corpo de conhecimento
baseado em aproximações do domínio empírico. Dessa forma o filósofo desenvolveu seu argumento denominado “a priori histórico”, o que significa que as representações humanas adquirem um acúmulo de duas funções, seja como coisas empíricas a serem estudadas, seja como antecedentes de tal experiência. coisa. Assim, ele formulou a episteme como um sistema de declarações heterogêneas inter-relacionadas que expressam os preceitos de uma época. Portanto, Foucault conseguiu a transformação do conhecimento clássico para o conhecimento moderno, explorando a transformação das estruturas de conhecimento ao longo do tempo. Na episteme clássica, as áreas do conhecimento são constituídas pela homogeneidade do conhecimento, de modo que cada área do conhecimento segue a mesma ordem e o mesmo conceito de verdade. Desde o século XIX, o campo da arqueologia foi dividido em três níveis arqueológicos. Na episteme moderna, o primeiro nível é definido por uma sequência caracterizada por deduções e ligações lineares de proposições óbvias, consistentes com a matemática e as ciências físicas. O segundo nível são os campos do conhecimento como linguagem, vida, produção e economia, que estão interligados com base em relações causais e constantes estruturais. No terceiro nível arqueológico, há uma reflexão filosófica que afeta os campos da linguagem, da biologia e da economia, mantendo um elo comum: a formalização do pensamento. Em princípio, Michel Foucault foi um filósofo francês que deixou de aderir a Epistemologia Francesa, apesar de ser formado por ela, porque ele não tinha o objetivo de encontrar as regularidades científicas na história da filosofia, mas sim, achar a condição de possibilidade de construção das ciências humanas. Com isso, ele acaba se envolvendo na Arqueologia, que se constitui na análise da constituição das ciências humanas. Nesse sentido, o autor utiliza de um conjunto de enunciados — que são expressões verbais ou não-verbais legítimadas por uma instituição — denominado de práticas discursivas, como ferramenta de questionamento com a finalidade de criar um campo do saber. O saber é definido como um conjunto de práticas discursivas com uma rede de inter-relacões entre diversas áreas de conhecimento, sendo assim uma condição para a ciência. A partir disso, ele considera as ciências humanas como conjunto de saberes, com o fundamento de aproximação de campos empíricos. Deste modo, o filósofo apresenta sua tese chamada “Apriori Histórico”, que significa ser um acúmulo de duas funções, que a representação acerca do ser humano ganha, seja enquanto coisa empírica a ser estudada, seja enquanto fundamento transcendental desta coisa empírica. Assim, ele formula a episteme enquanto sistema de enunciados heterogêneos interligados que expressam os preceitos de uma época.
Portanto, Foucault aborda a transição da episteme clássica à moderna explorando a
transformação das estruturas de conhecimento ao longo do tempo. Na episteme clássica, o campo do saber se constitui com uma homogeneidade de conhecimento, assim, toda área do conhecimento seguia as mesmas ordenações e os mesmos conceitos de verdade. A partir do século XIX, o campo arqueológico se divide em três níveis arqueológicos. Na episteme moderna, o primeiro nível se define pela ordenação caracterizada pelo encadeamento dedutivo e linear de proposições evidentes, que está alinhada às ciências matemáticas e físicas. No segundo nível, as áreas de conhecimento da linguagem, da vida, da produção e da economia, contém uma interligação entre si pautada em relações causais e constantes da estrutura. Já no terceiro nível arqueológico, há uma reflexão filosófica que influencia áreas da linguagem, da biologia e da economia, mantendo uma ligação comum: a formalização do pensamento. Em suma, o pensamento coletivo se volta para a linguagem e representação, nessa modernidade surge o conceito de homem, além disso, é destacado que as mudanças no conhecimento humano foram cruciais para a construção das ciências humanas. A episteme moderna foi a condição de possibilidade determinante para formulação das ciências humanas.
Síntese das aulas e do livro Estudos do Discurso: Perspectivas Teóricas para a disciplina Tópicos Especiais em Processos de Subjetivação I do Mestrado em Comunicação