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Caderno
António Neto
FEP 2009/2010
Nota Prévia: O material aqui apresentado destina-se única e exclusivamente para fins
académicos. Tratando-se de um trabalho amador, não está livre de erros ou de qualquer outro
tipo de falhas, pelas quais o seu autor não se responsabiliza.
Índice
Parte I – Estratégias Alavancadas ........................................................................................ 3
1.1) Vendas Curtas (Short-Selling) ............................................................................................ 3
1.2) Compras na Margem (Margin Buying) ............................................................................ 4
1.3) Alguns Tipos de Margem .................................................................................................... 6
Parte II – Colocação de Títulos ............................................................................................. 7
2.1) Colocação e Emissão de Títulos ......................................................................................... 8
2.2) Tipos de IPOs ...................................................................................................................... 9
2.3) Outras Ofertas Públicas.................................................................................................... 10
2.4) Tipos de Contratos para a colocação de Emissão ............................................................ 10
2.5) Períodos de Silêncio nas emissões (Caso EUA) ................................................................ 12
2.6) Reverse IPO (Reverse Takeover) ...................................................................................... 12
2.7) Algumas Ordens de Bolsa................................................................................................. 12
Parte III – Mercado Cambial ............................................................................................... 17
3.1) Factores que influenciam as taxas de câmbio ................................................................. 19
3.2) Classificação dos Mercados.............................................................................................. 19
3.3) Conceitos de Posições ...................................................................................................... 19
3.4) Taxas de Câmbio e Cotações ............................................................................................ 21
3.5) Sentido de Cotação .......................................................................................................... 21
3.6) Spread .............................................................................................................................. 22
Parte IV – Tipos de Risco .................................................................................................... 23
4.1) Técnicas base de cobertura de risco ................................................................................ 24
Parte V – Mercado Monetário ............................................................................................ 25
Parte VI – Mercado a Prazo ................................................................................................ 27
6.1) Cross-Hedging .................................................................................................................. 28
6.2) Alguns aspectos do Mercado a Prazo de Divisas ............................................................. 29
6.3) Quantificação de Prémio e de Desconto numa cotação .................................................. 30
6.4) Exemplo de Cobertura no Mercado Cambial a Prazo ...................................................... 31
6.5) A Determinação da taxa de câmbio a prazo .................................................................... 31
6.6) Considerações Finais ........................................................................................................ 33
Parte VII – Valorimetria de Activos Financeiros................................................................... 35
7.1) Valorimetria das Obrigações ............................................................................................ 35
7.1.1) Valorimetria de obrigação com cupão zero .............................................................. 35
7.1.2) Valorimetria da obrigação com cupão ...................................................................... 36
Exemplo
Exemplo 2
1. Dete i adoà i vestido à a editaà ueà dete i adaà a ç oà otadaà aà €à seà
encontra sobre avaliada e que o preço vai descer.
2. Ve deà u toà àa çõesàaà €.
3. Entretanto, confirma-seàasàexpe tativasàeàoàp eçoàdes eàpa aà €.
4. Oàage teà fe ha àaàsuaàposiç oàeà o p aàasàa çõesàpa aàdevolve .à
5. Ganho: Receitas – Despesasà=à * €à- * €à=à €
É um caso particular de Short Selling e consiste em vender curto sem antes se ter
obtido de empréstimo esse activo ou, pelo menos, sem se asegurar que o empréstimo
é possível. Se o activo em causa for raro pode ser difícil conseguir o empréstimo e, se a
entrega não puder ser feita, diz-se que houve Failed to Deliver.
Cenário A
Endividei-me a 10% para obter uma taxa de 20%. Assim:
2500 ------ 20%
2500 ------ 20% - 10% = 10%
Conclusão
Situação A: Var. Preços/P > Taxa de Juro – beneficiamos com a alavancagem.
Situação B: Var. Preços/P < Taxa de Juro – o retorno é inferior ao retorno sem recurso
à alavancagem.
Exemplo
As Margens exigidas são mais baixas quando há posições que se compensam entre si,
como nos SPREADS.
Rentabilidade na Margem é igaul a : Lucro / Margem Inicial (expressa em termos
anualizados)
Os títlos colocados por vias de Ofertas Privadas não são geralmente transaccionados
em mercados públicos; por isso, o seu mercado secundário é menos líquido por não
ter havido dispersão dos títulos emitidos por muitos investidores.
Exemplo: uma empresa com 10 accionaistas, cada um com 10 acções (ou seja,
cada accionista detém 10% do resultado). Quando a empresa decide aumentar
o capital (totalizando agora 200 acções), os resultados vão ser diluídos por
mais acções/pessoa.
1
Seasoned new issue – nova emissão de títulos que já antes haviam sido emitidos
Oferta Primária
B; 100
Público; 200
A; 100 B; 100
A; 100
Oferta Secundária
Público; B; 50
50
A; 100 B; 100
A; 100
O B decide vender metade das suas
acções ao público. Note-se que não são
criados novos títulos. (o número total
de acções é o mesmo)
Em suma, a necessidade de capital conduz as empresas a tornarem-se públicas.
Existem duas possibilidades: emissão novos títulos (oferta primária) ou venda de
títulos por parte dos donos/accionistas. (oferta secundária). Por uma questão de
controlo, estes não costumam vender mais de 50% das acções.
2
Por exemplo: IPO da Google incluía uma oferta primária e uma oferta secundária feitas pelos
accionistas, incluindo fundadores.
3
A Oferta Directa Pública é quase uma Oferta Pública pois, no limite, o número de pessoas que podem
deter estas acções pode ser muito elevado.
4
Quando a quantidade mínima estipulada pela cláusula não é atingida, isso significa que o preço fixado
era excessivo e, portanto, quem comprou ser+a reembolsado dos valores pagos e a emissão cancelada.
5
Embora não exista o risco de colocação, se não for colocada toda a emissão, o Banco de Investiemnto
irá comprar a desconto, o que, de certa forma, é um risco para a empresa.
4. Bought Deal
5. Leilão Holandês
Geralmente emissões com preço a desconto significativo para minimizar o risco de não
colocação. Essa prática tem um custo significativo na forma de renúncia a capitais que
deixam de ser captados. Banco de Investimento têm, por isso, grande cuidado na
definição do preço de emissão, ponderando vários factores. A emissão a desconto
permite, potencilamente, aos que adquirem os títulos no mercado primário grandes e
rápidos lucros (Flipping).
6
Não é tão frequente quanto as formas anteriores.
São as mais simples e, por isso, também as mais comuns. São as mais fáceis de
executar porque não indicam qualquer limite de preço. São para executar ao melhor
preço que for possível no momento em que a ordem é recebida.
Impõe um preço limite para a execução da ordem; as ordens são satisfeitas, se tal for
possível, a um preço de compra igual ou inferior ao indicado ou, tratando-se de uma
venda, a um preço igual ou superior ao limite do preço ordenado.
Compra Venda
Conhecidas também por Stop loss orders têm cmo objectivo proteger os lucros
existentes dos investidores ou, então, minimizar as suas perdas.
Siginifica que é emitida uma ordem de venda ou de compra logo que as
cotações de mercado atinjam determiandos valores.
O preço stop de uma ordem de venda é superior ao preço stop de uma ordem
de compra.
€ààààààààààààààààà €
Note-se que pode perfeitamente emitir uma ordem de venda stop a um preço inferior
ao preço de compra se avaliar o título como especulativo. O objectivo aqui é minimizar
perdas e já não proteger ganhos.
A ordem a preço stop pode ser feita para a compra. Se a cotação de mercado for de
€,à aà o de à podeà se à o p a à stopà €à po ueà seà pe saà ueà a ueleà p eçoà à u aà
barreira a mais descidas – o objectivo é, na mesma, potencializar a maximização de
ganhos.
Exemplo – Short-Selling
Comibinação de uma ordem stop com uma ordem limite por forma a evitar os
inconvenienetes de a ordem stop se transformar numa ordem ao melhor.
Exemplo
álgu à o p ouà a çõesà ujoà p eçoà oà e adoà à ago aà €.à Re ea doàu aà ue aà
de preço, ele emite uma ordem deà ve daà €,à stopà li ite.à “ig ifi aà ueà aà o de à deà
Uma melhor estratégia na emissão de ordens stop com limite será diferenciar os
preços stop e limite.
No caso de uma venda: preço limite < preço stop
No caso de uma compra: preço limte > preço stop
Exemplo
Venda 45€àstop;à €àp eçoàli ite
T aduç o:àVe de à ua doàoà e adoàati gi à €àaàu àp eçoà oài fe io àaà €.
Co p aàaà €àstop,à €àli ite
Exe uta àaào de àdeà o p aà ua doàasà otaçõesàdeà e adoà hega e àaà €àeà u aà
paga à aisàdoà ueà €.
26
Título
25
P.Resist
24
P. Stop
23
Uma ordem de compra que é acompanhada por uma ordem de venda com limite
acima do preço da ordem de compra e por uma ordem de venda stop abaixo do preço
da ordem de compra.
Vantagem: fixar lucros face a um movimento de subida de preços e controlar perdas
face a quebras de preços, sem ter que seguir constantemente a posição.
Exemplo: O de àdeà o p aàdeàa çõesàaà €àa o pa hadaàpo àu aào de àdeàve daà
o àli iteàaà €àeàdeàve daà o àstopàaà €.àDeà ota à ueà no caso de ser activada a
ordem stop nada garante um p ejuízoà xi oàdeà €.à
€àààààààààààààààààà €àààààààààààààààààààà €
Ordem de limite de preço igual ao ponto médio do mais recente bid-offer spread.
Ordem que apenas pode ser executada se o índice atingir um dado valor. Nessa altura
converte-se em ordem com limite de preço.
No Mercado por Grosso temos também vários segmentos de acordo com o tipo de
agentes que neles transacionam. Desde logo temos o Mercado Interbancário onde
particpiam os grandes bancos, representando 53% de todas as transacções cambiais.
Fora deste estrato estão os bancos mais pequenos e empresas multinacionais.
Bancos como Deutsche Bank, UBS AG, Barclays Capital fazem continuamente o
mercado, fornecendo cotações BID e Offer continuamente. São Market Makers – há
sempre uma entidade que está disposta a comprar e avender. Pelo serviço, cobra uma
comissão – spread. O Spread é mínimo para divisas activamente transaccionadas,
geralmente entre 0 e 3 pips7 (pontos) (EUR/USD 1.2200/1.2203) no mercado por
grosso. A quantidade mínima transaccionada é, em geral, de 100 000 unidades da
divisa respectiva.
7
O valor / dimensão dos pips depende do modo de como é representada a cotação. Exemplo: 1,220000;
1 pip: 0,000001
A posição de uma empresa numa dada moeda consiste no montante do seu saldo
referido a um determinado momento. Distinguimos entre:
1) Posição Longa
A empresa tem uma posição longa num activo quando o montante que tem a receber
é superior ao montante que tem a pagar nesse mesmo activo.
Exemplo: uma empresa que exporta em euros para o mercado Europeu, apresenta
posições longas em euros.
2) Posição Curta
A empresa tem uma posição curta num activo sempre que o montante que tem a
receber é inferior ao montante que tem a pagar nesse activo.
Exemplo: uma empresa que importa em euros no mercado Europeu, apresenta
posições curtas em euros.
3) Posição Fechada
A empresa tem uma poisção fechada num activo quando o montante que tem a
receber é igual ao montante que tem a pagar nesse activo.
Exemplo: a empresa que simultaneamente importa e exporta em euros por iguais
montantes.
Atenção: o valor da posição refere-se a cada activo (e.g, para cada moeda) e a cada
data de vencimento. Na verdade, uma empresa pode ter uma posição longa em euros,
curta em dólares e fechada em Iénes.
Por outro lado, consoante a data de vencimento, a empresa pode ter uma posição
longa, ou uma posição curta ou, finalmente, uma posição fechada num certo activo.
Assim, a empresa pode ter uma posição longa em euros para o dia 15 de Janeiro, curta
para o dia seguinte, e fechada em qualquer outra data.
Em ordem a uma correcta gestão do risco há que ter em conta não só as posições já
constituídas como também as que se antecipam para data futura.
Exemplo: se a empresa está a pensar contrair um empréstimo bancário em data futura
deve, de imediato, pensar em gerir o risco da subida da taxa de juro.
É de salientar que, na moeda do nosso País, não possuímos posições nem abertas nem
fechadas.
8
A moeda nacional, neste exemplo, é o Euro.
Cotação Compra (bid): taxa à qual os agentes económicos vendem moeda aos
bancos.
Cotação Venda (ask ou offer): taxa à qual os agentes económicos compram aos
bancos.
2.6) Spread
9
A moeda cotada é o numerário. É fundamental identificar o numerário.
1) Risco Transacção
O Problema com os risco cambial de transacção é que ele gera aleatoriamente perdas
ou ganhos financeiros que, evidentemente, afectam os resultados da empresa.
2) Risco Consolidação
Consiste na criação de uma posição no mesmo activo, pelo mesmo montante e com a
mesma data de vencimento da posição que se pretende cobrir, mas com sinal
contrário.
IUSD 4.75/00
IEUR 3.25/3.75 Taxa de Empréstimo
Taxa de depósito
10
Empresa Americana
11
Por outras palavras, deve criar uma posição contrária à que detém. Uma vez que é devedora em euros
(posição curta), deve criar uma posição longa em euros.
Comparando a taxa de câmbio SPOT (0.9876) com a Forward (0.9919) parece que a
empresa fez um mau negócio. Contudo, conclusões como esta só poderão ser tiradas
quando soubermos qual é a taxa em vigor ao final dos 90 dias.
Exemplo 1
Dentro de 90 dias preciso de 1 000 000 USD. Para evitar estar exposto a variações na
taxa de câmbio, dirigo-me ao Banco e acordo já com ele a taxa de câmbio que vou
suportar dentro de 90 dias. Note-se que os termos do contrato são acordados hoje,
mas só existe um fluxo financeiro (troca de EUR por USD) dentro de 90 dias.
Exemplo 2
Sou detentor de uma acção e tenho receio que o valor da mesma caia no futuro. Uma
vez que tenho posição longa, vou querer uma posição curta – dirigo-me ao banco e
negoceio já hoje o preço de venda da minha acção para daqui a 90 dias.
Exemplo 3
Dentro de 90 dias vou precisar de adquirir um activo. Receando a subida do preço,
decido acordar já o preço a que vou comprar.
Cross-Hedging (ou Cobertura Cruzada) é a técnia pelo qual a cobertura do risco que
impende sobre determinado activo é realizada assumindo-se posições de sinal
contrário sobre outro activo, em vez de ser sobre o próprio activo cujo risco se deseja
cobrir. É importante que exista uma correlação entre o activo que se quer cobrir o
risco e aquele que está disponível no mercado.
Diz que uma moeda se encontra a Prémio quando é mais cara no mercado a
prazo do que no mercado spot.
Exemplo:
S(EUR/USD) = 0.9876
F1Mês(EUR/USD) = 0.9900
Neste caso, o Euro está cotado a prémio porque é mais caro a prazo do que à vista.
Consequentemente, no Mercado a Prazo, o USD está cotado a desconto.
Uma moeda está cotada a Desconto quando é mais barata no mercado a prazo
do que no mercado spot.
Exemplo:
S(EUR/USD) = 0.9876
F1Mês(EUR/USD) = 0.9760
Uma moeda está cotada ao Par quando a sua cotação é a mesma nos dois
seguementos do mercado (a prazo e à vista).
Exemplo:
S(EUR/USD) = 0.9876
F1Mês(EUR/USD) = 0.9876
Fórmula de Cálculo
Suponhamos que a empresa ABC exportou mercadoria no valor de 1 000 000 de euros,
com vencimento a 95 dias. Na data da factura, a taxa de câmbio à vista era de
S(EUR/USD) 0.9867.
A empresa, receando uma apreciação do USD, decide cobrir a sua posição longa em
euros no mercado a prazo, solicitando para o efeito ao seu banco a cotação a prazo a
95 dias.
O Banco dá-lhe a cotação F95 dias(EUR/USD) 0.9898. A empresa decide fechar a sua
posição àquela taxa12.
Cash-Flows
Data Operação Euros USD
1 Exportação de 1 000 000 de Euros NCF NCF
1 Venda no mercado a prazo de 1 000 000 de NCF NCF
euros, a 95 dias, à taxa de câmbio a prazo de
0.9898
96 Vencimento da Exportação +1 000 000
96 Vencimento do Contrato a Prazo - 1 000 000 +989800
96 Posições 0 +989800
Assumamos, para o efeito, que no dia 1 há uma empresa que solicita ao seu Banco a
cotação a prazo, na venda, para o euro a 90 dias. A empresa deseja comprar 1 000 000
de euros. No dia em que a cotação é pedida são conhecidos os seguintes dados:
S(EUR/USD) 0.9876/88
Ieuro 90 dias 4.55/65
12
Utilizando a fórmula atrás apresentada, o Euro está a prémio (1,19%), logo o dólar está a desconto.
O Montante do Empréstimo em USD (X) há-de ser tal que resulte num capital
acumulado em eu os,àaoàfi àdeà àdias,àdeà à à €.
X/ . + / * . % à=à à à €
X = 977 678.90
Tendo em conta a taxa de juro de 5.85%, no final dos 90 dias, o capital em dívida será
de: 977 678.90(1+5.85%(90/360)) = 991 977.46; e o capital vencido em euros será de 1
000 000.
Repare-se que o prémio / desconto de uma cotação a prazo depende da relação entre
taxas de juro que remuneram as duas moedas. Assim:
Exemplo
Considerando a taxa de câmbio a prazo para o Euro/USD na compra, a 90 dias, de
0.9867; a taxa de câmbio à vista, na compra, e para o mesmo prazo, de 0.9878; e a
taxa de juro para o USD de 5.78%, qual é a correspondente taxa de juro para o Euro?
13
São as moedas consideradas no exemplo.
Logo, países com moedas fortes irão ter um juro mais baixo, que será compensado
pela probabilidade de apreciação da moeda14.
Um investidor americao tem um dólar para investir, durante um ano. Perante isto,
existem duas possibilidades:
i. Investir nos EUA (ou seja, colocar num banco durante um ano)
ii. Investir na Europa, o que implica:
a. Coverter o dólar em euros, ou seja, multiplicar o dólar por (1/SEUR/USD)15
b. Depositá-lo num banco europeu, obtendo: (1+iEUR)
c. Converter o montante final em dólares (note-se que o investidor recebe
euros), multiplicando por FEUR/USD.
Por arbitragem, a rentabilidade do investimento nos EUA tem de ser igual à na Europa.
Por outras palavras, se a taxa de juro for diferente nos dois pa´sies, a
conversão/cotação tem de ser diferente: FEUR/USD ≠ SEUR/USD.
14
O professor utilizou, como exemplo, o marco alemão.
15
Corresponde a SUSD/EUR
Consideremos uma obrigação de cupão zero, com valor nominal F, e que se vence
daqui a T anos. Actualmente, a taxa de juro de mercado é r. Qual o seu Preço Teórico
Hoje?
Exemplo
Suponhamos uma obrigação de cupão zero que se vence apenas daqui a 20 anos e cujo
valo àfa ialà àdeà €.àáà axaàdeàju oàvige teà oà e adoà àdeà %.àQua toàvaleàhojeà
esse título?
. €à=__ à €__
(1 + 0.10)20
16
Preço Teórico é igual ao Valor
17
Assim sendo, o r será mais elevado para obrigações com maior risco.
Alternativamente:
18
O exemplo apresentado não é totalmente arbitragem, pois existe risco de crédito. Para ser totalmente
arbitragem, teria de ser no mesmo activo. Contudo, na prática, a arbitragem pura não existe, ou é
praticamente nula.
A cotação é de 109.7095%
Exemplo
Dete i eàoàp eçoàdeàu aào igaç o,à ujoàvalo à o i alà à €,à o àtaxaàdeà up oà
de 12%, e que vence dentro de 5 anos (o próximo cupão será liquidado dentro de 12
meses). A taxa de desconto utilizada é de 9% / ano.
Exemplo
Qual a TIR para uma obrigação que se vence dentro de 6 anos, que se cota hoje no
e adoàaà à €,à ueàpagaà upõesàa uaisà àtaxaàdeà %,àoàp óxi oàdosà uaisàse à
liquidado dentro de 12 meses, e cujo valor nomi alà àdeà à €.
O Efeito Cupão
P = preço do título
F = valor acumulado na data do vnecimento = (valo facial + cupões vencidos + juros
vencidos pelos cupões)
N = prazo até ao vencimento
Rr = taxa de juro a que são reinvestidos os cupões
A Taxa de Rentabilidade Ex-Post (G) será aquela que relaciona o preço pago pela
obrigação e o valor acumulado pelo obrigacionsita na data de vencimento da mesma.
Para o título A
rr% F VN C Juros Cupões g%
8% à . € à € € . € 9.40%
10% à . € 1 € € . € 10.00%
12% à . € à € € . € 10.64%
Para o título B
rr% F VN C Juros Cupões g%
8% à . € à € à € . € 9.19%
10% à . € à € à € à . € 10.00%
12% à . € à € à € à . € 10.85%
Preço de uma obrigação com estrutura de prazo das taxas de juro não horizontal
O cupão é atualizado a uma taxa diferente, tendo em conta o ano. Ou seja, o cupão
pago no primeiro ano deve ser actualizado à taxa a um ano; o cupão pago no segundo
ano deve ser actualizado à taxa a dois anos, e assim sucessivamente.
1º Teorema
O Preço das Obrigações varia inversamente com as taxas de juro que actualizam os
cash-flows.
Exemplo: obrigação ao par com valor facial de 1000, cupão anual de 10% e 8 anos de
maturidade.
r =à %à=>àP eçoàdeà
P
€
à=à %à=>àP eçoàdeà . €
à=à %à=>àP eçoàdeà . €
r
2º Teorema
A subida no preço originada pela descida da taxa de juro é superior ao valor absoluto
da descida do preço originada por uma igual subida na taxa de juro. (ou de outra
forma, as subidas do preço decorrentes de sucessivas descidas de r (em igual
montante) são cada vez maiores).
r
3º Teorema
Para todas as obrigações cotadas ao par ou acima do par, e para quase todas as
obrigações cotadas abaixo do par, quando maior a maturidade, maior é a variação
relativa do preço da obrigação para uma dada variação da taxa de juro19.
Exemplo:
Obrigação A: ao Par, Cupão anual de 10%, a 5 anos.
Obrigação B: ao Par, Cupão anual 10%, a 10 anos.
Se a taxa de juro se alterar para 9%
o P eçoàáàse à . €
o P eçoàBàse à . €
4º Teorema
Quanto menor a taxa de cupão, maior é a variação relativa (percentual) do preço da
obrigação para uma dada variação da taxa de juro r. (nota: não é valido para rendas
perpétuas).
Exemplo:
O igaç oàá:à àaoàPa ,àCup oà %,àMatu idadeà ,à ài i ialà %à=>àP eçoàdeà . €
Obrigação B: 1000 ao Par, Cupão 9%, Maturidade 3, r ini ialà %à=>àP eçoàdeà . €
Se r mudar para 11%
o Preço de A descia para 926.69 (i.e. 2.48%)
o Preço de B descia para 951.13 (i.e. 2.46%)
19
Por outras palavras, se a taxa de juro aumenta, o investidor com maturidade longa é o mais o mais
prejudicado (maior é o impacto).
20
Matematicamente, deve-se ao expoente baixo.
Para calcular a Valorimetria das Acções iremos utilizar modelos económicos da forma:
Vt = F(Xt, Yt, ..., Zt)
V é o valor da acção no momento t, função do valor nesse mesmo momentos dos
factores X,Y,...Z, etc.
A variável mais importante que todos estes modelos de valorimetria contemploa são
os rendimentos líquidos futuros produzidos por este activo, as acções.
Em termos gerais, o valor de uma acção no momento t é o valor actualizado para esse
momento de todos os rendimentos líquidos futuros esperados que o seu titular espera
receber dela – os dividendos.
Assim, a expressão matemática geral para o preço teórico (valor) de uma acção é a
mesma que para a valorimetria das obrigações (di são os dividendos do período i).
A Valorimetria das Acções é, porém, mais complicada que a das obrigações, pois não
sabemos o montante de dividendos a distribuir por acção no futuro, como também, à
partida, não é evidente qual a taxa de desconto mais apropriada para fazer a
actualização.
Em Resumo:
Neste modelo, o preço teórico é simplesmente o valor actualizado para o presente dos
dividendos esperados no futuro.
Neste modelo, não se ignoram os lucros retidos. Eles estão presentes indirectamente
porquanto afectam o valor dos dividendos a distribuir no futuro.
A ideia implícita é que são reinvestidos e com isso a empresa aumenta a sua
capacidade de gerar lucros.
No entanto, há quem considere que este modelo não é muito plausível. A taxa de
crescimento de dividendos não é constante, mas sim variável. Surgem assim mais dois
novos modelos.
Exemplo
Durante os dois primeiros anos G=6%
Durante os próximos três anos entrará em declínio até atingir 3%, assim
continuando indefinidamente.
A taxa de actualização é de 8%.
Noà o e toàze o,àosàdivide dosàfo a àdeà €à do= €
g3 = 6% - (6%-3%) * 3-2 = 6% - 3% * 1 = 5%
5-2 3
P0 = . € + . €+ . €+ . €+ . € + __ . €__ * __1__ =à . €
2 3 4 5
1.08 1.08 1.08 1.08 1.08 0.08-0.03 1.085
3º Modelo – Modelo H
Exemplo de Aplicação
Assumindo uma taxa de desconto igual a 14.25% e que o último dividendo distribuído
foiàdeà . €àpo àa ç o:
Uma vez que o preço de mercado é inferior a p 0, a acção está sub-avaliada (está barata
oà e ado àe,àpo àisso,àdeve osà o p a .à . €> €.
Tal que: a rentabilidade é um bem; e que o risco é mau, a não ser que o indivíduo seja
neutro ao risco.
Se o Indivíduo for neutro em relação ao risco, o seun nível de utilidade não é por ele
afecatdo.
E[r]
Para o seu cálculo em termos históricos aplica-se a seguinte fórmula que tem em conta
os seguintes elementos:
Rentabilidade Esperada
Variância
Exemplo
Taxa de Remuneração% esperadas para cada cenário s
Cenários πs r4,s r5,s r6,s
1 20% -18 -13 -4
2 25% +16 +16 -2
3 30% +12 +32 +21
4 25% +40 +12 +20
Soma 100%
Assim, o melhor título seria o 5, pois tem a mesma rentabilidade esperada que o 4,
mas um risco inferior.
Isto é, se alguns títulos baixarem de valor, outros hão-de ter subido e assim as perdas
são minimizadas.
P é o símbolo que designa o portofólio, sendo ele formado pelos títulos i que existem
em número de 1 a ... N.
O Peso, ponderação de cada título, no portofólio é representado por: Wi
Exemplo 1
OàValo àdoàPo tofólioà àdeà €,àse doà ueài vestià €à oàtítuloài.àOàpesoàdoàtítuloàiàse à
de 1/100 = 1%.
Exemplo 2
Decido fazer short-selling das obrigações da Galp, vendendo-asàaà €.àNesteà aso,àte hoà
pa aà i vesti à osà €à i i iasà aisà osà €à adi io aisà daà ve da.à ássi à se do,à possoà
o p a ào igaçõesàdaàEDPàdoàvalo àdeà €àeàdaàPTà oàvalo àdeà €.à“o a doàosàWià
obtemos:
Ou seja, detenho uma posição curta nas obrigações da Galp, e longa nas obrigações da
EDP e da PT.
Por outro lado, a covariância entre quaisquer dois títulos i e j, calcula-se como se
segue:
Exemplo
Partindo dos valores dados anteriormente sobre os títulos 4,5,e 6, podemos construir
o quadro seguinte com carácter exenplificativo.
a) Seja = +1
Neste caso, o risco do portofólio é exactamente igual à média dos riscos dos títulos
individuais, ponderados pelo peso de cada um na carteira. Portanto, não há neste
caso qualquer diversificação do risco.
21
O Risco é medido pelo desvio-padrão – afastamentos (positivos ou negativos) em relação à média.
Como se vê, trata-se da expressão de uma linha recta. O primeiro termo é a ordenada
na origem e o segundo é a inclinação.
b) Seja =0
Que conduz a uma diversificação ainda mais acentuada. De facto, atendendo a que
Wi=(1-Wj), temos que podemos construir um portofólio com risco zero se, para dois
títulos perfeita e negativamente correlacionados, o peso do investimento no título i
for:
A Solução Geral para a Minimização do Rsico consiste em, qualquer que seja i:
Portofólio Eficiente
Se não existe outro com a mesma taxa de rentabilidade esperada e menor risco
Se não existe outro com o mesmo risco e maior taxa de rentabilidade esperada
Título C Título S
E(ri) 14.00% 8.00%
6.00% 3.00%
Uma vez que se admite shirt-selling, a fronteira eficiente tenderia para mais infinito,
quer em termos de rentabilidade esperada, quer em termos de risco.
Princípio da Dominânica:
Os investidores preferem mais rentabilidade esperada a menos.
Os investidores preferm menos risco a mais.
0 0
No caso de poder fazer aplicações, mas não contrair empréstimos àquela taxa de juro
sem risco, a fronteira eficiente torna-se agora a linha RFCG.
A partir da expressão da Capital Market Line pode ser construída a Security Market
Line – representa o trade-off, médio ou normal, entre o risco e a rentabilidade para um
título ou grupo de títulos, em que o risco é avaliado em termos do Beta de cada título.
Prémio de Risco Bi
A SML utiliza como medida de risco não o desvio padrão, mas sim o B – risco de
mercado do título. Assim sendo, a SML dá-nos a relação rentabilidade-risco para
qualquer título (ou portofólios de títulos)22.
22
Note-se que a Capital Market Line só nos dava a relação rentabiliade-risco para portofólios eficientes.
4. Nenhum investidor individual tem capacidade para, por si só, afectar o preço
de um activo financeiro.
Isto é, concorrência perfeita (ou price-takers).
Desta forma, a única razão porque as taxas de rentabilidade de dois títulos estão
correlacionadas é porque ambas estão correlacionadas com a taxa de rentabilidade do
índice de mercado.
23
Matéria atrás estudada
rMt
O beta de uma carteira de activos financeiros é igual à média ponderada dos betas dos
n títulos individuais que o integram.
24
O não é o risco de mercado. É uma medida do risco de mercado do título i.
25
No geral, o Beta é positivo. No entanto, já atrás foram referidas situações onde isso não acontece.
1º Passo
2º Passo
– medida de variânica ( )
Note-se que os títulos têm de ser diversificados. Por exemplo, se comprar 10 títulos26
de empresas de um mesmo sector (e.g. petrolíferas), o risco específico ainda existe –
risco específico do sector.
3º Passo
De o posiç oàdeàβàdeàu à ual ue àpo tofólioàp,àesta doàouà oàdive sifi ado.
Considerações Finais
26
O número de títulos adequado para a diversificação do risco será cerca de 10, 30.
Existem três formas para estimar o beta de um activo individual ou de uma carteira de
títulos:
i. estimação em termos ex-post - estimação dos betas através da utilização de
dados históricos;
ii. estimação em termos ex-ante - estimação baseada em distribuições de
probabilidade para as variáveis;
iii. estimação em termos ex-ante ajustada - estimação ex-ante através do
ajustamento dos betas históricos em função de um conjunto de factores que
pode levar á alteração do beta no futuro.
No entanto:
Em termos ex-post:
Em termos ex-ante:
27
27
A fórmula é em termos ex-post. Em termos ex-ante, basta subsituir por E[ri]
- rentabilidade do título
– rentabilidade requirida do título (o que é justa para aquele nível
de risco).28
Estas duas últimas medidas não são utilizadas como medidas de risco total, mas como
risco de mercado.
As três medidas são utilizadas para: avaliar um título; avaliar um portofólio; avaliar o
nosso gestor de carteira.
28
As medidas 2 e 3 estão apresentadas em termos ex-post. Em termos ex-ante basta subsituir por
E[ri] e basta subsituir por E[rm]