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No Brasil houve ecos do barroco europeu durante os séculos XVII e XVIII. É apenas na
segunda metade do século XVIII, porém, que o ciclo do ouro daria um substrato material à
arquitetura, à escultura e à vida musical de tal maneira que é possível falar em um barroco
mineiro. A poesia do período, no entanto, era apenas residualmente barroca e muito mais
rococó, arcádica e neoclássica. É possível dizer que o nível de consciência dos produtores de
literatura arcádica estava mais próximo da ilustração burguesa europeia do que os mestres de
obra e os compositores religiosos de Minas e Bahia, os quais os modelos ainda remontavam o
Barroco seis-setecentista. Aleijadinho esculpe e constrói em fins do século XVIII ignora o
neoclassicismo; a música de Lobo de Mesquita e Marcos Coelho Neto mais lembram
compositores e sinfonias barrocas que qualquer outra coisa. É possível distinguir entre uma
ecos de uma poesia barroca na vida colonial e um estilo colonial-barroco nas artes plásticas e
na musica que apenas se tornou realidade cultural quando a exploração das minas permitiu o
florescer de núcleos como Vila Rica, Sabará, Mariana, São João d’El Rei, Diamantina ou deu
nova vida a velhas cidades quinhentistas como Salvador, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.
Características principais: