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Hematopoese - Parte 2

Prof. ª Esp. Debora Marioto


Eritropoese
Produção de glóbulos vermelhos

O eritrócito é um veículo para o transporte de


Hemoglobina, que é produzida nas células
precursoras dos eritrócitos - os eritroblastos.

Fenômeno permanente e adaptativo.


CFU - GEMM

BFU-E
HEMÁCIA
Eritron
Conjunto de eritrócitos e seus
precursores medulares, dividido em:
❑ Departamento de reprodução:
ploriferação de mitoses celulares.
❑ Departamento de maturação:
maturação das células e hemoglobinização
com perda do núcleo.
Eritropoese
• Departamento de reprodução:
– Próeritroblasto(PE)
– Eritroblasto Basófilo (EB)
– Eritroblasto Policromático(EPC)
• Departamento de maturação:
– Eritroblasto ortocromático (EPC)
– Reticulócito (Re)
– Eritrócito (E)
Eritropoese
• Vitamina B12 e ácido fólico são importantes
na proliferação celular (síntese de DNA) -
Timina

• Ferro e Vitamina B6 são importantes na


maturação (síntese de hemoglobina).
Eritropoese
• Regulada pela eritropoetina liberada pelas células
adjacentes aos túbulos proximais renais sendo sua
produção estimulada por hipóxia renal.
• 10% da eritropoetina é produzido pelos hepatócitos
• O processo dura cerca de 7 dias com produção de 16
eritrócitos. Estimuladores: Eritropoetina, interleucinas,
tensão de oxigênio, 10% de destruição diária

Inibidores: IFN-gama, prostaglandinas


Próeritroblasto
• Primeira célula morfologicamente distinguível
da série vermelha
• Tamanho entre 18 e 25 µm
• Citoplasma intensamente basófilo com halo claro ao
redor do núcleo
• Núcleo grande e arredondado.
• Cromatina frouxa
• Dois ou mais nucléolos
Próeritroblasto(1)
Eritroblasto Basófilo
• Aprox. 16µm
• Menores que o próeritroblasto
• Núcleo com condensação de cromatina
• Não existem nucléolos visíveis
• Citoplasma menos basófilo pelo início da
hemoglobinização.
• Constitui aprox. 1 a 4% da m.óssea.
Eritroblasto Basófilo (2)
Eritroblasto
Policromático
• Aproximadamente 13µm
• O citoplasma apresenta cor acinzentada
resultante da acidofilia (vermelho) da
hemoglobina e basofilia (azul) do RNA.
• Núcleo com cromatina condensada com aspecto
refringente
• Constitui aprox. 10 a 20% da medula óssea
Eritroblasto
Policromático(3)
PE: próeritroblasto
EB: eritroblasto basófilo
EP: eritroblasto policromático
Eritroblasto
Ortocromático
• Tamanho entre 8 a12 µm
• Presença de um núcleo picnótico e normalmente
excêntrico.
• Incapaz de sintetizar DNA.
• Citoplasma alaranjado devido a acentuada síntese de
hemoglobina.
• Constitui aprox.5 a 10% das células da medula óssea.
Eritroblasto
Ortocromático(4)
Eritroblasto Ortocromático
Hemoglobinização e perda do núcleo
Reticulócitos
• Ausência do núcleo.
• Vestígios de RNA, responsável pela policromasia.
• RNA é revelado com azul de cresil brilhante na
forma de um fino retículo.
• Os reticulócitos são lançados no sangue
periférico e encaminhados ao baço.
• Ainda sintetizam hemoglobina.
• Após 24 a 48 horas maturam a eritrócitos
Reticulócitos

Célula anucleada, com RNA em seu citoplasma,


com capacidade de síntese protéica e respiração
aeróbica, citoplasma com traços de basofilia. São
células que indicam a capacidade funcional da
medula óssea.
Eritrócitos
• Apresenta forma discóide, bicôncava, com
diâmetro variando entre 7 e 8 µm.
• Incapaz de sintetizar hemoglobina.

•Por que ???


Eritrócitos normais
.
. .. .
. . ..
As hemácias se originam na medula óssea pela maturação do
eritroblasto, sendo a eritropoietina um fator de crescimento essencial
durante esse processo. BFU- E -> CFU-E -> Pró-eritroblasto ->
eritroblasto basófilo (intensa basofilia devido à grande quantidade de
RNA) -> eritroblasto policromático -> eritroblasto ortocromático
(sofre enucleação) -> reticulócito (ainda contem RNA podendo
realizar síntese proteica, possui volume 20% maior que a hemácia,
basofílico, pode ser sequestrado pelo baço) -> hemácia (perde o
RNA, é incapaz de sintetizar hemoglobina, meia vida de 120 dias)
Alterações morfológicas das hemácias

O eritrócito normalmente possui a


forma de um disco bicôncavo. Quando
visto de frente apresenta uma região
central mais clara (halo) do que a da
zona periférica. Isto decorre em virtude
da distribuição da hemoglobina em seu
interior.

Dá-se o nome de poiquilocitose às


alterações morfológicas dos eritrócitos.
Disparidade do tamanho de algumas
células, principalmente nos glóbulos
vermelhos do sangue.

Anisocitose

Eritrócitos jovens, maiores do que os


maduros, que já eliminaram o núcleo, mas
Policromatofilia ainda apresentam basofilia pela presença
ou Policromasia de RNA, por isso esta alteração indica
resposta ativa da medula óssea
Codócitos (hemácias em alvo)

A hemácia apresenta dupla


biconcavidade de tal maneira que,
quando projetada em um plano, a
hemoglobina é visualizada em uma
pequena faixa periférica e, geralmente,
na parte central, o que lhe dá o aspecto
“em alvo”.

Podem ser encontrados nas


hemoglobinopatias (SS, SC),
talassemias, hepatopatias, em
pacientes esplenectomizados e na
anemia ferropriva.
Esferócitos

São eritrócitos com a biconcavidade


reduzida. Quando visualizados no
microscópio perdem a zona clara central,
são mais densos e ocorre redução do
diâmetro, em comparação com os
demais eritrócitos. Por isso, também são
chamados de microesferócitos.

Pode ser causado por defeitos genéticos


nas proteínas de membrana ou pode ser
adquirida, aparecendo nos casos de
anemia hemolítica autoimune.
Eliptócitos/Ovalócitos

São eritrócitos que apresentam formas


ovaladas e eliptocíticas. As causas dessa
alteração são defeitos genéticos nas
proteínas do citoesqueleto da célula.

Na eliptocitose hereditária praticamente


todas as hemácias têm essa forma.
Porém, pode ser encontrada uma
pequena quantidade de
eliptócitos/ovalócitos nas talassemias,
anemia ferropriva e anemia
megaloblástica.
Estomatócitos

São eritrócitos com o halo central


semelhante a uma boca de peixe. O
termo stoma significa boca.

Pode ser um artefato da distensão


sanguínea. Pode estar presente em
hepatopatias, sangue de
recém-nascidos e na estomatocitose
hereditária, uma anemia hemolítica
congênita muito rara.
Drepanócitos

Sinônimo de hemácias em forma de


foice. Os eritrócitos adquirem essa forma
devido a presença da Hemoglobina S,
que polimeriza e se precipita na
membrana da célula, ocasionando a
deformação.

É encontrado nas doenças falciformes.


Doença falciforme é um termo genérico
que engloba um grupo de anemias
hemolíticas crônicas hereditárias,
dentre elas a anemia falciforme.
Dacriócitos

São eritrócitos em forma de gota ou


lágrima. A deformação ocorre quando as
células passam nas fenestrações entre
cordões e sinus medulares do baço,
sofrendo estiramento além dos limites da
elasticidade.

É muito comum na mielofibrose, devido


à hematopoese extramedular (o baço
produz células sanguíneas devido a
hipocelularidade da medula óssea). Pode
ser encontrado também nas
talassemias, anemias hemolíticas e em
pacientes esplenectomizados.
Equinócitos

São hemácias com a membrana


irregular, apresentando espículas
regularmente distribuídas.

In vivo decorre de hiperuremia,


tratamento com heparina IV,
hipotireoidismo e após transfusões
sanguíneas.
Acantócitos

São hemácias com a membrana


irregular, apresentando espículas
irregularmente distribuídas.

In vivo decorre de hepatopatias,


diminuição da função do baço e
esplenectomia.
Esquizócitos

São eritrócitos fragmentados,


irregularmente contraídos e mordidos.

São causados por traumas mecânicos,


válvulas cardíacas artificiais, agressão
térmica nas queimaduras e agressão
química pelo uso de fármacos oxidantes.
Se a fragmentação for significativa, o
paciente irá apresentar manifestações
clínicas de anemia hemolítica.

Aparecem também em condições clínicas


como coagulação intravascular
disseminada (CIVD), púrpura
trombocitopênica trombótica (PTT) e
Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU).
Hemácias empilhadas (Rouleaux)

Refere-se ao empilhamento de
hemácias (como moedas) ocorrendo
usualmente quando as proteínas
plasmáticas estão aumentadas.
Inclusões eritrocitárias

Os corpúsculos de Howell-Jolly O pontilhado basófilo são


são achados histopatológicos de grânulos azul-escuros geralmente
restos nucleares basofílicos finos, distribuídos no interior da Estrutura em anel ou em oito
(aglomerados de DNA) em hemácia, é composto de um encontrada dentro de eritrócitos,
hemácias circulantes. Durante a agregado de ribossomos e RNA, e que é considerada como
maturação das hemácias na que se precipitam na coloração do pertencente a restos do fuso
medula óssea normalmente os esfregaço do sangue periférico, acromático.
núcleos são expelidos, mas, em além de pequenos agregados de
alguns casos, uma pequena porção mitocôndrias e siderossomos.
de DNA permanece. Evolução de certas alterações da
Anemias megaloblásticas, talassemias,
Pacientes com anemia falciforme, hemolíticas eritropoiese ou em certas anemias
hemoglobinas instáveis, anemias ferropriva e
e megaloblástica hemolíticas.
hemolíticas
TROMBOCITOPOESE
SÍNTESE DE
PLAQUETAS
Plaqueta
• Fragmentos celulares anucleados formados na
medula óssea a partir da fragmentação
citoplasmática do megacariócito.
• Estímulo: trombopoetina (produzida pelo fígado e
córtex renal)
– 3 a 5 um de diâmetro
– Vida média de 7-10 dias
– Stem cell
• CFU-GEMM
Trombocitopoese
• Megacarioblasto
– 20 a 60 µm
– Forte basofilia, núcleo volumoso e presença de
nucléolos
– Citoplasma rico em organelas e polirribossomos
Megacarioblasto
Trombocitopoese
• Pró-megacariócito:
– Lobulação nuclear a partir da endomitose
– Aumento de tamanho celular: 80 a 90 µm
– Abundância citoplasmática
– Caracterizada pela:
• Zona justanuclear rica em organelas e localizada
próxima a carioteca
• Zona intermediária com complexo
Pró-megacariócito
Trombocitopoese
• Megacariócito
– Aproximadamente 100 µm
– Citoplasma granuloso e acidófilo
– Núcleo polilobulado ( 4 a 8 lobos)
– Ausência de endomitose
– Invaginações da membrana demarcam o
citoplasma pra produção das plaquetas
– Presença de plaquetas agrupadas na
Megacariócito na medula óssea. O megacariócito é a
fase medular do desenvolvimento do megacarioblasto.
O citoplasma está carregado de plaquetas, cerca de
40.000/mm3 em cada megacarócito.
Liberação das plaquetas. Início da expulsão das
plaquetas do citoplasma do megacariócito.
Liberação plaquetária
• A membrana do megacariócito se funde a
membrana dos sinusóides venosos atingindo a
circulação periférica, onde ficam armazenadas
no baço.
Plaquetas
Função
• Manutenção da integridade vascular
• Formação do tampão plaquetário
• Estabilização do tampão hemostático

• Valores normais no hemograma:

– de 150.000 a 400.000/uL
Macroplaquetas/Plaqueta gigante

Estimulação do processo de ativação


plaquetária

As plaquetas maiores que o normal apresentam maior nível de atividade


e potencial reativo, além de favorecerem processos trombóticos, já que
possuem maior facilidade de agregação plaquetária e formação de
trombo
Para fixar…
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