Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bom dia no âmbito da disciplina de Direito foi nos proposto como tema a desenvolver
as profissões jurídicas, sendo o nosso os “ Governantes, autarcas e agentes de execução ”.
Assim sendo ao longo desta apresentação oral iremos explorar o seguinte assunto.
Não obstante achamos importante mencionar os tópicos que vamos abordar sendo os
seguintes:
-Os governantes, sendo que aqui iremos falar não só quem foram os governantes de Portugal
de forma geral, mas também falaremos sobre o próprio governo em si, como este se constitui
e as suas funções.
-Os autarcas, a sua função e a sua composição e qual o papel que desempenham no
funcionamento da vida política
- agentes de execução
Pela própria ideia que se retira da Lei fundamental, percebe‐se que «Governo» é uma
palavra com diversos significados. Assim, o termo Governo pode indicar todas aquelas
instituições que permitem a função política do estado, mas pode também indicar o órgão de
soberania que possui a competência para conduzir a estratégia definida ao nível económico,
social, financeiro, ou cultural, de acordo com o plano apresentado aos eleitores durante a
votação para a Assembleia da República, (de onde o Governo emana), superintendendo
também a Administração Pública, que é o seu «braço de trabalho» efetivo.
--Governantes
Os governantes são os membros do Governo que, nos termos do artigo 183 da C.R.P.,
é constituído pelo Primeiro-Ministro, pelos Ministros e pelos Secretários e Subsecretários de
Estado.
“Artigo 183.º
(Composição)
Sendo que as suas competências como membros do governo, estão previstas no artigo 201º da
C.R.P-.
“ Artigo 201º
1. Compete ao Primeiro-Ministro:
d) Exercer as demais funções que lhe sejam atribuídas pela Constituição e pela lei.
O Primeiro Ministro surge como um dirigente do coletivo, e a sua imagem prevalece como
um primus inter pares, sendo ele o principal responsável pela política durante o período em
que o Governo está em funções, já que define as linhas de direção que devem ser seguidas
pelo colégio de Ministros. Para além disso, é a ele que compete a seleção dos outros Ministros,
na composição do Governo, bem como a direção dos trabalhos do Conselho de Ministros.
Os Ministros são pessoas que tutelam uma determinada área da governação. São
propostos pelo Primeiro Ministro e nomeados pelo Presidente da República. Como elementos
de um órgão de soberania com regras próprias, e voltado para a realização do poder executivo,
isto é, da efetiva condução política do estado, os Ministros têm o dever de atuar segundo
normas de boa administração, gerindo os recursos que lhes são adstritos e a parte da
Administração Pública, (os funcionários, gabinetes, repartições e institutos) que estão sob a
sua tutela, sempre tendo em conta o plano geral do programa de governo e as direções do
Primeiro Ministro.
Esta opção visa focarmo-nos mais especificamente na relação entre ministro e SE, bem
como nas interações destes com outras entidades – entre elas a AP. A um ministério cabe
conduzir a política governativa numa determinada área sectorial. Isto não significa que a sua
única função seja formular políticas públicas.
Deste modo, um ministério possui várias tarefas que necessitam ser executadas para
cumprir as suas incumbências.
O segundo refere-se à coordenação ministerial externa, o que inclui a sua interação com
outras entidades fora do âmbito governativo.
Por fim, para além de tarefas relacionadas com a articulação sectorial, um ministério tem
de assumir tarefas de relações públicas, já que necessita de representar, ser responsivo e
prestar contas aos eleitores.
Podemos assim constatar que o Governo, como entidade autónoma e órgão de soberania
independente, age coletivamente, mas é supervisionado por uma personalidade maior ‐o
Primeiro Ministro‐, detendo os seus colaboradores diretos ‐ os Ministros ‐ um certo poder de
autonomia, dentro daquilo que é a execução eficaz do programa de governo
Desta forma o Governo é o órgão de soberania que detém funções políticas, legislativas e
administrativas; isto significa, entre outras coisas, o poder de negociar com outros Estados ou
organizações internacionais, de legislar (através de instrumentos que se chamam, depois de
aprovados, decretos‐leis), estudar problemas e decidir sobre eles, fazer regulamentos técnicos
para que as leis possam ser cumpridas, decidir onde se gasta o dinheiro público, tomar
decisões administrativas para o bem comum, de acordo com a lei, etc...
Para a formação do Governo, é normalmente necessário que haja uma eleição para a
Assembleia da República – o parlamento. Após as eleições ou a demissão do Governo anterior,
o Presidente da República ouve todos os partidos que elegeram deputados à Assembleia e,
tendo em conta os resultados das eleições legislativas, convida uma pessoa (normalmente o
líder do Partido mais votado) para formar Governo: será ele o novo Primeiro‐ Ministro,
nomeado pelo Presidente da República, a convidar as pessoas que entende para ocupar as
pastas dos diferentes Ministérios. O Presidente da República dá posse ao Primeiro‐Ministro e
ao Governo que, seguidamente, faz o respetivo Programa, (documento do qual constam as
principais orientações políticas e as medidas a adotar ou a propor para governar Portugal),
apresentando‐o à Assembleia da República.
Não há um número‐limite para as vezes que um cidadão pode ser Primeiro‐ Ministro, ou
um período definido para que certo Governo se mantenha no poder. Normalmente, ficará
enquanto o povo, através de eleições livres e democráticas, assim o entender. As funções do
Governo terminam quatro anos após as eleições para a Assembleia da República, que lhe terão
dado origem, tomando posse um novo Governo, mesmo que seja composto pelas mesmas
pessoas que o Governo anterior.
-Autarcas
a) Em sentido orgânico: o conjunto das autarquias locais, as pessoas coletivas públicas que
visam a satisfação regular e contínua das necessidades coletivas das populações locais e o
respetivo sistema de órgãos e serviços.
- Freguesias
- Municípios
- Regiões administrativas
Desta definição constitucional resulta que são quatro os elementos que constituem o
conceito de autarquia:
3. O princípio da subsidiariedade.
A autonomia local é definida como o direito e a capacidade efetiva das autarquias locais
regulamentarem e gerirem, nos termos da lei, sob sua responsabilidade e no interesse das
respetivas populações, uma parte importante dos assuntos públicos.
Cada autarquia possui o seu próprio quadro de atribuições, que constituem a sua
finalidade e razão de ser e, em torno das quais, se estrutura e desenvolve a respetiva
organização, funcionamento e atividade, sendo postas em prática e concretizadas através do
exercício, pelos órgãos autárquicos, das competências que por lei estejam previstas para o
efeito.
Assim, a autonomia local consiste na capacidade de as autarquias prosseguirem, através
dos seus próprios órgãos, livremente e sob sua inteira responsabilidade, a realização das suas
atribuições, sem interferência de nenhuma entidade supra ordenada, e engloba três vertentes:
-administrativa
-regulamentar
- financeira
Os agentes de execução são profissionais que atuam na área jurídica, tendo poderes
públicos para praticar os atos próprios dos processos executivos. Os processos executivos, por
sua vez, são uma sequência encadeada de atos e formalidades destinados a promover as
diligências necessárias à cobrança coerciva de um direito de crédito.
Cabe ao agente de execução realizar todas as diligências numa execução judicial, incluindo
as citações, notificações e publicações, as penhoras e vendas, e a liquidação e pagamento dos
créditos.
Além disso, os agentes de execução estão sujeitos a normas éticas e deontológicas que
regem a sua atividade, sendo fiscalizados pelo Conselho Superior dos Tribunais Administrativos
e Fiscais.