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PROJETO FÉNIX
Maio 2013
Agradecimentos
Ao meu orientador, Professor Doutor Joaquim Azevedo, pelo muito que me ensinou,
pelos contributos, apoio e confiança sempre presentes e sempre renovados, desde a
génese do Projeto. Realço ainda o paradigma, enquanto pessoa e mestre.
iii
Resumo
iv
A análise dos dados foi quantitativa, no que respeita ao tratamento dos testes (pré-teste e
pós-teste) e aos questionários. Neste último caso, registamos ainda uma análise de conteúdo,
descritiva e interpretativa.
Esta análise permite concluir que esta dinâmica organizacional em paralelo com uma
pedagogia diferenciada é potenciadora de melhores aprendizagens.
v
Abstract
The inclusive school foresees that all students have the same learning opportunities and
educational success. Teaching the same way to everybody doesn’t seem to be a
principle of equity and justice. The students are different and have different learning
rhythms, therefore it should be organized in order to provide that differentiation and
achieve the principles mentioned above - equity and justice. It was under this premise
that Projeto Fénix was designed in Agrupamento de Escolas Campo Aberto, Beiriz.
The implementation of the project in other schools countrywide is a relevant sign of the
interest and importance of the present study which is organized under the following
guiding lines:
In order to achieve these goals, the present study process has followed the
methodological guidelines, combining both quantity and quality instruments, namely
the implementation of pre and post assessment tests on curricular contents of
Portuguese and Mathematics to second grade students and questionnaires which were
submitted to directors, teachers, tutors and students (second and ninth grades) from
schools where Projeto Fénix had been implemented for three years.
vi
Furthermore, the study shows that the group “Ninho”, which is homogeneous and
temporary, is seen as a suitable opportunity for students to acquire non-learnt
knowledge. This acquisition is made respecting the learning rhythm of each student and
this space promotes self-esteem, motivation and involvement of students without
stigmatizing them.
vii
Índice
Agradecimentos . . . . . . . . .III
Resumo . . . . . . . . . .IV
Abstract . . . . . . . . . .VI
Índice . . . . . . . . . . .VIII
Lista de Quadros . . . . . . . . .X
Introdução . . . . . . . . . .1
viii
1.3.1. Princípios . . . . . . . . 87
1.3.2. Coordenação e operacionalização do Projeto Fénix . . . 89
1.3.2.1. Coordenação do Projeto . . . . . . 89
1.3.2.2. Gestão pedagógica/ operacionalização dos mecanismos Fénix . 90
1.3.3. O Eixo II – A génese de uma dinâmica de apoio diferenciada:
dinâmica interturmas . . . . . . . 95
1.3.3.1. Metodologia e operacionalização do Eixo II . . . 97
1.3.4. Perspetiva global de operacionalização do Projeto Fénix . . . 99
Conclusões . . . . . . . . . . 246
Recomendações Gerais . . . . . . . . 248
Recomendações Específicas . . . . . . . 250
Bibliografia . . . . . . . . . . 251
Anexos . . . . . . . . . . 268
ix
Lista de Quadros
Quadro 1. Alunos matriculados por nível de educação/ensino em Portugal e no Continente (2000/01-
2010/11) (Fonte: DGEEC, 2012)
Quadro 2. Taxa de retenção e desistência nos ensinos básico e secundários, por nível de ensino e ciclo em
Portugal e no continente (2000/01-2010/11) (Fonte: DGEEC, 2012)
Quadro 3. Quadro síntese das variáveis dos modelos ecológicos de compreensão do insucesso escolar
(Martinez et al, 2004 cit. in Escudero, 2005)
Quadro 4. Princípios psicológicos centrados no aprendente (APA, 1997 cit. in McCombs, 2004)
Quadro 5. Alunos que concluíram o ensino básico, por modalidade de ensino em Portugal (2000/01-
2010/11) (Fonte: DGEEC, 2012)
Quadro 14. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Língua
Portuguesa
Quadro 15. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Matemática
Quadro 16. Divisão da amostra dos alunos do 4º ano por zonas (urbana e rural)
x
Quadro 18. Divisão da amostra dos alunos do 4º ano por idades
Quadro 19. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos com o Projeto Fénix melhoram os
resultados escolares”
Quadro 20. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos com o Projeto Fénix melhoram os
resultados escolares”
Quadro 21. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
Quadro 22. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
Quadro 23. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
Quadro 24. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos
alunos”
Quadro 25. Distribuição das respostas à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix consigo estudar,
fazer os trabalhos de casa e os exercícios da aula mais vezes sozinho(a), e com menor ajuda do(a)
professor(a)”
Quadro 26. Grau de importância atribuído à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix consigo
estudar, fazer os trabalhos de casa e os exercícios da aula mais vezes sozinho(a), e com menor ajuda
do(a) professor(a)”
Quadro 27. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se bem na turma Fénix e/ou
Ninhos”
Quadro 28. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se bem na turma Fénix e/ou
Ninhos”
Quadro 29. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor e mais confiantes”
Quadro 30. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor e mais confiantes”
xi
Quadro 31. Distribuição das respostas à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix sinto-me mais
apoiado(a) porque posso contar com a ajuda de mais do que um professor”
Quadro 32. Grau de importância atribuído à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix sinto-me mais
apoiado(a) porque posso contar com a ajuda de mais do que um professor”
Quadro 33. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
Quadro 34. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola”
Quadro 35. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola”
Quadro 36. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda o professor a conseguir dar
mais atenção a todos os alunos”
Quadro 37. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda o professor a conseguir
dar mais atenção a todos os alunos”
Quadro 42. Divisão da amostra dos alunos do 9º ano por zonas (urbana e rural)
Quadro 45. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 46. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 47. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
Quadro 48. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
Quadro 49. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a obter sucesso nas
disciplinas em que não existe “Ninho”
Quadro 50. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a obter sucesso
nas disciplinas em que não existe ‘Ninho’”
Quadro 51. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
Quadro 52. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos
alunos”
Quadro 53. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos
(realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
Quadro 54. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos
alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
xii
Quadro 55. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/Ninhos”
Quadro 56. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/Ninhos”
Quadro 57. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
Quadro 58. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
Quadro 59. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda as relações entre professores
e alunos”
Quadro 60. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda as relações entre
professores e alunos”
Quadro 61. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
Quadro 62. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de
educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 63. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de
educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 64. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui
para a melhoria da organização escolar”
Quadro 65. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 66. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos
beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 67. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos
beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 71. Divisão da amostra dos professores por zonas (urbana e rural)
Quadro 77. Divisão da amostra dos professores por tempo de serviço no Projeto Fénix
xiii
Quadro 78. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico de
todos os alunos da escola”
Quadro 79. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico
de todos os alunos da escola”
Quadro 80. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 81. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 82. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais é mais fácil aprender”
Quadro 83. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais é mais fácil aprender”
Quadro 84. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia do aluno
(realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
Quadro 85. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia do
aluno (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
Quadro 86. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos
nas aulas”
Quadro 87. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos
alunos nas aulas”
Quadro 88. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino-
aprendizagem”
Quadro 89. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino-
aprendizagem”
Quadro 90. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou
Ninhos”
Quadro 91. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/ou Ninhos”
Quadro 92. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes”
Quadro 93. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes”
Quadro 94. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a confiança
na prática profissional docente”
Quadro 95. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a
confiança na prática profissional docente”
Quadro 96. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito com o Projeto Fénix”
xiv
Quadro 97. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de
educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 98. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de
educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 99. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos
encarregados de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
Quadro 100. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos
encarregados de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
Quadro 101. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 102. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 103. Distribuição das respostas à afirmação “A participação nas várias atividades desenvolvidas
no âmbito do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e prática
profissional”
Quadro 104. Grau de importância atribuído à afirmação “A participação nas várias atividades
desenvolvidas no âmbito do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e
prática profissional”
Quadro 105. Distribuição das respostas à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto
Fénix correspondeu às necessidades profissionais”
Quadro 106. Grau de importância atribuído à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto
Fénix correspondeu às necessidades profissionais”
Quadro 107. Distribuição das respostas à afirmação “A frequência da formação desenvolvida no âmbito
do Projeto Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas”
Quadro 109. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos
beneficiem de um ensino mais individualizado”
xv
Quadro 110. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos
beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 111. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização
bem-sucedida, depende de uma liderança forte e de proximidade”
Quadro 112. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização
bem-sucedida, depende de uma liderança forte e de proximidade”
Quadro 113. Distribuição das respostas à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária
a existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de
direção”
Quadro 114. Grau de importância atribuído à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é
necessária a existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os
órgãos de direção”
Quadro 115. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior articulação
e cooperação entre docentes”
Quadro 116. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior
articulação e cooperação entre docentes”
Quadro 117. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e
cooperação externa entre docentes/escolas”
Quadro 118. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e
cooperação externa entre docentes/escolas”
Quadro 119. Distribuição das respostas à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna (entre
docentes, departamentos e estruturas de gestão) melhorou”
Quadro 120. Grau de importância atribuído à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna
(entre docentes, departamentos e estruturas de gestão) melhorou”
Quadro 121. Distribuição das respostas à afirmação “As estruturas de liderança mobilizam estratégias e
orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix”
xvi
Quadro 122. Grau de importância atribuído à afirmação “As estruturas de liderança mobilizam
estratégias e orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix”
Quadro 123. Distribuição das respostas à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto Fénix
pode ser aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino”
Quadro 124. Grau de importância atribuído à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto
Fénix pode ser aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino”
Quadro 130. Número total de evocações por categorias (Mudanças enquanto profissional)
Quadro 132. Número total de evocações por categorias (Perspetiva sobre formação profissional)
Quadro 133. Divisão da amostra dos diretores por zonas (urbana e rural)
Quadro 136. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço enquanto docentes
Quadro 137. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço no agrupamento
Quadro 138. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço no agrupamento atual
Quadro 139. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço enquanto diretor
xvii
Quadro 140. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico de
todos os alunos da escola”
Quadro 141. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico
de todos os alunos da escola”
Quadro 142. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 143. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 144. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino
aprendizagem”
Quadro 145. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino
aprendizagem”
Quadro 146. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix operou mudanças positivas no
relacionamento professor-aluno”
Quadro 147. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix operou mudanças positivas no
relacionamento professor-aluno”
Quadro 148. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/ou Ninhos”
Quadro 149. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/ou Ninhos”
Quadro 150. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a
confiança na prática profissional docente”
Quadro 151. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a
confiança na prática profissional docente”
Quadro 152. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
Quadro 153. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de
educação participem mais ativamente na escola”
xviii
Quadro 154. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados
de educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 155. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos
encarregados de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
Quadro 156. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos
encarregados de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
Quadro 157. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 158. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 159. Distribuição das respostas à afirmação “A participação nas várias atividades desenvolvidas
no âmbito do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e prática
profissional”
Quadro 160. Grau de importância atribuído à afirmação “A participação nas várias atividades
desenvolvidas no âmbito do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e
prática profissional”
Quadro 161. Distribuição das respostas à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto
Fénix correspondeu às necessidades profissionais”
Quadro 162. Grau de importância atribuído à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto
Fénix correspondeu às necessidades profissionais”
Quadro 163. Distribuição das respostas à afirmação “A frequência da formação desenvolvida no âmbito
do Projeto Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas”
Quadro 165. Distribuição das respostas à afirmação “A integração na rede de escolas Fénix constitui uma
mais-valia na definição de estratégias capazes de melhorar a operacionalização do Projeto Fénix na
escola que dirijo”
xix
Quadro 166. Grau de importância atribuído à afirmação “A integração na rede de escolas Fénix constitui
uma mais-valia na definição de estratégias capazes de melhorar a operacionalização do Projeto Fénix
na escola que dirijo”
Quadro 167. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização
bem-sucedida, depende de uma liderança forte e de proximidade”
Quadro 168. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização
bem-sucedida, depende de uma liderança forte e de proximidade”
Quadro 169. Distribuição das respostas à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária
a existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de
direção”
Quadro 170. Grau de importância atribuído à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é
necessária a existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os
órgãos de direção”
Quadro 171. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior articulação
e cooperação entre docentes”
Quadro 172. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior
articulação e cooperação entre docentes”
Quadro 173. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e
cooperação externa entre docentes/escolas”
Quadro 174. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e
cooperação externa entre docentes/escolas”
Quadro 175. Distribuição das respostas à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna (entre
docentes, departamentos e estruturas de gestão) melhorou.”
Quadro 176. Grau de importância atribuído à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna
(entre docentes, departamentos e estruturas de gestão) melhorou.”
Quadro 177. Distribuição das respostas à afirmação “As estruturas de liderança assumem a definição de
estratégias e orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix.”
xx
Quadro 178. Grau de importância atribuído à afirmação “As estruturas de liderança assumem a definição
de estratégias e orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix.”
Quadro 179. Distribuição das respostas à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto Fénix
pode ser aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino.”
Quadro 180. Grau de importância atribuído à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto
Fénix pode ser aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino.”
Quadro 182. Número total de evocações por categorias acerca das mudanças identificadas na escola em
virtude da implementação do Projeto Fénix.
Quadro 185. Número total de evocações por categorias acerca dos aspetos a melhorar na implementação
do Projeto Fénix
Quadro 186. Divisão da amostra dos Encarregados de Educação por zonas (urbana e rural)
Quadro 189. Divisão da amostra dos Encarregados de Educação por ano de frequência dos filhos no
Projeto Fénix
Quadro 190. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 191. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix
melhoram o seu desempenho escolar”
Quadro 192. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
xxi
Quadro 193. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
Quadro 194. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos
(realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.)”
Quadro 195. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos
alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.)”
Quadro 196. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/ou Ninhos.”
Quadro 197. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix
e/ou Ninhos.”
Quadro 198. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes.”
Quadro 199. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os
alunos a sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes.”
Quadro 200. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a melhorar as relações entre
professores e alunos”
Quadro 201. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a melhorar as relações
entre professores e alunos”
Quadro 202. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
Quadro 203. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de
educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 204. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados
de educação participem mais ativamente na escola”
Quadro 205. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos
encarregados de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
Quadro 206. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos
encarregados de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
xxii
Quadro 207. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 208. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e
contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 209. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos
beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 210. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos
beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 214. Número total de evocações por categorias acerca dos aspetos a melhorar na dinâmica e
implementação do Projeto Fénix
Quadro 215. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix melhora o
desempenho escolar”
Quadro 216. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix melhora o
desempenho escolar”
Quadro 217. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a
compreender melhor as matérias”
Quadro 218. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a
compreender melhor as matérias”
Quadro 219. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a
autonomia dos alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
xxiii
Quadro 221. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se
integrados na turma Fénix e/Ninhos”
Quadro 222. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “Os alunos sentem-se
integrados na turma Fénix e/Ninhos”
Quadro 223. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou
Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
Quadro 224. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “Frequentar a turma Fénix
e/ou Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
Quadro 225. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o
Projeto Fénix”
Quadro 226. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “Estou satisfeito(a) com o
Projeto Fénix”
Quadro 227. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a
diferença na escola e contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 228. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix faz a
diferença na escola e contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 229. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para
que os alunos beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 230. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix contribui
para que os alunos beneficiem de um ensino mais individualizado”
xxiv
Lista de Gráficos
Gráfico 1. Percentagem de alunos com 15 anos com pelo menos uma retenção e os custos associados à
retenção tendo por referência a despesa do aluno até ao 9.º ano. (Fonte: Eurydice)
Gráfico 2. Taxa de abandono escolar precoce em Portugal entre 1995 e 2011 (Fonte: Labour Force Survey
- Eurostat)
Gráfico 3. Taxa de pré-escolarização, por idade, em Portugal (2000/01-2010/11) (Fonte: DGEEC, 2012)
Gráfico 4. Escolarização da população dos 3 aos 17 anos, em Portugal (2000/01 e 2010/11); Percentagem
de população escolarizada (por nível de educação/ensino) e não escolarizada, por idade (Fonte: DGEEC,
2012)
xxv
Gráfico 18. Comparação por disciplinas (Pré-teste vs Pós-teste)
Gráfico 19. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Língua
Portuguesa
Gráfico 20. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Matemática
Gráfico 21. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix melhora
o desempenho escolar”
Gráfico 22. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a
compreender melhor as matérias”
Gráfico 23. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix
desenvolve a autonomia dos alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
Gráfico 24. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “Os alunos sentem-se
integrados na turma Fénix e/Ninhos”
Gráfico 25. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “Frequentar a turma
Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
Gráfico 26. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “Estou satisfeito(a) com o
Projeto Fénix”
Gráfico 27. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix faz a
diferença na escola e contribui para a melhoria da organização escolar”
Gráfico 28. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix contribui
para que os alunos beneficiem de um ensino mais individualizado”
xxvi
Índice de Esquemas
Esquema 1. Esquema do Modelo Dialético por Ana Benavente (1990)
Esquema 2. Contextos, Fatores e Dinâmicas dos Riscos de Exclusão Educativa (Escudero, 2005)
xxvii
Introdução
1
Como tal, afigura-se como prioridade minimizar os hiatos sociais e escolares e
os “destinos” pré-determinados à nascença, porque “contrariamente às suas intenções
igualitaristas, a Escola continua, tantas vezes, a deixar os frágeis ainda mais frágeis, e os
pobres ainda mais pobres” (Nóvoa, cit. in Pereira e Vieira, 2006:112).
2
que engrossam as estatísticas do insucesso escolar, ocupam as cadeiras no fundo da sala,
desistem da escola e optam pelo abandono escolar, e esta, aparentemente, não oferece
alternativas para a sua escolarização.
Temos por conseguinte que orientar a nossa ação sob a ideia do reconhecimento
do sucesso de cada um.
1
TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária); PMSE (Programa Mais Sucesso Escolar); EPIS
(Empresários Pela a Inclusão Social); ESCXEL (Rede de Escolas de Excelência).
3
O sucesso escolar é um dos temas mais discutido no âmbito da Educação, um
pouco por todo o mundo. Mais que um objetivo, é já uma bandeira que cada
organização escolar, política ou social toma como mote, conteúdo ou objetivo para
discutir o sentido das suas políticas. Nos limites e fronteiras do que julgamos correto
para a Educação, o ensino e os mecanismos de promoção do sucesso escolar estão hoje
sujeitos a um forte escrutínio, por parte da opinião pública e da sociedade. São vários os
tipos de sucesso, os seus sentidos axiológicos e epistémicos, tal como os contextos de
ação estudados no domínio da investigação científica, sendo que o conhecimento que
daí deriva nem sempre se entrecruza, apesar de serem próximas as fórmulas e as receitas
preconizadas, conducentes ao sucesso. No sistema de ensino português, a super
estrutura ministerial assume o comando da orientação curricular, ao impor um currículo
nacional, regula práticas e procedimentos de avaliação (interna e externa), propõe
soluções para a promoção do sucesso educativo, aplicando receitas iguais a realidades
diferentes, como se houvesse uma receita única. Não há receitas iguais, nem sucesso
igual, nem alunos iguais. Aliás, nas palavras de Joaquim Azevedo «(…) as sociedades
de hoje preocupam-se muito com o sucesso escolar dos alunos e se ocupam pouco com
o sucesso escolar dos alunos» (Azevedo, cit. in Alves e Moreira, 2011:8)
4
a massificação do ensino; a igualdade a equidade e a justiça nos sistemas de ensino; o
sucesso escolar, mediante consideração das suas diferentes significações; a relação entre
a proveniência social e a instituição escolar, salientando o papel reprodutor desta nas
hierarquizações sociais e sua legitimação; a evolução dos resultados escolares e sua
análise comparada num quadro internacional; o abandono escolar precoce; a cultura de
escola e o papel das lideranças, no desvendar de processos de organização pedagógica
educativa inovadores; a dicotomia homogeneidade versus heterogeneidade no
agrupamento dos alunos, e a consideração dos seus efeitos em ternos da estigmatização
e segregação do aluno.
Na segunda parte a contextualização do aparecimento do Projeto Fénix no
Agrupamento de Escolas Campo Aberto – Beiriz, bem como a sua caracterização e
operacionalização. Faz-se igualmente a descrição do processo de inclusão do Projeto
Fénix no PMSE, definindo as condições do seu alargamento ao território nacional2.
Na terceira parte, estudo empírico, procedemos à caracterização e desenho da
investigação. Neste sentido, fazemos a descrição do procedimento metodológico
seguido na construção dos instrumentos de recolha de dados, bem como da sua
aplicação, análise e discussão dos resultados. No final, as conclusões e recomendações
com base nos resultados obtidos.
Este trabalho de investigação encontra a sua origem numa razão pessoal, fruto
de um percurso de vida dedicado à Educação, marcado pela vivência e reflexão, em
torno de uma escola para Todos, onde Todos tenham um verdadeiro sucesso - o sucesso
de cada um.
“Da janela da minha sala de trabalho, durante mais de dez anos, observei os
alunos a entrarem e a saírem da escola, como aves ávidas de inquietações e de voo, e
sempre me interroguei o que poderia fazer, para que, mais tarde, recordassem a nossa
escola como o Ninho acolhedor, onde aprenderam, cresceram, brincaram, criaram
laços, partilharam afetos e onde o espírito de iniciativa e criatividade foi estimulado e
desenvolvido.
2
Na composição desta parte foram utilizados textos publicados desde 2009 sobre o Projeto Fénix, e que
se encontram devidamente referenciados na bibliografia.
5
Queríamos um ensino que qualificasse as aprendizagens na sua
transversalidade, não deixando nenhum aluno pelo caminho.
Um dia, numa das reuniões com os alunos, uma garotinha de rosto suave,
olhar sonhador e doce, depois dos colegas se terem afastado, dirigiu-se-me,
timidamente, dizendo:
Naquele olhar assustado, ela pretendia dizer-me “o que podes fazer para me
ajudar…?”. Combinei com ela que conversaríamos no dia seguinte.
- Os colegas olham-me e dizem “não sabes” e “não vais ser capaz” Recordo
como foi dura a minha escola primária! Os meninos, sempre que eu não conseguia
acompanhar os trabalhos na sala de aula, riam-se de mim e, cada vez, eu ficava mais
aflita e assustada… Eu sabia que os professores não podiam perder muito tempo
comigo, porque os meus colegas precisavam de andar para a frente!
Maria queria a todo custo fazer a escola e aprender como os outros meninos!
Olhei para ela e, numa cumplicidade que tenho dificuldade em retratar, comprometi-me
de imediato que a iríamos ajudar a ela e a todos os que, como ela, precisassem “de um
tempo de espera”, para crescerem e consolidarem os conhecimentos – a missão da
escola!
6
Um espaço onde não tivessem acanhamento para dizer ao professor – não
percebi e não sei como se faz.
Um espaço temporário que não é mais tempo, mas uma outra qualidade de
tempo, onde os alunos cresçam na confiança, na autoestima, no “sou capaz” e o no
entendimento de que existem vários sucessos – o meu sucesso!
7
Capítulo I
Enquadramento teórico
A escola existe dado existirem alunos e, por sua vez, estes existem, porque a
sociedade reconheceu, ao longo do tempo, a necessidade de se realizarem
aprendizagens. Por conseguinte, a educação, termo diretamente relacionado com a ação
aprender, assume-se como o elemento definidor do humano, visto que, segundo Kant,
«o homem é o que é unicamente pela educação» (Reboul, 2000:9). O aluno é inscrito
num sentido de saber-ser pelo saber, pelo fazer e estar, num tempo e num espaço. Esta
inscrição faz-se em nome de um quando, no qual se projeta, logo, para um tempo futuro,
a apropriação do vosso como nosso.
8
pelo seu futuro: antecipa a humanidade futura – o que lhe confere sentido –
porque o homem tem necessidade da educação para concretizar a sua
liberdade e se instituir como ser moral.» (Carvalho, 1992:74).
9
Joaquim Azevedo resume este ambiente do seguinte modo:
10
da renovação da elite dirigente, mais aberta a acolher as experiências externas, Portugal
inicia uma progressiva ação de expansão no ensino liceal e técnico ao longo da década
de sessenta (Martins, 1968). Todavia, não deixava de ser uma tendência, que continuava
a deixar de fora milhares de alunos, dada a indiferença oficial em tornar obrigatória a
escolarização da sua população.
3
A escolaridade obrigatória entre 1931 e 1956 era de 3 anos. Só em 1956 é que passou a 4 anos para o
sexo masculino, tendo sido em 1960 alargada ao sexo feminino. Pelo Decreto-lei n.º 45 810 de 9 de julho
de 1964 passa de 4 para 6 anos (Ministro Galvão Teles); 9 anos pela Lei n.º 46/86, de 14 de outubro; com
a lei n.º 45/2009 até ao 12.º ano (extensão reconfirmada pelo Decreto-Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto).
11
Chegamos a um nível exigente no que refere ao que desejamos para a
educação, neste início de século: não basta saber ler, calcular e escrever, é necessário
estar dotado de capacidade crítica, interpretativa e de cultura suficientes, para que não
se seja “excluído”, nem socialmente nem do mercado de trabalho. Atualmente, este
exige mais polivalência, domínio das tecnologias de informação e capacidade de
comunicação, sobretudo, para a geração de cidadãos que cresceu numa sociedade de
escolarização de massas. Por sua vez, este fenómeno exigiu o investimento numa
formação com um currículo mais vasto e diversificado, com mais anos de escolaridade e
mais global4.
4
Por global, entende-se uma formação que se coaduna com standards e metas internacionais, a partir da
abertura das fronteiras físicas e invisíveis entre a comunidade educativa internacional, dos países
industrializados aos países em desenvolvimento, onde a educação também assume um papel
preponderante no desenvolvimento social, político, cultural e económico de forma progressiva. A título
de exemplo dessa abertura global temos os parâmetros globais educativos definidos pela Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ou, mais concretamente, os estudos
comparativos como o Programme for International Student Assessment (PISA).
12
ocupação intensiva dos estabelecimentos de ensino. A escola sofreu transformações
quantitativas, aumentando o número de anos de escolarização obrigatória, de alunos
acolhidos no sistema de ensino, bem como o número de estabelecimentos escolares e o
respetivo número de professores. Basicamente, este foi um período de investimento
estrutural, orientado para os resultados educativos, isto é, um período “otimista”, que
Licínio Lima e Almerindo Afonso caracterizam de “fase de expansão quantitativa”
(Lima e Afonso, 2002), onde os investimentos poderiam garantir o controlo, objetivo e
rigoroso, dos resultados. No entanto, rapidamente a abertura da escola às massas
demonstrou a existência persistente e contínua de fenómenos, como o insucesso e o
abandono escolar. Após a instalação da verdade pela crueza das estatísticas, as décadas
seguintes caracterizam-se do ponto de vista das políticas educativas, no investimento da
“qualidade do ensino” e da melhoria de escola (Chávez e Rojo, 2007), introduzindo
assim, uma mudança no discurso político, onde a racionalização dá espaço à procura da
“melhoria da eficiência interna”, que Licínio Lima e Almerindo Afonso classificam
como “a obsessão pela eficácia, pela eficiência e pela qualidade (…)” (Lima e Afonso,
1993:36).
13
missão e função da escola – a de educar e socializar, articulando o plano individual e o
plano social - na transmissão da cultura dominante. O mesmo artigo não deixa de referir
a educação como uma responsabilidade partilhada pela escola e pela família:
«1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita,
pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino
elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado;
o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade,
em função do seu mérito;
«Talvez não tenha havido, ao longo do séc. XX, outra dimensão utópica ou
“ilusão útil” mais comumente admitida e mais exaustivamente repetida do que
a de considerar a escola como o instrumento privilegiado da construção da
equidade social. E talvez nunca tenham sido tão evidentes, como hoje, as
debilidades deste instrumento para promover tal finalidade política e social,
exatamente no momento em que, talvez como nunca, os vários atores sociais
carregam a escola com um fardo tão pesado de responsabilidades
socioeducacionais. E é desta realidade que temos de partir, para não
continuarmos a nos deparar quotidianamente com uma escola que não serve
para o que se diz que serve, mas sim para o que dizemos não dever servir»
(Azevedo, 2000:2).
14
Numa perspetiva histórica, François Dubet (Dubet, 2003, cit. in Azevedo,
2009), considera que até ao século XX o saber administrava-se isolado do mundo,
protegido pelo Estado, os pais estavam longe e os mandatos da economia eram
indignos, os professores encarnavam o sagrado e os alunos eram libertados pela
submissão a uma razão e a uma ordem universal, em nome da cidadania, do progresso
social e da igualdade.
15
da educação. Deviam ser as escolas a melhorar o seu desempenho, os alunos a
aprenderem mais e melhor, os professores a trabalharem melhor e com
melhores resultados escolares e educativos, os pais a apoiar os seus filhos para
que estudem mais e melhor, as comunidades locais a fortalecer a perspectiva
cultural do desenvolvimento» (Azevedo, 2009:14-15)
16
educação para todos” (Pires, 2000:189). Implicitamente, parte-se do pressuposto que
para que se respeitem os princípios de competitividade e se cultive a meritocracia
(Crahay, 2002), muitas vezes, erradamente, é confundida com o meio de promoção de
excelência e, desta forma, o ensino seja uniformizado;
17
quando a escola não trata diferenciadamente os alunos que, à partida, possuem
diferenças que os caracterizam: condições socioculturais e económicas, ritmos de
aprendizagem, capacidades cognitivas, apoio social e familiar, ritmos de
desenvolvimento emocional, social e diferentes personalidades, apenas para enumerar
os fatores antecedentes com maior evidência (Santín, 2001; Formiga, 2004; Almeida,
Gomes, Ribeiro, Dantas, Sampaio, Alves, Rocha, Paulo, Pereira, Nogueira, Gomes,
Marques, Sá e Santos, 2005; Viola, Sousa, Lopes e Almeida, 2005).
A escola cumprirá melhor a sua missão, quando for capaz de criar espaços de
aprendizagem mais próximos das necessidades dos alunos que assumem grande
heterogeneidade de perfis. A insistência, na ilusão de uma escola operativa e
pedagogicamente uniforme, será estéril e injusta, sobretudo para os alunos mais
desfavorecidos cultural e socioeconomicamente (Dubet, 2004). A investigação empírica
demonstra-nos precisamente que existe uma correlação significativa entre os resultados
escolares dos alunos e os contextos socioculturais e económicos de proveniência (Floud,
Halsey e Martin, 1956; Bernstein, 1964, 1990; Bourdieu e Passeron 1964, 1970;
Benavente 1981 et al., 1987 et al.; Lee 1989; Bressoux 1994; Goux e Maurin 1995;
Justino, Marques, Ralha, Palácio e Seabra 1999; Stoer e Cortesão 1999; Duru-Bellat e
Kieffer 2000; Merle 2000; Thélot e Vallet 2000; Silva 2003; Machado, Martins e Leal
2005; Seabra, 2009; Verdasca, 2002, 2010; Santín, 2001). A escola, muitas vezes, corre
o perigo de tornar-se um veículo perpetuador dos efeitos de dominância social e cultural
(Verdasca, 2010; Perrenoud, 2001) ao partir do princípio de que, quando os alunos
fracassam, é da sua responsabilidade, pois não atingiram o que era esperado (Dubet,
2004). A escola poderá desenvolver outra postura, não se centrando no combate às
desigualdades socioculturais, mas na dotação de competências e saberes de base, para
que esses alunos menos bem sucedidos ou com dificuldades de aprendizagem possam
evoluir. Com efeito, encontramos nesta orientação o cerne do trabalho da instituição
escolar: reconhecendo à partida os diferentes défices dos seus alunos e ciente da sua
incapacidade, enquanto instituição de intervir/corrigir o ambiente que lhe é externo, e
que condiciona a sua missão. A escola, para evitar ser um meio de reprodução e
legitimação das desigualdades, deverá focar a sua ação na garantia de aquisição de
aprendizagens e competências por parte dos seus alunos, como condição de construção
de Projetos de vida, capazes de inverter trajetos de insucesso, estigmatização,
segregação e exclusão social. Esta aceção é bem resumida nas palavras de Joaquim
18
Azevedo: “Temos aprendido, as mais das vezes de modo muito dramático,
que o colossal investimento realizado na massificação do acesso se revela ineficaz sem
a personalização do sucesso" (Azevedo e Alves, 2010). De acordo com Perrenoud
(2001) o insucesso não é uma inevitabilidade, através de uma pedagogia diferenciada e
de suporte, poder-se-á melhor corresponder às necessidades dos alunos, podendo o
ensino por ciclo ser pensado de uma forma mais flexível.
5
Formosinho (2000) reforça esta posição, apresentando um “manifesto antiburocrático”, apelando a uma
nova visão da escola, articulada com a comunidade, como espaço de pertença e de ajustamentos mútuos,
de “pessoas para pessoas” (pp.147-159).
6
Relatório publicado no Jornal Oficial da União Europeia (2006/C298/03), em 8 de Dezembro de 2006
19
reconhecimento de aprendizagens anteriores e da aprendizagem na idade adulta para
aquisição de novas competências (como a literacia digital). De entre as conclusões do
referido Conselho, salientamos as que convidam os Estados-membros a centrar esforços
na promoção do acesso à educação e à formação de todos os cidadãos nos domínios
enunciados, independentemente da origem socioeconómica ou de outros fatores que
constituam desvantagem em matéria de educação.
Quadro 1. Alunos matriculados por nível de educação/ensino em Portugal e no Continente (2000/01- 2010/11)
(Fonte: DGEEC, 2012)
20
causas, implicações e projeções, e assume uma “natureza polissémica” (Afonso, 2012),
tal como o conceito de sucesso. O conceito de insucesso e sucesso são faces da mesma
moeda, sendo que o primeiro reveste-se de um carácter negativo, sinónimo de fracasso,
um conceito mal afamado, por contraposição ao termo sucesso, sinónimo de êxito, ou
avanço em relação a um resultado positivo. Na micro-esfera do contexto educativo, o
conceito de sucesso ou insucesso reportam-se a significações que Benavente (1990)
aponta como “problema ou fenómeno, reprovações, atrasos, repetências, abandonos,
desperdício, desadaptação, desinteresse, desmotivação, alienação e fracasso, êxito,
sucesso, aproveitamento, rendimento e comportamento escolar.” (Benavente, 1990:721)
No contexto escolar, costumam enquadrar-se os conceitos de sucesso e
insucesso, através dos “critérios pedagógicos”, ou seja, através dos referenciais
objetivos do plano educativo, nomeadamente, medidos através dos resultados escolares.
O sucesso, ou insucesso, derivaria de uma definição demasiado colada às funções de
certificação escolar (Formosinho, 1988). Ou seja, tem sido muito explicado num sentido
unilateral: o (in)sucesso escolar depende da concretização dos objetivos educativos pelo
aluno e, mais concretamente, pelos resultados escolares atingidos. Sempre que esses
objetivos não são atingidos, ocorre a retenção ou ficam lacunas no processo de ensino e
aprendizagem, portanto, associa-se facilmente à retenção escolar (Pires, Fernandes e
Formosinho, 1991).
Iturra responsabiliza o sistema educativo por este resultado pois demonstra que
ou os meios utilizados não foram suficientes ou a orientação pedagógica inadequada,
indo mais longe ao afirmar que “os estudantes não estão aptos para aprender, ou os
professores não estão aptos para ensinar” (Iturra, 1990:15). Mas esta crítica seria injusta
para os próprios professores se a situássemos somente ao nível da didática e pedagogia,
pois se este fenómeno resulta de uma série de fatores interligados, a responsabilidade
terá de ser distribuída, não esquecendo que existem constrangimentos ao nível da
organização dos processos educativos que poderão ter um peso significativo no ensino.
Claro que há sempre alunos que não estudam, professores que não são competentes,
escolas demasiado burocratizadas ou famílias desestruturadas que impedem um bom
desenvolvimento psicossocial e cognitivo das crianças, mas esta tese suporta a
necessidade de perceber o fenómeno do insucesso, nas suas diversas manifestações, e
que efeitos têm na qualidade das aprendizagens, nos resultados escolares, nas taxas de
abandono escolar, na idade escolar por referência ao ciclo de ensino, na saída escolar
21
precoce. O quadro 2 reflete a taxa de retenção e desistência nos ensinos básico e
secundários, por nível de ensino e ciclo em Portugal, desde o ano letivo 2000/01.
Quadro 2. Taxa de retenção e desistência nos ensinos básico e secundários, por nível de ensino e ciclo em
Portugal e no continente (2000/01-2010/11) (Fonte: DGEEC, 2012)
22
da retenção, para além de evitar a estigmatização a que o aluno é sujeito, bem como os
elevados custos, a curto, médio e longo prazo, do abandono.
Rovira (2004) considera que a expressão insucesso escolar não é muito correta
pois, além de traduzir um qualificativo demasiado simplista, é excessivamente negativa.
Ou seja, fala-se de fracasso escolar de uma forma global, depreendendo-se que o aluno
fracassado o é na sua totalidade. O autor sublinha a necessidade de criticar a
simplicidade, concludência e negatividade do conceito, assim como destaca a
importância das seguintes considerações: a) nem todos os insucessos são iguais, pois
ninguém fracassa de todo e em tudo; b) um insucesso pode encerrar esforços muito
valiosos; c) um insucesso nem sempre se reveste de um significado catastrófico, quer ao
nível pessoal quer ao nível social.
«The social and economic costs of school failure are extremely high, and
take many different forms: increased criminality, lower rates of economic
growth, lower intergenerational effects on children and parents, higher public
health spending, higher unemployment, lower social cohesion
(Psacharopoulos, 2007), and even lower participation in civic and political
activities. Early school leavers have lower income jobs than secondary school
graduates and pay fewer taxes. (…) they are also more likely to rely on public
assistance (…) and on public health systems, and this require countries to
make greater public expenditures (Levin, 2005). Their potential high
criminality rate also results in higher police and criminal justice expenditure
for countries (Psacharopoulos, 2007)». (OCDE, 2010:3)
23
Gráfico 1. Percentagem de alunos com 15 anos com pelo menos uma retenção e os custos associados à retenção tendo
por referência a despesa do aluno até ao 9.º ano.
(fonte: http://eacea.ec.europa.eu/education/eurydice/thematic_reports_en.php)
7
A evolução da psicometria contribuiu, em parte, para a formação deste tipo de preconceitos, ao
generalizar-se a utilização de testes de medição da inteligência, sobretudo em contexto americano, desde
a primeira guerra mundial. Em 1916, Lewis Terman criou a famosa fórmula para calcular o Quociente de
Inteligência de cada um, o que deu seguimento ao aperfeiçoamento até aos dias de hoje de medidas
psicométricas de avaliação da inteligência. Muitos destes testes generalizaram-se no seu uso a partir da
24
Quadro 2. Alunos matriculados por nível de educação/ensino em Portugal e no Continente (2000/01- 2010/11)
(Fonte: DGEEC, 2012)
A partir dos finais da década de sessenta, surge outra teoria, decorrente das
áreas da psicologia e da sociologia da educação, que inverteu o paradigma dominante
para a explicação dos fenómenos do insucesso, atribuindo maior peso aos fatores sociais
25
na sua explicação8. O insucesso trata-se, portanto, de um fenómeno social, pois, varia
consoante a origem social dos alunos:
Num estudo sobre a origem do interesse pela eficácia da escola, Jorge Ávila de
Lima (2008) demonstra que, depois de Coleman, Christopher Jenks, em 1972, corrobora
as mesmas conclusões num estudo longitudinal com mais de uma centena de escolas
secundárias, acrescentando que a equalização da qualidade das escolas teria efeitos
mínimos na redução das desigualdades de aprendizagem dos alunos, mas que a
equilização do ambiente social traria diferenças significativas, o mesmo sucendendo na
Grã-Bretanha, com o Relatório Plowden, em 1967, que, a propósito, sugeriu a criação
de “áreas educativas de intervenção prioritária” para possibilitar a melhoria da
8
James Coleman em 1966 apresenta um estudo sobre o sucesso escolar, reportado a seiscentos mil alunos
e sessenta mil professores do ensino básico e secundário, a partir do qual concluiu que a “pertença social
e o estatuto económico dos alunos” tinham mais influência no sucesso escolar e desenvolvimento das
crianças do que a escola” (Lima, 2008:14-15).
26
comunidade educativa (Lima, 2008:18). Sobre este paradigma, Ana Benavente avança
que “o papel «reprodutor» da escola foi posto em evidência no quadro desta teoria que
sublinhou o modo como as desigualdades sociais se transformam em desigualdades
escolares, que legitimam, por sua vez, as desigualdades sociais” (Benavente, 1990:
716).
Dá-se, assim, corpo a uma terceira teoria que encara o insucesso escolar numa
perspetiva socioinstitucional:
27
escondendo possivelmente a parte mais substancial do iceberg” (Roazzi e Almeida,
1988:58-59).
28
do currículo como fator de insucesso escolar, pois, “quanto mais académico for o
currículo, mais gerador de insucesso na instrução ele se demonstra” (Formosinho, 1988:
109-110). O currículo do Ensino básico é uniforme: “é exatamente o mesmo para todos
os alunos, para todas as escolas e todos os professores…” (Formosinho, 1988: 113).
29
vulnerabilidade escolares, em substituição de esquemas de explicação monocausais e
simplistas.
30
organização e gestão das escolas, coordenação, planificação institucional, liderança e
conexões com o meio social; recursos escolares e a sua distribuição, segundo critérios
de igualdade e equidade de acordo com as necessidades da população a que serve.
Quadro 3. Quadro síntese das variáveis dos modelos ecológicos de compreensão do insucesso escolar (Escudero,
2005)
31
FATORES E DINÂMICAS
POLÍTICAS SOCIAIS
Organização
escolar
E
Corpo docente
N
Meio
S
C N
U Contextos Escolares O
R
R
e
Í
C
Alunos em risco de A
U
exclusão
L P
O R
N
Construção capacidade e
D
incapacidade
I
Z.
POLÍTICAS EDUCATIVAS
de EXCLUSÃO SOCIAL
Esquema 2. Contextos, Fatores e Dinâmicas dos Riscos de Exclusão Educativa (Escudero, 2005)
32
O esquema 2 descreve a hipótese de que uma compreensão adequada da
integração, vulnerabilidade e exclusão educativas remeta para estruturas e dinâmicas
situadas em diversos planos. Entre esta rede de fatores e dinâmicas, existem relações
interativas que, sem chegar a ser absolutamente determinantes, são propícias a que os
riscos de exclusão incidam em maior medida sobre determinados contextos económicos,
sociais e culturais, individuais ou coletivos.
Por tudo isto, Escudero (2005) defende que o insucesso escolar é um “guarda-
chuva” que acolhe múltiplas realidades, quotidianas ou pessoais, mas também
estruturais e sistémicas, difíceis de apreender, relacionar e combater. De qualquer modo,
defende também que a atitude menos adequada é entendê-lo de forma fatalista e como
estando completamente fora do nosso controlo. Vai mais longe e admite que, a urgência
e os motivos para não desistir pertencem ao universo dos imperativos éticos e sociais
que nem a sociedade, nem a escola devem esquecer.
9
Rede Europeia Anti-Pobreza / Portugal (2005). Conclusões do Seminário Insucesso e Abandono
Escolar. Braga.
33
documento conclui que a atribuição destas responsabilidades resultam do modo como as
escolas e os professores identificam e analisam as razões do insucesso escolar ao nível
local, a identificação das necessidades, das disponibilidades e dos recursos, das
possibilidades e dos limites, das vantagens e das desvantagens, entre outras, das
intervenções que tenham a ver com ações de carácter social julgadas úteis, no âmbito do
processo de intervenção educativa que têm lugar nas escolas. Sendo, como já
enunciado, o insucesso e o abandono escolares fenómenos multifatoriais e complexos,
não cabe unicamente à escola resolver estes problemas, mas, a nosso ver, deve também
caber a esta sinalizá-los e passar a informação, uma vez que a escola e os professores
não se podem substituir aos parceiros sociais, que têm responsabilidades diretas sobre
essas matérias (famílias, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, técnicos da área
do social, etc.). É fundamental que as escolas elaborem propostas de medidas
decorrentes de diagnósticos ajustados e consequentes, que possam originar parcerias
com outros atores e instâncias estimulando-os, através de contratos de colaboração, a
assumir as suas responsabilidades sociais nesta matéria.
34
Fatores metacognitivos e cognitivos
35
competências complexas requer grande esforço, por parte do aprendente, e uma
intervenção segundo determinados parâmetros. Se não houver, da parte de quem
aprende, uma motivação para o fazer, o aparecimento da vontade para realizar o esforço
necessário à aprendizagem surge como pouco provável, exceto sob coerção.
Quadro 4. Princípios psicológicos centrados no aprendente (APA, 1997 cit. in McCombs, 2004)
36
linguísticas e formativas dos alunos. O sucesso escolar implica que os alunos sejam
capazes de tomar iniciativas e se responsabilizem pela sua aprendizagem (autonomia),
criem laços de vinculação com pares e pessoal da escola (sentimento de pertença) e
sejam portadores de uma sensação de mestria em situações que os desafiem
(competência) (Christenson e Havsy, 2004).
Para se construir uma escola de sucesso, de sucesso para todos, convém não
esquecer aqueles que têm mais dificuldades em alcançá-lo. Não esquecer as diferenças,
antes valorizá-las e compreender que elas são enriquecedoras. Segundo Joaquim
Azevedo,
10
Conselho Europeu de Lisboa 2000 – Conclusões da Presidência.
37
jovens que acedem à escola, apoio este imprescindível para o sucesso.»
(Azevedo, 2009:7)
Para além da escola não conseguir cumprir a sua missão de ensinar a todos, ao
excluir vai lançando na assistência social os seus excluídos, o que acarreta
consequências na coesão social.
11
A diversidade de ritmos de aprendizagem deve fazer-nos pensar em “pontes” entre percursos
educativo-formativos (Plano Nacional de Prevenção do Abandono Escolar, 2004)
38
Inclusivamente, ele gera mecanismos de exclusão social, iniciando esse processo com as
retenções, o insucesso e a incapacidade de fornecer um processo de ensino
aprendizagem de qualidade. O mesmo relatório, como destaca o Conselho Nacional de
Educação (CNE), aponta que:
«a repetência continua a ser utilizada como uma das formas privilegiadas
de superação de atrasos, o que permite inferir que as estratégias
organizacionais e pedagógicas usadas não têm conseguido compensar os
efeitos das diferenças de origem e as dificuldades concentradas nos percursos
escolares» (Conselho Nacional de Educação, 2010).
39
conocimientos ni una titilación mínima [e faz parte] de ese grande sector con
riesgo de exclusión e marginación social e económica (González, 2006:1).»
40
Devido à dimensão social deste fenómeno, e segundo o Relatório Especial
nº1/2006 do Tribunal de Contas Europeu (2006), a União Europeia estabeleceu como
critério temporal de referência que, até 2010, todos os Estados-Membros reduzam para
metade a percentagem de jovens que abandonam o sistema escolar precocemente, em
relação à percentagem registada no ano 2000, com o objetivo de alcançar uma taxa
média europeia não superior a 10%.
Face à leitura do Gráfico 2, facilmente percebemos que Portugal estava longe
dessa meta e que muito havia a fazer quanto a esta problemática.
Gráfico 2. Taxa de abandono escolar precoce em Portugal entre 1995 e 2011 (Fonte: Observatório das desigualdades)
12
“O Observatório das Desigualdades é uma estrutura independente constituída no quadro do Centro de
Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Universitário de Lisboa (CIES-IUL), que é a instituição
responsável pelo seu funcionamento e coordenação científica, tendo por instituições parceiras o Instituto
de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (ISFLUP) e o Centro de Estudos Sociais
da Universidade dos Açores (CES-UA).” http://observatorio-das-
desigualdades.cies.iscte.pt/index.jsp?page=aboutelang=pt (consultado a 25 de fevereiro de 2013).
13
Esta tendência é mais significativa na população masculina e nas regiões autónomas : “A proporção da
população portuguesa com idade entre os 18-24 anos cujo nível de ensino atingido era, no máximo, o 3.º
ciclo do ensino básico e que não se encontrava a estudar, situava-se em 2011 nos 23,2%: 28,2% no caso
dos homens, 18,1% entre as mulheres – uma diferença de cerca de 10 pontos percentuais, portanto. Em
Portugal Continental, o Algarve é a região NUTS II registava para este indicador piores resultados:
26,09%. Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira o valor é ainda mais negativo: 44,3% e 31,7%,
respetivamente. A Região Autónoma dos Açores é a que apresenta uma maior diferença entre a taxa de
41
Nas sociedades em que o sistema de ensino se universalizou tardiamente e
onde o mercado de trabalho é pouco exigente em qualificações, os jovens pouco
motivados para a escola são facilmente atraídos para o trabalho infantil, terminando o
percurso escolar ainda na escolaridade obrigatória. Tal facto contribui de forma
acentuada para o abandono escolar. São jovens com baixas expectativas, dada a
desvalorização de que são vítimas, evidenciam forte insucesso escolar, não raras vezes
contabilizam várias retenções, uma grande parte proveniente de famílias com baixas
habilitações, baixos rendimentos, graves dificuldades económicas e, por vezes, psico-
sociologicamente desestruturadas (Escudero, 2005).
abandono precoce de educação e formação masculina e feminina: a primeira é superior à segunda em 16,9
pontos percentuais.”
42
Marujo, Neto e Perloiro relembram que insucessos repetidos contribuem para
sentimentos de incompetência (Marujo, Neto e Perloiro, 1998). O medo de falhar pode,
em si mesmo, ser paralisante, criando no jovem a relutância para uma nova tentativa no
ensino regular. É importante que os jovens convivam com os insucessos, frustrações e
tristezas face às dificuldades e se consciencializem que falhar não faz deles uns
falhados! É importante que cresçam a lidar com a adversidade e que percebam que se
pode transformar os insucessos em sucessos, necessitando de quem os ajude a
transformar os problemas em desafios. A escola desempenha aqui um papel decisivo, de
responsabilidade social e de missão pública.
43
Existe um conjunto de alunos que é abandonado à sua sorte, reflexo das
práticas pedagógicas das escolas e dos professores, conclui o mesmo autor em 2005
(Azevedo, 2005), para mais recentemente lembrar que
Gráfico 3. Taxa de pré-escolarização, por idade, em Portugal (2000/01-2010/11) (Fonte: DGEEC, 2012)
45
generation aged 55-64 in 2009 to 48% for the generation aged 25-34 in the
same year» (Santiago, Donaldson, Looney e Nusche, 2012:13).
Com base nos dados disponibilizados pelo relatório Estado da Educação 2011 –
A Qualificação dos Portugueses (CNE), é possível reconhecer precisamente o trabalho
desenvolvido na última década em prol da escolarização.
Gráfico 4. Escolarização da população dos 3 aos 17 anos, em Portugal (2000/01 e 2010/11); Percentagem de
população escolarizada (por nível de educação/ensino) e não escolarizada, por idade (Fonte: DGEEC, 2012)
46
Esta evolução pode ser explicada por diferentes prismas, entre os quais destacamos a
redução do abandono escolar, a constituição de ofertas educativas/formativas ao nível
do ensino básico e secundário e mediante a certificação de competências adquiridas ao
longo da vida. Entre as medidas adotadas para combater o abandono escolar precoce e
promover o sucesso, destacam-se, nas últimas duas décadas, a criação do Ensino
Profissional, no início dos anos 90; a criação dos Territórios Educativos de Intervenção
Prioritária (TEIP) em 199614; o Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF) em
199915; a implementação dos Cursos de Educação e Formação (CEF) em 200416; a
criação dos Percursos Curriculares Alternativos (PCA) em 200617.
Quadro 5. Alunos que concluíram o ensino básico, por modalidade de ensino em Portugal (2000/01-2010/11)
(Fonte: DGEEC, 2012)
14
De acordo com o Despacho 147-B/ME/96 esta medida visava “Criar condições que permitam garantir a
universalização da educação básica de qualidade e promover o sucesso educativo de todos os alunos e,
muito particularmente, das crianças e dos jovens que hoje se encontram em situações de risco de exclusão
social e escolar.” Esta medida marcava o início da territorialização das políticas educativas em Portugal.
Esta medida foi alargada em 2006, 2009 e mais recentemente em 2012, abrangendo no momento 134
agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas.
15
No âmbito do Plano para Eliminação da Exploração do Trabalho Infantil (PEETI) surgiu o PIEF pelo
despacho conjunto n.º 882/99 de 15 de outubro, com o propósito de obstar à orientação, pela família, das
crianças e jovens em idade escolar para o exercício de atividades laborais. A ação visava sobretudo,
através de um trabalho concertado entre os Ministérios da Educação, da Segurança Social e do Ministério
do Trabalho valorizar o papel da escola junto das crianças e jovens sinalizados mediante o
desenvolvimento de atividades de ocupação, orientação vocacional e desporto.
16
Despacho conjunto nº 453/2004 de 27 de julho “Esta medida visa a promoção do sucesso escolar, bem
como a prevenção dos diferentes tipos de abandono escolar, designadamente o desqualificado. Esta
medida é dirigida aos alunos com idade igual ou superior a 15 anos.”
17
O Despacho Normativo 1/2006 reconhecendo que «a escola por ser um espaço plural, do ponto de vista
social e cultural, em que as motivações, os interesses e as capacidades de aprendizagem dos alunos são
muito diferenciados, importa garantir e flexibilizar dispositivos de organização e gestão do currículo
destinados a alunos que revelem insucesso escolar repetido ou problemas de integração na comunidade
educativa», permitia a constituição de turmas com um percurso curricular alternativo (PCA).
47
Apesar dos esforços encetados pelos vários governos em trazer todos para a
escola, procurando desenvolver percursos que dessem resposta aos diferentes perfis de
alunos que a frequentam, o certo é que Portugal continua a evidenciar problemas a nível
dos resultados, mais concretamente a nível da qualidade das aprendizagens, numa
perspetiva comparada com a realidade dos parceiros da OCDE.
48
que nos é imposta, é uma exigência, tendo em conta os patamares de competitividade e
de avaliação, enquanto país-membro da União Europeia. Por outro lado, esse esforço de
melhoria reflete necessidades de intervenção – o insucesso e abandono escolar – sendo
que para inverter os mesmos, temos de conhecer a causa, de forma a não dispersar nem
recursos nem energias.
49
racionalização, de divisão de trabalho, de controlo, de fragmentação e
especialização, em parte comuns à generalidade das organizações complexas
modernas.” (Lima, 2011:124)
Esse produto final materializa-se não só nos resultados escolares, como também
na qualidade das aprendizagens e do ensino, ou seja, “transpondo o desafio da sociedade
do conhecimento para o âmbito escolar, mais do que combater o insucesso, interessa
qualificar esse sucesso, dando-lhe novas dimensões e horizontes de sustentabilidade”
(Moreira, 2009:11).
Olhando em perspetiva, a escola passou assim, nas últimas décadas por diversas
mudanças, correspondentes a níveis de regulação diferentes (Dale, 1997 cit. in Antunes
e Sá, 2010): da regulação por regras (inputs) à regulação determinada por objetivos
(outputs) e desta à regulação pelos resultados (outcomes). Aprofundando, se o primeiro
nível se caracterizou pela colocação de condições de funcionamento ao sistema, na
crença de que os resultados acabariam por surgir de forma inevitável, o segundo tem a
sua base na regulação a posteriori, mediante a avaliação das realizações do sistema.18
Presentemente, a regulação do sistema assenta na definição de resultados que o próprio
sistema é suposto produzir, logo, determinantes da avaliação do desempenho dos
agentes do sistema, aplicável à liderança, professores e alunos. (Antunes e Sá, 2010)
18
Licínio Lima sustenta a crítica de que imagens gerencialistas ou do tipo organicista, formal, burocrático
ou racional das organizações escolares correspondem a um paradigma de educação contábil (Lima, Silva,
Torres, Sá, e Estêvão, 2011), ou seja, o caráter mensurável e comparável dos resultados dos alunos
conferem-lhes uma natureza moldável, firma-se num processo de input e output, que no fundo não
passará de uma ilusão, pelo seu cárater aparentemente rigoroso e objetivo, se interpretado de forma
isolada.
50
tinha, na sequência da transição política de meados dos anos setenta, encetado um
percurso não totalmente convergente com a tendência externa, supranacional. Por outro
lado, a transformação foi marcada pelo ritmo de envolvimento dos diferentes
interlocutores no campo educativo19 e pela definição das temáticas da reforma -
descentralização, regionalização, participação da comunidade, a administração das
escolas e criação do conselho local de Educação Básica20. Passados alguns anos e no
que concerne à administração das escolas, foi dado especial destaque à questão da
territorialização da educação, lançada por João Barroso, na qual os temas da
territorialização, contratos de autonomia e agrupamentos foram amplamente debatidos.
Deste debate, resultou uma série de normativos, procurando concretizar a reforma21.
(Barroso, 2006).
O envolvimento de agentes externos à escola, em nome da participação na sua
administração, conheceu já no século XXI22 importantes avanços, que não se resumem à
participação dos encarregados de educação, mas também de outros agentes como as
autarquias, associações do mais variado âmbito (académicas, científicas, desportivas,
culturais, sociais, profissionais), confirmando a aceção de João Formosinho de que esta
«participação da sociedade civil europeia na governação das escolas não se tem
resumido à participação dos pais, antes traduzindo um novo contrato entre o Estado e a
sociedade civil para a administração da educação.» (Formosinho, 2003:23).
Esta evolução, marcada por dinâmicas internas de mudança, confrontadas por
desafios externos, aliados a posições de conservação pelas mais variadas razões, fez
com que os processos de gestão escolar em Portugal só de forma muito lenta se
afastassem de uma abordagem burocratizada, tanto interna como externa. Foi sempre de
modo muito tímido que foi dada autonomia às escolas e sempre sob um controlo que
revelava, muitas vezes, uma certa desconfiança que a maioria das escolas conseguiram
utilizar as suas franjas da autonomia e crescer para a inovação e mudança.
19
Para uma perspetiva histórica e análise desta transformação entre 1974-1990 Cf. Formosinho, J. (2003)
“A governação das escolas em Portugal – da “gestão democrática” à governação participada», in
Administração e Gestão das Escolas. Diferentes olhares sobre a mesma problemática, Braga, Centro de
Formação de Associação de Escolas de Braga/sul, 2003; Barroso, J. (2005). Políticas educativas e
Organização Escolar. Lisboa, Universidade Aberta; Barroso, J. (org.) (2006), A Regulação das Políticas
Públicas de Educação: Espaços, Dinâmicas e Actores. Lisboa: Educa | Unidade de IeD de Ciências da
Educação.
20
Corporizadas no Decreto-Lei 172/91.
21
Este debate assistiu a formulação do Decreto-Lei n.º 115-A/98.
22
Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril.
51
Por conseguinte, convém esclarecer o que entendemos por inovação, conceito
que julgamos de particular centralidade no objeto em estudo. De acordo com Correia
por inovação podemos entender «práticas pedagógicas, que visam explicitamente
melhorar o funcionamento dos sistemas de ensino sem pôr em causa as suas estruturas
ou funcionamento ideológicos» e «pode referenciar práticas que têm por objetivo
explícito mudar radicalmente a escola e a estrutura das relações que ela mantém com a
sociedade» (Correia, 1991 cit. in Silva, 2001:68). Deste modo à inovação assiste uma
intenção generalizada de melhoria educativa, referida esta à articulação de práticas
socioeducativas, de escolhas organizacionais e pedagógicas (González e Escudero,
1987, cit. in Alonso, 1998).
Garantir formas do sucesso educativo que sejam uma possibilidade para todos,
como vimos, é um desafio ainda vigente, e continuam a desenhar-se soluções – locais
ou centralizadas – que garantam, por um lado, aprendizagens sustentáveis, consolidadas,
52
e, por outro, resultados escolares que, num quadro internacional, demonstrem
capacidade competitiva (partindo da premissa de que a certificação de cada vez mais
alunos até ao ensino superior ocorre, tal como a aprendizagem ao longo da vida).
53
como ir além, isto é, focar formas de gestão dos recursos humanos e materiais no
sentido da melhoria escolar.
23
Reconhecemos a importância das culturas docentes na construção da cultura de escola. No entanto, em
função do objeto de trabalho, não nos é possível, por razões de economia, aprofundar este tema.
54
de ferramentas essenciais para o desenvolvimento de uma cidadania ativa: inovação,
criatividade, capacidades e competências de adaptação.
24
O nível sociocultural, o apoio da família, o recurso a explicações.
55
condizente, embora distorcida, uma vez que muitos ficaram pelo caminho. Seletividade
esta que se aprofunda, uma vez que tanto as escolas como os professores, à luz deste
reconhecimento social, são levados a assumir como correta esta gramática.
Com o quadro exposto, será difícil construir uma escola democrática, onde
todos aprendam mais: os que “não gostam da escola”, “os que não querem aprender” e
os que têm outros ritmos de aprendizagem. Para se construir uma escola de sucesso para
todos, ela deve encontrar respostas que os inclua a todos.
Esta foi a grande provocação que nos trouxe a escola de massas: para os bancos
da escola vieram todos, independentemente do reconhecimento e do valor que lhe
atribuem. Bernard Charlot citado por Nóvoa (2010) caracteriza esta situação com
palavras fortes: há alunos que estão administrativamente inscritos na escola, que a
frequentam do ponto de vista físico, mas que nunca nela verdadeiramente entraram. Um
pensamento de escola, que sirva a todos, tem que germinar dentro da própria escola.
Este pensamento é a condição de uma cultura de escola que se preocupe em encontrar
respostas diversificadas, para conseguir ensinar a todos e conquistar todos para a escola,
e que contrarie o pensamento elitista, pretensamente meritocrático dominante na
sociedade atual.
56
«A liderança para a aprendizagem implica, na prática, pelo menos cinco
princípios (Macbeath, Swaffield e Frost, 2009): concentrarmo-nos na
aprendizagem como atividade, criar condições favoráveis para a
aprendizagem, promover um diálogo sobre a liderança e a aprendizagem,
partilhar a liderança, uma responsabilidade compartilhada pelos resultados. A
criação de uma cultura centrada na aprendizagem dos alunos requer: promover
a cooperação e coesão entre os professores, um sentido de trabalho bem
executado, desenvolver perceções e perspetivas do que se pretender
conseguir» (Bolívar, 2012:64).
57
Esta mudança de paradigma e de conceção de escola deverá ser, em primeiro
lugar, percecionada e assumida pelo líder da escola, para que contagie com este mesmo
pensamento os professores, pais e assistentes técnicos e operacionais e restante
comunidade. É necessário que os líderes tenham “a capacidade criadora de suscitar nos
outros a vontade de seguir um caminho, de participar num trabalho comum, de atingir
determinadas metas e de que essa vontade se concretize em realização” (Teixeira, 1995:
60). Consciente que o caminho é difícil e o desafio é grande: incluir e minimizar as
assimetrias que decorrem de questões exógenas (meio sociocultural,
desresponsabilização dos pais, falta de crença na escola, desmotivação dos alunos),
levando todos a sentirem a escola como um espaço que os acolhe, numa perspetiva
holística que exige trabalho, rigor, perseverança, eficácia, em que o poder e a autoridade
são atributos mobilizadores para a organização da escola que quer educar todos.
Este tipo de liderança define uma cultura de escola que, de acordo com Schein
pode ser definida como um padrão de pressupostos básicos, inventados, descobertos ou
desenvolvidos por um grupo, à medida que aprendeu a lidar com os seus problemas de
adaptação externa e de integração interna, que funcionou bem o suficiente para ser
considerado válido. Ainda na sua perspetiva (Schein, 1992, cit. in Carvalho, 2006), a
cultura pode ser criada de duas formas diferentes:
- como normas e crenças que podem surgir a partir do modo como os membros
de um grupo respondem a um incidente crítico, sendo que o conjunto de
comportamentos que ocorrem a seguir tende a criar a norma. Esta, por sua vez, pode
tornar-se uma crença e depois um pressuposto, se o mesmo padrão de acontecimentos
recorrer;
58
e a liderança de sala de aula. A consecução de Projetos, estratégias e caminhos surgem
como resposta aos objetivos da escola, sob um processo de regulação e monitorização,
mediante mecanismos de autoavaliação, implementados e consolidados no tempo e
numa lógica de proximidade com todos os intervenientes na vida da escola. Hargreaves
e Fink sustentam esta visão de escola no seu livro The Seven Principles of Sustainable
Leadership:
59
constata-se que a maioria dos Projetos educativos e curriculares dos agrupamentos é
omissa em relação à definição de critérios de constituição de turmas, o que nos leva a
admitir que a opção por uma solução organizativa resulta de um processo não
totalmente justificado, podendo ser esse entre muitos outros possíveis. O processo mais
recorrente funda-se na ideia da continuidade pedagógica, pressupondo que o critério
pedagógico presidiu à organização do agrupamento original. Ora, a análise atenta dos
processos revela, como salienta José Verdasca, uma «total ausência de critérios ou por
critérios totalmente alheios a aspetos de natureza pedagógica.», marcados mais por um
«caráter casuístico e circunstancial do que propriamente racional.» (Verdasca, 2007:43).
60
Estes critérios são apresentados, na mesma obra, no esquema-síntese que se segue (Cf.
Esquema 3):
Finalidades educativas
Modelos de agrupamento
A definir A definir
Aleatório
a posteriori a posteriori
Homogeneidade Heterogeneidade
61
vez que intervém, num plano contextualizado, sobre o domínio da socialização, das
estratégias de ensino e aprendizagem e do aproveitamento.
O quadro que rege essa intervenção encontra-se balizado por um conjunto de
pressupostos definidores de um ambiente e de uma paisagem, ambos dinâmicos, porque
imbuídos de sentidos de ação são portadores de transformação/evolução. Esses
pressupostos são a gestão dos recursos com vista à obtenção de resultados, tendo em
consideração o perfil da população escolar, em especial alunos e professores. Voltamos
a referir o que ficou exposto no ponto anterior, é preciso reconhecer o invariável como
variável na gramática escolar, na consecução de uma escola democrática e universal.
Dada a génese e evolução dos sistemas escolares, como refere João Barroso, a
organização escolar manteve-se «fincada (…) no modelo liceal de inspiração liberal
caracterizado pela uniformidade das normas, dos espaços, dos tempos, dos alunos, dos
professores, dos saberes e dos processos de inculcação com vista a ensinar a muitos
como se fosse um só» (João Barroso, 2001, cit. in Formosinho e Machado, 2011: 20)
Na construção de uma escola para todos entendemos como válida a posição de
José Pacheco quando afirma que
62
Com efeito, a linha condutora da ação da escola tem-se centrado no plano
curricular e na organização escolar por uma relativa rigidez, acompanhada por uma
pedagogia da compensação ao nível da ação «social nas vertentes da alimentação,
saúde, higiene e dos apoios socioeducativos e em apoio psico-pedagógico com vista à
compensação de carências detectadas nos alunos.» (Formosinho e Machado, 2011:20).
Há uma resistência no sistema escolar em se reformar uma série de variáveis
internas. E, apesar desta compensação social adstrita à escola e desempenhada pela
escola, há alunos que não escapam ao insucesso. O que leva a concluir que a escola terá
de que se reformar. Não é por mais recursos, nem por mais funções sociais que possam
prestar à comunidade, pois, no essencial, o cumprimento da sua função, é ensinar e
qualificar as aprendizagens dos seus alunos, o que continua a evidenciar fortes lacunas.
O sentido a desenvolver-se será o da reforma. Esta poderá ser empreendida em
duas direções: ou a escola constrói uma relação na qual prevê, pela diferenciação das
ofertas educativas e dos processos, a inserção de todas as culturas escolares e sociais por
mais distanciadas que estejam daquilo que a sociedade necessita e do que define o
sistema educativo único; ou, no seio desse mesmo sistema educativo e da cultura escolar
que propugna encontrar respostas para essa diversidade.
Por conseguinte, à escola cumprirá, independentemente da direção decidida e
furtando-se a conceções centralistas e burocráticas, garantir as condições de igualdade
de acesso e de sucesso, pelo repensar da organização da escola, da diversificação
curricular e da diferenciação pedagógica (Formosinho e Machado, 2011).
Nesta linha de análise, abordamos a questão do agrupamento de alunos. Com
efeito, o reconhecimento da diferença individual dos e entre alunos impele as escolas a
encontrarem resposta a esta diversidade. E essa resposta pode passar pelo agrupamento
dos alunos.
Ao longo dos anos, esta questão não encontrou consenso. A organização dos
alunos encontra-se interligada com duas outras questões que a assistem: a da
diferenciação do currículo e a da constituição de um suporte pedagógico e didático
direcionado para a superação das dificuldades evidenciadas pelos alunos.
63
«(…) como ha señalado Shields (1996) las investigaciones —que
básicamente se han centrado en resultados, en actitudes y en estrategias
instructivas para determinar qué tipo de agrupamiento se asocia con qué
resultados—, muestra evidencias contradictorias. Son diversos los autores
(Pigford, 1990; Markle, 1991; Boaler, 1997; Lyle, 1999) que advierten del
carácter no concluyente de los resultados de investigación y de la falta de
eficiencia empírica que apoye la creencia en que separar a los alumnos
aumenta sus logros académicos» (González, 2002:171).
25
A. de la Orden (1975, cit. in Verdasca, 2007:18): “Koontz (1961), com o objectivo de comprovar a
hipótese nula de que turmas homogéneas de 4º ano segundo um critério instrucional, não conseguem
prestações académicas superiores em Matemática, Língua e leitura, aos dos seus pares quando agrupados
segundo um critério de heterogeneidade e cujos resultados viriam a revelar diferenças significativas
favoráveis aos grupos heterogéneos na Matemática e Leitura; Svensson (1962), com o objectivo de
verificar se diferentes tipos de turmas homogéneas de 4º e 9º anos em distintos tipos de escolas e as
turmas heterogéneas produzem diferentes incrementos no rendimento académico em alunos de similares
níveis de instrução e origem socioeconómica e em que os resultados apurados não viriam a revelar
diferenças significativas de rendimento entre os grupos; Douglas (1964), com o fim de estudar as
características e rendimento dos alunos dos 8 aos 11 anos, agrupados segundo um critério homogéneo e as
diferenças entre os grupos de capacidade superior e inferior e cujos resultados comprovariam que o
agrupamento homogéneo reforça o processo de selecção social; Goldberg, Passow e Justmam (1966),
com o objectivo de explorar as diferenças de rendimento académico e outras características pessoais entre
os alunos agrupados em diversas classes, concluir-se que em relação a todas as variáveis estudadas os
efeitos de agrupamento foram mínimos e ainda assim favoráveis aos grupos heterogéneos; Borg (1966),
com o objectivo de estudar diferenças de rendimento académico em alunos do primário agrupados
homogénea e heterogeneamente e com aplicação de programas diferenciados, concluindo-se pela não
existência de efeitos suficientemente consistentes em nenhum dos grupos.”
64
Slavin (1986, cit. in Verdasca, 2007) apresenta, nas suas sínteses, resultados
interessantes ao nível do rendimento académico, quando em turmas heterogéneas se
agrupam alunos com características de aprendizagem homogénea.
Por seu lado, Webb (1982, cit. in Verdasca, 2007) evidencia que os alunos de
nível médio rendem mais em grupos homogéneos.
Garcia (1989, cit. in Verdasca, 2007), por sua vez, argumenta que o professor
otimiza melhor o tempo com grupos homogéneos (constituídos com base em critérios
de aprendizagem), utilizando estratégias mais individualizadas e apoiando de forma
mais consistente os alunos. Isto pode-se traduzir numa maior qualidade do desempenho
escolar.
Num estudo que envolveu mais de dez mil alunos de jardins-de-infância, foi
demonstrado o benefício da constituição de agrupamentos homogéneos de alunos,
quando começam a aprender a ler (McCoach, D. B., O’Connell, A.A. e Levitt, H.,
2006). Wilkinson e Townsend apontam a abertura dos professores de língua materna, na
Nova Zelândia, para adotarem modelos de homogeneização dos grupos de alunos
relativamente à leitura ao longo do nível de ensino correspondente ao nosso 1.º ciclo
(Wilkinson e Townsend, 2000). Slavin (1990), por sua vez, para o secundário, com base
nos resultados em testes standard e elaborados pelos professores, sustenta que a questão
do agrupamento de alunos produz pouco ou nenhum efeito. Cheng, Lam e Chan (2008)
demonstram que o agrupamento, heterogéneo ou homogéneo de alunos por si não
constitui um efeito no resultado dos alunos.
65
Este é um debate longo e sem conclusões definitivas, dado que há resultados
que sustentam, tanto vantagens com a homogeneidade, como vantagens com a
heterogeneidade e até a sua irrelevância, nos resultados dos alunos.
Estes critérios podem, no entanto, ser matizados. A flexibilidade é um princípio
que pode ser introduzido com base, por exemplo, no agrupamento de alunos com
necessidades específicas de aprendizagem. O Plano Joplin (Floyd, 1954 cit. in Crahay,
2007), implantado nos Estados Unidos, baseia a sua lógica em grupos heterogéneos de
alunos, que deixam essa turma, temporariamente, em função de certas aprendizagens
(leitura e Matemática, por exemplo). Esta flexibilidade respeita três regras: 1 - o tempo
passado nos grupos homogéneos é nitidamente inferior ao passado na turma
heterogénea; 2 – os grupos homogéneos constituem-se com base em competências
específicas e não numa aptidão geral; 3 – flexibilidade dos grupos, pois podem ser
reorganizados em função dos progressos dos alunos (Crahay, 2007).
Avaliados sucessivamente, catorze desses estudos foram analisados por Slavin
(1987, cit. in Crahay, 2007). As conclusões apontam para que seja mais favorável
agrupar os alunos, segundo dificuldades de aprendizagem, respeitando
escrupulosamente os três princípios do Plano Joplin. Conclui-se ainda que a redução do
número de alunos por turma e esta forma de os agrupar contribuem para a melhoria das
aprendizagens dos alunos com rendimento escolar insuficiente.
Escudero (2005) numa reflexão sobre este tema também não chega a
conclusões definitivas. Considera que a separação, ao nível do currículo e da sala de
aula, daqueles alunos que não se ajustam à ordem regular da escola e do ensino, permite
às escolas e aos professores, bem como aos alunos que querem aprender, não só reduzir
problemas e tensões internas, como também garantir um melhor clima para o ensino e
aprendizagem. Estas vêm a ser, portanto, medidas de proteção, e suportam-se no
princípio de que, através de atuações especiais, o nível de desempenho pode manter-se
aceitável, os professores ensinam melhor e os restantes alunos aprenderão também
muito mais. No entanto, o problema persiste quando estas hipóteses não se chegam a
verificar de todo, ou quando as taxas de insucesso são tão amplas que aquilo que seriam
medidas extraordinárias não o são. Baker (2002, cit. in Escudero, 2005) afirma que,
apesar de se continuar a recorrer a “tecnologias de normalização”, especializadas e
marginais, as questões de fundo continuam a ser as seguintes: o que se deve ensinar e
garantir na educação obrigatória? Como se deve fazer para que se desenvolvam as
66
aprendizagens indispensáveis, num contexto escolar com sentido, acolhedor,
estimulante, exigente? Outros autores, citados por González, reforçam esta conclusão:
«Los logros de los alumnos (…) , no parecen ser mejores por el hecho de
estar diferenciados en grupos distintos, entre otras cosas, muy probablemente,
porque el rendimiento está ligado tanto a las formas de agrupar y separar a los
estudiantes cuanto a la enseñanza que estos reciben (Miller, 1984), a la
experiencia escolar a la que tienen acceso y las oportunidades pedagógicas que
se les ofertan en sus respectivos grupos (Barr e Dreben, 1983; Darling-
Hamond, 1985; Oakes, 1985, 1990 e Dreben e Gamoran, 1986).» (González,
2002:173).
67
sociais económicos, culturais e cognitivos, pois esta organização encontrou sustentação
em diversas investigações, no âmbito da psicologia, que, através do QI, justificavam
esta separação/homogeneização e o improvável desenvolvimento para além do
referencial limite estabelecido de aprendizagem. Como os estudos subsequentes
demonstraram, esta organização estava submetida a princípios externos à educação, uma
vez que tal procurava garantir proteção às políticas familiares das classes médias e
superiores das referidas sociedades, por forma a garantirem a sua reprodução e o acesso
a funções mais prestigiadas na estrutura produtiva e nos serviços públicos e por outro
enquadrar e direcionar para o tecido produtivo essa massa indiferenciada, com baixa
escolarização. Ou seja, os princípios que regiam a adoção deste modelo homogéneo
visavam, sobretudo, preocupações de reprodução e de controlo social, privado e
público, mediante o controlo da educação/instrução a disponibilizar, do que promover a
qualificação dessa mesma educação/instrução.
Para solucionar os problemas de integração e de superação de traumas sociais
advindos de questões étnicas e pós-coloniais, fruto das pressões da promoção dos
direitos civis, o discurso oficial foi integrando variações que apontaram para a
constituição heterogénea como potenciadora de melhores resultados ao nível do
desenvolvimento pessoal, das relações sociais e sucesso académico.
Hoje, este debate em torno da promoção da igualdade de acesso está superado,
e, a preocupação centra-se, como já frisámos, na igualdade de sucesso. A solução,
contudo, preconizada pelo modelo heterogéneo, afigura-se-nos algo limitadora. Pese
embora esta retórica oficial e oficiosa do arco-íris na sala de aula seja atraente, um
conjunto variado de aspetos ergue-se em sua limitação. Se historicamente foi necessário
todos acolher e para isso propor uma composição de turma sem rótulos, que
representasse uma amálgama, essa opção acabou por trazer para a escola a
conflitualidade, a constatação das limitações da diferenciação pedagógica e o risco de
uma individualização excessiva na adequação curricular. No fundo, para solucionar os
conflitos, tensões, diferenças da população escolar, toda essa conflitualidade, tensão e
diversidade foi levada para a sala de aula, no interesse de ser digerida, debatida e
trabalhada, num sentido em permanente construção e em divergência com o propósito
primeiro da instituição escolar – ensinar. Reconhecemos que o papel desempenhado
nessa função socializadora aberta e igualizadora foi, na maioria das vezes, francamente
bem-sucedida, mas acarretou um custo no plano da qualidade das aprendizagens. Mas
68
reconhecemos que hoje é mais fácil pedir mais sucesso, quando muitos destes conflitos
e tensões em diferente grau estão resolvidos.
Entendida a sala de aula como espaço de ensino e aprendizagem, focada na
realização académica, e estando a sociedade preparada para desenvolver modalidades de
política social de compensação, da escola espera-se que cumpra a sua missão primeira –
ensinar, com qualidade, e fazer com que os alunos aprendam, ou seja, com resultados.
(Bolívar, 2012).
Mesmo com a consciência desta inconclusão investigativa, os critérios
subjacentes à organização da turma de alunos constituíram um dos pontos centrais a
destacar no Projeto Fénix. Os objetivos deste Projeto de promoção do sucesso
implicaram, e isso foi desde logo assumido, uma reorganização das turmas, tendo por
base o critério prioritário das dificuldades de aprendizagem evidenciadas pelos alunos.
Nesta leitura, a constituição de grupos homogéneos temporários de alunos
aparece-nos como um modelo de organização capaz de corresponder a esta solicitação
que a sociedade coloca à escola. Chegados a este ponto, convém explicitar o que
entendemos por grupos homogéneos: são agrupamentos de alunos constituídos, a partir
da gestão do currículo aos alunos, em função do seu desempenho, numa lógica de ciclo.
Este tipo de agrupamento de alunos suscitou, todavia, ao longo do tempo, uma
série de interrogações e críticas clássicas, tais como:
69
permanente e que, na sua maioria, foram a expressão para dar solução à agregação de
alunos provenientes de meios desfavorecidos e, por vezes, marcadamente caraterizados
por uma componente étnica.
Mas a questão de partida mantém-se: como chegar a todos na sua diversidade?
A resposta a esta questão foi evoluindo e, a nosso ver, como sustenta o estudo
apresentado neste trabalho, a explorar na terceira parte, reside na constituição de
pequenos grupos de alunos flexíveis (ou seja, não são estáticos, rígidos, permanentes,
mas antes temporários) e homogéneos (homogeneidade esta, referida ao perfil de
desempenho dos alunos).
70
seja, podemos manter o princípio da convivência de todos os alunos no espaço
escolar e nas turmas heterogéneas, conjugando-o com o outro princípio de que
é preciso fazer com que cada um aprenda e atinja níveis de desempenho
adequados (o que não quer dizer obter o mesmo desempenho nas mesmas
disciplinas!!). A conciliação dos dois princípios convive bem com a criação
temporária de grupos homogéneos, dentro e fora da turma-base, desde que
isso seja considerado melhor para os alunos em questão pela equipa de
professores. Sinto que colocamos demasiada ênfase na heterogeneidade versus
homogeneidade, quando a questão educacional e escolar reside muito mais em
saber como melhor organizar pedagogicamente a atividade de ensino e
aprendizagem, em cada momento, para favorecer mais e melhores
aprendizagens da parte de alunos muito diferentes, porque quem aprende ou
não são eles. E nesses modos de organizar adequadamente a pedagogia escolar
não deve haver tabus, mas muito trabalho de mobilização da inteligência
pedagógica de cada escola, avaliando em cada momento os objetivos
enunciados e os passos dados» (Azevedo, 2013).
«Em educação, não sei se haverá alguma coisa que seja melhor ou pior, à
partida e descontextualizadamente. Em pedagogia, as soluções à cabeça, antes
de conhecer sequer os alunos, dão mau resultado. As pessoas dos alunos que
estão diante de nós e connosco é que nos fazem percorrer um dado caminho,
porque o caminho concreto da aprendizagem a fazer na escola, em cada
momento, é com eles e por eles que tem de ser feito, recorrendo para isso a
equipa de docentes aos melhores recursos disponíveis, em liberdade e com
responsabilidade» (Azevedo, 2013).
71
Sabemos que uma escola inclusiva abarca alunos com perfis e desempenhos
muito diferenciados. É prática corrente a identificação dos alunos que “têm problemas”:
de comportamento e/ou de aprendizagem, entre outros.
De acordo com Escudero (Escudero 2005, cit. in Teixeira, 2010) a escola rotula
alguns alunos como incapazes de seguir o percurso escolar regular e estes, muitas
vezes, são separados em espaços próprios e inseridos em programas especiais, deixando
intacta a ordem escolar dominante. Segundo o mesmo autor, esta necessidade de
etiquetar, de catalogar, de selecionar e de classificar de acordo com a ordem escolar,
constitui o núcleo de muitos dos problemas do fracasso escolar e esta pode ser uma
forma subtil de exclusão.
Em torno do tema da escola reflexiva como via para debelar a desigualdade
educativa, Juan Casassus sustenta que o foco da ação no seio da escola encontra-se nas
interações entre as pessoas da escola, o que vale dizer que o «fenômeno “escola”
emerge do padrão das interações humanas» (Cassassus, 2002:31). Neste sentido, para o
autor, a escola deverá empreender a mudança do padrão que rege as referidas interações
com recurso à reflexão:
«O padrão pode ser alterado pela ruptura entre interações rotineiras para
que se estabeleçam interações reflexivas. Quando o padrão de interações gera
desigualdade, é necessário entrar num processo reflexivo.
O padrão que rege a desigualdade, o processo de produção da
discriminação, ocorre cotidianamente na prática da sala de aula. Ele se dá
quando o professor não percebe que um aluno não está entendendo um
teorema de álgebra. Em contrapartida, a superação da desigualdade ocorre
quando o professor, ao ouvir a pergunta de um aluno, identifica onde está a
dúvida. Essa percepção de onde está a dúvida do aluno é como uma
compreensão intuitiva, e a solução dessa dúvida resulta de um processo
criativo, da arte do professor ao enfrentar a situação. Nesse processo, o
professor cria, testa novas estratégias para esclarecer a confusão. O não-
atendimento e o não-esclarecimento da confusão estigmatizam o estudante
como um “mau aluno”. Embora a desigualdade certamente não se restrinja à
sala de aula nem necessariamente se origine nela, é ali que ela se produz e
reproduz.» (Casassus, 2002:33)
72
pedagógica, como fator determinante na criação de laços de empatia entre o professor e
o aluno e entre este e o objeto de ensino e de aprendizagem. Sustentamos esta nossa
posição nos avanços registados na investigação da neurociência das emoções que
revelam as relações entre as funções cognitiva e emocional:
«those of us in the field of education often fail to consider that the high-
level cognitive skills taught in schools, including reasoning, decision making,
and processes related to language, reading, and mathematics, do not function
as rational, disembodied systems, somehow influenced by but detached from
emotion and the body. Instead, these crowning evolutionary achievements are
grounded in a long history of emotional functions, themselves deeply
grounded in humble homeostatic beginnings. Any competent teacher
recognizes that emotions and feelings affect students ’ performance and
learning, as does the state of the body, such as how well students have slept
and eaten or whether they are feeling sick or well. We contend, however, that
the relationship between learning, emotion and body state runs much deeper
than many educators realize and is interwoven with the notion of learning
itself. It is not that emotions rule our cognition, nor that rational thought does
not exist. It is, rather, that the original purpose for which our brains evolved
was to manage our physiology, to optimize our survival, and to allow us to fl
ourish. When one considers that this purpose inherently involves monitoring
and altering the state of the body and mind in increasingly complex ways, one
can appreciate that emotions, which play out in the body and mind, are
profoundly intertwined with thought. And after all, this should not be
surprising. Complex brains could not have evolved separately from the
organisms they were meant to regulate.
73
But there is another layer to the problem of surviving and flourishing,
which probably evolved as a specialized aspect of the relationship between
emotion and learning. As brains and the minds they support became more
complex, the problem became not only dealing with one ’ s own self but
managing social interactions and relationships. The evolution of human
societies has produced an amazingly complex social and cultural context, and
flourishing within this context means that only our most trivial, routine
decisions and actions, and perhaps not even these, occur outside of our
socially and culturally constructed reality. Why does a high school student
solve a math problem, for example? The reasons range from the intrinsic
reward of having found the solution, to getting a good grade, to avoiding
punishment, to helping tutor a friend, to getting into a good college, to
pleasing his/her parents or the teacher. All of these reasons have a powerful
emotional component and relate both to pleasurable sensations and to survival
within our culture. Although the notion of surviving and flourishing is
interpreted in a cultural and social framework at this late stage in evolution,
our brains still bear evidence of their original purpose: to manage our bodies
and minds in the service of living, and living happily, in the world with other
people. This realization has several important implications for research at the
nexus of education and neuroscience. It points to new directions for
understanding the interface of biology, learning, and culture, a critical topic in
education that has proven difficult to investigate systematically ( Davis, 2003;
Rueda, 2006; Rueda, August, e Goldenberg, 2006 ). It promises to shed light
on the elusive link between body and mind, for it describes how the health and
sickness of the brain and body can influence each other. And importantly, it
underscores our fundamentally social nature, making clear that the very
neurobiological systems that support our social interactions and relationships
are recruited for the often covert and private decision making that underlies
much of our thought. In brief, learning, in the complex sense in which it
happens in schools or the real world, is not a rational or disembodied process;
neither is it a lonely one» (Immordino-Yang e Damásio, 2007:3-4).26
26
Reconhecemos que a citação que apresentamos excede a dimensão usual reservada a este tipo de
referência. Contudo, optamos pela sua inclusão nos termos em que o fizemos dada a importância que
atribuímos a estas relações no campo da educação e aprendizagem.
74
importância crítica para a educação, estes autores advogam que uma melhor
compreensão da neurobiologia e das relações entre estes constructos poderá
disponibilizar uma base para a inovação na conceção de ambientes de aprendizagem
(Immordino-Yang e Damásio, 2007). Daí a opção por uma organização que favorece
uma maior disponibilidade para a abertura, para a comunicação, sem os receios da
reprovação. A homogeneização temporária permite construir um espaço e tempo de
proximidade, favorável ao estabelecimento de um ambiente de aprendizagem produtivo,
superador de obstáculos de variadíssima ordem que interferem nas interações em sala de
aula. Pois, tal como refere Azevedo (2013) o mais importante é percebermos o que mais
pode ajudar os alunos a superarem as suas dificuldades, a consolidarem aprendizagens e
trilharem o caminho da escolaridade obrigatória, dando a todos a possibilidade de
construírem o seu sucesso. Quando está no horizonte este modo de pensar o aluno,
respeitando-o na sua individualidade e singularidade, em que a escola e professores
procuram dar-lhes o melhor, talvez o risco de estigmatização seja minorado. De referir a
importância dos professores que trabalham com estes grupos de alunos, os olharem
como ganhadores e capazes de ultrapassar as dificuldades com que convivem. Neste
sentido, questionamos se não será estigmatizante e segregador para os alunos com
dificuldades confrontarem-se diariamente em sala de aula com os progressos, os bons
resultados académicos, as boas classificações nas pautas dos seus colegas e, eles
conviverem com o insucesso e a experiência da retenção. E, ainda, com frequência
serem ensinados e apoiados por alunos com melhor desempenho e onde, por vezes, se
estabelece uma relação de poder “eu é que sei, eu é que te ensino quando não sabes ou
não percebes porque o professor manda”.
Estigmatizar é o rótulo que facilmente os alunos colocam uns aos outros,
sobretudo, nos primeiros anos de escolaridade. Os professores devem contrariar e
encontrar as alternativas capazes, para que esta fragilização se esbata, dado que, de um
modo geral, quando os alunos estão felizes porque aprendem, os pais tranquilizam as
suas desconfianças relativamente à escola, sobretudo, os dos alunos com mais
dificuldades de aprendizagem.
Na mesma linha de ação, Goffman (1963) defende que o aluno não é
estigmatizado, quando está entre iguais, porque neste contexto, sente o apoio moral e o
conforto de se sentir no seu ambiente e pode utilizar a sua desvantagem como uma base
para organizar a sua vida. Esta ideia pode favorecer a formação de turmas homogéneas
de alunos com dificuldades, pois estes sentir-se-ão mais à vontade para participar,
75
colocar as dúvidas e mostrar as suas dificuldades. Quando inseridos em turmas
heterogéneas, os seus “defeitos” seriam mais notados e criticados, podendo sentir-se
mais envergonhados e inferiorizados.
Esta questão dependerá muito do modo e da forma como o professor e o gestor
encaram a diferença. Se a atitude for a de encontrar a resposta mais adequada para as
dificuldades dos alunos, encarando essas dificuldades como desafios que estimulam a
criatividade na ação, talvez os mais desfavorecidos sintam que têm um lugar por direito
próprio que lhes é reconhecido, através das sinergias que se orientam em ordem à sua
realização escolar. Assim, se combatermos a estigmatização, por certo, será mais difícil
que a segregação ocorra nas nossas escolas, e uma forma de o fazer é reconhecer que
76
por base a homogeneidade/heterogeneidade e as respetivas vantagens, no que concerne
ao rendimento escolar associado, não encontram uma conclusão consistente (De La
Orden, 1974 cit. in Verdasca, 2007).
77
Capítulo II
O Projeto Fénix
“Moldar o destino, inscrever o destino na nossa vontade, deixar marcas indeléveis nos modos de ver, ler
e sentir o mundo! Estas são algumas das razões da imortalidade do professor. Da sua quase
intemporalidade! Da sua quase divindade criadora! Motivos maiores de gratificação e de realização
profissional! Morar no olhar dos nossos alunos! Ser nessa promessa de fazer os outros mais autónomos
através do conhecimento, da determinação! De fazer os outros mais livres! Na dádiva e na exigência! Eis
todo um programa de ação e de reinvenção no modo de ser professor que o Projeto Fénix vem ousando
fazer. Todos os membros desta comunidade de autores – de criadores de novos mundos – estão de
parabéns porque não desistiram de “inventar dias mais claros”. De transformar as escolas em lugares
mais exigentes e por isso mais habitáveis. Aqui deixo, pois, esta breve palavra de reconhecimento, alento
e esperança.”
78
- Uma escola que capacita os seus membros, para que se envolvam numa
cultura de compromisso e colaboração com as linhas de ação traçadas no
Projeto Educativo;
- Uma escola que reconhecia a importância de aproximar a exigência da
avaliação interna à da avaliação externa;
- Uma escola que foi traçando e percorrendo caminhos sistematicamente
refletidos e avaliados em sede de Conselho Pedagógico;
- Uma escola que procurava, no quadro da sua ação, estabilizar o corpo docente
promovendo a continuidade pedagógica;
- Uma escola que envolvia os pais corresponsabilizando-os na concretização do
Projeto Educativo;
- Uma escola que chamava a si a comunidade e que, de forma ativa, se
integrava nessa mesma comunidade.
É neste quadro de cultura escolar que a avaliação interna sistemática e a
reflexão contínua sobre os resultados da mesma, revelaram indicadores que
demonstravam que era necessário alterar o modo e a forma como a escola se
organizava, em termos de gestão e organização dos tempos e agrupamentos de
alunos.
Apresentamos algumas das linhas de ação implementadas, segundo diretrizes
do ME, e que a avaliação interna alertou para a ineficácia das mesmas:
- A diferenciação pedagógica levava a um algum entusiasmo, no início do ano,
mas a dificuldade em gerir ritmos diferentes de aprendizagem e de
concentração desmotivava professores e alunos. Ao fim de algum tempo, o
professor nivelava o seu processo de ensino por um dos grupos: pelos melhores
ou pelos que tinham um ritmo mais lento. Invariavelmente, um grupo ficava
para trás;
- A codocência foi também uma estratégia de organização utilizada em
contexto de sala de aula. A avaliação realizada demonstrou que, muitas vezes,
os alunos com mais dificuldades, que por vezes são também os que revelam
menor capacidade de concentração, desorientavam-se e distraiam-se com esta
estratégia de organização, sobretudo no 1.º e 2.º ciclos;
- Relativamente a apoio pedagógico acrescido, a avaliação produzida concluía
que não obtinha os resultados esperados comparativamente ao investimento
financeiro do ME na recuperação dos alunos, face ao insucesso e retenção. As
79
razões invocadas para justificar o insucesso da medida foram: a desarticulação
entre o professor do apoio e o titular de turma; aumento da carga horária do
aluno, o que levava alguns, os que tinham desistido, a “fugirem” ao apoio, pois
era «mais do mesmo»27.
27
Esta avaliação consta de atas do CP e teve por base a análise dos resultados das avaliações dos alunos
durante três anos a Língua Portuguesa e Matemática.
80
maioria dos casos, os alunos que se encontravam nesta situação eram oriundos de
famílias com uma baixa escolarização e quadros socioeconómicos desfavorecidos.
Todavia, existia a crença de que o fator socioeconómico podia ser contornado e não
podia ser um fatalismo relativamente aos resultados, como revelam algumas das
conclusões de Silins e Mulford que apontam que
«os factores escolares têm uma influência mais forte sobre o sucesso
académico dos alunos do que o status socioeconómico dos estudantes e a sua
origem familiar; (…) é mais provável que os resultados dos alunos melhorem
quando as fontes de liderança são distribuídas por toda a comunidade educativa
e quando se dá poder aos professores em áreas que consideram importantes; Os
factores escolares, como a liderança, a aprendizagem organizacional e o
trabalho dos professores, têm um impacto significativo sobre os resultados não
académicos dos alunos, como a participação na escola, o autoconceito
académico e o envolvimento na vida escolar» (Silins e Mulford cit. in
Hargreaves e Fink, 2007: 132-133).
81
alunos aparece associado de forma estatisticamente significativa às
competências de resolução de problemas, ao cálculo e à compreensão; de forma
geral, os resultados obtidos no estudo (longitudinal) indicam uma forte
estabilidade no tempo das classificações escolares, deixando-nos ao mesmo
tempo a preocupação de que, alunos com mais fraco rendimento, perpetuam no
tempo esse seu padrão de realização (...).» (Ribeiro et al.: 2006)
Perante este quadro, como concretizar com êxito a tão almejada diferenciação
pedagógica com qualidade na universalidade? Refletimos quais seriam as melhores
estratégias para atuarmos com eficácia e eficiência, de acordo com os princípios da
economia de meios e do máximo efeito. E, a 9 de janeiro de 200728, com a escola
28
A ata do mesmo Conselho Pedagógico explica o processo de seleção das escolas e das turmas que
seriam alvo dessa intervenção e da operacionalização do Projeto “Para o Sucesso Escolar”. “Atendendo à
exiguidade de recursos humanos, a presidente propôs ainda que as turmas a serem intervencionadas
fossem: duas turmas de segundo ano e uma de quarto. (…) As escolas abrangidas por esta medida serão
Paranho e Paçô, da freguesia de Terroso. Estes alunos evidenciavam a necessidade de um apoio mais
individualizado (…)”. A escolha destas escolas deveu-se ao facto de uma parte significativa dos alunos
não acompanhar, ao nível dos conhecimentos, o ano de escolaridade que se encontravam a frequentar,
bem como serem oriundos de meios socioeconómicos mais desfavorecidos. No que refere à organização,
a ata acrescenta “Os alunos com mais dificuldades de aprendizagem serão acompanhados em contexto de
sala de aula pelo professor titular, enquanto os alunos com menos problemas de aprendizagem serão
encaminhados, no mesmo tempo letivo, para o professor do apoio socioeducativo. Com este tipo de
acompanhamento pretende-se que o professor titular de turma acompanhe os alunos com mais
dificuldades. Um conhecimento mais próximo das verdadeiras dificuldades destes alunos e as suas causas,
faz com que tenha todo o sentido que estes alunos sejam acompanhados pelo professor titular.” No final
do mesmo ano letivo, em reunião de conselho pedagógico (em 10 de julho de 2007) procedeu-se à
avaliação dos resultados. Em relação ao quarto ano, os resultados foram bastante satisfatórios, não tendo
ficado nenhum aluno retido. Relativamente às turmas do segundo ano alvo de intervenção, verificou-se
uma melhoria nos resultados destes alunos. No entanto, nas escolas não intervencionadas as taxas de
insucesso ao nível do 2.º ano mantiveram-se, com um número bastante significativo de retenções. Tais
factos demonstram a pertinência do Projeto implementado nas turmas do 1º ciclo. Os alunos sem
problemas de aprendizagem também melhoraram a sua prestação. Para além desta melhoria sentiu-se, por
82
centrada na qualidade das aprendizagens dos seus alunos, e na procura de respostas para
minimizar o impacto que as dificuldades e os diferentes ritmos tinham na aprendizagem
(Dale, 1997:279 cit. in Antunes e Sá, 2010:469), a Presidente do Conselho Executivo do
agrupamento apresenta uma proposta de intervenção ao Conselho Pedagógico, ao nível
do 1º ciclo, o Projeto “A caminho do sucesso”, com os seguintes pressupostos: respeitar
os vários ritmos dos alunos, ajudar os alunos a superar as suas dificuldades e a
qualificar as aprendizagens e minimizar os efeitos da retenção.
parte dos professores, uma maior satisfação pelo trabalho realizado. A Presidente do Conselho
Pedagógico colocou à consideração deste órgão a pertinência da continuidade desta medida que foi
aprovada por unanimidade.”
83
«o ensino e a aprendizagem do Português determinam
irrevogavelmente a formação das crianças e dos jovens, condicionando a sua
relação com o mundo e com os outros. Se muitas vezes designamos o Português
como língua materna, não o fazemos certamente por acaso: naquela imagem
representa-se bem a noção de que a língua que aprendemos (e que a escola
depois incorpora como matéria central) está directamente ligada à nossa criação
e ao nosso desenvolvimento como seres humanos» (Programa de Português,
2009:7).
Por fim,
84
escolaridade na introdução de ideias Matemáticas e dos conceitos básicos,
imprescindíveis ao seu ensino e aprendizagem. É fundamental promover um ensino e
aprendizagem de forma estruturada que garanta a continuidade de um percurso bem
sucedido. Reforçando este sentido, aprender Matemática
«é como um edifício de vários andares. Os alicerces podem ser invisíveis a partir
dos pisos superiores, mas são eles que os sustentam e fazem com que o conjunto de
pisos forme um todo coerente” (Ma, 2009: 205).
– 1.º ciclo
85
toda a diferença. Precisavam de um ensino mais individualizado, onde pudessem, sem
constrangimentos, colocar as suas dificuldades e inseguranças em relação à
aprendizagem. E tiveram-no. Foram atribuídos todos os recursos, em termos de crédito
horário, a esses alunos. Contudo, não podíamos esquecer todos os outros e, como tal,
acordámos com os professores titulares dos restantes anos de escolaridade do 1.º ciclo a
sua colaboração no Projeto. Recordamos que, no ano em que lançámos esta experiência,
os professores do 2.º ciclo de algumas disciplinas disponibilizaram também as suas
horas de escola para apoiar os colegas do 1.º ciclo.
No final do ano letivo 2006/2007, avaliando esta organização, em reunião de
Conselho Pedagógico constatámos que os alunos, de um modo geral, tinham progredido
nas aprendizagens, reduzindo consideravelmente as assimetrias nas aprendizagens e nos
resultados.
Perante os resultados obtidos com este tipo de organização, sentimos que o
passo seguinte seria alargar o nosso campo de intervenção aos alunos dos 2.º e 3.º
ciclos.
É neste contexto, e com base na avaliação e monitorização das experiências e
evidências que recolhemos das iniciativas, que fomos operacionalizando no terreno, na
busca de “mais sucesso para todos” que, na reunião de Conselho Pedagógico de 17 de
Junho de 2008, a Presidente do Conselho Executivo apresenta e vê aprovada a dinâmica
organizacional denominada “Projeto Fénix”, sucedâneo do já implementado “A
caminho do Sucesso”, no 1º ciclo.
86
tendencialmente residuais de insucesso, a melhoria dos resultados escolares
deve ser conseguida sem diminuição da fasquia de exigência.” (Verdasca,
2010:32-33).
1.3.1. Princípios
87
Esquema 5. Dinâmica do Eixo I
Implica uma gestão flexível dos recursos humanos e físicos, gestão flexível do
tempo (essencial num Projeto que aposta em ritmos de aprendizagem diferenciados),
gestão flexível dos grupos-turma, gestão flexível do currículo29.
29
Para uma visão complementar dos princípios organizacionais do Projeto Fénix consultar Alves,
2010:51-53.
88
Por conseguinte, a escola e a sua organização devem adequar-se às
necessidades dos alunos, respeitando os seguintes desígnios:
- O conceito de sucesso é plural. Não há um mas vários sucessos e importa que
cada escola promova as diversas dimensões do sucesso (académico, sócio emocional,
relacional, comportamental);
- A promoção do sucesso tem que ter uma dimensão individual, organizacional,
social e familiar;
- Promover o sucesso não é “dar mais do mesmo” numa lógica de soma ou
acrescento, é proporcionar aprendizagens de forma diferente no tempo curricular
previsto;
- A promoção do sucesso tem de estar vinculada a liderança simultaneamente
transacional e transformacional e a uma estratégia de formação contínua, centrada na
ação concreta;
- A participação dos docentes, da família e da comunidade na construção das
soluções, na avaliação e nos ajustamentos é uma condição essencial.
89
UCP Direção
Supervisão Direção
E
Monotorização Organização e gestão de recursos.
Avaliação Elabora osEhorários de forma a que as
turmas Fénix e os Ninhos, do mesmo
ano, tenham as disciplinas de
intervenção ao mesmo tempo –
mobilidade entre turma “mãe” e Ninhos
Seleciona os diretores de turma e os
Coordenadores Coordenador docentes Fénix e Ninho
Departamento Projeto Fénix
E Metodologia:
Seleção
E das disciplinas de intervenção Reuniões
prioritária (por ano)
B Grupos on-line
Coordenadores Contactos
de ciclo Definição de perfil de diretores de turma Fénix
informais
Definição de perfil de docentes dos Ninhos
E Definição dos perfis de alunos para integrarem
Instrumentos:
Registos
as turmas Fénix. Relatórios
Técnicos Sociais Avaliação de processo e resultados (qualitativos Atas
e quantitativos)
Articulação com Universidade Católica.
Coordenação Pedagógica.
Articulação com os técnicos sociais
Esquema 6. Ações e metodologia de atuação da coordenação do Projeto Fénix, Conselho Executivo e Universidade
Católica
90
Os Departamentos selecionam e definem os conteúdos essenciais a serem
trabalhados por disciplina (Cf. Esquema 7), dando relevo à interdisciplinaridade, de
forma a potenciar as abordagens realizadas pelas diferentes disciplinas relativamente
aos mesmos conteúdos. A Língua Portuguesa e a Matemática são exceção nesta seleção
de conteúdos. O Departamento coordena as planificações curriculares de cada Grupo
Disciplinar, que são ajustadas às Turmas Fénix, atendendo ao seu ritmo e
especificidade, bem como coordena e define a metodologia da avaliação diagnóstica, a
qual se reveste de particular importância neste processo, devendo ser o mais completa
possível, abrangendo diversas áreas e instrumentos.
91
Os alunos integram o Ninho, após diagnóstico inicial, realizado pelo docente
da turma Fénix, sendo a sua permanência no Ninho constantemente reavaliada pelos
docentes Ninho/Fénix, da disciplina intervencionada. Semanalmente, num tempo de
quarenta e cinco minutos, os alunos do Ninho devem regressar à turma Fénix, para
interagirem com os companheiros da turma, mediante a realização de desafios e
trabalho colaborativo, numa ótica de socialização alargada e de aferição de
aprendizagens consolidadas.
92
visa promover. No Esquema 9, está operacionalizada a sua articulação com os restantes
elementos da comunidade educativa.
93
“Ao apoiar e regular a sua constituição [turma] com base em determinados
critérios organizacionais, os quais fazem relevar ou não aspetos de continuidade
relativamente a anos anteriores, níveis etários, estruturas de diferente
composição (...), com escolaridade irregular ou com necessidade de apoio
pedagógico, o agrupar ou o dispersar de grupos de alunos com características
especiais no que respeita ao aproveitamento e comportamento, opta-se
intencionalmente e estrategicamente ou não, por uma determinada solução
organizacional pedagógica” (Verdasca, 2002).
94
Com o evoluir do Projeto, e dada a exiguidade dos recursos e na necessidade
de continuar a apoiar os alunos, surge o Fénix Eixo II com uma metodologia idêntica ao
Eixo I.
95
saberes adquiridos nas áreas curriculares definidas, sempre com o objetivo de recuperar
e consolidar aprendizagens, bem como o de promover a excelência.
O Projeto, tanto no Eixo I como no Eixo II, preconiza a rutura com a ideia
anacrónica de escola, tempo, espaço e modos de ensino e aprendizagem únicos, dada a
riqueza em diversidade e em complexidade.
96
1.3.3.1. Metodologia e operacionalização do Eixo II
B A B B
A A
A A
B A A
B
A A B
B
A B
B B A
A
A B A B
A. Modelo exemplificativo da construção de dois grupos de alunos de duas turmas do mesmo ano
de escolaridade – 3º ano (turma A e B)
A B B A B B
A
B
A A
B
A A
B B
A B B A
A B B
A B A B
Esta dinâmica de sala de aula pode ter uma frequência diária/semanal variável,
consoante a decisão da escola, e em conformidade com as necessidades identificadas.
97
Estes momentos servem para os alunos consolidarem e desenvolverem
conhecimentos ao nível da língua materna e Matemática. O modelo aplicado atualmente
nas escolas implica a afetação de três tempos letivos semanais a Matemática (quarenta e
cinco minutos cada) e um tempo letivo diário a Língua Portuguesa, ao nível do 1º ciclo.
Esta escolha fundamenta-se em estudos recentes que sublinham o valor transversal e
estruturante da Língua Portuguesa na aquisição de aprendizagens às demais áreas
curriculares disciplinares, com especial destaque, na aprendizagem da Matemática
(Costa, 2007).
Tal pode permitir uma melhor gestão de tempo e conteúdos curriculares, bem
como um apoio mais preciso e eficaz por parte do professor (Garcia, 1989, cit. in
Verdasca, 2007). Este princípio pode traduzir-se, por sua vez, numa melhoria da
qualidade dos tempos letivos e do desempenho escolar, que é reforçado com a
mobilidade dos alunos pelos grupos de proficiência. Sempre que progridem ou
necessitam de maior apoio, os grupos de alunos são reorganizados de acordo com os
progressos e objetivos atingidos (Crahay, 2007).
98
1.3.4. Perspetiva global de operacionalização do Projeto Fénix
UCP
Conselho
Pedagógico
Direção
Coordenação
Projeto Fénix
Coordenadores
E
Departamentos de ciclo
E Representantes
Diretores de dos Encarregados
turma Fénix de Educação
Coordenadores E
Ninhos Encarregados
E de
Educação
Técnicos
Docentes Docentes
Turmas Fénix Ninhos Organização e Gestão de recursos
99
concomitante complexidade das respostas a construir, que exigiam um envolvimento
por parte dos atores, contribuiu para uma representação da paisagem educativa pautada
pela diversidade e pelo imperioso princípio da integração dessa diversidade em nome de
uma universalidade aprofundada.
Ficou claro que o Projeto nasceu na escola e que surgiu de uma vontade
coletiva (professores, alunos e pais), a de elevar o potencial de aprendizagem de todos
os alunos, não deixar nenhum para trás, evitando que a escola perpetuasse as injustiças
sociais (Berthelot, 1982 referenciado em Silva 1999, cit. in Verdasca, 2002:385).
Referimos ainda que, desde o início, o Projeto Fénix foi acompanhado e monitorizado
por uma instituição de ensino superior, a Universidade Católica Portuguesa (UCP).
Após esta primeira reunião e feita a reflexão e o estudo em torno do Projeto por
parte da Ministra da Educação, surgiram outras reuniões de trabalho, nas quais
participamos conjuntamente com o coordenador do Projeto TurmaMais, José Verdasca.
100
Foram questionados os recursos necessários para a implementação do Projeto
Fénix e a mesma questão foi colocada em relação ao Projeto TurmaMais. Relativamente
a este ponto, coube a José Verdasca apresentar uma proposta de custo/benefício, que o
alargamento destes Projetos a outras escolas implicaria. Os cenários então apresentados
basearam-se na premissa da contratualização de metas de sucesso por parte das escolas
interessadas em aderir. Em anexo, apresenta-se o documento que serviu de base à
discussão do problema.30
30
Anexo 1 - “Programa Mais Sucesso – Elementos adicionais de apoio à decisão”, José Verdasca, 2009.
31
Anexo 2 - Edital «Mais Sucesso Escolar», ME.
32
Anexo 3 - Despacho n.º 100/2010 de 5 de janeiro, ME.
101
Integraram a Rede Fénix, nesse ano letivo, quarenta e sete agrupamentos de escolas e
escolas não agrupadas:
DREN AE Mogadouro
DREN AE S. Roque e Nogueira do Cravo – Oliveira de Azeméis
DREN AE Caldas das Taipas – Guimarães
DREN AE Francisco Torrinha – Porto
DREN AE Baguim do Monte - Gondomar
DREN ES Infante D. Henrique - Porto
DREN AE Lousada Centro – Lousada
DREN AE de Campo – Valongo
DREN ES Monção
DREN AE Resende
102
Fénix (das 357 existentes), correspondendo a um total de 75 anos de escolaridade
contratualizados (distribuídos pelos 1.º, 2.º e 3.º ciclos). No final do primeiro ano, em
função do não-cumprimento das metas de sucesso contratualizadas, 5 unidades
orgânicas foram excluídas, tendo sido incluídas 2 unidades orgânicas oriundas da
DREALG (AE Afonso III e AE Paula Nogueira). Deste modo, no ano letivo de 2010-
2011, o Projeto abrangia 43 escolas entre todas as DRE’s, tendo-se mantido o número
de escolas em 2011-2012 e em 2012-2013 passaram a 38. Este decréscimo do número
de escolas deve-se ao rigor das metas contratualizadas que, com o passar dos anos do
Projeto, atingiu valores médios de 93%, algumas delas rondando o sucesso pleno. Em
função da evolução destes resultados, e tendo por referência o ano 2011-2012, dos 67
anos contratualizados, 37 diziam respeito a anos terminais de ciclo, dos quais 24 se
reportavam ao 9º ano de escolaridade (19 cumpriram os critérios previstos para a
continuidade no PMSE,) somos levados a concluir que se verificaram os benefícios
apontados por José Verdasca nos Documentos Preparatórios que serviram de base ao
alargamento a nível nacional dos Projetos Fénix, TurmaMais e Híbridas.
103
Capítulo III
Estudo empírico
O presente estudo pode ser classificado como uma investigação avaliativa que
irá aferir o impacto da metodologia organizacional do Projeto Fénix e da sua eficácia,
na promoção do sucesso escolar, num contexto alargado. Recaindo este estudo num
desenho quase-experimental, pretendia-se testar as diferenças na evolução da
aprendizagem. Nesse sentido, optou-se pela aplicação de um pré e pós-teste, a fim de
perceber quais os efeitos provocados nos grupos de alunos sujeitos a diferentes métodos
de organização pedagógica – a tradicional (quase-controlo) e os mecanismos Fénix
(quase-experimental) –, isto é, testou-se a primeira hipótese de que a implementação dos
mecanismos Fénix melhora o sucesso escolar dos alunos do grupo quase-experimental,
por comparação com o grupo quase-controlo.
A opção fez-se pela preparação e aplicação de provas de conhecimentos a alunos
do 2º ano de escolaridade dos grupos Fénix (grupo quase-experimental) e não Fénix
(grupo de controlo), num momento inicial (pré-teste) e noutro final (pós-teste).
As provas foram aplicadas a nível nacional, selecionando uma amostra de dez
escolas, cinco das quais pertencentes à rede do Projeto Fénix (grupo quase-
experimental) e cinco de controlo fora da rede Fénix. A amostra do estudo corresponde
à seleção de uma escola Fénix e de uma escola não Fénix nas regiões do Norte, Centro,
Alentejo, Algarve e Lisboa e Vale do Tejo. A seleção das escolas de controlo contou
com a colaboração das direções regionais de educação, que atribuíram uma escola com
o perfil semelhante à escola Fénix, atendendo ao seguinte: número aproximado de
alunos por turma; turmas puras do 2.º ano; o mesmo contexto socioeconómico, havendo
lugar à seleção de escolas integradas em contexto urbano, bem como em contexto rural,
em igual medida quantitativa. Cumpre ainda esclarecer os seguintes pontos: primeiro,
no 1.º Ciclo não há turmas Fénix, ou seja, as turmas não são constituídas tendo em
consideração o princípio da homogeneidade relativa, existindo apenas o Ninho;
104
segundo, a alocação do Projeto Fénix no 2.º ano deve-se, exclusivamente, a uma decisão
interna do agrupamento, que percecionou a implementação do Projeto Fénix como uma
mais-valia para os alunos no ano em questão, neste caso o 2.ºano.
Para além da aplicação de pré e pós-testes, optou-se pela recolha de informação
via Inquérito por Questionário, devido ao número de sujeitos envolvidos, por
possibilitar a administração de uma maior quantidade em menos tempo (amostra
selecionada de 665 sujeitos, entre os quais 243 alunos do 4º ano, 246 alunos do 9º ano,
64 professores, 14 diretores e 98 encarregados de educação) e devido ao tipo de
informação pretendida (valoração que os sujeitos efetuam quanto ao impacto do Projeto
no sucesso educativo, numa conceção multidimensional, e quanto à avaliação do
modelo de atuação do próprio Projeto) (Bryman, 2004).
A definição dos dados a recolher e o formato das questões são aspetos cruciais
para o sucesso do questionário. Assim, começamos por circunscrever as dimensões33, as
categorias e os indicadores/questões em que iriam incidir as questões, embora se assuma
que, após a análise dos dados, podem emergir novas dimensões e categorias não
contempladas, mas que emergem devido à evidência empírica.
Posteriormente, escrevemos as questões ou afirmações respeitantes a aspetos
pertinentes de cada uma das categorias e definimos as escalas, os níveis de potenciais
respostas que os participantes podem assinalar, como sendo os que melhor exprimem as
suas opiniões ou valores acerca da afirmação apresentada (McMillan e Schumacher,
2001).
Pretendeu-se que a aplicação de questionários permitisse uma análise
quantitativa e qualitativa da perceção dos agentes envolvidos no Projeto, recorrendo,
para tal, a questões de resposta fechada (com escala psicométrica que mede a
concordância e, simultaneamente, a importância) e de resposta aberta.
O critério de seleção da amostra para integrar o grupo de respondentes aos
questionários atendeu ao seguinte:
- Escolas que pertençam à rede de escolas oficial do Projeto Fénix;
- Escolas com grupos coortais de alunos que integram o Projeto no 4º ano desde
o 2º ano e no 9º ano desde o 7º ano;
33
Anexo 4 – Grelha de dimensões do estudo
105
- Diretores, professores (Língua Portuguesa e Matemática) e encarregados de
educação dos alunos que acompanharam os grupos coortais de alunos referidos
no ponto anterior;
- Escolas integradas em contexto rural ou urbano por zona de abrangência de
cada Direção Regional de Educação, a nível nacional (com 4º e 9º anos Fénix no
ano letivo 2011/2012);
O impacto do Projeto Fénix, isto é, da utilização das dinâmicas organizacionais
características e demais variáveis relacionadas com a gestão pedagógica e de recursos
associadas ao mesmo, foi avaliado junto não só dos alvos de intervenção direta - os
alunos de 4º34 e 9º35 ano de escolaridade - como junto dos diretores36, professores37 e
encarregados de educação38. A análise da perceção e avaliação do impacto do Projeto
nos diferentes grupos amostrais foi seguida da respetiva fase de tratamento estatístico e
de interpretação dos dados. Todos os questionários foram aplicados durante o mês de
junho de 2012. Consistiam num formulário eletrónico encaminhado para os diretores de
todas as escolas envolvidas no estudo, cabendo a sua aplicação aos coordenadores do
Projeto Fénix nas escolas, junto dos alunos, professores e encarregados de educação,
que, de forma anónima, os preencheram.
34
Anexo 5 - Questionário Alunos 4.º ano.
35
Anexo 6 - Questionário Alunos 9.º ano.
36
Anexo 7 - Questionário Diretores.
37
Anexo 8 - Questionário Professores.
38
Anexo 9 - Questionário Encarregados de Educação.
106
sucesso organizacional; sucesso académico; processos de liderança e gestão;
sucesso socio-emocional.
b) Destacar a implementação do Projeto Fénix no 2.º ano de escolaridade,
dado que a integração no sistema escolar no 1º ciclo marca o início de uma
trajetória que se constitui como fundamental ao longo de todo o
desenvolvimento académico, pessoal e social dos alunos, sendo primordial
investir na compreensão dos aspetos positivos e/ou negativos capazes de
interferir no sucesso escolar.
A focalização do estudo no 2.º ano de escolaridade reconhece-o como sendo
um dos mais marcantes para o percurso escolar dos alunos, categorizando-os pela
primeira vez ao nível do sucesso/insucesso, traduzindo-se na possibilidade de ocorrer a
retenção pela primeira vez. Por um lado, é neste ano de escolaridade que se verifica um
aumento gradual da exigência do programa, que implica a utilização de estratégias
cognitivas relacionadas com a atenção, concentração, raciocínio lógico-matemático,
compreensão, memorização e perceção (visual e auditiva), mas também do maior
trabalho na capacidade de expressão oral, escrita, coordenação motora fina, leitura e
cálculo, havendo maior probabilidade da criança evidenciar ou desenvolver dificuldades
de aprendizagem. Por outro lado, a opção pelo 2.º ano prendeu-se, do ponto de vista
metodológico, por ser um ano onde não se regista ainda um leque muito diversificado
de variáveis a considerar, logo, reconhecendo uma relativa homogeneidade ao nível da
aptidão inicial dos alunos, evitando-se, deste modo, adulterações na interpretação dos
resultados quanto aos efeitos produzidos (Bosker e Scheerens, 1995: 106).
107
2. Descrição das técnicas e instrumentos de recolha de dados
39
Anexo 10 - Exemplar do Pré e Pós-teste Língua Portuguesa.
40
Anexo 11 - Exemplar do Pré e Pós-teste de Matemática.
108
para o 2º ano de escolaridade, e a partir da estrutura dos testes intermédios do GAVE 41.
Seguindo as suas orientações/estrutura/critérios de correção, as provas foram elaboradas
por um grupo de quatro professores docentes profissionalizados do grupo de
recrutamento 11042. Todo o processo referente a este instrumento de avaliação seguiu as
orientações dos testes intermédios:
- Os aplicadores não eram os professores titulares de turma, tendo sido constituído um
grupo de dez docentes (dois por cada Direção Regional) que supervisionou a aplicação
do pré-teste e do pós-teste;
- O pré-teste foi aplicado, em outubro, a todas as escolas que faziam parte da amostra;
- O pós-teste foi aplicado, em maio, adotando as regulamentações referidas no ponto
anterior;
- As provas foram corrigidas por uma equipa de professores do Grupo 110, (que não
estiveram envolvidos na conceção e na aplicação), respeitando as normas de aplicação e
correção vigentes no GAVE, nomeadamente o anonimato.
Língua Portuguesa
Item 1 Compreensão oral
Caderno 1 Item 2
Compreensão oral
Grupo I (2.1, 2.3., 2.3)
Item 3 Compreensão oral
Caderno 1
Item 1 Escrita
Grupo II
Item 1 Leitura
Item 2 Leitura
Item 3 Leitura
Item 4 Leitura
Item 5 Leitura
Item 6 Conhecimento Explícito da Língua
Item 7 Conhecimento Explícito da Língua
Caderno 2
Item 8 Conhecimento Explícito da Língua
Item 9 Conhecimento Explícito da Língua
Item 10 Conhecimento Explícito da Língua
Item 11 Conhecimento Explícito da Língua
Item 12 Conhecimento Explícito da Língua
Item 13 Conhecimento Explícito da Língua
Item 14 Escrita
Quadro 6. Divisão dos cadernos de Língua Portuguesa por itens
41
De acordo com os normativos em vigor para o ano letivo 2011-2012.
42
Correspondente ao grupo de docência do 1.º ciclo
109
Matemática
Item 1 Números e operações
Item 2 Geometria e medida
Item 3 Números e operações
Caderno 3 Item 4 Geometria e medida
Item 5 Regularidades
Item 6 Geometria e medida
Item 7 Resolução de problemas
Item 1 Números e operações
Item 2 Geometria e medida
Item 3 Organização e tratamento de dados
Caderno 4 Item 4 Geometria e medida
Item 5 Geometria e medida
Item 6 Geometria e medida
Item 7 Resolução de problemas
Quadro 7. Divisão dos cadernos de Matemática por itens
2.2. Questionários
110
Segundo Schutt (1996:273), o questionário deve ser considerado “como um todo
integrado” no qual as partes são articuladas, tendo um objetivo único, sendo
complementares e exaustivas em relação ao assunto abordado, devendo a sua elaboração
ter em conta uma hipótese ou pergunta de partida.
No que se refere à ordem das questões, Bosch e Torrente (1993) referem que o
conteúdo das perguntas iniciais deve manter uma relação estreita com o conteúdo da
apresentação que o acompanha, além de que os aspetos previsivelmente mais
111
importantes devem ser colocados em primeiro lugar, sendo necessário agrupar questões
de conteúdo similar, dado que diminui o esforço de preenchimento e assegura menos
erros.
3.1. Resultados
Para testar as relações entre as variáveis utilizou-se, como referência para aceitar
ou rejeitar a hipótese nula, um nível de significância (α) ≤0,05. No entanto, quando
foram encontradas diferenças significativas para um nível de significância (α) ≤ 0,10,
estas foram devidamente comentadas.
Para comparar as diferenças entre o grupo experimental e o grupo de controlo
recorreu-se ao teste t de Student para amostras independentes (na classificação total por
tratar-se de uma variável quantitativa) e ao teste de Mann-Whitney (nas disciplinas por
tratar-se de variáveis ordinais).
Para comparar as diferenças entre o Pré-teste e o Pós-teste, usou-se o teste t de
Student para amostras emparelhadas e o teste de Wilcoxon, no caso das disciplinas. Para
facilidade de interpretação, mesmo quando se efetuou testes não paramétricos (Mann-
Whitney ou Wilcoxon), apresentou-se nas estatísticas descritivas os valores das médias e
não os valores das ordens médias.
43
In Moreira, L. (2009). Projecto Fénix - Um projecto de Inovação Pedagógica: Operacionalização e
Impacto no Agrupamento Campo Aberto - Beiriz. Dissertação de mestrado apresentada na Universidade
Católica Portuguesa, Porto.
112
Os pressupostos do teste t de Student, nomeadamente o pressuposto de
normalidade de distribuição e o pressuposto de homogeneidade de variâncias, foram
analisados com os testes de Kolmogorov-Smirnov e o teste de Levene. Nas situações em
que a amostra era superior a 30, aceitou-se a normalidade de distribuição dos valores, de
acordo com o Teorema do Limite Central.
A análise estatística foi efetuada com o SPSS (Statistical Package for the Social
Sciences) versão 20.0 para Windows.
Língua Portuguesa
Grupo Experimental versus Grupo de Controlo
Para aplicação dos testes, para cada uma das variáveis que se encontram no
quadro seguinte, considerou-se:
t = teste t de Student
Z = Teste de Mann-Whitney
113
Pós-teste Compreensão 2,41 0,42 2,49 0,39 0,264
Pós-teste Tipologia 3,66 1,73 3,74 1,52 0,977
Pós-teste Estrutura 4,85 2,07 4,47 2,06 0,110
Pós-teste Sintaxe e morfologia 4,14 2,33 3,64 1,97 0,108
Pós-teste Ortografia 2,73 1,70 2,65 1,74 0,732
Pós-teste Leitura 2,54 0,74 2,36 0,53 0,052 *
Pós-teste Conhecimento explícito 2,87 0,81 2,64 0,88 0,058 *
Pós-teste Escrita 4,14 1,54 4,16 1,53 0,803
* p ≤ 0,10
Quadro 8. Desempenho em Língua Portuguesa: GE vs GC
Estes resultados significam que as diferenças entre os dois grupos, nos três
casos, é importante e não se deve ao acaso.
50
G. Experimental
40 G. Controlo
30
20
10
0
Pré-teste total Pós-teste total Pré-teste total Pós-teste total
caderno 1 caderno 1 caderno 2 caderno 2
114
5
G. Experimental
G. Controlo
4
Grupo experimental
Para aplicação dos testes, para cada uma das variáveis que se encontram no
quadro seguinte considerou-se:
Pré-teste Pós-teste
M Dp M Dp Sig.
Total caderno 1 27,54 9,49 34,24 9,01 0,000 *
Total caderno 2 28,52 11,77 39,21 9,98 0,000 *
Compreensão 2,25 0,53 2,41 0,41 0,012 *
Tipologia 2,32 2,08 3,66 1,73 0,000 *
Estrutura 2,73 2,65 4,84 2,06 0,000 *
Sintaxe e morfologia 1,85 1,92 4,13 2,33 0,000 *
115
Ortografia 2,65 1,56 2,73 1,69 0,639
Leitura 2,01 0,67 2,54 0,73 0,000 *
Conhecimento explícito 2,04 1,01 2,87 0,81 0,000 *
Escrita 2,08 2,00 4,14 1,54 0,000 *
* p ≤ 0,05
Quadro 9. Grupo experimental: Pré-teste vs Pós-teste
30
20
10
0
Total caderno 1 Total caderno 2
6 Pré-teste
5 Pós-teste
4
3
2
1
0
Grupo de Controlo
Para aplicação dos testes, para cada uma das variáveis que se encontram no
Quadro seguinte considerou-se:
117
Pré-teste Pós-teste
M Dp M Dp Sig.
Total caderno 1 28,14 8,66 34,11 8,09 0,000 *
Total caderno 2 27,18 12,92 36,66 10,41 0,000 *
Compreensão 2,34 0,43 2,49 0,39 0,000 *
Tipologia 2,47 1,96 3,73 1,52 0,000 *
Estrutura 2,45 2,61 4,46 2,06 0,000 *
Sintaxe e morfologia 1,66 1,75 3,64 1,97 0,000 *
Ortografia 2,88 1,70 2,64 1,74 0,217
Leitura 1,87 0,73 2,36 0,52 0,000 *
Conhecimento explícito 1,94 1,12 2,63 0,88 0,000 *
Escrita 2,38 2,00 4,15 1,52 0,000 *
* p ≤ 0,05
118
Leitura, Z = -6,275, p = 0,000, os alunos do grupo de controlo
obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste do que no pré-teste
(2,36 vs 1,87).
Conhecimento explícito, Z = -7,189, p = 0,000, os alunos do
grupo de controlo obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (2,63 vs 1,94).
Escrita, Z = -6,544, p = 0,000, os alunos do grupo de controlo
obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste do que no pré-teste
(4,15 vs 2,38).
40
Pré-teste
35
Pós-teste
30
25
20
15
10
0
Total caderno 1 Total caderno 2
5
4,5 Pré-teste
4 Pós-teste
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
119
Matemática
t = teste t de Student
Z = Teste de Mann-Whitney
120
Com base nos resultados apresentados, constatou-se que:
50
G. Experimental
40 G. Controlo
30
20
10
0
Pré-teste total Pós-teste total Pré-teste total Pós-teste total
caderno 3 caderno 3 caderno 4 caderno 4
6
G. Experimental
5 G. Controlo
121
Grupo experimental
Para aplicação dos testes, para cada uma das variáveis que se encontram no
quadro seguinte, considerou-se:
Pré-teste Pós-teste
M Dp M Dp Sig.
Total caderno 3 29,65 11,60 36,97 8,37 0,000 *
Total caderno 4 32,57 13,40 42,55 11,60 0,000 *
Números e operações C3 2,12 1,24 2,70 1,25 0,000 *
Geometria e medida C3 2,77 1,20 3,51 ,80 0,000 *
Regularidades C3 4,15 2,05 5,21 1,64 0,000 *
Resolução de problemas C3 4,56 2,47 5,35 1,82 0,000 *
Números e operações C4 2,18 1,60 3,11 1,33 0,000 *
Geometria e medida C4 1,87 ,72 2,37 ,63 0,000 *
Organização e tratamento de dados 3,39 1,98 4,18 1,69 0,000 *
Resolução de problemas C4 2,27 1,35 3,19 1,09 0,000 *
* p ≤ 0,05
Quadro 12. Grupo experimental: Pré-teste vs Pós-teste
122
Números e operações c3, Z = -3,585, p = 0,000, os alunos do
grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (2,70 vs 2,12).
Geometria e medida c3, Z = -6,191, p = 0,000, os alunos do
grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (3,51 vs 2,77).
Regularidades c3, Z = -5,001, p = 0,000, os alunos do grupo
experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste do
que no pré-teste (5,21 vs 4,15).
Resolução de problemas c3, Z = -3,043, p = 0,002, os alunos do
grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (5,35 vs 4,56).
Números e operações c4, Z = -4,232, p = 0,000, os alunos do
grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (3,11 vs 2,18).
Geometria e medida c4, Z = -5,755, p = 0,000, os alunos do
grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (2,37 vs 1,87).
Organização e tratamento de dados c4, Z = -3,830, p = 0,000, os
alunos do grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados
no pós-teste do que no pré-teste (4,18 vs 3,39).
Resolução de problemas c4, Z = -5,808, p = 0,000, os alunos do
grupo experimental obtêm valores significativamente mais elevados no pós-teste
do que no pré-teste (3,19 vs 2,27).
50 Pré-teste
Pós-teste
40
30
20
10
0
Total caderno 3 Total caderno 4
123
6
Pré-teste
5
Pós-teste
4
3
2
1
0
Grupo de Controlo
Para aplicação dos testes, para cada uma das variáveis que se encontram no
quadro seguinte, considerou-se:
Pré-teste Pós-teste
M Dp M Dp Sig.
Total caderno 3 30,13 10,07 37,03 6,86 0,000 *
Total caderno 4 34,40 14,44 41,06 10,28 0,000 *
Números e operações C3 2,48 1,29 2,51 1,17 0,972
Geometria e medida C3 2,68 ,99 3,53 ,76 0,000 *
Regularidades C3 4,55 2,08 5,42 1,25 0,000 *
Resolução de problemas C3 4,44 2,50 5,50 1,57 0,000 *
Números e operações C4 2,53 1,60 2,88 1,44 0,142
Geometria e medida C4 1,96 ,77 2,30 ,56 0,000 *
Organização e tratamento de dados 3,66 1,83 3,90 1,65 0,199
Resolução de problemas C4 2,33 1,44 3,21 ,96 0,000 *
* p ≤ 0,05
Quadro 13. Grupo de controlo: Pré-teste vs Pós-teste
124
Com base nos resultados apresentados, constatou-se que:
45
Pré-teste
40
Pós-teste
35
30
25
20
15
10
5
0
Total caderno 3 Total caderno 4
125
6
Pré-teste
5
Pós-teste
4
3
2
1
0
126
130%
110%
90%
70%
50%
30% Língua Portuguesa GE
10% Língua Portuguesa GC
-10%
Gráfico 19. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Língua Portuguesa
GE GC
Total Caderno 3 9,85% 14,17%
Total Caderno 4 15,09% 10,88%
Números e operações C3 27,23% 1,21%
Geometria e medida C3 26,26% 31,60%
Regularidades C3 25,48% 18,86%
Resolução de problemas C3 17,32% 23,87%
Números e operações C4 42,01% 13,39%
Geometria e medida C4 26,74% 17,35%
Organização e tratamento de dados 23,30% 6,27%
Resolução de problemas C4 40,53% 37,77%
Média global 26,50% 18,10%
Quadro 15. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Matemática
127
60%
50%
40%
30%
20%
10%
Matemática GE
0%
Matemática GC
Gráfico 20. Variações relativas entre os resultados dos pré-testes e pós-testes na disciplina de Matemática
128
3.1.2. Questionários
3.1.2.1. Alunos do 4.º ano
Zona
N % % Válidos
Urbano 151 62,1 64,3
Rural 84 34,6 35,7
Total 235 96,7 100,0
Missing NS/NR 8 3,3
Total 243 100,0
Quadro 16. Divisão da amostra dos alunos do 4º ano por zonas (urbana e rural)
Sexo
N % % Válidos
Feminino 103 42,4 42,7
Masculino 138 56,8 57,3
Total 241 99,2 100,0
Missing NS/NR 2 ,8
Total 243 100,0
129
De seguida, serão objeto de análise o grau de concordância e a importância44
conferida a um conjunto de afirmações relativas ao Projeto Fénix.
Em primeiro lugar, e face à afirmação: “Os alunos com o Projeto Fénix
melhoram os resultados escolares”, 61,9% concorda plenamente e 28,4% “concorda em
grande parte”.
N % % Válidos
Discordo em grande parte 3 1,2 1,3
Concordo/Discordo parcialmente 20 8,2 8,5
Concordo em grande parte 67 27,6 28,4
Concordo plenamente 146 60,1 61,9
Total 236 97,1 100,0
Missing NS/NR 7 2,9
Total 243 100,0
Quadro 19. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos com o Projeto Fénix melhoram os resultados
escolares”
P1 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,8
Mais ou menos importante 4 1,6 1,7
Importante 18 7,4 7,6
Muito importante 98 40,3 41,4
Essencial, fundamental 115 47,3 48,5
Total 237 97,5 100,0
Missing NS/NR 6 2,5
Total 243 100,0
Quadro 20. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos com o Projeto Fénix melhoram os resultados
escolares”
44
Para cada afirmação, foi solicitado, em primeiro lugar, o posicionamento dos alunos numa escala de
concordância, tendo em conta o grau de aproximação entre a afirmação e a experiencia enquanto aluno.
Em segundo lugar, a atribuição, numa escala de importância, da respetiva afirmação. A escala de
concordância vai de 1 a 5 em que o 1 significa “Discordo completamente” e o 5 “Concordo plenamente”.
A escala de importância é de 1 a 5 em que o 1 é “Sem importância” e o 5 “Essencial, fundamental”.
130
Quanto à segunda declaração: “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais fácil aprender”, 56,4% posiciona-se no máximo da
escala que, somado àqueles que “concorda em grande parte” (32,1%), perfaz 88,5% da
amostra. Entre o valor 1 e 3 de concordância, encontram-se 11,5% dos alunos.
N % % Válidos
Discordo completamente 3 1,2 1,3
Discordo em grande parte 4 1,6 1,7
Concordo/Discordo parcialmente 20 8,2 8,5
Concordo em grande parte 75 30,9 32,1
Concordo plenamente 132 54,3 56,4
Total 234 96,3 100,0
Missing NS/NR 9 3,7
Total 243 100,0
Quadro 21. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
P2 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 2 ,8 ,9
Importante 31 12,8 13,3
Muito importante 84 34,6 36,1
Essencial, fundamental 116 47,7 49,8
Total 233 95,9 100,0
Missing NS/NR 10 4,1
Total 243 100,0
Quadro 22. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
131
P3 - “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
N % % Válidos
Discordo completamente 2 ,8 ,9
Discordo em grande parte 6 2,5 2,6
Concordo/Discordo 37 15,2 15,7
parcialmente
Concordo em grande parte 81 33,3 34,5
Concordo plenamente 109 44,9 46,4
Total 235 96,7 100,0
Missing NS/NR 8 3,3
Total 243 100,0
Quadro 23. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
P3 – Grau de concordância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 2 ,8 ,9
Importante 40 16,5 17,1
Muito importante 85 35,0 36,3
Essencial, fundamental 106 43,6 45,3
Total 234 96,3 100,0
Missing NS/NR 9 3,7
Total 243 100,0
Quadro 24. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
132
P4 - “Desde que estou no Projeto Fénix consigo estudar, fazer os trabalhos de casa e
os exercícios da aula mais vezes sozinho(a), e com menor ajuda do(a) professor(a)”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 ,4 ,5
Discordo em grande parte 2 ,8 1,0
Concordo/Discordo parcialmente 35 14,4 17,2
Concordo em grande parte 79 32,5 38,7
Concordo plenamente 87 35,8 42,6
Total 204 84,0 100,0
Missing NS/NR 39 16,0
Total 243 100,0
Quadro 25. Distribuição das respostas à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix consigo estudar, fazer os
trabalhos de casa e os exercícios da aula mais vezes sozinho(a), e com menor ajuda do(a) professor(a)”
P4 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 4 1,6 1,7
Importante 34 14,0 14,8
Muito importante 92 37,9 40,2
Essencial, fundamental 98 40,3 42,8
Total 229 94,2 100,0
Missing NS/NR 14 5,8
Total 243 100,0
Quadro 26. Grau de importância atribuído à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix consigo estudar, fazer os
trabalhos de casa e os exercícios da aula mais vezes sozinho(a), e com menor ajuda do(a) professor(a)”
133
P5 - “Os alunos sentem-se bem na turma Fénix e/ou Ninhos”
N % % Válidos
Discordo completamente 3 1,2 1,3
Discordo em grande parte 1 ,4 ,4
Concordo/Discordo parcialmente 21 8,6 8,9
Concordo em grande parte 82 33,7 34,7
Concordo plenamente 129 53,1 54,7
Total 236 97,1 100,0
Missing NS/NR 7 2,9
Total 243 100,0
Quadro 27. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se bem na turma Fénix e/ou Ninhos”
P5 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,8
Mais ou menos importante 5 2,1 2,1
Importante 34 14,0 14,4
Muito importante 83 34,2 35,2
Essencial, fundamental 112 46,1 47,5
Total 236 97,1 100,0
Missing NS/NR 7 2,9
Total 243 100,0
Quadro 28. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se bem na turma Fénix e/ou Ninhos”
134
P6 - “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor e
mais confiantes”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 3 1,2 1,3
Concordo/Discordo parcialmente 20 8,2 8,5
Concordo em grande parte 78 32,1 33,2
Concordo plenamente 134 55,1 57,0
Total 236 96,7 100,0
Missing NS/NR 8 3,3
Total 243 100,0
Quadro 29. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor e mais confiantes”
P6 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 3 1,2 1,3
Importante 29 11,9 12,7
Muito importante 86 35,4 37,7
Essencial, fundamental 109 44,9 47,8
Total 228 93,8 100,0
Missing NS/NR 15 6,2
Total 243 100,0
Quadro 30. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor e mais confiantes”
A sétima afirmação refere que: “Desde que estou no Projeto Fénix sinto-me mais
apoiado(a), porque posso contar com a ajuda de mais do que um professor”. O
posicionamento das respostas ilustra a plena concordância de quase 64% dos alunos. De
destacar, contudo, os 10,7% de “Não sabe/Não responde”.
135
P7 - “Desde que estou no Projeto Fénix sinto-me mais apoiado(a) porque posso
contar com a ajuda de mais do que um professor”
N % % Válidos
Discordo completamente 5 2,1 2,3
Discordo em grande parte 2 ,8 ,9
Concordo/Discordo parcialmente 15 6,2 6,9
Concordo em grande parte 57 23,5 26,3
Concordo plenamente 138 56,8 63,6
Total 217 89,3 100,0
Missing NS/NR 26 10,7
Quadro 31. Distribuição das respostas à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix sinto-me mais apoiado(a)
porque posso contar com a ajuda de mais do que um professor”
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,9
Mais ou menos importante 2 ,8 ,9
Importante 26 10,7 11,5
Muito importante 87 35,8 38,5
Essencial, fundamental 109 44,9 48,2
Total 226 93,0 100,0
Missing NS/NR 17 7,0
Total 243 100,0
Quadro 32. Grau de importância atribuído à afirmação “Desde que estou no Projeto Fénix sinto-me mais apoiado(a)
porque posso contar com a ajuda de mais do que um professor”
136
P8 - “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 ,4 ,4
Discordo em grande parte 1 ,4 ,4
Concordo/Discordo parcialmente 11 4,5 4,8
Concordo em grande parte 60 24,7 26,1
Concordo plenamente 157 64,6 68,3
Total 230 94,7 100,0
Missing NS/NR 13 5,3
Total 243 100,0
Quadro 33. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
Uma outra questão diz respeito ao caráter inovador deste Projeto nas escolas.
Assim, perante a afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola”, quase 60% dos
inquiridos “concorda plenamente”. Seguem-se 30% imediatamente no grau abaixo, do
“concordo em grande parte”.
N % % Válidos
Discordo completamente 4 1,6 1,7
Discordo em grande parte 3 1,2 1,3
Concordo/Discordo parcialmente 18 7,4 7,6
Concordo em grande parte 71 29,2 30,0
Concordo plenamente 141 58,0 59,5
Total 237 97,5 100,0
Missing NS/NR 6 2,5
Total 243 100,0
Quadro 34. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola”
137
P9 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 4 1,6 1,7
Importante 29 11,9 12,1
Muito importante 89 36,6 37,2
Essencial, fundamental 116 47,7 48,5
Total 239 98,4 100,0
Missing NS/NR 4 1,6
Total 243 100,0
Quadro 35. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola”
Por fim, a última afirmação: “O Projeto Fénix ajuda o professor a conseguir dar
mais atenção a todos os alunos”, reúne o consenso de quase 58% dos alunos que
“concordam plenamente” com a maior capacidade dos professores na atenção dada aos
alunos.
P10 – “O Projeto Fénix ajuda o professor a conseguir dar mais atenção a todos os
alunos”
N % % Válidos
Discordo completamente 2 ,8 ,8
Discordo em grande parte 2 ,8 ,8
Concordo/Discordo parcialmente 25 10,3 10,4
Concordo em grande parte 73 30,0 30,3
Concordo plenamente 139 57,2 57,7
Total 241 99,2 100,0
Missing NS/NR 2 ,8
Total 243 100,0
Quadro 36. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda o professor a conseguir dar mais atenção
a todos os alunos”
138
P10 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,9
Mais ou menos importante 4 1,6 1,7
Importante 24 9,9 10,3
Muito importante 93 38,3 39,7
Essencial, fundamental 111 45,7 47,4
Total 234 96,3 100,0
Missing NS/NR 9 3,7
Total 243 100,0
Quadro 37. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda o professor a conseguir dar mais
atenção a todos os alunos”
Média de Média de
Concordância Importância
P1 4,51 4,35
P2 4,41 4,35
P3 4,23 4,25
P4 4,22 4,23
P5 4,41 4,26
P6 4,46 4,31
P7 4,48 4,32
P8 4,61
P9 4,44 4,32
P10 4,43 4,31
Quadro 38. Valores médios de concordância e importância atribuído às perguntas P1 a P10
139
Perguntas Abertas
Categorias N
Maior e melhor aprendizagem 75
Apoio aos alunos com dificuldades 61
Apoio aos alunos, em geral 25
Contribui para o aproveitamento escolar 23
Responde a necessidades e dificuldades dos alunos 16
Melhora a compreensão das matérias 15
Favorece a maior atenção ao aluno 14
Ter mais professores 12
Desenvolve a confiança e autonomia 11
Maior concentração e atenção do aluno 8
Estudo de matérias novas 3
Mais segurança na escola 1
Quadro 39. Número total de evocações por categorias (PA11)
Na questão 12, sobre se estar numa turma Fénix ajuda os alunos, apenas 3 não
sabem/não respondem e 240 respondem afirmativamente. Entre as categorias, destaca-
se o facto de “facultar maior e melhor aprendizagem” (89 referências); “favorecer a
maior atenção ao aluno” (62 referências) e o “responder a necessidades e dificuldades
dos alunos” (25 referências) constituírem as categorias mais frequentes. Há uma grande
transposição das mesmas categorias da pergunta anterior, embora se destaque o facto
45
Para a construção das categorias foram contabilizadas o número total de invocações,
independentemente do número de respondentes.
140
dos “grupos mais pequenos” serem assinalados como forma de potenciar a atenção e o
ensino mais individualizado (Cf. Quadro 40).
Categorias N
Faculta maior e melhor aprendizagem 89
Favorece a maior atenção com o aluno 62
Responde às necessidades e dificuldades dos alunos 25
Apoia os alunos, em geral 17
Maior atenção do aluno 15
Apoio a alunos com dificuldades 14
Contribui para um maior aproveitamento 14
Grupos mais pequenos 12
Permite a maior autonomia e confiança do aluno 12
Ter mais professores 4
Aprender matérias novas 2
Quadro 40. Número total de evocações por categorias (PA12)
Na questão 13, sobre se mudaria alguma coisa na turma Fénix, 5 não sabem/não
respondem e 189 (79,4%) afirmam que não mudariam nada. Os restantes 20,6% (49)
respondem afirmativamente. Denota-se pelas evocações que aquela mais referenciada
corresponde ao desejo de aumentar a frequência das aulas.
Categorias N
Aumentar a frequência das aulas 17
Aumentar a concentração dos alunos 4
Melhorar o comportamento dos alunos 4
Enfoque em matérias específicas 3
Obter melhores notas 3
Entreajuda entre os colegas 2
Mudar colegas 2
Ter Ninho no Estudo do Meio 2
Barulho do ginásio 1
Fazer mais experiências 1
Maior coordenação (cada turma deveria ter um horário) 1
Movimentação dos alunos durante a aula mãe 1
Mudava alguns alunos que sabem mais e depois iam para a turma mãe46 1
Não mudava mas os professores que batem não deviam bater47 1
Podiam estar todos juntos 1
Ter salas maiores 1
Quadro 41. Número total de evocações por categorias (PA13)
46
Criação de categoria textual ao discurso (quando não é facilmente percetível o seu significado).
47
Criação de categoria textual ao discurso.
141
3.1.2.2. Alunos 9.º ano
A amostra relativa aos alunos do 9.º ano é composta por 246 inquiridos, 61,4%
dos quais a estudar em zonas urbanas e 38,6% em zonas rurais.
Zona
N %
Urbano 151 61,4
Rural 95 38,6
Total 246 100,0
Quadro 42. Divisão da amostra dos alunos do 9º ano por zonas (urbana e rural)
Sexo
N % % Válidos
Feminino 136 55,3 55,5
Masculino 109 44,3 44,5
Total 245 99,6 100,0
Missing NS/NR 1 ,4
Total 246 100,0
Quadro 43. Divisão da amostra dos alunos do 9º ano por género
Idade
N % % Válidos
14 79 32,1 32,2
15 112 45,5 45,7
16 41 16,7 16,7
17 12 4,9 4,9
19 1 ,4 ,4
Total 245 99,6 100,0
Missing NS/NR 1 ,4
Total 246 100,0
Quadro 44. Divisão da amostra dos alunos do 9º ano por idades
142
Iremos agora analisar a distribuição destes alunos, atendendo ao grau de
concordância e de importância48, atribuído a um conjunto de afirmações relativas ao
Projeto Fénix.
N % % Válidos
Discordo completamente 1 ,4 ,4
Discordo em grande parte 3 1,2 1,3
Concordo/Discordo parcialmente 50 20,3 20,8
Concordo em grande parte 112 45,5 46,7
Concordo plenamente 74 30,1 30,8
Total 240 97,6 100,0
Missing NS/NR 6 2,4
Total 246 100,0
Quadro 45. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
48
Para cada afirmação, foi solicitado, em primeiro lugar, o posicionamento dos alunos numa escala de
concordância, tendo em conta o grau de aproximação entre a afirmação e a experiencia enquanto aluno.
Em segundo lugar, a atribuição, numa escala de importância, da respetiva afirmação. A escala de
concordância vai de 1 a 5 em que o 1 significa “Discordo completamente” e o 5 “Concordo plenamente”.
A escala de importância é de 1 a 5 em que o 1 é “Sem importância” e o 5 “Essencial, fundamental”.
143
P1 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 5 2,0 2,1
Importante 70 28,5 29,4
Muito importante 88 35,8 37,0
Essencial, fundamental 74 30,1 31,1
Total 238 96,7 100,0
Missing NS/NR 8 3,3
Total 246 100,0
Quadro 46. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 ,4 ,4
Discordo em grande parte 5 2,0 2,1
Concordo/Discordo parcialmente 47 19,1 19,8
Concordo em grande parte 95 38,6 40,1
Concordo plenamente 89 36,2 37,6
Total 237 96,3 100,0
Missing NS/NR 9 3,7
Total 246 100,0
Quadro 47. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
144
P2 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 3 1,2 1,3
Importante 60 24,4 25,5
Muito importante 98 39,8 41,7
Essencial, fundamental 73 29,7 31,1
Total 235 95,5 100,0
Missing NS/NR 11 4,5
Total 246 100,0
Quadro 48. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
P3 - “O Projeto Fénix ajuda os alunos a obter sucesso nas disciplinas em que não
existe “Ninho”
N % % Válidos
Discordo completamente 29 11,8 12,4
Discordo em grande parte 29 11,8 12,4
Concordo/Discordo parcialmente 74 30,1 31,6
Concordo em grande parte 74 30,1 31,6
Concordo plenamente 28 11,4 12,0
Total 234 95,1 100,0
Missing NS/NR 12 4,9
Total 246 100,0
Quadro 49. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a obter sucesso nas disciplinas
em que não existe “Ninho”
145
expressão “essencial, fundamental” (12,9%) e, por outro, atribui “mais ou menos
importância” (12,1%) e até o grau “sem importância” (5,4%).
P3 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 12 4,9 5,4
Mais ou menos importante 27 11,0 12,1
Importante 83 33,7 37,1
Muito importante 73 29,7 32,6
Essencial, fundamental 29 11,8 12,9
Total 224 91,1 100,0
Missing NS/NR 22 8,9
Total 246 100,0
Quadro 50. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a obter sucesso nas
disciplinas em que não existe “Ninho”
N % % Válidos
Discordo completamente 4 1,6 1,7
Discordo em grande parte 13 5,3 5,4
Concordo/Discordo parcialmente 61 24,8 25,4
Concordo em grande parte 104 42,3 43,3
Concordo plenamente 58 23,6 24,2
Total 240 97,6 100,0
Missing NS/NR 6 2,4
Total 246 100,0
Quadro 51. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
146
P4 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,8
Mais ou menos importante 17 6,9 7,1
Importante 66 26,8 27,7
Muito importante 90 36,6 37,8
Essencial, fundamental 63 25,6 26,5
Total 238 96,7 100,0
Missing NS/NR 8 3,3
Total 246 100,0
Quadro 52. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 ,4 ,4
Discordo em grande parte 18 7,3 7,7
Concordo/Discordo parcialmente 83 33,7 35,3
Concordo em grande parte 90 36,6 38,3
Concordo plenamente 43 17,5 18,3
Total 235 95,5 100,0
Missing NS/NR 11 4,5
Total 246 100,0
Quadro 53. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos (realização
dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
147
P5 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 ,4 ,4
Mais ou menos importante 17 6,9 7,3
Importante 77 31,3 32,9
Muito importante 85 34,6 36,3
Essencial, fundamental 54 22,0 23,1
Total 234 95,1 100,0
Missing NS/NR 12 4,9
Total 246 100,0
Quadro 54. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos
(realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
N % % Válidos
Discordo completamente 3 1,2 1,3
Discordo em grande parte 4 1,6 1,7
Concordo/Discordo parcialmente 68 27,6 29,3
Concordo em grande parte 92 37,4 39,7
Concordo plenamente 65 26,4 28,0
Total 232 94,3 100,0
Missing NS/NR 14 5,7
Total 246 100,0
Quadro 55. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/Ninhos”
148
P6 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 3 1,2 1,3
Mais ou menos importante 9 3,7 3,8
Importante 68 27,6 28,7
Muito importante 82 33,3 34,6
Essencial, fundamental 75 30,5 31,6
Total 237 96,3 100,0
Missing NS/NR 9 3,7
Total 246 100,0
Quadro 56. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/Ninhos”
N % % Válidos
Discordo completamente 10 4,1 4,3
Discordo em grande parte 14 5,7 6,0
Concordo/Discordo parcialmente 69 28,0 29,6
Concordo em grande parte 91 37,0 39,1
Concordo plenamente 49 19,9 21,0
Total 233 94,7 100,0
Missing NS/NR 13 5,3
Total 246 100,0
Quadro 57. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor consigo próprios”
149
P7- Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 10 4,1 4,2
Mais ou menos importante 15 6,1 6,4
Importante 74 30,1 31,4
Muito importante 81 32,9 34,3
Essencial, fundamental 56 22,8 23,7
Total 236 95,9 100,0
Missing NS/NR 10 4,1
Total 246 100,0
Quadro 58. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor consigo próprios”
N % % Válidos
Discordo completamente 6 2,4 2,6
Discordo em grande parte 12 4,9 5,2
Concordo/Discordo parcialmente 70 28,5 30,0
Concordo em grande parte 91 37,0 39,1
Concordo plenamente 54 22,0 23,2
Total 233 94,7 100,0
Missing NS/NR 13 5,3
Total 246 100,0
Quadro 59. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda as relações entre professores e alunos”
150
P8 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 8 3,3 3,4
Mais ou menos importante 10 4,1 4,2
Importante 70 28,5 29,7
Muito importante 82 33,3 34,7
Essencial, fundamental 66 26,8 28,0
Total 236 95,9 100,0
Missing NS/NR 10 4,1
Total 246 100,0
Quadro 60. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda as relações entre professores e
alunos”
Sobre a satisfação dos alunos face ao Projeto Fénix, quase 40% “concorda
plenamente” com a afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”. 34,6%
“concordam em grande parte” e 22,8% “concorda/discorda parcialmente”.
N % % Válidos
Discordo completamente 3 1,2 1,3
Discordo em grande parte 4 1,6 1,8
Concordo/Discordo parcialmente 52 21,1 22,8
Concordo em grande parte 79 32,1 34,6
Concordo plenamente 90 36,6 39,5
Total 228 92,7 100,0
Missing NS/NR 18 7,3
Total 246 100,0
Quadro 61. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
151
P10 – “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação participem mais
ativamente na escola”
N % % Válidos
Discordo completamente 30 12,2 13,2
Discordo em grande parte 24 9,8 10,5
Concordo/Discordo parcialmente 92 37,4 40,4
Concordo em grande parte 58 23,6 25,4
Concordo plenamente 24 9,8 10,5
Total 228 92,7 100,0
Missing NS/NR 18 7,3
Total 246 100,0
Quadro 62. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
P 10 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 14 5,7 6,4
Mais ou menos importante 30 12,2 13,6
Importante 80 32,5 36,4
Muito importante 56 22,8 25,5
Essencial, fundamental 40 16,3 18,2
Total 220 89,4 100,0
Missing NS/NR 26 10,6
Total 246 100,0
Quadro 63. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
Sobre a diferença que o Projeto Fénix traz à escola e a sua contribuição para a
melhoria da organização escolar, 39,1% “concorda em grande parte”, seguido por
32,6% que “concordam/discordam parcialmente”.
152
P11 - “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a melhoria da
organização escolar”
N % % Válidos
Discordo completamente 5 2,0 2,1
Discordo em grande parte 11 4,5 4,7
Concordo/Discordo parcialmente 76 30,9 32,6
Concordo em grande parte 91 37,0 39,1
Concordo plenamente 50 20,3 21,5
Total 233 94,7 100,0
Missing NS/NR 13 5,3
Total 246 100,0
Quadro 64. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a
melhoria da organização escolar”
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,9
Mais ou menos importante 13 5,3 5,6
Importante 86 35,0 36,8
Muito importante 82 33,3 35,0
Essencial, fundamental 51 20,7 21,8
Total 234 95,1 100,0
Missing NS/NR 12 4,9
Total 246 100,0
Quadro 65. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a
melhoria da organização escolar”
153
P12 – “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um ensino mais
individualizado”
N % % Válidos
Discordo completamente 3 1,2 1,3
Discordo em grande parte 6 2,4 2,5
Concordo/Discordo parcialmente 68 27,6 28,6
Concordo em grande parte 96 39,0 40,3
Concordo plenamente 65 26,4 27,3
Total 238 96,7 100,0
Missing NS/NR 8 3,3
Total 246 100,0
Quadro 66. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um
ensino mais individualizado”
N % % Válidos
Sem Importância 2 ,8 ,8
Mais ou menos importante 9 3,7 3,8
Importante 85 34,6 36,0
Muito importante 81 32,9 34,3
Essencial, fundamental 59 24,0 25,0
Total 236 95,9 100,0
Missing NS/NR 10 4,1
Total 246 100,0
Quadro 67. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de
um ensino mais individualizado”
154
Já no que toca ao grau de importância, são as afirmações P1 e P2 as mais
valorizadas, ou seja, aquelas que consideram a melhoria do desempenho escolar e da
compreensão das matérias. As menos cotadas são aqueles que obtiveram menores
valores de concordância, a P3 e P10.
Média de Média de
Concordância Importância
P1 4,06 3,96
P2 4,12 4,02
P3 3,18 3,36
P4 3,83 3,82
P5 3,66 3,74
P6 3,91 3,92
P7 3,67 3,67
P8 3,75 3,80
P9 4,09
P10 3,10 3,35
P11 3,73 3,71
P12 3,90 3,79
Quadro 68. Valores médios de concordância e importância atribuído às perguntas P1 a P12
Perguntas abertas
155
- “e criação de mais um Ninho intermédio pois como já referi, existem
demasiadas pessoas no Ninho em questão, pois são os alunos medianos de duas
turmas o que se torna "pesado" e "confuso" para alguns alunos menos bons
nesse mesmo Ninho.”
Categorias N
Abranger mais matérias e disciplinas 15
Maior ajuda dos professores 15
Diminuir a dimensão das turmas 14
Alterar os critérios de formação e escolha dos grupos 13
Maior empenho e participação dos alunos 12
Melhorar método de ensino e estudo 10
Melhorar os espaços 10
Abranger mais alunos, turmas e ciclos de ensino 9
Dar mais motivação e incentivo aos alunos 8
Comportamento dos alunos 7
Melhorar o aproveitamento 5
Melhorar a seleção dos professores 4
Homogeneizar a exigência 3
Homogeneizar métodos de ensino 3
Maior frequência das aulas 3
Organização das salas 3
Maior interação entre a turma 'mãe' e o 'Ninho' 2
Mais professores 2
Facilitar os testes 1
Informação aos encarregados de educação 1
Melhorar o relacionamento entre alunos 1
Não fazer tantos testes surpresa 1
Terminar com o Projeto 1
Tudo 1
Quadro 69. Número total de evocações por categorias (P13)
Na questão 14, sobre outros aspetos que contribuem para o sucesso do Projeto,
31 alunos não sabem ou não respondem à questão, e 85 não destaca outros aspetos. Há,
contudo, 130 alunos que indicam outros fatores de sucesso: o ensino individualizado
proporcionado (35 referências), a dimensão das turmas, ou seja, o fato de se trabalhar
com poucos alunos é considerado uma vantagem (33 referências). Com menor número
de evocações, a categoria do aumento do aproveitamento entre os alunos (24
referências) e o apoio dos professores aos alunos (10 referências).
156
Categoria N
Ensino individualizado 35
Turmas pequenas 33
Melhoria do aproveitamento 24
Apoio dos professores aos alunos 10
Maior atenção dos alunos 9
Maior aprendizagem 8
Métodos de estudo e ensino 7
Aprendizagem mais facilitada 6
Maior participação 5
Relacionamento entre professor e aluno 5
Organização e formação dos grupos 4
Confere uma oportunidade a quem não gosta do professor 1
Convívio com outros alunos 1
Mais Trabalhos de casa 1
Quadro 70. Número total de evocações por categorias (P14)
3.1.2.3. Professores
Zona
N %
Urbano 37 57,8
Rural 27 42,2
Total 64 100,0
Quadro 71. Divisão da amostra dos professores por zonas (urbana e rural)
Sexo
N %
Feminino 54 84,4
Masculino 10 15,6
Total 64 100,0
157
A idade dos inquiridos varia entre os 29 e os 60 anos. A média de idades é de
41,25, sendo a mediana de 39 e a moda de 35. Agrupadas por intervalos de idade,
verificamos que cerca de 32% têm entre 35 a 40 anos, 21% encontra-se no escalão
abaixo (29-34) e 19% no escalão acima (41-46)
Idade
N % % Válidos
29-34 13 20,3 20,6
35-40 20 31,3 31,7
41-46 12 18,8 19,0
47-52 10 15,6 15,9
53-58 7 10,9 11,1
>=59 1 1,6 1,6
Total 63 98,4 100,0
Missing Não sabe/Não responde 1 1,6
Total 64 100,0
N %
1º CEB 30 46,9
3º CEB 34 53,1
Total 64 100,0
158
Categoria profissional
N %
Professor em substituição 1 1,6
Professor quadro nomeação definitiva 35 54,7
Professor quadro de zona pedagógica 13 20,3
Professor contratado 12 18,8
Professor destacado 3 4,7
Total 64 100,0
Tempo de serviço
N % % Válidos
1-6 5 7,8 7,9
7-13 18 28,1 28,6
14-20 22 34,4 34,9
21-27 11 17,2 17,5
>=28 7 10,9 11,1
Total 63 98,4 100,0
Missing Não sabe/Não responde 1 1,6
Total 64 100,0
159
Tempo de serviço no Projeto Fénix
N % % Válidos
1 16 25,0 25,4
2 12 18,8 19,0
3 34 53,1 54,0
4 1 1,6 1,6
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 77. Divisão da amostra dos professores por tempo de serviço no Projeto Fénix
N % % Válidos
Discordo em grande parte 5 7,8 7,9
Concordo/Discordo parcialmente 18 28,1 28,6
Concordo em grande parte 40 62,5 63,5
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 78. Distribuição das respostas à pergunta “O Projeto Fénix promove o sucesso académico de todos os alunos
da escola”
160
Na importância conferida à afirmação, cerca de 35% considera-a “essencial,
fundamental”, seguido pela categoria “muito importante” (33,3%).
P1 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,6 1,6
Mais ou menos importante 3 4,7 4,8
Importante 16 25,0 25,4
Muito importante 21 32,8 33,3
Essencial, fundamental 22 34,4 34,9
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 79. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico de todos os
alunos da escola”
P2- “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu desempenho
escolar”
N % % Válidos
Concordo/Discordo
11 17,2 17,5
parcialmente
Concordo em grande parte 36 56,3 57,1
Concordo plenamente 16 25,0 25,4
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 80. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
161
P2 – Grau de importância
N % % Válidos
Importante 10 15,6 15,9
Muito importante 22 34,4 34,9
Essencial, fundamental 31 48,4 49,2
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 81. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 5 7,8 7,9
Concordo em grande parte 35 54,7 55,6
Concordo plenamente 23 35,9 36,5
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 82. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais é mais fácil aprender”
P3 – Grau de importância
N % % Válidos
Importante 6 9,4 9,5
Muito importante 32 50,0 50,8
Essencial, fundamental 25 39,1 39,7
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 83. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender
melhor as matérias, ou seja, é mais é mais fácil aprender”
162
Sobre se o Projeto desenvolve a autonomia do aluno, 52,4% “concorda em
grande parte” enquanto cerca de 28% afirma ”concordar/discordar parcialmente”,
evidenciando aqui algum refreamento acerca da autonomia proporcionada aos alunos.
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 1,6
Concordo/Discordo parcialmente 18 28,1 28,6
Concordo em grande parte 33 51,6 52,4
Concordo plenamente 11 17,2 17,5
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 84. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia do aluno (realização
dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
P 4 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 12 18,8 19,0
Muito importante 30 46,9 47,6
Essencial, fundamental 20 31,3 31,7
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 85. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia do aluno
(realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
163
P5 – “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos nas aulas”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 2 3,1 3,2
Concordo/Discordo parcialmente 8 12,5 12,9
Concordo em grande parte 32 50,0 51,6
Concordo plenamente 20 31,3 32,3
Total 62 96,9 100,0
Missing NS/NR 2 3,1
Total 64 100,0
Quadro 86. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos nas aulas”
P5 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 8 12,5 12,7
Muito importante 29 45,3 46,0
Essencial, fundamental 25 39,1 39,7
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 87. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumenta a participação dos alunos nas
aulas”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 7 10,9 11,7
Concordo em grande parte 33 51,6 55,0
Concordo plenamente 20 31,3 33,3
Total 60 93,8 100,0
Missing NS/NR 4 6,3
Total 64 100,0
Quadro 88. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino-aprendizagem”
164
A expressão é considerada “essencial, fundamental” para 47,5% e “muito
importante” para 42,6%.
P6 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 5 7,8 8,2
Muito importante 26 40,6 42,6
Essencial, fundamental 29 45,3 47,5
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 89. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino-
aprendizagem”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 9 14,1 14,3
Concordo em grande parte 25 39,1 39,7
Concordo plenamente 29 45,3 46,0
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 90. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou Ninhos”
P7 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,6 1,6
Importante 11 17,2 17,5
Muito importante 19 29,7 30,2
Essencial, fundamental 32 50,0 50,8
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 91. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou
Ninhos”
165
A frase seguinte não reúne o peso habitual em termos do posicionamento nos
valores máximos, muito embora eles continuem a ser dominantes. Sobre se a frequência
de turmas Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios,
38,1% “concorda em grande parte” e 33,3% “concorda plenamente”. É de referir,
contudo, os quase 24% que “concorda/discorda parcialmente”.
N % % Válidos
Discordo em grande parte 3 4,7 4,8
Concordo/Discordo parcialmente 15 23,4 23,8
Concordo em grande parte 24 37,5 38,1
Concordo plenamente 21 32,8 33,3
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 92. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes”
P8 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,6 1,6
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 12 18,8 19,4
Muito importante 19 29,7 30,6
Essencial, fundamental 29 45,3 46,8
Total 62 96,9 100,0
Missing NS/NR 2 3,1
Total 64 100,0
Quadro 93. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes”
N % % Válidos
Discordo completamente 3 4,7 4,8
Discordo em grande parte 7 10,9 11,1
Concordo/Discordo parcialmente 17 26,6 27,0
Concordo em grande parte 25 39,1 39,7
Concordo plenamente 11 17,2 17,5
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 94. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a confiança na prática
profissional docente”
N % % Válidos
Sem Importância 2 3,1 3,3
Mais ou menos importante 6 9,4 9,8
Importante 9 14,1 14,8
Muito importante 28 43,8 45,9
Essencial, fundamental 16 25,0 26,2
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 95. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a confiança na
prática profissional docente”
167
P10 – “Estou satisfeito com o Projeto Fénix”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 1,6
Concordo/Discordo parcialmente 15 23,4 24,6
Concordo em grande parte 25 39,1 41,0
Concordo plenamente 20 31,3 32,8
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 96. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito com o Projeto Fénix”
P11 – “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação participem mais
ativamente na escola”
N % % Válidos
Discordo completamente 6 9,4 10,0
Discordo em grande parte 9 14,1 15,0
Concordo/Discordo parcialmente 27 42,2 45,0
Concordo em grande parte 16 25,0 26,7
Concordo plenamente 2 3,1 3,3
Total 60 93,8 100,0
Missing NS/NR 4 6,3
Total 64 100,0
Quadro 97. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
168
P11 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 2 3,1 3,4
Importante 21 32,8 35,6
Muito importante 23 35,9 39,0
Essencial, fundamental 13 20,3 22,0
Total 59 92,2 100,0
Missing NS/NR 5 7,8
Total 64 100,0
Quadro 98. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 9 14,1 15,3
Concordo/Discordo parcialmente 14 21,9 23,7
Concordo em grande parte 30 46,9 50,8
Concordo plenamente 6 9,4 10,2
Total 59 92,2 100,0
Missing NS/NR 5 7,8
Total 64 100,0
Quadro 99. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados de
educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
169
P12 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 3 4,7 4,9
Importante 18 28,1 29,5
Muito importante 27 42,2 44,3
Essencial, fundamental 13 20,3 21,3
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 100. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados
de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 15 23,4 31,3
Concordo em grande parte 22 34,4 45,8
Concordo plenamente 11 17,2 22,9
Total 48 75,0 100,0
Missing NS/NR 16 25,0
Quadro 101. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a
melhoria da organização escolar”
É unânime a importância conferida a esta afirmação, visível nos quase 46% que
declara a “muita importância” e nos 27,9% que lhe atribui “importância.
P 13 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 17 26,6 27,9
Muito importante 28 43,8 45,9
Essencial, fundamental 15 23,4 24,6
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 102. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para
a melhoria da organização escolar”
170
No que toca ao pressuposto que a participação nas várias atividades
desenvolvidas no âmbito do Projeto tem sido útil para a reflexão e prática profissional,
52,5% atesta “concordar em grande parte” e 27,1% “concorda plenamente”. Destaque-
se quase 20% que “concorda/discorda parcialmente”.
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 1,7
Concordo/Discordo parcialmente 11 17,2 18,6
Concordo em grande parte 31 48,4 52,5
Concordo plenamente 16 25,0 27,1
Total 59 92,2 100,0
Missing NS/NR 5 7,8
Total 64 100,0
Quadro 103. Distribuição das respostas à afirmação “A participação nas várias atividades desenvolvidas no âmbito
do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e prática profissional”
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,6 1,7
Importante 12 18,8 20,7
Muito importante 29 45,3 50,0
Essencial, fundamental 16 25,0 27,6
Total 58 90,6 100,0
Missing NS/NR 6 9,4
Total 64 100,0
Quadro 104. Grau de importância atribuído à afirmação “A participação nas várias atividades desenvolvidas no
âmbito do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e prática profissional”
171
P15 – “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto Fénix correspondeu às
necessidades profissionais”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 18 28,1 34,6
Concordo em grande parte 20 31,3 38,5
Concordo plenamente 14 21,9 26,9
Total 52 81,3 100,0
Missing NS/NR 12 18,8
Total 64 100,0
Quadro 105. Distribuição das respostas à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto Fénix
correspondeu às necessidades profissionais”
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 2,0
Importante 9 14,1 17,6
Muito importante 28 43,8 54,9
Essencial, fundamental 13 20,3 25,5
Total 51 79,7 100,0
Missing NS/NR 13 20,3
Total 64 100,0
Quadro 106. Grau de importância atribuído à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto Fénix
correspondeu às necessidades profissionais”
172
P16 – “A frequência da formação desenvolvida no âmbito do Projeto Fénix foi útil
para a melhoria nas práticas pedagógicas”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 2,1
Concordo/Discordo parcialmente 12 18,8 25,0
Concordo em grande parte 23 35,9 47,9
Concordo plenamente 12 18,8 25,0
Total 48 75,0 100,0
Missing NS/NR 16 25,0
Total 64 100,0
Quadro 107. Distribuição das respostas à afirmação “A frequência da formação desenvolvida no âmbito do Projeto
Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas”
54% dos inquiridos atribui “muita importância” a esta afirmação, seguido por
24% que a classifica de “essencial, fundamental”.
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 2,0
Importante 10 15,6 20,0
Muito importante 27 42,2 54,0
Essencial, fundamental 12 18,8 24,0
Total 50 78,1 100,0
Missing NS/NR 14 21,9
Total 64 100,0
Quadro 108. Grau de importância atribuído à afirmação “A frequência da formação desenvolvida no âmbito do
Projeto Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas”
173
P17- “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um ensino mais
individualizado”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 2 3,1 3,2
Concordo em grande parte 15 23,4 24,2
Concordo plenamente 45 70,3 72,6
Total 62 96,9 100,0
Missing NS/NR 2 3,1
Total 64 100,0
Quadro 109. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um
ensino mais individualizado”
N % % Válidos
Importante 1 1,6 1,7
Muito importante 17 26,6 28,3
Essencial, fundamental 42 65,6 70,0
Total 60 93,8 100,0
Missing NS/NR 4 6,3
Total 64 100,0
Quadro 110. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de
um ensino mais individualizado”
174
P18 – “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização bem-sucedida, depende de
uma liderança forte e de proximidade”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 1,6
Concordo/Discordo parcialmente 10 15,6 16,4
Concordo em grande parte 27 42,2 44,3
Concordo plenamente 23 35,9 37,7
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 111. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização bem-sucedida,
depende de uma liderança forte e de proximidade”
P 18 – Grau de importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,6 1,6
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 13 20,3 21,3
Muito importante 22 34,4 36,1
Essencial, fundamental 24 37,5 39,3
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 112. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização bem-
sucedida, depende de uma liderança forte e de proximidade”
175
P 19 – “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária a existência de uma forte
articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de direção”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 6 9,4 10,0
Concordo em grande parte 27 42,2 45,0
Concordo plenamente 27 42,2 45,0
Total 60 93,8 100,0
Missing NS/NR 4 6,3
Total 64 100,0
Quadro 113. Distribuição das respostas à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária a
existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de direção”
N % % Válidos
Importante 6 9,4 9,8
Muito importante 29 45,3 47,5
Essencial, fundamental 26 40,6 42,6
Total 61 95,3 100,0
Missing NS/NR 3 4,7
Total 64 100,0
Quadro 114. Grau de importância atribuído à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária a
existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de direção”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 1,6
Concordo/Discordo parcialmente 8 12,5 12,7
Concordo em grande parte 28 43,8 44,4
Concordo plenamente 26 40,6 41,3
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 115. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior articulação e
cooperação entre docentes”
176
A importância da afirmação é expressa por 44,4% que a classifica de “essencial,
fundamental” e por 42,9% que lhe atribui “muita importância”.
N % % Válidos
Importante 8 12,5 12,7
Muito importante 27 42,2 42,9
Essencial, fundamental 28 43,8 44,4
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 116. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior
articulação e cooperação entre docentes”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 4 6,3 6,8
Concordo/Discordo parcialmente 23 35,9 39,0
Concordo em grande parte 26 40,6 44,1
Concordo plenamente 6 9,4 10,2
Total 59 92,2 100,0
Missing NS/NR 5 7,8
Total 64 100,0
Quadro 117. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e cooperação externa
entre docentes/escolas”
177
P21- Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 3 4,7 5,1
Importante 26 40,6 44,1
Muito importante 22 34,4 37,3
Essencial, fundamental 8 12,5 13,6
Total 59 92,2 100,0
Missing NS/NR 5 7,8
Total 64 100,0
Quadro 118. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e cooperação
externa entre docentes/escolas”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 3 4,7 4,8
Concordo/Discordo parcialmente 24 37,5 38,7
Concordo em grande parte 28 43,8 45,2
Concordo plenamente 7 10,9 11,3
Total 62 96,9 100,0
Missing NS/NR 2 3,1
Total 64 100,0
Quadro 119. Distribuição das respostas à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna (entre docentes,
departamentos e estruturas de gestão) melhorou”
178
P22 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 21 32,8 33,3
Muito importante 27 42,2 42,9
Essencial, fundamental 14 21,9 22,2
Total 63 98,4 100,0
Missing NS/NR 1 1,6
Total 64 100,0
Quadro 120. Grau de importância atribuído à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna (entre
docentes, departamentos e estruturas de gestão) melhorou”
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,6 1,6
Concordo/Discordo parcialmente 17 26,6 27,4
Concordo em grande parte 27 42,2 43,5
Concordo plenamente 17 26,6 27,4
Total 62 96,9 100,0
Missing NS/NR 2 3,1
Total 64 100,0
Quadro 121. Distribuição das respostas à afirmação “As estruturas de liderança mobilizam estratégias e orientações
adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix”
179
P23 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 1,6 1,6
Importante 17 26,6 27,4
Muito importante 24 37,5 38,7
Essencial, fundamental 20 31,3 32,3
Total 62 96,9 100,0
Missing NS/NR 2 3,1
Total 64 100,0
Quadro 122. Grau de importância atribuído à afirmação “As estruturas de liderança mobilizam estratégias e
orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 11 17,2 19,3
Concordo em grande parte 18 28,1 31,6
Concordo plenamente 28 43,8 49,1
Total 57 89,1 100,0
Missing NS/NR 7 10,9
Total 64 100,0
Quadro 123. Distribuição das respostas à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto Fénix pode ser
aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino”
180
P 24 – Grau de importância
N % % Válidos
Importante 12 18,8 21,1
Muito importante 23 35,9 40,4
Essencial, fundamental 22 34,4 38,6
Total 57 89,1 100,0
Missing NS/NR 7 10,9
Total 64 100,0
Quadro 124. Grau de importância atribuído à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto Fénix pode ser
aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino”
Valores médios
Atendendo aos valores médios por cada afirmação, verificamos que no que
respeita aos níveis de concordância, as afirmações que reúnem maior concordância são
a P17, P19, P7 e P24. Estas variáveis concernem ao ensino individualizado, a
necessidade de articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos
de direção; a integração dos jovens na turma Fénix e/ou Ninhos e a aplicação da
gramática operacional a todos os ciclos de ensino. As afirmações com menor média de
concordância são a P11, P9 e P1 e P12 que abordam a participação ativa dos
encarregados de educação, a contribuição para a confiança na prática profissional
docente, a promoção do sucesso académico e o aumento da confiança dos encarregados
de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola.
181
Média de Média de
Concordância Importância
P1 3,56 3,95
P2 4,08 4,33
P3 4,29 4,30
P4 3,86 4,10
P5 4,13 4,24
P6 4,22 4,36
P7 4,32 4,29
P8 4,00 4,19
P9 3,54 3,82
P10 4,05
P11 2,98 3,80
P12 3,56 3,82
P13 3,92 3,93
P14 4,05 4,02
P15 3,92 4,04
P16 3,96 4,00
P17 4,69 4,68
P18 4,18 4,10
P19 4,35 4,33
P20 4,25 4,32
P21 3,58 3,59
P22 3,63 3,86
P23 3,97 4,02
P24 4,30 4,18
Quadro 125. Valores médios de concordância e importância atribuído às perguntas P1 a P24
Perguntas abertas
Passando agora para a análise das perguntas abertas, verificamos que na questão
acerca dos principais pontos fortes do Projeto, foram validadas 63 respostas. No quadro
abaixo, encontram-se as categorias encontradas, ordenadas pelo número de referências.
A categoria citada 36 vezes é aquela que respeita ao apoio e ensino individualizado.
Com 32 evocações a referência ao facto do Projeto constituir uma resposta a
necessidades específicas dos alunos e com 24 evocações, o aumento da autoestima,
autonomia e participação dos alunos. Também a registar como pontos fortes, o trabalho
desenvolvido em grupos mais pequenos (16 evocações), a articulação entre professores
(14 evocações) e a proximidade com os alunos (14 evocações).
182
Categoria N
Apoio e ensino individualizado 36
Resposta a necessidades específicas dos alunos 32
Aumento da auto estima, autonomia e participação dos alunos 24
Grupos mais pequenos 16
Articulação entre professores 14
Proximidade com os alunos 14
Novas metodologias de ensino e avaliação 9
Frequência do apoio e avaliação 7
Melhora a aprendizagem dos alunos 7
Aumento do aproveitamento e sucesso escolar 4
Componente mais prática 4
Maior controlo da indisciplina e do processo de ensino-aprendizagem 3
Formação dos professores 2
Permite repensar práticas pedagógicas 2
Articulação entre professores e estrutura do Projeto 1
Haver mais docentes 1
Movimentação dos alunos entre os Ninhos e a turma mãe 1
Partilha de saberes 1
Permite a igualdade de oportunidades entre alunos 1
Reforça a ligação dos E.E. com a escola 1
Quadro 126. Número total de evocações por categorias (Pontos fortes)
183
Categoria N
Insuficiente carga horária 11
Não abrangência de todos os anos de escolaridade e a mais alunos 9
Desinteresse do aluno 8
As metas a atingir e a penalização da escola 4
Escassez de recursos humanos 4
Criação de turmas de nível 3
Desfasamento entre avaliação interna e externa 3
Insuficiente formação dos professores e de debates 3
Dimensão das turmas 2
Discriminação 2
Indisponibilidade para articular com professores 2
Pouca articulação entre docentes de conselho de turma 2
Ausência de articulação com outras escolas 1
Dificuldade de coordenação do desenvolvimento do estudo dos conteúdos curriculares com as
1
diversas turmas abrangidas pelo Projeto.
Diversidade de comportamentos e atitudes em sala de aula 1
Falta de boas lideranças 1
Falta de condições dos espaços 1
Fraco envolvimento e informação das direções de escola 1
Implementação do Projeto 1
Não continuidade do Projeto 1
Necessária maior motivação dos professores 1
Os Ninhos deviam funcionar dentro da sala de aula ou então noutro horário 1
Perda de autonomia do professor 1
Planificação das atividades 1
Pouca participação dos encarregados de educação 1
Projeção dos efeitos da experiência no ciclo do ensino seguinte 1
Quadro 127. Número total de evocações por categorias (Pontos fracos)
Categoria N
Maior proximidade entre professor-aluno 44
Relação de maior confiança 17
Maior conhecimento das necessidades específicas do aluno 13
Maior motivação e empenho do aluno 10
Apoio individualizado 6
Acompanhamento diário 2
Maior aproveitamento 1
Quadro 128. Número total de evocações por categorias (Relação professor-aluno)
184
da articulação, cooperação e proximidade entre pares (45 evocações), seguida pela
partilha de metodologias e estratégias de intervenção (32 referências).
Categoria N
Aumento da articulação, cooperação e proximidade entre pares 45
Partilha de metodologias e estratégias de intervenção 32
Maior comunicação 2
Por vezes difícil a organizações para as reuniões semanais e diárias 1
Quadro 129. Número total de evocações por categorias (Relação interpares)
Categoria N
Maior sensibilidade para trabalhar as necessidades específicas dos alunos 19
Necessidade de diversificar instrumentos e estratégias 8
Perceber vantagens da articulação e colaboração 8
Enriquecimento e partilha de experiências 6
Maior reflexão sobre práticas pedagógicas 6
Aumento de realização e satisfação profissional 5
Relação de proximidade com os alunos 4
Experiência positiva 3
Melhoria do processo ensino - aprendizagem 2
Reconhecimento da importância do Projeto 2
Atitude positiva durante o Projeto 1
Desenvolvimento da auto estima e confiança do aluno 1
Experiência desgastante 1
Maior flexibilidade 1
Maior motivação pelas especificidades dos alunos 1
Maior responsabilidade 1
Melhoria das condições organizacionais escolares de ensino aprendizagem 1
Melhoria dos resultados escolares 1
Valorização permanente de prioridades 1
Quadro 130. Número total de evocações por categorias (Mudanças enquanto profissional)
185
- “Os grupos Fénix devem ser escolhidos com mais atenção. Penso que a falha é
só aí.”
- “Implementação do projeto em turmas "normais". Não concordo com a
elaboração de turmas de nível.”
- “O grupo "Ninho" devia constituir-se por turma e, até, por nível de
aprendizagem.”
Categoria N
Alargar a todos os anos de escolaridade e a mais alunos 16
Alterar critérios de formação dos grupos 10
Aumentar articulação entre professores 7
Aumentar e definir carga horária 7
Alargar a mais disciplinas 3
Taxas de sucesso a atingir e penalização da escola 3
Aumentar envolvimento e responsabilidade dos encarregados de educação 2
Aumentar recursos humanos 2
Diminuir número de alunos por Ninho 2
Maior articulação entre coordenação do Projeto e docentes 2
Maior articulação entre escolas envolvidas 2
Maior autonomia para as escolas e professores 2
Maior envolvimento dos diferentes intervenientes 2
Aumentar envolvimento e responsabilidade dos alunos 1
Descentralizar a formação 1
Escolher professores do quadro para que possam implementar o Projeto durante o ciclo. 1
Excesso de uniformização a vários níveis 1
Maior aceitação por parte dos alunos da mobilidade entre turma mãe e Ninhos 1
Maior eficácia no apoio às dificuldades sentidas por cada escola ou agrupamento de escolas 1
Manutenção das mesmas equipas ao longo do ano 1
Melhorar espaços 1
Necessidade de um psicólogo e um assistente social 1
Otimizar intervenções 1
Repensar estruturas pedagógicas da escola 1
Quadro 131. Número total de evocações por categorias (Aspetos a melhorar)
Por fim, a última pergunta recai sobre a forma como perspetiva a formação
profissional na concretização do Projeto. Foram validadas 55 respostas. A categoria
mais referida entre os professores é a natureza, importante, útil e essencial da formação
profissional para a implementação do Projeto e para a partilha de saberes e experiências.
186
Categorias N
Essencial e importante para implementação do Projeto e partilha de saberes 39
Deve ser descentralizada 4
Devia ser mais prática 4
Aumentar número de horas de formação 3
Fomentar parte pedagógica 2
Deve assentar em determinados temas (estratégias a implementar, dificuldades, indisciplina) 1
Deve ser ajustada às necessidades dos professores 1
Diminuição de horas de formação 1
Foi compatível com necessidades sentidas 1
Formação mais alargada 1
Promover formação interna e externa 1
Quadro 132. Número total de evocações por categorias (Perspetiva sobre formação profissional)
3.1.2.4. Diretores
Zona
N %
Urbano 9 64,3
Rural 4 28,6
Urbano/Rural 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 133. Divisão da amostra dos diretores por zonas (urbana e rural)
Sexo
N %
Feminino 4 28,6
Masculino 10 71,4
Total 14 100,0
187
Idade
N %
35 1 7,1
41 1 7,1
45 3 21,4
48 1 7,1
52 1 7,1
53 3 21,4
54 3 21,4
55 1 7,1
Total 14 100,0
Anos de serviço
N % % Válidos
17 1 7,1 16,7
21 1 7,1 16,7
22 1 7,1 16,7
27 1 7,1 16,7
30 1 7,1 16,7
35 1 7,1 16,7
Total 6 42,9 100,0
Missing NS/NR 8 57,1
Total 14 100,0
Quadro 136. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço enquanto docentes
188
Anos de serviço no agrupamento/escola
N %
3 1 7,1
4 1 7,1
10 2 14,3
11 1 7,1
15 1 7,1
17 1 7,1
18 1 7,1
20 1 7,1
21 2 14,3
27 1 7,1
33 1 7,1
35 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 137. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço no agrupamento
N %
0 1 7,1
1 1 7,1
3 5 35,7
4 1 7,1
7 1 7,1
10 1 7,1
11 1 7,1
12 1 7,1
15 1 7,1
16 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 138. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço no agrupamento atual
N %
0 1 7,1
3 5 35,7
4 1 7,1
5 1 7,1
7 1 7,1
9 1 7,1
12 1 7,1
15 2 14,3
16 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 139. Divisão da amostra dos diretores por tempo de serviço enquanto diretor
N %
Concordo/Discordo parcialmente 1 7,1
Concordo em grande parte 6 42,9
Concordo plenamente 7 50,0
Total 14 100,0
Quadro 140. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico de todos os
alunos da escola”
190
P1 – Grau de importância
N %
Importante 1 7,1
Muito importante 7 50,0
Essencial, fundamental 6 42,9
Total 14 100,0
Quadro 141. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix promove o sucesso académico de todos os
alunos da escola”
N %
Concordo em grande parte 7 50,0
Concordo plenamente 7 50,0
Total 14 100,0
Quadro 142. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
A importância desta afirmação está patente nos 57,1% que a designa enquanto
“essencial, fundamental”. Os restantes posicionam-se no “muito importante”.
P2 – Grau de importância
N %
Muito importante 6 42,9
Essencial, fundamental 8 57,1
Total 14 100,0
Quadro 143. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
191
P3 – “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino aprendizagem”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 1 7,1
Concordo em grande parte 5 35,7
Concordo plenamente 8 57,1
Total 14 100,0
Quadro 144. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino aprendizagem”
P3 – Grau de importância
N %
Importante 1 7,1
Muito importante 6 42,9
Essencial, fundamental 7 50,0
Total 14 100,0
Quadro 145. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix melhora o processo de ensino
aprendizagem”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 1 7,1
Concordo em grande parte 8 57,1
Concordo plenamente 5 35,7
Total 14 100,0
Quadro 146. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix operou mudanças positivas no relacionamento
professor-aluno”
192
P 4 – Grau de importância
N %
Importante 1 7,1
Muito importante 9 64,3
Essencial, fundamental 4 28,6
Total 14 100,0
Quadro 147. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix operou mudanças positivas no
relacionamento professor-aluno”
N %
Concordo em grande parte 5 35,7
Concordo plenamente 9 64,3
Total 14 100,0
Quadro 148. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou Ninhos”
P5 – Grau de importância
N %
Muito importante 6 42,9
Essencial, fundamental 8 57,1
Total 14 100,0
Quadro 149. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou
Ninhos”
193
P6 – “O Projeto Fénix contribui para melhorar a confiança na prática profissional
docente”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 1 7,1
Concordo em grande parte 10 71,4
Concordo plenamente 3 21,4
Total 14 100,0
Quadro 150. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a confiança na
prática profissional docente”
P6 – Grau de importância
N %
Importante 3 21,4
Muito importante 6 42,9
Essencial, fundamental 5 35,7
Total 14 100,0
Quadro 151. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para melhorar a confiança na
prática profissional docente”
N % % Válidos
Concordo em grande parte 3 21,4 25,0
Concordo plenamente 9 64,3 75,0
Total 12 85,7 100,0
Missing NS/NR 2 14,3
Total 14 100,0
Quadro 152. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
Sobre o pressuposto de que o Projeto Fénix contribui para uma participação mais
ativa dos encarregados de educação, metade dos inquiridos “concorda/discorda
194
parcialmente”, evidenciando aqui as escassas consequências do Projeto nestes atores.
Contudo, não é de esquecer que quase 43% “concorda em grande parte” com esta
asserção.
N %
Concordo/Discordo parcialmente 7 50,0
Concordo em grande parte 6 42,9
Concordo plenamente 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 153. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
P8 – Grau de importância
N %
Mais ou menos importante 1 7,1
Importante 1 7,1
Muito importante 5 35,7
Essencial, fundamental 7 50,0
Total 14 100,0
Quadro 154. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
195
P9 - “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados de educação nas
estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
N % % Válidos
Concordo/Discordo parcialmente 3 21,4 23,1
Concordo em grande parte 4 28,6 30,8
Concordo plenamente 6 42,9 46,2
Total 13 92,9 100,0
Missing NS/NR 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 155. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados de
educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
N %
Mais ou menos importante 1 7,1
Importante 1 7,1
Muito importante 5 35,7
Essencial, fundamental 7 50,0
Total 14 100,0
Quadro 156. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados
de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 2 14,3
Concordo em grande parte 7 50,0
Concordo plenamente 5 35,7
Total 14 100,0
Quadro 157. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a
melhoria da organização escolar”
196
Quase 43% dos diretores consideram “essencial, fundamental” esta afirmação e
28,6 considera “muito importante” e “importante”, respetivamente.
N %
Importante 4 28,6
Muito importante 4 28,6
Essencial, fundamental 6 42,9
Total 14 100,0
Quadro 158. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para
a melhoria da organização escolar”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 1 7,1
Concordo em grande parte 3 21,4
Concordo plenamente 10 71,4
Total 14 100,0
Quadro 159. Distribuição das respostas à afirmação “A participação nas várias atividades desenvolvidas no âmbito
do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e prática profissional”
197
P11 – Grau de importância
N % % Válidos
Importante 2 14,3 15,4
Muito importante 5 35,7 38,5
Essencial, fundamental 6 42,9 46,2
Total 13 92,9 100,0
Missing NS/NR 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 160. Grau de importância atribuído à afirmação “A participação nas várias atividades desenvolvidas no
âmbito do Projeto Fénix (seminários, encontros regionais, etc.) é útil para a reflexão e prática profissional”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 2 14,3
Concordo em grande parte 8 57,1
Concordo plenamente 4 28,6
Total 14 100,0
Quadro 161. Distribuição das respostas à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto Fénix
correspondeu às necessidades profissionais”
N % % Válidos
Importante 2 14,3 15,4
Muito importante 6 42,9 46,2
Essencial, fundamental 5 35,7 38,5
Total 13 92,9 100,0
Missing NS/NR 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 162. Grau de importância atribuído à afirmação “A formação desenvolvida no âmbito do Projeto Fénix
correspondeu às necessidades profissionais”
198
Quando questionados sobre se a frequência da formação desenvolvida no âmbito
do Projeto Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas, 46,2% “concorda em
grande parte” e 38,5% “concorda plenamente”.
N % % Válidos
Discordo em grande parte 1 7,1 7,7
Concordo/Discordo parcialmente 1 7,1 7,7
Concordo em grande parte 6 42,9 46,2
Concordo plenamente 5 35,7 38,5
Total 13 92,9 100,0
Missing NS/NR 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 163. Distribuição das respostas à afirmação “A frequência da formação desenvolvida no âmbito do Projeto
Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas”
N % % Válidos
Mais ou menos importante 1 7,1 7,7
Importante 2 14,3 15,4
Muito importante 5 35,7 38,5
Essencial, fundamental 5 35,7 38,5
Total 13 92,9 100,0
Missing NS/NR 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 164. Grau de importância atribuído à afirmação “A frequência da formação desenvolvida no âmbito do
Projeto Fénix foi útil para a melhoria nas práticas pedagógicas”
199
P14 – “A integração na rede de escolas Fénix constitui uma mais-valia na definição
de estratégias capazes de melhorar a operacionalização do Projeto Fénix na escola
que dirijo”
N %
Concordo em grande parte 6 42,9
Concordo plenamente 8 57,1
Total 14 100,0
Quadro 165. Distribuição das respostas à afirmação “A integração na rede de escolas Fénix constitui uma mais-valia
na definição de estratégias capazes de melhorar a operacionalização do Projeto Fénix na escola que dirijo”
N %
Importante 1 7,1
Muito importante 7 50,0
Essencial, fundamental 6 42,9
Total 14 100,0
Quadro 166. Grau de importância atribuído à afirmação “A integração na rede de escolas Fénix constitui uma mais-
valia na definição de estratégias capazes de melhorar a operacionalização do Projeto Fénix na escola que dirijo”
N %
Concordo em grande parte 2 14,3
Concordo plenamente 12 85,7
Total 14 100,0
Quadro 167. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização bem-sucedida,
depende de uma liderança forte e de proximidade”
200
P15 – Grau de importância
N %
Muito importante 5 35,7
Essencial, fundamental 9 64,3
Total 14 100,0
Quadro 168. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix, para a sua operacionalização bem-
sucedida, depende de uma liderança forte e de proximidade”
N %
Concordo em grande parte 2 14,3
Concordo plenamente 12 85,7
Total 14 100,0
Quadro 169. Distribuição das respostas à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária a
existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de direção”
P 16 – Grau de importância
N %
Muito importante 5 35,7
Essencial, fundamental 9 64,3
Total 14 100,0
Quadro 170. Grau de importância atribuído à afirmação “Para a concretização do Projeto Fénix é necessária a
existência de uma forte articulação entre as diversas estruturas de gestão pedagógica e os órgãos de direção”
201
P17 - “O Projeto Fénix possibilitou uma maior articulação e cooperação entre
docentes”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 2 14,3
Concordo em grande parte 6 42,9
Concordo plenamente 6 42,9
Total 14 100,0
Quadro 171. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior articulação e
cooperação entre docentes”
P 17 – Grau de importância
N % % Válidos
Importante 1 7,1 7,7
Muito importante 4 28,6 30,8
Essencial, fundamental 8 57,1 61,5
Total 13 92,9 100,0
Missing NS/NR 1 7,1
Total 14 100,0
Quadro 172. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix possibilitou uma maior articulação e
cooperação entre docentes”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 5 35,7
Concordo em grande parte 7 50,0
Concordo plenamente 2 14,3
Total 14 100,0
Quadro 173. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e cooperação externa
entre docentes/escolas”
202
35,7%, respetivamente, atribui “importância” e “muita importância” a esta
afirmação.
N %
Importante 5 35,7
Muito importante 5 35,7
Essencial, fundamental 4 28,6
Total 14 100,0
Quadro 174. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a articulação e cooperação
externa entre docentes/escolas”
N %
Concordo/Discordo parcialmente 5 35,7
Concordo em grande parte 9 64,3
Total 14 100,0
Quadro 175. Distribuição das respostas à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna (entre docentes,
departamentos e estruturas de gestão) melhorou.”
N %
Mais ou menos importante 1 7,1
Importante 4 28,6
Muito importante 6 42,9
Essencial, fundamental 3 21,4
Total 14 100,0
Quadro 176. Grau de importância atribuído à afirmação “Com o Projeto Fénix a comunicação interna (entre
docentes, departamentos e estruturas de gestão) melhorou.”
203
Na afirmação de que as estruturas de liderança assumem a definição de
estratégias e orientações adequadas ao desenvolvimento do Projeto, 42,9%,
respetivamente, “concorda em grande parte” e “concorda plenamente”.
N %
Concordo/Discordo parcialmente 2 14,3
Concordo em grande parte 6 42,9
Concordo plenamente 6 42,9
Total 14 100,0
Quadro 177. Distribuição das respostas à afirmação “As estruturas de liderança assumem a definição de estratégias e
orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix.”
N %
Importante 1 7,1
Muito importante 7 50,0
Essencial, fundamental 6 42,9
Total 14 100,0
Quadro 178. Grau de importância atribuído à afirmação “As estruturas de liderança assumem a definição de
estratégias e orientações adequadas para o desenvolvimento do Projeto Fénix.”
Por fim, sobre se o tipo de gramática operacional do Projeto pode ser aplicado
eficazmente a todos os ciclos de ensino, 64,3% “concorda plenamente” e 21,4”
“concorda em grande parte”. De ressalvar os dois diretores que “concordam/discordam
parcialmente”.
N %
Concordo/Discordo parcialmente 2 14,3
Concordo em grande parte 3 21,4
Concordo plenamente 9 64,3
Total 14 100,0
Quadro 179. Distribuição das respostas à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto Fénix pode ser
aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino.”
204
O valor desta afirmação é ilustrado pelos 64,3% que considera-a “essencial,
fundamental”.
N %
Mais ou menos importante 1 7,1
Importante 2 14,3
Muito importante 2 14,3
Essencial, fundamental 9 64,3
Total 14 100,0
Quadro 180. Grau de importância atribuído à afirmação “O tipo de gramática operacional do Projeto Fénix pode ser
aplicado eficazmente a todos os ciclos de ensino.”
205
Média de Média de
Concordância Importância
P1 4,43 4,36
P2 4,50 4,57
P3 4,50 4,43
P4 4,29 4,21
P5 4,64 4,57
P6 4,14 4,14
P7 4,75
P8 3,57 4,29
P9 4,23 4,29
P10 4,21 4,14
P11 4,64 4,31
P12 4,14 4,23
P13 4,15 4,08
P14 4,57 4,36
P15 4,86 4,64
P16 4,86 4,64
P17 4,29 4,54
P18 3,79 3,93
P19 3,64 3,79
P20 4,29 4,36
P21 4,50 4,36
Quadro 181. Valores médios de concordância e importância atribuído às perguntas P1 a P21
Perguntas abertas
Categorias N
Cooperação e articulação entre professores 4
Mudanças organizacionais na gestão pedagógica e educacional e nas práticas pedagógicas 2
Maior aproximação entre a escola e os encarregados de educação 1
Proximidade na relação professor-aluno 1
Reconhecimento dos encarregados de educação face ao trabalho desenvolvido 1
Resposta às necessidades específicas dos alunos 1
Quadro 182. Número total de evocações por categorias acerca das mudanças identificadas na escola em virtude da
implementação do Projeto Fénix.
206
Categoria N
Cooperação entre docentes 6
Resposta a necessidades específicas do aluno 5
Aumento do sucesso escolar 2
Consolidação das aprendizagens 1
Flexibilidade na organização dos tempos letivos e gestão do apoio educativo 1
Grupos mais homogéneos 1
Maior aproximação entre escola e encarregados de educação 1
Maior compromisso com o sucesso dos alunos 1
Maior reconhecimento dos encarregados de educação face ao trabalho desenvolvido
com o educando 1
Melhor integração dos alunos 1
Quadro 183. Número total de evocações por categorias (Pontos fortes)
Categoria N
Insuficiência de horários 3
Dificuldade em manter o aluno plenamente focalizado no ultrapassar das suas dificuldades 2
Não abranger mais turmas e outros anos letivos 2
Deveria haver maior clareza sobre autonomia da escola na gestão dos horários 1
Dificuldades na gestão de informação fora da escola sede 1
Fraco envolvimento dos encarregados de educação 1
Grau de exigência das taxas de sucesso 1
Impossibilidade de contratar mais docentes 1
Reuniões com outras escolas 1
Quadro 184. Número total de evocações por categorias (Pontos fracos)
207
Categoria N
Abranger mais anos e ciclos 3
Maior sensibilização e participação dos alunos e encarregados de educação 3
Aumento e manutenção dos recursos humanos (professores) 2
Maior envolvimento dos professores 2
Melhorar a gestão dos horários e recursos humanos 2
Aumentar a articulação entre escolas 1
Expandir a nível nacional com a tutela do Ministério da Educação 1
Formação mais perto da área do Agrupamento 1
Formação no início do ano letivo para delinear as estratégias a implementar 1
Maior autonomia na gestão das AEC 1
Não aumentar a meta do sucesso escolar 1
Ter em conta as especificidades de cada escola 1
Quadro 185. Número total de evocações por categorias acerca dos aspetos a melhorar na implementação do Projeto
Fénix
Zona
N % % Válidos
Urbano 68 69,4 87,2
Rural 10 10,2 12,8
Total 78 79,6 100,0
Missing NS/NR 20 20,4
Total 98 100,0
Quadro 186. Divisão da amostra dos Encarregados de Educação por zonas (urbana e rural)
Pela distribuição do género, denota-se a feminização das respostas uma vez que
76,5% dos inquiridos são mulheres.
Sexo
N %
Feminino 75 76,5
Masculino 23 23,5
Total 98 100,0
Quadro 187. Divisão da amostra dos Encarregados de Educação por género
208
Os encarregados de educação têm idades entre os 26 e os 69 anos. A idade
média dos pais é de 44,74, a moda é de 45 e a mediana de 44.
Idade
N % % Válidos
26 1 1,0 1,2
33 3 3,1 3,7
35 4 4,1 4,9
36 1 1,0 1,2
37 2 2,0 2,5
38 3 3,1 3,7
39 2 2,0 2,5
40 2 2,0 2,5
41 5 5,1 6,2
42 10 10,2 12,3
43 3 3,1 3,7
44 5 5,1 6,2
45 11 11,2 13,6
46 3 3,1 3,7
47 7 7,1 8,6
48 2 2,0 2,5
49 2 2,0 2,5
50 3 3,1 3,7
51 2 2,0 2,5
52 3 3,1 3,7
53 1 1,0 1,2
56 1 1,0 1,2
61 1 1,0 1,2
64 1 1,0 1,2
68 2 2,0 2,5
69 1 1,0 1,2
Total 81 82,7 100,0
Missing NS/NR 17 17,3
Total 98 100,0
Quadro 188. Divisão da amostra dos Encarregados de Educação por idade
Quanto ao ano de frequência dos filhos no Projeto Fénix, 40% estão a frequentar
o 9.º ano e 22,7% frequenta o 4.º ano. Ainda de assinalar os 9,3% que assinalam em
simultâneo o 7.º, 8.º e 9.º ano.
209
N % % Válidos
2-4 6 6,1 6,2
2 7 7,1 7,2
3 8 8,2 8,2
4 22 22,4 22,7
7-9 9 9,2 9,3
6 1 1,0 1,0
8-9 5 5,1 5,2
9 39 39,8 40,2
Total 97 99,0 100,0
Missing NS/NR 1 1,0
Total 98 100,0
Quadro 189. Divisão da amostra dos Encarregados de Educação por ano de frequência dos filhos no Projeto Fénix
N % % Válidos
Discordo completamente 3 3,1 3,1
Discordo em grande parte 3 3,1 3,1
Concordo/Discordo parcialmente 11 11,2 11,5
Concordo em grande parte 31 31,6 32,3
Concordo plenamente 48 49,0 50,0
Total 96 98,0 100,0
Missing NS/NR 2 2,0
Total 98 100,0
Quadro 190. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
50
Para cada afirmação, foi solicitado, em primeiro lugar, o posicionamento dos alunos numa escala de
concordância, tendo em conta o grau de aproximação entre a afirmação e a experiencia enquanto aluno.
Em segundo lugar, a atribuição, numa escala de importância, da respetiva afirmação. A escala de
concordância vai de 1 a 5 em que o 1 significa “Discordo completamente” e o 5 “Concordo plenamente”.
A escala de importância é de 1 a 5 em que o 1 é “Sem importância” e o 5 “Essencial, fundamental”.
210
Quanto ao valor atribuído a esta afirmação, destaca-se que quase metade
considera-a “essencial, fundamental” e 33,7% “muito importante”.
P1 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 3 3,1 3,2
Importante 15 15,3 15,8
Muito importante 32 32,7 33,7
Essencial, fundamental 45 45,9 47,4
Total 95 96,9 100,0
Missing NS/NR 3 3,1
Total 98 100,0
Quadro 191. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos que beneficiam do Projeto Fénix melhoram o seu
desempenho escolar”
%
N % Válidos
Discordo completamente 2 2,0 2,1
Discordo em grande parte 1 1,0 1,0
Concordo/Discordo parcialmente 9 9,2 9,4
Concordo em grande parte 35 35,7 36,5
Concordo plenamente 49 50,0 51,0
Total 96 98,0 100,0
Missing NS/NR 2 2,0
Total 98 100,0
Quadro 192. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
211
P2 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 2 2,0 2,1
Importante 17 17,3 18,1
Muito importante 35 35,7 37,2
Essencial, fundamental 40 40,8 42,6
Total 94 95,9 100,0
Missing NS/NR 4 4,1
Total 98 100,0
Quadro 193. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda os alunos a compreender melhor as
matérias, ou seja, é mais fácil aprender”
N % % Válidos
Discordo completamente 4 4,1 4,1
Discordo em grande parte 2 2,0 2,1
Concordo/Discordo parcialmente 22 22,4 22,7
Concordo em grande parte 32 32,7 33,0
Concordo plenamente 37 37,8 38,1
Total 97 99,0 100,0
Missing NS/NR 1 1,0
Total 98 100,0
Quadro 194. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos (realização
dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.)”
212
P3 – Grau de Importância
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,0 1,1
Mais ou menos 2 2,0 2,1
importante
Importante 16 16,3 16,8
Muito importante 34 34,7 35,8
Essencial, fundamental 42 42,9 44,2
Total 95 96,9 100,0
Missing NS/NR 3 3,1
Total 98 100,0
Quadro 195. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos
(realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.)”
%
N % Válidos
Discordo em grande parte 1 1,0 1,1
Concordo/Discordo parcialmente 16 16,3 17,0
Concordo em grande parte 32 32,7 34,0
Concordo plenamente 45 45,9 47,9
Total 94 95,9 100,0
Missing NS/NR 4 4,1
Total 98 100,0
Quadro 196. Distribuição das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou Ninhos.”
213
P4 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 4 4,1 4,3
Importante 14 14,3 15,1
Muito importante 37 37,8 39,8
Essencial, fundamental 38 38,8 40,9
Total 93 94,9 100,0
Missing NS/NR 5 5,1
Total 98 100,0
Quadro 197. Grau de importância atribuído à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma Fénix e/ou
Ninhos.”
A quinta afirmação alude ao facto da frequência das turmas Félix e/ou Ninho
permitir aos alunos sentirem-se melhor consigo próprios. Para 44,6% dos pais, a
concordância é plena e 33,7% refere “concordar em grande parte”. De destacar os
16,3% que “concordam/discordam parcialmente”.
N % % Válidos
Discordo completamente 1 1,0 1,1
Discordo em grande parte 4 4,1 4,3
Concordo/Discordo parcialmente 15 15,3 16,3
Concordo em grande parte 31 31,6 33,7
Concordo plenamente 41 41,8 44,6
Total 92 93,9 100,0
Missing NS/NR 6 6,1
Total 98 100,0
Quadro 198. Distribuição das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes.”
Esta afirmação é considerada “essencial, fundamental” para 40,2% dos pais e 35,9%
atribui-lhe “muita importância.”
214
P5 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 4 4,1 4,3
Importante 18 18,4 19,6
Muito importante 33 33,7 35,9
Essencial, fundamental 37 37,8 40,2
Total 92 93,9 100,0
Missing NS/NR 6 6,1
Total 98 100,0
Quadro 199. Grau de importância atribuído à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a
sentirem-se melhor consigo próprios, como estudantes.”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 1,0 1,1
Concordo/Discordo parcialmente 12 12,2 13,0
Concordo em grande parte 36 36,7 39,1
Concordo plenamente 43 43,9 46,7
Total 92 93,9 100,0
Missing NS/NR 6 6,1
Total 98 100,0
Quadro 200. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a melhorar as relações entre professores
e alunos”
215
P6 – Grau de importância
N % % Válidos
Mais ou menos importante 2 2,0 2,2
Importante 17 17,3 18,5
Muito importante 31 31,6 33,7
Essencial, fundamental 42 42,9 45,7
Total 92 93,9 100,0
Missing NS/NR 6 6,1
Total 98 100,0
Quadro 201. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a melhorar as relações entre
professores e alunos”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 1,0 1,1
Discordo em grande parte 4 4,1 4,4
Concordo/Discordo parcialmente 8 8,2 8,8
Concordo em grande parte 26 26,5 28,6
Concordo plenamente 52 53,1 57,1
Total 91 92,9 100,0
Missing NS/NR 7 7,1
Total 98 100,0
Quadro 202. Distribuição das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
216
P8 – “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação participem mais
ativamente na escola”
N % % Válidos
Discordo completamente 2 2,0 2,1
Discordo em grande parte 4 4,1 4,3
Concordo/Discordo parcialmente 18 18,4 19,1
Concordo em grande parte 39 39,8 41,5
Concordo plenamente 31 31,6 33,0
Total 94 95,9 100,0
Missing NS/NR 4 4,1
Total 98 100,0
Quadro 203. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
N % % Válidos
Mais ou menos importante 4 4,1 4,3
Importante 23 23,5 25,0
Muito importante 32 32,7 34,8
Essencial, fundamental 33 33,7 35,9
Total 92 93,9 100,0
Missing NS/NR 6 6,1
Total 98 100,0
Quadro 204. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz com que os encarregados de educação
participem mais ativamente na escola”
217
P9 – “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados de educação nas
estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
N % % Válidos
Discordo completamente 2 2,0 2,2
Discordo em grande parte 2 2,0 2,2
Concordo/Discordo parcialmente 18 18,4 19,4
Concordo em grande parte 35 35,7 37,6
Concordo plenamente 36 36,7 38,7
Total 93 94,9 100,0
Missing NS/NR 5 5,1
Total 98 100,0
Quadro 205. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados de
educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
A valorização desta afirmação é entendida por 40% dos pais que a consideram
“muito importante” e por 38,9% que a classificam como “essencial, fundamental”.
P9- Grau de importância
N % % Válidos
Importante 19 19,4 21,1
Muito importante 36 36,7 40,0
Essencial, fundamental 35 35,7 38,9
Total 90 91,8 100,0
Missing NS/NR 8 8,2
Total 98 100,0
Quadro 206. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix aumentou a confiança dos encarregados
de educação nas estratégias de intervenção educativa propostas pela escola”
218
P10 – “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a melhoria da
organização escolar”
N % % Válidos
Discordo completamente 2 2,0 2,1
Discordo em grande parte 2 2,0 2,1
Concordo/Discordo parcialmente 12 12,2 12,8
Concordo em grande parte 37 37,8 39,4
Concordo plenamente 41 41,8 43,6
Total 94 95,9 100,0
Missing NS/NR 4 4,1
Total 98 100,0
Quadro 207. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para a
melhoria da organização escolar”
N % % Válidos
Sem Importância 1 1,0 1,1
Mais ou menos importante 5 5,1 5,3
Importante 14 14,3 14,9
Muito importante 38 38,8 40,4
Essencial, fundamental 36 36,7 38,3
Total 94 95,9 100,0
Missing NS/NR 4 4,1
Total 98 100,0
Quadro 208. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola e contribui para
a melhoria da organização escolar”
Por fim, quando questionados sobre se o Projeto contribui para que os alunos
tenham um ensino mais individualizado, quase 57% “concorda plenamente” e 31,6%
“concorda em grande parte”.
219
P11 – “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um ensino mais
individualizado”
N % % Válidos
Discordo completamente 1 1,0 1,1
Discordo em grande parte 1 1,0 1,1
Concordo/Discordo parcialmente 9 9,2 9,5
Concordo em grande parte 30 30,6 31,6
Concordo plenamente 54 55,1 56,8
Total 95 96,9 100,0
Missing NS/NR 3 3,1
Total 98 100,0
Quadro 209. Distribuição das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um
ensino mais individualizado”
N % % Válidos
Mais ou menos importante 3 3,1 3,2
Importante 13 13,3 13,7
Muito importante 33 33,7 34,7
Essencial, fundamental 46 46,9 48,4
Total 95 96,9 100,0
Missing NS/NR 3 3,1
Total 98 100,0
Quadro 210. Grau de importância atribuído à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de
um ensino mais individualizado”
220
isto é, a questão da participação ativa dos encarregados de educação e a diferença e
contribuição para a melhoria escolar proporcionada pelo Projeto Fénix.
Média de Média de
Concordância Importância
P1 4,23 4,25
P2 4,33 4,20
P3 3,99 4,20
P4 4,29 4,17
P5 4,16 4,12
P6 4,30 4,23
P7 4,36
P8 3,99 4,02
P9 4,09 4,18
P10 4,20 4,10
P11 4,42 4,28
Quadro 211. Valores médios de concordância e importância atribuído às perguntas P1 a P11
Perguntas abertas
Categoria N
Ensino individualizado 34
Turmas pequenas 18
Apoio nas dificuldades de aprendizagem 16
Divisão dos grupos por níveis de aprendizagem 13
Melhora a autonomia e confiança dos alunos 13
Melhor aproveitamento 9
Motivação do aluno 8
Relação professor-aluno 6
Consolidação dos conhecimentos 4
Qualidade dos professores 4
Horários 2
Integração do grupo 2
Mais comunicação entre alunos, pais e a escola 2
Mais tempo do aluno para a família 2
Todos os pontos 2
Maior participação 1
Quadro 212. Número total de evocações por categorias (Pontos fortes)
221
A questão 13 aborda os pontos fracos do Projeto. Dos 40 inquiridos que apontam
pontos fracos, evidencia-se a pouca expressividade das categorias. Salienta-se com 8
evocações, a discriminação de que são alvo os alunos do Projeto. Alguns exemplos:
Categoria N
Discriminação 8
Desinteresse dos alunos 6
Devia abranger mais alunos, ciclos e escolas 6
Duração e horários 5
Professores 4
Dificuldade em aumentar o aproveitamento 3
Abranger poucas matérias ou disciplinas 2
Exigência não homogénea 2
Condições dos espaços 1
Desintegração face à turma 1
Estrutura da escola 1
Lentidão do Projeto 1
O ter que apresentar trabalhos ao nível das matérias da turma e não ao real nível do
aluno desenvolvido no Projeto Fénix. 1
Poucos professores 1
Turmas grandes 1
Quadro 213. Número total de evocações por categorias (Pontos fracos)
222
melhoria dos métodos e técnicas de ensino e o aumento e a melhoria dos horários.
Vejam-se alguns exemplos:
- “Existirem mais tempos de apoio”
- “Devia haver mais aulas de apoio extra curriculares, para complemento das
aulas”
- “Criarem mais aulas nas disciplinas onde os alunos têm mais dificuldades”
Categoria N
Abranger mais escolas e alunos 7
Aumentar e melhorar os horários 6
Melhorar métodos e técnicas de ensino 6
Maior empenho dos alunos 4
Maior exigência 4
Melhorar e renovar professores 4
Repensar a formação dos grupos 4
Abranger mais matérias ou disciplinas 3
Aumentar professores 2
Diminuir a dimensão das turmas 2
Melhorar as condições dos espaços 2
Aumentar a clareza da informação aos encarregados de educação 1
Divulgar o Projeto 1
Maior rapidez 1
Maior vigilância 1
Melhorar comunicação entre os professores 1
Projeto deveria decorrer dentro da sala de aula 1
Quadro 214. Número total de evocações por categorias acerca dos aspetos a melhorar na dinâmica e implementação
do Projeto Fénix
51
O grupo de diretores das escolas onde se desenvolve o estudo não está incluído nesta análise descritiva
e inferencial dado, por um lado, constituir um subgrupo amostral de reduzida dimensão (14 diretores)
comparativamente aos restantes subgrupos amostrais e, por outro lado, o escasso número de questões de
conteúdo idêntico do questionário que lhes foi especificamente dirigido relativamente aos restantes
questionários administrados.
223
diferentes questões. Em última análise, trata-se de apurar as opiniões expressas em
termos de discordância/concordância dos diferentes grupos amostrais de inquiridos a
um conjunto de questões relacionadas com a vivência experienciada, no âmbito do
Projeto Fénix, ao longo de três anos consecutivos nas suas escolas e de inferir se estas
opiniões diferem ou não significativamente em termos estatísticos entre os alunos,
encarregados de educação e professores.
Para maior garantia dos pressupostos requeridos à aplicação do teste do Qui-
Quadrado52 e também para maior facilidade de análise e interpretação das inferências,
recategorizou-se a escala de resposta em três categorias (não concordância, indeciso,
concordância) nas oito variáveis comuns aos questionários e reconstituiu-se uma base
única com 650 sujeitos distribuídos pelos diversos grupos amostrais.
Apresentando a questão de outro modo, o que está em causa é a testagem das
seguintes hipóteses:
H0 (hipótese nula): não existem diferenças estatisticamente significativas
entre os atores escolares (alunos, encarregados de educação e professores)
relativamente à distribuição nas categorias das variáveis P1, P2, P5, P6, P7,
P9, P11 e P12;
H1 (hipótese alternativa): os atores escolares (alunos, encarregados de
educação e professores) pronunciam-se de forma significativamente
diferente em termos estatísticos relativamente às questões P1, P2, P5, P6,
P7, P9, P11 e P12.
O output do teste Qui-Quadrado mostra vários quadros que resumem o
processamento dos dados e informam sobre o número de casos válidos analisados,
relativamente ao total da amostra. Regista-se também o número de frequências
observadas de cada célula (‘Count’), as frequências esperadas (‘Expected Count’) na
situação de independência das variáveis, as percentagens em linha e em coluna, os
52
A aplicação do teste do Qui-Quadrado requer a existência de determinados pressupostos ou condições
de aplicabilidade, nomeadamente: 1) n > 20; 2) as frequências esperadas (E ij) devem ser superiores a 1; 3)
pelo menos 20% as frequências esperadas devem ser superiores a 5. Em rigor, o teste do Qui-Quadrado
não deve ser aplicado quando tais condições não se observem. Existem, todavia, procedimentos tendentes
a potenciar as condições de aplicabilidade do teste, como sejam: 1) recombinar categorias de modo a
aumentar a frequência esperada; 2) aumentar a dimensão da amostra. Outra possibilidade é o recurso ao
método de simulação de Monte Carlo, um método estatístico que, com base na geração aleatória de
amostras a partir do conhecimento empírico da população sob estudo, determina a probabilidade de
ocorrência de uma determinada situação experimental (Pestana e Gageiro, 2003; Maroco, 2003, 2011).
224
resíduos estandardizados (‘Std. Residual’) e os resíduos ajustados estandardizados
(‘Adusted Residual’), bem como os subtotais por linha e por coluna e o total geral. Os
valores esperados são comparados com os respetivos valores observados para se inferir
se as variáveis em causa são independentes ou estão relacionadas. Se as diferenças entre
os valores observados e os esperados não vieram a ser consideradas significativamente
diferentes a um dado nível de significância, as variáveis são consideradas
independentes. Os resíduos ajustados na forma estandardizada fornecem uma indicação
das células que mais se afastam da hipótese de independência das variáveis. Assim, os
seus valores serão positivos, sempre que os valores observados forem superiores aos
respetivos valores esperados e serão negativos, caso se verificar a situação contrária53.
Apresenta-se ainda a estatística do teste do Qui-Quadrado (‘Pearson Chi-square’), a
probabilidade de significância associada (‘Asymp. Sig 2-sided’) e outros testes que
informam sobre o grau de associação das variáveis e potência do teste (‘Coeficiente de
Contingência’, ‘Phi’ e ‘V de Cramer’).
Para além da informação sobre os valores experimentais dos respetivos testes,
existe ainda uma coluna com indicação dos graus de liberdade [df = (nº linhas – 1) x (nº
de colunas - 1)], uma outra coluna com a indicação da probabilidade de erro associada à
rejeição da hipótese nula (H0) e informação em rodapé do quadro relativamente às
frequências esperadas, daí se deduzindo de imediato da observância ou não dos
pressupostos de aplicabilidade do teste do Qui-Quadrado.
Para analisarmos se as opiniões expressas pelos alunos, encarregados de
educação e professores relativamente a cada uma das questões P1, P2, P5, P6, P7, P9,
P11 e P12 do questionário, recorremos ao teste do Qui-Quadrado.
Formulemos então as respetivas hipóteses nula e alternativa e testemo-las para
uma probabilidade de erro de tipo I () de 0,05 em todas as análises inferenciais.
53
A análise dos resíduos estandardizados mostra também se existem ou não células em que se possa
assumir que o resíduo é significativamente diferente de 0. As letras em subscrito indicam a existência ou
não de diferenças significativas entre as respetivas proporções de acordo com o teste Z. Letras iguais
indicam a ausência de diferenças; letras diferentes, diferenças estatisticamente significativas entre as
proporções das colunas. (Maroco, 2011)
225
P1 - O Projeto Fénix melhora o desempenho escolar
H0 - As opiniões expressas pelos alunos, encarregados de educação e
professores relativamente a P1 não diferem significativamente.
H1 – Existem diferenças significativas nas opiniões expressas pelos alunos,
encarregados de educação e professores relativamente à afirmação “O
Projeto Fénix melhora o desempenho escolar”.
Quadro 215. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix melhora o desempenho
escolar”
Quadro 216. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix melhora o
desempenho escolar”
226
Dos resultados constantes dos quadros anteriores, depreende-se que não se
observam os pressupostos de aplicabilidade do teste do Qui-Quadrado, uma vez que
33% das células (4) apresentam valores esperados inferiores a 5. Não está assim
garantido que a estatística do teste 2 possua distribuição 2(L-1)(C-1), pelo que, para a
testagem de Ho, recorremos à simulação de Monte Carlo.
227
Gráfico 21. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix melhora o
desempenho escolar”
228
H1 - Existem diferenças significativas entre os alunos, encarregados de
educação e professores nas opiniões expressas relativamente à afirmação “O
Projeto Fénix ajuda a compreender melhor as matérias”.
Quadro 217. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a compreender
melhor as matérias”
Quadro 218. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a compreender
melhor as matérias”
229
Projeto Fénix ajuda a compreender melhor as matérias’.
Gráfico 22. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix ajuda a
compreender melhor as matérias”
230
P5 – “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia dos alunos (realização dos
trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
Quadro 219. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a autonomia
dos alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
Quadro 220. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a
autonomia dos alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
231
A análise estatística inferencial permite concluir que as opiniões expressas
diferem significativamente (2=35,815; df=6; p=,000; N=599), sendo que as diferenças
vão no sentido de uma moderada intensidade de concordância por parte dos alunos do 9º
ano, dos encarregados de educação e dos professores, e apenas os alunos de 4º ano
revelam uma elevada intensidade de concordância face à afirmação ‘O Projeto Fénix
desenvolve a autonomia dos alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo,
pesquisa, etc.’.
Gráfico 23. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix desenvolve a
autonomia dos alunos (realização dos trabalhos de casa, rotinas de estudo, pesquisa, etc.”
232
professores (por género). Quanto ao consenso intra e inter subgrupos amostrais, o único
subgrupo que apresenta uma maior heterogeneidade de respostas é o dos Professores,
sendo de assinalar a diferença de consenso entre as respostas dos indivíduos do sexo
masculino (mais heterogéneas) e feminino (mais consensuais). Daqui se depreende que
prevalece uma alargada concordância por parte de alunos, encarregados de educação e
professores relativamente à perceção de que os alunos, quando inseridos em turmas
Fénix e/ou Ninhos, desenvolveram a sua autonomia relativamente à realização dos
trabalhos de casa, rotinas de estudo, etc.
Quadro 221. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na turma
Fénix e/Ninhos”
233
Quadro 222. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na
turma Fénix e/Ninhos”
234
Gráfico 24. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “Os alunos sentem-se integrados na
turma Fénix e/Ninhos”
235
P7 - “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor
consigo próprios”
Quadro 223. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos
ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
Quadro 224. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou Ninhos
ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
236
A análise estatística inferencial permite concluir que as opiniões expressas
diferem significativamente (2=59,792; df=6; p=,000; N=623), sendo que as diferenças
vão no sentido de uma moderada intensidade de concordância por parte dos alunos do 9º
ano, dos encarregados de educação e dos professores, e apenas os alunos de 4º ano
revelam uma elevada intensidade de concordância, face à afirmação ‘Frequentar a
turma Fénix e/ou Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios’.
Gráfico 25. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “Frequentar a turma Fénix e/ou
Ninhos ajuda os alunos a sentirem-se melhor consigo próprios”
237
indivíduos do sexo masculino (mais heterogéneas) e feminino (mais consensuais).
Daqui se depreende que prevalece uma alargada concordância por parte de alunos,
encarregados de educação e professores relativamente à perceção de que a frequência de
turmas Fénix e/ou Ninhos por parte dos alunos ajuda a sentirem-se melhor com eles
próprios, enquanto estudantes.
Quadro 225. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix”
238
Quadro 226. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto
Fénix”
Gráfico 26. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “Estou satisfeito(a) com o Projeto
Fénix”
239
Relativamente à afirmação ‘Estou satisfeito(a) com o Projeto Fénix’, em todo o
caso, manifestando em termos do corredor da escala um posicionamento médio de
concordância, os subgrupos amostrais que evidenciam posicionamentos médios na
escala revelando concordância plena (4,5) são o dos alunos do 4º ano e o dos
encarregados de educação (sexo masculino). Os restantes subgrupos amostrais
evidenciam um posicionamento médio de concordância parcial (3,5 a 4,5). Quanto ao
consenso intra e inter subgrupos amostrais, mais uma vez a maior diferença de
heterogeneidade de respostas respeita aos professores do sexo masculino, situando-se o
seu posicionamento intermédio no limiar mínimo da concordância parcial. Daqui se
depreende que prevalece uma alargada concordância por parte de alunos, encarregados
de educação e professores relativamente ao seu grau de satisfação para com o Projeto
Fénix.
240
Quadro 227. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na escola
e contribui para a melhoria da organização escolar”
Quadro 228. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na
escola e contribui para a melhoria da organização escolar”
241
Gráfico 27. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix faz a diferença na
escola e contribui para a melhoria da organização escolar”
242
P12 – “O Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um ensino mais
individualizado”
Quadro 229. Análise estatística (sub-amostras) das respostas à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os
alunos beneficiem de um ensino mais individualizado”
Quadro 230. Resultados do teste do Qui-Quadrado relativamente à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que os
alunos beneficiem de um ensino mais individualizado”
243
A análise estatística inferencial permite concluir que as opiniões expressas
diferem significativamente (2=49,506; df=6; p=,000; N=636), sendo que as diferenças
vão no sentido de uma elevada intensidade de concordância em especial por parte dos
alunos de 4º ano, dos encarregados de educação e dos professores, face à afirmação ‘O
Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um ensino mais
individualizado’.
Gráfico 28. Projeção gráfica das opiniões expressas relativamente à afirmação “O Projeto Fénix contribui para que
os alunos beneficiem de um ensino mais individualizado”
244
à perceção de que o Projeto Fénix contribui para que os alunos beneficiem de um ensino
mais individualizado.
245
Conclusões
As escolas que constam do grupo experimental (GE) são escolas que à partida
tinham problemas de insucesso, nomeadamente nas aprendizagens dos alunos, razão
pela qual decidiram implementar e foram selecionadas para integrar o Programa Mais
Sucesso Escolar. Daí que as escolas do GE, no pré-teste, apresentem, em alguns casos,
resultados inferiores aos das escolas do grupo de controlo (GC). Apesar deste ponto de
partida, os resultados do GE, no pós-teste, apresentam ganhos percentuais superiores
aos do GC, superando mesmo os valores totais do GC. Os ganhos registados podem
indiciar que a retirada temporária dos alunos da turma pura para um grupo mais
homogéneo, Ninho, é potenciadora de mais aprendizagem para todos os alunos.
Pela leitura e análise dos dados recolhidos, através do pré-teste e do pós-teste e dos
questionários, podemos elencar as seguintes conclusões:
246
de alunos, às suas dificuldades, aos seus ritmos. O professor tem melhores condições
para ensinar e para monitorizar as aprendizagens, ativando mecanismos de avaliação
formativa.
6) É nossa perceção que há um ganho relativamente à confiança e à autonomia
do aluno, perante si e perante os colegas (do grupo turma), uma elevação de
expectativas, uma maior capacidade de organização e disciplina, face às atividades
letivas e pós-letivas (tpc), melhorando, consequentemente, os resultados escolares,
porque o professor acompanha, estimula, faz perceber e evoluir.
7) Neste Projeto, verificamos que a relação pedagógica implica os alunos no
trabalho, não favorecendo aos alunos uma atitude de espetadores, privilegia uma cultura
de rigor e exigência, em que o reforço positivo é uma constante.
8) O estudo indicia que os alunos aceitam bem integrar o projeto fénix e sentem
que este projeto contribui para a aprendizagem e para a sua integração na escola.
9) O Projeto Fénix promove uma maior comunicação, articulação e cooperação
entre docentes, departamentos e as lideranças.
10) Os encarregados de educação reconhecem que são implicados a participarem
ativamente na vida da escola e revelam confiança nas estratégias de intervenção
educativa propostas pelo projeto.
11) Os professores reconhecem que a formação em serviço, relacionada com a
implementação do projeto Fénix, no que concerne a sua operacionalidade e com
momentos de prática reflexiva, são importantes para o sucesso do mesmo.
A escola a tempo inteiro, que acolhe todos, numa diversidade sociológica, universal
e multicultural, exige a necessidade de uma resposta pedagógica e organizacional que
atenda às necessidades dos alunos inseridos nesse contexto. O Projeto Fénix inscreve-se
numa construção a partir da própria escola, apresentando-se como uma resposta
contextualizada aos problemas daquele local.
247
Recomendações Gerais
248
Os professores das turmas Fénix e Ninho devem ter um perfil em que se
destaquem as seguintes características: (i) professores disponíveis e com vontade
para articular com os pares; (ii) professores que acreditem que ensinar implica
levar os alunos a aprender e que assumam que a avaliação dos alunos se destina a
testar os conhecimentos destes, mas também a avaliar o seu próprio processo de
ensino; (iii) professores que acreditem que os alunos poderão superar as suas
dificuldades e encará-los como alunos ganhadores; (iv) professores que
percecionem que o seu ofício implica uma constante aprendizagem e atualização;
Os Conselhos de turma, para além de avaliarem os alunos, registarem as suas
dificuldades e atitudes, face à aprendizagem, devem apresentar estratégias que
colocarão em prática, no sentido de superar os problemas diagnosticados. Estas
mesmas estratégias devem ser avaliadas em reuniões subsequentes de grupo e em
conselhos de turma;
Todas as reuniões em que esteja envolvido o corpo docente devem ser bem
preparadas, no sentido de maximizar o tempo despendido com as mesmas;
É importante que o corpo docente entenda que mais importante que o tempo que
estão na escola, é a qualidade desse mesmo tempo.
As lideranças devem, sempre que possível, organizar a distribuição do trabalho
docente, tendo no horizonte o tempo que os professores necessitam para
prepararem as suas aulas, a sua formação, reflexão e tempo “para si e para os
seus”;
Os encarregados devem estar implicados desde a primeira hora, não só no Projeto
como na vida da escola.
A diversidade e a abrangência de dados justificam a investigação continuada do
Projeto Fénix, de forma a fundamentar e consolidar medidas de políticas
educativas.
249
Recomendações Específicas
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nº49/2005, de 30 de Agosto e pela Lei nº86/2009, de 27 de Agosto
266
Seminários
Relatórios
Outros Documentos
267
Anexos
268
Anexo 1
269
270
271
272
273
274
Anexo 2
275
276
277
278
279
Anexo 3
280
281
282
Anexo 4
283
284
285
286
Anexo 5
287
288
289
290
Anexo 6
291
292
293
294
295
Anexo 7
296
297
298
299
300
301
Anexo 8
302
303
304
305
306
307
Anexo 9
308
309
310
311
Anexo 10
312
313
314
315
316
317
318
319
320
Anexo 11
321
322
323
324
325
326
327
328
329
330