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PRINCÍPIOS DE DIDÁTICA

Aluno: Maria Alexandra Almeida de Almeida e Sá


Número: 1201659
Turma: 6
Data de entrega: 22-04-2013
1)Arends (2008) estabelece como principal finalidade do ensino “ajudar os alunos a
tornarem-se independentes e auto-regulados”. Esta finalidade decorre de dois
aspetos: por um lado, o conhecimento não é fixo e transmissível, mas algo que se
deve construir ativamente através de experiências sociais e pessoais e, por outro lado
e muito importante, os alunos devem “aprender a aprender”. Ensinar numa sociedade
multicultural como a de hoje em dia implica adotar um conjunto de “abordagens
curriculares e pedagógicas que ensinam os alunos a valorizar e a respeitar a
diversidade”.
Um importante desafio que o professor para o século XXI enfrenta é o facto de
ensinar numa sociedade multicultural (por exemplo, numa turma de 11º ano tenho 4
alunos Cabo Verdianos, um Guiniense, um espanhol e uma francesa de ascendência
lusa) que aliado a outras circunstâncias (como por exemplo, o caso dos alunos com
necessidades educativas especiais) faz com que o grupo de alunos tenha
caraterísticas muito diversas. Para ultrapassar este obstáculo o professor deverá
compreender a diversidade dentro do grupo de alunos e perceber como eles
aprendem. Neste sentido, o professor deverá adotar uma abordagem construtivista,
através de um processos de ensino / aprendizagem ativo e centrado no aluno.
Arends (2008) defende que “ o conhecimento é algo pessoal, e o significado é
construído pelo aluno através da experiência. A aprendizagem é uma actividade
social e cultural na qual os alunos constroem significados, que são influenciados pela
interacção entre o conhecimento previamente adquirido e as novas experiências de
aprendizagem.”
Neste sentido, um debate sobre o regulamento interno da escola teria
necessariamente que passar por um diálogo com os alunos de forma a suscitar a
reflexão sobre o Projeto Educativo da Escola. Pretende-se que os alunos colaborem
na elaboração do Regulamento interno e que se apropriem dos seus efeitos. Sendo a
aprendizagem centrada no aluno e tendo em conta a diversidade encontrada, torna-se
necessário definir em conjunto regras, procedimentos e comportamentos que
permitam um ambiente de aprendizagem positivo entre colegas, com os professores e
com o restante meio escolar. Devem também participar na definição de objetivos de
aprendizagem, das atividades, das estratégias e dos instrumentos de avaliação sendo
um processo negociado entre alunos e professores.
2) Os alunos com necessidades educativas especiais deverão ter a garantida a sua
participação plena e ativa e uma adequada adaptação curricular pela definição de um
Plano Educativo Individual (PEI). Para que o debate possa ser acompanhado
proveitosamente pelos alunos com necessidades educativas especiais devo transmitir-
lhes exatamente o que se espera deles e pedir-lhes a sua colaboração no processo
para que se sintam incluídos. Utilizando uma estratégia cooperativa na condução do
debate, poderei facilitar o desempenho conjunto e fazer com que os alunos se
aceitem e respeitem mutuamente.
Na planificação e no decorrer do debate, deveria ter em conta: as condições
específicas dos alunos com necessidades educativas especiais para adaptar a
linguagem e as atividades a utilizar; a gestão do tempo de intervenção de cada
elemento para que resultasse numa contribuição proveitosa de e para todos os alunos.
3) Segundo Arends (2008) “os objetivos descrevem a intenção do professor sobre o
que os alunos devem aprender”. Para selecionar objetivos podemos utilizar a
taxonomia revista de Bloom, que apresenta duas dimensões, a do conhecimento que
se divide em factual, concetual, procedimental e metacognitiva e a dimensão do
processo cognitivo que por sua vez contém seis categorias: lembrar, compreender,
aplicar, analisar, avaliar e criar. O conhecimento factual incorpora elementos básicos
para que o aluno fique a conhecer o tópico; o conhecimento concetual interliga os
conhecimentos básicos; o conhecimento procedimental (procedural) está relacionado
ao conhecimento de “como realizar alguma coisa” utilizando métodos, critérios,
algoritmos e técnicas e que o metacognitivo está relacionado com o “reconhecimento
da (…) consciência da amplitude e profundidade de conhecimento adquirido de um
determinado conteúdo”(Ferraz & Belhot,2010), poderei definir para o debate os
seguintes objetivos:
a) Objetivos factuais: reconhecer os conceitos associados ao Regulamento
Interno; reconhecer os direitos e deveres do estatuto do aluno;
b) Objetivos concetuais: compreender a importância da Declaração Universal
dos Direitos do Homem; compreender o Projecto Educativo da Escola.
c) Objetivo procedimental: elaborar uma lista de direitos e deveres específicos
para os alunos da turma;
d) Objetivo metacognitivo: elaborar uma proposta para o regulamento interno
em que os alunos aceitem as diferenças existem como algo positivo e
potenciador de experiências enriquecedoras.
Bibliografia:
- Arends, R. I. (2008). Aprender a ensinar. (7.ª ed.). Lisboa: Mc Graw-Hill
- Ferraz, A. P. C. M., & Belhot, R. V. (2010). Taxonomia de Bloom: Revisão teórica
e apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos
instrucionais. Gestão & Produção, 17(2), 421-431.

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