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Aula 02

Curso Discipulado
Ser e Fazer Discípulos
Ilaene Schüler
Conteúdo

Aula 02: Confiança e Discipulado


1. Nenhuma Confiança
2. Falta de Confiança
3. Confiança Ingênua
4. Confiança Madura

2 - Aula 02: Confiança e Discipulado


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Confiança e Discipulado:
Compreendendo e superando a ausência de confiança nos
relacionamentos de discipulado:

“Quem muito fala trai a confidência, mas quem merece confiança guarda o
segredo” – Provérbios 11.13

“E não jure pela sua cabeça, pois você não pode tornar branco ou preto nem um
fio de cabelo. Seja o seu ‘sim’, ‘sim’, e o seu ‘não’, ‘não’; o que passar disso vem
do Maligno" - Mateus 5.36,37

A disponibilidade das pessoas em se mostrar vulneráveis nos relacionamentos de


discipulado dificultam a construção das bases para a confiança. Esse fracasso em
construir a confiança leva o grupo progressivamente a falta de transparência
necessária para o confronto e encorajamento, a falta de compromisso implica no
processo de crescimento individual e do próprio grupo e logo, estarão
desmotivados a continuar.

Falta de crescimento Desmotivação

Falta de propósito Indiferença

Falta de compromisso Padrões baixos

Medo de feedback b Superficialidade

Falta de confiança Invulnerabilidade

Sem um alto nível de confiança relacional e de vulnerabilidade, as pessoas não


podem ser honestas a respeito de suas falhas.

Então, sabendo que o compartilhar sobre si mesmo será utilizado para medir seu
caráter, as pessoas têm de mergulhar em um nível ainda mais profundo de
desonestidade, isolando-se mais das pessoas que podem ajudá-las.

Com isso, a maioria das pessoas quando convidadas a vivenciar um


relacionamento de discipulado tem dificuldade em confiar.

3 - Aula 02: Confiança e Discipulado


Geralmente elas oscilam entre:

1. Nenhuma Confiança
2. Falta de Confiança
3. Confiança Ingênua
4. Confiança Madura

Queremos ver cada uma mais de perto:

1. Nenhuma Confiança:
Não envolvemos a mente nem o coração e, em consequência, nós nos sentimos
indecisos, inseguros achando que não podemos confiar em ninguém, inclusive em
nós mesmos.

2. Falta de Confiança:
Nossa tendência é estar no extremo da falta de confiança. Envolvemos somente
nossas mentes, com isso, enxergamos o mundo e as pessoas a partir da
perspectiva da suspeita e, em consequência, ficamos tão desconfiados e
cautelosos que não confiamos em ninguém, exceto em nós mesmos. As pessoas
têm de ganhar minha confiança antes de eu estar disposto a me abrir com elas.

3. A Confiança Ingênua é aquela confiança primária.


A confiança da criança no seu pai, ela não abre espaço para desconfiança.
Este é a confiança com a qual nos movimentamos na vida. Quando saímos de
casa confiamos que o sistema de trânsito está funcionando, o carro vai nos levar
em segurança, o prédio não vai desabar ou o elevador não vai cair.

Por falta da Confiança Ingênua tem pessoas que desenvolvem síndrome do


pânico, vivendo aterrorizadas na iminência de que sempre algo de ruim vai
acontecer.

Confiança Ingênua, é o primeiro estágio da confiança, pois, a confiança pode


tornar-se madura e isso se dá no próprio processo do relacionar-se. Passamos
por várias situações onde nossa confiança é colocada à prova, como uma criança
que vai entendendo que o pai, em quem confiava ingenuamente, tem limites.
No processo de desenvolvimento da confiança é fundamental aprender que
podemos confiar nas pessoas e que as relações têm fronteiras, limites e que
precisam ser reconhecidos.

Algumas pessoas chegam à idade adulta se relacionando ingenuamente, ou seja,


sem distinguir em quem ou em quais áreas podem ou não confiar.

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4. Confiança Madura:
Confiança Madura está baseada nos dois fatores chaves:

Predisposição a confiar (coração) e análise (mente) que nos dá o julgamento de


que precisamos para discernir quando confiar, quando não confiar ou em como
confiar de uma maneira que minimiza o que pode dar errado.

Parte do princípio de que, cientes de que o outro poderá quebrar essa confiança,
poderemos conversar a respeito dela. Na Confiança Madura sabemos que nosso
compromisso é de que iremos conversar quando acontecer uma quebra de
confiança e assim buscar reconstruir a relação.

A predisposição a confiar é principalmente uma questão de coração. Uma


questão de confiar deliberada e intencionalmente combinada com uma análise
profunda.

Começar com uma predisposição a confiar não significa necessariamente que


vamos confiar em alguém. Podemos concluir, após termos feito uma análise, que
não podemos confiar. Mas, a predisposição a confiar nos abre a possibilidade de
dar certo.

Por isso, precisamos combinar a predisposição a confiar com uma análise


racional. Enquanto a predisposição a confiar é principalmente uma questão de
coração, a análise é principalmente uma questão de mente.

A análise refere-se a nossa capacidade de avaliar e considerar as implicações e


a credibilidade das pessoas envolvidas, ou seja, seu caráter e a competência.

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Confiança e Discipulado:
Quadro Gráfico:

CONFIANÇA INGÊNUA CONFIANÇA MADURA


Predisposição (Coração) Predisposição (Coração), e,
Confiança primaria Análise (Mente)

Reconhece que pode falhar e,


se acontecer, conversaremos.

NENHUMA CONFIANÇA FALTA DE CONFIANÇA


Indecisão Decisão de suspeitar sempre
(Mente)

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Tarefa para Crescimento Intencional

1) Responder individualmente e compartilhar com o seu grupo:

a. O que Deus mais lhe chamou a atenção?

b. Quais passos práticos você pode tomar?

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