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Transformação Digital
Conteudista/s
Leandro Bahia (conteudista, 2023).
Enap, 2023
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
Módulo 1: Cultura e Agilidade Organizacional...................................................... 6
Unidade 1: Cultura Organizacional......................................................................... 6
1.1 O que é Cultura Organizacional................................................................................. 6
1.2 Componentes da Cultura Organizacional.............................................................. 11
1.3 Dicas para o Fortalecimento da Cultura Organizacional...................................... 13
Referências....................................................................................................................... 15
Olá! Seja bem-vindo(a) ao curso de OKR Aplicado à Transformação Digital. Para começar
sua trajetória de aprendizagem nos temas que serão abordados aqui, convidamos
você a iniciar seus estudos assistindo a videoaula de apresentação do curso.
Dito isso, vale destacar mais uma vez o que será aprendido ao longo de sua jornada
de estudos nesta capacitação. Como viu, você terá a oportunidade de conhecer a
implementação e uso da metodologia OKR no processo de Transformação Digital.
Para alcançar este objetivo, os temas foram estruturados em cinco módulos,
divididos em tópicos e subtópicos.
Cultura Organizacional.
Fonte: Freepik (2023).
A cultura não é palpável, mas é muito perceptível aos olhos de quem faz parte de
uma organização, visto que ela determina a forma como a organização e sua força
de trabalho conduz seus negócios, gerencia seus processos, relaciona-se com atores
internos e externos, estabelece parcerias e entrega resultados.
Um grande desafio, nesse sentido, é tirar do planejamento o que muitas vezes está
apenas escrito e colocar em prática, tendo em vista que os comportamentos, crenças,
características e valores desejados, quase sempre estão previstos em documentos ou
discursos da alta gestão, mas nem sempre se incorporam ao dia a dia ou são perceptíveis.
Cultura Organizacional.
Fonte: Freepik (2023b). Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Segundo Charles Handy, famoso autor e filósofo, não existe um rol taxativo para
classificar a cultura organizacional. Contudo ele destaca quatro tipos de cultura que
normalmente são mais perceptíveis em organizações:
1. Cultura de Poder
Em geral, está presente em organizações focadas na geração de resultados
e entrega de valor, onde a força de trabalho é estimulada a buscar o
atingimento dos objetivos com o máximo de pragmatismo em um ambiente
competitivo. Em uma cultura de poder, a estrutura de poder decisório é
clara e as decisões são centradas em uma liderança.
Cultura de poder.
Fonte: Freepik (2023a).
Cultura de tarefas.
Fonte: Freepik (2023a).
3. Cultura de Pessoas
Cultura centrada nas pessoas, onde a valorização da força de trabalho
é uma prioridade. Assim existe espaço para crescer e se desenvolver
dentro e fora da organização, sem perseguições e disputas. Em geral,
a participação é incentivada e opiniões são ouvidas e respeitadas,
contribuindo com o crescimento da própria empresa. Esse tipo de
cultura tende a atrair e reter talentos, com respeito à qualidade de vida
no trabalho e políticas de incentivo.
4. Cultura de Papéis
Distribuição clara de papéis e funções, com estruturas hierárquicas bem
definidas. A rigidez impacta na inovação e criatividade, bem como na
flexibilidade das tarefas, visto que é uma realidade fortemente orientada por
regras. Assim, os colaboradores já têm clareza quanto ao que devem fazer.
Cultura de papéis.
Fonte: Freepik (2023a).
Roberto Shiniashik
Dessa forma, assim como uma pessoa, uma organização também pode ter uma
identidade positiva ou negativa. Para essa identificação, é importante olhar para os
níveis de cultura.
1. Artefatos
Trata-se de símbolos, práticas de gestão, serviços, histórias e padrões,
sendo o que de mais palpável e concreto pode-se observar na organização.
A construção de uma cultura organizacional parte do nível mais palpável
(artefatos) para o mais etéreo (pressupostos). Assim, os modos de agir e de
retratar a organização gradualmente se entranham no ambiente de trabalho.
2. Pressupostos
Tratam-se de sentimentos e crenças ainda inconscientes, contudo presentes
no capital humano da organização. Relacionam-se com a primeira impressão
sobre um novo componente da força de trabalho, por exemplo. Não nascem
de uma avaliação consciente e ponderada: bate-se o olho e pronto! Já existe
uma visão pré-definida.
3. Valores Compartilhados
Relacionam-se aos valores essenciais para uma organização, influenciando
e determinando a razão pela qual a força de trabalho executa processos e
desempenha suas tarefas. Por exemplo, se um time tem por prioridade a
“empatia com o cliente”, tal valor pode se converter em políticas e iniciativas
voltadas ao bem e experiência do consumidor final.
Bell Marriott
3.Regras Claras
O que deve ser feito, e como fazer, precisa estar claro. Por exemplo, se a
organização valoriza e deseja liderança transparente, não basta comunicar
esse valor dessa forma, é importante que se defina o que é “transparência”
e o que se espera disso. Regras precisam ser conhecidas e reiteradamente
lembradas, exigindo sistemas claros de recompensa, caso sejam seguidas, e
de advertência, caso sejam desobedecidas.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
OSSOLA, Letícia N.; SILVA, Anna Paula B. da; JANUÁRIO, Eder de C.; CALVOSA, Marcello
V. D. Cultura e Agilidade Organizacional: Apresentação de um modelo de gestão
aplicado a ambientes dinâmicos. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ), 2021.
RIGBY, Darrell; ELK, Sarah; BEREZ, Steve. Ágil do Jeito Certo – Transformação sem
caos. [S. l.]: Benvirá, 2020.
SCHEIN, Edgar H. Organizational Culture and Leadership. San Francisco, CA: Jossey-
Bass, 1985.
Ao final desta unidade você será capaz de reconhecer o que é a Agilidade Organizacional
e as Metodologias Ágeis.
Bill Gates
A demanda constante por mudanças nas organizações é algo que não é novo, mas
a velocidade com que acontece atualmente é muito diferente do passado. Pode-
se relacionar essa intensidade ao processo de globalização e ao aparecimento
constante e disruptivo de novas tecnologias.
Atualmente, a sociedade vive uma era conhecida pelo acrônimo VUCA (Volátil, Incerta,
Complexa e Ambígua), quando para que as organizações consigam ter sucesso a
adaptação é uma necessidade imperativa, demandando maior celeridade e agilidade.
Mundo VUCA
Elaboração CEPED/UFSC (2023).
No contexto atual, para o bom êxito das organizações frente a seus objetivos e
metas é essencial que saibam identificar, proativamente, oportunidades de negócio
e que ganhem vantagem competitiva, antecipando-se à sua concorrência.
O mundo digital é uma realidade, e essa revolução está transformando a forma com
que organizações, governos e pessoas estão vivendo, trabalhando e se relacionando.
Mesclando essas expectativas e o avanço tecnológico, o poder público federal tem
dispendido esforços na atualização de seus processos e serviços para atendimento
ao cidadão de forma online.
Para entender melhor sobre este importante tema, acompanhe os diálogos a seguir, de
uma equipe de colaboradores da instituição hipotética denominada “Organização OKR”.
Mundo BANI.
Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
Nesse contexto, a força de trabalho precisa ser cada vez mais adaptável a riscos
e imprevistos, sem deixar que eles impactem a performance e o planejamento da
organização.
2. Aprimoramento da Assertividade
Ao permitir que entregas incrementais e inacabadas sejam apresentadas
em ciclos curtos de trabalho, os Métodos Ágeis proporcionam que a equipe
valide constantemente se os caminhos percorridos estão corretos ou não.
Assim o impacto é positivo, uma vez que os projetos têm entregas mais
assertivas, também contribuindo para resultados dos indicadores de
desempenho com mais precisão, como tempo de entrega, satisfação do
cliente e desempenho da forma de trabalho.
Assim, recomenda-se que seja feita a escolha do método que mais faça sentido e
se alinhe à capacidade operacional e ao desempenho da organização no momento
da implementação, aquele que todos estejam alinhados e dispostos a utilizar da
melhor forma possível.
1. Mudança cultural
Resistência à mudança e costume aos processos antigos pode acontecer nos
vários níveis da organização, começando nas equipes de desenvolvimento
até a alta administração. No caso específico das grandes organizações, o
problema mais significativo é a resistência dos gestores intermediários e
da alta administração.
2. Sensação de vigilância
Com o aumento da transparência, as pessoas sentem-se mais observadas
e não querem partilhar os seus problemas, o que acaba interferindo na
informação de feedback, muito necessária nas metodologias ágeis.
6. Medição do Progresso
Durante o processo de mudança é importante que a organização consiga
medir o progresso, contudo as organizações nem sempre encontram as
métricas certas para obter os resultados que traduzam a evolução da
mudança.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
OSSOLA, Letícia N.; SILVA, Anna Paula B. da; JANUÁRIO, Eder de C.; CALVOSA, Marcello
V. D. Cultura e Agilidade Organizacional: Apresentação de um modelo de gestão
aplicado a ambientes dinâmicos. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), 2021.
RIGBY, Darrell; ELK, Sarah; BEREZ, Steve. Ágil do Jeito Certo – Transformação sem
caos. [S. l.]: Benvirá, 2020.
2 Medição do Desempenho
Organizacional com Métricas Ágeis
Neste módulo serão apresentados os principais conceitos sobre desempenho
organizacional, assim como a importância da aplicação de métricas para medir o
desempenho organizacional de forma ágil.
Ao término desta unidade de estudos, espera-se que você reconheça a aplicação das
métricas ágeis na medição de desempenho organizacional.
Métrica
É o que se pode chamar de “marcação” de algo. Situacional, único, porém
contextualizado. É o quanto ou como está uma variável em determinado
momento ou circunstância. Este termo é bem empregado quando se
quer expressar um valor medido.
Medida
É determinado pela quantidade de registros de um valor ou desempenho.
Contexto de acumulação por algum método. Compostas de um valor (um
número) e uma unidade de medida.
Indicador
Indicador relaciona-se com um fator ou uma variável, seja qualitativo ou
quantitativo, que fornece um meio simples e confiável para expressar
realização. Permite a verificação de mudança (não necessariamente
temporal), podendo ou não agregar várias medidas.
Uma métrica deve deixar claro os fatores que a influenciaram para evitar
manipulações e facilitar a melhoria do processo.
Incentivar a Comunicação
O nível aceitável de qualidade deve ser definido pelo cliente e não pela
equipe. Os Métodos Ágeis exigem sempre um alto nível de qualidade do
produto a ser entregue.
Imagine a seguinte situação: uma pessoa está sentindo tonturas com certa
frequência e reluta em ir ao médico.
Mergulho no problema.
Fonte: Freepik (2023).
Ação ativa.
Fonte: Freepik (2023).
Imagine um piloto de avião prestes a decolar. Ele possui em seu painel de bordo um
número elevado de indicadores. Com o auxílio desses indicadores, o piloto sabe se
vai ou não ter uma tempestade na rota dele. Caso haja tempestade, provavelmente
ele consegue atualizar seu plano de voo rapidamente.
Fazendo uma analogia ao contexto do setor público, é muito comum que ao falar no
desempenho da organização e no atingimento de metas ignore-se que o mergulho
vai ajudar, por já ser “tarde demais” pois não se teve a informação disponível a
tempo.
Você acredita que ele utiliza e analisa todos os indicadores disponíveis no painel de
bordo? Por óbvio isso é humanamente impossível, concorda? Assim, a chave é ter
priorizado os indicadores certos e necessários para aquele momento.
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de testar seus conhecimentos. Então,
acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
OSSOLA, Letícia N.; SILVA, Anna Paula B. da; JANUÁRIO, Eder de C.; CALVOSA, Marcello
V. D. Cultura e Agilidade Organizacional: Apresentação de um modelo de gestão
aplicado a ambientes dinâmicos. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), 2021.
3 A Metodologia OKR
Neste módulo será apresentada uma visão geral da metodologia OKR, sua origem,
alguns exemplos práticos e os erros mais comuns na definição de OKRs. Siga firme!
Reconhecer o que é a metodologia OKR, com foco na sua origem, influência e evolução.
Andy Grove
Neste contexto começam a surgir os chamados Objectives and Key Results, ou Objetivos
e Resultados-Chave, que posteriormente dariam origem à metodologia OKR.
Resultados-chave (KRs):
No final dos anos 90, John Doerr, famoso investidor americano, se juntou à empresa
de tecnologia Intel sob a liderança indireta de Andy Grove. Por lá, John Doerr aprendeu
como aquela empresa fazia uso dos OKR e passou a ser um dos contribuintes da
disseminação para outras empresas do Vale do Silício.
Neste contexto dentro da Google, surgem os chamados OKRs (Objectives and Key
Results, ou Objetivos e Resultados-Chave), que passaram a ser conhecidos como
uma metodologia originada pela Intel e estreada na Google.
É importante você saber que mesmo tendo sido amplamente adotado, o estilo
de utilização dos OKRs apresenta um grau considerável de heterogeneidade. Mas
o que isso significa? Que cada organização adota formas não necessariamente
padronizadas onde a OKR é utilizada em formatos diversos, deixando um grau
de liberdade para suas equipes. Esta flexibilidade precisa, no entanto, respeitar a
proposta da abordagem e seus fundamentos para que se garantam as melhorias
proporcionadas com seu uso.
Antes de tudo é importante você ter uma visão geral da proposta do KPI que, em
outras palavras, são informações mensuráveis que demonstram a eficácia com que
a organização está se movendo em direção às metas e compromissos definidos.
Se analisar as duas abordagens você pode considerar que, enquanto os KPIs são
métricas de negócios que refletem o desempenho, o OKR pode ser visto como uma
metodologia para definição de metas no sentido de impulsionar a melhoria contínua.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
CASTRO, Felipe. Agile Goal Setting with OKR - Objectives and Key Results. InfoQ.
2015. Disponível em: https://www.infoq.com/articles/agile-goals-okr. Acesso em: 3
abr. 2023.
DOERR, John. Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates
sacudiram o mundo com os OKRs, 3 ed. [S. l.]: Alta Books, 2019.
LIMA, T.; BARBOSA, C. E.; SOUZA, J. M. de. Analysing agile governance processes in
the Brazilian Government scenario. International Journal of Management and
Decision Making, v. 16, n. 2, p. 131, 2017.
LUNA, A. J. H. de O.; FARIAS JÚNIOR, I. de; Moura, H. P. de (). Governança Ágil como um
tópico emergente em Gerenciamento de Projetos. [S. l.]: Universo PM, p. 15–19, 2017.
MACIEL, Teresa M. M.; ARCOVERDE, Daniel. Gestão por Objetivos e Resultados com
OKR. [S. l.]:UFRPE, s.d.
MELLO, Francisco S. Homem de. OKRs: da missão às métricas. São Paulo: Qulture.
Rocks, 2018.
NIVEN, Paul R.; LAMORTE, Ben. Objectives and Key Results: Driving Focus,
Alignment, and Engagement with OKRs, 1 ed.. [S. l.]: Wiley, 2016.
Ao final desta unidade, espera-se que você reconheça a estrutura básica e os elementos
fundamentais do OKR.
OKRs.
Fonte: autoria própria. Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
John Doerr, investidor americano com grande capital na área de tecnologia, iniciou
a carreira na Intel e passou a investir em empresas como Google e Amazon. Na
Google, Doerr estruturou uma fórmula simples para o estabelecimento de metas.
Acompanhe!
Segundo a metodologia OKR, uma meta assertiva que possa ser considerada boa
deve listar o que você vai realizar e a maneira como vai medir seu atingimento.
As palavras-chave aqui são “medido por”, uma vez que a medição é o que cria uma
meta real. Sem isso você não tem uma meta, mas sim um desejo.
Marissa Mayer
Então, uma forma de estruturar seu OKR, utilizando a fórmula de Doerr, pode ser
a seguinte.
Caso não consiga alcançá-los, isso deve ser usado como aprendizado. Ou seja,
encontre as falhas e veja como é possível melhorar o desempenho e a definição de
novos objetivos e compromissos.
A Matriz SWOT é uma ferramenta visual e prática que possibilita realizar uma
análise ambiental da organização sob as óticas externa e interna, identificando
elementos diagnósticos para auxiliar no foco das estratégias.
• Strengths - forças
• Weaknesses - fraquezas
• Opportunities - oportunidades
• Threats - ameaças
Oportunidades e ameaças.
Fonte: Freepik (2023)
Você já sabe que traçar objetivos pode ser uma tarefa complexa e desafiadora,
visto que é preciso projetar um futuro ambicioso, capaz de manter a motivação e o
crescimento constante. Porém há alguns critérios que podem ajudar nessa tomada
de decisão. Observe!
O acrônimo S.M.A.R.T.
Fonte: autoria própria. Elaboração: CEPED/UFSC (2023).
George T. Doran.
Resultados-chaves (podendo ser referido aqui como KRs) são medidas que
permitem o monitoramento do alcance do respectivo objetivo. KRs são quantitativos,
específicos, com prazos definidos, realistas e desafiadores. Uma vez que os KRs são
atingidos, considera-se o objetivo como alcançado.
Uma forma de compreender a essência dos KRs com relação ao objetivo é considerar
que o objetivo é O QUE se deseja alcançar e o KR representa COMO MONITORAR
o alcance do objetivo, de forma normalmente progressiva. Em outras palavras,
os resultados-chave são marcos para acompanhar seu progresso em direção ao
objetivo em questão. Normalmente define-se de 3 a 5 KRs para cada objetivo, mas
não há uma regra rígida neste sentido.
Cada KR concluído precisa representar uma conquista por si só, mesmo que não
implique, ainda, no alcance do objetivo. Neste sentido, o impacto de sua conclusão
precisa ser mensurado em comparação a algum parâmetro. KRs são monitorados
semanalmente no sentido de obter visibilidade do progresso ao atingimento do seu
Objetivo.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
CASTRO, Felipe. Agile Goal Setting with OKR - Objectives and Key Results. InfoQ. 2015.
Disponível em: https://www.infoq.com/articles/agile-goals-okr. Acesso em: 3 abr. 2023.
DOERR, John. Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates
sacudiram o mundo com os OKRs, 3 ed. [S. l.]: Alta Books, 2019.
FREEPIK COMPANY. [Banco de Imagens]. Freepik, Málaga, 2023. Disponível em: https://
www.storyset.com/. Acesso em: 12 jan. 2023.
LIMA, T.; BARBOSA, C. E.; SOUZA, J. M. de. Analysing agile governance processes in the
Brazilian Government scenario. International Journal of Management and Decision
Making, v. 16, n. 2, p. 131, 2017.
LOCKE; Latham, EDWIN; Gary. New Developments in Goal Setting and Task
Performance, 1 ed. [S. l.]: Routledge, 2013.
LUNA, A. J. H. de O.; FARIAS JÚNIOR, I. de; Moura, H. P. de (). Governança Ágil como um
tópico emergente em Gerenciamento de Projetos. [S. l.]: Universo PM, p. 15–19, 2017.
MACIEL, Teresa M. M.; ARCOVERDE, Daniel. Gestão por Objetivos e Resultados com
OKR. [S. l.]:UFRPE, s.d.
MARQUES, Marcus. Conheça Henri Fayol e seus princípios de gestão. 2017. Disponível
em: http://marcusmarques.com.br/estrategias-de-negocio/conheca-henri-fayol-seus-
principios-gestao/. Acesso em: 30 ago. 2022.
MELLO, Francisco S. Homem de. OKRs: da missão às métricas. São Paulo: Qulture.Rocks, 2018.
NIVEN, Paul R.; LAMORTE, Ben. Objectives and Key Results: Driving Focus, Alignment,
and Engagement with OKRs, 1 ed.. [S. l.]: Wiley, 2016.
Ao final desta unidade espera-se que você saiba identificar as principais características de
OKRs efetivos.
OKRs apresentam uma forma simples e de fácil compreensão. Porém, utilizar OKRs
respeitando as bases fundamentais da metodologia, muitas vezes se torna complexo
diante da necessidade de mudança cultural e da diversidade de boas práticas. Nesta
seção você verá alguns conceitos que podem ser úteis para sua compreensão da
essência dos OKRs e que irão facilitar na adaptação da metodologia à sua realidade.
2. Alinhamento Estratégico
OKRs precisam representar passos para o cumprimento da missão e
alcance da visão da organização.
3. Impactante
OKRs representam passos significativos para a organização, conquistas de
grande impacto.
4. Alcançáveis
OKRs muito arrojados podem frustrar os times se estiverem além da
viabilidade de alcance. Mesmo desafiadores, OKRs são realizáveis e deve
promover engajamento e motivação.
Mesmo que você assimile as características fundamentais dos OKRs, muitas vezes
poderá cair em erros comuns ao definir OKRs na sua organização.
Para evitar esses e outros erros, é importante você observar algumas regras que
são inspiradas na publicação “Administração de alta performance” de Angy Groove.
1. Menos é mais
Uma organização não deve ter mais
do que sete objetivos bem escolhidos
e todos devem caber em uma linha.
Cada objetivo deve ter no máximo
cinco resultados-chave.
Menos é mais.
Fonte: Freepik (2023).
3. Nada de imposição
O acordo coletivo é essencial para
atingir o máximo de resultados
desejados. Lembre-se! Os OKRs são
um “contrato social autogovernado”.
4. Flexibilidade
Uma das características mais poderosas
dos OKRs é a flexibilidade. Se algum OKR
não fizer mais sentido ou não for relevante,
ele pode ser descartado ou substituído.
Flexibilidade.
Fonte: Freepik (2023).
Permita-se falhar.
Fonte: Freepik (2023).
6. Nada de compensação
Andy Grove descreveu os OKRs como uma
ferramenta pessoal para avaliar seu próprio
desempenho e não para compensar ou
apontar os erros dos outros.
Seja paciente.
Fonte: Freepik (2023).
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de testar seus conhecimentos.
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons
estudos!
DOERR, John. Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates
sacudiram o mundo com os OKRs, 3 ed. [S. l.]: Alta Books, 2019.
LIMA, T.; BARBOSA, C. E.; SOUZA, J. M. de. Analysing agile governance processes in
the Brazilian Government scenario. International Journal of Management and
Decision Making, v. 16, n. 2, p. 131, 2017.
LOCKE; Latham, EDWIN; Gary. New Developments in Goal Setting and Task
Performance, 1 ed. [S. l.]: Routledge, 2013.
LUNA, A. J. H. de O.; FARIAS JÚNIOR, I. de; Moura, H. P. de (). Governança Ágil como
um tópico emergente em Gerenciamento de Projetos. [S. l.]: Universo PM, p.
15–19, 2017.
MELLO, Francisco S. Homem de. OKRs: da missão às métricas. São Paulo: Qulture.
Rocks, 2018.
NIVEN, Paul R.; LAMORTE, Ben. Objectives and Key Results: Driving Focus,
Alignment, and Engagement with OKRs, 1 ed.. [S. l.]: Wiley, 2016.
4 OKR na Prática
Neste módulo será apresentado o que é e como funciona o ciclo de vida do OKR. A
metodologia OKR será apresentada a partir de uma ferramenta prática.
Planejamento
Ao definir ou alinhar os OKRs estratégicos da organização, processo que
via de regra deve ocorrer no início do ano, é importante o envolvimento da
Execução
Assim que os OKRs forem definidos, é importante garantir que todas as
equipes da força de trabalho estejam alinhadas com as tarefas que devem
concluir para um trimestre de sucesso e atingimento das metas. Neste
momento, é importante considerar que o alinhamento deve ser um processo
contínuo, ocorrendo no decorrer de toda execução do planejamento
estratégico da organização.
Retrospectiva
Perto do final do ciclo do OKR, você deve ter uma sessão de retrospectiva para
refletir sobre como foi o trimestre, recapitulando erros e reaproveitando
sucessos. Este é um excelente momento para comemorar as vitórias e revisar
onde você poderia ter feito melhor no trimestre anterior. As retrospectivas
geralmente ocorrem nas últimas duas semanas do trimestre e devem
envolver todos os participantes do OKR.
Analise um exemplo.
Os objetivos devem ser definidos em versão final para o ano inteiro e também
para o primeiro trimestre e toda a organização deve ser comunicada. É
importante a elaboração prévia de um plano de comunicação, com a
definição das melhores ferramentas para que a comunicação aconteça. A
partir de então, cada equipe ou unidade da organização deve definir seus
objetivos com base nos objetivos da organização.
Etapa: Execução
Cadência define o ciclo de revisões de OKR que uma organização pode realizar, no
intuito de verificar se a estratégica está no caminho certo.
Ao usar ciclos mais curtos, pode ser benéfico garantir que você tenha um processo
simplificado para desenvolver os OKRs; caso contrário, gastaria muito tempo
definindo metas. Quando sua empresa lida com incertezas ou seu mercado muda
muito rapidamente, ciclos OKR mais longos não ajudarão.
Quando as equipes usam OKRs para medir valor a cadência trimestral faz sentido,
pois é necessário tempo para desenvolver as respectivas iniciativas e medir seus
impactos, aprender e iterar.
Com base nos OKRs organizacionais e da equipe, OKRs individuais são estabelecidos
caso se opte por adotá-los.
O monitoramento acontece assim que os OKRs são definidos, durante todo o ciclo
trimestral, através de follow-ups semanais. Nessa ocasião é importante atualizar
o progresso dos resultados e objetivos, e realizar ajustes necessários nas metas
quando necessário.
Ao final de cada ciclo, reflexões em equipe são realizadas para identificar melhorias
para o novo ciclo.
Cada organização que adota OKRs deve encontrar a cadência que atenda às suas
necessidades, dependendo do negócio, das organizações e da cultura organizacional.
Os OKRs devem estar inseridos na cultura da organização. Esta cultura, como você
já aprendeu, precisa prezar pela agilidade e foco em resultados.
A reunião precisa ser pautada por dados e pelo anseio de identificar qual a
realidade do passado, a do presente e a perspectiva de futuro. Os dados precisam
apresentar esse diagnóstico e a projeção.
É importante identificar o que está em dia, ou não, bem como as causas ou riscos
envolvidos, com a perspectiva de definir iniciativas ou ações corretivas.
Expressar não apenas os benefícios de uma estrutura de OKR para toda a organização,
mas também incluir como ela atenderá especificamente às necessidades, demandas
e desafios exclusivos de sua equipe e de cada um dos indivíduos que faz parte dela.
John Doerr
Defina a cadência do seu OKR, se trimestral, mensal etc. Ciclos anuais e trimestrais
são os padrões, mas considere a que melhor se enquadrar em sua organização.
Defina o grau de abrangência dos OKRs na sua organização. Parece mais adequado
ter três camadas para a organização, departamento e membros individuais da
equipe ou mais camadas seguindo todos os níveis organizacionais? Meu time está
maduro o suficiente para trabalhar OKRs individuais ou é melhor amadurecer
primeiro organizacionalmente e depois baixar para o nível individual?
Lembre-se que não existe a “melhor ferramenta”. O “como” é usada, sim, é um fator
crítico de sucesso. Selecione a que melhor se adapta à sua cultura organizacional.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
DOERR, John. Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates
sacudiram o mundo com os OKRs, 3 ed. [S. l.]: Alta Books, 2019.
DOERR, John. A Typical OKR Cycle. What Matters. 2020. Disponível em: www.
whatmatters.com/resources/a-typical-okr-cycle. Acesso em: 5 abr. 2023.
LIMA, T.; BARBOSA, C. E.; SOUZA, J. M. de. Analysing agile governance processes in
the Brazilian Government scenario. International Journal of Management and
Decision Making, v. 16, n. 2, p. 131, 2017.
LOCKE; Latham, EDWIN; Gary. New Developments in Goal Setting and Task
Performance, 1 ed. [S. l.]: Routledge, 2013.
LUNA, A. J. H. de O.; FARIAS JÚNIOR, I. de; Moura, H. P. de (). Governança Ágil como
um tópico emergente em Gerenciamento de Projetos. [S. l.]: Universo PM, p.
15–19, 2017.
MELLO, Francisco S. Homem de. OKRs: da missão às métricas. São Paulo: Qulture.
Rocks, 2018.
Ao final desta unidade espera-se que você saiba executar a metodologia OKR a partir de
uma ferramenta prática.
Ferramenta 5W2H.
Elaboração: CEPED/UFSC (2023). Adaptado de Freepik (2023).
Como você viu, o 5W2H permite obter informações para tomar melhores decisões e
construir de forma mais segura os OKRs da organização.
Uma das formas mais otimizadas para a elaboração de OKR é o uso de brainstorming,
ou tempestade de ideias, que é uma técnica de dinâmica de grupo que explora de
forma criativa a elaboração coletiva ou identificação de possibilidades.
Se a técnica for aplicada na elaboração de OKRs, após vários registros faz-se o filtro
e o ajustes das ideias, tendo então uma primeira versão de possibilidades para a
composição dos OKRs.
Canvas OKR.
Fonte: autoria própria.
Você viu que o Canvas é uma ferramenta flexível, objetiva e simplificada para auxiliar
na estruturação das ideias de forma bem didática e sempre na busca por alinhamento
estratégico dos OKRs com as demais estratégias da organização.
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de testar seus conhecimentos. Então,
acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos!
DOERR, John. Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates
sacudiram o mundo com os OKRs, 3 ed. [S. l.]: Alta Books, 2019.
DOERR, John. A Typical OKR Cycle. What Matters. 2020. Disponível em: www.
whatmatters.com/resources/a-typical-okr-cycle. Acesso em: 5 abr. 2023.
LIMA, T.; BARBOSA, C. E.; SOUZA, J. M. de. Analysing agile governance processes in
the Brazilian Government scenario. International Journal of Management and
Decision Making, v. 16, n. 2, p. 131, 2017.
LOCKE; Latham, EDWIN; Gary. New Developments in Goal Setting and Task
Performance, 1 ed. [S. l.]: Routledge, 2013.
LUNA, A. J. H. de O.; FARIAS JÚNIOR, I. de; Moura, H. P. de (). Governança Ágil como
um tópico emergente em Gerenciamento de Projetos. [S. l.]: Universo PM, p.
15–19, 2017.
MELLO, Francisco S. Homem de. OKRs: da missão às métricas. São Paulo: Qulture.
Rocks, 2018.
Ao final desta unidade, espera-se que você saiba determinar como o monitoramento
do desempenho é fundamental para o processo de Transformação Digital.
O Brasil obteve pontuação de 0,92, com a média simples das pontuações de quatro
índices relevantes:
Segundo os achados dessa revisão realizada pela OCDE, seis são as dimensões da
mudança de governo eletrônico para o governo digital:
2016
A Lei n.º 14.129/2021 pode ser vista como importante forma de concretização
da Estratégia de Governo Digital para o período de 2020 a 2022. A digitalização
dos serviços públicos e do governo, se desenvolvida em observância aos
princípios e objetivos da Estratégia de Governo Digital, sem deixar de lado
aquela parcela da população denominada de “excluídos digitais”, tem
potencial para qualificar a prestação do serviço público, possibilitando uma
universalização ainda maior e fomentando a interação entre a administração
pública e o cidadão-usuário de serviços públicos digitais.
Segundo a OCDE, o atual estágio de emprego das tecnologias digitais e sua adoção
pelos governos no mundo marca a mudança de paradigma de governo eletrônico
para governo digital, em que a Tecnologia da Informação e todo o seu potencial
passa a figurar como elemento central da transformação do setor público.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Até a próxima!
BECK, K. et al. Manifesto for Agile Software Development. 2001. Disponível em:
http://agilemanifesto.org/. Acesso em: 28 set. 2022
BRASIL. Casa Civil. Governo eletrônico: ONU classifica Brasil entre os 20 países
com melhor oferta de serviços públicos digitais. Portal Gov.br. 2020. Disponível
em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2020/julho/governo-
eletronico-onuclassifica-brasil-entre-os-20-paises-com-melhor-oferta-de-servicos-
publicos-digitais. Acesso em: 28 jul. 2021.
CRISTÓVAM, José Sérgio da Silva; SAIKALI, Lucas Bossoni; SOUSA, Thanderson Pereira
de. Governo Digital na Implementação de Serviços Públicos para a Concretização de
Direitos Sociais no Brasil. Sequência, Florianópolis, n. 84, p. 209-242, abr. 2020. DOI:
10.5007/2177- 7055.2020v43n89p209, p. 217.
Ao final desta unidade espera-se que você reconheça aspectos relevantes sobre como
adotar OKR nos processos de Transformação Digital e no setor público.
Ao longo dos estudos, você aprendeu que OKRs podem ser grandes parceiros na
gestão organizacional no setor público. Contudo, para o efetivo uso da metodologia
tem-se o desafio da realidade de uma cultura organizacional onde a agilidade seja
um valor presente.
Benefícios esperados
Área Organizacional
Pode ser uma boa estratégia se existirem divergências intensas no estilo
da gestão de cada área organizacional. Iniciar pela área mais favorável e
alinhada ao OKR é uma boa alternativa para o “primeiro empurrão”.
Nível Organizacional
Pode ser uma boa estratégia de todas as áreas, inclusive da alta gestão.
Não apresenta uma cultura de gestão por resultados ou indicadores. Iniciar
incrementalmente de forma top-down facilita que a cultura seja construída
primeiramente na alta gestão, sendo multiplicada aos poucos para os níveis
menores.
Organização Total
Se a organização é muito pequena, se existe maturidade organizacional para
acompanhamento de desempenho ou se gestão por resultados faz parte da
Não existe uma melhor estratégia. Existe aquela que é mais adequada a cada
organização, observando a cultura organizacional e a maturidade da força de
trabalho. Contudo, em qualquer caso o monitoramento é fundamental.
OKR? Será?
Fonte: Freepik (2023).
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de testar seus conhecimentos.
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons
estudos!
DOERR, John. Avalie o que importa: Como o Google, Bono Vox e a Fundação Gates
sacudiram o mundo com os OKRs, 3 ed. [S. l.]: Alta Books, 2019.
DOERR, John. A Typical OKR Cycle. What Matters. 2020. Disponível em: www.
whatmatters.com/resources/a-typical-okr-cycle. Acesso em: 5 abr. 2023.
LIMA, T.; BARBOSA, C. E.; SOUZA, J. M. de. Analysing agile governance processes in
the Brazilian Government scenario. International Journal of Management and
Decision Making, v. 16, n. 2, p. 131, 2017.
LOCKE; Latham, EDWIN; Gary. New Developments in Goal Setting and Task
Performance, 1 ed. [S. l.]: Routledge, 2013.
LUNA, A. J. H. de O.; FARIAS JÚNIOR, I. de; Moura, H. P. de (). Governança Ágil como
um tópico emergente em Gerenciamento de Projetos. [S. l.]: Universo PM, p.
15–19, 2017.
MELLO, Francisco S. Homem de. OKRs: da missão às métricas. São Paulo: Qulture.
Rocks, 2018.