Você está na página 1de 18

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - FACIC/UFU

CONTROLADORIA Professor Ernando Reis eareis@ufu.br 1

Agenda

2.1. Situação problema número 1: decisão de investimento e TOC

2.2. Principais fundamentos da TOC

2.3. Retomando o problema número 1

2.4. Situação problema número 2: decisão de mix de produtos e TOC

2.5. Referências

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 2


2.1. Situação problema número 1: decisão de investimento e TOC

 Cia. de Confecções Toc Toc: transforma tecido em uniforme hospitalar


 Orçamento de 20X1: equipamentos para os três setores produtivos

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 3

2.1. Situação problema nº 1: decisão de investimento e TOC

 Preço do produto final (uniforme hospitalar): R$150,00 por unidade


 Matéria prima (tecido): R$30,00 por unidade
 Tempo disponível: 8 horas por dia, durante 22 dias por mês
 Orçamento para investimento: R$ 900.000,00 (suficiente para 3 equipamentos)

A dúvida do Sr. Antunes (Superintendente da empresa):


- Qual(is) setor(es) deve(m) ter prioridade de investimento?
- Uma alocação “democrática” dos recursos de investimento, isto é, adquirir um
equipamento para cada um dos setores produtivos, seria viável sob o ponto de
vista econômico?

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 4


2.2 Principais fundamentos da TOC

 Theory Of Constraints – TOC: Eliyahu Goldratt – década de 1970

 Críticas aos Métodos da administração da produção tradicionais


 rateio dos custos fixos aos produtos
 produção em larga escala

 Contabilidade de Ganhos em lugar da Contabilidade de Custos

 Livro "A Meta“ – década de 1980

 RESTRIÇÃO:
 "qualquer coisa que impeça um sistema de atingir um desempenho maior em relação
à sua meta“
 Todo sistema tem pelo menos uma restrição, caso contrário seu desempenho seria
infinito

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 5

2.2 Principais fundamentos da TOC

 A EMPRESA é um sistema - conjunto de elementos entre os quais há alguma relação


de interdependência e seu desempenho global depende dos esforços conjuntos. A
analogia usada é comparar a empresa com uma corrente

 A META da empresa é ganhar dinheiro hoje e no futuro

 A restrição determina o desempenho global e o alcance da meta

 As medidas de desempenho global da contabilidade são satisfatórias (LL, RSI)


 A Contabilidade de Ganhos da TOC propõe três medidas de desempenho local como
ponte entre as medidas de desempenho global (LL e RSI):

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 6


2.2 Principais fundamentos da TOC

 As medidas da TOC são:

 Ganho (G): o índice pelo qual o sistema gera dinheiro através das vendas. É a
diferença entre o preço do produto e os gastos totalmente variáveis

 Investimento (I): todo o dinheiro que o sistema investe na compra de coisas que
pretende vender. Corresponde aos ativos operacionais

 Despesa Operacional (DO): todo o dinheiro que o sistema gasta transformando


Investimento em Ganho. Compreende os gastos fixos

 Assim, fazendo uma ponte entre as medidas de desempenho global, tem-se:


 LL = G – DO
 RSI = LL/I ou (G - DO)/I

 O ideal é uma decisão que aumente o G e diminua I e DO. Porém, qualquer decisão que
impacte positivamente o RSI conduz nos leva à meta do sistema

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 7

2.2 Principais fundamentos da TOC

 ganho na restrição versus ganho unitário

 "cinco passos de focalização" das restrições, ou processo de otimização contínua:

1. Identificar a(s) Restrição (ões) do Sistema;


2. Decidir como explorar a(s) restrição (ões) do sistema;
3. Subordinar qualquer outra coisa à decisão anterior;
4. Elevar a(s) capacidade (s) da (s) Restrição (ões) do Sistema;
5. Se, nos passos anteriores, uma restrição for quebrada, voltar ao passo 1.

 Não há como eliminar, por completo, as restrições, pois sempre que uma é vencida
surgem novas restrições, tornando-se um ciclo virtuoso. Elas podem ser restrições
físicas (gargalos), de mercado ou políticas.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 8


2.3 Retomando o problema nº 1

CIA. DE CONFEÇÕES TOC TOC - SITUAÇÃO ATUAL


unidade de PRODUÇÃO
ITENS COMPRA VENDA TOTAL
medida CORTE COSTURA ACABTO
Nº MÁQUINAS quantidade 4 8 3
CAPACIDADE MÁQUINA peças/hora 3 1 5
CAPACIDADE TOTAL peças/hora 15 12 8 15 14
1
VALOR EQUIPAMENTOS $ 1.200.000,00 2.400.000,00 900.000,00 4.500.000,00
2
DEPRECIAÇÃO $/mês 12.000,00 24.000,00 9.000,00 45.000,00
3
SALÁRIOS $/mês 2.000,00 4.000,00 8.000,00 3.000,00 5.000,00 22.000,00
DESPESA OPERACIONAL $/mês 2.000,00 16.000,00 32.000,00 12.000,00 5.000,00 67.000,00
1. Cada equipamento é avaliado em $300.000, independente do setor de produção em que se encontra
2. Cada equipamento deprecia 1% ao mês, independente do setor da produção em que se encontra
3. Cada equipamento custa $1.000 de salários e as áreas de compra e de venda, $2.000 e $5.000, respectivamente.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 9

2.3 Retomando o problema nº 1

 A proposta “democrática” do Sr. Antunes não observa as orientações da TOC e só por


uma feliz coincidência poderá ser bem sucedida.

 Vamos comparar situação atual versus proposta democrática

Na situação atual:
COMPRA CORTE COSTURA ACABTO VENDA

15 12 8 15 14

a. A produção máxima possível é de 1.408 uniformes por mês (8 peças por hora na
restrição x 8 horas por dia x 22 dias por mês)
b. O Ganho total do mês, portanto, é de R$168.960,00 (1.408 uniformes x R$120,00 )
c. O LL mensal, por sua vez, é de R$101.960,00 (R$168.960,00 – R$67.000,00)
d. O RSI mensal, por fim, é de 2,27% (R$101.960,00/R$4.500.000,00)

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 10


2.3 Retomando o problema nº 1

Proposta “democrática”:
SITUAÇÃO PROPOSTA 1 (INVESTIMENTO "DEMOCRÁTICO)
unidade de PRODUÇÃO
ITENS COMPRA VENDA TOTAL
medida CORTE COSTURA ACABTO
Nº MÁQUINAS quantidade 5 9 4
CAPACIDADE MÁQUINA peças/hora 3 1 5
CAPACIDADE TOTAL peças/hora 15 15 9 20 14
1
VALOR EQUIPAMENTOS $ 1.500.000,00 2.700.000,00 1.200.000,00 5.400.000,00
2
DEPRECIAÇÃO $/mês 15.000,00 27.000,00 12.000,00 54.000,00
3
SALÁRIOS $/mês 2.000,00 5.000,00 9.000,00 4.000,00 5.000,00 25.000,00
DESPESA OPERACIONAL $/mês 2.000,00 20.000,00 36.000,00 16.000,00 5.000,00 79.000,00
1. Cada equipamento é avaliado em $300.000, independente do setor de produção em que se encontra
2. Cada equipamento deprecia 1% ao mês, independente do setor da produção em que se encontra
3. Cada equipamento custa $1.000 de salários e as áreas de compra e de venda, $2.000 e $5.000, respectivamente.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 11

2.3 Retomando o problema nº 1

Proposta “democrática”:

COMPRA CORTE COSTURA ACABTO VENDA

15 15 9 20 14

a. A produção máxima possível é de 1.584 uniformes por mês (9 peças por hora na
restrição x 8 horas por dia x 22 dias por mês)
b. O Ganho total do mês, portanto, é de R$190.080,00 (1.584 uniformes x R$120,00)
c. O LL mensal, por sua vez, é de R$111.080,00 (R$190.080,00 – R$79.000,00)
d. O RSI mensal, por fim, é de 2,06% (R$111.080,00/R$5.400.000,00)

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 12


2.3 Retomando o problema nº 1

Proposta “democrática”:
 O investimento “democrático” tem como resultado a redução do RSI da empresa
(2,06% < 2,27%)
 Baixo retorno dos novos investimentos
 LL adicional: R$9.120,00 (R$111.080,00 – R$101.960,00)
 Investimento: R$900.000,00
 RSI dos novos investimentos: 1,01% (R$9.120,00/R$900.000,00)

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 13

2.3 Retomando o problema nº 1

Proposta “ótima” (todo o investimento deve ser canalizado na restrição)

SITUAÇÃO PROPOSTA 2 (INVESTIMENTO NA RESTRIÇÃO)


unidade de PRODUÇÃO
ITENS COMPRA VENDA TOTAL
medida CORTE COSTURA ACABTO
Nº MÁQUINAS quantidade 4 11 3
CAPACIDADE MÁQUINA peças/hora 3 1 5
CAPACIDADE TOTAL peças/hora 15 12 11 15 14
1
VALOR EQUIPAMENTOS $ 1.200.000,00 3.300.000,00 900.000,00 5.400.000,00
2
DEPRECIAÇÃO $/mês 12.000,00 33.000,00 9.000,00 54.000,00
3
SALÁRIOS $/mês 2.000,00 4.000,00 11.000,00 3.000,00 5.000,00 25.000,00
DESPESA OPERACIONAL $/mês 2.000,00 16.000,00 44.000,00 12.000,00 5.000,00 79.000,00
1. Cada equipamento é avaliado em $300.000, independente do setor de produção em que se encontra
2. Cada equipamento deprecia 1% ao mês, independente do setor da produção em que se encontra
3. Cada equipamento custa $1.000 de salários e as áreas de compra e de venda, $2.000 e $5.000, respectivamente.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 14


2.3 Retomando o problema nº 1

Proposta “ótima”:
COMPRA CORTE COSTURA ACABTO VENDA

15 12 11 15 14

a. A produção máxima possível é de 1.936 uniformes por mês (11 peças por hora na
restrição x 8 horas por dia x 22 dias por mês)
b. O Ganho total do mês, portanto, é de R$232.320,00 (1.936 uniformes x R$120,00)
c. O LL mensal, por sua vez, é de R$153.320,00 (R$232.320,00 – R$79.000,00)
d. O RSI mensal, por fim, é de 2,84% (R$153.320,00/R$5.400.000,00)

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 15

2.3 Retomando o problema nº 1

Proposta “ótima”:
 O investimento “ótimo” tem como resultado aumento do RSI da empresa (2,84% >
2,27%)
 Elevado retorno dos novos investimentos
 LL adicional: R$51.360,00 (R$153.320,00 – R$101.960,00)
 Investimento: R$900.000,00
 RSI dos novos investimentos: 5,71% (R$51.360,00/R$900.000,00)

O Sr. Antunes deve, portanto, deixar de lado sua proposta “democrática” e


focalizar a restrição, ou seja, investir todo o orçamento na ampliação da
capacidade do setor de costura.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 16


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC
A Cia. Meta está planejando iniciar suas operações e seu controller, Sr. Borges, com o apoio
de todos os demais gestores da empresa, fez o levantamento das condições de demanda para
os produtos, bem como o mapeamento de todo o processo produtivo, abrangendo materiais
diretos e tempos e custos de produção

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


CORTE MONT A MONT B ACABTO
20 min 20 min 20 min $180/unid
MDF 1
30 min
$500/unid 10 min 10 min ARMÁRIO
50 unid/sem

10 min
MDF 2
10 min
$400/unid
30 min 5 min $200/unid
10 min
10 min 30 min 5 min ESTANTE
MDF 3 80 unid/sem
$400/unid
60 h/s $27.000/s 90 h/s $40.000/s 60 h/s $27.000/s 60 h/s $27.000/s

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 17

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Custeio por Absorção - Demanda 100%
Rateio dos custos indiretos com base no tempo total dos setores
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
RECEITAS TOTAIS 90.000,00 150.000,00 240.000,00
Quantidade 50 75
Preço 1.800,00 2.000,00

(-) CUSTOS TOTAIS 104.500,00 121.500,00 226.000,00


CUSTOS DIRETOS 45.000,00 60.000,00 105.000,00
MDF1 25.000,00 25.000,00
Quantidade 50
Preço 500,00
MDF2 20.000,00 30.000,00 50.000,00
Quantidade 50 75
Preço 400,00 400,00
MDF3 30.000,00 30.000,00
Quantidade 75
Preço 400,00

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 18


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Custeio por Absorção - Demanda 100%
Rateio dos custos indiretos com base no tempo total dos setores
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
CUSTOS INDIRETOS 59.500,00 61.500,00 121.000,00
Corte 13.500,00 13.500,00 27.000,00
Tempo/u 30 20
Tempo Total 1.500 1.500 3.000
Montagem A 10.000,00 30.000,00 40.000,00
Tempo/u 30 60
Tempo Total 1.500 4.500 6.000
Montagem B 18.000,00 9.000,00 27.000,00
Tempo/u 30 10
Tempo Total 1.500 750 2.250
Acabamento 18.000,00 9.000,00 27.000,00
Tempo/u 30 10
Tempo Total 1.500 750 2.250

(=) LUCRO LÍQUIDO (14.500,00) 28.500,00 14.000,00


LUCRO/u (290,00) 380,00

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 19

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

Muito embora o resultado final seja


positivo, $14.000,00, é viável atender a
demanda do Armário, visto que o
mesmo traz um prejuízo semanal, de
$14.500,00, o que compromete mais da
metade do lucro do produto Estante,
que é de $28.500,00?

O Sr. Borges se lembrou das ciladas do custeio por absorção e solicitou


novos cálculos à luz do custeio variável

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 20


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Custeio Variável
Não admite rateio dos custos fixos
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
Preço/unidade 1.800,00 2.000,00
(-) Custo variável unitário 900,00 800,00
MDF1 500,00
MDF2 400,00 400,00
MDF3 400,00
(=) Margem de Contribuição/u 900,00 1.200,00
(x) Quantidade 50 75
(=) Mg Contribuição Total 45.000,00 90.000,00 135.000,00
(-) Custos Fixos Totais 121.000,00
(=) LUCRO LÍQUIDO 14.000,00

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 21

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

 Se a Cia Meta decidir não fabricar e vender armários, os custos fixos vão permanecer
no montante de $121.000,00 e, ainda, vai deixar de reconhecer a contribuição de
$45.000,00.

 Enfim, sem os armários, o resultado semanal será de -$31.000,00 ($14.000,00 -


$45.000)!

 Se a planta fabril ainda não estiver montada, pode-se avaliar a possibilidade de uma
estrutura mais enxuta, mas, não é esse o caso da Cia. Meta.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 22


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

O engenheiro da produção acredita que


a capacidade instalada é insuficiente
para atender à demanda prevista, de 50
armários e 75 estantes, por semana. Ou
seja, o lucro de $14.000,00 semanais
está superestimado! Então, qual é a
expectativa de resultado da Cia. Meta?

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 23

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Matriz de Identificação de restrições
Admitindo que existam materiais em abundância
SETORES PRODUTO DEMANDA TN/u TN Total TD (TD - TN)
Armário 50 30 1.500
CORTE Estante 75 20 1.500 3.600 600
3.000
Armário 50 30 1.500
MONTAGEM A Estante 75 60 4.500 5.400 (600)
6.000
Armário 50 30 1.500
MONTAGEM B Estante 75 10 750 3.600 1.350
2.250
Armário 50 30 1.500
ACABAMENTO Estante 75 10 750 3.600 1.350
2.250
TN = Tempo necessário (unitário e total) de processamento dos produtos nos setores
TD = Tempo máximo (em minutos) disponível em cada setor (Capacidade em horas x 60 minutos)

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 24


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

 Corte, montagem B e acabamento têm capacidades para atender a demanda


 Montagem A precisaria de mais 600 minutos para fazer sua parte
 A montagem A é a restrição da empresa!
 Processo de otimização contínua
 Elevar capacidade do recurso restrição (4º passo)
 Explorar a capacidade do recurso restrição (2º passo)
 No caso da decisão de mix de produtos, a melhor maneira de se explorar a
restrição é priorizando a produção e a venda do produto mais rentável
 A estante parecia vencer em todos os fundamentos!
 Melhor produto é aquele que oferece maior ganho na restrição!

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 25

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Explorando a restrição do sistema
Priorizando o produto com maior ganho na restrição
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
Preço/unidade 1.800,00 2.000,00
(-) Custo variável unitário 900,00 800,00
MDF1 500,00
MDF2 400,00 400,00
MDF3 400,00
(=) Ganho/u 900,00 1.200,00
(÷) Tempo na restrição 30 60
(=) Ganho na restrição 30,00 20,00

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 26


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

 Apesar das expectativas contrárias, o armário acabou revelando ser o melhor


produto, nas condições dadas

 Embora a estante tenha um ganho unitário de $1.200,00 (contra $900,00 do armário),


seu tempo na montagem A (restrição) é o dobro do tempo do armário (60 minutos
contra 30)

 Somente o tempo da restrição é relevante, pois os demais tem capacidade sobrando

 Quem determina a capacidade de produção é o elo mais fraco da corrente e é ele que
determina o lucro

 No caso da Cia Meta, o produto Armário gera $30,00 de ganho por minuto da
restrição e a estante gera apenas $20,00 por minuto.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 27

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC


CIA. META - IND. DE MÓVEIS
Definindo o mix ótimo de produtos
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
A. Tempo total da Restrição 5.400
Demanda do Produto Prioritário 50
(x) tempo/u na restrição 30
B. (=) tempo total na restrição 1.500 1.500
C. Tempo remanescente (A-B) 3.900
Tempo Total para produto não
3.900
prioritário (C)
(÷) Tempo/u do produto não
60
prioritário na restrição
D. (=) Quantidade do produto não
65
prioritário

 O armário é o protagonista do mix ótimo com 100% da demanda atendida

 Já a estante deve aproveitar a capacidade remanescente da montagem

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 28


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

Apuração do Lucro Líquido ótimo


ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
Preço/unidade 1.800,00 2.000,00
(-) Custo variável unitário 900,00 800,00
MDF1 500,00
MDF2 400,00 400,00
MDF3 0,00 400,00
(=) Ganho/u 900,00 1.200,00
(x) Quantidade ótima 50 65
(=) Ganho Total 45.000,00 78.000,00 123.000,00
(-) Despesa Operacional 121.000,00
(=) LUCRO LÍQUIDO 2.000,00

 Esqueçam os R$14.000,00! R$2.000,00 semanais é o limite...

 Para atender toda a restrição interna deve ser quebrada!

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 29

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Selecionando o produto errado!!!
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
A. Tempo total da Restrição 5.400
Demanda do Produto Prioritário 75
(x) tempo/u na restrição 60
B. (=) tempo total na restrição 4.500 4.500
C. Tempo remanescente (A-B) 900
Tempo Total para produto não
900
prioritário (C)
(÷) Tempo/u do produto não
30
prioritário na restrição
D. (=) Quantidade do produto não
30
prioritário

 Se você desconfia da solução ótima, vamos privilegiar o produto errado...

 O que acontece se a empresa atender 100% da demanda de estantes?

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 30


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

Apuração do Lucro Líquido para produto errado!!!


ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
Preço/unidade 1.800,00 2.000,00
(-) Custo variável unitário 900,00 800,00
MDF1 500,00
MDF2 400,00 400,00
MDF3 400,00
(=) Ganho/u 900,00 1.200,00
(x) Quantidade ótima 30 75
(=) Ganho Total 27.000,00 90.000,00 117.000,00
(-) Despesa Operacional 121.000,00
(=) LUCRO LÍQUIDO (4.000,00)

 Nem o infinito, nem R$14.000,00, nem R$2.000,00...


... mas um prejuízo de (R$4.000,00)!!!!

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 31

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

 Pra piorar a imagem da contabilidade, mesmo com todas as evidências em


contrário, os relatórios de controle, de acompanhamento do desempenho
passado, elaborados de acordo com o custeio por absorção, seguem
apontando, equivocadamente, o armário como o vilão da Cia. Meta!

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 32


Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Custeio por Absorção - Mix Ótimo
Rateio dos custos indiretos com base no tempo total dos setores
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
RECEITAS TOTAIS 90.000,00 130.000,00 220.000,00
Quantidade 50 65
Preço 1.800,00 2.000,00

(-) CUSTOS TOTAIS 108.249,82 109.750,18 218.000,00


CUSTOS DIRETOS 45.000,00 52.000,00 97.000,00
MDF1 25.000,00 25.000,00
Quantidade 50
Preço 500,00
MDF2 20.000,00 26.000,00 46.000,00
Quantidade 50 65
Preço 400,00 400,00
MDF3 26.000,00 26.000,00
Quantidade 65
Preço 400,00

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 33

Situação problema nº 2: decisão de mix de produtos e TOC

CIA. META - IND. DE MÓVEIS


Custeio por Absorção - Mix Ótimo
Rateio dos custos indiretos com base no tempo total dos setores
ITENS ARMÁRIO ESTANTE TOTAL
CUSTOS INDIRETOS 63.249,82 57.750,18 121.000,00
Corte 14.464,29 12.535,71 27.000,00
Tempo/u 30 20
Tempo Total 1.500 1.300 2.800
Montagem A 11.111,11 28.888,89 40.000,00
Tempo/u 30 60
Tempo Total 1.500 3.900 5.400
Montagem B 18.837,21 8.162,79 27.000,00
Tempo/u 30 10
Tempo Total 1.500 650 2.150
Acabamento 18.837,21 8.162,79 27.000,00
Tempo/u 30 10
Tempo Total 1.500 650 2.150

(=) LUCRO LÍQUIDO (18.249,82) 20.249,82 2.000,00


LUCRO/u (365,00) 311,54

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 34


2.5 Referências

CORBETT NETO, Thomas. Contabilidade de Ganhos: a nova contabilidade gerencial de acordo com
a teoria das restrições. São Paulo: Nobel, 1997.

GOLDRATT, E. M. A síndrome do palheiro: garimpando informação num oceano de dados. São


Paulo: Educator, 1992.

GOLDRATT, E. M. & COX, J. A meta. 17. ed. São Paulo: Educator, 1994.

GUERREIRO, R. A meta da empresa: seu alcance sem mistérios. São Paulo: Atlas, 1996.

CONTROLADORIA 2. Teoria das Restrições - TOC 35

Você também pode gostar